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República artística | Projeto de arqui
República artística Uma casa aberta para acolhimento e desenvolvimento artístico-cultural
Disciplina de projeto, FAU/UFRJ Orientador: Rodrigo Bocater Grupo: Izabela Crescembine e Leonardo Costa
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O projeto de entilulado de República Artística é um espaço colaborativo para desenvolvimento individual e coletivo de habilidades criativas, esportivas, artísticas e sociais, tanto na posição de praticante quanto na posição de plateia. Parte de dois edifícios tombados e geminados na Rua Camerino, no Centro do Rio de Janeiro que hoje funcionam como oficina e depósito.
SITUAÇÃO LOTES 8 E 9 - RUA CAMERINO
PLANTA PAV. TÉRREO ORIGINAL
COBERTURA ORIGINAL ISOMÉTRICA LOTES 8 E 9 ORIGINAIS
PLANTA PAV. 1 ORIGINAL
Existe o potencial da grande área livre no interior de dois lotes já utilizados em conjunto com conexões internas, o que possibilita pensar novas aberturas nas fachadas internas do volume do lote 8 e trabalhar os interiores dos dois volumes em unidade, além dos dois volumes possuírem aberturas zenitais e prismas de ventilação. No entanto, há os desafios pensar um novo volume para abrigar circulação vertical e aumentar a área útil, projetar reforços estruturais nas áreas de demolição de alvenarias autoportantes e a articulação dos edifícios com alturas de lajes e pés-direitos distintos.
O esse espaço se materializa em quatro áreas e programas: (1) o casarão, parte do edifício destinada à abrigo de artistas por temporadas ou por demanda de necessidades; (2) o ateliê e ginásio, parte do edifício onde se concentram as práticas e mostras artísticas-culturais, se caracteriza por sua versatilidade de forma e uso; (3) pavilhão, área livre coletiva aberta ao público, integrado ao volume, funciona como uma extensão do construído para fora; (4) unidades comerciais, salas no térreo com fachadas direto para rua a fim de ativar o entorno com multiplicidade de atividades.
Parte-se de fachadas e telhados tombados para pensar meios de intervenção para a transformação do volume como um todo. É proposta uma cobertura seguindo a linguagem dos telhados existentes em estrutura e forma, diferenciando-se por materialidade e estendendo o uso interno para a área externa. Um novo volume se acopla a fachada interna do edifício do lote oito, o articulador, cuja principal função é promover uma amarração entre os dois edifícios a partir da rampa, que transita entre interior e exterior. Parte desse volume é utilizado como área interna do primeiro pavimento do casarão. Essas duas intervenções externas são pensadas estruturalmente em conjunto. O alinhamento da fachada dos fundos do volume do lote nove com a abertura proposta no volume do lote 8 se dá pela construção de uma pele que são grandes portões camarão de placa metálica perfurada, e uma passarela metálica como uma ramificação do fluxo criado pela rampa, que ocupa o espaço entre essa pele e a parede da fachada.
PLANTA PAV. TÉRREO PROJETO Na parte térrea da área destinada ao casarão, são trabalhados os cobogó e da elevação do piso, de modo a criar uma relação de visibilidade e privacidade, além de ser pensada uma planta livre e um espaço articulável com pontecial para se tornar um ateliê aberto da casa. Enquanto no primeiro pavimento há a divisão dos espaços entre os quartos, estar, banheiro e lavanderia, aproveitando da melhor forma janelas e prismas do volume original.
Na área ocupada pelo ginásio, a principal intervenção é uma grande abertura na laje, fazendo com que o primeiro pavimento se transforme numa espécie de mezanino que integra todos os espaços. Esse ginásio pode ser acessado pela fachada frontal com as aberturas e escadas nas posições originais ou internamente pelo acesso criado oriundo das intervenções.