JANAINA F BORGES
de
Graduação
de
Graduação
Durante minha graduação em artes visuais na Universidade Estadual de Maringá/PR, descobri muitas possibilidades, coisas e momentos educacionais. O principal ponto das aulas era: colocar em prática o fazer artístico. Ao mesmo tempo em que eu exercia meu lado criativo, eu estava em formação como professora e começando a carreira de pesquisadora em artes. A partir de experimentos práticos nas disciplinas de Desenho, Escultura, Gravura e Pintura pude conhecer a técnica do estêncil, a pintura de mural, a produção de lamb lamb e stickers (adesivos). Atualmente esses suportes perfazem os meus trabalhos intervenções artísticas.
Como por exemplo a marca poética do J cogumelo. Um desenho de cogumelo em formato simbólico de J, elaborado na técnica do Estêncil (uma técnica de pintura e gravura que utiliza o molde vazado para aplicar o desenho em qualquer superfície). A proposta deriva das aulas da disciplina do estágio III não formal, uma turma de idosos da Universidade Aberta a terceira idade (UNATI/UEM). A partir da proposição desenvolvida por colegas em ação do estágio, a sugestão era elaborar um desenho baseado em uma Iluminura levando em conta a primeira letra do seu nome.
Para pintura do trabalho deu se com a tinta de têmpera (tinta a base de clara de ovo e pigmentos usada pelos artistas da época da Iluminura) e, assim eu fiz: um J cogumelos cheio de arabescos e cores a princípio.
Posteriormente, o desenho foi reelaborado levando em conta formas e linhas mais simplificadas para criar um stencil; uma técnica muito difundida na arte urbana. Uma das vertentes artísticas da chamada Street art que ainda tem as colagens do Sticker (adesivo) e Lamb Lamb (cartazes) complementando com as pinturas do Throw up, o Tag, o Grafitti e o Pixo.
Um desenho que veem se repetindo em minhas produções uma espécie de marca individual/própria, tanto que, queria transpô la para os muros espaços urbanos. Expandir o meu gesto artístico para a cidade. Uma linguagem imagética uma palavra desenhada uma fonte diferente uma assinatura. Hoje os desenhos estão por aí, a ermo a deriva são fugazes efêmeros.
Durante o processo de descobertas, identificação imagética, produções poéticas e pesquisas científicas no decorrer do curso de graduação em artes visuais, surgiram outros trabalhos a partir dessa deriva: a montanha é outro exemplar.
Novamente apoiado no Estêncil, na disciplina de Poética Individual produzi outra proposta de intervenção, um mural com figuras de montanha, da qual, para mim significa descobrimento, elevação, subida escada para o céu. O que eleva o meu conhecimento, desperta a minha vontade de intervir em espaço urbano. Um símbolo de vida e percursos; hoje a montanha faz parte da minha paisagem, do meu ambiente, da minha casa me guiam, virou morros tem nomes e as águas atlânticas lhe cercam.
O projeto do mural Montanha consistia em criar uma composição de montanhas, uma repetição sobre a parede. A partir do referencial imagético dos trabalhos da artista plástica Monica Nador, seus grandes painéis de composições elaboradas a partir do estêncil sobre fundo a base de tintas escorridas, e que posteriormente Nador utiliza pinta com o estêncil por cima.
O mural consistia em duas faixas coloridas como fundo base, o abstrato geométrico das cores complementares: verde escuro e vermelho. As cores da composição dos estêncils das montanhas seguiu se pelo azul claro, violeta claro e amarelo sobre o vermelho. Rosa claro, laranja e branco sobre o verde escuro.
Resultando em uma composição unificada. Ao se falar da ação como prática, aconteceu um ato performático: a Performance Hidráulica. No inicio da noite ao finalizar o mural faltando apenas cinco montanhas para estampar o mural, eis que me deparo com um buraco e um cano d’agua caio nele, uma performance, mais algumas horas e cinco montanhas para continuar.
Agora formada e licenciada em artes visuais passo a colocar em prática os meus trabalhos artísticos: levando os para a rua. Há a produção da colagem do sticker (adesivo) e do lamb lambe (cartazes) com meus desenhos pessoais. A proximidade com um amigo artista e suas produções, surge trabalhos em conjunto. Eu com ele e ele comigo. Surge a Crew JARARACA. Nossas saídas artísticas começaram a ser corriqueiras, meus cogumelos começaram a nascer derivar pela cidade. Jararaca Crew nasce desse encontro urbano: uma foto pessoal nossa (janaina e sérgio) de perfil com meio corpo de cobra feito a partir de colagem de revista e tinta sobre papelão, scaneada e trabalhada em programa digital para sua reprodução em xerox suporte de sulfite para o lambe lambe. Elaboramos também duas performances e um site specific.
Na primeira performance: ato de “esconder” nossos rostos com panos vasados após colar um lambão tamanho A1 em um tapume no centro da cidade de Maringá PR. Já no site specific foram xerocadas várias jararacas coloridas para transformar se em um lambão. Desenhando uma cobra maior da qual vagaria pelos tapumes do antigo IML do cemitério municipal da cidade. Acontece um segundo ato performático, novamente os rostos são cobertos corpos rastejam chão .
Houveram outros trabalhos elaborados a partir do contexto da arte urbana: como a identidade visual de uma monografia digital em formato de web documentário, o EIXO CENTRAL. Apresentado no curso de Comunicação e Multimeios na Universidade Estadual de Maringá, cuja temática compreendia: Ocupar espaço público. Devolver ao seu povo a necessidade de dizer. Querer ouvir a evolução do diálogo social. Onde a arte de nossa terra vermelha contesta nossa realidade. Nossa identidade, que se revela na organização. Agora somos vídeo, fotografia em link com a canção. Arte urbana, natureza humana, poesia. O web documentário foi uma iniciativa desenvolvida coletivamente buscando contribuir com o diálogo social na cidade de Maringá/PR. Ampliando a voz das ruas através de uma narrativa não linear dispersa pelo website, entre fotos, vídeos, textos, áudios, ilustrações e animações. um produto cultural que deixa evidente a ligação da natureza com o espaço em que se ocupa. Os eventos principais registrados neste projeto foram os realizados por movimentos populares que ocuparam os espaços públicos da praça Raposo Tavares e da Vila Olímpica, TODOS LOCALIZADOS EM MARINGÁ.
Outra identidade visual elaborada foi para um single (música) de RAP “Sinais em áudio”, composição dos Mc’s Gabriel Pex e GREG Gregory. O Mural seguinte pintado JARARACA ocorreu na 3ª SEMANA HIPHOP sediado na VILA OLIMPICA em Maringá/PR. Consequentemente crio a Identidade Visual em estêncil para um trabalho pessoal, a marca de brincos MORIM MORIM.
Chegando a cidade de Florianópolis jararacas passam a rastejar e cogumelos a derivar por aqui. De imediato surge outra proposta de trabalho mais uma identidade visual, por meio do lambe lambe crio a arte para um web blog, o MÍDIA IN RUA. Após um tempo inativa e dentro de um novo contexto urbano, volto a ser a pesquisadora sobre as experiências, sensibilidades e percepções artístico estéticas. Indago novas reflexões ao longo do espaço tempo; coisas que permeiam a distância entre aquilo que um dia foi vivido e percebido e aquilo que se pode considerar como injunções e desdobramentos, assimilações e ressignificações.
Durante o Mestrado em Artes Visuais na disciplina “Sobre ser professor artista”, ministrada pela professora Dra. Jociele Lampert, do programa de Pós graduação em Artes visuais da Universidade do Estado de Santa Catarina, pude compreender melhor o lugar do professor artista e sobre essa nova identidade adquirida em torno. Foram abordados em sala de aula diversos textos, teorias, questionamentos e reflexões. Como consequência reconheci a trajetória do meu trabalho prático enquanto artista, e em sala de aula como professora considerei pensar esse processo de formação do professor e artista.
Fazendo uma relação sobre a disciplina “ser artista professor”, relato a experiência do trabalho desenvolvido na turma individual do CEEBJA Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos “Prof. Manoel Rodrigues da Silva” na disciplina de estágio IV formal na graduação. O tema da aula proposto por mim consistiu na contextualização histórica do Grafitti apresentando alguns exemplos visuais de trabalhos de artistas como Alex Vallauri e dos meus próprios trabalhos. Nesse momento senti me a professora artista, exercendo as minhas experiências e experimentações, esteticamente singulares nos meus deslocamentos e desdobramentos.
A despeito disso, o autor John Dewey (1859 1952) orientou norteou a disciplina, filósofo e pedagogista norte americano seus estudos eleva a arte como experiência na educação. Outros autores como Joaquim Jesus adotava a aula de arte em aula atelier, a expressão professor/artista e suas derivações, o termo a/r/tography e a importância dos diários de bordo feitos pelo professor para construir narrativas visuais e uma prática docente, partindo da prática artística. Alguns teóricos como Brumer e Sandra Rey nos ajudam a pensar sobre as pesquisas em arte. Para o artista Joseph Beuys (1921 1986) a educação é uma forma de arte. Muitos artistas foram professores: Richard Hamilton (1962 2011); Elliot Eisner (1933 2014); Joseph Beuys (1921 1986); Anselm Kiefer (1945 ); Allow Kaprow (1927 2006); John Baldacchino; Maxine Greene (1917 2014); John Cage (1912 1992); Fayga Ostrower (1920 2001); Iberê Camargo (1914 1994); entre outros.
Aulas temáticas foram oferecidas no decorrer da disciplina como a do professor Drº. Marcus Vinícius da Cunha (USP) sobre John Dewey: Educação como Arte. Nesta aula aberta o professor discorreu sobre pensamento reflexivo e trabalho docente. Além dos temas de “comunicação como arte” e “professor como artista”. Outro minicurso ofertado ocorreu com o professor Drº. Jose Carlos Franscisco Pereira (Lisboa, Portugal) sobre Estética, a arte e a experiência estética: produção, recepção, compreensão e significação. Todas as aulas dos minicursos foram de suma importância para conhecimento e desenvolvimento da prática artística enquanto professor, exercendo na maioria das vezes em sala de aula, o experimentar do fazer artístico.
A teoria observada e praticada nas aulas, partiu da tese de doutorado da professora Jociele, pois ela apresentou seus trabalhos visuais como instrumento conteúdos para exemplos de aulas que abordavam a proposta da arte como experiência. As atividades práticas abarcavam referências com experimentos de atividades de professores artistas, como a técnica da transferência, monotipia, desenho com lupa, cartografia e a colagem.
Nesse sentido, propus a investigar me, conhecer me e mapear me com base nos estudos, compreendendo essa dupla identidade assumida do professor artista. Sendo assim, este trabalho revista apresenta muito mais questionamentos, caminhos e metamorfoses em processo, do que certezas, resultados e conclusões.
Não houve conexão alguma do conteúdo da revista com minha pesquisa de dissertação, pois ainda não há pesquisa, não há mais projeto de pesquisa ele foi totalmente alterado por algum outro objeto que ainda não descobri (até então). A prática da cartografia, para mim, foi insociável e algo custoso a se fazer, muitas perguntas dúvidas surgiaram ao longo do caminho processo. A autora Suely Rolnik com seus textos, me auxiliou nesta etapa. O texto “cartografia ou de como pensar o corpo vibrátil” (1989) me ajudou a reelaborar uma cartografia a partir do meu próprio corpo, descobrindo matérias de expressão misturadas a outras matérias essas que estão por toda a parte, seja mergulhando nos afetos que ao mesmo tempo inventa ponte para novas linguagens ou nas novas formas de história, participando, embarcando e constituindo territórios de existências e realidade. É preciso deixar o corpo vibrar em todas as frequências de sons, canais de passagem sem seguir protocolos pré existentes, assim dizendo, é deixar se seguir pela sensibilidade, colocando se a acolher o caráter finito e limitado de todo o processo de produção da realidade, é ser hibrido, é estar atento a delicadeza para com a vida que varia/muda em função da singularidade de cada situação.
Digo, meu corpo é vibrátil e está fazendo sua própria cartografia.
ALMEIDA, Célia Maria de Castro. Ser Artista, ser Professor: razões e paixões do ofício. São Paulo: Editora UNESP, 2009.
CUNHA, Marcus Vinicius. John Dewey: uma filosofia para educadores em sala de aula. Petrópolis: Vozes, 1994.
CUNHA, Marcus Vinicius. John Dewey: a utopia democrática. Rio de Janeiro: DP&A, 2001.
DEWEY, John. Arte como experiência. São Paulo: Martins Fontes,2010.
DUVE, Thierry. Fazendo escola (ou refazendo a?). Chapecó: Editora Argos, 2012.
JESUS, Joaquim Alberto Luz. (IN)VISIBILIDADES: Um estudo sobre o devir do professor artista no ensino em artes visuais. Tese de doutoramento em educação artística. Faculdade de Belas Artes, Universidade do Porto, 2013.
LAMPERT, Jociele. Digressions on art education in the teaching of painting in the studio: diary of teacher and artist. Research developed as a visiting professor in Teachers College/Columbia University. New York, EUA, 2013.
PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia; ESCÓSSIA, Liliana da (orgs.) Pistas do Método da Cartografia. SP: Editora Sulina, 2009.
ROLNIK, Suely. CARTOGRAFIA ou de como pensar com o corpo vibrátil. In: Cartografia Sentimental, Transformações contemporâneas do desejo. Editora Liberdade, São Paulo, 1989.
Sullivan, G. Creativity as Research Practice in the Visual Arts. In L. Bresler (Ed.) International Handbook of Research on Arts Education, Part 2, (pp.1181 1194). Dordrecht, The Netherlands: Springer, 2007.
Sullivan, G. Art Practice as research: inquiry in the visual arts. California: Sage Publications, 2005.
montanha Partindo da primeira ação poética com o Estêncil J produzi uma continuação à essa ação. Crio um mural programado em uma caixa d’agua dentro da universidade estadual de Maringá. Novamente com o uso do Estêncil desenho uma montanha, a figura me soa como descobrimento, elevação, configurando como uma escada, que me impulsiona para o céu, elevando meu conhecimento e despertando a minha vontade de intervir em espaço urbano. Um símbolo de vida e percursos. Hoje, morando na ilha de Florianópolis, as montanhas fazem parte do meu cotidiano, da minha paisagem elas me guiam. Os morros por aqui possuem nomes: por exemplo tem o morro do badejo, da cruz, do pelado, entre outros.
O projeto Mural Montanha proposto é uma composição de figuras da montanhas se repetindo sobre um fundo colorido. Como referência visual utilizei os trabalhos da artista plástica Monica Nador, da qual, a artista elabora grandes painéis a partir do estêncil.
O mural consistia em duas faixas coloridas como fundo base, o abstrato geométrico das cores complementares: verde escuro e vermelho. As cores da composição dos estêncils das montanhas seguiu se pelo azul claro, violeta claro e amarelo sobre o vermelho. Rosa claro, laranja e branco sobre o verde escuro. Resultando em uma composição unificada. Ao se falar da ação como prática, aconteceu um ato performático: a Performance Hidráulica. No inicio da noite ao finalizar o mural faltando apenas cinco montanhas para estampar o mural, eis que me deparo com um buraco e um cano d’agua caio nele, uma performance, mais algumas horas e cinco montanhas para continuar. O mural consistia em duas faixas coloridas como fundo base, o abstrato geométrico das cores complementares: verde escuro e vermelho. As cores da composição dos estêncils das montanhas seguiu se pelo azul claro, violeta claro e amarelo sobre o vermelho. Rosa claro, laranja e branco sobre o verde escuro. Resultando em uma composição unificada. Ao se falar da ação como prática, aconteceu um ato performático: a Performance Hidráulica. No inicio da noite ao finalizar o mural faltando apenas cinco montanhas para estampar o mural, eis que me deparo com um buraco e um cano d’agua caio nele, uma performance, mais algumas horas e cinco montanhas para continuar.
Stencil Art é uma linguagem plástica da arte contemporânea. Como referência imagética apresento o artista Alex Vallauri (1949 1987) gravador, desenhista, cenógrafo e grafiteiro. Em 1965 Vallauri decide vir da cidade de Asmara estado de Eritréia Etiópia para a cidade de Santos São Paulo onde se estabelece, e que, mas tarde muda se para a capital paulista. Pioneiro do Stencil e do Grafitti no Brasil. No ano de 1971 forma se em comunicação visual pela Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), logo torna se professor de desenho de observação e livre expressão da mesma instituição. Especializa se em litografia no Litho Art Center de Estocolomo, Suécia, em 1975. Sua primeira premiação foi no Salão de Arte Jovem em 1968 na cidade de Santos com trabalho de xilogravura.
Em 1970 expõe individualmente na Associação Amigos do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Desenvolveu uma linguagem gráfica a partir da gravura com a xilogravura em grande formato, e que acabavam ganhando o espaço público, como por exemplo a obra Boca com Alfinete (1973) com teor político.
Vallauri trabalha com a figuração de objetos e do corpo humano ou fragmentos dele, sendo alguns dos temas privilegiados dessas intervenções (ARQUIVO 30ª BIENAL, 2013).
Quando retorna ao Brasil em 1978, trabalha com grafites e stencils em São Paulo. Em Nova York o artista cursou artes gráficas no Pratt Institute, entre 1982 e 1983. Participa das Bienais Internacional de São Paulo na 11º em 1971 (como convidado), 14ª em 1977, 16º em 1981 e a 18º em 1985. (ITAU CULTURAL, online).
Em 1985 apresenta à série A Rainha do Frango Assado, tema de instalação neste último evento e em 1988 sua obra é tema da retrospectiva Viva Vallauri, realizada no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo. Uma série cujo título era Festa na Casa da Rainha do Frango Assado onde o artista reuniu seus grafittis com os quais vinha trabalhando junto com objetos simulando os ambientes de uma casa habitual consumidora dentro da nossa sociedade de consumo. Operando a partir de uma sociedade de caráter descartável na modernidade.
A proposta de Vallauri foi reunir seus trabalhos em grafittis que estavam fragmentados pela cidade em uma grande festa. (ARQUIVO 30ª BIENAL, 2013).
Apesar da vida curta, com uma morte precoce aos 37 anos, Vallauri é um dos expoentes da chamada Geração 80 ficou conhecido como o precursor do graffiti no Brasil. Com o lema da arte urbana, Valllauri, em suas palavras: "Enfeitar a cidade, transformar o urbano com uma arte viva, popular, de que as pessoas participem, acrescentado ou tirando detalhes da imagem...essa é a minha intenção." Em relação a sua atividade como artista urbano, costumava dizer que "poderia ser chamada de desempenho anônimo", uma vez que "o público só vê as marcas que ficam nos muros". (ARQUIVO 30ª BIENAL, 2013).
FONTE: ARQUIVO 30ª BIENAL, http://www.bienal.org.br/post.php?i= 335.
ITAÚ CULTURAL, http://enciclopedia.itaucultural.org .br/pessoa9831/alex vallauri.
Mônica Nador (1955) artista contemporânea que se destaca com seu trabalho coletivo, tendo como mote poético a inclusão, a diversidade e a humanização. Seu trabalho opera de forma itinerante circulando pelas periferias dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Em conjunto com os moradores das comunidades é que se compõem os coletivos de arte, no qual o estêncil é a técnica utilizada para criação dos murais pintados. Os desenhos estêncils elaborados no coletivo, são mediados pela artista. Nesse intercâmbio de trocas e vivências, Nador começa a estabelecer vínculos afetivos com as pessoas da comunidade, em prol da socialização da arte. Em meados dos anos 1990, a artista se volta para a produção de grandes pinturas de murais realizadas em comunidades carentes, lugar onde passa a residir. Desenvolve pinturas em fachadas de residências em conjunto com os moradores locais. Integrando e democratizando o acesso a arte, a partir da confecção de motivos decorativos
relacionados aos elementos do cotidianos e simbólicos da vida dessas pessoas. Monica mobiliza e motiva parte da população, partindo da transformação da realidade do lugar, e explorando o potencial transformador da arte. Como por exemplo, no projeto Paredes Pinturas, realizado na cidade de São José dos Campos/SP. O projeto Paredes Pinturas acaba derivando a sua dissertação homônima na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA USP), sob a orientação da artista professora Regina Silveira (1939 ). + Jardim Miriam
Arte Clube (JAMAC) é uma associação sem fins lucrativos, formada por artistas e moradores do bairro Jardim Miriam, zona sul de São Paulo. A associação foi fundada em 2004 e surgiu a partir do projeto Paredes Pinturas, desenvolvido pela artista Mônica Nador.
Fonte: ITAU CULTURAL, https://enciclopedia itaucultural .org.br/pessoa8539/monica nador
O projeto O Adolescente e a Cultura foi elaborado pelo Instituto Tomie Ohtake para moradores da periferia de São Paulo ou de abrigos da cidade de São Paulo/SP, com pouco ou nenhum acesso à arte institucional. Por meio do uso das linguagens audiovisual, dança e artes visuais o projeto Adolescente e Cultura, tem o objetivo de promover um debate sobre o direito à cidade e acesso à cultura, além de estimular os jovens a circular por espaços urbanos. Em julho de 2015, como fechamento do projeto realizado houve uma Ação Educativa proposto pelo Instituto Tomie Ohtake, foram realizadas intervenções em três regiões da cidade de São Paulo (Sul, Leste e Norte). O projeto contou com a idealização de um seminário com a presença de jovens participantes com a orientação de três convidados: um rapper, um coletivo de grafiteiros e o artista Mauro Neri. Previamente foram realizados encontros que discutiram as questões territoriais (conceitos de centro e periferia), divisão de
grupos e levantamento de possibilidades de intervenções em cada bairro. Na data da ação os jovens se encontraram com seus convidados/orientadores, para que os acompanhassem no processo da realização das intervenções nos bairros escolhidos da cidade de São Paulo.
FONTE: INSTITUTO TOMIE OHTAKE, http://www.institutotomieohtake.o rg.br/cultura_participacao/intern a/o adolescente e a cultura