Ebook - EDUCAÇÃO INFANTIL NÃO É BAGUNÇA

Page 1

EDUCAÇÃO INFANTIL NÃO É BAGUNÇA UM PANORAMA COMPLETO DOS PROCESSOS E DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ATUAIS PARA O EDUCADOR 3.0


SUMÁRIO 1 2 3 4 5 6 7

INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO INFANTIL: DEFINIÇÕES E LEIS VIGENTES O QUE É PRECISO PARA ATUAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL PRIMEIRA ETAPA DO PROCESSO EDUCACIONAL EDUCAÇÃO INFANTIL NÃO É BAGUNÇA PRÁTICAS PEDAGÓGICAS CURIOSIDADES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FICHA TÉCNICA


CAPITULO 1

INTRODUÇÃO


INTRODUÇÃO Assim como a chamada Web 3.0 propõe ferramentas para uma internet em que a informação estará organizada de forma a contemplar o entendimento de todos, o professor na Educação Infantil precisa de ferramentas atualizadas e condizentes com a realidade de sua área. Neste e-book você encontrará um panorama completo dos processos e das práticas pedagógicas atuais para se desenvolver como um educador 3.0. A Educação Infantil faz parte das políticas públicas de educação do país e é garantida por várias leis de âmbito federal, são elas: Lei de Diretrizes de Base, Estatuto da Criança e do Adolescente e o Plano Nacional da Educação. O Ministério da Educação é o principal órgão responsável por regulamentar o ensino e as escolas, juntamente com os Conselhos Municipais de Educação (CME). Crianças de 0 até 5 anos de idade se enquadram no processo do Ensino Infantil e as instituições responsáveis por oferecer tal serviço são as creches e pré-escolas, sejam elas de caráter público ou particular. Essas instituições têm o dever de oferecer as condições necessárias para o desenvolvimento das crianças. É função do professor contribuir para a formação educacional das crianças. No material, oferecemos ferramentas para que o profissional desse segmento entenda os processos envolvidos na área, desde as legislações instituídas no país até as práticas pedagógicas dentro da sala de aula. Além disso, daremos dicas de como você pode se manter atualizado e capacitado para exercer as atividades desse segmento da educação indicando cursos online, que é ideal para conciliar estudos e trabalho, além de ser um investimento de baixo custo.


CAPITULO 2

A EDUCAÇÃO INFANTIL DEFINIÇÕES E LEIS VIGENTES


A Educação Infantil: defInições e leis vigentes O Estado, por meio do Ministério da Educação, garante a oferta do ensino público e afirma a necessidade da formação para o exercício da cidadania às crianças e adolescentes, bem como oferecer oportunidades para progredir no trabalho e nos estudos futuros. O Ministério da Educação, por meio da Resolução CNE/CEB Nº 5/2009 art. 5º, § 2º, instituiu a obrigatoriedade da frequência das crianças na Educação Infantil a partir dos quatro anos. No entanto, é considerada detentoras da educação infantil, crianças de 0 a 5 anos e 11 meses de idade. Completados os 6 anos, as crianças devem, obrigatoriamente, serem matriculadas no ensino fundamental. Segundo a Lei Nº 12.796, de 4 de abril de 2013. Art. 31, a educação infantil se organiza de acordo com as seguintes regras: • avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental; • carga horária mínima anual de 800 (oitocentas) horas, distribuída por um mínimo de 200 (duzentos) dias de trabalho educacional; • atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral; • controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% (sessenta por cento) do total de horas; • expedição de documentação que permita atestar os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança. Além dessa organização, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) assegura o direito das crianças receberem educação e cuidados sem uso de força física, seja por parte da família, das escolas ou outros responsáveis. Você pode obter


mais informações e acessar o ECA, com anotações e interpretações se inscrevendo no curso online.

Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil A partir do comprometimento do Estado com a educação básica, garantido pela Constituição Federal de 1988, as Diretrizes Nacionais para a Educação Infantil foram criadas com a finalidade de orientar a educação infantil, no sentido de organizar, articular e auxiliar no desenvolvimento de propostas pedagógicas, ou seja, o plano de ação da rotina e as metas de determinadas instituições para o processo de aprendizagem em todo território nacional. As diretrizes definem três principais princípios norteadores: ético, político e estético. O princípio ético diz respeito à autonomia, solidariedade, responsabilidade e respeito às diferenças e ao bem comum. O aspecto político se refere aos direitos humanos e ao direito à cidadania, bem como o respeito à democracia. Já a concepção estética, está relacionada ao respeito à criatividade e sensibilidade nas mais diversas formas de expressões artísticas e culturais. É exigido que o plano de ação educacional tenha atividades em que as instituições despertem nas crianças o conhecimento sobre si mesmas e sobre o mundo, por meio de experiências variadas e linguagens múltiplas; convivência com situações individuais e coletivas, de higiene, organização, bem-estar e outras;


experiências que envolvam o meio ambiente e sustentabilidade e o conhecimento de manifestações culturais. É importante também que os professores incluam em suas dinâmicas a utilização de recursos tecnológicos. Uma pesquisa realizada pela AVG Technologies sobre os hábitos e usos da internet entre crianças de 3 a 5 anos de idades apontam que:

62%

conseguem ligar o computador

25% 50%

não sabem o que fazer em casos de emergência

66%

das crianças são capazes de operar um computador

57%

não sabem o caminho de casa

14%

sabem utilizar pelo menos um aplicativo no smartphone

sabem amarrar o próprio tênis

Países com maiores índices de desenvolvimento de habilidades tecnológicas nessa faixa etária:

2

1 3


Além disso, são recomendados também a utilização dos Indicadores de Qualidade na Educação Infantil que objetiva orientar as creches e pré-escolas a realizarem uma autoavaliação, baseada em uma série de aspectos essenciais para se oferecer educação com qualidade e atendendo a todas as exigências legais.


CAPITULO 3

O QUE É PRECISO PARA

ATUAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL


O QUE É PRECISO PARA ATUAR EDUCAÇÃO INFANTIL Para atuar na Educação Infantil é desejável obter curso de nível superior na modalidade Licenciatura, “de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil, a formação em nível médio, na modalidade normal. Portanto, a formação mínima para o professor(a) da educação infantil é o ensino médio, modalidade Normal”, segundo o Ministério da Educação. Contudo, algumas instituições de ensino já estão exigindo o curso superior para atuar como professores na educação infantil. Aqueles que possuem apenas o nível médio podem ser contratados como auxiliares. O processo de aprendizagem das crianças é fundamental e, tanto os gestores das instituições quanto os pedagogos que atuam em sala de aula, necessitam de formação e capacitação adequadas para exercerem influências diretas no estímulo acadêmico dos futuros cidadãos. Dessa forma, além da graduação, é preciso buscar meios de sempre ampliar o conhecimento e atualizar-se para desempenhar o papel de educador infantil da melhor forma possível. Os cursos online são uma ótima opção para isso, eles complementam a carga teórica já adquirida na graduação ou pós-graduação.


Além disso, a educação à distância permite conciliar o estudo com outras atividades de rotina.

~ ñO= H= Äñ= Z= M

O J =Ä=H====Ä= =J =Q=~=Å= N ñ= =Z= O= ~

= ~ ñOH= Äñ= H= Å= MZ=

= ~ ñOH= Äñ= H= Å= MZ=


CAPITULO 4

PRIMEIRA ETAPA DO PROCESSO EDUCACIONAL


PRIMEIRA ETAPA DO PROCESSO EDUCACIONAL A Educação Infantil é a primeira etapa do processo educacional, por isso devemos ter um olhar especial para esse segmento. Nesta etapa as crianças começam a desenvolver habilidades cognitivas, ou seja, o processo para adquirir conhecimento acadêmico, ampliar os aspectos afetivos, psicológicos, de disciplina e autoestima, por exemplo. Devido a isso, é responsabilidade das creches e pré-escolas estimularem tais capacidades.

O PAPEL DA ESCOLA E DA FAMILIA Partimos do pressuposto que o círculo familiar e as escolas possuem participações distintas na sociedade e, na Educação Infantil, esse quadro não é diferente. Eles desempenham papéis dissemelhantes no processo de aprendizado nesse segmento, contudo, o convívio em sociedade, a unidade familiar e a escola, juntos, são responsáveis pela formação total da criança e devem funcionar como uma parceria.

A Família O primeiro contato de uma pessoa é com a unidade familiar, sejam os pais biológicos ou adotivos, avós ou aqueles ligados por um laço afetivo. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, “toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família”. É no contexto familiar que recebemos as primeiras bagagens de valores, emoções e concepções de mundo e ética. No entanto, é identificado um problema de inversão de valores: algumas famílias passam às escolas a responsabilidade total de educar as crianças, pulando uma etapa essencial do processo educacional, enquanto o papel da escola não é esse.


A Escola A escola tem o papel de oferecer conhecimento acadêmico e pedagógico às crianças e colaborar com a família. Nesse âmbito, a criança é submetida a viver experiências coletivas e refletir sobre o bem-comum e, em função disso, aprender a abrir mão de certas coisas.

Inclusão e diversidade Cabe tanto à escola quanto à família oferecerem condições de inclusão para as crianças com deficiências, que possuem algum tipo de transtorno, ou até mesmo aquelas crianças que cresceram em meio cercado por uma cultura ou religião diferentes. Na educação infantil é indispensável pensar nas diferentes formas de inclusão e diversidade, além de tratar com respeito às experiências das crianças. As políticas públicas de inclusão em vigor no Brasil garantem o direito de todos os alunos estudarem juntos, independente de qualquer diferença. Podemos perceber que as escolas estão se adequando, investindo desde a estrutura adaptada a pessoas com deficiência motora até em profissionais com prática e capacitação no atendimento educacional especializado. Aqui, devemos destacar a relevância da atuação conjunta da família e dos profissionais da educação. Não cabe a escola diagnosticar Transtornos Globais do Desenvolvimento (TDH), Trastornos por Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Autismo, Deficiência Visual ou Baixa Visão, Deficiência Auditiva ou quaisquer outros distúrbios. Quan-


do existe a suspeita de um comportamento diferente, o mais recomendado é indicar à coordenação e essa fazer um contato com família. Sendo assim, a criança deve ser encaminhada a um profissional especializado para, se confirmada a deficiência, receber os cuidados necessários.

Brincadeira de menino X Brincadeira de menina Quando falamos sobre inclusão e diversidade, as questões sobre gênero não podem ser deixadas de lado. Podemos exemplificar essa situação quando é imposta a diferenciação entre brincadeiras para meninos e brincadeiras para meninas. Essa é apenas uma questão cultural, não existe a especificação entre feminino e masculino nas atividades infantis. O brincar não interfere na opção sexual das crianças. Restringir as brincadeiras limitam as descobertas e o processo de convívio social dos pequenos. As crianças precisam ser estimuladas a conviverem livres de preconceitos e a desenvolverem a imaginação e a sensibilidade e devem aprender a compartilhar. Além disso, não é papel da escola proibir o acesso das crianças a uma variedade de atividades.


CAPITULO 5

EDUCAÇÃO INFANTIL

NÃO É BAGUNÇA


EDUCAÇÃO INFANTIL NÃO É BAGUNÇA Até aqui, já deu para entender que muitas questões delicadas estão implicadas na Educação Infantil. Afinal, você estará lidando com um outro indivíduo bem vulnerável. Nesse segmento, é comum que os educadores programem aulas completamente voltadas para atividades divertidas, com brincadeiras, rodas de leitura, criação de músicas e jogos, garantindo um ambiente lúdico, acolhedor e organizado. É preciso estar claro que o professor não vai para escola para brincar, toda aula apresentada deve ter um planejamento e um propósito.

o prof issional Pensando sobre a seriedade que os profissionais da área precisam ter ao propor uma brincadeira, devemos refletir também sobre o ambiente em que este educador está inserido. Seja onde estivermos, é inegável que o meio em que vivemos e as pessoas do nosso convívio social nos influenciam e, consequentemente, nos modificam. No cenário da Educação Infantil, não é diferente. O profissional desse segmento está diretamente lidando com questões infantis e devem ter plena consciência do significado de ser um professor da Educação Infantil. Realizar essa atividade não quer dizer que você deve absorver as influências do meio e “infantilizar” as relações envolvidas no processo. Para exemplificar, é observado que o profissional pode ter a tendência de sempre utilizar palavras no diminutivo. Essa prática nem sempre é positiva, uma vez que as crianças estão se apropriando de um vocabulário mais amplo e os professores são vistos como modelos. Em algumas situações, colocar palavras no diminutivo pode indicar afeto, mas não devemos exagerar. Enfatizamos que a Educação Infantil é coisa séria, que não significa rigidez.


O educador infantil encontra um desafio enorme na prática educacional: o reconhecimento da profissão pelas instâncias públicas. Muito se fala na valorização do profissional da educação infantil, já que ela é considerada a base de todo o processo de aprendizagem. No entanto, não se percebe ações efetivas de reconhecimento deste profissional.

A importância do Planejamento O planejamento na Educação Infantil é essencial para que o professor encontre soluções, estabeleça metas e objetivos para alcançar avanços no processo de aprendizagem das crianças. A realização de uma brincadeira, por exemplo, começa a fazer sentido por ter uma intenção programada anteriormente. O planejamento de ações está previsto no Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil:

[...] cabe ao professor planejar uma sequência de atividades que possibilite uma aprendizagem significativa para as crianças, nas quais elas possam reconhecer os limites de seus conhecimentos, ampliá-los e/ou reformulá-los. (1998, p. 196) É preciso que o educador esteja em constante estudo sobre as metodologias aplicadas à Educação Infantil para poder aplicá-las em sala de aula e realizar um trabalho de qualidade no desenvolvimento acadêmico dos pequenos.

A rotina escolar na vida das crianças As instituições de ensino se organizam através de uma rotina e, envolta dela, os professores podem coordenar suas atividades. Para alguns adultos, a rotina quase sempre está atrelada a algo automático e monótono, já para as crianças, é


uma questão fundamental e parte intrínseca do processo de formação das mesmas.

A rotina é compreendida como uma categoria pedagógica da Educação Infantil que opera como uma estrutura básica organizadora da vida cotidiana diária em certo tipo de espaço social, creches ou pré-escola. Devem fazer parte da rotina todas as atividades recorrentes ou reiterativas na vida cotidiana coletiva, mas nem por isso precisam ser repetitivas. (BARBOSA, 2006, p. 201). Sendo assim, podemos considerar a rotina como uma prática de diversas ações. A partir das atividades habituais, as crianças se sentem seguras no ambiente, além disso, a sinalização do que vai acontecer, garante também a organização do ambiente. Isso pode evitar indisciplina e ajuda a melhorar o processo de raciocínio. Saber que após a hora do recreio será desenvolvida uma brincadeira, por exemplo, é essencial. O “não ser repetitivo” está ligado a não saber qual tipo de brincadeira será. Para exemplificação, podemos tomar como base a necessidade que as crianças têm em assistir um mesmo filme por várias vezes. A maior alegria delas, nessa situação, pode ser antecipar as falas das personagens.


CAPITULO 6

PRATICAS PEDAGÓGICAS


praticas pedagógicas As práticas pedagógicas na Educação Infantil devem ser norteadas pela interação e brincadeiras. As crianças são altamente estimuladas por experiências visuais e sonoras. Ainda, a geração atual também pode ser incitada por jogos eletrônicos. Dessa forma, algumas práticas são essenciais para aumentar o desempenho dos pequenos no processo de aprendizagem.

A importância de se fazer roda A roda é a situação de comunicação entre todos os alunos da turma e o professor. O momento de realização dela gera grande expectativa nos alunos, já que a própria mobilização de se formar uma roda indica que alguma coisa importante vai acontecer. O professor pode narrar uma história, levantar questionamentos e explorar fatos sobre um determinado assunto, visando sempre proporcionar relações de interação e troca entre as crianças. Em suma, o objetivo principal dessa prática pedagógica é mostrar que podem existir várias perspectivas sobre um único tema em uma situação de coletividade. A roda permite também que o professor observe essas relações e verifique necessidades pontuais da turma. O educador pode chegar a conclusão que é necessário desenvolver mais a capacidade crítica ou amadurecer alguma ideia, por exemplo.

Era uma vez: a literatura na educação infantil Incentivar e desenvolver o hábito da leitura na idade em que todos os costumes estão em processo de formação é fundamental. Nesse processo, a família tem papel importante. Inclusive, o ato de contar uma história antes de dormir, por exemp-


lo, é um processo que aproxima a relação entre pais e filhos. Entretanto, a literatura também se aprende na escola. Os espaços institucionais devem contribuir para o estímulo da leitura e levar em consideração a importância os benefícios dela. A familiaridade precoce com a literatura é fundamental. Além de acrescentar novas palavras ao vocabulário das crianças, elas começam a ter o primeiro contato com a estrutura de início, meio e fim de uma história, o que dá a condição àquela criança de escrever textos mais coesos e coerentes no futuro. Ainda, garante o desenvolvimento da escrita. O contato com os livros, mesmo que somente composto por imagens, tem o poder de “brincar” com as sensações das crianças. O espanto, o medo, a surpresa e outras emoções mexem com o imaginário delas e estimula o processo criativo. Os professores devem selecionar textos pensando no respeito aos alunos e devem sempre ter uma intenção ao trazer um livro para a sala de aula.

pk l lm v


Dessa forma, a narrativa mais utilizada em sala de aula são as fábulas. Contudo, é preciso ter atenção ao realizar a contação de histórias. Os personagens compostos por animais com características incomuns e que passam uma moral ou aprendizado no final da história, atraem a atenção dos meninos e meninas. Contudo, muitos educadores, preocupados em verificar se a ideia foi passada da maneira correta e entendida pelos alunos, acabam antecipando uma explicação dessa moral. É preciso tomar muito cuidado com isso e entender que, apesar de estarem na sala de aula, em um momento coletivo, as crianças são indivíduos que passam por experiências e vivências diferenciadas. Ou seja, a história contada pode ter entendimento diferente entre elas. nessas horas, não existe o “certo” e o “errado”. Além disso, é preciso levar em consideração também a organização dos espaços de leitura. Ter o famoso “cantinho da leitura” que as crianças adoram faz parte do processo de rotina escolar.

Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntas as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes. Rubem Alves A música é uma das linguagens mais antigas já registradas, o estudo da história da música diz muito sobre as características culturais da sociedade. Estamos em contato com os sons quando escutamos os carros na rua, o barulho do vento, os latidos dos cachorros, o toque do celular. Essa presença forte do som estimula a percepção das crianças e podem motivar o processo de aprendizagem das mesmas.


A melodia, assim como a literatura, estimula os sentimentos e sensações nas crianças e também explora o processo criativo nelas. Desenvolve a memória e ativa também o desenvolvimento corporal, noções de ritmo e de pausas. Devido a esses benefícios, é tão importante que seja utilizada a música na Educação Infantil. É recomendado pelo Ministério da Educação que elas sejam de caráter nacional para que os pequenos conheçam a diversidade brasileira, composta por vários instrumentos, para que elas aprendam cada um deles, além dos cantos cívicos, como o hino nacional, da bandeira e do estado. Ainda, na Educação Infantil, jogos musicais devem se tornar uma prática em sala. Eles devem envolver a dança e movimentos que trabalhem todo corpo das crianças.

Pedagogia de projetos Uma das discussões importantes dentro do segmento da Educação Infantil é o trabalho por projetos. Mas, o que é essa prática? A pedagogia de projetos está relacionada ao processo de aprender-fazendo. O aluno aprende produzindo, levantando questionamentos, criando e experimentando situações. Os projetos trabalham com a integração de várias áreas do conhecimentos e diversos suportes, como colagens, computador, livros, personagens e exploram os ambientes da escola, ou seja, as crianças não ficam somente na sala de aula.

Em suma, a pedagogia de projetos é passar um conhecimento ou desenvolver habilidades a partir de personagens fictícios ou de situações simuladas, abusando de momentos lúdicos. É importante ressaltar que sempre deve haver uma intenção e a brincadeira deve ser levada a sério.


CAPITULO 7

CURIOSIDADES


CURIOSIDADES Vamos listar nesta seção algumas curiosidade sobre o universo da educação infantil e vamos oferecer dicas sobre a prática pedagógica na Educação Infantil. As crianças são muito pequenininhas, parece óbvio, mas alguns educadores não se atentam para o tamanho delas. Em relação a isso, os professores devem levar em consideração a disposição da sala de aula. A organização da mesma deve oferecer a possibilidade dos pequenos em alcançarem as coisas. Cartazes, letras, números, colagens, revistas e outros objetos devem estar em altura ideal para que eles alcancem e não no nível dos profissionais. Ainda sobre a sala de aula, se for possível, é importante dispor a sala em “cantos específicos”, o canto da leitura ou o canto do roda, por exemplo. Como já mencionamos, ir para os locais específicos fazem parte do processo de rotina das crianças. Ir para esses espaços geram nelas uma segurança pelo fato de saberem qual atividade será realizada. Pensando que a unidade familiar é bem diversificada nos tempos atuais, muitas escolas deixam de comemorar algumas datas do calendário nacional, como o Dia dos Pais ou o Dia das Mães. Como alternativa e, para que essas datas não passem em branco, algumas instituições optam por comemorar o Dia da Família. Geralmente esse dia ocorre entre os meses maio e agosto.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Estatuto da Criança e do Adolescente Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm. Acessado em 28/09/2016. Lei de Diretrizes de Bases Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm. Acessado em 28/09/2016. Ministério da Educação Disponível em: www.mec.gov.br. Acessado em 28/09/2016. Plano Nacional da Educação. Disponível em: http://pne.mec.gov.br/. Acessado em 28/09/2016. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/rcnei_vol1.pdf. Acessado em 28/09/2016.


Ficha técnica Conteúdo:

Anny Lima Coordenação:

Geisa Andrade Diagramação e Leiaute:

Diego Borges

Idealização e Produção:

Alvim Dias Direção Geral:

Deco Ribeyro e Cibele Andrade


Quer saber mais e ter acesso a um material completo e moderno sobre a Educação infantil? Faça sua inscrição e confira os cursos online de capacitação, atualização e aperfeiçoamento na área. FAÇA SUA INSCRIÇÃO


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.