Resumo cap 80 A GÊNESE E A CIÊNCIA

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ESPIRITISMO. ESTUDOS FILOSÓFICOS – DR. BEZERRA DE MENEZES , Vol. III RESUMO: CAPÍTULO 80 “ A “GÊNESE E A CIÊNCIA“

1. A GÊNESE

Está em formal oposição aos fatos provados pela Ciência. Os sábios dão por falsa a versão genésica e consideram todos os princípios fundamentais da religião. Estes geralmente são incrédulos: porque existe uma certa oposição entre Ciência e religião, duas forças irmãs que convergem para o mesmo ponto. A religião apura o moral do Espírito; a Ciência apura o intelectual; por este duplo meio, o ser racional desenvolve sua perfectibilidade até o mais elevado grau de perfeição dado ao homem. Um dos pontos da Gênese, que levanta dúvidas, é o de que a Terra foi criada antes da luz. Já se demonstrou que a luz preexistiu, e o Espiritismo confirma que a Terra é um dos últimos planetas criado em nosso sistema, que só tem mais dois modernos que ela. Mundos e sistemas planetários existem por toda a Eternidade, assim como a luz. Se pensarmos em nosso sistema solar, veremos que existindo o Sol e outros planetas solares antes da Terra, necessariamente, já existia a luz, quando o Sol foi criado. Os Espíritos revelam que o Sol não é um globo ígneo, inabitável, mas um globo envolto em atmosfera luminosa, cujos habitantes - os mais adiantados de nosso sistema - recebem a luz daquela atmosfera, atenuada por uma cortina fluídica, mediante disposições especiais de seus órgãos visuais, como as que têm os habitantes de planetas mais afastados, para verem perfeitamente, apesar de a luz chegar-lhes extremamente fraca. Para conciliar a Ciência com a religião, discordantes entre si, as revelações espíritas esclarecem este ponto. Os mundos formam-se pela condensação da matéria cósmica ou fluido universal, de que saem todos os seres da criação, o Espírito, inclusive. Formado o núcleo, percorre o infinito, atraindo elementos da atmosfera de todos os astros, por cujas órbitas passa, de modo que cada núcleo contém em si substâncias tiradas de todos os astros, para haver fraternidade entre os mundos, assim como deve haver entre seus habitantes. O movimento pelas várias atmosferas produz o calor e exalações ígneas, cuja substância é incandescente, envolto em uma atmosfera espessa e de fogo. O calor, nesses mundos, desloca os elementos e faz reações químicas, resultando na formação de água, que se precipita sobre o globo, produzindo abaixamento da temperatura de sua crosta. 1


No entanto, a depressão termométrica não é instantânea; durante muitos séculos, a água não pode fixar-se na superfície do globo, ocorrendo um constante movimento de vaivém: os vapores aquosos, formados na atmosfera, condensam-se e precipitam-se sobre o globo, e a água, que cai sobre este, evapora-se e volta toda para a atmosfera. À força deste fluxo e refluxo, a crosta do planeta vai esfriando até conter a água, que se evapora, mas não completamente, como ocorre hoje, em um grau muito inferior em nosso planeta. Em seu giro infinito pelos espaços, o planeta já formado nas condições descritas acima, cessa de ser astro errante e é preso pelas leis de atração e repulsão de um sistema, ao qual fica pertencendo, tomando posição entre os antigos componentes deste sistema, com os quais harmoniza-se e não mais perturba a sua posição, nem perturba a manobra dos outros. Foi por este modo que a Terra constitui-se no mundo de nosso sistema solar. Ela era ainda incandescente, quando fixada neste sistema, trazendo em sua atmosfera infinito número de corpos ( em suspensão), que pelo correr dos séculos e abaixamento gradual de sua temperatura e de sua atmosfera precipitaram-se sobre a superfície da Terra. Porém, era muito espessa aquela atmosfera e os raios de Sol não podiam penetrá-la. Também não permitia a existência de nenhum ser vivente sobre a Terra, sendo desnecessária a luz. Milhares de séculos levou a depuração daquele meio, até que os germes dos seres espalhados pelos espaços fixaram-se e desenvolveram-se na superfície da Terra. Primeiro, vieram os seres que podiam suportar uma atmosfera mais impura. Por obra do tempo e ação desses mesmos seres, a Terra ficou em condições de permitir a existência do mais elevado dos seres: o homem. Devido à depuração da atmosfera, ficou esta em condições de deixar passar os raios da luz do Sol, coincidindo com a incorporação dos primeiros Espíritos, na Terra, pelo modo descrito pela Bíblia e pela Ciência. A Gênese refere-se a este período, como a luz chegou à Terra, quando esta já estava criada. A luz existia antes da Terra, mas esta só a recebeu depois de formada e em condições de receber os seres viventes. A Gênese Espírita concilia a Ciência com a Bíblia, trazendo à tona fatos que a Ciência não pode mais apreciar, porque já se foram com os séculos e são ainda integrantes do problema, porque formam funções da evolução de nosso planeta.. O Espiritismo científico eleva-se sobre a cúria romana, porque fala à Razão; a cúria romana encastela-se na fé passiva, sem procurar a Verdade das coisas.Por este fato, para ela, o Espiritismo é diabolismo.

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