ENTREVISTA: DIRETORES DA COOPEAVI (MERCADO DE CAFÉ E COOPERATIVISMO) www.conilonbrasil.com.br
REVISTA
Edição 8 - Ano II Fevereiro / Março de 2011
DISTRIBUIÇÃO GRATUITA VENDA PROIBIDA
Instituto de Qualidade do Café dos Estados Unidos firma parceria com a Conilon Brasil ARTIGO Novo Protocolo de Robusta
MANEJO & TECNOLOGIA Tecnologia de Aplicação de Defensivos e Fertilizantes
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NA INTERNET
conilonbrasil.com.br 12/01/2011
Cooxupé abrirá filial no Espírito Santo O Espírito Santo terá, nos próximos meses, uma subsidiária da Cooperativa de Cafeicultores de Guaxupé (Cooxupé), que é a maior do mundo no setor cafeeiro. A subsidiária da cooperativa mineira ficará no município de Serra, onde foi alugado um armazém com capacidade para 100 mil sacas de café. Com a abertura da subsidiária, a cooperativa pretende transferir para o Porto de Vitória as exportações de cafés finos que hoje são feitas pelo Porto de Santos. A Cooxupé exporta anualmente cerca de 100 mil sacas de cafés finos, a maior parte delas produzida em Minas Gerais. A substituição do Porto de Santos pelo Porto de Vitória, segundo o presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Evair Vieira de Melo, busca a redução de custos. Além de tarifas mais elevadas, no porto paulista há o custo do transporte rodoviário e o pagamento de pedágios em cerca de 20 praças no trajeto da cooperativa de Guaxupé (MG) até o Porto de Santos (SP). E o interesse da Cooxupé no Espírito Santo não para por aí. Segundo Melo, que acompanhou os dirigentes da cooperativa na visita ao Estado, a instituição já estuda a abertura de uma filial no Espírito Santo para iniciar a operar no mercado de café conilon. O trabalho de ponta desenvolvido pelos pesquisadores do Incaper com o conilon está despertando o interesse do mercado no café capixaba. Além de ser a maior cooperativa de café do mundo a Cooxupé figura entre as cinco maiores exportadoras do país. Além de exportar café, a cooperativa tem uma unidade torrefadora para atender ao mercado interno. Na avaliação do presidente do Incaper a presença da Cooxupé será altamente positiva para os cafeicultores capixabas e também para as cooperativas locais de menor porte. “O Espírito Santo só tem a ganhar com isso. E as pequenas cooperativas também, porque abre a possibilidade de novas parcerias”, destaca Melo. Fonte: Rita Bridi - Jornal A Gazeta
A Cooxupé já estuda a abertura de uma filial no Espírito Santo para iniciar a operar no mercado de café conilon.
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Sumário
ANO II - EDIÇÃO Nº 8
CONILON BRASIL - FEVEREIRO / MARÇO 2011
CQI NO BRASIL Instituto de Qualidade do Café dos Estados Unidos firma parceria com a
Conilon Brasil
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CAPA
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ENTREVISTA Diretores da COOPEAVI falam sobre mercado de café e cooperativismo
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MANEJO Tratores cafeeiros
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Tecnologia de aplicação de defensivos e fertilizantes
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ARTIGO Cooperativas capixabas criam a AGROCOOP
Novo protocolo de Robusta: Cafés capixabas obtiveram resultados animadores
E S PA Ç O g o u r m e t
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Drinks para o carnaval
Foto:Valmir Zuffo
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ARTIGO
MERCADO DO CAFÉ
Carta do Editor A palavra do momento é QUALIDADE. Os consumidores exigem cada vez mais qualidade nos produtos e serviços adquiridos. Quando falamos de alimentos, a exigência é ainda maior. O conceito de qualidade de alimentos está ligado às informações sobre a origem, processo de produção, matérias primas, insumos, respeito ambiental e mão de obra empregada na sua fabricação. O mercado de café está passando por um momento muito importante. Preços em patamares recordes, grande valorização da qualidade e a conquista da admiração de países consumidores pelos cafés brasileiros. Esse é o momento de mostrarmos ao mundo que temos condições de atender a todos os mercados, inclusive o mercado de cafés especiais. No caso dos Robustas, dos quais até pouco tempo não se falava de qualidade, observamos uma grande mudança comportamental. O Mercado busca cafés Robustas especiais e já começa a valorizar de maneira diferenciada esses cafés. O CQI, instituto que é referência mundial em qualidade de café, busca desenvolver o mercado de Robustas especiais no Brasil. Com a montagem do laboratório de análises sensoriais no estado do Espírito Santo, o CQI juntamente com a Conilon Brasil objetivam a identificação de Robustas especiais e a difusão do novo protocolo de degustação de Robustas finos. Esses cafés serão apresentados ao mercado mundial, atraindo assim, as atenções dos grandes compradores para o mercado de Robustas finos no Brasil. Degustem um bom café e tenham todos uma ótima leitura. Bruno Sposito bruno@conilonbrasil.com.br
Editor: Bruno Sposito Diretor de Marketing: Arthur Fiorott Diretora Financeira: Neide Baldo Editora de Texto: Tania Thomazini Diretor de Arte: Jaques Brinco Jr Impressão: Gráfica e Editora GSA Colaboradores Nesta Edição: Adelino Junior Thomazini, André Thomazini, Marco De La Roche, COOPEAVI, OCB-SESCOOP/ES
Atendimento Comercial: 27 3224 - 3412 comercial@conilonbrasil.com.br Endereço para correspondência: Rua Clóvis Machado, 176 - Sala 405 Ed. Conilon, Enseada do Suá CEP 29050-900 Vitória - ES Receba a revista em sua
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E N T R E V I S TA
Diretores da COOPEAVI falam sobre Mercado de café e Cooperativismo A história da avicultura de Santa Maria de Jetibá teve inicio em 1960. Entre os anos de 1960 e 1964 diversos produtores decidiram iniciar a atividade avícola no município. Em 1964, os avicultores sentiram dificuldade em gerenciar seus próprios negócios. Por esse motivo, eles decidiram se unir e fundaram a Coope-Avi, Cooperativa Avicola de Santa Maria de Jetiba. A atividade na cafeicultura começou em 1975, com a incorporação do patrimônio da cooperativa dos cafeicultores de Santa Teresa. Começa a história da COOPEAVI no café. Nessa entrevista, realizada em recente visita ao moderno prédio onde está a gerência da COOPEAVI, os diretores falaram sobre os temas mais relevantes do cooperativismo e da cafeicultura nacional. CB: A COOPEAVI tem uma história na avicultura do ES, sendo reconhecida nacionalmente por essa atividade, como foi essa migração para o setor do café? Coopeavi: Não deixamos de investir e crescer na avicultura, mas visualizamos uma necessidade de atuarmos no mercado café. Já vínhamos atendendo os produtores com toda linha de insumos e assim, foi oportuno há 10 anos atrás, investirmos no primeiro armazém de café para estocagem e comercialização da produção dos associados, hoje com capacidade estática de 120 mil sacas armazenadas. Em 2009 comercializamos 160mil sacas de café e para 2011 projetamos um volume próximo a 200mil. 1 Ano de Conilon Brasil
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ENTREVISTA
João Galimbert Diretor
remos atuar no Estado de Minas Gerais, mais precisamente em Caratinga (já inaugurada a loja) e Conselheiro Pena (inauguração prevista para 2º semestre deste ano). No Espírito Santo estaremos inaugurando mais duas lojas, uma em Itaguaçu e outra e Baixo Guandu, ainda em 2011. CB: Recentemente surgiram diversas cooperativas no setor cafeeiro, inclusive uma grande cooperativa se instalará no ES para operar no setor de café Conilon. A COOPEAVI está preparada para entrar nesse ramo?
CB: Para o fortalecimento do cooperativismo, é importante que haja intercâmbio de informação, produtos e serviços. Diante desses aspectos, quais foram às conquistas da COOPEAVI que se transformaram em valor para os cooperados? Coopeavi: A Coopeavi nunca deixou de investir na sua área de atuação, seja ela na estrutura física (novos armazéns e pontos de compra), dias de campo, fechamento de safra e principalmente na qualificação da equipe profissional. Constantemente trabalhamos pela melhor remuneração dada à qualidade do produto, além de levarmos ao cooperado uma excelente consultoria técnica. Não podemos esquecer que somos uma cooperativa que segue princípios definidos na doutrina do cooperativismo. O compromisso com a comunidade no entorno de nossas filiais também deve ser considerado um valor e o associado já está percebendo isto. 8
1 Ano de Conilon Brasil
CB: Sabemos que a região de Santa Maria de Jetibá, onde a COOPEAVI está inserida tem as duas cafeiculturas, Arábica e Conilon, nesse contexto, qual será o posicionamento da COOPEAVI no setor de café? Coopeavi: A matriz da Coopeavi tem sua sede em Santa Maria de Jetibá, onde predomina o café arábica. No entanto, em outros municípios onde atuamos, comercializamos tanto o arábica como o conilon. Atualmente o café conilon participa com 50% do volume comercializado, mas na nossa visão este percentual tende a aumentar gradativamente. CB: Qual é a área de atuação geográfica da COOPEAVI no setor café? Coopeavi: Hoje estamos mais presentes em 10 municípios da região serrana (central e sudoeste) do Estado do ES, com planos de ampliação para as regiões norte e sul do Estado. Também começa-
Coopeavi: O nosso diferencial está na aproximação com o produtor, onde participamos de toda a cadeia produtiva. Oferecemos consultoria técnica, ofertamos insumos a preços competitivos e comercializamos a produção do cooperado. Lembrando que esta grande cooperativa que se instalará no ES vem através de uma subsidiária, isto é, não vem com o formato de cooperativa, ou seja, o produtor não participará dos resultados (sobras) da mesma forma que ocorre com a Coopeavi. CB: No ultimo mês de setembro, o CQI (coffee quality institute) lançou na OIC, um protocolo de degustação de robustas finos. Como a COOPEAVI se posiciona nesse novo momento de mudança para a cafeicultura de Conilon? Coopeavi: A Coopeavi tem acompanhado e apoiado as mudanças na cafeicultura. Temos uma área específica na gestão da
ENTREVISTA
qualidade do café. Fomos responsáveis pela análise e tipificação dos cafés envolvidos no Iº concurso de café conilon de Colatina, realizado na Expocol de 2010. Recentemente um de nossos colaboradores obteve mais uma certificação de classificador e degustador de café com habilitação em café torrado e café torrado e moído fornecida pelo MAPA. Nossa visão é nos tornarmos referência no setor de café de qualidade, e esta mudança na cultura do conilon converge para o nosso objetivo.
Coopeavi: A AGROCOOP ainda está em fase de criação. É na verdade uma central formada pela junção de algumas cooperativas do ramo café com o objetivo principal agregar valor à produção. Em uma das etapas está um estudo de uma marca café das cooperativas no intuito de termos um produto comercial nas gôndolas dos supermercados.
CB: A COOPEAVI, com o apoio do INCAPER, fará o Iº Encontro Estadual do Conilon Descascado do ES. Como será esse evento?
Coopeavi: A participação das cooperativas no mercado de café ainda é baixa devido, principalmente, a uma competição desleal comprovada pela operação broca e pela falta de um planejamento estratégico específico para cafeicultura. A Coopeavi, fortalecida pela sua credibilidade de mais de 45 anos de cooperativismo e por uma gestão estratégica voltada especificamente para a cultura cafeeira, aliado ao enorme po-
Coopeavi: O evento tem por objetivo incentivar a melhoria da qualidade do conilon, especialmente o café descascado. Hoje existe uma demanda pelas indústrias por estes cafés, mas a oferta ainda é pequena. Estaremos trazendo depoimentos de produtores e associações que já fazem o processo pós colheita descascando o grão com excelentes resultados. Além disso, traremos uma palestra de nível nacional demonstrando a tendência e oportunidades para os cafés descascados. Este é um encontro que visa disseminar a informação e agregar não só valor, mas pessoas e entidades que enxerguem na obtenção da qualidade um caminho sem volta.
CB: Podemos afirmar que o momento atual é um dos melhores para o Cooperativismo na cafeicultura de Conilon?
tencial que a cultura do conilon vem apresentando em nosso Estado, vê este bom momento como um início de um futuro promissor. Contudo, a palavra-chave é: qualidade. CB: De uma maneira geral, a cafeicultura de Conilon caracterizase por ter pequenas propriedades rurais, sendo de agricultura familiar. Quais os benefícios que um pequeno produtor tem ao fazer parte de um sistema de cooperativas? Coopeavi: O pequeno produtor participando de uma cooperativa bem estruturada faz com que se torne um grande. Mesmo pequeno, a cooperativa proporciona a ele um maior poder de barganha, seja na aquisição de insumos como também na venda da sua produção. E o mais importante de tudo é que o produtor participa dos resultados da cooperativa da qual ele é sócio, ao contrário de uma empresa mercantil onde os lucros são de seus donos ou acionistas.
Marcelino Bellardt Gerente Executivo
CB: A COOPEAVI se uniu a recém formada AGROCOOP. Quais benefícios os agricultores terão com essa união? 1 Ano de Conilon Brasil
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A RT I G O
Novo protocolo para degustação
de Robusta é testado
Cafés capixabas obtiveram resultados animadores
N
Texto: Equipe Conilon Brasil
o mês de setembro de 2010, foi lançado na OIC, o Protocolo de degustação de Robustas Finos. O protocolo de degustação foi um trabalho realizado pelo CQI – Coffee Quality Institute - com a colaboração de diversos profissionais do setor cafeeiro mundial. Para colocar em prática o novo protocolo de degustação de cafés da variedade Robusta (Protocolo de degustação de robustas finos), a equipe da Conilon Brasil testou alguns cafés do Espírito Santo para saber como seria o comportamento dos cafés diante dessa nova metodologia. Foram degustados cafés de Vila Valério, Cachoeiro de Itapemirim, Castelo e Conceição do Castelo. Os degustadores Arthur Fiorott e Rondinelio Sartorio 10
1 Ano de Conilon Brasil
provaram as amostras de café durante um dia de prova e obtiveram resultados animadores para os produtores capixabas e consumidores do Brasil. Um dos aspectos que chamou mais a atenção dos degustadores foram às variações de sabores em relação às diferentes regiões capixabas, sendo que algumas características presentes em cafés da Região Sul do Estado não estão presentes nos cafés da Região Norte. Ainda, a variação de processo pós colheita teve grande influência nas nuances presentes nos cafés degustados. Diante das amostras analisadas, todos os cafés obtiveram resultados acima do nível de “muito bom”, estando próximo de obter resultado de robusta fino.
A RT I G O CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM
Fragrância/Aroma
PERFIS DE DEGUSTAÇÃO
Fragrância/Aroma
VILA VALÉRIO
CD
NATURAL
Corpo
Sabor
Retrogosto
Razão Amargor/Doçura
Corpo
Sabor
Retrogosto
Razão Amargor/Doçura
Razão Salinidade/Acidez
Razão Salinidade/Acidez
Fragrância/Aroma
CONCEIÇÃO DO CASTELO CD Corpo
Sabor
Retrogosto
Razão Amargor/Doçura
Razão Salinidade/Acidez
Fragrância/Aroma
CASTELO Sabor
Retrogosto
Razão Amargor/Doçura
Pontuação Total
Descrição da Qualidade
Classificação
90-100
Excepcional
Muito Fino
80-90
Fino
Fino
70-80
Muito Bom
Prêmio
60-70
Bom
Boa Qualidade Usual
50-60
Médio
Boa Qualidade Usual
40-50
Razoável
Comercial
< 40
Comercializável
<30
Abaixo da Mínima
<20
Não Classificável
<10
Escolha
Laboratório Conilon Brasil CQI
CD Corpo
O resultado final das amostras é calculado pela soma das pontuações de cada atributo primário. Cada café passa a ser avaliado por dez quesitos. O valor correspondente aos defeitos é subtraído, chegando ao resultado final. A seguinte chave de resultados tem-se mostrado uma maneira significativa de descrever a série de qualidades do café para o resultado final, com pontuações de mais de 80 correspondendo aos Robustas Finos.
Será Inaugurado em março o Laboratório Conilon Brasil CQI. O Laboratório é uma parceira entre a Conilon Brasil e o CQI – Coffee Quality Institute - na qual será implementado o Protocolo de Degustação e Torrefação de Robustas Finos. A sala de provas é mais uma ferramenta de auxilio a cadeia do café Conilon para melhorar ainda mais o café e agregar valor. Diversos serviços serão prestados para cafeicultores e profissionais do ramo da cafeicultura. • Análise sensorial de café • Análise sensorial de café para embarque internacional – padrão CQI • Cursos de degustação, torrefação,
Razão Salinidade/Acidez
preparo de café e R GRADER • Cursos de barista 1 Ano de Conilon Brasil
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M AT Ă&#x2030; R I A C A PA
CQI NO BRASIL Instituto de Qualidade do CafĂŠ dos Estados Unidos firma parceria com a
Conilon Brasil
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A RT I G O
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M AT É R I A C A PA
O
Coffee Quality Institute (CQI) é uma organiza- que a qualidade é a variável mais importante que afeta os ção sem fins lucrativos que trabalha internacio- preços e posteriormente, os meios de vida sustentada por nalmente para melhorar a qualidade do café e as esse preço. A existência de regiões produtoras estáveis e vidas das pessoas que o produzem. O CQI fornece prósperas se traduz em uma oferta sustentável de café de treinamento e assistência técnica aos produtores de café qualidade para a indústria. Concentrando esforços nas pessoas, o compromisso do e de outros indivíduos da cadeia de abastecimento para aumentar o volume, valor e sustentabilidade da produção CQI é de formação e educação, levando aos produtores de café as ferramentas que de cafés de alta qualidade. O CQI também trabalha para A importância do café conilon para o estado do Espírito San- precisam para competir no a construção de capacidade to pode ser demonstrada através dos seguintes dados: 7,3 mercado mundial. O Instimilhões de sacas produzidas (mais de 70% da produção institucional em países pro- nacional de Conilon), R$ 1,3 bilhões (34% do PIB agrícola tuto criou uma plataforma dutores de café, através da estadual) de renda gerada anualmente para os cafeicultores de mercado, que melhora as criação de sistemas e infra- capixabas, 220 mil empregos no campo (estima-se que 70% práticas comerciais existenestruturas que incentivem desse café é de base familiar. É a atividade econômica que tes e aumenta a transparência um foco na qualidade e ele- mais emprega no estado) e 40 mil propriedades produzindo para que os agricultores poscafé Conilon em mais de 60 municípios do interior, em 330 sam ser recompensados por vem a renda dos agricultores. mil hectares cultivados (INCAPER 2009). O café é uma das com- O Espírito Santo, por meio do trabalho de pesquisa realiza- seus esforços de qualidade. Para garantir que essas modities agrícolas mais ne- do pelo Incaper (Instituto Capixaba de Pesquisa e Extensão gociadas no mundo e mais Rural), é referência mundial em tecnologia e produção de soluções continuem a longo de 125 milhões de pessoas café Conilon. As novas técnicas de manejo da cultura desen- prazo, o CQI vem trabalhanvolvidas pelo Instituto, assim como variedades melhoradas, dependem da sua produção aliadas à assistência técnica aos produtores fizeram com do para desenvolver uma para sua subsistência. A ca- que, em 15 anos, de 1993 até 2008, a cultura apresentasse nova geração de líderes glodeia do café enfrenta um de- crescimentos expressivos. A produtividade média do Estado bais. Esta abordagem intesafio, porque muitas dessas cresceu 188%, passando de 9,2 para 26,57 sacas beneficia- grada eleva a qualidade em pessoas são pequenos agri- das por hectare. Já a produção teve incremento de 213%, todos os níveis da cadeia de ao subir de 2,4 para 7,3 milhões de sacas beneficiadas/ano, cultores de café que estão lu- com um aumento de apenas 11% da área plantada (INCA- valor, para que todos se beneficiem. CQI é uma das mais tando para ganhar uma renda PER, 2008). organizações suficiente para sustentar suas A produção de café gourmet cresce a taxas de 25% ao ano importantes e conta com 700 produtores no Brasil (ABIC, 2009). O café que trabalham em colaborafamílias. O Coffee Quality Institute Conilon do Espírito Santo representa menos de 1% do café ção com países produtores e gourmet produzido e consumido no Brasil. (PEDEAG, 2008). (CQI) está trabalhando para Pesquisas realizadas mostram que os consumidores estão consumidores para criar as solucionar estes problemas, dispostos a experimentar o café Conilon fino (ABIC, 2009). mudanças institucionais que mantendo-se focado na qua- Diante desses dados fica clara a importância de posicionar- podem construir um mercado mais sustentável. lidade. O instituto acredita mos o Conilon Capixaba no mercado de cafés especiais. 14
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M AT É R I A C A PA
Ted Lingle Diretor Executivo CQI
Desenvolvida pelo Coffee Quality Institute (CQI), com base na metodologia da Associação Americana de Cafés Especiais (SCAA, sigla em inglês), a rigorosa certificação de juiz Q Grader dá aos provadores a chancela para avaliar cafés com credibilidade em todo o mundo. A graduação dá confiabilidade às partes que contratam porque a calibragem utilizada para a avaliação é uma referência aceita internacionalmente. Da mesma forma que foi criada a certificação de Q Grader para a classificação e degustação de cafés arábicas, o CQI desenvolveu a certificação R Grader, que é específica para a avaliação de cafés Robustas de qualidade. Quando um café passa através do Q Coffee System e torna-se verificado como um café Q ™, isso significa uma confirmação de que pode ele pode realmente ser considerado uma especialidade. Amostras de café verde são submetidos a um In-Country Partner (ICP) empresa parceira do CQI nos países onde atuam, e 3 Q ou R Graders (profissionais degustadores credenciados). Cafés que atendem as normas para o verde, torrado e qualidade da bebida recebem um Certificado Q ou R. Se o café não cumprir as normas da especialidade, ele recebe um relatório técnico que explica o porquê. A Conilon Brasil LTDA é o parceiro (ICP) exclusivo do CQI no Brasil para a introdução dos trabalhos relacionados aos robustas finos (R). Assim sendo, ela ficará responsável pela formação de profissionais degustadores credenciados como R Graders dentro do programa de treinamento do CQI. Além disso, a empresa Capixaba será a responsável no Brasil por toda a veiculação, distribuição e difusão do
A Conilon Brasil LTDA é o parceiro (ICP) exclusivo do CQI no Brasil para a introdução dos trabalhos relacionados aos robustas finos (R)
conhecimento relacionada a esse protocolo, contando com total apoio do Instituto de qualidade do Café (CQI). A parceria visa a formação de profissionais de cooperativas, institutos públicos e empresas ligadas ao setor do café e controle de qualidade, além de degustadores do programa G Quality, que visa justamente à calibragem e qualificação desses profissionais. Com isso poderemos elevar o grau de conhecimento sobre a qualidade do Conilon Capixaba, buscando assim expandir nossa participação no mercado internacional. Para obter a graduação mais conceituada no mercado é preciso treinar muito. A Conilon Brasil oferece uma assessoria prévia aos candidatos, com aulas preparatórias para a qualificação pelo CQI. Assim que os profissionais estiverem preparados e conhecendo todos os procedimentos do protocolo de avaliação de robustas de qualidade, uma equipe de instrutores do CQI virá ao Brasil para a realização das provas de qualificação. Para oferecer esses serviços, a empresa contará com um laboratório próprio de análises sensoriais e com toda a estrutura necessária para a realização dos trabalhos. Esse laboratório ficará situado em Vitória, capital do estado do Espírito Santo e terá a certificação da SCAA. Com esse trabalho elevaremos o café conilon à um novo patamar, como foi feito com o café arábica brasileiro. Sem os provadores certificados seria impossível a existência do processo ‘R’, que é uma garantia qualitativa dos cafés que são provados através desse sistema. 1 Ano de Conilon Brasil
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MANEJO & TECNOLOGIA
TRATORES
TraTores Cafeeiros Na produção de café, diversas operações manuais podem ser substituídas pelo uso de implementos acoplados ao trator.
Texto: Equipe Conilon Brasil
atividade cafeeira tem buscado aprimorar os seus sistemas de cultivo, dessa forma o gestor da atividade carece de ferramentas que lhe permitam obter o maior retorno produtivo e financeiro, promovendo melhor aproveitamento de insumos e serviços com o menor impacto ecológico. A modernização da mecanização na cafeicultura esta relacionada a investimentos em máquinas, equipamentos e dispositivos que ajudem a aumentar a produção, de forma a gerar um maior rendimento operacional, atingindo os objetivos desejados. Na produção de café, diversas operações manuais podem ser substituídas pelo uso de implementos acoplados ao trator. A abertura de covas, preparo do solo, aplicação de defensivos e fertilizantes, manejo de plantas daninhas dentre outras práticas, podem ser realizadas com o uso de uma força motriz. Entretanto, a escolha correta do trator/implemento é que garante um trabalho eficiente, rápido e de me-
a
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nor custo. Na escolha de um modelo é preciso primeiramente avaliar a capacidade financeira do produtor para a aquisição da máquina. Além possuir recursos ou se encaixar em uma linha de financiamento, é preciso selecionar uma máquina que opere dentro do volume de serviço requerido, ou seja, dentro do perfil da propriedade (em termos do tamanho da área mecanizável e volume de serviço requerido). Os tratores utilizados no preparo inicial do solo e nos tratos culturais possuem características diferentes. Porém é importante que os tratores agrícolas possuam um motor mais
potente, mais econômico e menos poluente. Devem ser fáceis de operar e possuir flexibilidade, sistema de direção e freios de alta eficiência para uma excepcional manobrabilidade, alta produtividade, estabilidade, manutenção mínima, potência no ponto de tomada de força, sistema hidráulico bem dimensionado, maior potência de frenagem e maior segurança. Para as pulverizações com defensivos é muito importante adquirir tratores com uma cabine de proteção para evitar a contaminação do operador. Um trator para executar os trabalhos de preparo inicial do solo como,
MANEJO & TECNOLOGIA
limpeza da área, aração, gradagem, sulcamento deve ser um trator com maior potência, menor consumo de combustível e um rendimento operacional satisfatório. Esses tratores tem geralmente mais de 60 cv de potência. Já para a gradagem e limpeza da área com roçadeiras, por exemplo, podem ser utilizados tratores com menor potência. Em relação aos tratos culturais mecanizados, o trator não deve possuir uma largura total traseira maior que 2 m. Tratores acima desse valor podem danificar as hastes do cafeeiro, além dos pneus prejudicarem o desenvolvimento do sistema radicular superficial da planta, devido a sua passagem na linha de plantio. É muito importante regular a bitola de acordo com as características dos pneus e da atividade desempenhada. Tratores pesados e com pneus estreitos não são desejados para trafegar constantemente na linha de plantio. O trator Yanmar Agritech modelo 1155-4 tração 4 x 4
super estreito (1.180 mm de largura total traseira), motor Yanmar modelo 4TNV88 de 55,0 cv - TDF de 45,6 cv, com capacidade do levante hidráulico de 850 kg, é um trator cafeeiro com as características desejadas para executar esse tipo de serviço. Na cultura do café, a mecanização com o uso de tratores, em locais de topografia plana, é realizada sem maiores problemas. Entretanto, em áreas de topografia acidentada e/ou em lavouras com sistema de plantio mais adensado, o processo de mecanização é mais difícil de ser implementado. Nessas áreas, os tratos culturais e, principalmente, a aplicação de produtos fitossanitários, são executados manualmente, com utilização de dispositivos de pequena capacidade operacional e, na maioria das vezes, inseguros. Nessas situações o uso de micro tratores se torna uma alternativa para o cafeicultor otimizar suas atividades e diminuir custos. Os micros tratores possuem um tamanho menor,
TRATORES
são mais econômicos, versáteis, mais leves, fáceis de operar e o seu preço de aquisição é baixo, variando de 5 a 15 mil reais, dependendo do modelo. Com o uso de implementos acoplados ao micro trator, é possível manejar as plantas daninhas com uma roçadeira, realizar pequenas pulverizações, aração superficial do solo. Utilizando uma carroceria pode-se transportar adubos, defensivos, equipamentos para locais de difícil acesso além de levar o café colhido para a unidade de armazenamento, secagem e beneficiamento. Para propriedades que secam o seu café em sistema de terreiro a pleno sol e que possuam grandes áreas de terreiro, a mão de obra necessária para executar a viragem do café no terreiro ao longo do processo de secagem é grande. Com o uso de um micro trator e um equipamento específico em sua estrutura, é possível realizar essa operação, com menor gasto tempo e custo. 1 Ano de Conilon Brasil
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MANEJO & TECNOLOGIA
A aquisição de tratores e implementos pode ser realizada através de linhas de créditos rurais. Os financiamentos oferecem ao cafeicultor prazo e baixa taxa de juros para os investimentos rurais. O Moderfrota tem o objetivo de financiar a aquisição de tratores agrícolas e implementos associados ao amparo dos recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Agência Especial de Financiamento Industrial (FINAME). O Moderfrota disponibiliza aos produtores duas linhas de crédito. A primeira, destinada a pequenos produtores, possui taxa de 7,5% ao ano e prazo de até 72 meses para pagar. Nesse sistema o limite estipulado é de até R$ 100 mil. Entre as principais exigências para se enquadrar nessa linha estão a renda bruta anual até R$ 250 mil e propriedade com no máximo 15 módulos rurais. Para quem está fora dessas condições, os juros são de 9,5% ao ano. Nessa taxa é financiado até 90% do valor do equipamento. Outra opção é o Programa Mais Alimentos, que é uma linha de crédito do Pronaf que financia investimentos em infraestrutura da propriedade familiar, desenvolvido pelo governo federal. O programa financia tratores de 9CV até 75 CV, com prazos e condições diferenciados. É um modelo que oferece juros baixos, crédito barato, prazo mais longo e preços menores. Os tratores são financiados a juros de 2% ao ano, com prazo de até dez anos e mais três anos de carência. Além disso, um acordo feito entre MDA e Anfavea garante uma redução de 15 a 17% no preço desses tratores de pequeno porte. Para se enquadrar dentro do programa, que estabelece um limite de até R$ 130 mil, que pode ser pago em 10 anos, com três de carência e juros de 2% anuais. O produtor precisa ter renda bruta de até R$ 110 mil e ter uma área de até quatro módulos rurais. 18
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TRATORES
Na cultura do café, a mecanização com o uso de tratores, em locais e topografia plana, é realizada sem maiores problemas.
REPORTAGEM
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M A N E J O & T E C N O L O G I A APLICAÇÃO
TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO DE DEFENSIVOS E FERTILIZANTES Texto: Equipe Conilon Brasil
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a cadeia produtiva cafeeira, diversos insumos são utilizados pelo produtor como forma de aumentar a produtividade e aprimorar o manejo da lavoura cafeeira. Os fertilizantes e defensivos são insumos largamente utilizados pelos produtores de café do Brasil e do mundo. A tecnologia de aplicação de defensivos e fertilizantes é o emprego de todos os conhecimentos científicos que proporcionem a correta colocação do produto no alvo desejado, em quantidade necessária, de forma econômica, com o mínimo de perdas e contaminação. As formas de uso dos defensivos são as mais diversas, dependendo, entre outros fatores, da finalidade do tratamento, da fase da cultura e do nível econômico e tecnológico da propriedade. Existem formulações sólidas, líquidas e gasosas (uso restrito). As for-
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mulações sólidas são encontradas para pronto uso e para o polvilhamento. O pó seco tem facilidade de adaptação a diversas fases fenológicas da planta e requer mão-de-obra menos especializada. Como desvantagens esse tipo de aplicação gera um maior consumo de defensivos, alto custo da aplicação, deposição irregular, maior risco de deriva e maior risco de inalação do aplicador. A aplicação de granulados pode ser feita através de granuladeiras manuais (matracas), tratorizadas ou por tração animal. Apresenta uma deposição mais uniforme do que o pó seco, facilidade de manuseio, menor influência do vento e maior segurança ao operador. As formulações líquidas, como suspensão concentrada e concentrado emulsionável são preferidas pelo agricultor pois são de fácil medição, possuem uma maior capacidade de contato com o alvo desejado e me-
nor risco de contaminação do operador. A escolha da máquina a ser utilizada no processo de aplicação deve ser de acordo com a segurança, eficiência, tamanho, topografia da área, espaçamento da cultura e distância de reabastecimento. Nas pequenas propriedades rurais a aplicação se dá, na maioria dos casos, com equipamento costal manual, sendo esta uma das formas de aplicação que proporciona maior risco aos trabalhadores, tanto na preparação como na aplicação propriamente dita. Existem no mercado ainda os equipamentos costais motorizados. As aplicações mecanizadas apresentam um maior rendimento operacional e são desejadas para áreas maiores, diminuindo a necessidade de mão-de-obra. Os equipamentos podem ser de arrasto ou acoplados nos tratores. Existem os turbopulveriza-
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dores, turboatomizadores, canhões de ar, de pistola, de barra. As aplicações aéreas são utilizadas para regiões de grande extensão e topografia plana. A escolha dos bicos, vazão, altura de pulverização, pressão de trabalho etc. devem estar de acordo com a característica da aplicação. É muito importante fazer o teste em branco para verificar o funcionamento do equipamento. As práticas de lavagem e descontaminação dos equipamentos são imprescindíveis. A interação entre os fatores organismo, produto utilizado, ambiente e máquina definem a eficiência do processo de aplicação. O produto escolhido deve ser registrado para a cultura do café e deve-se sempre seguir as recomendações do fabricante. Na preparação da calda deve-se ter atenção para a mistura de produtos incompatíveis. A qualidade da água utilizada na aplicação deve ser avaliada para verificar a presença de sólidos, matéria orgânica, sais, argila e ainda, verificar o pH e a dureza da água. É aconselhável que as pulverizações com agrotóxicos sejam realizadas nas horas mais frescas o dia, ou seja, pela manhã e ao final da tarde, a fim de evitar a evaporação rápida do produto aplicado. Umidade relativa mínima de 55%, velocidade do
vento entre 3 a 10 km/h e temperatura menor que 30 C são desejadas. Além disso, quando se fala em tecnologia de aplicação de defensivos é primordial o uso dos EPIs e o acompanhamento de um técnico ou engenheiro responsável para orientar o produtor quanto a compra, uso e manuseio do produto. O primeiro passo para otimizar a aplicação de fertilizantes é realizar a análise química e textural do solo da propriedade. Solos arenosos apresentam menor CTC e capacidade de retenção de água do que solos argilosos. Sendo assim, em solos de textura mais arenosa é recomendado um maior parcelamento da quantidade de nutrientes necessária. Solos dessa classe textural são mais sujeitos á lixiviação de nutrientes. Em solos arenosos é muito importante a adição de matéria orgânica para aumentar a capacidade de retenção de água e CTC do solo. Sendo assim, o produtor de café terá que dividir sua lavoura em talhões de características semelhantes, visando diferenciar as aplicações dos adubos. De posse dos dados da análise de solo e do manual de adubação e calagem é possível calcular a necessidade de nutrientes para cada talhão da lavoura, na época correta. Quando o pH estiver fora da faixa ideal para 1 Ano de Conilon Brasil
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Pulverizador Eletrônico e Costal MTS
a cultura do café é preciso ajustá-lo com aplicação de calcário, sendo que a escolha do tipo de calcário deve ser tomada com base no balanço de cálcio e magnésio do solo, sendo que este deve estar na proporção de 3 a 4:1, respectivamente. A correção do pH aumenta a disponibilidade dos nutrientes para a planta de café. Os nutrientes são divididos em macronutrientes (exigidos em maiores quantidades) e micronutrientes ( exigidos em menores quantidades). No mercado encontram-se fertilizantes sólidos em pó : farelado, farelado fino, farelado grosso. Granulado: micro granulado, granulada e mistura granulada, mistura de grânulos. Líquidos : soluções e suspensões e gasosos (Amônia anidra (82%N) NH3). Os fertilizantes podem ser aplicados diretamente no solo ou via foliar. Em suspensão, onde são parcialmente dissolvidos em água e parte mantidos em suspensão. Em 22
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solução, onde os fertilizantes são totalmente dissolvidos em água. Ainda existem os adubos orgânicos que são encontrados nos estados líquidos e sólidos. No processo de aplicação os fertilizantes devem ser distribuídos de forma a facilitar a absorção dos mesmos pelas raízes da planta de café. A aplicação pode ser em faixas ou individual. Para isto, o adubo pode ser distribuído manualmente ou mecanicamente. A forma manual é bastante usual em pequenas propriedades. Com o uso de máquinas e implementos, a distribuição é otimizada, em quantidades mais uniformes, e de maneira mais eficiente, tanto via solo quanto foliar. A regulagem dos equipamentos deve ser conferida. Outro método é a fertirrigação, que consiste num sistema onde o adubo é dissolvido em um tanque e se utiliza a água de irrigação para levar nutrientes desse tanque ao solo cultivado. Esta aplicação é feita
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através do sistema de irrigação mais conveniente à cultura, podendo-se utilizar técnicas como micro-irrigação (por gotejamento ou por micro-aspersão), aspersão (sob pivô central ou convencional), entre outras menos utilizadas. Durante o desenvolvimento do cafeeiro é preciso observar se ocorrem sintomas de deficiências de nutrientes. Recomenda-se fazer anualmente uma amostragem foliar para manter criterioso o nível de sanidade da planta. Diante disso, a eficiência e aplicação de defensivos e fertilizantes tomam um posto importante no sistema de produção para integrar uma aplicação eficaz, de baixo custo e que gere maiores produtividades e lucro para os produtores de café.
Rendimento médio de uma aplicação com formulaçãosólida pelo método de polvilhamento.
Tipo de Polvilhadeira Manual Motorizada
Tratorizada
Por avião
Rendimento Médio de Aplicação
2 a 3 ha/dia A Conilon Brasil completa 1 an 3 a 5 ha/dia tecnologia levando informação, inovação para15 avocê que trabalh 20 ha/dia pelo desenvolvimento sustentá 50 a 70 ha/dia
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E S PA Ç O g o u r m e t
Drinks para o CARNAVAL Marco De La Roche
KINKAN ESPRESSO MARTINI Composição da receita: 25 mls de Absolut Vodka 25 mls de Absolut Vanilia 40 mls de espresso ristretto 5 mls de Drambuie 20 gr de açúcar de baunilha 8 laranjas kinkan Modo de Preparo: Macere em um copo baixo as laranjas kinkan e o açúcar de baunilha, e então borrife Drambuie e com um maçarico caramelize o açúcar e as laranjas. Passe para um mixing glass e adicione 10 pedras de gelo em cubo, o espresso e as vodkas e bata vigorosamente. Sirva em uma taça Martini previamente gelada e decore com uma fava de baunilha.
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Marco De la Roche é atualmente um dos expoentes da coquetelaria e mixologia brasileira. Tem desenvolvido durante os últimos dez anos diversos cargos que circundam o mercado de bebidas. Esteve à frente de projetos de Absolut Vodka durante quatro anos como consultor de bar e mixologista da marca para projetos especiais e atualmente é embaixador de Sauza Tequila para o Brasil. É sócio proprietário da Drink.Lab, agência de consultoria para o mercado de bebidas, bares, restaurantes e cafeterias além de desenvolver projetos para marcas de bebidas. É um dos embaixadores do Café no Brasil pela ACBB, após a conquista do bicampeonato brasileiro de Coffee in Good Spirits e figura entre os dez melhores baristas do Campeonato Mundial realizado em Londres em 2010.
MONTECRISTO
A proposta principal desta receita é baseada no conceito de “extração composta”, técnica ainda pouco utilizada que consiste em ressaltar as características essenciais do café com o aroma e sabor de outro componente durante o processo de extração. Extração Composta: Pelas proporções utilizadas de 18 gr de café e 5 gr de flor de camomila fresca Temos como resultado final: Sabor final: 95% de café e 5% de camomila Aroma final: 50% de café e 50% de camomila Aeropress como equipamento para extração: Usando uma moagem fina, próxima à aplicada ao espresso, e sem a presença marcante da crema, é possível detectar algumas nuances aromáticas de baixa acidez, corpo médio e doçura prolongada e é a possibilidade de uma extração mista (início – coador/ final – espresso) que tornam o aeropress impressionante. Receita e medidas: 50 ml de Havana Club Reserva 50 ml de Extração composta de café com camomila 25 ml de Mel de camomila Casca de tangerina espanhola Esfera de gelo: coloque em uma coqueteleira o rum, a extração composta e o mel de camomila e adicione 8 pedras de gelo. Com uma casca de tangerina extraia os óleos essenciais dentro da coqueteleira e bata bem.Sirva em um copo baixo com uma esfera de gelo de 7 cm de diâmetro e novamente borrife os óleos da tangerina no copo.
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A natureza é nosso bem maior, é nosso dever preservá-la. Preserve para o futuro, para melhoria da qualidade de vida do PLANETA.
A RT I G O
Cooperativas capixabas criam a
Agrocoop
(Cooperativa Central Agroindustrial do Espírito Santo) Texto: OCB-SESCOOP/ES
U
nir forças para buscar melhores resultados. Esta é uma das premissas básicas do Cooperativismo. Pensando nisso, sete visionárias Cooperativas Capixabas do Ramo Agropecuário fundaram a AGROCOOP (Cooperativa Central Agroindustrial do Espírito Santo), sob a coordenação e a chancela do Sistema OCB – SESCOOP/ES. A partir da criação desta Central, as cooperativas filiadas estarão ainda mais integradas, o que acarretará em melhores negócios e em uma maior pulverização dos benefícios levados aos cooperados. A Central também fará com que estas cooperativas comprem em grande escala e tenham poder de negociação, aumentando assim o mix de produtos oferecidos e melhorando os preços para seus respectivos cooperados. Este projeto está sendo construído desde 2008, com embasamento em pesquisas de mercado e em intercâmbios técnicos com a Cooxupé/MG e com a Coocapec/SP. Também é importante lembrar que esta iniciativa do Sistema OCB –
SESCOOP/ES e das Cooperativas Agropecuárias Capixabas conta e contará com apoio do Sebrae/ES, da SEAG/ES, do Incaper, da SEDES, do Sicoob/ES e do Bandes. As próximas etapas do projeto já estão sendo planejadas. Ao que tudo indica, as cooperativas capixabas de laticínios se juntarão ao projeto ainda no 1º semestre de 2011. Há planos inclusive de plantas industriais para atuar não só na cafeicultura, mas em toda a cadeia produtiva do leite e derivados, fruticultura, floricultura, apicultura, piscicultura, ovinocultura, pecuária de corte, suinocultura e avicultura. A Central tem como base modelos de sucesso, como a gigante Aurora, que hoje atua em diversas regiões, comandando toda a cadeia produtiva e comercial. O objetivo da AGROCOOP é justamente participar de tudo no agronegócio capixaba, desde a matéria prima até o produto final industrializado e exportado. Outro ponto que merece destaque é que ao se unirem em busca de melhores resultados para seus cooperados, as sete 1 Ano de Conilon Brasil
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A RT I G O
cooperativas demonstram visão comercial e consciência cooperativista, uma vez que a “Cooperação entre cooperativas (Intercooperação)” é o 6º Princípio Cooperativista, que pode ser resumido pelo simples e importante fato de que a União Faz a Força. Embora a Central tenha sido fundada por sete cooperativas, o estatuto da AGROCOOP permite a entrada das demais cooperativas capixabas do ramo agropecuário. Inclusive todas as cooperativas capixabas do ramo agropecuário foram convidadas para se associarem à Central, pois quanto maior o número de participantes, maior será o poder de negociação. E é de comum conhecimento que no mercado atual se ganha em escala. Além do mais, a interação entre as cooperativas na Central será determinante para o crescimento das mesmas, o que fará com que a adesão de outras cooperativas ocorra naturalmente.
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A Assembleia Geral de Constituição da AGROCOOP, realizada no dia 21/12/2010, na Sede do Sistema OCB – SESCOOP/ES, elegeu o presidente do Sistema, Esthério Colnago, para dirigir a Central. Os representantes das cooperativas decidiram que é muito importante ter o presidente Esthério à frente da Agrocoop, devido sua ampla rede de relacionamentos, além da necessidade de estruturação inicial da Central com um menor investimento possível. E a liderança do presidente é consenso entre as cooperativas, o que facilita a convergência dos objetivos de cada cooperativa para os da Central. Após a Assembléia Geral, líderes das Cooperativas fundadoras da AGROCOOP demonstraram bastante otimismo com relação a este novo empreendimento, como pode ser percebido nos depoimentos a seguir:
A RT I G O
Denilson Potratz (Diretor comercial – Coopeavi) “Num mercado cada vez mais competitivo a saída é unir forças, como os cooperados das cooperativas singulares já fazem. Já a Central AGROCOOP é justamente a união destas cooperativas para fortalecer as mesmas perante a competição acirrada das empresas no mercado local e global. Fortalecendo a competição das cooperativas, paralelamente os cooperados (produtores) se beneficiarão e consequentemente estarão mais competitivos”.
Pedro Carnielli (Diretor administrativo financeiro – PRONOVA) “Considero um momento muito importante, que certamente indica o início de uma nova etapa do Cooperativismo Capixaba, principalmente das cooperativas de produção. A constituição da Central promoverá a integração entre as cooperativas e tornará o nosso cooperativismo muito mais forte e eficiente”.
Lideranças do Sistema OCB – SESCOOP/ES também fizeram observações importantes sobre esta nova ação do Cooperativismo Capixaba: Martha Marques Teixeira (Gerente técnica do Sistema OCBSESCOOP/ES)
Esthério Sebastião Colnago (Presidente do Sistema OCBSESCOOP/ES) “É muito gratificante ver as Cooperativas Capixabas atingirem este nível de organização, demonstrando visão comercial dentro dos princípios cooperativistas. Mas o trabalho não para, pois ainda temos muito para evoluir. E agora, como presidente da AGROCOOP, estarei ainda mais comprometido em fazer com que o Cooperativismo Capixaba coordene toda a cadeia do Agronegócio no Espírito Santo, gerando assim excelentes resultados para nossas Cooperativas”.
Conselheiros Fiscais Efetivos: Fábio Felisberto Fiorot; Luiz Cláudio de Souza e José David Tessarolo. Conselheiros Fiscais Suplentes: Gilmar de Almeida Falcão; Arno Potratz e Ivan Caliman. Cooperativas fundadoras: COOPEAVI, COOCAFÉ, CAFEICRUZ, CAFESUL, COOABRIEL, PRONOVA, COOPRUJ.
“A tendência de unificação e alianças comerciais para acesso a mercado se verifica em todos os setores da economia. As cooperativas agropecuárias não poderiam deixar de se beneficiar dessa tendência e o Sistema OCB/ES-SESCOOP/ES está trabalhando para que a central tenha toda assessoria necessária para sua consolidação”
Fernando Cerqueira (Diretor presidente – Coocafé) “A criação, no último dia 21 de dezembro, da Central de Cooperativas de Produção do Espírito Santo está sendo um primeiro passo para a consolidação futura do sistema. Ensinamos nossos produtores a trabalharem juntos. Precisamos também nós, como cooperativas, aprendermos a trabalhar juntos. A potencialização da Central acontecerá na medida em que as cooperativas conseguirem enxergar oportunidades para maximizarem seus negócios. Temos que ter a paciência necessária para o projeto dar os frutos esperados”.
Composição da AGROCOOP Presidente: Esthério Sebastião Colnago Secretário: Fernando Romeiro de Cerqueira Diretor Administrativo Financeiro: Antônio Joaquim de Souza neto Diretor Comercial: Denilson Potratz Conselheiro Vogal: Pedro Carnielli
Carlos André Santos de Oliveira (Superintendente do Sistema OCB-SESCOOP/ES) “A constituição e posterior consolidação da Cooperativa Central do Ramo Agropecuário (AGROCOOP), sem dúvidas, irá alavancar de maneira definitiva o cooperativismo do ramo agropecuário em nosso Estado, visando principalmente as premissas básicas do aumento da assistência técnica e oferta de mais produtos e serviços aos cooperados. Com a adesão da grande maioria das cooperativas capixabas do ramo, principalmente das que estão ligadas à cafeicultura, fruticultura, laticínios, piscicultura e heveicultura (borracha), será possível sair do atual patamar primário e aumentar gradativamente o índice de beneficiamento e industrialização de todas cooperativas do ramo, agregando maior valor aos produtos. Com isso gerando maior receita aos cooperados. Com muito planejamento, profissionalismo, responsabilidade, mas também espírito empreendedor, cooperativista e ousadia, a AGROCOOP se tornará, em alguns anos, uma cooperativa do tamanho e importância da Aurora para SC e da Comigo para GO e das grandes cooperativas do PR em termos proporcionais, gerando trabalho, renda, cidadania, inclusão social, oportunidades e felicidade aos cooperados das cooperativas singulares filiadas e empregos formais e salários aos futuros colaboradores das Unidades da AGROCOOP, além de impostos e contribuições federais, estaduais e municipais”.
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MERCADO DO CAFÉ
O
Mês de fevereiro começou com o mercado em ALTA. Alguns analistas começam a perguntar até onde irá este movimento de alta. Na opinião de especialistas, esta dúvida aparece porque os preços do café foram represados por muitos anos e agora estão sendo reajustados rapidamente. Partindo de uma base muito baixa apresentam margem para continuar subindo. Não há nenhuma notícia nos fundamentos que pareça indicar o contrário. O Brasil, maior produtor, maior exportador e segundo maior consumidor do mundo, está praticamente sem estoque e sua próxima safra será de ciclo baixo e insuficiente para sua necessidade de exportação e consumo. Nossos principais concorrentes enfrentam sérios problemas climáticos e estruturais. Em 2010 batemos nosso recorde histórico de exportação, em volume e receita, e mesmo assim os estoques dos países consumidores continuaram baixos. Os estoques certificados nas principais bolsas de café estão perigosamente baixos e não existem condições dessa situação se reverter a curto e médio prazo. O consumo brasileiro em 2010 foi o maior de nossa história e a ABIC- Associação Brasileira da Indústria de Café prevê um crescimento de 5% em 2011.
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Aos fundamentos do mercado de café precisamos acrescentar que todas as principais commodities agrícolas e minerais estão subindo e muitas delas mais que o café. Milhares de novos consumidores estão chegando à classe média nos países emergentes, principalmente na China, querendo consumir os mesmos produtos das classes A e B. Isso torna impossível qualquer previsão segura sobre o consumo de matérias primas nos próximos anos. Portanto, as grandes e rápidas mudanças no cenário econômico e político mundial com a ascensão da China e demais países do BRIC não permitem nenhuma análise mais segura, mas tudo indica que os preços do café deverão continuar firmes por um bom tempo. O CECAFÉ – Conselho dos Exportadores de Café Verde, informou que no último mês de janeiro foram embarcadas 2.724.044 de sacas de 60 kg de café, 9% (232.219 sacas) a mais que no mesmo mês de 2010 e 20% (696.681 sacas) a menos que no último mês de dezembro. Foram 2.464.326 sacas de café arábica e 63.567 sacas de café conilon, totalizando 2.527.893 sacas de café verde, que somadas a 191.511 sacas de solúvel e 4.640 sacas de torrado, totalizaram 2.724.044 sacas de café embarcadas.
Até o dia 10, os embarques de fevereiro estavam em 471.599 sacas de café arábica, 8.520 sacas de café conilon, somando 480.119 sacas de café verde, e 37.475 sacas de solúvel, contra 464.425 sacas no mesmo dia de janeiro. Até o dia 10, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em fevereiro totalizavam 1.035.857 sacas, contra 786.027 sacas no mesmo dia do mês anterior. A produção de Robustas pode aumentar no estado do Espírito Santo. O volume de grãos nas plantas é satisfatório, e os produtores estão otimistas. Além disso, os grãos são esperados com um tamanho maior do que o verificado na safra anterior. No estado de Rondônia, o cenário oposto é verificado. O desenvolvimento das culturas foi prejudicado pelo volume pequeno de florescimento e insuficiente de chuvas. Como resultado, os agentes esperam um volume menor em relação à safra 2010/11. Mesmo com a previsão de uma boa safra para 2011, o Conilon segue a tendência geral do mercado de café que é de estável à ALTA.