JĂŠssica Cristina
Rosas e Ă‚mbar
A meu querido e amado Gabriel.
ÍNDICE Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo Capítulo
I. Encontro ................................................................... II. Decisão .................................................... III. Relacões ................................................ IV. Fuga ......................................................... V. Amor ......................................................... VI. Planejamento .......................................... VII. Fim ........................................................
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CAPÍTULO I - ENCONTRO Foi estranho o que senti naquele último ano, conheci sobre mim mesmo, verdades do passado e uma sensação única. Aquilo era verdadeiro. Dois anos antes de escrever esse relato, eu a conheci, não sabia muito sobre aquela jovem, um pouco que sabia era que seu nome era Agatha da família mais detestada de minha pequena cidade; os Archen. Essa família sofria uma maldição com todas as mulheres. Entretanto no tempo em que vivi até hoje nunca vi ela se manifestar. A maldição é acontece aos vinte anos de cada mulher, mas os Archen poderiam selar essa maldição, que seria feita em apenas um dia, o dia do casa-mento da mulher, com isso, houve um grande tempo que nenhuma maldição teve sucesso. Porém Agatha não teve uma grande sorte, seus pais haviam morrido há alguns anos; sua mãe morreu quando deu à luz a menina e seu pai morreu de acidente diziam, sendo assim a menina não conseguia arrumar um noivo para ela, pois seu tio não poderia fazer isso, apenas os pais. Eu a conheci em um ano... Dois anos atrás. Poderia descrever em apenas uma palavra; perfeita. Ela era generosa, feliz apensar de al-guns problemas, mas uma coisa que me encantava eram aqueles olhos negros, pareciam duas pérolas negras, tinham a cor da noite... Eu nunca esqueci como elas brilhavam na noite de lua cheia... Eram as coisas mais lindas do mundo. Nesse dia que conheci Agatha, eu era um pouco calado, mas eu que-ria a conhecer, pois já tinha ouvido falar sobre ela e sua família e de alguma maneira queria ajuda-la... Eu naquele dia, próximo ao inverno, eu andava pelas ruas pensando no que ia fazer na vida, se ia se-guir as rígidas regras de meu pai, ou se iria sai pelo mundo para me descobrir, eu estava passando pela Pedra âmbar, um lugar que muito tempo atrás ocorreu vários crimes, e vi alguém sentando na pedra, chorando. Era Agatha. Eu fiquei triste em vê-la, mas queria fazer algo. Eu ia me aproximando dela, e cada vez que chegava mais perto, mas eu achava perfeita, seu longo cabelo negro era tão lindo ao vento, isso me acalmava sempre que via aquilo. Cheguei à frente dela, a jovem não parava de chorar, chorava tanto que ate soluçava. Não resisti ver e 7
coloquei minha mão sobre o macio cabelo negro dela, na tentativa de acalma-la. ─ Por que choras? Uma menina como você não deve chorar. ─ Você ... – murmurou ela – Porque conversa comigo? Não tem medo? ─ Medo de um ser como você? Só um idiota teria. ─ Então você está dizendo que todos são idiotas? ─ Por quê? ─ Todos tem medo de mim, pensei que também tivesse me-do. ─ Não tenho medo de você, por que teria? ─ Você não me conhece? ─ Mais ou menos, você é da família Archen, não é? ─ Sim... ─ Sei pouco sobre ela, pode me contar? ─ Sim... Minha família tem uma maldição, enfim... Tenho que me casar antes que eu faça vinte anos... ─ E se não se casar? ─ Eu irei morrer A jovem disse a última palavra com um tom sombrio, eu fiquei com um pouco de medo, pensando que aquela menina bonita ia morrer, eu queria fazer algo... ─ Por que não se casa? ─ Não ouviu que todos tem medo de mim? ─ Eu não... ─ É o único. ─ Eu posso lhe fazer uma proposta? ─ O que quer? ─ Quer se casar comigo? Eu irei te ajudar... ─ Mas... – murmurou ela – irá fazer isso só para me ajudar? ─ Sim – disse eu sentando ao seu lado na pedra – que mal tem isso? ─ Não sei... Não me sinto bem fazendo isso... ─ Mas... Acho que não há outra maneira ─ Certo... Eu irei pensar nisso, senhor...? ─ Edgar, Edgar Thomas, da família Goldensten ─ Está bem senhor Thomas, obrigada pela conversa. Ela se levantou e foi para sua casa, eu imaginava porque eu iria ajudá-la? Será senti algo por ela só na primeira vez que a vi? Mas eu senti algo... Fiquei feliz, muito feliz, acho que era uma coisa que só havia sentido uma vez. 8
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CAPÍTULO II - DECISÃO Logo que ela se foi, eu havia lembrado a única pessoa que amei até aquele momento, minha mãe. Ela havia morrido há um tem-po, me deu uma grande saudade dela. Eu vivia triste até aquela primeira vez que vi Agatha, apenas de vê-la, eu me senti tão feliz que poderia distribuir alegria para o mundo todo. Ela mudou minha vida. Após um longo tempo eu voltei para casa, eu caminha por quase toda a cidade para chegar a minha casa, tinha algumas vendas e pastagens, era o local mais calmo para se viver. O lugar perfeito para se morar. Eu cheguei a minha casa e contei ao meu pai que talvez fosse trazer alguém, porém meu pai não me deu muita atenção. Naquela noite eu dormi bem, tive um sonho com ela. Sonhei que eu e Agatha estávamos na pedra âmbar, eu usava um terno cinza e ela um lindo vestido branco, parecia um casamento... Como eu realmente pensava que seria. No dia seguinte acordei cedo para trabalhar. Eu trabalhava na peque-na loja de meu pai, onde ele cuidava das finanças e ele trabalhava no banco da cidade também. Meu pai era um homem ganancioso, não se importava muito com a vida, um homem arrogante, era alto e tinha cabelos brancos por causa da idade, que eu não sabia qual era. Eu trabalhei até às quatro horas, e as cinco, quando o sino da igreja bateu, eu fui para a pedra âmbar me encontrar novamente com Agatha, as pessoas nas ruas se agasalhavam, estávamos nos últimos dias de outono. As maiorias das folhas já estavam no chão das ruas ao lado de suas árvores. Às seis horas eu já estava na pedra, meu cora-ção estava tão rápido, minhas mãos tremiam do frio e a rosa que se-gurava tremia junto a mão. Ela chegou às seis e meia, estava usando um vestido vermelho, era do mesmo tom da rosa que estava em minhas mãos tremulas. Eu tinha medo... Podia fazer algo de errado, e magoa-la. Queria voltar atrás de minha proposta. ─ Olá senhor Thomas – disse ela ─ Olá senhorita Archen, por favor, me chame de Edgar. Ve-nha, sente-se – disse ela se levantando da pedra e dando o lugar para a jovem. ─ Obrigada – disse ela se sentando a rocha – Está um lindo dia não acha? ─ Ah sim... Gosto do outono, do inverno também... E a senhorita? 11
─ O inverno me traz lembranças ruins ─ Me desculpe... – murmurei abaixando a cabeça ─ Não se desculpe, não é sua culpa, nem minha e nem de ninguém. De repente um silêncio... Não se ouvia nada, nem mesmo o vento... ─ Quer... Que eu conte sobre a minha resposta? ─ Ah sim... – eu estava nervoso, não sabia descrever aquilo que sentia naquele momento... – Estou preparado ─ Bem... Pensei sobre a sua proposta, conversei comigo mesmo, e também pensei em falar com meu tio, mas ele tão tem muito haver com essa decisão... ─ Entendo... E o que concluiu? ─ Isso para mim parece meio louco, me casar com um homem que apenas vi uma vez, não sei se sinto algo por você, mas pode dar certo - no final de sua fala ela levantou a cabeça. ─ Então... Você aceita? ─ Sim Edgar, aceito me casar com você. A emoção do momento me fez dar um passo à frente e abraçandoa. Percebi que ela estava com o corpo meio gelado... Mas a aqueci. Naquele momento eu me senti tão feliz, eu estava abraçando uma mulher que eu estava gostando... Foi o dia mais feliz de minha vida. Depois, eu a agradeci sobre a sua escolha, e também me desculpei pelo abraço inesperado, conversamos mais um pouco sobre nós, costumes, gostos, atividades, e coisas engraçadas, uma dessas coisas ele sorriu, Agatha ria graciosamente, era a pessoa mais perfeita que eu já tinha visto... Voltamos para casa quatro horas depois e decidimos nos encontrar novamente naquele mesmo lugar e na mesma hora, ela concordou. Antes de levar Agatha até a sua casa beijei a sua mão. Ao chegar a casa dos Archens percebi que era grande, era quase uma mansão para apenas duas pessoas morarem, o tio dela era bastante conhecido, porem Agatha quase não saia de casa, apenas algumas vezes, por isso não era conhecida. Após deixa-la na casa, voltei para a minha casa. No caminho encontrei meu primo, Leon Goldensten, era alto, magro, tinha cabelos dourados, fazia muito sucesso entre as moças da cidade, era o auto-retrato de um príncipe, trabalhava com meu pai no banco. Eu o vi sentado no banco da praça que estava bem iluminada pelos postes que ali tinha. ─ O que faz por essas horas Edgar? – perguntou ele me se-guindo ─ Não tenho que dar satisfação a você, Leon. 12
─ Ora Edgar, seu pai não vai gostar nada disto, você não tem idade para sair de noite e voltar a essas horas. ─ Já disse que não manda em mim, me deixe! – neste mo-mento Leon me segurou pelo braço ─ Quem era aquela moça? É muito bonita... ─ Não lhe interessa ─ Está com medo que a roube de você? ─ Não tenho medo Leon ─ Então por que não quer contar? ─ Leon! Deixe-me! – disse eu furioso com ele e se soltando de meu primo. Aquele meu primo irritante, continuou a me perseguir por algum tempo, mas não disse mais nada. Logo depois ele desistiu. Um tempo depois cheguei a minha casa, fui direto para meu quarto sem dar atenção a meu pai. Acho que depois de um tempo Leon foi até minha casa conversar com meu pai, pois me lembro de sua voz naquele dia. Tomei banho e fui dormir, não estava com fome, eu apenas queria que o dia de amanha chegasse logo para eu ver Agatha...
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