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TĂŠcnico em Radiologia

Anatomia e Fisiologia Humana I


CENTRO INTEGRADO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - CIEP COORDENAÇÃO DO CURSO TÉCNICO EM RADIOLOGIA ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA EMENTA: Definir Anatomia e Fisiologia humanas; identificar a célula como unidade funcional do corpo humano e suas respectivas estruturas; definir tecido, órgão, aparelho, sistema e organismo; identificar os tipos de tecidos, sua construção e funções; identificar as estruturas e o funcionamento dos sistemas nervoso, endócrino, locomotor, sensorial e dos aparelhos digestivo, respiratório, circulatório, urinário e reprodutor; enumerar e localizar os principais ossos e músculos do corpo humano; reconhecer a integração do sistema nervoso com outros órgãos; citar os órgãos hematopédicos e suas respectivas. Conteúdo Programático UNIDADE I - O corpo humano UNIDADE II - Unidade funcional do corpo humano 1.1 - Célula 1.2- Estrutura celualar 1.3 – Função celular UNIDADE III - Anatomia e Fisiologia do Sistema locomotor 3.1 Ossos 3.2 Cartilagens 3.3 Articulações 3.4 Músculos UNIDADE IV - Anatomia e Fisiologia do Sistema tegumentar 4.1 As camadas da pele 4.2 Os anexos da pele UNIDADE V - Anatomia e Fisiologia do Sistema cardiovascular 5.1 Vias do sangue 5.2 A máquina da vida 5.3 Um trajeto de vida UNIDADE VI – Anatomia e Fisiologia do Sistema linfático UNIDADE VII - Anatomia e Fisiologia do Sistema imunológico ou imunitário 7.1 Células do sistema imunológico 7.2 Órgãos imunológicos UNIDADE VIII - Anatomia e Fisiologia do Sistema respiratório UNIDADE IX - Anatomia e Fisiologia do Sistema digestório

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9.1 Processo digestório 9.2 Absorção de nutrientes UNIDADE X - Anatomia e Fisiologia do Sistema urinário e órgãos genitais 10.1 Mais que um filtro: um purificador 10.2 Órgãos genitais masculinos 10.3 Órgãos genitais femininos UNIDADE XI - Anatomia e Fisiologia do Sistema nervoso 11.1 Regulação postural e do movimento 11.2 Como proteger estruturas tão importantes? UNIDADE XII - Anatomia e Fisiologia do Sistema sensorial 12.1 Olhos – visão 12.2 Língua – paladar 12.3 Nariz – olfato 12.4 Orelha – audição 12.5 Pele – tato UNIDADE XIII - Anatomia e Fisiologia do Sistema endócrino 13.1 Hipófise ou pituitária 13.2 Pineal 13.3 Tireóide 13.4 Paratireóide 13.5 Supra-renais 13.6 Pâncreas 13.7 Ovários 13.8 Testículos

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UNIDADE I- O CORPO HUMANO Conceito de Anatomia: A anatomia (Ana= em partes; tomeir=cortar) Palavra grega que significa cortar em partes, cortar separado sem destruir os elementos componentes. Se for estudada pela dissecação de peças previamente fixadas por soluções apropriadas. Nos dias atuais, o culto ao corpo e a busca de uma forma perfeita assumem importância cada vez maior. Padrões estéticos passam a nortear condutas e mudar hábitos, criando estreita ligação com os padrões de saúde. Para que possamos entender o corpo humano e seu funcionamento, faz-se necessário partir de um ponto em evidência. Observe seu próprio corpo. Como pode perceber, ele é composto por uma cabeça, constituída por crânio e face; um tronco, onde encontram-se o pescoço, o tórax e o abdome; dois membros superiores, que são os braços e as mãos e, finalmente, dois membros inferiores, representados pelas pernas e pés. Isto parece bastante simples, mas não o suficiente para que você possa descrever ou localizar algo no corpo de alguém. Vamos imaginar que, durante seu exercício profissional, lhe seja solicitada a execução de determinado procedimento no membro inferior de um paciente. Essa informação será suficiente para que você vá direto ao ponto? É claro que não. Portanto, utilizando a imaginação, vamos agora traçar três planos para dividir o corpo humano: o sagital, que nos fornece a porção direita e esquerda do corpo; o coronal, referente à porção anterior (ventral) e à posterior (dorsal); e o transversal, que nos permite observar a porção cranial (superior ou proximal) e a caudal (inferior ou distal) do corpo. Um dos elementos que possibilitam localizar com maior exatidão as áreas do corpo são suas faces internas e externas. Assim, colocando- e uma pessoa deitada em decúbito dorsal (o dorso, as costas em contato com o leito), com as palmas das mãos para cima, pode-se observar um corpo em posição anatômica; as áreas mais internas são obviamente as faces internas; as outras, as faces externas. Até agora, detivemo-nos na apresentação do corpo humano em sua forma anatômica. Se, contudo, desejamos envolver o fator saúde, apenas conhecer a forma não é suficiente, faz-se necessário entender seu funcionamento.

UNIDADE II- ANATOMIA DO CORPO HUMANO Unidade Funcional do Corpo Humano As células são os menores e mais simples componentes do corpo humano. A maioria das células são tão pequenas, que é necessário juntar milhares para cobrir a área de um centímetro quadrado. O termo célula (do grego kytos = cela; do latim cella = espaço vazio), foi usado pela primeira vez por Robert Hooke (em 1655) para descrever suas investigações sobre a constituição da cortiça analisada através de lentes de aumento. A teoria celular, porém, só foi formulada em 1839 por Schleiden e Schwann, onde concluíram que todo ser vivo é constituído por unidades fundamentais: as células. Assim, desenvolveu-se a citologia (ciência que estuda as células), importante ramo da Biologia. As células provêm de outras preexistentes. As reações metabólicas do organismo ocorrem nas células. Componentes químicos da célula • • •

Água - 70% do volume celular é composto por água, que dissolve e transporta materiais na célula e participa de inúmeras reações bioquímicas. Sais minerais - São reguladores químicos. Carboidratos - Compostos orgânicos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio. Exemplos: monossacarídeos (glicose e frutose); dissacarídeos (sacarose, lactose e maltose); polissacarídeos (amido, glicogênio e celulose). Que tem a função de fornecer energia através das oxidações e participação em algumas estruturas celulares. Lipídios - Compostos formados por carbono, hidrogênio e oxigênio; insolúveis em água e solúveis em éter, acetona e clorofórmio. Exemplos: lipídios simples (óleos, gorduras e cera) e lipídios complexos (fosfolipídios). Tem participação celular e fornecimento de energia através da oxidação. Proteínas - Compostos formados por carbono, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, que constituem polipeptídios (cadeias de aminoácidos). Exemplo: Albumina, globulina,

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• •

hemoglobina etc. Sua função é na participação da estrutura celular, na defesa (anticorpos), no transporte de íons e moléculas e na catalisação de reações químicas. Ácidos Nucléicos - Compostos constituídos por cadeias de nucleotídeos; cada nucleotídeo é formado por uma base nitrogenada (adenina, guanina, citosina, timina e uracila), um açúcar (ribose e desoxirribose) e um ácido fosfórico. Ácido Desoxirribonucléico (DNA) - Molécula em forma de hélice formada por duas cadeias complementares de nucleotídeos. O DNA é responsável pela transmissão hereditária das características. Ácido Ribonucléico (RNA) - Molécula formada por cadeia simples de nucleotídeos. O RNA controla a síntese de proteínas. Trifosfato de Adenosina (ATP) - Tipo especial de nucleotídeo, formado por adenina, ribose e três fosfatos. Tem a função de armazenar energia nas ligações fosfato.

Membrana Celular A membrana celular é semipermeável e seletiva; transporta materiais passiva ou ativamente. • •

Transporte Passivo - Difusão no sentido dos gradientes de concentração, sem gasto de energia. Como no transporte de glicose. Transporte Ativo - Movimentação contra gradientes de concentração, com gasto de energia. Exemplo: bomba de sódio, que concentra K+ mais dentro que fora da célula e Na+ mais fora que dentro. Transporte Facilitado - Proteínas transportadoras ou permeases modificam a permeabilidade da membrana; ocorre tanto passiva quanto ativamente.

Célula Animal

Organização do Citoplasma Celular Citoplasma Fundamental Hialoplasma - colóide com 85% de água e proteínas solúveis e insolúveis (microfilamentos e microtúbulos); reversão de gel para sol e vice-versa. Retículo Endoplasmático (RE) Sistema de endomembranas que delimitam canais e vesículas. •

RE rugoso - retículo endoplasmático associado a ribossomos; local de síntese de proteínas; também denominado RE granular.

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RE liso - retículo endoplasmático sem ribossomos; local de síntese de lipídios e de carboidratos complexos; também denominado RE agranular.

Ribossomos Grânulos de 15 a 25 nm de diâmetro, formados por duas subunidades; associam-se ao RE ou encontram-se livres no hialoplasma; são constituídos por proteínas e RNA ribossômico; ligam-se ao RNA mensageiro formando polirribossomos. Tem a função de síntese de proteínas. Complexo de Golgi Sistema de bolsas achatadas e empilhadas, de onde destacam-se as vesículas; pequenos conjuntos que são denominados dictiossomos. Armazenam substâncias produzidas pela célula. Lisossomos São pequenas vesículas que contêm enzimas digestivas; destacam-se do complexo de Golgi e juntam-se aos vacúolos digestivos. Fazem a digestão intracelular; em alguns casos, extracelular. Vacúolos São cavidades limitadas por membrana lipoprotéica. Os vacúolos podem ser digestivos, autofágicos ou pulsáteis. • • •

Vacúolo Digestivo - As partículas englobadas são atacadas pelas enzimas lisossômicas, formando um fagossomo. Vacúolo Autofágico - Digere partes da própria célula. Vacúolo Pulsátil - Controla o excesso de água da célula; comum nos protozoários de água doce.

Centríolos ou Diplossomos Organelas constituídas por dois cilindros perpendiculares um ao outro; cada cilindro é formado por nove trincas de microtúbulos; ausentes nas células dos vegetais superiores. Tem a função de orientação do processo de divisão celular. Cílios e Flagelos São expansões filiformes da superfície da célula; os cílios são curtos e geralmente numerosos; os flagelos são longos e em pequeno número. São formados por nove pares periféricos de microtúbulos e um par central; o corpúsculo basal, inserido no citoplasma, é idêntico aos centríolos. Tem a função de movimentação da célula ou do meio líquido. Mitocôndrias São organelas ovóides ou em bastonete, formadas por uma dupla membrana lipoprotéica e uma matriz. A membrana externa é contínua e a interna forma as cristas mitocondriais. Nestas, prendem-se as partículas mitocondriais, constituídas por enzimas respiratórias: NAD, FAD e citocromos. Possuem DNA, sintetizam proteínas específicas e se auto-reproduzem. Produz energia na célula, sob forma de ATP. Célula e Energia (Respiração Celular) O que é a respiração celular? A respiração celular é a obtenção de energia pela oxidação de moléculas orgânicas, principalmente glicose.

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UNIDADE III- SISTEMA ESQUELETICO POSIÇÃO ANATOMICA Deve-se considerar a posição ereta, isto é, de pé, com a face voltada para frente, olhar para o horizonte, membros superiores estendidos, aplicados ao tronco com as mãos espalmadas, com os dedos unidos, palmas voltadas para frente. Membros inferiores unidos e dedos dos pés dirigidos para frente.

PLANOS SECCIONAIS Os planos seccionais são como se uma serra cortasse o corpo em determinadas direções. Existem os planos: Sagital, plano coronal e plano transversal.

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DIVISÃO DO CORPO HUMANO O corpo humano divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça corresponde à extremidade superior do corpo estando unida ao tronco por uma porção estreitada, o pescoço. O tronco compreende o tórax e o abdome com as respectivas cavidades torácica e abdominal; a cavidade abdominal prolonga-se inferiormente na cavidade pélvica. Dos membros, dois são superiores ou torácicas e dois inferiores ou pélvicos. Cada membro apresenta uma raiz, pela qual esta ligada ao tronco, e uma parte livre. A chave seguinte inclui as partes principais do corpo humano: Cabeça Pescoço

Corpo Humano

Tronco

Tórax Abdome Superiores (torácicos)

Inferiores (pélvicos)

Raiz Parte livre

Raiz Parte livre

Ombro Braço Antebraço Mão (palma e dorso da mão Quadril Coxa Perna Pé (planta e dorso do Pé).

Os ossos constituem a estrutura de sustentação do corpo (esqueleto). O mais duro entre todos os tecidos vivos. O osso é um tecido conjuntivo constituído por uma mistura de fibras e células (35%), impregnada de sais de cálcio.

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Função Os ossos têm a função de sustentação (sustenta o corpo humano), proteção (protege as vísceras como coração e pulmões) fixação (fixa o tecido muscular) e formação de sangue (forma as células sanguíneas e do sistema imunológico). Classificação dos Ossos Os ossos podem ser classificados segundo a sua espessura comprimento, largura e posição topográfica, reconhecendo-se ossos axiais (que pertencem ao esqueleto axial) e apendiculares (que fazem parte do esqueleto apendicular). Tipos de ossos e sua Classificação Osso longo: É aquele que apresenta um comprimento consideravelmente maior que a largura e a espessura. Também apresenta duas extremidades, denominadas epífises e um corpo chamado diáfise. Contendo no seu interior, uma cavidade intitulada medula óssea. Exemplos típicos são os ossos do esqueleto apendicular: Fêmur, úmero, rádio, ulna e tíbia. Osso laminar: também chamado (impropriamente) plano, é o que apresenta comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Exemplo: ossos do crânio como o parietal, occipital e outros como escapula e os ossos do quadril Osso curto: É aquele que apresenta equivalência das três dimensões. Exemplo: ossos do carpo Osso irregular: Apresenta morfologia complexa que não encontra correspondência em formas geométricas conhecidas. Exemplo: vértebras e osso temporal Osso pneumático: Apresenta uma ou mais cavidades de volume variado, revestidas de mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de sinos ou seios. Exemplos: frontal, maxilar, esfenóide e temporal. Ossos sesamóides: desenvolvem-se na substancia de certos tendões ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações Exemplo: patela ESQUELETO HUMANO: O corpo humano é constituído por 206 ossos. O Esqueleto é um conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo do animal e desempenha varias funções. (Figura)

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DIVISÃO DO ESQUELETO O esqueleto pode ser dividido em duas grandes porções. Uma mediana, formando o eixo do corpo, e composta pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco (tórax e abdome); esse é chamado de esqueleto axial. O outro forma os membros e constitui o esqueleto apendicular. A união entre estas duas porções se faz por meio de cinturas: Escapular (ou torácica, constituída pela escapula e clavícula) e pélvica constituída pelos ossos do quadril (coxais). Face e crânio A cabeça é formada pela a face e o crânio. Na face encontramos os seguintes ossos: zigomáticos, lacrimais, nasais, vômer, palatino, maxilar e mandíbula, sendo a mandíbula o único osso móvel da face. (figura). O crânio possui os seguintes ossos: Frontal, parietal, temporal, esfenóide, e occipital que envolve e protege o cérebro. (figura)

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TRONCO O tronco se encontra a coluna vertebral e a caixa torácica. A coluna se se inicia logo abaixo do crânio e é composta por cinco regiões que são: a região cervical, composta por Sete vértebras. As primeiras sendo chamadas de axis e Atlas que são responsáveis pela sustentação e o movimento da cabeça. Depois vem a torácica formada por doze vértebras, a região lombar em total de Cinco vértebras, logo a pos vem à região sacral também com Cinco vértebras. No final da coluna vertebral se encontra o cóccix com Quatro vértebras que é chamada de região coccigenea.

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CAIXA TORÁCICA A caixa torácica é composta por 24 costelas mais o osso esterno. São fixadas nas vértebras torácicas e anteriormente ao osso do esterno. A sete superiores são ditas costelas verdadeiras, por se articularem com o esterno através de suas cartilagens. As costelas VIII, IX e X são denominadas falsas por se fixarem ao esterno só indiretamente, unindo-se suas cartilagens umas as outras e finalmente, a sétimas. Forma-se assim a borda ou a margem costal, que marca o limite inferior da caixa torácica anteriormente. Tem como função de proteção do sistema respiratório. (figura) As costelas XI e XII, denominadas flutuantes, são curtas, rudimentares, terminam entre os músculos da parede lateral do abdomem e não possuem cartilagens.

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CARTILAGENS Tecido cartilaginoso O tecido cartilaginoso, ou simplesmente cartilagem, é um tecido elástico e flexível, branco ou acinzentado, aderente às superfícies articulares dos ossos. Também é encontrado em outros locais como na orelha, na ponta do nariz. É formado por condrócitos e condroblastos (células), revestido pelo pericôndrio. O tecido serve para revestir, proteger, dar forma e sustentação a algumas partes do corpo, mas com menor rigidez que os ossos e também serve para evitar o atrito entre os ossos. No tecido cartilaginoso não existem vasos sanguíneos, nervos e vasos linfáticos.Cartilagem de crescimento, ou disco epifisial, é uma cartilagem presente na epífise dos ossos longos jovens, modulando seu crescimento. Ao contrário dos outros tecidos conjuntivos, a cartilagem não possui vasos sanguíneos ou nervos, com exceção do pericôndrio (peri = ao redor;

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condros = cartilagem), a túnica de tecido conjuntivo denso não modelado que reveste a superfície da cartilagem. O tecido conjuntivo cartilaginoso é composto por células, fibras protéicas, substância intercelular e condrina (substância mucopolissacarídeo com consistência de borracha). Tecido conjuntivo anexo Por não apresentar vasos sanguíneos, o tecido cartilaginoso precisa de um Tecido Conjuntivo Anexal para receber por meio de difusão tudo o que precisa. No caso é o Pericôndrio, tecido conjuntivo que envolve a cartilagem nutrindo-a com seus vasos sanguíneos. ARTICULAÇÕES A articulação é a junção de dois ossos ou mais ossos distintos, na anatomia do corpo permitindo seu movimento. As extremidades dos ossos são cobertas com cartilagens, de tecido mais maleável que o osso. Para se ter um desempenho adequado sem atrito dessas articulações, há na sua maioria, um liquido lubrificante, denominado liquido sinovial. Ele envolve toda a região articulatória, por isso chamada de articulação sinovial. Classificação das Articulações As articulações são classificadas em: • Sinartrose - São peças que se articula com o tecido fibroso. A grande maioria delas apresenta-se no crânio. Onde a mobilidade delas é extremamente reduzida, ou seja, imóvel. • Anfiartrose – São peças que se articula com o tecido cartilaginoso. Elas se apresentam na coluna vertebral e sínfise púbica. Onde a mobilidade é limitada, ou seja, articulação sem imóvel. • Diartrose – São peças onde a mobilidade exige livre deslizamento de uma superfície óssea contra outra. Isto é, articulação móvel. Para que haja o grau de movimento em muitas articulações, o elemento que se interpõem as peças que se articulam é um liquido denominado sinóvia, ou liquido sinovial. Deste modo, os meios de união entre as peças articuladas não prendem nas superfícies de articulação, como ocorre nas sinartroses e anfiartrose. Nas articulações diartrose chamada de articulações sinóviais o principal meio de união é representada pela cápsula articular. Manguito que envolve a articulação prendendo-se nos ossos que se articulam. Cápsula Articular È uma camada que envolve a região da articulação nela estão os ligamentos articulares. Onde a cápsula articular e os ligamentos articulares têm como finalidade manter a união entre os ossos, mas, além disso, impedem o movimento em planos indesejáveis e limitam a amplitude dos movimentos considerados normais. Discos e meniscos São formações fibrocartilaginosas, que servem para melhor adaptação das superfícies que se articulam (tornado-se congruentes) ou seriam estruturas destinadas a receber violentas pressões, agindo como amortecedores. Meniscos, com sua formação de meia lua, são encontrados nas articulações do joelho. Ligamentos São responsáveis pela união dos ossos, limitando-lhes os movimentos a determinadas direções. Esses ligamentos são constituídos por tecido conjuntivo fibroso e encontra-se fortemente unidos a membrana de revestimento do osso denominado periósteo. Quando a articulação não possui ligamentos eficientes, a necessidade do apoio muscular, sendo esse maior responsável pela estabilidade do conjunto. Os principais movimentos da articulares são: - Flexão: diminui o ângulo entre as partes do corpo;

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- Extensão: corrigi ou aumenta o ângulo entre as partes do corpo; - Abdução: afasta parte do corpo do plano sagital mediano no plano coronal; - Adução: aproxima parte do corpo do plano sagital mediano, no plano coronal-exceção feita aos dedos mãos e pés nos quais a abdução significa separá-los e adução, junta-los; - Rotação: mover uma parte do corpo ao redor do seu eixo longitudinal.

SISTEMA MUSCULAR O sistema locomotor é formado conjuntamente por ossos, articulações e músculos. Os músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo, eles distribuem-se por todo o corpo, sendo responsáveis por todo e qualquer movimento, intencional ou não. O sistema muscular tem as seguintes características: Elasticidade; Contração; Distensão. Se você flexionar firmemente o braço há uma contração muscular, em especial o bíceps, ele se contrai, e fica mais curto e grosso, ao estendê-lo, o músculo volta ao tamanho normal, onde há uma distensão muscular. O músculo, constituído por fibras, possui forma alongada com a parte central alargada e as extremidades afuniladas. Cada fibra muscular é uma célula longa e fina com vários núcleos e filamentos microscópicos a preencher seu citoplasma. O conjunto de fibras constitui o feixe muscular e cada músculo possui numerosos feixes. Os músculos são cobertos por uma camada protetora • • •

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chamada fáscia muscular é uma lamina de tecido conjuntivo que envolve cada músculo, dependendo de sua função. Para que os músculos possam exercer eficientemente um trabalho de tração ao se contrair, é necessário que eles estejam dentro de uma bainha elástica de contenção, papel executado pela fascia muscular. A fascia permite o fácil deslizamento dos músculos entre si. Em algumas regiões do corpo, a musculatura é diferenciada de acordo com sua função. Tipos de musculatura Musculatura Estriada Esquelética Apresenta, sob observação microscópica, faixas alternadas transversais, claras e escuras. Essa estriação resulta do arranjo regular de microfilamentos formados pelas proteínas actina e miosina, responsáveis pela contração muscular. A célula muscular estriada chamada fibra muscular, possui inúmeros núcleos e pode atingir comprimentos que vão de 1mm a 60 cm. Musculatura Lisa ou viseral Está presente em diversos órgãos internos (tubo digestivo, bexiga, útero etc) e também na parede dos vasos sanguíneos. As células musculares lisas são uninucleadas e os filamentos de actina e miosina se dispõem em hélice em seu interior, sem formar padrão estriado como o tecido muscular esquelético. A contração dos músculos lisos é geralmente involuntária, ao contrário da contração dos músculos esqueléticos. Musculatura Estriada Cardíaco Está presente no coração. Ao microscópio, apresenta estriação transversal. Suas células são uninucleadas e têm contração involuntária.

INERVAÇÃO E NUTRIÇÃO MUSCULAR Para que o músculo funcione é necessário um comando do cérebro. Este comando é enviado pelos nervos motores e provoca a contração muscular. Nenhum músculo pode contrair-se se não receber estímulo através de um nervo. Se caso esse nervo for seccionado, o músculo deixa de funcionar ocorrendo atrofia muscular. Os músculos recebem suprimento sanguíneo através de uma ou mais artérias que neles penetram e se ramificam intensamente, formando um extenso leito capilar.

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Os nervos e as artérias penetram sempre pela face profunda do músculo, pois assim estão mais bem protegidos. Os Músculos do Corpo Humano

MUSCULATURA DA FACE

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A musculatura da face é responsável por todas as expressões faciais como sorrir chorar, espantar-se, sentir dor, raiva etc. Cada uma dessas expressões é conhecida como mímica facial. Os músculos da face são: • • • • • • • • •

Frontal: situa-se na testa Músculo do supercílio: realiza movimentos de elevação e aproximação das sobrancelhas; Orbicular dos olhos: realiza os movimentos e fechar e abrir os olhos; Músculos do nariz: responsável por franzir o nariz; Bucinador: situa-se na bochecha; Masseter: movimento responsável pela mastigação; Orbicular dos lábios: È responsável por assobiar, beijar e sugar; Risório: também conhecido como músculo do sorriso, localiza-se nos cantos dos lábios; Músculo depressor do lábio inferior: atua na projeção do lábio inferior e na contração do queixo.

No pescoço são esternocleidomastoide.

encontrados

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dois

músculos

diferentes,

denominados

platisma

e

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Musculatura dos Membros Superiores Existem os músculos flexores e os extensores. Os flexores participam da retração muscular e os extensores participam da extensão muscular. Na região do braço existem músculos de grandes massas muscular, responsáveis pela força. Os principais são: Deltóide: Situa-se na articulação do ombro e produz a elevação do braço. È neste músculo que se aplica injeção intramuscular. Bíceps: Localiza-se na parte anterior do braço, sendo responsável pela flexão do antebraço sobre si mesmo. Tríceps: Situa-se na parte posterior do braço. E afasta o antebraço do bíceps. Existem duas posições do antebraço muito úteis na pratica dos serviços: Supino que é quando a palma da mão ta virada para cima e prono que é quando a palma da mão da virada para baixo. Os principais músculos são: Flexor dos dedos: Situa-se na parte anterior do antebraço e promove a flexão dos dedos; Extensores dos dedos: Situa-se na parte posterior do antebraço e promove a extensão dos dedos. Musculatura do Tronco A musculatura abdominal sustenta o peso e a pressão dos órgãos viscerais. No tórax se encontra os seguintes músculos: • Trapézio: Localiza-se na região superior das costas sendo responsável pela elevação dos ombros; é nele que se realiza a massagem de conforto; • Grande dorsal: situado na região inferior das costas; tendo como função principal levar o braço para trás; • Peitoral maior: Localiza-se no peito; permitindo o movimento do braço para frente; • Serrátil: Situa-se na parte lateral do tórax; promovendo a elevação das costelas, ajudando dessa forma na respiração; Os principais músculos do abdome são: • Reto abdominal: Situa-se na frente do abdome ou barriga; sendo responsável por dobrar o tórax sobre o abdome, ajudando na inspiração forçada; • Obliquo externo: situa-se nos lados do abdome; atua comprimindo as vísceras e inclinando o tórax para frente; • Diafragma: Separa o tórax do abdome e ajuda na inspiração. Citamos três posições distintas muito utilizadas na sua pratica. Elas são: Decúbito Dorsal – quando o corpo se encontra com o dorso (costas) em contato com a superfície de apoio (maca ou leito); Decúbito Ventral – quando o corpo estiver apoiado sobre o ventre (de barriga para baixo); Decúbito Lateral – quando o corpo está apoiado em um lado especifico, seja o direito ou esquerdo. Músculos dos membros inferiores Os principais músculos dos membros inferiores são: • •

Glúteo Maximo: localiza-se nas nádegas. Permite a extensão da coxa. Onde se aplica as injeções; Quadríceps: Situa-se na parte anterior da coxa; sendo responsável pela extensão da perna;

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• • •

Sartorio: cruza a coxa e termina na parte lateral interna do joelho; é o músculo mais longo do corpo. Bíceps femoral: localiza-se na face posterior da coxa permitindo o movimento de flexão das pernas; Gastrocnêmico: situa-se na face posterior da perna (batata da perna). São responsáveis pela extensão dos pés.

Os pés têm o movimento de inversão, eversão, flexão e extensão devido à utilização dos músculos flexores e extensores que neles se localizam.

UNIDADE IV- SISTEMA TEGUMENTAR O sistema tegumentar estuda a pele e seus anexos, que proporciona ao corpo um revestimento, protetor que contém terminações nervosas, sensitivas e participa da regulação da temperatura corporal, além de cumprir outras funções. Os anexos da pele são: pêlos, glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas, e unhas.

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Camadas da pele A pele é formada por três camadas: A epiderme, derme, e a hipoderme. A epiderme, por sua vez, é constituída de cinco camadas, sendo que a quinta só existe nas palmas das mãos e planta dos pés. A camada mais interna, situada logo acima da derme, é a responsável pelo surgimento das células epiteliais, sendo por isso chamada de germinativa ou basal. Conforme as células vão surgindo na camada basal, as demais vão amadurecendo e sendo empurradas para as camadas superiores pelas células mais jovens. Sofrem um processo de queratinização que as torna mais resistentes e impermeáveis, até se depositarem na camada superior da epiderme,quando então,já estão mortas e são eliminadas por descamação. A derme, localizada logo abaixo da epiderme, é um tipo de tecido conjuntivo; portanto, encontra-se imersa em uma substancia fundamental e possui fibras elásticas, além das células. Nesta camada, que é bem vascularizada, se encontram terminações nervosas, vasos linfáticos, glândulas sebáceas e alguns folículos pilosos. È onde se desenvolve as defesas contra agentes nocivos que tenham vencido a primeira barreira, ou seja, a epiderme. Tecido celular subcutâneo (Hipoderme) A derme repousa sobre a tela subcutânea (hipoderme) rica em tecido adiposo (gordura). Deve-se ressaltar, entretanto, que a quantidade de tecido adiposo varia nas diferentes partes do corpo, não existindo em algumas, como as pálpebras e o prepúcio. Geralmente ela é mais espessa no sexo feminino do que no sexo masculino e sua distribuição é diferente nos dois sexos. A tela subcutânea contribui para impedir a perda de calor e constitui reserva de material nutritivo. Glândulas da Pele A pele contém enumeras glândulas sudoríparas e sebáceas. As primeiras se localizam na derme ou tela subcutânea, com uma importante função na regulação da temperatura corporal, porque a secreção, o suor, absorve calor por evaporação da água. As glândulas sudoríparas são especialmente abundantes na palma das mãos e planta dos pés, em certas regiões, como a axila e a dos órgãos genitais externos, existem glândulas muito semelhantes às sudoríparas, cuja secreção, entretanto, produz odores característicos. As glândulas sebáceas estão localizadas na derme, mas faltam nas regiões palmar e plantar. Suas secreções saem pelos poros e são conhecidas como sebo, serve para lubrificar a pele e os pêlos. Coloração da pele A cor da pele depende da quantidade de pigmentos da vascularização e da espessura dos estratos mais superficiais da epiderme. Entre os pigmentos a melanina é o mais importante e sua quantidade depende da raça. A pigmentação aumenta após a inflamação, exposição ao calor, aos raios solares ou aos raios-X. Sardas e pintas são acúmulos de melanina. Anexos da Pele Os pelos e as unhas como dito acima são anexos da pele. No pelo distingui-se duas partes: haste e a raiz, estando à primeira acima da pele e a segunda alojada num tubo epidérmico denominado folículo piloso, que mergulha da derme ou na tela subcutânea. As unhas são placas curvadas queratinizadas, dispostas na superfície dorsal das falanges distais como função protetora. A unha repousa sobre o leito ungueal, que é abundantemente vascularizado e inervado. O crescimento da unha é continuo para vida toda.

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UNIDADE V- SISTEMA CARDIOVASCULAR FUNÇÃO A função básica do sistema circulatório é de levar material nutritivo e oxigênio as células do corpo. Assim o sangue circulante transporta o material nutritivo que foi absorvido pela digestão dos alimentos às células de todas as partes do organismo. Da mesma forma o oxigênio que é incorporado ao sangue, quando este circula pelos os pulmões, será levado a todas as células de todas as partes do organismo. ELEMENTOS FIGURADOS DO SANGUE Se colhermos uma pequena quantidade de sangue, observaremos que em pouco tempo, haverá a separação entre um liquido amarelado e uma massa vermelha. Essa parte liquida, é denominado de plasma e a sólida é denominada de elementos figurados. O plasma constitui-se de 90% de água e de diversas substancias e gases, como o oxigênio, o gás carbônico e o nitrogênio, diluídos em seu meio. As células que compõem a parte sólida do sangue são: os glóbulos vermelhos chamados de hemácias ou eritrócitos onde essas células não possuem núcleo, em vez disso apresentam um pigmento rico em ferro chamado de hemoglobina que torna o sangue vermelho e é responsável pelo transporte de oxigênio. TIPOS DE SANGUE Existem componentes nos glóbulos vermelhos que são chamados de A e B. Sua presença permite dizer qual o tipo sanguíneo a pessoa pode ter e, assim, poder fazer as transfusões de sanguíneas. Existem quatro tipos de sangue identificados: Tipo A - com hemácias que contem elementos do tipo A; Tipo B - com hemácias que contém elementos B; Tipo AB - com hemácias que contém os dois elementos; Tipo O - com hemácias que contém elementos vazios. As células de defesa do sangue se chamam de Leucócitos ou glóbulos brancos que são células responsáveis pela defesa do organismo, sendo capaz de destruir os invasores, são elas que produzem histamina uma substancia que se manifesta nas reações alérgicas e a heparina uma substancia anticoagulante. Eles são classificados em: neutros filos, eosinofilos, basófilos, linfócitos e monócitos. Cada um com sua função. As plaquetas são outros elementos existentes no sangue, são células especiais da medula óssea são responsáveis pela coagulação sanguínea. TIPOS DE VASOS SANGUINEOS Os vasos condutores do sangue são as artérias e veias. As artérias são tubos elásticos, nos quais o sangue circula, elas são responsáveis, na maioria das vezes de levar o sangue rico em nutrientes em substancias essenciais, como o Oxigênio. Elas são de calibres grandes, médios, de pequeno calibre e arteríola.Elas possuem paredes resistentes por transportar o sangue com grande pressão para que possa fluir rapidamente quando necessário. Os batimentos arteriais são palpados nas regiões articulares, são os que chamamos de pulso e recebem o nome conforme a área palpada que são:

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Pulso carotídeo; Pulso radial; Pulso femoral; Pulso podalico;

As veias são tubos que transportam o sangue que já sofreu trocas com os tecidos, ricos em detritos e gás carbônico da periferia para o centro do sistema circulatório que é o coração. Nos viventes as veias têm coloração azul porque suas paredes finas deixam transparecer o sangue que nelas circulam. Elas também podem ser de grande, médios de pequeno calibre e vênulas. As veias não pulsam, funcionando como reservatórios de sangue que se movimenta nelas. ARTÉRIAS E VÉIAS

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CORAÇÃO UMA BOMBA PRECIOSA Coração é um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. O tecido muscular que forma o coração é do tipo especial, “Tecido muscular estriado cardíaco”, e constitui sua camada media ou miocárdio. O coração é responsável pela circulação do sangue do corpo. Ele apresenta os movimentos de contração e relaxamento por meio dos qual o sangue penetra no seu interior e é impulsionado para os vasos sanguíneo. Esses movimentos de contração são chamados de sístole, e o segundo, de relaxamento é chamado de diástole. A cavidade do coração é subdividida em quatro câmaras (dois átrios superiores e dois ventrículos inferiores) e entre os átrios e ventrículos existem orifícios com dispositivos orientadores de corrente sanguínea que são chamados de valvas. Os átrios recebem o sangue que vêm das veias, por isso suas paredes são delgadas, ao inverso dos ventrículos que, por injetar sangue nas artérias, necessitam de maior força para vencer a resistência vascular e possuem paredes musculares espessas. Os movimentos cardíacos são rítmicos, com uma media de 80 batimentos por minutos no adulto. Na criança, o espaço a percorrer é menor, por isso os batimentos são bem mais acelerados. CORAÇÃO

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A CIRCULAÇÃO DO SANGUE A circulação é a passagem do sangue, através do coração e dos vasos. A circulação se faz por meio de duas corrente sanguíneas, as quais partem ao mesmo tempo do coração. A primeira corrente sai do ventrículo direito através do tronco pulmonar e se dirigi aos capilares pulmonares, onde se processa a hematose, ou seja, a troca de CO2(gás carbônico) por O2(oxigênio). O sangue oxigenado resultante é levado pelas as veias pulmonares e lançado no átrio esquerdo, de onde passará para o ventrículo esquerdo. A outra corrente sanguínea sai do ventrículo esquerdo, pela artéria aorta, a qual se vai ramificando sucessivamente e chega a todos os tecidos do organismo, onde existem extensas redes de vasos capilares nos quais se processam as trocas entre o sangue e os tecidos. Após efetuar as trocas com o meio, o sangue, agora rico em detritos e gás carbônico, é recolhido pelas vênulas, que conduzem e que, gradativamente, confluem formando veias de calibre cada vez maior até chegar à veia cava, que deposita no átrio direito, de onde o sangue passará para o ventrículo direito. De posse desse conhecimento ficará mais fácil para você entender que, uma vez no ventrículo direito, o sangue é impulsionado para artéria pulmonar, sendo então conduzida aos pulmões onde efetuará importantes trocas, a hemóstase. As finas paredes musculares dos átrios, no entanto, não possuem força para vencer a resistência muscular das artérias. Por isso, uma vez repleto de sangue, o átrio, valendo-se de válvulas que impedem o retorno sanguíneo, derrama o volume de sangue contido em seu interior no ventrículo direito. Como as paredes ventriculares são espessas e capazes de vencer a força vascular das artérias, o sangue é, mais uma vez, empurrado para fora do coração. O controle da atividade cardíaca é feito através do nervo vago que atua inibindo, e o simpático que atua estimulando. Estes nervos agem sobre uma formação situada na parede do átrio direito o “nó sinoatrial”, considerado como marca passo cardíaco. Dai ritmicamente, o impulso espalha-se ao miocárdio, resultando contração. Tipos de circulação Circulação Pulmonar – ou pequena circulação, tem inicio no ventrículo direito, de onde o sangue é bombeado para a rede capilar dos pulmões. Depois de sofrer a hematose, o sangue oxigenado retorna ao átrio esquerdo. Em síntese, é uma circulação-pulmão-coração. Circulação Sistêmica - ou grande circulação, tem inicio no ventrículo esquerdo, de onde o sangue é bombeado para rede capilar dos tecidos de todo o organismo. Após as trocas, o sangue retorna pelas veias ao átrio direito. Em resumo, é uma circulação coração-tecidos-coração. Anatomia e Fisiologia Humana I

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UNIDADE VI- SISTEMA LINFATICO O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfóides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório. O sistema linfático é um importante componente do sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus invasores. O sistema linfático possui três funções interrelacionadas: (1) remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais; (2) absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório; (3) produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras de anticorpos conhecidas como plasmócitos). A linfa é um líquido transparente e esbranquiçado, levemente amarelado ou rosado, alcalino e de sabor salgado, constituído essencialmente pelo plasma sanguíneo e por glóbulos brancos. A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos (também conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas. Circulação linfática A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e macromoléculas que as células produzem durante seu metabolismo,ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo. O sistema linfático coleta a linfa por difusão pelos capilares linfáticos, e a retorna para dentro do sistema circulatório. Uma vez dentro do sistema linfático o fluido é chamado de linfa, e tem sempre a mesma composição do que o fluido intersticial.Produzida pelo excesso de líquido que sai dos capilares sanguíneos ao espaço intersticial ou intercelular, sendo recolhida pelos capilares linfáticos que drenam aos vasos linfáticos mais grossos até convergir em condutos que se esvaziam nas veias subclávias. A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, da pulsação das artérias próximas e do movimento das extremidades. Se um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema. Pode conter microorganismos que, ao passar pelo filtros dos linfonodos (gânglios linfáticos) e baço são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente como "íngua". O Sistema linfático humano Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos através da força do coração, o sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular. A linfa move-se lentamente e sob baixa pressão devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos esqueléticos que pressiona o fluido através dele. A contração rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido através dos capilares linfático. Este fluido é então transportado progressivamente para vasos linfáticos maiores acumulando-se no ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior do corpo) e no duto torácico (para o resto do corpo); estes dutos desembocam no sistema circulatório na veia subclaviana esquerda e a direita. A linfa segue desta forma em direção ao abdome, onde será filtrada e eliminará as toxinas com a urina e fezes. Ao caminharmos, os músculos da perna comprimem os vasos linfáticos, deslocando a linfa em seu interior. Outros movimentos corporais também deslocam a linfa, tais como a respiração, atividade intestinal e compressões externas, como a massagem. Permanecer por longos tempos parado em uma só posição faz com que a linfa tenha a tendência a se acumular nos pés, por influência da gravidade, causando inchaço

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UNIDADE VII - SISTEMA IMUNOLOGICO O sistema imunológico, também conhecido como sistema imunitário, compreende todos os mecanismos pelos quais um organismo multicelular se defende de invasores internos, como bactérias, vírus ou parasitas. Existem dois tipos de mecanismos de defesa: os inatos ou não específicos, como a proteção da pele, a acidez gástrica, as células fagocitárias ou a secreção de lágrimas; e o sistema imunitário adaptativo, como a ação direccionada dos linfócitos e a sua produção de anticorpos específicos. Mecanismos inatos ou não especificos O sistema inato é composto por todos os mecanismos que defendem o organismo de forma não específica, contra um invasor, respondendo da mesma forma, qualquer que ele seja. Constituem as estratégias de defesa mais antigas, sendo algumas destas formas encontradas nos seres multicelulares mais primitivos, nas plantas e fungos. Barreiras físicas •

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A pele é a principal barreira. A sua superfície lipofílica é constituída de células mortas ricas em queratina, uma proteína fibrilar, que impede a entrada de microorganismos. As secreções ligeiramente ácidas e lípidicas das glândulas sebácea e sudorípara criam um microambiente cutâneo hostil ao crescimento excessivo de bactérias. O ácido gástrico é uma poderosa defesa contra a invasão por bactérias do intestino. Poucas espécies são capazes de resistir ao baixo pH e enzimas destruidoras que existem no estômago. A saliva e as lágrimas contêm enzimas bactericidas, como a lisozima, que destroem a parede celular das bactérias. No intestino, as numerosas bactérias da flora normal competem com potenciais patogénios por comida e locais de fixação, diminuindo a probabilidade de estes últimos se multiplicarem em número suficiente para causar uma doença. É por isso que o consumo de demasiados antibióticos orais pode levar à depleção da flora benigna normal do intestino. Com cessação do tratamento, espécies perigosas podem multiplicar-se sem competição, causando, posteriomente, diversas doenças. O muco é outra defesa, revestindo as mucosas. Ele sequestra e inibe a mobilidade dos corpos invasores, sendo a sua composição hostil para muitos microorganismos.

CÈLULAS DO SISTEMA IMUNOLÓGICO As células do sistema imunológico possuem função de defender o organismo contra qualquer tipo de ataque de um invasor. Este pode ser uma bactéria, um vírus ou até mesmo contra células defeituosa do nosso organismo que, por estar anormal, é identificada como um corpo estranho e logo eliminada. Os glóbulos brancos são divididos em macrófagos e linfócitos. Estes, por sua vez, se dividem em três grupos: linfócitos B, Linfócitos T matadores e linfócitos T auxiliares. Macrófagos São células que se movimentam continuamente entre os tecidos, envolvendo substancias estranhas, como microorganismos, restos de células mortas etc. Quando presentes no sangue são chamados de monócitos. Linfócito B Os linfócitos B ou células de memória são responsáveis pela formação dos anticorpos, proteína especifica que se combina com alguma substancia estranha também especifica, inativando-a. Essa substancia contra a qual o anticorpo reage é chamada de antígeno. Linfócito T Matadores Os linfócitos T matadores reconhecem e matam células anormais, como as infectadas por vírus.

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Linfócitos T Auxiliares Os linfócitos T auxiliares comandam o sistema imunológico. Recebem informações dos macrófagos sobre a presença de antígenos no organismo e estimulam os linfócitos B e T matadores a combater os invasores. Se os linfócitos T auxiliares não atuarem bem, ou simplesmente não atuarem, as células de combatem não poderão se ativadas, fazendo com que os organismos não reajam ao ataque invasor. È o caso da AIDS, em que o vírus HIV ataca e destrói os linfócitos T auxiliares, impedindo, assim, o sistema imunológico de combater as infecções. ORGÃOS IMUNOLÓGICOS São aqueles que possuem relação com o sistema imunológico do organismo. Dividem-se em duas classes: os órgãos imunológicos primário e os órgãos imunológicos secundários. Os linfócitos T e os linfócitos B são gerados na medula óssea vermelha ou rubra, como as demais células sanguíneas. Ainda jovens os linfócitos T dirigem-se para o timo, órgão situado sobre o coração onde vão amadurecer. Já os linfócitos B amadurecem na própria medula óssea. Por constituírem os principais locais de produção e amadurecimento dessas células, a medula óssea e o timo costumam ser denominados órgãos imunológicos primários. Ao passar pelos gânglios linfáticos, os linfócitos T e B fixam-se temporariamente. È ai que detectam a presença de invasores trazidos pela linfa e passam a reproduzir, formando assim verdadeiros exércitos de células de combate. Os órgãos que apresentam aglomerados de linfócitos em amadurecimento, como gânglios linfáticos, as amídalas e o baço recebem o nome de órgãos imunológicos secundários.

UNIDADE VIII- SISTEMA RESPIRATORIO

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Sistema respiratório È o conjunto de órgãos responsáveis pela entrada, filtração, aquecimento, umidificação e saída de ar do nosso organismo. Faz as trocas gasosas do organismo com o meio ambiente, oxigenando o sangue e possibilitando que ele possa suprir a demanda de oxigênio do indivíduo para que seja realizada a respiração celular. O processo de troca gasosa no pulmão oxigênio por dióxido de carbono é conhecido como hematose pulmonar. Os órgãos do sistema respiratório, além de dois pulmões, são: fossas nasais, boca, faringe (nasofaringe), laringe, traquéia, brônquios (e suas subdivisões), bronquíolos (e suas subdivisões), diafragma e os alvéolos pulmonares reunidos em sacos alveolares.

Em condições normais de respiração, o ar passa pelas fossas nasais onde é filtrado por pêlos e muco e aquecido pelos capilares sanguíneos do epitélio respiratório (tecido altamente vascularizado). Passa então pela faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos (lat. pequenos brônquios), depois alvéolos (onde ocorre a hematose). A função do sistema respiratório é basicamente garantir as trocas gasosas com o meio (hematose), mas também ajuda a regular a temperatura corpórea, o pH do sangue e liberar água. Os componentes são nasofaringe, laringe, traquéia e os pulmões. A inspiração e a expiração são processos passivos do pulmão já que ele não se movimenta, isso fica a cargo do diafragma, dos músculos intercostais e da expansibilidade da caixa torácica, que garante a conseqüente expansão do pulmão graças à coesão entre pleura parietal (fixa na caixa torácica) e a pleura visceral (fixa no pulmão).O ar inspirado(ou seja, o que entra), rico em oxigênio, passa pelas vias respiratórias, sendo filtrado, umedecido, aquecido e levado aos pulmões. No íntimo pulmonar o oxigênio do ar inspirado entra na circulação sanguínea e o dióxido de carbono do sangue venoso é liberado nos aovéolos para que seja eliminado com o ar expirado. O ar expirado é pobre em oxigênio, rico em dióxido de carbono e segue caminho oposto pelo trato respiratório(gás carbônico). A respiração é um processo "semi-automático", que permite a intervenção do sistema nervoso central, mas normalmente é controlada pelo bulbo (que controla a amplitude e frequência da respiração), o diafragma é controlado pelo nervo frênico.

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Vias respiratórias São assim denominadas as estruturas responsáveis pelo transporte do ar aos pulmões no organismo humano. Essas estruturas são anatomicamente separadas em: Fossas nasais (nasofaringe) Faringe Laringe Traquéia Brônquios, subdivididos em:

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Brônquios principais Brônquios lobares Brônquios segmentares Bronquíolos (respiratórios e terminais) Alvéolos

O epitélio respiratório (pseudoestratificado, ciliado, não-queratinizado) é a mucosa que reveste boa parte do trato respiratório, estendendo-se das fossas nasais até os brônquios. Esse epitélio é responsável pela filtração, aquecimento, e umidificação do ar inspirado. A filtração é possível graças à presença de muco secretado pelas células caliciformes e dos cílios que orientam seus batimentos em direção à faringe, impedindo a entrada de partículas estranhas no pulmão; enquanto o aquecimento é garantido pela rica vascularização do tecido, principalmente nas fossas nasais. A laringe tem importante função ao impedir a entrada de alimento nas vias aéreas inferiores e garantir a fonação. Ela é formada por nove peças de cartilagem: a cartilagem tireóide, localizada anteriormente e em forma de duas placas formando um diedro, esta é a cartilagem da laringe que forma a proeminência laríngea ou pomo-de-adão; inferiormente instala-se a cartilagem cricóide, que possui um formato de anel e conecta-se com a extremidade superior da traquéia; posteriores à cartilagem tireóide está o par de cartilagens aritenóides, que são presas à região supero-posterior da catilagem cricóide; fixas sobre cada cartilagem aritenóide encontra-se uma cartilagem corniculada;

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anteriores às cartilagens aritenóides e posteriores à cartilagem tireóide encontram-se as duas cartilagens cuneiformes; e por cima da estrutura da laringe se encontra a cartilagem epiglótica, mobilizável pelos músculos da laringe para fechar a epiglote durante a deglutição. Todas essas cartilagens são unidas por tecido fibroso e músculos. As pregas vocais (cordas vocais) são duas pregas músculo-membranosas presentes na parede posterior da cartilagem tireóide, que aumentam ou reduzem a luz da rima da glote (abertura entre as pregas vocais) produzindo sons durante a passagem de ar. A traquéia é formada por anéis incompletos de cartilagem em forma de "C", feixes musculares lisos, uma capa interna de epitélio respiratório, e mais externamente de tecido conjuntivo que envolve todas essas estruturas. Inferiormente se subdivide e da origem a dois brônquios que penetram no pulmão pelo hilo do pulmão. Os brônquios, à medida que penetram no pulmão, vão sofrendo sucessivas ramificações até virarem bronquíolos terminais. É o conjunto de órgãos responsáveis pela entrada, filtração, aquecimento, umidificação e saída de ar do nosso organismo. Faz as trocas gasosas do organismo com o meio ambiente, oxigenando o sangue e possibilitando que ele possa suprir a demanda de oxigênio do indivíduo para que seja realizada a respiração celular. O processo de troca gasosa no pulmão oxigênio por dióxido de carbono é conhecido como hematose pulmonar. PULMÃO

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UNIDADE IX- SISTEMA DIGESTÓRIO O sistema digestivo é responsável pela transformação dos alimentos em migalhas pequenas, ou nutrientes, que serão utilizados pelas células. Ao conjunto de alterações sofridas pelos alimentos no interior do sistema digestório dá-se o nome de digestão. Tal processo é realizado por enzimas e os principais nutrientes obtidos são: ácidos graxos, aminoácidos, glicose, frutose e glicerol.

É constituído pelo tubo digestório e pelas glândulas anexas (são as salivares, o fígado e o pâncreas), o aparelho digestório é formado por boca, faringe, esôfago, estômago e intestino. Na boca há a presença da língua e dos dentes, esses têm a função de triturar os alimentos para facilitar a sua posterior digestão. A digestão química por ação de enzimas (ptialina) tem início na boca, os alimentos impulsionados pela língua seguem para a faringe e em seguida para o esôfago (têm paredes musculares cujas contrações resultam os movimentos peristálticos, os quais permitem aos alimentos movimentar-se em direção ao estômago). A passagem dos alimentos do esôfago para o estômago ocorre através da válvula cárdia, que tem a função de impedir o refluxo do alimento para o esôfago durante as contrações estomacais. Os alimentos no estômago sofrem a ação do suco gástrico (composto por muco, enzima pepsina e ácido clorídrico), formando-se o bolo alimentar ou quimo. Do estomago o alimento segue para o intestino, passando pela válvula piloro que, como a cárdia impede o seu fluxo. Os alimentos sofrem ação do suco pancreático, do suco entérico e da bile, no intestino. A ação da bile e dos sucos ocorre no duodeno (intestino delgado), onde se completa a digestão.

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Os nutrientes produzidos são absorvidos pela parede intestinal. Os restos vão para o intestino grosso; no final dele chegam, sob forma de fezes, ao meio externo, através do ânus. Glândulas Glândulas salivares São os órgãos encarregados de produzir a saliva, suco digestivo que contém a ptialina, que age sobre o amido, transformando-o em moléculas menores. Fígado É a maior glândula do corpo humano. Pesa aproximadamente 1.400g, tem cor vermelhoescuro. Tem várias funções, entre elas está a de produzir a bile, que é conduzida ao duodeno pelo canal colédoco. A bile é formada principalmente de sais biliares, colesterol e pigmentos. Pâncreas É responsável pela excreção de várias substâncias importantes para a digestão, que são lançadas no duodeno através do canal de Wirsung. O pâncreas além de participar na digestão dos alimentos, produz a insulina (hormônio que regula o teor de glicose no sangue). Órgãos Dentes São órgãos que auxiliam na mastigação dos alimentos, e os encontramos na boca. Tipos de dentes: Incisivos, Caninos e molares (divididos em pré-molares e molares). Cada tipo de dente tem sua função própria no processo de mastigação. Os incisivos cortam, os caninos rasgam e os molares trituram os alimentos. Estômago Localizado na parte superior do abdome, abaixo do diafragma e do fígado. A parede interna do estômago possui inúmeras glândulas que elaboram o suco gástrico. Este contém pequena quantidade de acido clorídrico, o bolo alimentar passa por transformações e recebe o nome de quimo. Faringe e Esôfago Faringe Começa logo após a boca e segue até o esôfago, é um canal comum aos sistemas respiratório e digestório, pela faringe passa o ar, que se dirige à laringe, e o alimento, que se dirige ao esôfago. Esôfago É o canal que faz a ligação entre a faringe e o estômago, é localizado entre os pulmões, atravessa o músculo diafragma, e fica atrás do coração. Os movimentos peristálticos fazem com que o bolo alimentar avance até o estômago (leva aproximadamente de 5 a 10 segundos). Intestino Intestino Delgado É um tubo digestivo que tem um pouco mais de 6 m de comprimento por 4 cm de diâmetro, e é dividido em: jejuno (cerca de 5m), duodeno (cerca de 25 cm) e íleo (cerca de 1,5 cm). É no intestino delgado que ocorre a maior parte da digestão enzimática e quase toda a absorção.

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Intestino Grosso É feita por ele a absorção de água, que determina a consistência do bolo fecal. O intestino grosso se divide em: ceco, cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmóide e reto. Ele se localiza no abdômen e possui a forma de um U invertido.

UNIDADE X- SISTEMA REPRODUTOR E SISTEMA URINÁRIO Sistema Urinário Nosso sistema urinário é formado por dois rins, dois ureteres, uma bexiga e uma uretra. Dos cerca de 5 litros de sangue bombeados pelo coração a cada minuto, aproximadamente 1.200 ml, ou seja, pouco mais de 20% deste volume flui, neste mesmo minuto, através dos nossos rins. Trata-se de um grande fluxo se considerarmos as dimensões anatômicas destes órgãos.

O sangue entra em cada rim através da artéria renal. No interior de cada rim, cada artéria renal se ramifica em diversas artérias interlobulares. Estas se ramificam em artérias arqueadas que, por sua vez, ramificam-se então em numerosas artérias interlobulares. Cada artéria interlobular, no córtex renal, ramifica-se em numerosas arteríolas aferentes. Cada arteríola aferente ramifica-se num tufo de pequenos capilares denominados, em conjunto, glomérulos. Os glomérulos, milhares em cada rim, são formados, portanto, por pequenos enovelados de capilares. Na medida em que o sangue flui no interior de tais capilares, uma parte filtra-se através da parede dos mesmos. O volume de filtrado a cada minuto corresponde a, aproximadamente, 125 ml. Este filtrado acumula-se, então, no interior de uma cápsula que envolve os capilares glomerulares (cápsula de Bowmann). A cápsula de Bowmann é formada por 2 membranas: uma interna, que envolve intimamente os capilares glomerulares e uma externa, separada da interna. Entre as membranas interna e externa existe uma cavidade, por onde se acumula o filtrado glomerular. O filtrado glomerular tem o aspecto aproximado de um plasma: um líquido claro, sem células. Porém, diferente do plasma, tal filtrado contém uma quantidade muito reduzida de proteínas (aproximadamente 200 vezes menos proteínas), pois as mesmas dificilmente atravessam a parede dos capilares glomerulares. O filtrado passa a circular, então, através de um sistema tubular contendo diversos distintos segmentos: Túbulo Contornado Proximal, Alça de Henle, Túbulo Contornado Distal e Ducto Coletor.

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Na medida em que o filtrado flui através destes túbulos, diversas substâncias são reabsorvidas através da parede tubular, enquanto que, ao mesmo tempo, outras são excretadas para o interior dos mesmos. Túbulo Contornado Proximal Ao passar pelo interior deste segmento, cerca de 100% da glicose é reabsorvida (transporte ativo) através da parede tubular e retornando, portanto, ao sangue que circula no interior dos capilares peritubulares, externamente aos túbulos. Ocorre também, neste segmento, reabsorção de 100% dos aminoácidos e das proteínas que porventura tenham passado através da parede dos capilares glomerulares. Neste mesmo segmento ainda são reabsorvidos aproximadamente 70% das moléculas de Na+ e de Cl- (estes últimos por atração iônica, acompanhando os cátions). A reabsorção de NaCl faz com que um considerável volume de água, por mecanismo de osmose, seja também reabsorvido. Desta forma, num volume já bastante reduzido, o filtrado deixa o túbulo contornado proximal e atinge o segmento seguinte: a Alça de Henle. Alça de Henle Esta se divide em dois ramos: um descendente e um ascendente. No ramo descendente a membrana é bastante permeável à água e ao sal NaCl. Já o mesmo não ocorre com relação à membrana do ramo ascendente, que é impermeável à água e, além disso, apresenta um sistema de transporte ativo que promove um bombeamento constante de íons sódio do interior para o exterior da alça, carregando consigo íons cloreto (por atração iônica). Devido às características descritas acima, enquanto o filtrado glomerular flui através do ramo ascendente da alça de Henle, uma grande quantidade de íons sódio é bombeada ativamente do interior para o exterior da alça, carregando consigo íons cloreto. Este fenômeno provoca um acúmulo de sal (NaCl) no interstício medular renal que, então, se torna hiperconcentrado em sal, com uma osmolaridade um tanto elevada, quando comparada aos outros compartimentos corporais. Essa osmolaridade elevada faz com que uma considerável quantidade de água constantemente flua do interior para o exterior do ramo descendente da alça de Henle (lembre-se que este segmento é permeável à água e ao NaCl) enquanto que, ao mesmo tempo, NaCl flui em sentido contrário, no mesmo ramo. Portanto, o seguinte fluxo de íons e de água se verifica através da parede da alça de Henle: No ramo descendente da alça de Henle flui, por difusão simples, NaCl do exterior para o interior da alça, enquanto que a água, por osmose, flui em sentido contrário (do interior para o exterior da alça). Túbulo Contornado Distal: Neste segmento ocorre um bombeamento constante de íons sódio do interior para o exterior do túbulo. Tal bombeamento se deve a uma bomba de sódio e potássio que, ao mesmo tempo em que transporta ativamente sódio do interior para o exterior do túbulo, faz o contrário com íons potássio. Esta bomba de sódio e potássio é mais eficiente ao sódio do que ao potássio, de maneira que bombeia muito mais sódio do interior para o exterior do túbulo do que o faz com relação ao potássio em sentido contrário. O transporte de íons sódio do interior para o exterior do túbulo atrai íons cloreto (por atração iônica). Sódio com cloreto formam sal que, por sua vez, atrai água. Portanto, no túbulo contornado distal do nefron, observamos um fluxo de sal e água do lumen tubular para o interstício circunvizinho. A quantidade de sal + água reabsorvidos no túbulo distal depende bastante do nível plasmático do hormônio aldosterona, secretado pelas glândulas supra-renais. Quanto maior for o nível de aldosterona, maior será a reabsorção de NaCl + H2O e maior também será a excreção de potássio. O transporte de água, acompanhando o sal, depende também de um outro hormônio: ADH (hormônio anti diurético), secretado pela neuro-hipófise. Na presença do ADH a membrana do túbulo distal se torna bastante permeável à água, possibilitando sua reabsorção. Já na sua ausência, uma quantidade muito pequena de água acompanha o sal, devido a uma acentuada redução na permeabilidade à mesma neste segmento.

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Ducto Coletor: Neste segmento ocorre também reabsorção de NaCl acompanhado de água, como ocorre no túbulo contornado distal. Da mesma forma como no segmento anterior, a reabsorção de sal depende muito do nível do hormônio aldosterona e a reabsorção de água depende do nível do ADH. Sistema Reprodutor Feminino

O sistema reprodutor feminino é constituído por dois ovários, duas tubas uterinas (trompas de Falópio), um útero, uma vagina, uma vulva. Ele está localizado no interior da cavidade pélvica. A pelve constitui um marco ósseo forte que realiza uma função protetora. A vagina: É um canal de 8 a 10 cm de comprimento, de paredes elásticas, que liga o colo do útero aos genitais externos. Contém de cada lado de sua abertura, porém internamente, duas glândulas denominadas glândulas de Bartholin, que secretam um muco lubrificante.A entrada da vagina é protegida por uma membrana circular - o hímen - que fecha parcialmente o orifício vulvo-vaginal e é quase sempre perfurado no centro, podendo ter formas diversas. Geralmente, essa membrana se rompe nas primeiras relações sexuais. A vagina é o local onde o pênis deposita os espermatozóides na relação sexual. Além de possibilitar a penetração do pênis, possibilita a expulsão da menstruação e, na hora do parto, a saída do bebê. A genitália externa ou vulva é delimitada e protegida por duas pregas cutâneo-mucosas intensamente irrigadas e inervadas - os grandes lábios. Na mulher reprodutivamente madura, os grandes lábios são recobertos por pêlos pubianos. Mais internamente, outra prega cutâneo-mucosa envolve a abertura da vagina - os pequenos lábios - que protegem a abertura da uretra e da vagina. Na vulva também está o clitóris, formado por tecido esponjoso erétil, homólogo ao pênis do homem.

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Ovários: São as gônadas femininas. Produzem estrógeno e progesterona, hormônios sexuais femininos que serão vistos mais adiante. No final do desenvolvimento embrionário de uma menina, ela já tem todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários - encontramse dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos. A partir da adolescência, sob ação hormonal, os folículos ovarianos começam a crescer e a desenvolver. Os folículos em desenvolvimento secretam o hormônio estrógeno. Mensalmente, apenas um folículo geralmente completa o desenvolvimento e a maturação, rompendo-se e liberando o ovócito secundário (gaemta feminino): fenômeno conhecido como ovulação. Após seu rompimento, a massa celular resultante transforma-se em corpo lúteo ou amarelo, que passa a secretar os hormônios progesterona e estrógeno. Com o tempo, o corpo lúteo regride e converte-se em corpo albicans ou corpo branco, uma pequena cicatriz fibrosa que irá permanecer no ovário.O gameta feminino liberado na superfície de um dos ovários é recolhido por finas terminações das tubas uterinas - as fímbrias. Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio: São dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formado por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero. Útero: Órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e posteriormente ao reto, de parede muscular espessa (miométrio) e com formato de pêra invertida. É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas - o endométrio. Sistema Reprodutor Masculino

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Testículos: São as gônadas masculinas. Cada testículo é composto por um emaranhado de tubos, os ductos seminíferos Esses ductos são formados pelas células de Sértoli (ou de sustento) e pelo epitélio germinativo, onde ocorrerá a formação dos espermatozóides. Em meio aos ductos seminíferos, as células intersticiais ou de Leydig (nomenclatura antiga) produzem os hormônios sexuais masculinos, sobretudo a testosterona, responsáveis pelo desenvolvimento dos órgãos genitais masculinos e dos caracteres sexuais secundários: Epidídimos: São dois tubos enovelados que partem dos testículos, onde os espermatozóides são armazenados. Canais deferentes São dois tubos que partem dos testículos, circundam a bexiga urinária e unem-se ao ducto ejaculatório, onde desembocam as vesículas seminais. Vesículas seminais Responsáveis pela produção de um líquido, que será liberado no ducto ejaculatório que, juntamente com o líquido prostático e espermatozóides, entrarão na composição do sêmen. O líquido das vesículas seminais age como fonte de energia para os espermatozóides e é constituído principalmente por frutose, apesar de conter fosfatos, nitrogênio não protéico, cloretos, colina (álcool de cadeia aberta considerado como integrante do complexo vitamínico B) e prostaglandinas (hormônios produzidos em numerosos tecidos do corpo. Algumas prostaglandinas atuam na contração da musculatura lisa do útero na dismenorréia – cólica menstrual, e no orgasmo; outras atuam promovendo vaso dilatação em artérias do cérebro, o que talvez justifique as cefaléias – dores de cabeça – da enxaqueca. São formados a partir de ácidos graxos insaturados e podem ter a sua síntese interrompida por analgésicos e antiinflamatórios). Próstata Glândula localizada abaixo da bexiga urinária. Secretas substâncias alcalinas que neutralizam a acidez da urina e ativa os espermatozóides. Glândulas Bulbo Uretrais ou de Cowper: sua secreção transparente é lançada dentro da uretra para limpá-la e preparar a passagem dos espermatozóides. Também tem função na lubrificação do pênis durante o ato sexual. Pênis É considerado o principal órgão do aparelho sexual masculino, sendo formado por dois tipos de tecidos cilíndricos: dois corpos cavernosos e um corpo esponjoso (envolve e protege a uretra). Na extremidade do pênis encontra-se a glande - cabeça do pênis, onde podemos visualizar a abertura da uretra. Com a manipulação da pele que a envolve - o prepúcio - acompanhado de estímulo erótico, ocorre a inundação dos corpos cavernosos e esponjoso, com sangue, tornando-se rijo, com considerável aumento do tamanho (ereção). O prepúcio deve ser puxado e higienizado a fim de se retirar dele o esmegma (uma secreção sebácea espessa e esbranquiçada, com forte odor, que consiste principalmente em células epiteliais descamadas que se acumulam debaixo do prepúcio). Quando a glande não consegue ser exposta devido ao estreitamento do prepúcio, diz-se que a pessoa tem fimose. A uretra é comumente um canal destinado para a urina, mas os músculos na entrada da bexiga se contraem durante a ereção para que nenhuma urina entre no sêmen e nenhum sêmen entre na bexiga. Todos os espermatozóides não ejaculados são reabsorvidos pelo corpo dentro de algum tempo. Saco Escrotal ou Bolsa Escrotal ou Escrota: Um espermatozóide leva cerca de 70 dias para ser produzido. Eles não podem se desenvolver adequadamente na temperatura normal do corpo (36,5°C). Assim, os testículos se localizam na parte externa do corpo, dentro da bolsa escrotal, que tem a função de termorregulação (aproximam ou afastam os testículos do corpo), mantendo-os a uma temperatura geralmente em torno de 1 a 3 °C abaixo da corpora

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UNIDADE XI - SISTEMA NERVOSO O sistema nervoso forma no organismo uma rede de comunicações entre a cabeça e todos os órgãos do corpo. Ele é formado pelo tecido nervoso, onde se destacam os neurônios e as células da glia. Os neurônios são células que possuem um corpo celular e prolongamentos. Os prolongamentos curtos são chamados dendritos; o prolongamento longo, único em cada neurônio, é chamado axônio. A função dos neurônios é conduzir impulsos nervosos. Esses impulsos caminham em sentido único, entrando pelos dendritos, passando pelo corpo celular e saindo pelo axônio. Chama-se nervo a um feixe nervoso. Fibras nervosas são axônios mielinizados. Os nervos possuem fibras aferentes ou sensitivas, que levam informações aos centros nervosos, e fibras eferentes ou motoras, que trazem as respostas dos centros nervosos.

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Divisões do Sistema Nervoso Sistema nervoso cérebro-espinhal – é o iniciador da atividade muscular e regulador das nossas funções mentais e físicas. Consta de duas partes: • Sistema nervoso central (SNC) • Sistema nervoso periférico (SNP)

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Sistema Nervoso Central

É formado pelo encéfalo e pela medula espinhal. O encéfalo é o conjunto de órgãos nervosos alojados no crânio; compreende: • • • •

Cérebro Cerebelo Protuberância Bulbo

Cérebro É o órgão capaz de guardar informações, gerar pensamentos, determinar reações que o corpo deve realizar em resposta às sensações. Pesa, em média, 1.200 gramas. Não é constituído por massa continua; há, no seu interior, cavidades denominadas ventrículos. É dividido por um sulco em dois hemisférios. Sua superfície é enrugada e são as rugas ou dobras que recebem o nome de circunvoluções cerebrais. Quando cortado, o cérebro apresenta duas substancias diferentes: uma branca, que ocupa o centro e outra cinzenta, que forma o córtex. Cerebelo É localizado logo abaixo do cérebro, o cerebelo é dividido em duas porções: uma externa formada de substancia cinzenta e outra interna, formada de substancia branca e cheia de ramificações, lembrando uma árvore; por isso, o cerebelo também é conhecido por arvore da vida. Quanto às funções, o cerebelo influi na manutenção do equilíbrio do corpo e por ele se efetua a coordenação dos movimentos voluntários. Protuberância É localizado abaixo do cérebro, diante do cerebelo e acima do bulbo. Serve de ponte de ligação entre o bulbo, o cerebelo e o cérebro. A parte externa é formada por substancia branca e a interna, por substancia cinzenta. Como centro nervoso, a protuberância interfere nas emoções e determina reações que as acompanham, como a aceleração dos movimentos respiratórios e da pulsação arterial. Bulbo Localiza-se abaixo da protuberância, nesta parte do encéfalo estão localizados dois dos mais importantes centros nervosos, ou seja, o centro respiratório e o centro cardiovascular. Estes centros localizam-se na região do bulbo chamada nó vital. Uma agulha ou estilete, atingindo o nó vital, determina morte instantânea.

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Medula Espinhal É a continuação do bulbo, apresenta-se como um cilíndrico achatado que desce pelo interior da coluna vertebral. Sistema Nervoso Periférico É formado pelos nervosos que partem do encéfalo e da medula, são ao todo, 43 pares; 12 pares partem do encéfalo e constituem os nervoso cranianos e 31 pares nascem da medula e constituem os nervos raquianos. Quanto às funções que executam, os nervos são classificados em: • Sensitivos – conduzem aos centros nervosos (encéfalo e medula) as impressões recebidas do meio ambiente. • Motores – transmitem ordens, provenientes dos centros nervosos, para que os músculos se contraiam ou as glândulas secretem seus produtos. Todos os nervos raquianos são mistos porque apresentam duas raízes nos pontos de ligação com a medula: a raiz posterior de função sensitiva e a raiz anterior de função motora. As duas raízes se unem em um só nervo misto. Sistema Nervoso Autônomo É formado de uma serie de pequenas massas nervosas ou glândulas que funcionam independentemente de nossa vontade. Assim, o coração, o estômago, o intestino e outros órgãos são comandados pelo sistema nervoso autônomo, sem influencia de nossa vontade. • Sistema nervoso simpático: consta de duas fileiras de gânglios, uma de cada lado da coluna vertebral, das quais saem fibras nervosas que chegam à medula e outras que se distribuem por vários órgãos do corpo. • Sistema nervoso parassimpático: é constituído por fibras nervosas que se destacam de certos nervos cranianos e de alguns nervos da região do sacro.

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A diferença funcional entre os dois setores simpático e parassimpático refere-se às substancias liberadas em suas terminações: simpático – noradrenalina e parassimpático – acetilcolina. Seus efeitos são compostos, isto é, quando o simpático estimula certa ação e inibe outra, o parassimpático inibe a primeira e estimula à segunda. Chama-se reflexo a um ato involuntário que ocorre devido à estimulação de um órgão. OS SENTIDOS: VISÃO, AUDIÇÃO, PALADAR, OLFATO E TATO. Os órgãos dos sentidos Os sentidos fundamentais do corpo humano – visão, audição, tato, gustação ou paladar e olfato – constituem as funções que propiciam o nosso relacionamento com o ambiente. Por meio dos sentidos, o nosso corpo pode perceber muita coisa do que nos rodeia; contribuindo para a nossa sobrevivência e integração com o ambiente em que vivemos. Existem determinados receptores, altamente especializados, capazes de captar estímulos diversos. Tais receptores, chamados receptores sensoriais, são formados por células nervosas capazes de traduzir ou converter esses estímulos em impulsos elétricos ou nervosos que serão processados e analisados em centros específicos do sistema nervoso central (SNC), onde será produzida uma resposta (voluntária ou involuntária). A estrutura e o modo de funcionamento destes receptores nervosos especializados são diversos. Tipos de receptores: 1) Exteroceptores: respondem a estímulos externos, originados fora do organismo. 2) Proprioceptores: os receptores proprioceptivos encontram-se no esqueleto e nas inserções tendinosas, nos músculos esqueléticos (formando feixes nervosos que envolvem as fibras musculares) ou no aparelho vestibular da orelha interna. Detectam a posição do indivíduo no espaço, assim como o movimento, a tensão e o estiramento musculares. 3) Interoceptores: os receptores interoceptivos respondem a estímulos viscerais ou outras sensações como sede e fome. Em geral, os receptores sensitivos podem ser simples, como uma ramificação nervosa; mais complexos formados por elementos nervosos interconectados ou órgãos complexos, providos de sofisticados sistemas funcionais. Dessa maneira, È pelo tato – sentimos o frio, o calor, a pressão atmosférica, etc; È pela gustação – identificamos os sabores; È pelo olfato – sentimos o odor ou cheiro; È pela audição – captamos os sons; È pela visão – observamos as cores, as formas, os contornos, etc. Portanto, em nosso corpo os órgãos dos sentidos estão encarregados de receber estímulos externos. Esses órgãos são: A pele – para o tato; A língua – para a gustação; As fossas nasais – para o olfato; Os ouvidos – para a audição; Os olhos para visão.

UNIDADE XII- SISTEMA SENSORIAL O sistema sensorial é composto por receptores sensoriais, estruturas responsáveis pela percepção de estímulos provenientes do ambiente (exterorreceptores) e do interior do corpo (interorreceptores). Essas terminações sensitivas do sistema nervoso periférico são encontradas nos órgãos dos sentidos: pele, ouvido, olhos, língua e fossas nasais. Estes têm a capacidade de transformar os estímulos em impulsos nervosos, os quais são transmitidos ao sistema nervoso central, que por sua vez, determina as diferentes reações do nosso organismo. Tipos de receptores sensoriais

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Os receptores sensoriais são classificados de acordo com o estímulo que conseguem captar. - Quimiorreceptores: transmissores de informações acerca de substâncias químicas dissolvidas no ambiente. Localizam-se principalmente na língua e no nariz. - Termorreceptores: detectam estímulos de variação térmica. São encontrados na pele. - Mecanorreceptores: conseguem captar estímulos mecânicos. Localizam-se na pele. - Fotorreceptores: detectores de luz encontrados nos olhos. - Receptores de dor: classe de dendritos presentes na pele humana. Sentidos Visão Visão é o processo fisiológico por meio do qual se distinguem as formas e as cores dos objetos. Em linhas gerais, o olho funciona como uma câmara fotográfica que projeta uma imagem invertida do mundo exterior em sua porção interna posterior, onde existe um revestimento fotossensível, a retina, que envia informações codificadas ao sistema nervoso central, dando ao indivíduo a sensação da visão. O olho humano No homem, os dois globos oculares estão alojados no interior das cavidades orbitárias e se unem às paredes ósseas graças aos chamados músculos extrínsecos. Os músculos retos possibilitam a movimentação do globo ocular para todos os lados. Outros dois, o oblíquo maior e menor, permitem ao olho deslocar-se em todas as direções O olho humano é constituído de três camadas. A mais externa, fibrosa, tem função protetora e é chamada esclerótica. Em sua porção anterior, a esclerótica é transparente e recebe o nome de córnea. Na parte posterior e lateral, é opaca. A camada intermediária é abundante em vasos sangüíneos e é formada pela coróide, pelo corpo ciliar e pela íris (conjunto de estruturas chamado trato uveal). A camada interna é a retina, onde se localizam as células fotorreceptoras. A córnea é recoberta pela conjuntiva, fina membrana que se estende também pela face interna das pálpebras.

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Tato

O sentido do tato permite obter informações sobre grande número de características dos corpos físicos, como suas propriedades mecânicas, textura e grau de dureza. O tato abrange três tipos de sensibilidade: mecânica, térmica e dolorosa. Os receptores sensoriais táteis estão presentes na maior parte das espécies animais, tanto na superfície do corpo como em diferentes órgãos internos. Permitem conhecer as características do ambiente e também o estado de muitas estruturas orgânicas. Audição O ouvido, órgão responsável pela audição e pela manutenção do equilíbrio, é composto por diferentes estruturas sensoriais, que identificam os sons e emitem impulsos, os quais alcançam os centros cerebrais receptores através do nervo auditivo. No homem, o órgão divide-se em três partes: ouvido externo, médio e interno.

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Olfato O sentido do olfato regula a percepção das substâncias voláteis e intervém, em maior ou menor medida, segundo as espécies, na busca de alimentos, no reconhecimento do território e na procura de parceiros para o acasalamento. Paladar Paladar é o sentido pelo qual se percebem os sabores. Os receptores do paladar são as papilas gustativas que existem no epitélio da língua, sensíveis a quatro modalidades básicas de sabores: doce, amargo, ácido e salgado.

UNIDADE XIII- SISTEMA ENDÓCRINO O sistema endócrino dos animais vertebrados é formado por uma diversidade de glândulas e órgãos que, juntamente ao sistema nervoso, coordenam os processos fisiológicos de um organismo. Através deste sincronismo, o sistema nervoso recepciona e conduz estímulos captados do meio externo, induzindo o sistema endócrino a reagir de acordo com as necessidades metabólicas. Sendo a atividade endócrina, ocorrendo por meio de mensageiros químicos, os hormônios, substâncias de natureza protéica sintetizadas pelas glândulas, liberam seus produtos na corrente sangüínea em resposta aos fatores externos ou processos que permitem a manutenção do equilíbrio interno, atuando diretamente sobre a funcionalidade dos órgãos. Desta forma, por exemplo, um organismo controla: a concentração hídrica, a disponibilidade de carboidratos para o trabalho celular, a absorção de minerais, a pressão arterial, o surgimento dos caracteres sexuais, a maturação de células reprodutivas, a estimulação do desenvolvimento (crescimento), regulação do ciclo menstrual feminino, a secreção de leite nos mamíferos, dilatação do canal vaginal e contrações uterinas em virtude do parto, entre outras inúmeras funções. Assim, o mecanismo de regulação tem como princípio a especificidade (o reconhecimento) entre o agente hormonal e os receptores hormonais nos tecidos ou órgãos efetores. Em alguns casos, ao invés de seguir um sentido direto, a efetividade do estímulo hormonal ao ser emitido por uma glândula (agente primário), regula a atividade metabólica de uma segunda glândula (receptor intermediário / agente secundário), para então prosseguir até a região do organismo onde irá desencadear uma reação no tecido ou órgão efetor correspondente (receptor terminal). Neste processo indireto, os hormônios que regulam a ação de outro hormônio recebem a denominação de hormônios trópicos. Como exemplo de uma glândula endócrina que secreta hormônios trópicos, pode ser citada a hipófise, atuando sobre as glândulas: adrenais (hormônios adrenocorticotrópicos), tiróide (hormônios tireoideotrópicos) e gônadas masculinas e femininas (hormônios gonadotrópicos). Segue abaixo a relação das principais glândulas e órgãos e suas secreções hormonais: Hipófise → Além dos já citados, a prolactina; Hipotálamo → A ocitocina e a vasopressina (hormônio antidiurético); Paratireóide → O paratormônio; Tireóide → A tiroxina, a triiodotironina e a calcitocina; Pâncreas → A insulina e o glucagon; Supra-renal → A aldosterona, os andrógenos, os glicocorticóides e a adrenalina; Rim → A renina;

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Estômago → A gastrina; Duodeno → A colecistoquinina.

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