Pró-Notícias [ PUBLICAÇÃO DO HOSPITAL PRÓ-CARDÍACO - ANO 12 | Nº 45 | mai-jul 2013 ]
In memoriam Dr. Onaldo Pereira e Dr. Adherbal Maia Teste de hipoxemia para voar com mais segurança Os novos museus do Rio
Inova Pró: por um coração novo de novo Pró-Notícias
ANO 12 | Nº 45 | mai-jul/2013
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Pílulas MÉXICO Dr. Gaudencio Espinosa participou como conferencista do VIII Congresso da Sociedade de Cirurgiões Endovasculares de Latino América (CELA-2013), em Cancun, no México, de 10 a 14 de julho. O cardiologista apresentou o trabalho “Técnicas de Debranching paraTratamento das Doenças do Arco Aórtico”. ESTADOS UNIDOS Em maio, a gerente do Serviço de Enfermagem do Pró-Cardíaco, Enfa. Maricy Fernandes, esteve no 3M Global I.V. Leadership Summit: Transformer leader, Transformer care, em Saint Paul, Minnesota (EUA), onde apresentou o trabalho “Implementação de Estratégias que Mudaram o Comportamento Humano sobre a Inserção, Manutenção e Remoção do Acesso Vascular”. RIO DE JANEIRO No dia 28 de setembro, Dr. Ricardo Vivacqua será um dos debatedores dos casos clínicos apresentados no Simpósio Internacional do Departamento de Ergometria e Reabilitação Cardíaca da Sociedade Brasileira de Cardiologia (Derc/SBC) durante o 68º Congresso Brasileiro de Cardiologia do Rio de Janeiro, realizado pela instituição. RIO DE JANEIRO 2 No mesmo dia 28 de setembro, também no Congresso da SBC, a Enfa. Vania Cristina Figueiredo integra a mesa-redonda “Segurança do Paciente: um Desafio para a Prática Assistencial” durante a Jornada de Enfermagem do evento. O tema apresentado pela profissional da Unidade de Emergência do Pró-Cardíaco será “Prevenção de Eventos Adversos na Hemotransfusão”. RIO DE JANEIRO 3 No dia 27 de maio foi realizado o Minissimpósio Duke/Pró-Cardíaco com a presença do convidado internacional Dr. Salvador Borges-Neto, brasileiro radicado nos Estados Unidos e professor de Medicina Nuclear e de Cardiologia da Duke University Medical Center, na Carolina do Norte. O encontro abordou: “Multimodalidade em SPECT na Dor Torácica”, “SPECT CT na Doença Arterial Coronariana (DAC) Crônica”, “PET CT em Cardiologia” e “O Papel da Cardiologia Nuclear na Orientação Terapêutica”. Os Drs. Claudio Tinoco Mesquita, Gustavo Barbirato, Paulo Dutra, André Volschan e Evandro Tinoco Mesquita também participaram da apresentação.
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EXPEDIENTE - Pró-Notícias CONSELHO EDITORIAL: Evandro Tinoco Mesquita e Marcus Vinícius Martins. JORNALISTA RESPONSÁVEL: Mônica Schettino - 17825-DRT. REDAÇÃO E EDIÇÃO: Jaciara Rodrigues e Daniella Fernandes. COLABOROU NESTA EDIÇÃO: Cristiane Menezes. DESIGN GRÁFICO: Boris Garay. FOTOGRAFIA: Alessandro Mendes. REVISÃO: Andréa Drummond. Tiragem: 7.700Pró-Notícias exemplares. ANO 12 | Nº 45 | mai-jul/2013 As informações prestadas pelas fontes são de sua responsabilidade. DISTRIBUIÇÃO GRATUITA DIRIGIDA.
Editorial
Sumário
A verdadeira inovação Paixão pelo que se faz é o principal ingrediente da inovação, e a inovação move o Pró-Cardíaco há mais de meio século. Nosso aprimoramento é constante e o reconhecimento de pacientes e familiares, e de colegas e instituições em nível nacional e internacional, mostra que estamos no caminho certo.
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PÍLULAS SALA DOS MÉDICOS In memoriam - Dr. Onaldo Pereira e Dr. Adherbal Maia EVENTOS Simpósio Satélite Pró-Cardíaco|30º Congresso Socerj II Simpósio Internacional de Cardiologia ESPECIALIDADE Neurologia em expansão DESTAQUE Recertificação Accreditation Canada QUALIDADE E SEGURANÇA Doação autóloga CAPA Inova Pró EXCLUSIVIDADE Teste de hipoxemia INFORME CEPRO OUTROS ARES Os novos museus do Rio
A partir da análise do que observamos nos principais congressos internacionais de Cardiologia e do benchmarking presencial em hospitais da Alemanha, Holanda e dos Estados Unidos, identificamos áreas estratégicas para investimentos mais vultosos nos próximos dois anos. Assim, uma série de novas tecnologias e de novos conceitos já estão em fase de implementação e farão do biênio 2013-2014 mais um marco na história do Hospital. As novidades não se resumem apenas à compra de novos equipamentos, mas envolvem a mobilização e do aprimoramento de processos e de pessoas, inseridas em contextos de “Serviço”. É esse conjunto que transforma a simples aquisição em implementação, que, por sua vez, traduz-se em atendimento humano, seguro e qualificado. Muitas das maiores e mais bem-sucedidas experiências no diagnóstico e tratamento do doente cardiovascular no Brasil acontecem no Pró-Cardíaco. E a julgar pela nossa trajetória, teremos sempre motivos para comemorar. E inovar.
OPINIÃO Overdiagnosis por Dr. André Volschan PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA
Pró-Notícias
Marcus Vinícius Martins Diretor do Hospital Pró-Cardíaco
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SALA DOS MÉDICOS
In mem
Uma homenagem do Pró-Cardíaco aos saudosos Drs. Onaldo Pereira e Adherbal Maia, ícones da medicina brasileira
O
início de 2013 foi marcado pela triste perda de dois ícones da medicina brasileira. O cardiologista Dr. Onaldo Pereira, sócio-fundador do Hospital Pró-Cardíaco, e o neurocirurgião Dr. Adherbal Maia, sócio-fundador do Hospital Samaritano, partiram deixando como herança uma enorme contribuição para a história da medicina hospitalar do Rio de Janeiro. Dois médicos verdadeiramente visionários, donos de trajetórias ímpares. A amizade entre os dois nasceu nos corredores do Pró-Cardíaco há 53 anos, no início do funcionamento do Hospital. Dr. Adherbal foi o primeiro neurologista e neurocirurgião referência do Pró, até 1972, quando saiu para assumir a direção do Samaritano. Foi Dr. Onaldo, inclusive, quem apresentou para o amigo a mulher que viria a se tornar esposa de Dr Adherbal. Ambos tinham muito em comum: o amor profundo pela profissão, o respeito e a fidelidade aos colegas e às instituições que lideraram até o fim de suas vidas.
“Dr. Adherbal era a alma do Samaritano. Ele tinha uma preocupação constante em melhorar o serviço e o atendimento e conseguiu transformar de forma extraordinária um pequeno hospital sem prestígio em uma casa de saúde de referência nacional. Todos, médicos e funcionários, adoravam seu jeito espontâneo de ser e tinham por ele grande respeito”. Dr. Amarino Carvalho de Oliveira, radiologista, chefe do Serviço de Radiologia e diretor técnico médico do Hospital Samaritano.
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Dr. Adherbal Maia: sempre admirado por médicos e funcionários em 41 anos à frente do Samaritano
Dr. Adherbal Nascido em Campinas, interior de São Paulo, Dr. Adherbal estudou na mesma faculdade que o amigo, formando-se alguns anos mais tarde, em 1962. Especializou-se em Neurocirurgia e integrou a primeira equipe do Hospital de Ipanema, antigo Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários (IAPC), onde trabalhou até se aposentar aos 70 anos. O maior e mais importante passo de sua carreira foi dado em 1972, ao fundar o Hospital Samaritano, um dos mais respeitados centros de diagnóstico e tratamento do Brasil. Dr. Adherbal, que permaneceu 41 anos à frente da instituição, sempre admirado por médicos e funcionários, faleceu no dia 4 de abril, aos 75 anos, deixando a mulher Priscila, dois filhos e um neto.
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SALA DOS MÉDICOS
“Tive a honra de ser o médico do Dr. Onaldo e cuidar dele até sua partida. Uma das coisas que mais me impressionavam era a visão otimista que ele conservava. Do alto dos seus 90 anos ele às vezes me perguntava: ‘Mas vou ter que tomar esse remédio pelo resto da minha vida?’. Sou imensamente grato aos ensinamentos e ao legado que ele deixou”. Dr. Rubens Costa Filho, médico intensivista e coordenador do CTI do Hospital Pró-Cardíaco.
Dr. Onaldo Pereira: amor profundo pela profissão, respeito e fidelidade aos colegas e ao Pró-Cardíaco
Dr. Onaldo O jovem e determinado Dr. Onaldo saiu de Campos dos Goytacazes, no interior fluminense, aos 23 anos, para estudar na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Fez brilhante carreira como cardiologista e diretor do antigo Hospital Nossa Senhora das Vitórias, em Botafogo, atual Instituto Nacional de Cardiologia. Em 1959 fundou o Hospital Pró-Cardíaco junto a um grupo de médicos com o objetivo de oferecer o primeiro serviço de pronto atendimento domiciliar cardiológico do Rio. Dr. Onaldo foi protagonista de diversos episódios importantes da medicina carioca como, por exemplo, a criação do primeiro Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Rio de Janeiro em 1968, no Pró. Sua dedicação foi decisiva para a trajetória de sucesso da instituição, hoje acreditada pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) com o grau máximo em excelência, e pela internacional Accreditation Canada. Após uma vida dedicada à medicina, à cardiologia e ao Hospital, Dr. Onaldo partiu em 20 de março de 2013, aos 99 anos, deixando a mulher Alba, quatro filhos, sete netos e um bisneto. Pró-Notícias
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“Foi um privilégio ter sido amigo de profissão e de vida de ambos. Dr. Adherbal era muito carismático, dono de uma personalidade forte e mantinha uma relação de cofiança com todos os s médicos, tanto do Pró, como do Samaritano. Já Dr. Onaldo era um grande conselheiro e pacificador; profissional e, acima de tudo, um amigo muito fiel. A despeito de sua idade avançada, estava sempre à frente de seu tempo, preocupado com o futuro”. Dr. Francisco Eduardo Ferreira, cardiologista e um dos sócios-fundadores do Pró-Cardíaco. “Todas as qualidades que um indivíduo pode ter estavam concentradas na pessoa de Dr. Onaldo, um homem muito leal, honesto e paciente que não aceitava forma alguma de injustiça. Em 53 anos de convivência na direção do Pró, nunca discutimos. Ele amava o que fazia e jamais errou um diagnóstico. Sou muito feliz por ter trabalhado e ter sido amigo de uma pessoa tão admirável, que está fazendo enorme falta para todos nós”. Dr. Moises Gamarski, cardiologista e um dos sócios-fundadores do Pró-Cardíaco.
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EVENTO
IC avançada Pró elege a enfermidade cujo número de casos cresce em todo o mundo como tema do seu Simpósio Satélite no evento anual da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro
A
tento aos temas mais emergentes da saúde em todo o mundo, o Pró-Cardíaco elegeu a Insuficiência Cardíaca (IC) Avançada como pauta do seu Simpósio Satélite em abril, durante o 30º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj). O aumento de casos da doença entre idosos, estágio final de qualquer cardiopatia, é uma realidade preocupante que exige a adoção de novos conceitos e novas tecnologias. Renomados representantes do corpo clínico do Hospital discutiram novidades terapêuticas no Rio de Janeiro; o resgate cardíaco e de órgãos de paciente com o problema; e o coração artificial no tratamento da doença, além dos procedimentos com o dispositivo já realizados no Rio. O público pôde acompanhar ainda as análises de casos clínicos de IC crônica refratária e de choque cardiogênico pós-infarto. A abertura do Simpósio foi feita pelo diretor executivo do Pró-Cardíaco, Dr. Marcus Vinícius Martins, que destacou a reconhecida tradição do Hospital na busca incessante pela excelência na prática clínica. “Espero que apreciem as exposições de hoje sobre o que há de mais novo na Cardiologia nos cenários nacional e internacional”, disse.
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Dr. Eduardo Nagib, presidente da 30ª edição do Congresso e mediador da primeira discussão de caso clínico do evento, agradeceu ao Pró-Cardíaco “pelo apoio que tem dado à Sociedade de Cardiologia do Rio de Janeiro durante todos esses anos, especialmente neste congresso, ao oferecer aos participantes mais essa importante atividade científica”. À tarde, o segundo módulo do Simpósio Satélite foi apresentado pelo diretor clínico do Pró, Dr. Evandro Tinoco Mesquita. Antes dos debaates científicos sobre a IC Aguda e choque cardiogênico, o público acompanhou a palestra “Gestão médica inovadora: o desafio de incorporar novas tecnologias”, de Dr. Marcus Vinícius J. dos Santos, que ocupou a direção do Pró-Cardíaco até o início de 2013 e foi responsável pela reestruturação do Hospital iniciada há três anos. O Simpósio terminou com o colóquio “A abordagem da IC Avançada na sala de Emergência”, abordando os benefícios da milrinona na IC com betabloqueador; uma nova visão no uso do suporte inotrópico: o fluxo vs pressão; a melhor estratégia terapêutica para o controle da congestão; os benefícios da avaliação hemodinâmica não invasiva; os benefícios do suporte ventilatório não invasivo; e quando considerar o tratamento com suporte mecânico circulatório. Pró-Notícias
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EVENTO
Ultracomplexidade Pró-Cardíaco, TotalCor RJ e Cleveland Clinic reúnem seus especialistas no II Simpósio Internacional de Cardiologia para debater os novos rumos da especialidade no Brasil e no mundo
em foco
U
m evento de excelência, com programação científica atual e instigante apresentada e debatida por grandes expoentes da Cleveland Clinic e da Cardiologia do Rio de Janeiro. Assim foi o II Simpósio Internacional de Cardiologia, que em agosto reuniu no Rio de Janeiro profissionais da área para discutir temas relacionados à prática diária do cardiologista e os grandes avanços em diagnóstico e tratamento. Realizado no Hotel Sofitel, em Copacabana, o encontro contou com as presenças dos Drs. Murat Tuzcu, James Thomas e Nader Moazami, da Cleveland Clinic. Os especialistas abordaram a experiência da instituição no implante percutâneo da válvula aórtica e a importância do ecocardiograma nesta intervenção. O diagnóstico por imagem na avaliação da doença arterial coronariana, o suporte circulatório mecânico para o choque cardiogênico e o estado da arte dos suportes circulatórios de longa permanência, os chamados corações artificiais, também foram objeto das conferências. A programação do Pró-Cardíaco teve como foco a assistência de ultracomplexidade, com destaque para o resgate de órgãos e o Heart Team (ver matéria de capa desta edição) do Hospital, a oclusão do apêndice atrial esquerdo e medicina nuclear quantificada. Após as miniconferências, mesas-redondas e a sessão de debates de casos clínicos, a organização sorteou duas visitas à Cleveland Clinic, com todas as despesas pagas, para conhecimento das instalações em Ohio, nos Estados Unidos, além de participação em um simpósio do Hospital.
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“Esse evento posiciona o Pró-Cardíaco na ponta da cardiologia de ultracomplexidade e reforça nossa visão de futuro, inovação e excelência de resultados, um modelo inspirado na Cleveland Clinic” Dr. Evandro Tinoco Mesquita, diretor clínico do Pró e membro da Comissão Científica do evento.
“São os grandes avanços que a Cardiologia mundial tem vivido nos últimos anos e que já são uma realidade no TotalCor e no Pró-Cardíaco, por isso, a troca de experiências é muito interessante para todos” Dr. Eduardo Nagib, coordenador médico da Cardiologia do TotalCor RJ e membro da Comissão Científica do Simpósio. • 77
ESPECIALIDADE
Neurologia
tecnologias de comunicação ajuda na tomada de decisão de diagnósticos de pacientes com AVC. A troca de informações reduz não só o tempo de atendimento, minimizando as complicações, como também os custos com deslocamento de pacientes ou profissionais.
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alto padrão de qualidade da assistência neurológica do Pró-Cardíaco sempre fez parte de sua trajetória. Prova disso é o reconhecimento pela excelência do atendimento aos pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC) conquistado em 2011 com a Distinção Canadá, concedida pela Accreditation Canada. Hoje, o Pró é referência no Estado do Rio de Janeiro em equipamentos de neurofisiologia de última geração e equipe multidisciplinar capacitada para o diagnóstico e tratamento de pacientes com doenças neurológicas. São muitos os investimentos. Desde o início do ano, o Hospital tem um esquema de plantão de médicos neurologistas disponíveis 24 horas todos os dias. Segundo Dr. Daniel Bezerra, coordenador da Neurologia Clínica do Pró, nenhum outro hospital do Rio de Janeiro oferece essa estrutura. “Conseguimos agilizar ainda mais o processo de atendimento. Quando o paciente chega à Emergência com suspeita de AVC recebe avaliação imediata de um profissional especializado, tem diagnóstico preciso e precoce e intervenção em tempo recorde, diminuindo significativamente os riscos de sequelas”. Os pacientes internados também têm a mesma assistência. Outra novidade do setor, ainda em fase de implementação, é o Projeto Telemedicina, para suporte de clínicos e plantonistas de outras instituições através de vídeo-conferência. De acordo com Dr. Daniel, o uso de modernas
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Monitorização Cerebral na Sala Híbrida Os pacientes do Pró-Cardíaco contam ainda com o que há de mais moderno em diagnóstico não invasivo por imagem, importante diferencial para o tratamento de doenças neurológicas. O Hospital foi o primeiro do Estado a disponibilizar tecnologia SPECT-CT, que une imagens de cintilografia e tomografia computadorizadas num único aparelho. O equipamento permite exames com maior acurácia anatômica na localização de pequenas lesões. Com a recém-inaugurada Sala Híbrida, ambiente equipado para realização de procedimentos de alta complexidade, a técnica de Monitorização Cerebral também será ampliada. O método, que antes da inauguração na nova sala era pouco usado por questões logísticas, tem como finalidade identificar precoPró-Notícias
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ESPECIALIDADE
em
expansão
Serviço de Neurologia do Pró-Cardíaco conta com equipamentos de alta tecnologia para diagnóstico e tratamento e disponibiliza assistência 24 horas
cemente eventos isquêmicos encefálicos causados por embolia ou trombose arterial durante cirurgias cardíacas, e que podem causar sequelas neurológicas. “Com toda infraestrutura integrada em um só lugar, é muito mais fácil fazer esse acompanhamento, sem a necessidade de interromper ou esperar o fim da intervenção. E muito mais seguro”, destaca o neurointensivista Dr. Marcelo Magalhães. Com a exceção de transplantes, a monitorização é indicada para quase todos os tipos de cirurgias cardíacas de alta complexidade, especialmente em casos de implante percutâneo de válvula aórtica; é útil ainda para acompanhar o quadro neurológico de pacientes inconscientes. Estrutura para Epilepsia de Difícil Controle Desde o fim do ano passado, o Pró também passou a dar atenção especial às pessoas com epilepsia transtorno neurológico crônico que se caracteriza por crises epilépticas espontâneas recorrentes. De acordo com o neurofisiologista da instituição, Dr. Eduardo
Equipe da Neurologia do Pró, a partir da esquerda: Drs. Eduardo Faveret, Daniel Bezerra, Aquiles Manfrin e Marcelo Magalhães.
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Médicos da Medicina Nuclear e Neurologia avaliando resultados do exame de cintilografia cerebral
Faveret, estima-se que no Estado Rio de Janeiro cerca de 70 mil pessoas sofram da forma mais grave da doença, chamada de Epilepsia de Difícil Controle. Nestes casos, o diagnóstico é bastante complexo, exigindo equipe especializada e equipamentos sofisticados. A estrutura do Hospital tem métodos avançados de diagnósticos realizados de forma integrada, como é o caso da técnica de Superposição de Exames. Nela, são cruzadas imagens de três diferentes exames – cintilografia cerebral (SPECT-CT), durante a crise, e vídeoeletroencefalograma - posteriormente fundidos à ressonância magnética, de forma a permitir localizar mais precisamente a área epileptogênica. “Assim conseguimos um diagnóstico tridimensional sem a necessidade de eletrodos profundos ou procedimentos mais invasivos”, explica Faveret. O tratamento da doença pode ser feito através de intervenção neurocirúrgica e ainda por estimulação elétrica ou magnética cerebral para inativação do foco gerador da crise convulsiva. Outra técnica também usada é a da Estimulação do Nervo Vago (Vagal Nerve Stimulation), uma espécie de marca-passo cerebral que gradualmente contribui para a redução das crises e melhora do humor.
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DESTAQUE
Qualidade sempre em alta
Hospital recebe visitas de manutenção da Acreditação Canadense e Distinção Canadá de Atendimento ao Paciente com AVC e parte para definição de novas estratégias
Recertificação canadense
O
Pró-Cardíaco é reconhecido mundialmente pela excelência no atendimento aos pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC). O Hospital foi o primeiro fora do Canadá, e o terceiro no mundo, a conquistar em 2011 a Distinção Canadá de Atendimento ao Paciente com AVC, certificação da Accreditation Canada International. De lá para cá a instituição fez importantes avanços, entre eles o aperfeiçoamento de protocolos já existentes e a criação de novos, e a integração ainda maior da equipe multidisciplinar especialmente preparada para atender esses pacientes, o “Time do AVC”. No início de abril, o Hospital recebeu a segunda visita de manutenção periódica do Instituto Qualisa de Gestão (IQG), responsável pela Distinção no Brasil. A inspeção é realizada semestralmente e tem como objetivo acompanhar os indicadores de qualidade e resultados das práticas adotadas pelo Pró após a certificação; um importante momento para aprimorar as ações e estabelecer novas estratégias.
Equipe do Núcleo de Qualidade do Pró-Cardíaco: Claudia Paiva, Roberta Torquato e Stelmar Molas
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Cuidado pós-internação: único no Brasil Nessa fase, ganha destaque o projeto inovador realizado em parceria com a Associação Brasileira Beneficente de Reabilitação (ABBR). O desafio atual, segundo a coordenadora da Assessoria de Qualidade do Pró, Stelmar Molas, é reforçar a importância do programa no Hospital, que é o único do Brasil a disponibilizar continuidade do tratamento para pacientes com AVC, após o período de internação, na entidade de reabilitação mais respeitada do Rio de Janeiro e uma das mais destacadas do país. O protocolo de alta hospitalar, que envolve a educação durante a internação, é outra iniciativa sempre em processo de aperfeiçoamento. “As ações educativas para orientação não só do paciente, mas dos familiares, são um ganho para todos nós”. Trabalho em times que faz toda diferença Também em abril, o Pró recebeu a visita de manutenção do selo Accreditation Canada International, que certifica os procedimentos do Hospital de acordo com padrões elevados de qualidade e segurança. A avaliação atestou o andamento de práticas como a otimização de leitos no processo de alta hospitalar, a adequação do atendimento a pacientes obesos, e a integração das diferentes áreas. Para a gerente de Qualidade, Roberta Torquato, a interação das áreas tem sido um dos maiores benefícios para a instituição e aos pacientes. “O trabalho em times foi uma evolução e faz toda a diferença. Tudo isso só tem sido possível porque o Hospital tem uma equipe sempre disposta a novos desafios”. Pró-Notícias
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QUALIDADE E SEGURANÇA
Para salvar a própria
vida
Técnicas de autodoação de sangue são cada vez mais adotadas pelo Pró-Cardíaco, um dos poucos hospitais no Rio a disponibilizar a “Máquina Salvadora de Células”
A
incompatibilidade entre diferentes tipos sanguíneos pode tornar a transfusão de sangue uma prática vulnerável. Assim, a doação autóloga ou autodoação - quando o paciente é seu próprio doador – surge como alternativa para realização de cirurgias programadas, com grande perda de sangue (acima de mil litros). Além de acabar com o risco de eventual contaminação, poupa o estoque para as situações nas quais o paciente está debilitado e não pode ser o autodoador. No Pró-Cardíaco, a técnica tem sido cada vez mais adotada como parte do cuidado e da segurança no atendimento ao paciente. O Hospital é um dos poucos do Rio de Janeiro a disponibilizar a Máquina Salvadora de Células, também conhecida como Cell Saver. O equipamento de recuperação Pró-Notícias
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Dr.a Erika Tavora, do Centro de Medicina Transfusional (CMT) do Pró, na geladeira onde o sangue é armazenado
intraoperatória de sangue captura, filtra e recircula simultaneamente o sangue do paciente durante a cirurgia. Outro método, mais comum, é o de pré-depósito, que consiste na coleta agendada e no armazenamento antes da intervenção. O intervalo de cada doação não pode ser inferior a sete dias. Embora antiga, a prática ainda não é amplamente usada no Brasil. Segundo o cirurgião cardíaco referência do Pró-Cardíaco Dr. Alexandre Siciliano, alguns desafios ainda dificultam sua difusão, como exemplos a seleção de pacientes que estejam em boas condições de saúde para serem seus próprios doadores e se locomoverem até o local de coleta. Existem ainda dois outros tipos de autodoação: hemodiluição normovolêmica (coleta de até 500 mililitros de sangue momentos
antes da cirurgia), e recuperação pós-operatória (reutilização do sangue coletado através de drenos até seis horas após a cirurgia), menos empregada pelas instituições. Segundo a hematologista Dr.a Erika Tavora, sub-responsável técnica do Centro de Medicina Transfusional (CMT) do Pró, a doação autóloga é indicada, principalmente, para cirurgias de alta complexidade como cardiovasculares, ortopédicas e abdominais, desde que o paciente atenda aos pré-requisitos. Ele precisa ser maior de 14 anos e estar em condições clínicas estáveis, com hematócrito superior a 33% e ausência de infecção e doenças graves como diabetes e neoplasia. A técnica também é adotada por adeptos de grupos contrários à transfusão e por pacientes portadores de tipo raro de sangue.
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capa
Inova
O Pró-Cardíaco se equipara aos melhores centros mundiais de diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares e implementa uma série de novos conceitos e novas tecnologias no biênio 2013-2014
O
s destaques do chamado “Projeto Inova Pró”este ano são: o Programa de Insuficiência Cardíaca Cirúrgica; Heart Team; a Sala Híbrida (matéria de capa da edição anterior do Pró-Notícias); os stents bioabsorvíveis; o convênio com o Hospital Charité, na Alemanha - maior centro de diagnóstico da Europa e experiência mundial mais significativa em biópsias endomiocárdicas e pericárdicas; a ablaçao da artéria renal e a cintilografia com uso do radiofármaco Scintimum. Aliados a um time de profissionais qualificados e em constante atualização, esses avanços consolidam a assistência humanizada e de ponta prestada pela instituição há mais de meio século e reconhecida por médicos, equipes multidisciplinares, pacientes e familiares.
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PROGRAMA DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CIRÚRGICA A Insuficiência Cardíaca (IC) tem acometido cada vez mais pessoas em todo o mundo e é uma das consequências do crescente envelhecimento da população, já que é a fase final de qualquer doença do coração. No Brasil, segundo dados não-oficiais da II Diretriz de IC da Sociedade Brasileira de Cardiologia, mais de 6,4 milhões sofrem da síndrome. Tratar desses pacientes de forma otimizada e recuperar-lhes a qualidade de vida requer abordagem de ultracomplexidade, proporcionada hoje pelo Programa de Insuficiência Cardíaca Cirúrgica do Pró-Cardíaco, coordenado pelo cirurgião cardíaco referência da instituição, Dr. Alexandre Siciliano. Com a adoção de protocolos da Cleveland Clinic e treinamento de equipes nesta que é uma das instituições de saúde mais respeitadas do mundo, o Pró disponibiliza uma estrutura de atendimento para o paciente com IC grave que tem transformado taxas de mortalidade de 80% em taxas de sobrevida no mesmo percentual. O Hospital já colocou 11 suportes circulatórios mecânicos (ou bombas cardíacas), incluindo os de curta permanência (ECMO) e os de prazo intermediário (CENTRIMAG), tornando-se pioneiro no país. O sucesso dos procedimentos – todos os pacientes estão muito bem após a cirurgia – estabelece uma novidade no tratamento de qualquer situação que induza à IC avançada com sofrimento de órgãos, como infarto agudo do miocárdio, miocardite fulminante e disfunção valvular. Fármacos tradicionais e balão intra-aórtico perdem consideravelmente em resultados para medicamentos sofisticados e o suporte mecânico avançado. Pró-Notícias
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Pró!
Dr. Alexandre Siciliano
PRIMEIRO TRANSPORTE EM SUPORTE NO BRASIL Uma paciente com 53 anos é um dos 11 beneficiados com o Programa de IC Cirúgica do Pró e foi a primeira mulher a contar com o coração artificial intracorpóreo. Há três meses, ela começou a passar mal em casa depois de um grande aborrecimento. Teve tonteiras, diarreia, vômitos, foi ajudada por uma vizinha, encaminhada para um hospital e diagnosticada com choque cardiogênico (quando o coração, após o infarto, fica tão comprometido que não consegue mais gerar pressão nem fluxo para os órgãos). Conduzida para outra instituição, ela permaneceu internada e ficou inconsciente por alguns dias, sobrevivendo com respirador e diálise; rins, fígado, pulmões e coração pararam de funcionar. Foi quando a equipe do Programa foi acionada para trazê-la ao Pró-Cardíaco. A situação era tão complexa que foi necessário colocar o suporte circulatório extracorpóreo provisório para recuperar minimamente os órgaos antes da mudança. Ela ficou 72 horas com o dispositivo, melhorou um pouco e pôde ser levada Pró-Notícias
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pela ambulância: foi o primeiro “transporte em suporte” feito no Brasil. A segunda cirurgia veio logo em seguida para a colocação de outro suporte, programado para até dois meses de uso. A paciente, que a partir daí conseguiu recuperar todos os órgãos, com exceção do coração que tem uma grande área de infarto, passou por uma terceira cirurgia para implantação do suporte intracorpóreo que substitui por completo a atividade do músculo cardíaco. Ele irá permitir adquirir as condições de saúde básicas para o transplante, já que a paciente tornou-se candidata ao procedimento. Segundo ela, antes do infarto sua vida era normal e dinâmica. Mesmo sabendo que fará o transplante assume que não será fácil se adaptar ao novo hábito de carregar as baterias durante o dia, dormir, tomar banho com elas. Para Dr. Alexandre Siciliano, a paciente passou por fases bem difíceis e realmente terá um novo aprendizado pela frente. “Mas a evolução dela tem sido ótima. Agora é prepará-la para o transplante”, conclui.
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Time de
IC cirúrgica
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s diversos tipos de suportes mecânicos são desenvolvidos para atender demandas diferentes: há os extracorpóreos, que permitem suporte completo ou parcial do coração e funcionam para resgate emergencial do fígado, dos rins e do pulmão acometidos primeiro com uma disfunção grave do coração (ponte para recuperação de órgãos); e outros que também mantêm o paciente vivo enquanto o médico analisa se continua ou não com um extracorpóreo (ponte para averiguação) ou se troca para o intracorpóreo/coração artificial (ponte para ponte). Depois de colocado, o ventrículo artificial, por sua vez, pode ser ponte para transplante ou transformar-se no coração permanente se o cardiopata estiver muito doente com idade avançada e/ou com outras doenças que o incapacitem de ter um órgão transplantado.
São mais de trinta profissionais treinados presentes no Centro de Medicina Transfusional do Pró (Banco de Sangue) e nos serviços de Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Enfermagem e Farmácia, além dos médicos plantonistas, de rotina e da chefia do Pós-Operatório, unidade que tem o conhecimento para cuidar de um cardiopata de tamanha complexidade. Destaque ainda para os times de IC cirúrgico, pulmonar, imunológico e o quadro extra-hospitalar de enfermeiras monitoras, que vai à casa do paciente checar infraestrutura, segurança e higiene, garantindo que ele carregue as baterias dos aparelhos enquanto dorme, tome banho adequadamente, e comece a ter uma vida de fato com o coração artificial.
Dr. Marcus Vinícius Martins abre o evento na serra fluminense
A equipe multidisciplinar do Programa atua de ponta a ponta na assistência ao doente em todas essas situações, desde o momento do resgate com ambulância até a alta.
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Para divulgar as ações do “Inova Pró”, o Hospital reuniu 60 médicos num fim de semana de junho no Hotel Village Le Canton, em Friburgo. O encontro de educação médico-continuada teve como foco a discussão de casos clínicos de insuficiência cardíaca avançada envolvendo suportes circulatório e elétrico, marcapassos, ressincronizadores e novos fármacos. “Temos um Programa consistente, com respaldo da Cleveland Clinic, resultados destacados e podemos centralizar os procedimentos de ultracomplexidade, o que ainda é raro no país. É muito importante que os médicos tenham acesso a essas inovações”, diz Dr. Marcelo Montera, coordenador do Centro de Insuficiência Cardíaca do Pró e cardiologista do Programa de IC Cirúrgica. Segundo ele, o evento será replicado em 2013 em Volta Redonda, na Baixada Fluminense e na cidade de Petrópolis. Pró-Notícias
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capa STENTS BIOABSORVÍVEIS O Laborátorio de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista do Pró, sob a coordenação de Dr. Luiz Antonio Carvalho, responde hoje por uma das mais importantes contribuições para o registro brasileiro de implante percutâneo da válvula aórtica. Em 2013, após quatro anos de procedimentos, o Setor comemora cem casos com resultados positivos em idosos que não tinham bom prognóstico, nem possibilidade de melhora, e que com o implante ganharam sobrevida de 65%. Em 2014, a Hemodinâmica vai incorporar mais uma nova tecnologia, a dos stents (ou suportes vasculares) bioabsorvíveis. Eles fazem o mesmo trabalho dos atuais, mas desaparecem do vaso em dois anos pois são feitos de polímero, em vez de metal; são totalmente inertes e não produzem qualquer malefício. “Isso permite, principalmente, que o paciente não fique com um dispositivo metálico para o resto da vida e, também, que toda a extensão do vaso recupere a função pulsátil, além do papel de sua camada interna, o endotélio vascular, cujo funcionamento sofre interferência do metal. A chegada dos stents bioabsorvíveis muda a técnica tradicional de colocação e envolve outras novas tecnologias, entre elas o tomógrafo de coerência óptica (OCT na sigla em inglês), disponível no Pró a partir do ano que vem para possibilitar a aferição da posição perfeita do stent no vaso.
Dr. Luiz Antonio Carvalho Pró-Notícias
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DO PRÓ PARA ALEMANHA Em convênio com o Hospital Charité, da Alemanha, maior centro de diagnóstico da Europa e experiência mundial mais significativa em biópsias endomiocárdicas e pericárdicas, o Pró-Cardíaco passa a disponIbilizar o mais sofisticado método de análise dessas biópsias no Brasil. O Projeto de Miocardites do Pró tem a coordenação do Dr. Marcelo Montera e já realizou quase 250 biópsias em dez anos. Os exames feitos no Pró são encaminhados via laboratório DASA para análise dos profissionais do Charité, chefiados pelo maior especialista mundial em miocardites Dr. Heinz Peter Schultheiss. A equipe do Dr. Schultheiss é capaz não só de detectar uma possível inflamação no músculo cardíaco, como a presença de vírus e de seu potencial de multiplicação, o que permite ao cardiologista clínico personalizar ainda mais o tratamento.
HEART TEAM Oferecer primeira e segunda opiniões em casos de doença cardiovascular complexa, de forma multidisciplinar e obedecendo ao conceito do cuidado centrado no paciente. Esta é a linha de atuação do recém-criado Heart Team do Pró-Cardíaco. A equipe organizada pelos Drs. Evandro Tinoco e Antônio Sérgio Cordeiro da Rocha, e sob a coordenação do Dr. Alexandre Siciliano, analisa os casos a partir das evidências científicas e da experiência do Hospital, mas também leva em conta desejos e preferências do doente. A primeira e a segunda opiniões traduzem-se em opções de tratamento com equilíbrio entre riscos e benefícios e transmitidas numa linguagem clara ao paciente e ao médico assistente.
Drs. Evandro Tinoco e Antônio Sérgio Cordeiro da Rocha
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CAPA
Nova vitória contra a
hipertensão Pacientes com hipertensão arterial resistente podem se beneficiar da ablação da artéria renal, técnica que será implementada pelo Pró ainda este ano
Dr. Eduardo Saad, coordenador do Serviço de Arritmias do Hospital, e Dr. André d´Avila, que traz a experiência do Mount Sinai ao Brasil
U
ma nova técnica começa a ser empregada nos Estados Unidos e na Europa e, ainda em 2013, será oferecida pelo Serviço de Arritmias do Pró-Cardíaco para o tratamento da hipertensão refratária ou resistente (HAS) - aquela que necessita de pelo menos três medicamentos para ser controlada. “Estudos clínicos comprovam que para esses pacientes, que representam de 10 a 15% dos hipertensos em todo o mundo, a ablação da artéria renal pode finalmente equilibrar a pressão evitando dilatação do coração e danos às artérias”, ressalta o coordenador do Serviço, Dr. Eduardo Saad. A HAR é é causada por fatores diversos, entre os quais se destacam o aumento da atividade do sistema nervoso simpático (que estimula as ações que nos permitem responder às situações de estresse) e a retenção excessiva de sal pelo organismo. O que a ablação faz é induzir uma lesão nos nervos responsáveis pela hipertensão e que passam ao redor da artéria renal; isso minimiza a atividade simpática e pode reduzir a retenção de sal, auxiliando na ação dos remédios de controle da pressão. “Além disso, a intervenção parece favorecer pacientes hipertensos com diabetes ao diminuir os níveis de açúcar no sangue, e pessoas com apneia do sono”, afirma Dr. André d’Avila, co-diretor do Serviço de Arritmia do Hospital Mount Sinai de Nova York, que está de malas prontas para voltar a morar no Brasil e traz a experiência do procedimento para hospitais de excelência como o Pró-Cardíaco.
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Segundo ele, convém salientar que a Asssociação Médica Brasileira (AMB) ainda não aprova a ablação da artéria renal para a maioria da população. “Os procedimentos realizados no Brasil, até agora, foram em pacientes participantes de protocolos de pesquisa. Nos Estados Unidos, a conduta funciona da mesma forma e há cerca de 800 estudos clínicos em andamento na área. A Europa já realizou a ablação, de forma clínica e segura, em mais de três mil pacientes”. Dr. d’Avila destaca que existem diferentes maneiras e diversos dispositivos em avaliação. No Brasil, espera-se que o primeiro aparelho específico para esse fim seja aprovado para uso clínico no final de 2013. No momento, a ablação da artéria renal é realizada com os mesmos cateteres e fonte de energia usados para a ablação cardíaca. Pró-Notícias
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CAPA
Inovação no diagnóstico de
inflamações e infecções Hospital é o primeiro do Rio a usar o radiofármaco Scintimum, que oferece resultados mais precisos e ágeis
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esenvolvido há dez anos na Europa, o diagnóstico de processos inflamatórios e infecciosos de origem desconhecida, através do exame de Cintilografia por Anticorpo Monoclonal com Uso de Scintimum (radiofármaco), ainda é novidade no Brasil. No Estado do Rio de Janeiro, a técnica que permite melhor qualidade na imagem do exame e, consequentemente, maior precisão, segurança e rapidez no diagnóstico, chega em primeira mão ao Pró-Cardíaco. Desde a implementação da prática no Hospital, em abril, quatro pacientes já foram submetidos ao exame com resultados satisfatórios que aceleram o tratamento e a recuperação. O método é indicado, principalmente, para casos de pacientes com febre de origem obscura, suspeitas de infecção em doentes internados por períodos longos ou em um processo pós-operatório de difícil análise dos sintomas. Na Cardiologia, é muito usado para investigar possibilidades de inflamações ou infecções no coração, as chamadas endocardites, decorrentes muitas vezes da implantaPró-Notícias
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ção de próteses de marca-passos. Também é recomendado o uso para localizar quadros infecciosos ou inflamatórios em próteses ortopédicas. Estudos mostram que a ação do Scintimum impacta positivamente as decisões terapêuticas em 55% dos casos. O medicamento contém anticorpos monoclonais que atacam células específicas denominadas granulócitos, cujo funcionamento é similar ao dos glóbulos brancos no processo de inflamação e infecção. “Os benefícios desse radiotraçador são surpreendentes. Ele é capaz de marcar não só os leucócitos que estão na corrente sanguínea, como também os que migraram para o tecido”, explica Dr. Cláudio Tinoco, coordenador do Serviço de Medicina Nuclear do Hospital. Antes, o Pró fazia uso da técnica tradicional de Cintilografia por Leucócitos Marcados com Uso
de Tecnécio e Pirofosfato (outros radiofármacos). O processo, que durava cerca de duas horas, primeiro manipulava os medicamentos em uma pequena quantidade de sangue do paciente, para depois reinjetá-lo no organismo. Agora, com a nova técnica, o paciente recebe uma dose intravenosa de Scintimum e, em apenas 15 minutos, é realizada a marcação dos granulócitos. A qualidade da imagem gerada ajuda a identificar, com mais precisão, a região com alteração no organismo.
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exclusividade
Voando com mais oxigênio Teste de hipoxemia feito com exclusividade no Rio pelo Pró-Cardíaco simula condições da cabine do avião e pode evitar complicações para pessoas com insuficiência cardíaca, AVC e DPOC
O
Pró-Cardíaco é o único hospital no Rio de Janeiro a realizar o teste de hipoxemia, que mimetiza as condições de voo em terra e no ambiente hospitalar e pode evitar o agravamento de algumas doenças provocado pela menor quantidade de oxigênio nas cabines dos aviões. O teste diagnostica se pessoas com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), Insuficiência Cardíaca (IC) e Acidente Vascular Cerebral (AVC) vão necessitar de oxigênio suplementar durante a viagem. Drs. Fernando Chacur e Ricardo Dias, médicos responsáveis pelo Serviço de Pneumologia e Prova de Função Respiratória do Hospital, explicam que como a população em geral tem viajado de avião com mais frequência, o número de pessoas que se sente mal é expressivo. “A cada ano, dois bilhões de passageiros fazem viagens aéreas e 5% destes têm condições médicas preexistentes significativas. Só nos Estados Unidos, são 17 mil chamadas de emergência anuais durante os voos, sendo 12% por complicação respiratória. Com a realização do teste de hipoxemia, problemas de saúde durante os voos seriam antecipados e os passageiros teriam uma viagem mais segura”, alerta Dr. Fernando. A falta de espaço e o ar seco na cabine podem causar desconforto durante viagens aéreas mais
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O teste de hipoxemia em andamento
Dr. Fernando Chacur, um dos coordenadores do Serviço de Pneumologia e Prova de Função Respiratória do Hospital
longas, mas é a baixa pressão atmosférica dentro da aeronave o motivo de mal-estar . Isto porque o ar ambiente tem aproximadamente 21% de oxigênio e 79% de nitrogênio, já o ar da cabine de um avião comercial tem pressão menor e é como se todos respirassem com somente 15% de oxigênio. Para a maioria das pessoas essa alteração pode acarretar, no máximo, um pouco de sonolência, cefaleia e irritabilidade. Mas, para portadores de DPOC, IC e AVC, por exemplo, pode levar às complicações clínicas durante o voo. Por isso, as sociedades de pneumologia e de cardiologia americana e europeia recomendam o teste de hipoxemia para pacientes com esses perfis.
Diagnóstico em 20 minutos O teste dura cerca de 20 minutos. O paciente inala um gás com a mesma pressão do oxigênio que é respirado no avião. Enquanto isso, verifica-se a pressão arterial, as frequências cardíaca e respiratória e a oximetria de pulso (quantidade de oxigênio no sangue), além de arritmias cardíacas. Caso a saturação do oxigênio no organismo caia muito (menor que 89%), o exame é interrompido e reiniciado com suporte de oxigênio igual ao que poderá ser usado no voo. Dependendo da resposta, a pessoa é orientada a utilizar o gás durante a viagem. “Recomendamos que o paciente entre em contato prévio com a companhia aérea e avise sobre a necessidade de oxigênio extra para a voo. O procedimento deve ser feito durante todo o trajeto, pois se a pessoa dormir muito e estiver sem o catéter nasal, o nível de oxigênio no sangue cairá e poderá passar mal”, orienta Dr. Fernando. Pró-Notícias
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INFORME CEPRO Hospital recebe Dr. Manu Malbrain Fundador da Sociedade Internacional da Síndrome Compartimental Abdominal e chefe do CTI do Hospital ZNA Stuivenberg, na Bélgica, Prof. Dr. Manu Malbrain foi o convidado da conferência internacional “Atualização em Síndrome Compartimental Abdominal”, realizada pelo Centro de Estudos do Pró-Cardíaco (Cepro). Dr. Malbrain é um dos principais especialistas no assunto do mundo e, com tradução simultânea, apresentou suas experiências e os avanços para o tratamento da doença de difícil diagnóstico. A síndrome provoca o aumento da pressão intra-abdominal dificultando o fluxo venoso e arterial nos órgãos abdominais e pode levar à disfunção de rins, coração, pulmão, fígado e trato gastrointestinal. A conferência teve a coordenação dos Drs. Flávio Nacul e Eduardo Kanaan e os debatedores Drs. Bruno Vaz, José Mauro Vieira Junior, Helio Vieira e Ricardo Lima.
A partir da esquerda, Drs. Bruno Vaz de Mello, Flávio Nácul, Manu Malbrain, Ricardo Lima e Hélio Vieira
Como elaborar trabalhos científicos Outra realização recente do Cepro foi o “I Curso de Bioestatística Básica do Pró-Cardíaco”, que tem como objetivo preparar profissionais da instituição na elaboração de trabalhos científicos. As aulas abordaram temas sobre como descrever, comparar e correlacionar dados e como avaliar testes diagnósticos. O curso anual é aberto aos profissionais do Hospital e membros do corpo clínico.
Oficina para projetos de pesquisa O serviço de “Assessoria para Elaboração de Projetos de Pesquisa Científica” é mais uma novidade do Cepro e também se destina ao corpo clínico e aos demais colaboradores do Hospital. As reuniões individuais da “Oficina de Metodologia Científica”, realizadas sempre às quintas-feiras, das 14h às 17h, devem ser agendadas presencialmente ou por telefone (2131-1584) na gerência de Pesquisa Clínica. Denise Momesso
Médicos do Pró ganham prêmio no DEIC 2013 “Uso da Distensibilidade da Artéria Pulmonar pela Ressonância Magnética Cardíaca na Identificação do Paciente Portador de Hipertensão Arterial Pulmonar Vasorreativo ao Óxido Nítrico” recebeu, em junho, o prêmio “Melhor Trabalho Clínico” no XII Congresso Brasileiro de Insuficiência Cardíaca (DEIC 2013), em Porto de Galinhas (CE). A pesquisa, apresentada por Dr. Marcelo Luiz da Silva Bandeira, da Unidade Coronariana, foi tema da tese de mestrado do Dr. Luiz Gustavo Pignataro Bessa, do CTI, e teve orientação de Dr. Marcelo Iorio Garcia, da Emergência.
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OUTROS ARES
A cidade ganha dois novos espaços para exposições e se destaca ainda mais na cena cultural do país
Um Rio d
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Rio de Janeiro, capital cultural do país, tem inspirado ainda mais arte. E não é apenas pela beleza dos cenários naturais que emolduram a vida de quem mora ou está de passagem pela cidade. O Rio vive um momento de resgate econômico e social impulsionado pela chegada de grandes eventos, entre eles a Copa do Mundo e as Olimpíadas, e os reflexos na área cultural são cada vez maiores. Recentemente, dois novos importantes espaços de exposições foram inaugurados na capital fluminense: o Museu de Arte do Rio (MAR), na Zona Portuária, e a Casa Daros, no bairro de Botafogo. E vem mais por aí. A abertura do novo Museu da Imagem e do Som (MIS), em Copacabana, está prevista para o primeiro semestre de 2014; e a do Museu do Amanhã, também na Zona Portuária, para julho de 2014.
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Casa da arte latino-americana Instalada em um antigo casarão na Rua General Severiano, em Botafogo, a Casa Daros é, por si só, uma obra de arte. O edifício de estilo neoclássico do século 19, tombado pelo Patrimônio da Cidade e que pertenceu à Santa Casa de Misericórdia, passou por um cuidadoso processo de restauro iniciado há seis anos. Desde que foi aberto ao público, em março, a Casa já recebeu cerca de 25 mil visitantes. O lugar é mantido pela Daros Latinamerica, instituição com sede em Zurique, na Suíça, que tem as mais abrangentes coleções dedicadas à arte contemporânea latino-americana. “Para nós é uma enorme felicidade saber que inauguramos a Casa Daros em um momento de transformação e crescimento do Rio. A recuperação paciente e primorosa do
prédio centenário também soma a este contexto positivo atual”, afirma Isabella Rosado, diretora-geral da Casa Daros. Além do imenso espaço reservado para as exposições, a Casa oferece uma biblioteca com mais de cinco mil títulos para consulta e empréstimo. Paralelamente, serão desenvolvidas ações educativas com o intuito de disseminar e fortalecer a arte contemporânea latino-americana, fazendo da Casa Daros um importante ponto de encontro e reflexão. Anualmente serão realizadas duas grandes exibições de obras da Daros Latinamerica, com quase 1,2 mil trabalhos representativos de 117 artistas nascidos ou que vivem na América Latina (Confira no quadro a programação atual).
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OUTROS ARES
de arte PROGRAMAÇÃO CASA DAROS http://migre.me/eRbaa Arte “Caro não é Carioca” - Exposição do artista colombiano Antonio Caro Até 6 de outubro Exposição “Cantos Cuentos Colombianos” Até 8 de setembro 2013. Rua General Severiano 159, Botafogo - RJ. Quarta a sábado, das 12h às 20h; Domingo, das 12h às 18h. Informações: (21) 2138-0850.
MAR
Redescoberta da Região Portuária Também inaugurado em março, o MAR, Museu de Arte do Rio, é dedicado à arte e à cultura visual e faz parte do amplo projeto de revitalização da Região Portuária, que já foi o maior e mais importante porto de entrada de escravos e imigrantes no Brasil. Vizinho ao Morro da Conceição, Cais do Valongo, Fortaleza de Santa Cruz, Pedra do Sal e Cemitério dos Pretos Novos, o Museu chega com a proposta de integrar a cultura local. “O MAR dialoga com as comunidades e realidades que compõem a Região Portuária, funciona como um lugar importante no aspecto simbólico do processo de renovação”, afirma o diretor presidente da instituição, Carlos Gradim. “Pretendemos promover uma leitura transversal da história da cidade, seu tecido social, sua vida simbólica, conflitos, contradições, desafios e expectativas sociais, com mostras de longa e curta duração, de âmbito nacional e internacional”. Pró-Notícias
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O Museu ocupa dois prédios vizinhos unidos por uma praça, uma passarela e uma cobertura em forma de onda, num total de 15 mil m2. Um tem arquitetura modernista e foi terminal rodoviário no passado; o outro é o Palacete Dom João VI, de estilo eclético, erguido em 1916. O passeio começa pelo último andar do prédio mais novo, no qual visitantes são surpreendidos por uma visão privilegiada de toda a região. Também é por lá o acesso à rampa que leva ao Palacete, onde são realizadas as exposições. São oito salas em quatro andares. No edifício modernista é desenvolvido o projeto Escola do Olhar, destinado à formação de educadores da rede pública de ensino em artes e cultura visual. Às terças-feiras, o MAR disponibiliza visita guiada e gratuita por um circuito histórico da região (Confira no quadro a programação atual).
www.museudeartedorio.org.br “ImagináRio” De 6 de agosto de 2013 Até 31 de março de 2014. “Vontade Construtiva na Coleção Fadel” Até 20 de outubro. “O CO-LE-CI-O-NA-DOR: arte brasileira e internacional na Coleção Boghici” Até 1º de setembro. Praça Mauá nº 5, Centro - RJ. De terça a domingo, das 10h às 17h. Informações: (21) 2203-1235.
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OPINIãO
Overdiagnosis: os riscos do excesso Dr. André Volschan*
O
s avanços tecnológicos e seu uso consciente trouxeram, indiscutivelmente, enormes benefícios aos pacientes, além de melhora no prognóstico de várias doenças. No entanto, a seleção inadequada de pessoas submetidas a exames tem contribuído de forma preocupante para a ocorrência do chamado overdiagnosis, nome dado ao diagnóstico de doenças que nunca causarão sintomas ou morte aos pacientes. O tema, apesar de controverso, tem estimulado o pensamento médico a avaliar suas práticas cotidianas. A possibilidade de transformar pessoas em pacientes com tratamentos sem benefício e, eventualmente, com malefício é bastante inquietante para a medicina contemporânea. Os motivos deste fenômeno vêm sendo estudados por alguns pesquisadores e, apesar de haver especificidades entre situações distintas, alguns aspectos são comuns. Preceitos da medicina moderna, como o de que o diagnóstico precoce pode significar o aumento da sobrevida, contribuem para este comportamento. Ao contrário do que acontecia em um passado ainda recente, hoje é cada vez mais comum a procura por consultórios para realização de check-ups periódicos sem indício de sintomas, principalmente na medicina privada. A Oncologia tem estudado essa problemática em profundidade nos últimos anos, mostrando o risco de danos ao paciente. A ampliação no uso do exame de mamografia para diagnóstico do câncer de mama, por exemplo, tem contribuído de maneira significativa para o aumento do número de diagnósticos sem que se tenha observado um impacto proporcional na mortalidade.
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Na Cardiologia também encontramos casos semelhantes, motivados pela identificação de alterações em exames cada vez mais sensíveis, quando ainda não temos resposta sobre o benefício de intervenções norteadas por estes achados complementares. O raciocínio clínico associado à prática baseada em evidências é uma das ações fundamentais para minimizarmos a ocorrência do overdiagnosis sem riscos para a população. No Pró-Cardíaco, a discussão dos casos em rounds diários nas unidades assistenciais, sessões clínicas, simpósios, além de outras atividades científicas têm contribuído para oferecermos o melhor e o mais seguro cuidado ao paciente.
“A seleção inadequada de pacientes para exames contribui de forma preocupante para a ocorrência de overdiagnosis”
*Dr. André Volschan é Coordenador do Centro de Estudos do Pró-Cardíaco (Cepro). Pró-Notícias
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Medicina Comportamental em pauta Hilton Junior
O
Pró-Cardíaco tem realizado a série “Sessão Clínica de Nutrição e Comportamento” para tratar de temas psicossociais que influenciam na saúde e qualidade de vida da população na atualidade, objeto de estudo da chamada Medicina Comportamental. A proposta, pioneira no Rio de Janeiro, conta com a participação de uma equipe multidisciplinar formada por profissionais de Nutrição, Educação Física, Enfermagem, Psicologia, Cardiologia Clínica, entre outras áreas. Segundo o idealizador e coordenador da série, Dr. Cláudio Domênico, o objetivo é debater, informar e educar - não só profissionais de saúde, como também o público leigo - sobre a importância da pre-
Dr. Cláudio Domênico à esquerda, a psicanalista Marcia Neder (de vermelho), a nutricionista Maria Cláudia Soares, o psiquiatra Luiz Antonio Martins, a psicóloga Sara Kislanov e demais participantes da sessão “Déspotas Mirins”, realizada em maio
venção de doenças que podem ser causadas a partir de maus hábitos e de um estilo de vida desregrado. As próximas sessões abordarão os temas “Nutrição e Esporte”, “Nutrição do Idoso” e “Inquietudes
frente à Morte”. Acompanhe a programação das reuniões futuras e os áudios das sessões clínicas já realizadas pela página “Programação Científica”, no site do Pró-Cardíaco (http://migre.me/f4N7B).
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA 2013 SETEMBRO 10/09, 3ª feira | GRANDES TEMAS EM MEDICINA INTENSIVA Hipertensão arterial pulmonar (hap) no paciente crítico Coordenação: Dr. Rubens Costa Filho Das 19h às 21h
OUTUBRO A NOVEMBRO
III CURSO DE TERAPÊUTICA FARMACOLÓGICA EM CARDIOLOGIA De 03/10 a 28/11, 5as feiras Das 17h às 19h Coordenação: Dr. Alexandre Bandeira Coordenação Científica: Dr. André Volschan
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outubro 11/10, 6a feira | SESSÃO CLÍNICA DE DIAGNÓSTICO POR IMAGENS Métodos de Imagens nas Doenças Neurológicas Coordenação: Drs. Cláudio Tinoco Mesquita e Carlos Eduardo Rochitte Das 12h às 13h30 25/10, 6ª feira | SESSÃO CLÍNICA DE DIAGNÓSTICO POR IMAGENS Métodos de Imagens na Doença Renovascular Coordenação: Drs. Cláudio Tinoco Mesquita e Carlos Eduardo Rochitte Das 12h às 13h30
Mais informações: www.procardiaco.com.br tel. (21) 2131-1444
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Simpósios Satélite Hospital Pró-Cardíaco 68º Congresso SBC
Dias: 29 e 30 de setembro de 2013 Local: Riocentro - Av. Salvador Allende, 6555 Barra da Tijuca - Rio de Janeiro - RJ
EMERGÊNCIAS CARDIOVASCULARES 29/09, das 13h às 14h30 Síndrome coronariana aguda
Denervação simpática renal no tratamento da hipertensão refratária experimental ou baseado em dados concretos?
Moderador: Dr. Roberto Esporcatte Apresentador: Dr. Marcelo Bandeira Debatedores: Dr. Fernando Rangel, Dr. Jader Cunha de Azevedo, Dr. Luiz Antonio Carvalho, Dr. Marcelo Rivas
Ablação de artéria renal por radiofrequência - para quem, quando e como realizar?
Acidente vascular cerebral Moderador: Dr. Marcelo Iorio Garcia Apresentador: Dr. Valério Carvalho Debatedores: Dr. Daniel Bezerra, Dra. Daniela Cook, Dr. Eduardo Wajnberg, Dr. Aquiles Manfrim
DENERVAÇÃO SIMPÁTICA RENAL POR CATETER 30/09, das 13h às 14h30
Dr. Eduardo Saad
O futuro: possíveis outras aplicações Dr. André d’Avila
APRESENTAÇÃO DE CASO CLÍNICO 30/09, das 15h às 16h30 Debate com a plateia
Uma nova fronteira no manejo da hipertensão arterial
Dr. Fernando Rangel, Dr. Cláudio Domênico, Dr. Luiz Eduardo Camanho, Dra. Maria Eliane Campos Magalhães
Coordenadores: Dr. Eduardo Saad e Dr. André d’Avila Moderadores: Dr. Paulo Dutra e Dr. Evandro Tinoco Mesquita
Paciente ultracomplexo
O sistema nervoso autônomo como alvo terapêutico na hipertensão refratária: bases fisiopatológicas Dr. Antônio Cláudio Lucas da Nóbrega
TRABALHOS APROVADOS
Moderadores: Drs. Antonio Sérgio Cordeiro da Rocha e André Volschan •Heart Team e o paciente ultracomplexo em cardiologia Dr. Evandro Tinoco Mesquita •Suporte mecânico e resgate de órgãos Dr. Marcelo Montera Resultados do ventrículo artificial e transplante cardíaco Dr. Alexandre Siciliano •Implante percutâneo de válvula aórtica Dr. Luiz Antonio Carvalho
UNIDADE CORONARIANA
MEDICINA NUCLEAR
• Qualidade assistencial, perfil clínico e mortalidade hospitalar de uma população admitida em Unidade Coronariana de hospital terciário. Análise de 14 anos de assistência cardiointensiva
• Quais os preditores de isquemia miocárdica em pacientes submetidos a cintilografia de perfusão miocárdica?
• Avaliação de risco de queda na busca da excelência da qualidade assistencial em uma Unidade Coronariana
• SPECT CT Pulmonar para pesquisa de TEP
UNIDADE DE EMERGÊNCIA
• Avaliação do BNP como preditor de óbito em pacientes com dor torácica na Emergência
• Variações da apresentação clínica na unidade de dor torácica: Existe diferença no tipo de dor entre homens e mulheres? UNIDADE CLÍNICA
• Efetividade clínica da cirurgia de troca valvar aórtica: o impacto do tempo de circulação extracorpórea na mortalidade
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Dr. André d’Avila
• Perfil dos pacientes que falecem na cirurgia de revascularização miocárdica
• Gated Spect na avaliação do dissincronismo ventricular: comparação entre pacientes com BRE e pacientes com isquemia miocárdica • Uso do BNP como marcador de isquemia miocárdica na Unidade de Dor Torácica
SERVIÇO DE ARRITMIAS
• Fatores de risco relacionados à extração de eletrodos endocárdicos • Isolamento completo da parede posterior do átrio esquerdo (BOX LESION) em ablação de fibrilação atrial persistente COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR (CCIH)
• Perfil das infecções relacionadas ao implante de marca-passos e cardioversores-desfibriladores em um hospital privado doPró-Notícias Rio de Janeiro ANO 12 | Nº 45 | mai-jul/2013