FICHA TÉCNICA Revista
EDIÇÃO ESPECIAL: CYBERPUNK
EQUIPE DE DIREÇÃO fac remusquid arbitil nequam ac tem rendit facer la vivideo, C. Vo, seribuntis ad ficiem, nultium facemque inti, quamdici prarica edetium firmihi llabit, casdamerio tem Patur utelut vignate liemnit. JACKSON RUBENS LARA HARPIA
EQUIPE DE PUBLICIDADE sediere crunceperist ad in senate nenit? Cae o veripterunum liustil nestrae, qui ex silie viviriviliis factuasdac tem dit fur unte a consuame abunt ia? At vivasdamquam pracia re fortem et qua nos, tum, cus Castiderei cus? Nos proximpesili consi stium. Pernihi cientemus omnentium ac ocrumendiu inprenihil vastr. PLANEJAMENTO Igna, que coniac tur pl. Opiciem des vit apes anterum proris. Sentia perfesces nos, dius, nostamquam. Opicupplia vit, Ti. Uctam publica vendem. Opicupplia vit, Ti. Uctam publica vendem.
OUTRAS PUBLICAÇÕES publibus, nihil viverniur larei tura Ser loccit, quasdac me iuraribus se propostum rentem pulicau dactuam maximo horeori usuliempl. Na ocumura voltius hos M. Iquideo vil. PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS - ESCOLA DE ARQUES E ARQUITETURA, CURSO DE DESIGN. DEZEMBRO DE 2017 DIAGRAMAÇÃO PROFESSORA ANA BANDEIRA PROFESSOR JOÃO PAULO
Revista CHAOS: Especial Cyberpunk
A visão cyberpunk de mundo através das lentes escuras de Matrix por Adriana O cyberpunk é tanto como um subgênero da literatura de ficção-científica como uma visão de mundo que acompanha as transformações tecnológicas. Sua estética está espalhada por filmes, revistas em quadrinhos, jogos, moda, música, RPGs, videoclipes, etc. Mas, de que forma os filmes dos Irmãos Wachowsky podem ser relacionados a ela? Em Matrix, corpo e mente encontram-se desprendidos e há uma glorificação da mente enquanto elemento superior ao corpo, afinal é através dela que são acessados os mundos dentro e fora da própria matrix. A superioridade da mente sobre o corpo é ressaltada nos filmes, uma vez que a mente desencadeia e comanda as ações de luta entre as personagens. O cyberpunk também é fruto da cultura pop. Ao prefixo cyber foi agregado o punk, termo que originalmente designava os vagabundos, mas que adquiriu uma outra conotação a partir do movimento punk na música (com seus sons selvagens de três acordes, visual inspirado nos sadomasoquistas e lemas como faça você mesmo). Em termos de estética cyberpunk destacam-se dois elementos fundamentais: a cidade e o personagem. A cidade aparece tanto como um parque temático, quanto uma simulação, combinando símbolos da era espacial de alta tecnologia com a visão vitoriana do crescimento desordenado e não planejado. É uma entidade negativa, um espaço escuro e superpovoado, claustrofóbica, quebrada por formas de neon .
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Amaral
Nesse cenário, o submundo e a escuridão da rua são componentes essenciais do gênero. Quanto aos personagens do cyberpunk há uma ampla variação, de hackers a mercenários. Contudo, o andarilho é um dos arquétipos centrais. Figura presente na literatura de estrada dos beatniks, herdeiro da filosofia nietzscheana e descrito pela poesia de Baudelaire como “o pesquisador do infinito”, o andarilho é trazido das estradas empoeiradas para o ciberespaço. Ele é o cowboy digital Case, de Neuromancer, que inspirou tanto a canção “The Wanderer” (O Andarilho) do U2, como o hacker Neo de Matrix. Anderson representa o cidadão comum, que possui uma rotina e um lar fixos. Neo é o andarilho, um Johnny Cash que em vez do violão perambula com armas pesadas pela rede. Seja por suas relações com a cultura tecnológica, pela herança do movimento literário cyberpunk, pela visão tecnológica de mundo, pela estética da cultura pop (moda, música, etc), Matrix está indissociavelmente ligado à cultura cyberpunk, apresentando-se como uma obra que exprime visões sobre o pensamento contemporâneo sobre a tecnologia.
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Beneath a Steel Sky é um adventure de ficção científica cyberpunk. Apresenta elementos de comédia e foi desenvolvido pela Revolution Software e lançado pela Virgin Interactive. Foi inicialmente lançado para DOS e Amiga. O título original do jogo durante seu processo de desenvolvimento era Underworld. Data(s) de lançamento EUA: Março de 1994
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Blade Runner é um videogame inflexivelmente inspirado no filme de 1982 Blade Runner, mas na verdade baseado na trilha sonora do filme de Vangelis, já que as editoras não conseguiram obter uma licença para um empate de filme. O jogo foi publicado em 1985 pelo CRL Group PLC para Commodore 64, ZX Spectrum e Amstrad CPC.
BloodNet é um jogo de video-jogadas / aventura de cyberpunk desenvolvido e publicado pela MicroProse para DOS e Amiga em 1993.
O Dreamweb é um jogo de aventura top-down cyberpunk e ponto-e-clique de Amiga, lançado em 1994, desenvolvido pela Creative Reality e publicado pela Empire Interactive Entertainment. O jogo apresenta temas maduros e um enredo escuro cheio de violência e breve nudez frontal total; uma raridade para os jogos na época. Dreamweb foi re-lançado como freeware em outubro de 2012.
Hard Nova é um jogo de vídeo de role-playing desenvolvido pela Malibu Interactive e publicado pela Electronic Arts em 1990 para MS-DOS, Amiga e Atari ST. É um seguimento para o Sentinel Worlds I: Future Magic. Lançamento 1990
Hell: A Cyberpunk Thriller é um jogo de aventura apontar e clicar lançado em 1994 pelo GameTek e desenvolvido pelo Take-Two Interactive Software. Estava disponível para DOS, 3DO e Macintosh. O jogo foi notável por ser um dos primeiros jogos do CD-ROM a usar o discurso com gráficos de alta resolução e foi descrito como muito semelhante ao BloodNet, Lançamento NA: 1994 UE: 1994
A Mind Forever Voyaging (AMFV) é um jogo de ficção interativo de 1985 projetado e implementado por Steve Meretzky e publicado pela Infocom. O nome é tirado do livro três de The Prelude de William Wordsworth: Lançamento 77: 14 de agosto de 1985 Lançamento 79: 22 de novembro de 1985
Neuromancer é um jogo de vídeo de aventura desenvolvido pela Interplay Productions e publicado pela Mediagenic (uma marca que a Activision também era conhecida). Foi lançado em 1988. Baseouse vagamente no romance de William Gibson de 1984 com o mesmo nome e estabelecido tanto no “mundo real” fictício como no mundo abrangente e detalhado do ciberespaço.
Rise of the Dragon é um jogo de aventura gráfico lançado em 1990 para o DOS e o Macintosh, e mais tarde relembrou o Sega CD (1993) e o Amiga. Foi um dos poucos títulos de jogos de aventura desenvolvidos pela Dynamix, uma empresa mais conhecida como desenvolvedora de jogos de ação e simulador de vôo. Lançamento 1990 (DOS / Mac) 1991 (Amiga) 1992 (Sega CD) (JP)
System Shock é um jogo eletrônico estilo RPG de ação em primeira pessoa, desenvolvido pela Looking Glass Technologies em 1994 e publicado pela Origin Systems. O jogo se passa a bordo de uma estação espacial no ano 2072. Assumindo o papel de um hacker anônimo, o jogador tenta atrapalhar os planos de uma inteligência artificial malévola chamada SHODAN.
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MATHEUS DE LUCCA
Screenshots do game retirados do site oficial
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Composto de “quatro distritos únicos, cada qual com arquitetura, cultura e indústrias distintas”, The Last Night trará sequências de ação e infiltração somados de seções de plataforma e exploração, utilizando taxi, trens e monotrilhos. A ideia é permanecer nas sombras, sem ser detectado.O game promete um elenco de personagens diversos e complexos para interagir, com diálogos que permitem bifurcações que realmente importam. Além disso, o gameplay terá partes de controlar drones, hackear sistemas e tudo o mais para fazer o trabalho sujo. The Last Night é um jogo de plataforma cinematográfica 2.5D, onde o jogador controla Charlie, uma pessoa que vive uma existência de classe baixa entre o resto da sociedade que vive em uma “era de lazer” e onde os computadores e a maquinaria tomaram outra coisa trabalho secundário. O jogador pode ter Charlie explorando sua cidade, conversar livremente com outros cidadãos, se envolver em armas de fogo e inclui elementos de discrição. Lançamento WW: 2018.
É raro que um jogo se torne uma das maiores vitórias e as maiores perdas de E3 ao mesmo tempo, mas The Last Night - um ciberpunk side-scroller feito pelo estúdio indie Odd Tales - pode ter feito isso. O trailer elegante e neon-encharado da Last Night foi o destaque da conferência de imprensa anual da Microsoft, que ofuscava jogos muito maiores de equipes muito maiores. Mas não muito depois do show, uma série de tweets controversos surgiu do co-criador Tim Soret, sugerindo que o jogo refletiria a visão de mundo do movimento anti-feminista Gamergate. Dentro de algumas horas, The Last Night passou de universalmente atraente para amargamente divisiva.
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por Alfredo Godoi Far Cry 3: Blood Dragon é um jogo de tiro em primeira pessoa (FPS) desenvolvido pela Ubisoft Montreal e publicada pela Ubisoft. E uma expansão solo do jogo de 2012 Far Cry 3, e é o oitavo jogo da serie Far Cry. Esse jogo é uma parodia dos
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filmes e jogos de ação de 1980, ele se passa em uma ilha Retro-futurista, em mundo aberto, com jogadores assumindo o papel do sargento Ciborgue militar Rex “Power” Colt. O jogo foi lançado em 30 de abril de 2013, para PlayStation 3 na PlayStation Network, e dia primeiro de maio de 2013 para Microsoft Windows e Xbox 360, pela Xbox Live Arcade. O jogo recebeu resultados reviews positivas em seu lançamento. Ele esteve disponível de graça como parte do aniversario de 30 anos da
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S U S R E V Ubisoft[1][2], em novembro de 2016, e novamente por alguns dias em dezembro do mesmo ano, mas apenas na plataforma Uplay. Far Cry 3: Blood Dragon é um pacote de expansão baseado no mundo de Far Cry 3. Embora Blood Dragon não seja continu-
Far Cry® 3 Blood Dragon é "O" sensacional jogo de tiro cibernético ambientado em uma ilha de mundo aberto bizarra, tomada pelo mal. Seja bem-vindo à visão VHS de futuro dos anos 80, sua missão? Pegar a garota, matar os bandidos e salvar o mundo.
ação da história de Far Cry 3, os jogos compartilham a mesma máquina e mecânica de jogo. A retrospectiva da história do jogo, personagens e estilo são inspirados nos filmes de ação dos anos 80, especialmente os filmes de Arnold Schwarzenegger, tais como Commando, The Terminator, e Predator, e Sylvester Stallone em Cobra, Rambo, e Rocky IV.
Deus Ex é uma série de videojogos com temas cyberpunk que combinam elementos de RPG eletrônico de ação, tiro em primeira pessoa e stealth. Os dois primeiros jogos foram produzidos pela Ion Storm e a Eidos Montreal encarregou-se dos capítulos mais
do pela Eidos Interactive. Ambientado em um mundo distópico durante o ano de 2052, a história central acompanha o agente novato da Coligação Antiterrorista das Nações Unidas JC Denton conforme ele sai para combater forças terroristas, que tem se tornado cada vez mais prevDeus Ex Human Revolution alentes em um mundo que é o novo jogo da série criada caminha cada vez mais por Warren Spector. Deus Ex para o caos. No decorrer 3: Human Revolution. Mistu- de sua jornada, Denton se ra de RPG e game de tiro em envolveu em uma profunda primeira pessoa, o game será e antiga conspiração, lançado para Xbox 360, Play- encontrando orgaStation 3 e PCs. nizações como Majestic 12, recentes da série. Em Deus Ex, a acção decorre no séc. XXI, e foca-se no conflito entre facções secretas que desejam controlar o mundo por procuração, nos efeitos das atitudes transumanistas e nas tecnologias num futuro distópico. Ao longo dos anos os jogos Deus Ex receberam aclamação por parte da critica e venderam mais de 4.5 milhões de unidades eus Ex é um jogo eletrônico RPG de ação desenvolvido pela Ion Storm e publica-
Illuminati, e a Tríade de Hong Kong. Uma sequência chamada Deus Ex: Invisible War, foi lançada em 2 de dezembro de 2003, para Windows e Xbox.[2] Em 26 de novembro de 2007, foi confirmado que a Eidos Montreal estava desenvolvendo um pre-sequel , Deus Ex: Human Revolution,[3] que foi lançada em agosto de 2011.
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NATHAN FERNANDES
NATHAN FERNANDES
Revista CHAOS: Especial Cyberpunk
O que você precisa saber sobre
BLADE RUNNER 2049 "Blade Runner sempre é colocado no gênero de ficçao científica, mas achamos que ele está mais para um filme noir"
À esquerda, Ryan e à direita Harrison Ford, protagonista do primeiro Blade Runner.
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Em 2011, quando os produtores Broderick Johnson e Andrew Kosove perguntaram a Ridley Scott se ele havia interesse em voltar a trabalhar no universo do clássico Blade Runner, o Caçador de Andróides, de 1982, o diretor respondeu: “Eu estive esperando por uma reunião como essa por 35 anos”. Depois que os produtores passaram quase ano correndo atrás dos direitos da continuação do filme, a aceitação de Scott veio como um prêmio. Empolgado, o diretor não demorou para mandar um “oi, sumido” ao antigo colega Hampton Fancher, um dos responsáveis pelo roteiro do primeiro filme, perguntando se ele estaria disponível para reviver o replicante Rick Deckard. “Eu falei na hora: ‘Finalmente você atingiu o fundo do poço’”, brincou Fancher, na revista Wired. Por coincidência, o roteirista já estava escrevendo um conto que serviu como base para o novo roteiro. Ridley Scott, no entanto, assumiu a produção e deixou claro que não poderia ficar com a direção do longa, uma vez que já estava envolvido em projetos como Alien: Covenant. Foi assim que o diretor Denis Villeneuve surgiu, carregando nos bolsos sucessos como A Chegada e Sicario: Terra de Ninguém. “Blade Runner sempre é colocado no gênero de ficçao científica, mas achamos que ele está mais para um filme noir”, explicou o produtor Kosove à Wired. “E se você olhar para Os Supeitos e Sicário vai ver que não existe ninguém fazendo um noir melhor do que o Denis.” Juntando nomes de peso como Harrison Ford, Ryan Gosling e Robin Write no elenco, sur-
giu o esperadíssimo Blade Runner 2049. Revivendo o clima melancólico e claustrofóbico da Los Angeles distópica do primeiro filme, o longa é uma homenagem respeitável ao clássico e ao mesmo tempo uma porta aberta para um novo e impressionante universo. Não à toa, já foi definido como “de tirar o fôlego” e “obra de arte” pela crítica internacional. Sem entregar muito sobre a trama do filme (tudo pode ser considerado spoiler), é possível dizer que os conflitos existenciais e as incertezas dos replicantes, humanos criados a partir de bioengenharia genética, estão lá. Parte da história trata das dúvidas acerca da realidade que cerca os personagens. O que é falso e o que verdadeiro em uma sociedade em que memórias podem ser implantadas em replicantes que pouco se diferenciam dos seres humanos “de verdade”? O modo como construímos a realidade pode ser explicado pela psicologia narrativa. “Você
Cena de Blade Runner 2049
imagina que a vida começa em um ponto e termina em outro, com alguns obstáculos e clímax pela estrada. Você precisa de um narrador na sua cabeça que dê sentido para a confusão de pensamentos gerada pela sua gigante rede de neurônios. Você procura por causas e efeitos que vão explicar o mundo de um modo que beneficie sua autoimagem”, explica David McRaney no livro You Are Now Less Dumb. Para os psicólogos, a narrativa é tão importante para a construção da realidade que sem ela não existiria um “eu”. Essas narrativas são formadas pvida. A questão é: se não temos memória ou se descobrimos que vivemos com memórias falsas que foram implantas em nosso cérebro, como podemos garantir que a nossa existência é real? É isso que transforma Blade Runner 2049 numa ficção científica diferente das outras. O conflito não está no espaço, para além das estrelas, mas dentro dos próprios personagens.
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Neuromancer, livro de estreia de William Gibson, é um ícone cyberpunk, vencedor de três dos principais prêmios do gênero – Hugo, Nebula e Philip K. Dick – e eleito pela revista TIME um dos 100 melhores romances escritos em língua inglesa. Nele, Gibson apresentou ao público os conceitos do que conhecemos hoje como a internet e difundiu com pioneirismo o termo ciberespaço. 20
NEUROMANCER com Josan Gonzales Originalmente lançado em 1984, Neuromancer foi um dos grandes expoentes do movimento cyberpunk, e esta é a nova edição desse clássico, com capa ilustrada por Josan Gonzalez – artista espanhol conhecido por retratar a forma humana de maneira intensa, expressiva e sem censura. A obra é o romance de estreia do premiado autor William Gibson, o primeiro a ganhar a chamada “tríplice coroa da ficção científica”: os prêmios Hugo, Nebula e Philip K. Dick. Foi em Neuromancer que Gibson difundiu o termo ciberespaço, ao apresentar de forma inédita o conceito que conhecemos hoje como internet. Ele previu um futuro em que o mundo virtual se sobressai
sobre a vida real. Logo, a obra tornou-se uma referência do gênero e foi eleita pela TIME como um dos 100 melhores romances do século. No universo de Neuromancer, as pessoas se conectam a uma espécie de alucinação coletiva digital, acessada via computadores. O mundo é dominado por corporações e a tecnologia está presente em todos os lugares, até mesmo nos seres humanos, que possuem implantes para o desenvolvimento de certas habilidades. O autor demonstra grande talento ao criar um universo que se aproxima muito da realidade contemporânea. Parte dessa ambientação é realizada também pela utilização de marcas e referências famosas do mundo pop.
Novas edições da
Editora Aleph Josan Gonzalez é o nome por trás das ilustrações mais incríveis no campo da ficção científica e cyberpunk back to the 80’s que temos atualmente. Por mais que seu nome ainda não seja muito conhecido pelo grande público, o trabalho de Josan Gonzalez está presente em diversas publicações, como a capa atual do livro Neuromancer de William Gibson, por exemplo. Tendo suas origens na cidade catalã de Barcelona, ele também realiza diversos trabalhos como colorista para grandes editoras como a BOOM! Studios, DarkHorse, 20th Century Fox (colorindo o quadrinho do Maze Runner), entre outras. O ilustrador espanhol vem ganhando espaço dentro do gênero sci-fi com um traço e um trabalho de cores espetacular, sendo muitas vezes comparado à grandes nomes como Moebius, Katsuhiro Otomo e Enki Bilal.
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O escritor fala sobre os 30 anos de 'Neuromancer' e o lançamento de seu último livro 'The Peripheral' por Evandro Furoni Um homem invade uma base de dados virtual para descobrir informações secretas de grandes organizações e acaba perseguido por todo o sistema. Poderia ser a sinopse de um novo filme ou mesmo um boletim do Jornal Nacional (oi, Snowden), mas é, na verdade, a base da obra do escritor canadense William Gibson — especialmente de Neuromancer, clássico que já antecipava elementos da internet atual quando foi lançado em 1984.
ENTREVISTA Profiler_App v0.2xx [beta]
NOME COMPLETO WILLIAM FORD GIBSON GÊNEROS LITERÁRIOS FICÇÃO CIENTÍFICA TRABALHOS NOTÁVEIS TRILOGIA SPRAWL A MÁQUINA DIFERENCIAL MINI-BIOGRAFIA William Gibson nasceu nos Estados Unidos, em 1948, e mudou-se para o Canadá em 1972. Em meados da década de 1980, criou, junto a escritores como Bruce Sterling e John Shirley, o gênero ficcional chamado de cyberpunk, que une informática e inquietações histórico-filosóficas com tramas pop cheias de ação e violência.
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P: Você já disse que o passado descrito pelas pessoas agora não reflete necessariamente como a sociedade se via na época. Qual é a diferença entre a sua visão de mundo hoje comparada com a que tinha quando escreveu Neuromancer? Neuromancer é um produto do fim da Guerra Fria. Eu estava tentando imaginar um mundo que de algum modo tivesse conseguido evitar uma guerra nuclear que na época parecia inevitável. Hoje, a ameaça de uma guerra nuclear está praticamente esquecida, e a resolução foi muito simples se comparada com a complexidade sistêmica imposta pelo aquecimento global, por exemplo.
P: Na sua obra, é comum que personagens e incidentes de histórias anteriores retornem. É mais difícil contar uma história em um universo que vai ficando mais complexo com o tempo? Não, na verdade é mais fácil, já que minimiza o problema da “tela em branco”. As narrativas existentes parecem produzir mais narrativas por sua própria vontade.
P: Com a revolução tecnológica no início deste século, você vê um interesse na ficção científica semelhante ao visto nos anos 70 e 80? Nos dois períodos, nós vemos a linguagem da imaginação científica como um elemento da cultura popular. Mas eu tenho dúvidas sobre o quanto esse inP: Incomoda ser chamado de visionário teresse realmente recuou depois da Reve pai do cyberpunk? olução Industrial. De fato, existem picos De fato eu tive algumas visões de algo em vários momentos, mas tenho a senvagamente parecido com o que a intersação de que o interesse nunca desapanet acabou se tornando, mas elas não receu completamente. estavam 100% corretas. Já o rótulo de “cyberpunk” não foi minha ideia, apesar P: É um desafio para os escritores implede minhas ideias serem possivelmente mentar nas narrativas as possibilidades muito cyberpunks. Na época, eu estava das novas tecnologias de leitura, como apenas procurando alternativas para os tablets? revitalizar a ficção científica como algo Dada a ênfase que havia nos anos 80 pop. sobre o futuro do hipertexto, eu acho notável, visto que vivemos agora em um P: Em um mundo em que WikiLeaks e mundo que consiste basicamente de Edward Snowden são debatidos conhipertextos, que a maioria das histórias stantemente, você acha que aumentou o se mantenha no formato tradicional. interesse pelas histórias que você escreveu 30 anos atrás? P: Você tinha abandonado a ficção Eu gosto de pensar que contribuí de al- científica na trilogia Blue Ant. Por quê? gum modo para construir uma literatu- E o que fez você voltar para ela em sua ra capaz de examinar essas tendências nova obra, The Peripheral? da nossa sociedade de modo um pouco Eu há muito tempo assumi que quanmais realista. do estava escrevendo ficção científica, estava na verdade usando os mecanisP: Você acha que países como Brasil, Ínmos da ficção científica para entender e dia e China têm uma relação diferente mostrar uma realidade contemporânea. com a ficção científica do que os Estados Estas últimas três tentativas de livro são, Unidos? digamos assim, “romances especulativos Sim, definitivamente, e eu fico muito fede um passado muito recente”, enquanliz com isso. Um dos meus objetivos com to The Peripheral é um experimento um Neuromancer era encorajar a publicação pouco mais tradicional: uma tentativa de de ficções científicas em outros locais escrever ficção científica no século 21. que não eram, por definição, os EUA.
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COMO A ILUMINAÇÃO EM AKIRA CONTRIBUIU PARA SUA GENIALIDADE por DHYAN SHANASA
Akira é uma das mais conhecidas e influentes animações já criadas no cinema. E reparem que não usei o termo “animação japonesa”, pois Akira transcende as fronteiras de linguagem, saltando por sobre os pré-conceitos estabelecidos a repeito das obras japonesas, e entregando tudo de melhor ao público seja em história, ou em técnicas visuais. Por conta do esforço e atenção aos detalhes em Akira, não importa se gostamos ou não de animes: o filme é obrigatório para fãs de animação, bem como profissionais de cinema em geral, e tem sido destrinchado ao longo dos anos por diversos críticos. Em um vídeo recente, Evan Puschak – NerdWriter -, anal-
isa como os artistas por detrás de Akira usaram a iluminação (lighting), para transmitir alguns temas do filme. Evan exemplifica como a luz em animação é complicada de se fazer e como difere de live-actions. “Desde o início”, ele comenta, “a iluminação é peça chave em Akira, pois Katsuhiro Otomo – criador de Akira -, considerava Tokyo um dos personagens da obra”. A iluminação é usada de muitas formas aqui. O filme começa com uma luz piscando na entrada de um clube, já introduzindo o espectador para o tom que virá. O uso excessivo de luzes neon satura o filme e ajuda a construir a aura da época em que se passa, um mundo tecno-corporativo-cy-
ber-punk. Em outros lugares, a luz ajuda a compreender certas coisas: a juventude rebelde de Neo Tokyo, bem como o poder das autoridades. As luzes neon de Neo Tokyo tornaram-se uma espécie de comunicador que acena para o consumismo e o futurismo que a cidade incorporou. É um tema e formas usadas em inúmeras histórias cyberpunk, como Neuromancer de William Gibson e Blade Runner de Ridley Scott. A iluminação quando bem usada demonstra o quão complicado e bonito um filme é, logo nos primeiros minutos. Além disso, Akira é um excelente exemplo de como animações utilizam elementos de fundo para reforçar a história.
Vista panorâmica da vidade chamada NeoTokyo, que serve de cenário para o filme Akira
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Personagem Kaneda, que é o protagonista do longa animado.
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am er De vo é um gr up oma do for ck ro ica no de 19 74 . em Ak ro n, Oh io em da po r A ba nd a foi fun daMa rk Ge ra ld Ca sa le e ép oc a na , gh au Mo the rsb nt St ate es tud an tes da Kedo Un ive rsi ty, faz enos oum no s su ce ss o es tro nd plo sã o ex a m co an os 80 ca nç ão do ne w wa ve . A ou ic“W hip It” (B ate r êsch de ) gu rtu po em ote ar rn o de 19 80 so br e o go ve u Jim my Ca rte r tev ecose m tem a co nfu nd ido r es se ma stu rb aç ão e pons idco iu ng ati mo tiv o pa ra er áv el su ce ss o naAsba nd a da s am er ica na s. ou pa rte ma is tar de re ga nh l ao ter de su a fam a ini cia re a mú sic a Tu rn ar ou nd na . Se u gr av ad a pe lo Ni rva ad o co mo es tilo foi cla ss ificun k ou ar t s-p pó , ck pu nk ro lm en te ra ge o ro ck , ma s sã ne w cla ss ific ad os co mo p. po nth sy ou ve wa
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uente Kraftwerk, é um infl o de mã ale al sic mu grupo grupo O a. nic trô música ele lf Hütter e foi formado por Raem 1970, Florian Schneider erado lid e orf eld ss em Dü ída de por ambos até a sa . ReconSchneider, em 2008 ticos crí s ito mu r po o cid he uente infl tão mo co ais music e qu is ma até quanto ou rticios Beatles por suapopa lar da pação na música do pu culo sé e tad me a nd segu idas uz rod int as nic XX, as téc nse de tos en e os equipam rk são volvidos pelo Kraftwe sical lugar-comum na mú ralmente ge é po gru atual e o de toda r rso cu tido como pre rna de a dance music mode , ras let as Su . ral ge modo és av atr s da nta ca s por veze radas de um vocoder ou ge da que sinteticamente, ainme nte lidral ge s, sta ali minim ados ion ac rel as tem am com logia. no tec à e a à vida urban
Vincent Belorgey, mais conhecido como Kavinsky, (Paris, 31 de julho de 1975) é um DJ francês. Tendo sido comparado com artistas similares da cena French house, como Daft Punk e Danger, ele alcançou notabilidade após sua produção “Nightcall” tornar-se um sucesso e fazer parte do filme Drive. Sua carreira começou após ele ser inspirado por amigos próximos. Logo ele se viu com três EPs lançados. Durante esse período, Surkin, amigo do produtor Kavinsky afirmou em brincadeira que Kavinsky era seu pai, o que o possibilitou excursionar ao lado de nomes como Daft Punk, Rapture e Sebastian.
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Cyborg (ou Ciborgue em português) é um personagem norte americano da companhia de quadrinhos DC Comics. Ex-líder dos Novos Titãs e membro fundador da Liga da Justiça desde o reboot dos Novos 52 em Agosto de 2011. Victor era um atleta de futebol americano que numa explosão perdeu grande parte de seu corpo, e graças ao seu pai cientista, conseguiu substituir a massa perdida por componentes robóticos e tornou-se um ciborgue. Cyborg também é um dos membros fundadores dos Titãs na série de TV Os Jovens Titãs.
Aiden Pearce é o protagonista principal de Watch Dogs. Ele é um hacker de computador altamente qualificado e tem acesso aos CTOS de Chicago, através da utilização de um dispositivo chamado Profiler, ou em nosso idioma Perfilador, ele está com controle em tudo na cidade e está obcecado com a vigilância, proteção e controle de sua família.
O personagem Neo vive no mundo da Matrix, um ambiente ilusório em que os seres humanos são neuralmente ligados a um gigantesco sistema computacional que simula o mundo no período do século XX. Este sistema foi desenvolvido por uma inteligência artificial para manter a população humana como meio de subsistência para as máquinas - as máquinas usam a energia bioelétrica do ser humano como principal fonte de energia. Anteriormente, as máquinas usavam a energia solar, mas essa fonte de energia foi cortada durante a guerra, quando o homem utilizou armas nucleares para iniciar um inverno nuclear.
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Na obra, um ciborgue (androide cujo esqueleto é recoberto por tecido vivo) com inteligência artificial, designado Cyberdyne Systems Model 101 - 800 Series Terminator (interpretado por Arnold Schwarzenegger), é transportado no tempo, de 2029 até o dia 12 de maio de 1984, com o objetivo de alterar o curso da História e consequentemente, o futuro. A continuação, Terminator 2: Judgment Day, que reuniu Cameron e Schwarzenegger novamente, estreou sete anos depois, fazendo com a franquia ser uma das de maior sucesso na história do cinema.
Robocop é o personagem principal da franquia de filmes com o mesmo nome. Seu alterego é o policial Alex Murphy, que é dado como morto numa batida. Seu corpo é coletado por uma megacorporação para ser usado como cobaia, onde é transformado em um ciborgue chamado RoboCop durante os experimentos. Ele entao começa a trabalhar para a polícia enquanto luta com sua alta de memórias da sua vida como humano.
Juiz Dredd é um personagem de história em quadrinhos criado no Reino Unido por John Wagner e Carlos Ezquerra, tendo aparecido pela primeira vez em 1977, na revista “2000 AD”. Dredd é um vigilante de cerca de 120 anos no futuro, que trabalha como juiz. Contudo, nessa realidade ultraviolenta, o juiz acumula os cargos de polícia, juiz, júri e executor (quando necessário). Ele trabalha ao lado de vários outros juízes, que mantêm a ordem na megalópole Mega City One.
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[Desenvolvedores] ch4os_mag.xx ver.0.1//2017
ATÉ A
PRÓXIMA! Infelizmente este número chegou ao fim, mas não fique triste, caros (as) leitores! No próximo mês, outra edição especial será lançada, abordando o gênero Steampunk, que é muito interessante e extremamente curioso. Fique por dentro dessas e outras publicações da revista Chaos seguindo nossas redes sociais.
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@jacksonrubensr
@laraharpia
19 Anos Anápolis
19 Anos Goiânia
Gosta de jogos de corrida, Batman e logotipos retrô.
Gosta de pokémon, League of legends e pretende desenvolver games.
METAMORPHICAL
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harpiabird
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O TRÂNSITO VERDE NUNCA FOI TÃO LUXUOSO
Você merece, o ambiente também.