Edição 2 - 2013
Jornal Cariúnas Editorial Foi lançada a 2ª edição do Jornal Cariúnas, este é mais um fruto da parceria entre a ONG e a Universidade Fumec. Nesta edição, pode-se ver que diversos projetos que antes estavam somente no papel se tornaram realidade. Como, por exemplo, o lançamento do CD da Banda Cariúnas, uma conquista para a ONG e seus integrantes. Além disso, é notável o sucesso do programa “Visitas Monitoradas”, em que o trabalho da ONG é apresentado para alunos de escolas da região, com o objetivo de incentivá-los a participarem do projeto. A proposta pedagógica do Cariúnas ainda é a mesma e vem trazendo resultados. Atender crianças e adolescentes de 6 a 18 anos, educando-os integralmente, e propiciando uma oportunidade de mudar sua perspectiva de vida. Oferecendo-lhes condições de descobrir seu potencial, não apenas artístico, mas como seres humanos integrados à sociedade. A instituição visa também sua profissionalização no mercado de trabalho das artes.
Arquivo Cariúnas
Expediente Fumec Reitoria da Fumec
Reitor: Prof. Dr. Eduardo M. de Lima Vice-reitora: Profª. Guadalupe Machado Dias
Como vive o Cariúnas?
Um projeto como o Cariúnas não visa nenhum tipo de lucro com suas atividades e fornece tudo sem nenhum custo para seus Pró-Reitora: Astréia Soares Batista Coordenação: Flávio Lucio N. Lima estudantes. Isso só é possível graças à ajuda Extensão FCH: Divina S. Vivas Lara de colaboradores e do Estado. Além de verba obtida por meio de projetos apresentados Faculdade de Ciências Humanas à Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, Diretor-Geral: por exemplo, o Cariúnas sobrevive por meio Prof. Antônio Marcos Nohmi Diretor de Ensino: da doação de pessoas físicas que queiram Prof. João Batista de M. Filho se associar e por patrocínios de empresas. Diretor AdministrativoFinanceiro: Prof. Fernando M. Nogueira Braço direito da idealizadora do projeCoordenador do Curso de to, Tânia Cançado, a responsável pelas Jornalismo: Prof. Ismar Madeira áreas de recursos humanos, financeiro e Projeto Cariúnas documental do Cariúnas, Fátima GonIdealizadora: çalves diz que a maior parceria atual do Tânia Mara Lopes Cançado programa é a Fiemg, que garante cerca de Jornal Cariúnas 70% das despesas de manutenção. EvenEditora: Profª. Vanessa Carvalho Projeto Gráfico: tos também são organizados para fechar Prof. Aurelio José da Silva as contas no final do mês. Com o surgiApuração e redação: Helena Tonelli Chaves mento de novas propostas, outras empreSarah Borém sas entram em parceria com o Cariúnas. Diagramação: Janderson Silva Apoio Técnico: Atualmente, o projeto recebe o apoio peLuis Filipe P. B. Andrade dagógico da academia Toute Forme, da Tiragem: 500 exemplares Escola de Música da UFMG e da Universidade FUMEC. Entre os parceiros prestadores de serviços, estão a gráfica O Lutador, Setor de Extensão
Curiosidades
o Mesaminas da Fiemg (para alimentação) e o banco de alimentos da Prefeitura. O sistema SESI/Fiemg, o Ministério da Cultura e a Secretaria Estadual da Cultura patrocinam algumas das atividades.
Arquivo Cariúnas
Novidades
Lançamento do CD da Banda Cariúnas Foi lançado o primeiro CD da Banda Cariúnas, que existe há dez anos. Sendo regido pelo Professor Reginaldo Costa, a banda é composta dos músicos Izabelle de Souza, Fernanda Santos, Gabriela Franco, João Gatto, Nayara Cassiano, Pedro Benevides, Israel Coelho (Flautas), Pâmela L. Alves, Taynara C. Bita, Marina Soares (Clarinetes), Gabrielle Costa, Pâmela Gonçalves, Davidson Silva (Sax-altos), Pedro W. de Araújo e Anderson Costa (Sax tenor), Davi Knispel (Contrabaixo e Cavaquinho), Reginaldo Costa e Lucas M. Xavier (Violões), Santiago Vasconcelos (Piano), Camila E. Darc (Bateria), João P. Barbosa e Luiz H. Oliveira (Percussão). O CD é uma releitura de músicas significativas para os integrantes do grupo, a partir de sugestões feitas pelos alunos e também pelo professor Reginaldo. O arranjo foi construído em conjunto considerando a habilidade de cada músico para que houvesse a inclusão de todos. Dentre as músicas escolhidas estão: “Eu sei que vou te amar”, “Billie Jean” do Michael Jackson e outros clássicos como “A Pantera Cor-de-Rosa” e “Missão Impossível”. O CD está à venda, com o preço de 10,00 reais, no site do Cariúnas (www.cariunas.org. br) e na própria ONG Cariúnas (Rua Luiz de Mello Mattos, 175 – Planalto. Fone 34943085).
Capa do CD da Banda Cariúnas
Colaboração
Do Cariúnas para a cidade
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Em parceria com a Escola de Música da UFMG, foi desenvolvido um programa no Cariúnas chamado “Visitas monitoradas”, em escolas municipais da região norte de Belo Horizonte que levam seus alunos, entre 8 e 13 anos, para conhecer o projeto. As visitas acontecem uma vez por mês no Cariúnas sempre no horário de 9 às 11 da manhã. Para conseguir agendar esse passeio, as escolas precisam ligar para a UFMG. Dois estagiários da instituição e dois professores da escola acompanham as crianças juntamente com a assistente pedagógica do Cariúnas, Bruna Marchezini, que os orienta. As visitas acontecem em três etapas: na primeira, os alunos chegam e vão para o teatro, ouvem um pouco da história do projeto, como funciona e o que é ensinado. Depois, acontece uma apresentação de um grupo de pop rock do projeto, seguido da Banda Ca-
riúnas. Na segunda parte, os alunos são levados para conhecer a casa do Cariúnas e ver as aulas que estão acontecendo. Para finalizar o encontro, os dois estagiários da UFMG fazem uma atividade musical com os visitantes. Segundo Bruna Marchezini, o objetivo da visita é trazer os alunos das escolas municipais para conhecer o trabalho do Cariúnas e gerar mais interesse na área musical. “A visita monitorada é parte de uma aprendizagem para os alunos que participam, pois, geralmente as escolas que visitam o Cariúnas estão estudando com os alunos alguma matéria relacionada à música. E, para os alunos do Cariúnas, é um crescimento também pois eles adoram apresentar e levam muito a sério quando é dia de visita monitorada todo o processo”, ressaltou Bruna.
Personalidade
Sucesso fruto do projeto Ex-aluna e atual funcionária do Cariúnas conta sua trajetória profissional
Bruna Rodrigues Marchezini tem 21 anos de idade, atua, canta, dança e toca flauta. Mas isso é só o começo. Além disso, ela também trabalha no Cariúnas como assistente pedagógica ajudando na administração, organização de calendários e lida com os professores e monitores do projeto. Ela é responsável pela produção das apresentações dos alunos e faz a mediação entre professores, alunos e a secretaria do Cariúnas. E ainda mais, Bruna ainda atua como professora de teatro e substitui professores de dança quando necessário. Essa versatilidade profissional de Bruna começou há mais de 10 anos, quando ela entrou no Cariúnas pela primeira vez como aluna. Foto: Helena Tonelli Ela conta ter em torno de oito anos quando se matriculou, passou um tempo participando do coral, mas logo saiu, pois o horário das aulas era no período da noite. Pouco tempo depois, quando os horários foram reestruturados, ela retornou ao projeto. Desde o começo, Bruna se interessava por todas as áreas. Aprendeu canto, flauta doce e transversal, balé clássico, teatro e teclado. Com 16 anos, por decisão da família, Bruna teve que sair novamente do projeto para ter tempo de se formar em um curso técnico de gestão de negócios no SENAI. Depois de formada, tanto no curso quanto no ensino médio, Bruna ficou
um tempo trabalhando em diversas áreas diferentes, mas ainda não tinha achado uma profissão que lhe agradasse e que a fizesse feliz de verdade. Um dia, por intermédio da mãe, a idealizadora do projeto Cariúnas, Tânia Cançado, ficou sabendo da disponibilidade e formação da ex-aluna e a
chamou para trabalhar no projeto. Começou trabalhando no almoxarifado e ajudando nas aulas de criação musical, mas logo depois já foi promovida a assistente pedagógica, cargo que ocupa até hoje. Segundo Bruna, ela se sente muito feliz trabalhando no Cariúnas, principalmente por ter crescido dentro dele e ter muitas amizades antigas lá, além de acreditar na importância do projeto. Bruna ainda conta que sua entrada no Cariúnas foi de extrema importância para que se interessasse e entrasse no mundo das artes. O que ela aprendeu no projeto provocou uma mudança de rumo profissional em
sua vida. Hoje ela gosta de poder lidar com os dois lados de sua carreira: o da administração de empresas e artístico. E é essa oportunidade de trabalhar com o campo das artes que o Cariúnas proporciona a seus alunos e é o que Bruna julga ser o fator mais importante do projeto. Além disso, ela percebe que a vida de muitos jovens que passaram pelo projeto mudou para melhor por terem saído das ruas ou, até mesmo, por mudanças em sua personalidade. Quando não no Cariúnas, Bruna trabalha como atriz. Ela recentemente conseguiu tirar um DRT (um atestado de capacitação profissional utilizado na área), para poder trabalhar como profissional do teatro, depois de ter se formado no curso profissionalizante de teatro na PUC. O fato de ter aprendido a cantar e dançar no Cariúnas fez de Bruna uma profissional ainda mais completa. A atriz define que a arte, para ela, é um “encontro com o outro” e se diz muito inquieta e sente necessidade de estar em contato com outras pessoas o tempo todo, coisa que o teatro proporciona. “Quando eu estou no palco, eu me expresso e me liberto totalmente, me sinto muito bem, é o que eu gosto de fazer, faço com amor e prazer e me permite não ficar parada”, completa.
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Fantasia
A Maquiagem de espetáculo A maquiagem é uma parte importante na hora de se apresentar em espetáculos, sejam eles de dança, canto, banda ou teatro. A assistente pedagógica do Cariúnas, Bruna Rodrigues Marchezini, explicou que ela e outros funcionários e professores de dança ajudam os alunos a se maquiarem e, muitas vezes, contam com o auxílio de mães voluntárias. A partir de 11 ou 12 anos, alunos
interessados começam a fazer sua própria maquiagem. Os mais velhos ajudam também maquiando as crianças mais novas, para agilizar o processo. Em eventos maiores, o Cariúnas pode contar com voluntários de fora, especializados em maquiagem. Eles ensinam, para os funcionários do projeto, algumas de suas técnicas para eventos futuros. “A maquiagem de espe-
táculo é muito diferente da maquiagem que se passa para sair, é tudo muito mais forte e carregado, para dar destaque e mais expressão ao rosto do artista, principalmente por estar longe da platéia”, explicou Bruna. A maquiagem é uma parte do figurino para as apresentações, por isso, os alunos gostam de participar dessa “mudança” antes de entrarem no palco.
Foto: Helena Tonelli
Dicas para uma boa maquiagem Passo 1: preparação
Para se fazer uma boa maquiagem, primeiro dese-ve lavar bem o rosto
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Passo 2: o pancake
Depois disso o truque é passar um produto que se chama pancake, uma espécie de pó compacto que se usa com auxílio de água e que segura a maquiagem durante muitas horas, não permitindo que o rosto fique “brilhando” de suor.
Passo 3: os olhos
É onde se passa lápis branco em baixo para abrir o olhar. Depois disso passa-se uma sombra na parte de cima do olho, ou o lápis preto, ambos de uma forma bem carregada e marcante.
Passo 4: bochechas e boca
Outras maquiagens mais especificas tem outros detalhes, como por exemplo fazer certos riscos no rosto para imitar rugas, para parecer mais velho, tudo de acordo com o que o papel do personagem.