3 minute read

Grupo de jovens (MUG

Next Article
É fogo

É fogo

Zé de Brito. Uma das pessoas que mais me ajudaram, meu adorado padrinho, homem de bem, fotógrafo, dentista prático e sempre dava uma de mecânico. Tive a honra de conviver também com sua esposa, minha querida madrinha Luzia, mulher que tinha um coração grande e de uma calma para mediar qualquer tipo de problema. Fui criado praticamente na casa deles, onde seu filho Paulo dividia as molecagens e peraltices comigo. Fomos criados juntos. Até nos tornarmos compadres. Uma amizade de irmãos, coisa muito difícil nos dias de hoje.

Para ajudar lá na casa e também na tarefa de educar os meninos, no caso, eu e Paulinho, uma pessoa da família foi, nos anos 60, uma das maiores dançarinas de Catalão. Falo de Rosinha, mais conhecida como Rosinha do Zé de Brito. Outra pessoa a quem devo muito.

Advertisement

José de Britto (sem comentários!).

Nós anos 60 e 70 os melhores bailes da região eram em Goiandira. O clube ficavam lotados. E a velha rivalidade entre os jovens de Catalão e Goiandira imperava. Meu amigo e hoje meu compadre Paulo Antero (Paulinho do Zé de Brito) e eu não conseguimos carona para ir ao baile na cidade vizinha. Então bolamos um plano. Ele teve uma excelente ideia: roubar o jipe do pai dele. Chegamos na residência por volta das 21 horas e o Zé de Brito estava acordado, vendo o programa do Chacrinha. A gente tinha que esperar. Nosso plano de roubar o jipe parecia ter ido por água abaixo. Resolvemos desistir. Mas, o dono do jipe resolveu ir dormir. Então, saímos, pé ante pé, pelo corredor que dava acesso a garagem. Abrimos o portão com muita cautela e empurramos o veículo para o meio da rua e voltamos para fechar o portão. Empurramos o carro até a avenida José Marcelino, o Paulo pulou dentro para funcionar a máquina e eu, correndo atrás. E nada do jipe funcionar! Fomos até no Ribeirão Pirapitinga e o carro não funcionou. E como leva-lo de volta para o lugar dele?! Na época não existia reboque ou outra coisa para fazer o resgate. Frustrado nosso plano, fomos embora. Fui para minha casa e o Paulinho pra dele. No outro dia, domingo nos encontramos e ele me disse: “sabe porque o Jipe não funcionou?! Meu pai desconfiou do nosso plano e retirou a gasolina do tanque! Só isso! Agora, temos que trazer o Jipe de volta.” Adeus baile de Goiandira.

Criamos um grupo de jovens denominado MUG (Movimento Unindo Gente), atendendo ao saudoso Padre João, pároco da recém-criada Paróquia São Francisco. Isso nos meados dos anos sessenta, porque naquele tempo grande quantidade de jovens frequentava as missas aos domingos pela manhã. Um dos primeiros a cantar nas missas foi

o saudoso Mozar Alves. Devido a sua facilidade de comunicar com as pessoas, foi escolhido para ser o líder do grupo. Como ainda não existia outra igreja na paróquia São Francisco, as reuniões e missas eram na Igreja do Rosário. Depois, foi construído o Centro Comunitário onde se encontra a Creche São Francisco e o salão de festas. Essa turma de jovens era composta pelo professor Aníbal, Aurinha, Benedita Adelaide, Walter do Caminhão, João Protético, Zeno Marques e outros, que agora me fogem à memória, porque não existe um registro oficial.

A Igreja Católica, nos anos 60, descobriu que os jovens poderiam prestar serviços nas paróquias; aqui em Catalão, através do Padre João, da comunidade de São Francisco. Ele convocou os jovens da paróquia a uma participação mais atuante na Igreja. Então, no dia 27 de agosto de 1969, na Igreja do Rosário, mais de 50 jovens e adolescentes fundaram o Movimento Unindo Gente (MUG).

Sua primeira diretoria provisória ficou assim constituída:

Presidente: Mozar Alves

1º Vice: professor Aníbal

2º Vice: Heleno Alves

1º Tesoureiro: Nélson Pereira (Nelsão)

This article is from: