Ponto Dsgn

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Alfabeto Visual • Mensagens Visuais • Contraste • Técnicas


E

EDITORIAL

Caro leitor,

A revista Ponto Dsgn veio para promover um conhecimento

mais amplo para todos os públicos, principalmente aos estudantes do curso de Design Gráfico. Nesta edição apresentaremos diversos assuntos que irá auxiliar a compreensão da linguagem visual.


ÍNDICE

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Entrevista com Jamiles Lopes, estudante de Design Gráfico na Estácio - Idez

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Alfabeto Visual Elementos Básicos da Comunicação.

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Anatomia da Mensagem Visual.

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A Dinâmica do Contraste.

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Técnicas Visuais. Estratégias de Comunicação.


Entrevista com:

Jamiles Lopes

Nasceu em João Pessoa. 28 Anos. Estudante de Design Gráfico na Faculdade Estácio - Idez

01: Fale um pouco sobre a escolha por essa área. Por que você escolheu essa área de Design Gráfico? Na verdade eu procurei algo que tivesse haver o photoshop, gosto de manipular imagens e me interessei pelo curso de Design Gráfico onde também tinha outras cadeiras que me interessavam bastante. 02: Quando surgiu seu interesse pelo photoshop? Quando precisei fazer alguns retoques nas minhas próprias imagens. 03: Você também trabalha com fotografia, o interesse surgiu durante o curso? Sim, já tinha interesse por fotografia mas, por não saber de algumas técnicas não continuei. Depois de pagar a cadeira e descobrindo novas ferramentas e dicas, corri e comprei uma câmera, mas tenho tido como hobbies e um complemento de renda. 04: Onde você cursou e se preparou para o mercado de trabalho? O que a faculdade te mostrou? Cursei na Idez estacio, sim, tive uma preparação para o meu profissional, mas nada como ficar em constante aprendizagem, a faculdade lhe mostra um universo de conhecimento, claro, sempre em conjunto com sua busca do saber fora e dentro dela. 05: Quais são as dificuldades da profissão? Quais dicas você dá para quem quer seguí-la? Sem duvida os que não cursam o superior da área de Design, eles tomam o mercado com a ideia barata sem conteúdo impedindo os que vão fazer o job direito dar o valor devido para o resultado final. Hoje o mercado infelizmente está assim, achando que com pouco dinheiro pode-se fazer um trabalho por exemplo de identidade visual, aos que iniciarem procurar trabalhar o mercado com conscientização do seu trabalho mostrar que tem pensamento, e sim nós podemos levar uma marca, criar uma marca consolidada.


AL FA BE TO Visual

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Os elementos básicos da comunicação visual.

O Alfabeto Visual é um conjunto

de elementos que serve para formar as mensagens da Linguagem Visual. Não se deve confundir os elementos visuais com os materiais ou o meio de expressão, a madeira ou a argila, a tinta ou o filme.Os elementos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos e seu número é reduzido: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a textura, a dimensão, a escala e o movimento. Para analisar e compreender a estrutura total de uma linguagem visual, é conveniente concentrar-se nos elementos visuais individuais, um por um, para um conhecimento mais aprofundado de suas qualidades específicas.


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O PONTO A unidade mais simples que tem grande poder de atração visual. Bueno, considera que quando observamos, no céu imenso, um ponto de luz, ele nos chama atenção, logo direcionamos fixamente nossos olhos, e surge sempre um questionamento. Num papel vazio, temos a sensação de estar sempre procurando algo, como se nossos olhos buscassem um lugar para se deterem. Um pequeno ponto já nos leva a soltar nossa imaginação e viajar. Isso sem dizer também que é com ele que tudo começa, ou seja, ao tocarmos o lápis no papel, antes de qualquer outro movimento, num simples contato, encontramos um ponto. Trabalhamos com ponto, podemos obter efeitos de luz e sombras, volume ou profundidade.


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O Pontilhismo O Pontilhismo (também designado por Divisionismo), é uma técnica de pintura, saída do movimento impressionista, em que pequenas manchas ou pontos de cor provocam, pela justaposição, uma mistura óptica nos olhos do observador (imagem). Esta técnica baseia-se na lei das cores complementares, avanço científico impulsionado no século XIX, pelo químico Michel Chevreul. Trata-se de uma consequência extrema dos supostos ensinamentos dos impressionistas, segundo os quais as cores deviam ser justapostas e não entre mescladas, deixando à retina a tarefa de reconstruir o tom desejado pelo pintor, combinando as diversas impressões registradas. Esta técnica foi criada na França, com grande impulso de Georges Seurat e Paul Signac, em meados do século XIX. Pintura feita por Seurat, Torre Eiffel.

Ilusão de Tom Quando vistos, os pontos se ligam, sendo, portanto, capazes de dirigir o olhar. Em grande número e justapostos, os pontos criam a ilusão de tom ou de cor. Essa técnica foi muito explorada por Seurat, utilizando apenas quatro cores - amarelo, vermelho, azul e preto - e era realizada com pincéis muito pequenos e pontiagudos. Todos os imprecionistas exploravam os processos de fusão, contraste e organização, que se concretizavam nos olhos do espectador. Imagem figurativa formada por pontos por Izabella Mendonça


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m artes gráficas, ponto é a medida na qual é fundido todo material tipográfico. Em geometria ele é representado pelo cruzamento de duas linhas. Para ser usado como elemento decorativo pode ser considerado em uma circunferência ou circulo de pequenas dimensões. Se o olhar percorre uma página vazia, limitado, logo que se encontra um ponto, vista fixa sobre ele. Utilizado sozinho, o ponto nos da pouco efeito decorativo, mas repetido ou combinado com outras figuras, ele pode nos oferecer um interessante motivo de decoração. Muitos impressos são decorados somente por pontos simetricamente ou livremente dispostos. O ponto pode ser disposto em alinhamento horizontal, vertical, inclinado etc, assim como em proporções variadas. O ponto é a representação da partícula geométrica mínima da matéria e do ponto de vista simbólico, é considerado como elemento de origem. Multiplicados, ampliam seu poder de comunicação e expressão, bem como, sua disposição, distanciamento e cor sobre uma superfície, sugerem idéias, sensações, movimento e etc.


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LINHA Nas artes visuais, a linha tem por sua própria natureza, uma enorme energia. Nunca é estática, é o elemento visual inquieto, inquiridor de esboço.


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O

ponto em movimento torna-se uma linha. As linhas são mais elegantes, elas transmitem suavidade, movimento e direção. Ao contrário do ponto que é estável, a linha é inquieta e flexível. Apesar de todas essas características, a linha não é vaga, ela é algo definitivo, sabe-se onde iniciará e onde terminará.

N

a arte, a linha é o elemento essencial para concretizar-se uma ideia. Ela pode variar nas mãos do artista, podendo ser muito delicada e ondulada, ou nítida e grosseira. A linha raramente existe na natureza, o contrário do ponto mas, ela está presente no meio ambiente: na rachadura de uma calçada, nos fios telefônicos contra o céu, nos ramos secos de uma árvore de inverno, nos cabos de uma ponte e etc.


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“Conjunto de linhas que formam surperfícies mais complexas.”


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A

linha faz uma forma. Na linguagem das artes visuais, a linha articula a complexidade da forma. Existem três formas básicas, o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero. Cada uma das formas básicas tem suas características específicas e a cada uma atribui uma grande quantidade de significados, algumas por associação, outros por nossa própria percepção.


Círculo

Ação, conflito,

espiritualidade.

Triângulo

Modernidade, infinitude, proteção.

Equilíbrio, honestidade.

Quadrado

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Itaú

O logo do Itaú é quadrado. Um banco precisa demonstrar segurança e equiíbrio.

O logo do Itaú é quadrado. Um banco precisa demonstrar segurança e equiíbrio.

Itaú

O círculo é usado em vários canais de televisão, como a O círculo é usado em várias emissoras de teleRede Globo. Uma emissora visão, como a Rede Globo. Uma emissora de TV prede TV precisa estar sempre cisa estar sempre em movimento, buscando em movimento, buscando modernidade e novidade. modernidade e novidade.

A Estrela de Davi são dois triângulos um em cima do outro e está ligado a espiritualidade.


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DIREÇÃO

Quando observamos qualquer imagem procuramos sempre organizá-la e entendêla visualmente quanto à sua forma, dimensão, tamanho e outros elementos. Também procuramos um sentido para a nossa observação, isto é, a direção que percebemos na imagem. Podemos fazer relação das direções principais com as três formas básicas:

O Quadrado

Horizontal e vertical; Expressa: Horizontal – êxtase, calma; Vertical – prontidão, equilíbrio.

O Círculo

Curva; Expressa: Continuidade, totalidade;

O Triângulo

Inclinada/Diagonal; Expressa: instabilidade, atividade.


16 A disposição dos elementos de linguagem visual num plano pode conduzir o olhar a um certo sentidoespacial.


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Vemos graças à presença ou à ausência relativa de luz, A luz circunda as coisas, é refletida por superfícies brilhantes, incide sobre objetos que têm, eles próprios, claridade ou obscuridade relativa. As variações de luz ou de tom são os meios pelos quais distinguimos oticamente a complexidade da informação visual do ambiente. O mundo em que vivemos é dimensional, e o tom é um dos melhores instrumentos de que dispõe o visualizador para indicar e expressar essa dimensão.


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COR Imagine o mundo sem as cores, como nos filmes em preto e branco. Qual seria a sensação de viver num mundo assim? Embora os efeitos estéticos alcançados pelo preto e branco sejam muito apreciados, as cores fazem parte da nossa vida, e não podemos nem imaginar o mundo real sem elas. Por isso, por estarmos mergulhados no mundo das cores, não damos valor e, às vezes, nem percebemos o quanto são importantes. Somente nos preocupamos com elas ou pensamos nelas de forma mais específica quando temos que decidir entre uma e outra para uma roupa, uma caneta, uma colcha, uma cortina, uma parede, um carro, um objeto qualquer com o qual vamos conviver durante muito tempo. Procuramos, então, escolher aquela cor preferida, agradável aos nossos sentidos ou que condiz com a nossa personalidade. Algumas pessoas gostam de cores espalhafatosas em tudo que usam ou possuem, outras preferem cores mais claras e discretas. Como podemos concluir, as cores ajudam a compor e a definir nossa personalidade.

As cores exercem determinado efeito sobre as pessoas. Não conseguimos ficar muito tempo num ambiente exageradamente colorido. Há cores que nos induzem à dança e à movimentação, outras nos predispõem à calma e à paz. Chamamos de cores quentes aquelas em que prevalecem os tons de vermelho e laranja, e de cores frias aquelas em que prevalecem os tons de azuis e verdes. Compare uma decoração de uma lanchonete de comida rápida e a de um restaurante em que o dono deseja que os clientes demorem muito, e gastem muito também. Compare as cores de um salão de baile carnavalesco e de uma capela, um hospital ou uma escola. Há uma energia que vem das cores e que influencia o nosso estado de espírito, pois tem efeito sobre nosso humor. As cores podem, também, transmitir ideias ou conceitos. Elas têm uma função simbólica muito importante no nosso dia-a-dia. Quando associada a uma ideia, numa determinada circunstância, a cor funciona como um símbolo.


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As cores podem, também, transmitir ideias ou conceitos. Elas têm uma função simbólica muito importante no nosso dia-adia. Quando associada a uma ideia, numa determinada circunstância, a cor funciona como um símbolo. Assim, vimos como os efeitos das cores podem interferir em todas as criações visuais. Fotografias, desenhos, pinturas, cartazes, propagandas, filmes, desenhos animados, e qualquer outro trabalho que use cor, podem explorar esses efeitos. Portanto, é importante conhecê-los.

Roda de Cores Não é todo mundo que tem sensibilidade artística para equilibrar as cores de forma agradável e funcional. Mas, felizmente, graças a Isac Newton existe uma ciência para isto.


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Textura

Cada tipo de textura pode provocar um tipo de sensação. Talvez porque traga alguma lembrança, talvez porque estimule alguma forma de impressão sensorial. A combinação de texturas diferentes num desenho ou numa pintura produz efeitos interessantes e surpreendentes. Gostamos mesmo de usar texturas diferentes na decoração para quebrar a monotonia do ambiente.


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Todos os elementos visuais são capazes de se modificar e definir-se um do outro. Posso definir a escala de um determinado objeto a partir das coisas ao seu redor, tudo vai depender da relação de comparação e para isso precisa de um elemento como referência.


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A medida é integrante da escala, mas não é crucial, o mais importante é a justaposição.


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Quando observamos uma linha de trem, temos a impressão de que as duas linhas de trilho se unem no final e se tocam, até onde nossa vista alcança. A percepção visual de um espaço por meio de linhas paralelas que convergem a um ponto, o ponto de fuga. A representação desse fenômeno no desenho, ou seja, aquela estratégia que dá efeito de profundidade, também é chamada de perspectiva. O estudo sistemático da perspectiva apenas passou a ter importância no século XV, quando os artistas deixaram de trabalhar intuitivamente, espontaneamente, para procurarem base na geometria científica. De um ponto de vista mais simples, a perspectiva é uma técnica que permite transferir para o desenho aquela impressão que nossos olhos vêem quando observam um espaço em que há objetos mais distantes. Imagine que você está no centro de uma estrada reta, num terreno plano, diante de uma parede de vidro transparente. Se você desenhar no vidro as bordas da estrada e o horizonte da paisagem, o resultado será um desenho em perspectiva.


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MOVIMENTO Como no caso da dimensão, o elemento visual do movimento se encontra mais freqüentemente implícito do que explícito no modo visual. Contudo, o movimento (alvcz seja uma das forças visuais mais dominantes da experiência humana. Na verdade, o movimento enquanto tal só existe no cinema, na televisão, nos encantadores mobiles de Alexander Calder e onde quer que alguma coisa visualizada e criada tenha um componente de movimenlo, como no caso da maquinaria ou das vitrinas. As técnicas, porém, podem enganar o olho; a ilusão de textura ou dimensão parecem reais graças ao uso de uma intensa manifestação de detalhes, como acontece com a textura, e ao uso da perspectiva e luz e sombra intensificadas, como no caso da dimensão. A sugestão de movimento nas manifestações visuais estáticas ê mais difícil de conseguir sem que ao mesmo tempo se distorça a realidade, mas está implícita em tudo aquilo que vemos, e deriva de nossa experiência completa de movimento na vida. Em parte, essa ação implícita se projeta, tanto psicológica quanto cinestesicamente, na informação visual estática. Um quadro, uma foto ou a estampa de um tecido podem ser estáticos, mas a quantidade de repouso que compositivamente projetam pode implicar movimento, em resposta à ênfase e à intenção que o artista teve ao concebê-los. O processo da visão não é pródigo em repouso. O olho explora continuamente o meio ambiente, em busca de seus inúmeros métodos de absorção das informações visuais. A convenção formalizada da leitura, por exemplo, segue uma seqüência organizada.


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ANATO MIA DA MENSAGEM VISUAL.

Expressamos e recebemos mensagens visuais em três níveis: o representacional - aquilo quue vemos e identificamos com base no meio ambiente e na experiência; o abstrato - a qualidade cinestésica de um fato visual reduzido a seus comonentes visuais básicos e elementares; e o simbólico - o vasto universo de símbolos condificados que o homem criou arbitrariaente e ao qual atibuiu significado aos códigos que vê. Estes três níveis de resgate de informação por quem vê se dariam de maneira interligada e sobreposta, mas ao mesmo tempo são distintos e suficientemente reconhecíveis para que se possa pensá-los de modo tático na criação de mensagens. Podemos constatar um paralelo entre a linguagem verbal e a linguagem visual, no mesmo sentido de que não é preciso saber ler e escrever para saber conversar, mesmo que não saiba desenhar, projetar, ou construir, o homem é capaz de perceber o que vê, e de estabelecer relações simbólicas. Entretanto, “o alfabetismo visual tem sido e sempre será uma extensão da capacidade exclusiva que o homem tem de criar mensagens”, e este modo, a capacidade individual de se expressar visualmente exerce forte influência sobre nossa capacidade de reconhecer, e compreender mensagens visuais.


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Representacional

É o que vemos e identificamos baseados no meio ambiente e na experiencia, a realidade é a experiencia visual básica. Quanto mais representacional, mais especifica é, ou seja, é uma comunicação forte e direta dos detalhes.

Simbólico São sistemas de simbolos codificados criados arbitrariamente pelo homem com atribuição de significados.

Abstrato O começo do processo de abstração ignora os detalhes irrevelantes. Quanto mais abstrata, mais geral e abrangente é. É uma redução do que vemos até ao básico e elementar.


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ICA ÂM DIN

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No processo de articulação visual, o contraste é uma força vital para a criação de um todo coerente. Em todas as artes, o contraste é um poderoso instrumento de expressão, o meio para intensificar o significado, e, portanto, simplificar a comunicação. Embora a harmonia seja colocada como polaridade do contraste, é preciso enfatizar que é necessário ter harmonia e contraste em uma composição. A harmonia diminui a tensão entre os elementos, fazendo com que eles combinem entre si. Isto nos dá a sensação de tranquilidade e é visualmente agradável, facilitando o entendimento da mensagem emitida pela composição. O contraste é o ponto de atenção desta composição e de sua harmonia. Serve para tirar a monotonia de um projeto.

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30 Contraste de Escala

Existem 4 tipos de contrastes: Contraste de tom, contraste de cor, contraste de forma e contraste de escala. A divisão de um campo em partes iguais pode demonstrar um contraste tonal, uma vez que o campo é dominado pelo peso maior, ou seja, o tom mais escuro. No caso, branco e preto, a sensação é de que o preto domina a maior área. Teremos contraste de tons. Quando duas cores diferentes entram em contraste direto, o contraste intensifica as diferenças entre ambas. O contraste aumenta quanto maior for o grau de diferença e maior for o grau de contacto, chegando a seu máximo contraste quando uma cor está rodeada por outra. O efeito de contraste é recíproco, já que afeta às duas cores que intervêm. Todas as cores de uma composição sofrem a influência das cores com as que entram em contato. Por meio de uma composição antagônica, ou seja, que tenha opostos, a dinâmica do contraste poderá ser prontamente demonstrada em cada exemplo visual básico que dermos. A função principal desta técnica é aguçar, por meio do efeito dramático, mas ela pode, ao mesmo tempo e com muito êxito, dar maior requinte à atmosfera e às sensações que envolvem uma manifestação visual.


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TÉCNICAS VISUAIS: Estratégias de Comunicação

As técnicas visuais oferecem ao designer uma grande variedade de meios para a expressão visual do conteúdo. Existem como polaridades de um continuum, ou como abordagens desiguais e antagônicas do significado. A fragmentação, o oposto da técnica da unidade, é uma excelente opção para demonstrar movimento e variedade. Como funcionaria enquanto estratégia compositiva que refletisse a natureza de um hospital? A análise dessa natureza e um projeto que a representasse em termos compositivos deveria seguir o mesmo padrão, em busca de descrições verbais eficazes. Sem dúvida, a “fragmentação” enquanto técnica é uma péssima escolha para fazer uma associação com um centro médico, embora seja ótima para dar mais vida ao anúncio de uma quermesse paroquial. O significado interior de ambos os exemplos determina as opções de que dispõe o designer para representá-los. Essas opções constituem o controle do efeito, o que vai resultar numa composição forte. As técnicas visuais não devem ser pensadas em termos de opções mutuamente excludentes para a construção ou a análise de tudo aquilo que vemos. Os extremos de significado podem ser transformados em graus menores de intensidade, a exemplo da gradação de tons de cinza entre o branco e o negro. Nessas variantes encontra-se uma vastíssima gama de possibilidades de expressão e compreensão.

As sutilezas com- positivas de que dispõe o designer devem-se em parte à multiplicidade de opções, mas as técnicas visuais também são combináveis e interatuantes em sua utilização compositiva. É preciso esclarecer um ponto: as polaridades técnicas nunca devem ser sutis a ponto de comprometer a clareza do resultado. Embora não seja necessário utilizá-las apenas em seus extremos de intensidade, devem seguir claramente um ou outro caminho. Se não forem definíveis, tornar-se-ão transmissores ambíguos e ineficientes de informação. O perigo é especialmente sério na comunicação visual, que opera com a velocidade e a imediatez de um canal de informação. Seria impossível enumerar todas as técnicas disponíveis, ou, se o fizéssemos, dar-lhes definições consistentes. Aqui, como acontece a cada passo da estrutura dos meios de comunicação visual, a interpretação pessoal constitui um importante fator. Contudo, levando-se em conta essas limitações, cada técnica e seu oposto podem ser definidos em termos de uma polaridade.


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e sd o n 4 a uitas s. m ista qu ns. con rabé Pa

4 Equilíbrio

Depois do contraste, o equilíbrio é o elemento mais importante das técnicas visuais. Sua importância fundamental baseia-se no funcionamento da percepção humana e na enorme necessidade de sua presença, tanto no design quanto na reação diante de uma manifestação visual.

Simetria

É equilíbrio axial. É uma formulação visual totalmente resolvida, em que cada unidade situada de um lado de uma linha central é rigorosamente repetida do outro lado.

Instabilidade

É a ausência de equilíbrio e uma formulação visual extremamente inquietante e provocadora.

Assimetria

Ausência de simetria.


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Complexidade Compreende uma complexidade visual constituída por inúmeras unidades e forças elementares, e resulta num difícil processo de organização do significado no âmbito de um determinado padrão.

Simplicidade A ordem contribui enormemente para a síntese visual da simplicidade, uma técnica visual que envolve a imediatez e a uniformidade da forma elementar, livre de complicações ou elaborações secundárias.


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Ainda existem outras técnicas como: • Regularidade / Irregularidade • Unidade / Fragmentação • Economia / Profusão • Minimização / Exagero • Previsibilidade / Espontaneidade • Atividade / Estase • Sutileza / Ousadia • Neutralidade / Ênfase • Transparência / Opacidade • Estabilidade / Variação • Exatidão / Distorção • Planura / Profundidade • Singularidade / Justaposição • Seqüencialidade / Acaso • Agudeza / Difusão • Repetição / Episodicidade

Irregularidade

Exagero Essas técnicas são apenas algumas dos muitos possíveis modificadores de informação que se encontram à disposição do designer. Quase todo formulador visual tem sua contrapartida, e cada um está ligado ao controle dos elementos visuais que resultam na configuração do conteúdo e na elaboração da mensagem. Muitas outras técnicas visuais podem ser exploradas, decobertas e empregadas na composição, sempre no âmbito da polaridade ação-reação:

Fragmentação luminosidade, embraçamento, rizontalidade; delineamento, mecanicidade; interseção, paralelismo. Seus estados antagônicos de polaridade dão ao compositor visual uma grande oportunidade de aguçar, graças à utilização do contraste, a obra em que são aplicados. Em todo esforço compositivo, as técnicas visuais se sobrepõem ao significado e o reforçam;

Minimização em conjunto, oferecem ao artista e ao leigo os meios mais eficazes de criar e compreender a comunicação visual expressiva, na busca de uma linguagem visual universal.



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