Manual de time lapse

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Obra editorial desenvolvida para a disciplina de Trabalho de Diplomação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Orientação: Profª. Dra. Laís Cristina Licheski Copyright © 2013 Clarissa Vieira | Johann Carnasciali | Marina Braholka

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Vieira, Clarissa | Carnasciali, Johann | Braholka, Marina Time Lapse: O Guia Definitivo; Curitiba, Editora Fictícia, 2013 102 pp. Título: Time Lapse: O Guia Definitivo Bibliografia ISBN 85-220-0712-8 1.Livros - Design - Fotografia - Manual I. Título Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Índices para catálogo sistemático: 1. Livros: Design: Criação e produção de livros 686 06-7380. CDD - 686

[2013] Todos os direitos dessa edição reservados à EDITORA FICTÍCIA Av. Sete de Setembro, 3165, Rebouças CEP 80230-901 - Curitiba • PR Telefone [55 41] 3310-4545 www.editoraficticia.com.br


INTRODUÇÃO O Time Lapse é uma vertente da fotografia que une centenas de imagens progressivas em um vídeo, apresentando uma visão super acelerada do que aconteceu em determinado local durante certo tempo. Além de poder transmitir mensagens que uma fotografia singular não conseguiria, há vários métodos para se criar movimentos e efeitos diferentes ao vídeo. No entanto, o custo para se fazer um Time Lapse é maior do que para se clicar uma fotografia comum, pois você teria que comprar equipamentos específicos para realizar movimentos que deixariam seu vídeo mais interessante. Mas será que teria mesmo? Neste manual trazemos ideias para se contornar essa necessidade e deixar seu futuro vídeo mais criativo. Assim, este guia é para todos aqueles interessados por fotografia e que gostariam de aprender mais sobre as possibilidades de se fazer um Time Lapse, lidando com algumas dificuldades e situações novas, mas sem gastar muito dinheiro. Caso não entenda bem como é exatamente alguma das técnicas que são ensinadas aqui, existe um vídeo disponível no endereço https://vimeo.com/71267226 que exemplifica todas elas, feitas cada uma em algum lugar da cidade de Curitiba, no Paraná. São apresentados os conceitos básicos tanto de fotografia quanto de Time Lapse, os equipamentos realmente necessários, como fazer uma pós-produção satisfatória e como utilizar os softwares de edição. Em seguida, demonstramos cinco efeitos diferentes que você pode fazer, cada um com nível diferente de dificuldade. Agora, vire as páginas e se divirta.

Boa leitura!



SUMÁRIO FOTOGRAFIA

TIME LAPSE

11

Introdução

21

Introdução

12

Abertura do diafragma

21

Composição

13

Velocidade do obturador

21

Definições iniciais de intervalo:

14

ISO

15

Compensação por níveis

16

White Balance

22 22 23 23

- Movimento rápido com intervalo lento - Movimento rápido com intervalo rápido - Movimento lento com intervalo rápido - Movimento lento com intervalo lento

16

Composição

24

Tipo de arquivo

17

Foco

25

Flicker

26

Definições:

26 27 27

- Frames per second - Duração total do Time Lapse - Número total de imagens

28

Definições:

28 29 29

- Velocidade do obturador - Abertura do diafragma - ISO


SUMÁRIO Softwares

EQUIPAMENTOS 33

Introdução

39

Introdução

33

Câmera

39

Adobe Photoshop Lightroom

33

Lente

39

LrTimeLapse 2

34

Intervalômetro

40

Softwares substitutos

34

Tripé

35

Filtros

36

Para-sol

36

Imaginação

PÓS-PRODUÇÃO

movimento horizontal artificial

43

Introdução

43

Instalação dos templates e video presets

61

Introdução

44

Etapas:

63

Captura de imagens

44 44 47 51 53 55 57

- Etapa 1 - Etapa 2 - Etapa 3 - Etapa 4 - Etapa 5 - Etapa 6 - Etapa 7

63

Pós-produção

64 Etapas: 64 64 66 66

- Etapa 3 - Etapa 4 - Etapa 5 - Etapa 6


SUMÁRIO zoom artificial

Mudança brusca de iluminação

69

Introdução

71

Captura de imagens

79

Introdução

72

Pós-produção

79

Captura de imagens:

72

Etapas:

72 73 74 76

- Etapa 3 - Etapa 4 - Etapa 5 - Etapa 6

80 81

- Modo manual - Modo automático

81

Pós-produção

82

Etapas:

82 82 83

- Etapa 4 - Etapa 5 - Etapa 6

Movimento circular

movimento retilíneo

87

Introdução

97

Introdução

91

Captura de imagens

98

Captura de imagens

92

Pós-produção

98

Pós-produção

92

Etapas:

99 Etapas:

92 93 94 94 94 94

- Etapa 1 - Etapa 2 - Etapa 3 - Etapa 4 - Etapa 5 - Etapa 6

99 99 99

- Etapa 3 - Etapa 4 - Etapa 5





Antes de começar a fotografar é bastante recomendável que você adquira algum conhecimento sobre fotografia. Saber como utilizar as configurações da câmera e ter em mente algumas dicas para conseguir uma boa composição é o que garante a satisfação de olhar para a foto e dizer “puxa, ficou boa!” Simplificando o funcionamento de uma câmera digital, é assim que acontece quando você bate uma foto: a luz entra pela lente, vai para o corpo da câmera e é registrada pelo sensor de luminosidade (esse sensor é o substituto do filme das câmeras analógicas). Chegando ao sensor, a luz é transformada em dados registrados (que nada mais é que a imagem da foto). Dentro das configurações da câmera, listamos alguns pontos importantes que você deve entender:

FOTOMETRIA (foto = luz e metria = medida) A fotometria tem a função de medir a intensidade da luz que chega ao sensor da câmera. Assim sendo, quando há muita luz a foto pode estourar em branco e quando falta luz a foto pode ficar escura. Foto estourada em branco

Foto escura por falta de luz Para que suas fotos fiquem com uma iluminação legal, as câmeras DSLR possuem três controles principais que podem ser alterados individualmente ou em conjunto, dependendo do efeito que você quer transmitir. São eles (daqui a pouco explicaremos cada um): Abertura do diafragma; Velocidade do obturador; ISO. Com essas três funções é possível compensar a luz, diminuindo ou aumentando a quantidade dela que atinge o sensor. E isso é a chave para uma boa fotografia.

11 FOTOGRAFIA


Para saber a intensidade da luz há um mecanismo chamado “fotômetro”, embutido no visor da câmera. Para vê-lo é só dar um leve clique no gatilho da câmera. O fotômetro possui um indicador. Quando este estiver no zero quer dizer que a câmera está tomando as configurações atuais do ambiente como tendo luminosidade perfeita.

POUCA LUZ

MUITA LUZ

LUZ SUFICIENTE Mas isso também depende de quem fotografa e do que fotografa, pois, às vezes, uma iluminação diferente da indicada pelo fotômetro pode trazer um resultado melhor.

ABERTURA DO DIAFRAGMA O diafragma é um componente localizado na lente, então ele é o primeiro fator a alterar a luminosidade. Normalmente é circular e abre e fecha, deixando uma fresta maior ou menor para a luz passar e entrar no corpo da câmera. Quanto maior a abertura, mais luz entra e vice-versa. A abertura é medida com um valor chamado f-stop. Os valores são inversamente proporcionais às aberturas. Então, quanto maior o f-stop, menor a abertura. (Sendo assim, entra mais luz num f/2 que num 1/16). Além disso tudo, a abertura do diafragma também influencia na distância focal, que por sua vez influencia na profundidade de campo (ou “pdc”). É ela quem define o que vai ficar focado ou não. A pdc funciona assim: se ela estiver alta, a cena toda ficará focada, mas se estiver baixa vai focalizar apenas um plano (seja ele o primeiro plano ou plano de fundo). A questão é que baixa profundidade de campo resulta em apenas uma parte da cena em relevância.

P.S.: quanto maior a abertura do diafragma, menor a profundidade de campo (e vice-versa).

12 FOTOGRAFIA


abertura grande = foto clara abertura pequena = foto escura po

xa

ai

B

of

pr

a

id

d un

de

de

m ca

VELOCIDADE DO OBTURADOR O obturador é o segundo fator a alterar a luminosidade. Ele fica no corpo da câmera, logo depois do local onde você encaixa a lente. Possui duas cortinas que abrem e fecham, permitindo ou barrando completamente a passagem da luz. Ele se abre, fica aberto por um tempinho para que a luz entre em contato com o sensor e então se fecha (esse tempinho é a velocidade). Quanto mais tempo o obturador ficar aberto, mais clara será a imagem. A velocidade é medida em segundos (ou em frações de segundo). Logo, quanto mais rápida for a velocidade, mais escura a foto ficará.

Exemplo:

1/60s deixa a foto mais escura que 1/4s.

Além disso, é a velocidade do obturador que define se a imagem ficará perfeitamente congelada ou se ficará borrada (este borrão é o blur). O blur acontece porque enquanto a luz está em contato com o sensor, tudo que se passa na cena está sendo registrado pela câmera. Então, se durante esse tempo algo se mover diante do equipamento, a luz disso será registrada tanto no começo quanto no fim (e aí aparece o tal borrão). Quanto mais lenta a velocidade, mais blur. Então, utilizando velocidades de 1/30s para baixo (1/4s, 1s, 2s, etc) torna-se necessário que você prenda a câmera no tripé, porque qualquer tremorzinho da sua mão vai causar blur na foto toda. Temos também o caso contrário do blur, que é o congelamento total da imagem. O congelamento deixa o que está em movimento na imagem completamente estático. Para isso, são usadas velocidades muito altas, para que a exposição do sensor à luz só dê tempo de registrar um instante do movimento.

NOTA DOS AUTORES: o blur muitas vezes é nosso aliado! Ele pode ser usado como uma indicação de movimento, o que dá um excelente dinamismo à composição.

13 FOTOGRAFIA


o

ent

ovim mm e s soa (blur) Pes

ISO O ISO está presente no sensor de luminosidade, então é o terceiro controle principal que altera a luz. Geralmente você pode alterá-lo a partir do menu da câmera e como consequência ele vai alterar a sensibilidade do sensor à luz. Quanto maior o ISO, maior a sensibilidade, e quanto mais sensível o sensor estiver, mais clara a imagem ficará. Quanto maior o ISO maior também será a granulação da imagem e mais baixa será a nitidez geral. Quando a nitidez é a prioridade da foto, são fixados valores baixos pro ISO, e isso apenas é alterado quando as medidas de velocidade/abertura não atingem a iluminação adequada. Então, mexer no ISO para mudar a iluminação é quase um “plano B”, quando o resto não da certo. Aumenta-se um pouco a sensibilidade para que a velocidade/abertura não precisem ser alteradas.

NOTA DOS AUTORES: o granulado também pode ser nosso aliado! Ele pode ser usado de forma artística.

Imagem granulada

14 FOTOGRAFIA


COMPENSAÇÃO POR NÍVEIS Para se atingir a iluminação desejada a velocidade do obturador, a abertura do diafragma e o ISO devem ser manipulados um em relação ao outro. Você pode definir um deles como prioridade e deixá-lo em modo automático, enquanto os outros dois valores vão se alterando automaticamente. No entanto, recomenda-se utilizar somente o modo manual para as três funções, assim você terá um controle maior sobre a composição. Para entender certinho como funciona a medição da luz, pense nela dividida por níveis: cada valor alterado (seja velocidade, abertura ou ISO) altera a luz em um nível para cima ou para baixo. Cada nível vale metade ou o dobro do nível anterior.

VELOCIDADE (SEGUNDOS)

1 NÍVEL (STOP) LENTO (BLUR)

1/15 1/30

1/60

1/125 1/250

RÁPIDO (CONGELAMENTO)

ABERTURA (F-STOP)

TOP) 1 NÍVEL (S PEQUENA

f8

f11

f16

f22 f32

GRANDE

ISO

1 NÍVEL LENTO

50

100 200

400

800

RÁPIDO

15 FOTOGRAFIA


Exemplo:

Diminuindo a abertura de f/4 para f/5.6 (que é a próxima disponível), abaixa-se um nível, diminuindo também a luminosidade que chega ao sensor pela metade. Isso tudo permite a mesma iluminação com diferentes valores, o que é bom quando se deseja um efeito extra na cena, como o blur. Pode acontecer de a iluminação inicial em determinada medida estar perfeita, mas a velocidade estar muito rápida, o que deixa a composição congelada. Para resolver isso, diminui-se a velocidade em três valores, por exemplo, de uma velocidade inicial de 1/250s para 1/30s. Como é de se esperar, o fotômetro subirá três níveis, deixando as imagens muito claras. Como antes a velocidade estava adequada, basta compensar os outros dois fatores para retirar estes três níveis a mais. (pode diminuir três valores do ISO ou três da abertura, ou dois da abertura e um do ISO e assim vai). Com a variação estando +3 níveis para a velocidade e -3 níveis para ISO/abertura, o fotômetro volta a marcar 0, mas agora as imagens terão o blur.

P.S.: Nesse exemplo foi usada a velocidade como fator principal, mas você pode utilizar qualquer um dos três, depende do efeito que você quer.

WHITE BALANCE Cada tipo de luz tem uma temperatura diferente; pode ser fluorescente, incandescente, luz solar... A gente não percebe isso, mas a câmera percebe. Então, se você esquecer o White Balance pode acontecer da sua imagem com fotometria perfeita ficar completamente azulada no fim das contas. No menu da sua câmera há a opção White Balance, que serve exatamente pra isso: compensar a temperatura da fonte de luz. A máquina calcula essa opção pela cor branca (daí vem o nome da função) e a partir deste cálculo todas as outras cores são alteradas na mesma medida. Ainda bem que a câmera já oferece opções para a maioria dos casos, como Sunny (ensolarado), Cloudy (nublado), Fluorescent (fluorescente), Incandescent (incandescente), Shade (sombra), entre outras. Como já estamos acostumados a recomendar, utilize essa função no manual também, para uma maior liberdade.

COMPOSIÇÃO Geralmente, para se obter um bom resultado fotográfico, usa-se a regra dos terços, que divide a imagem em nove partes iguais e colocando o elemento principal da imagem em uma interseção dessas partes, deslocando-a do centro. Quanto à profundidade de campo, você pode fazer um jogo de cena com o primeiro plano (o mais próximo do fotógrafo) e o plano de fundo (que tende ao infinito). Você pode dar relevância aos dois ou a apenas um, a partir de uma pdc baixa.

16 FOTOGRAFIA


9 RETÂNGULOS IGUAIS

PONTO DE INTERSECÇÃO Pode-se utilizar também o jogo de contraste, o que traz um impacto à imagem, já que há uma forte diferença de iluminação entre uma parte e outra da foto. O contraste é o motivo de várias fotos serem preto-e-branco ao invés de coloridas. Ele pode ser alcançado alterando a indicação de luminosidade perfeita do fotômetro.

FOCO O foco define o que será focalizado na imagem, dando mais importância ao que está focado do que está desfocado (tendo em mente que se está desfocado você não entende o que é e, portanto não dá importância). O foco varia de acordo com a abertura do diafragma e da lente, além da opção “foco automático” da câmera. Mas recomenda-se utilizar o foco na função manual, pois há a triste possibilidade da câmera optar por focalizar um elemento próximo da lente que não seja relevante, desfocando todo o resto da imagem e comprometendo-a.

17 FOTOGRAFIA





Depois de todo o conteúdo sobre fotografia você precisará ler um pouco sobre o Time Lapse em si, porque há uma série informações adicionais que você tem que saber para que o seu futuro vídeo fique correto.

COMPOSIÇÃO Antes de tudo você deverá encontrar uma boa cena para ser capturada. O movimento do ambiente é o que torna um Time Lapse interessante, então fotografar um lugar completamente parado (sem nuvens ou pessoas) vai tornar a sequência bem monótona. Aqui vão algumas dicas para uma boa composição: Tente imaginar a cena que você está fotografando de forma acelerada. Ficou legal? Ótimo, é disso que você precisa. Se houver sombras, reflexos ou outros movimentos secundários será melhor ainda. A direção do fluxo do movimento também é importante, então se for necessário mudar o local para onde você apontou a câmera, faça isso sem medo de ser feliz. Na cena fotografada acontecem mil coisas ao mesmo tempo? Então você deverá analisar quanto tempo o seu Time Lapse (ou a sequência) terá para que o espectador entenda tudo que se passa. Qual é o movimento de câmera que você quer? Estático, horizontal, circular? Decida isso e a partir deles determine o que vai aparecer e deixar de aparecer conforme você desloque a câmera, sempre seguindo o fluxo da cena.

Exemplo: você escolheu um movimento horizontal que vai da esquerda pra direita. Neste caso, o movimento das nuvens fica melhor seguindo esse movimento ou indo contra ele? Se você ficar na dúvida do que fazer, tire algumas imagens (umas 10) antes de começar a fotografar em definitivo e então passe-as rapidamente no visor da câmera, pra ter uma ideia de como vai ficar.

DEFINIÇÕES INICIAIS DE INTERVALO Um Time Lapse nada mais é que centenas de imagens sobre uma paisagem, com pequenas variações sucessivas e que após serem colocadas em uma sequencia viram um vídeo. Assim sendo, todo movimento capturado será percebido, mesmo aquele que ninguém dá bola porque é muito lendo (como o movimento do sol). Porém, para o tal movimento ser percebido são colocados intervalos de tempo entre uma imagem e outra, assim a imagem fica visivelmente alterada.

Exemplo:

A câmera vai tirar uma foto, esperar alguns segundos e então vai tirar outra foto. Esse processo se repetirá por algum tempo. Este tempo é definido pelo intervalômetro, um equipamento sobre o qual você pode ler mais no capítulo Equipamentos.

21 TIME LAPSE


Logicamente, quem determina o intervalo conveniente é a cena, se ela for lenta o intervalo deve ser maior, se for rápida o intervalo de tempo diminui. Abaixo temos as situações de movimento e intervalos:

Movimento rápido com intervalo lento

Se o intervalo de tempo é grande e a cena fotografada tem movimentos rápidos, é possível que boa parte desse movimento não seja clicado. Enquadramento da câmera

Exemplo: aparece um alce correndo enquanto você fotografa. Se na foto 1 o alce foi clicado e o intervalo de tempo entre a foto 1 e a foto 2 é de bem longo, provavelmente na foto 2 o alce já vai ter corrido para longe da cena e, portanto, não aparecerá. No vídeo teremos a impressão de que o animal simplesmente sumiu. Movimento do alce

Movimento rápido com intervalo rápido

Se o intervalo de tempo é curto e a cena fotografada tem movimentos rápidos, então tá tudo certo porque a câmera conseguirá clicar os movimentos.

Desse jeito, dá tempo de ver todo o percurso do animal antes dele sair inteiro da cena

Exemplo: no caso do alce correndo, ele foi clicada na foto 1, certo? O tempo de espera entre a foto 1 e a foto 2 é pequeno, o que permitirá que o bicho corra mas ainda terá tempo para aparecer em ambas as fotos.

22 TIME LAPSE


Movimento lento intervalo rápido

Se o intervalo de tempo é curto e a cena é lenta, a câmera tirará mil fotos absolutamente iguais a olho nu, pois o movimento na sequencia acontece lentamente.

Exemplo: Se imagine fotografando o desabrochar de uma flor com intervalo de 1 segundo entre cada foto. A flor leva 3 dias pra desabrochar. Agora se imagine vendo as 200 primeiras fotos que você tirou dessa sequencia. Pois é.

CLICK! CLICK! CLICK! Movimento lento com intervalo lento Se o movimento é lento, recomenda-se um intervalo de tempo longo entre uma foto e outra, já que as chances de perder alguma movimentação é baixa. Configure a câmera deste modo e a sua sequência final não terá centenas de imagens inúteis, ou seja, mostrará só o que é interessante.

Exemplo: uma preguiça leva 20 horas para ir de um lugar para outro. Então não se preocupe em perder este momento precioso, pois ele demorará a acontecer. Logo, configure sua câmera para que ela tire fotos com intervalo longo, assim você apenas verá o que for interessante. Em casos assim não siga seu instinto para definir o intervalo. É melhor que você observe antes quanto tempo a preguiça leva para andar de um ponto a outro. Só depois disso tire as fotos. Sabendo o tempo total que um movimento leva é só dividi-lo (em segundos, hein!) pelo número de fotos que a sequencia terá e assim você conseguirá um bom intervalo.

CLICK.. . . . . . . . . . . . . . . . . .CLICK!

Abaixo há uma tabelinha com valores aproximados do intervalo de tempo que você pode usar em determinadas ocasiões. Você pode tomá-los como base caso não tenha muita certeza.

23 TIME LAPSE


Movimento

Tempo do intervalo (em segundos)

Pessoas andando

1-3

Pessoas correndo

1

Carros

1-3

Nuvens lentas

2-5

Nuvens rápidas

1-3

Pôr/nascer do Sol sem nuvens

10-25

Desabrochamento de flor

90-120

TIPO DE ARQUIVO As câmeras podem tirar fotos com dois tipos de arquivos diferentes: RAW e Jpeg. O Jpeg nada mais é que uma compressão de todos os dados em um arquivo de imagem. Tal compressão faz com que um dado ou outro se perca, assim como a qualidade da imagem quando esta for alterada. Já o RAW não é um arquivo de imagem comprimido e finalizado, então todos os dados capturados ainda estão presentes, e este arquivo pode ser alterado e finalizado sem perda de qualidade em um software adequado. Como você já deve ter concluído, na pós-produção o arquivo RAW é o formato que oferece o máximo de liberdade para alterações (cores, iluminação, etc) enquanto o Jpeg é limitado. Outro ponto positivo do RAW é que se durante a captura de imagens houve algum incoveniente, é possível que se faça uma correção, enquanto que no Jpeg isso é bem difícil. Bom, nem tudo é perfeito. O ponto fraco do RAW é o seu tamanho: 1 imagem em RAW é muito mais pesada que uma Jpeg, então o seu cartão de memória suportará mais imagens em Jpeg do que em RAW. Cada imagem RAW tem mais ou menos 15mb, então leve isso em conta quando for definir o número total de imagens, porque se você começar a fotografar e o cartão encher, a sequência será interrompida. Para se ter uma referência, cartões de memória de 8gb comportam aproximadamente 500 imagens RAW (em torno de 20 segundos de vídeo em 24fps).

24 TIME LAPSE


FLICKER O flicker é um efeito que você apenas verá quando o vídeo estiver finalizado (triste, né? Pois é.) Nada mais é que pequenas variações de iluminação em certas imagens no meio da sequência, tanto mais claras ou mais escuras do que deveriam ser. Quando se olha apenas duas imagens, uma ao lado da outra, a diferença pode não ser percebida, mas como são colocadas dezenas de imagens para serem expostas por segundos, a oscilação na iluminação é bem aparente e nada suave. Apesar do flicker só ser visto na pós-produção é possível evitá-lo tomando algumas precauções durante a captura das imagens. Sempre utilize todas as configurações da câmera no modo manual. Isso porque se você “der liberdade” para a câmera tomar alguma decisão, ela fará besteira e besteiras causam flicker.

Exemplo: se uma pessoa passar perto da lente talvez faça uma sombra, escurecendo a imagem. Se isso acontecer a câmera vai alterar a velocidade (tornando mais lenta) para poder clarear todo o resto da cena por onde a tal pessoa destruidora de fotografias não passou. Depois que a pessoa passar, a câmera voltará à velocidade que estava antes. (Aqui falamos da velocidade, porém a câmera pode alterar qualquer função quando colocada no modo automático.) Então, o ISO, a velocidade do obturador e a abertura do diafragma devem ser configuradas antes de começar a fotografar e não serem alteradas durante a sequência, independente da mudança de luz, porque tal mudança será captada gradativamente pela câmera.

Sempre defina o White Balance manualmente e o foco da lente.

Exemplo: continuando o caso anterior, caso a lente esteja com foco automático, quando a pessoa passar pode acontecer da câmera mudar o foco da cena para a pessoa. Isto pode comprometer toda a sequência. Quando a luz ou o próprio cenário se altera muito a existência de um certo flicker é inevitável, portanto é mais conveniente o tratamento na pós-produção com softwares especializados nisso.

25 TIME LAPSE


2

1

3

imagem mais clara = flicker

DEFINIÇÕES: FRAMES PER SECOND, DURAÇÃO TOTAL DO TIME-LAPSE E NÚMERO TOTAL DE IMAGENS Para que o video do seu Time Lapse não fique parecendo uma simples apresentação de slides, deve-se colocar dezenas imagens por segundo do filme, assim quem está assistindo não notará quando muda de uma foto para outra e só obervará os movimentos sendo realizados fluidamente. É por isso, queridos amigos, que um Time Lapse completo tem centenas de imagens. Se você tirar só 50 fotos, o vídeo final teria 2 segundinhos no máximo! (ou até menos) Então, antes de botar a câmera embaixo do braço e sair fotografando, é altamente recomendável que se defina a tríade de itens a seguir:

Frames per second (fps) Frames per second (“quadros por segundo”), é o nome dado para o número de imagens que cada segundo de vídeo terá. Os valores giram entre 15fps e 30fps. No cinema, o padrão é 24fps, que torna o filme mais fluido e agradável. Quanto maior for o fps, mais rápida será a sequência e os movimentos capturados, mas a duração do vídeo será menor. Isso pode ser útil quando certo movimento demora muito para acontecer.

26 TIME LAPSE


Pode ser útil também utilizar um fps menor caso você deseje desacelerar algo que passe muito rápido, porém pode acontecer da sua sequência ficar meio “travada”. O recomendado é sempre usar 24fps.

Duração total do Time lapse A duração depende da cena: se há muita coisa acontecendo, dê um tempo que seja suficiente para quem assiste conseguir analisar e entender a cena toda. Já quando a cena é mais paradinha, com pouco movimento ou ele é repetitivo, não estenda muito o seu vídeo, senão ele ficará um tédio total, as pessoas vão bocejar, dormir e a ideia não é essa. Normalmente, 10 segundos bastam para que dê tempo de olhar a composição toda, antes que ela seja cortada.

Número total de imagens Para calcular o número de imagens, você multiplica o fps pelo tempo total que o vídeo terá.

Exemplo: se você quer um vídeo de 10 segundos utilizando o padrão de 24fps, precisará de 240 fotos. Obviamente, quanto maior o número de imagens, mais tempo a câmera vai demorar para terminar de tirar todas. Pra saber quanto é esse tempo (ou seja, por quantos minutos você terá de esperar no local), multiplique o número de imagens que se deseja tirar pelo intervalo definido, sendo o total em segundos. Seguindo o mesmo exemplo anterior (das 240 imagens), caso o intervalo entre cada foto seja de 5 segundos, o tempo total será de 1200 segundos, ou 20 minutos.

27 TIME LAPSE


DEFINIÇÕES DE VELOCIDADE, ABERTURA E ISO Estas configurações funcionam das mesmas maneiras tratadas no capítulo sobre fotografia, mas com alguns adendos (leia principalmente quanto à velocidade do obturador). Caso os valores citados abaixo não sejam alcançados você pode adicionar os filtros para câmera, para melhor resultado (você pode ler sobre eles no capítulo Equipamentos).

Velocidade do obturador Você deve lembrar que quanto mais lenta a velocidade do obturador, mais blur. Se a câmera estiver fixa no tripé, o que não se moveu permanecerá nítido. Isto para um Time Lapse é ótimo. Então, as pessoas andando, as nuvens passando e os carros correndo terão esse borrão, criando um tipo de rastro de para onde eles se direcionam. Isto traz uma suavidade para a sequência, pois o rastro da foto 1 continuará na foto 2. Se a velocidade estiver alta não terá blur, então os elementos apenas se descolarão pulando de um ponto a outro e não fluindo. Recomendamos utilizar velocidades que consigam capturar o máximo de movimento entre um clique e outro. Estas velocidades ainda evitam que a câmera se rebele e faça algum movimento indesejado com seu obturador. (O que acontece com velocidades maiores e pode gerar complicações mecânicas). Velocidades abaixo de 1/100 já causariam blur, porém a captura de movimento entre uma foto e outra é reduzida. Além disso, você deve sempre deixar a velocidade igual ou menor a metade do intervalo de tempo entre um clique e outro. Você deve estar se perguntando: por que? Eis o porquê: Se em cada captura a câmera levar mais tempo tirando a foto do que esperando pelo próximo clique, pode acontecer da câmera não ter tempo suficiente parar salvar a imagem no cartão de memória antes que a outra foto chegue (ainda mais se a imagem estiver em formato RAW). Isto apaga a fotografia não salva e deixa um “vazio” onde ela deveria estar.

Exemplo: se a câmera espera 6 segundos entre um clique e outro a velocidade deve ser de 3 segundos ou menos. Pode parecer fácil, mas em sequências feitas a noite é comum a câmera ter que ultrapassar alguns segundos para alcançar uma boa exposição.

28 TIME LAPSE


Abertura do diafragma Dependendo da sua composição, a imagem precisa de mais ou menos profundidade de campo para mostrar toda a cena ou apenas um ponto importante. Caso a câmera não permita utilizar todas as configurações no modo manual, dê prioridade à abertura (não esqueça disso!) – Aperture Priority Mode, ou “A” – pois se a câmera alterar a profundidade de campo durante a sequência algo importante pode ficar sem foco e arruinar o Time Lapse todo.

ISO O ISO controla a granulação (ou a falta dela) da imagem. Normalmente, as cenas necessitam de nitidez para que se possa apreciar melhor os movimentos, então valores baixos são melhores (abaixo de 200). Mas há uma exceção: se a iluminação do lugar for muito alta e a única forma de se conseguir uma velocidade e abertura desejados é utilizando o ISO como um compensador, será necessário um valor alto dele. Mas isto você ajustará fazendo um pequeno teste de fotos. antes de começar a sequência oficial.

29 TIME LAPSE





Aqui estão listados os equipamentos que você pode precisar durante a execução do seu Time Lapse. Se você fizer uma pesquisa de preço irá notar que alguns podem ser absurdamente caros, mas calma, não entre em pânico, para tudo há uma segunda opção. Produtos de segunda mão, aliados à criatividade são capazes de suprir suas necessidades perfeitamente e ainda o ajudam a economizar. (Os preços foram estimados em agosto de 2012.) Aqui estão eles:

CÂMERA Provavelmente o item mais importante que você deve obter, já que é a câmera que faz a captura de imagens. Neste manual daremos ênfase nas câmeras digitais reflex DSLR e em suas mais variadas lentes. Algumas máquinas já vêm com a função de intervalômetro embutidas, o que pode facilitar a sua vida quanto à obtenção deste equipamento. (não sabe o que é intervalômetro? Continue lendo que mais adiante há um tópico só pra ele).

Preço: A variação de preço é alta, depende da marca e modelo. Geralmente com 1.500 reais já é possível adquirir o conjunto corpo-lente.

LENTE A lente é o olho da câmera, assim sendo, se você quer que a imagem capturada seja igual a que seus olhos viram, além de cuidar bem da lente que você tem, recomendamos as objetivas de 50mm. Para quem pretende fotografar paisagens uma boa opção são as lentes grande-angulares (35mm). Estas lentes têm um alcance angular maior, ou seja, mostram mais da cena.

Preço: Lentes objetivas de 50mm custam em torno de 600 reais. Já as lentes grande-angulares costumam ser mais caras, então para quem deseja economizar, talvez seja melhor deixar ela para depois. (preço em torno de 850 reais)

33 EQUIPAMENTOS


INTERVALÔMETRO Este dispositivo, ao ser conectado na câmera, define o número de imagens a serem tiradas e o intervalo de tempo entre um clique e outro, além de realizar os cliques, automaticamente.

Se você for comprar, preste atenção se ele é compatível com a marca e modelo da sua câmera. Entretanto, como dito acima, há câmeras que já tem as funções de um intervalômetro embutidas.

:

Preço Quanto maior o limite de cliques, mais caro. Custa entre 100 e 300 reais.

TRIPÉ A função do tripé é manter a câmera imóvel durante a sequência, para que ela tremule o mínimo possível. Quanto mais pesado, melhor, assim ele não ficará suscetível ao vento e outras situações comprometedoras. Outra recomendação é que não se use a altura máxima do tripé, pois esticá-lo o torna menos estável. Antes de começar a fotografar, deve-se verificar duas coisas:

Que a alça da câmera seja retirada, pois o vento pode balançá-la e causar o efeito “vela de barco”. Isto causa imperfeições no resultado final.

Que o tripé esteja completamente preso.

Preço: Para iniciantes em Time Lapses, com 180 reais já é possível arranjar um bom tripé.

34 EQUIPAMENTOS


FILTROS A função dos filtros é escurecer a imagem. Há dois tipos que não alteram as cores: ND (neutral density) e GD (graduated density). O ND escurece a imagem toda de maneira igual enquanto o GD tem escurecimento gradativo, o que o torna mais usado quando a cena tem uma linha do horizonte.

Se as lentes são como os olhos, os filtros são aqueles óculos escuros bem bacanas

Com o uso dos filtros é possível atingir uma velocidade baixa o suficiente para que se crie um blur e suavidade na sequencia toda, mesmo em locais claros. Quanto maior o valor do filtro, mais escuro ele deixará a imagem. Um ND8 altera a luz em 3 níveis, um ND16 em 4 e assim por diante.

Exemplo: sem o filtro, a velocidade adequada era de 1/125. Ao utilizar um filtro ND8, a velocidade utilizada desce três níveis (sendo agora 1/15) com a adição do blur.

O filtro mais forte que existe é o ND8192, que chega a alterar a exposição em 13 níveis

Como são rosqueados na frente da lente, pode-se rosquear mais de um filtro por vez quando necessário. Porém, não exagere nisto ou os “cantos” pretos deles poderão aparecer na imagem. Evite isso comprando um ND64, que altura a luz em seis níveis e é o que se adéqua à maioria das situações.

Preço: Quanto mais forte, mais caro. Com 30 reais já dá pra arranjar um.

35 EQUIPAMENTOS


PARA-SOL Este equipamento serve para cobrir parcialmente a lente quando o sol incide diretamente nela, aparecendo na imagem, mesmo que pouco. Caso não haja sol ou a câmera esteja virada para o lado oposto, o para-sol não é necessário. É útil, pois evita que o efeito flare se torne presente. Lembra que o filtro são os óculos escuros? Então, o para-sol é o chapéu Rosqueado sobre a lente (ou sobre o filtro) deve ser posicionado exatamente “reto”, ou seja, sem angulações em suas abas, senão elas aparecerão nos cantos das fotos e estragando seu trabalho.

Preço: Entre 30 e 50 reais.

IMAGINAÇÃO Independente da marca do seu equipamento, a qualidade final de uma sequência vem da sua imaginação e criatividade na maneira de fotografar e em como vai utilizar as imagens para transmitir a mensagem que deseja.

Tal mensagem pode estar presente na forma como a câmera foi movimentada, na profundidade de campo utilizada, na ênfase em um determinado enquadramento... Enfim, a originalidade na forma em que se captura a imagem traz uma individualidade para o trabalho, destacando-o dos demais.

Preço:

Não tem preço.

36 EQUIPAMENTOS




Os softwares são utilizados na pós-produção. São eles que transformam os arquivos de imagens soltos em vídeo, como o Time Lapse é exibido. Sendo assim, é na pós-produção que as imagens capturadas serão tratadas, corrigidas (caso haja imperfeições notáveis) e depois transformadas em uma extensão de vídeo. Infelizmente, não há atualmente nenhum software de edição que deixe a sequencia com boa qualidade e que seja gratuito. Inclusive, alguns possuem preços um tanto quanto altos demais. No entanto, a grande maioria oferece versões de teste grátis. Elas têm algumas restrições, como o tempo de uso ou o número de funções disponíveis, mas já dá pra aproveitar bastante. De um jeito ou de outro, você pode ter sempre disponível pelo menos uma combinação dos softwares necessários, desde que tenha certa habilidade em contornar esses probleminhas.

ADOBE PHOTOSHOP LIGHTROOM Função: Tratamento de imagens/conversão de arquivos para vídeo Preço: R$ 550,00 (versão de teste grátis por 30 dias). Preço estimado em agosto de 2012. O Lightroom é uma grande parceiro para qualquer fotógrafo, porque possui centenas de funções especiais dos mais variados tipos para o tratamento de imagens. No que diz respeito ao desenvolvimento do Time Lapse, além da utilidade no tratamento de uma imagem, é possível configurá-lo para aplicar o mesmo tratamento a todas as imagens de uma vez só, o que traz uma boa economia de tempo. Possui ainda a função de criar uma “apresentação de slides” com todas as imagens que você fotografou. Tecnicamente, é essa a ideia de se fazer um Time Lapse, porém como é uma simples apresentação, as imagens passam devagar demais. Esse inconveniente será tratado pelo LrTimeLapse. Ele não é tão famoso, mas o usaremos como um dos softwares principais, junto com o Lightroom.

LRTimeLapse 2 Função: Edições adicionais/Remoção de flicker Preço: R$ 230,00 ou R$ 650,00 para licença comercial (disponibilidade de versão de graça com limite para 400 imagens por edição). Preço estimado em setembro de 2012.

Enquanto que o Lightroom é feito propriamente para fotografia em geral, o LRTimeLapse é focado para o desenvolvimento da técnica explicada neste manual. Assim sendo, ele traz funções criadas especificamente para resolver possíveis problemas de um Time Lapse, principalmente o processo de declifker (amenizar ou

39 SOFTWARES


extinguir o flicker). Também é possível com ele criar movimentos artificiais com as imagens, o que será essencial para algumas técnicas tratadas futuramente. No entanto, ele não tem funções gerais para tratamento de imagens e também não fecha as mesmas em um arquivo fechado. Por isso, ele deve sempre ser utilizado em conjunto com algum outro programa de edição, e aqui damos como prioridade do Lightroom. Imagine o LrTimeLapse como uma extensão do Lightroom, um complementando o outro.

Nota dos Autores: No site do programa (lrtimelapse.com), o desenvolvedor oferece uma série de templates que devem ser adicionados à uma pasta do Lightroom, e que expandirão a função de “apresentação de slides” para valores mais rápidos de 15, 24 e 30 fps, bem como configurações para deixar os vídeos com alta definição, para a compactação final das imagens. As instruções para a “instalação” destes templates estão no site e no capítulo de Pós-Produção. Estes dois softwares são os mais recomendados porque trazem resultados satisfatórios e de simples navegação. Neste manual a pós-produção será baseada no uso dos dois programas. Porém, há outros softwares que você pode utilizar, tais como:

SOTFWARES SUBSTITUTOS SOFTWARE

FUNÇÃO

Adobe AfterEffects

Edição/Compactação

GBDeflicker

Processo de deflicker

Raw Therapee

Processador de arquivos RAW

UFRAW

Processador de arquivos RAW

MSUDeflicker

Processo de deflicker

VirtualDub

Edição/Compactação

Timelapse Assembler

Edição/Compactação

Photolapse

Edição/Compactação

40 SOFTWARES




As técnicas que serão explicadas nos próximos capítulos possuem semelhanças e diferenças, tanto na hora de fotografar como na pós-produção. Na pós, algumas etapas são iguais ou apenas diferem em uma ou duas ações. Então este capítulo foi feito para oferecer os passos que permitam a você criar um Time Lapse simples, envolvendo as ações comuns à pós-produção. Para facilitar, o passo a passo está dividido em etapas. Isso ajudará você a se localizar melhor durante a pós-produção das técnicas em si, pois elas estarão citadas. Quando houver variações nas ações de certa etapa, elas serão mencionadas e explicadas, caso contrário, permanecerão exatamente iguais. Como citado no equipamento de softwares, usaremos o Adobe Photoshop Lightroom 4 para tratamento de imagens, cortes e finalização em vídeo, e LrTimelapse 2, para o efeito de transição de um ponto para outro e eliminação de um eventual flicker na sequência.

p.s.: Os programas funcionam em conjunto, pois as etapas intercalam o uso dos dois. Logo, ambos devem sempre estar abertos juntos...

INSTALAÇÃO DOS TEMPLATES E VIDEO PRESETS O Lightroom possui a função “slideshow”, mas como é apenas uma apresentação de slides, entre uma imagem e outra o intervalo de tempo é longo, não se assemelhando à 24 fps. Para resolver isso, o site do LrTimelapse disponibiliza, inteiramente de graça, templates que ao serem instalados no Lightroom, permitem que ele atinja o intervalo de tempo desejado. Além disso, também são oferecidas predefinições de vídeo a serem inseridas quando a sequência estiver prestes a ser renderizada; estas predefinições aumentam a qualidade do vídeo de acordo com o fps escolhido. Para obter estes arquivos vá no site lrtimelapse.com e clique na seção Download. Ambos virão em um arquivo compactado. Descompactando-o, você verá duas pastas: “Slideshow Presets” e “Video Presets”. Abra o Lightroom e no menu superior, vá na opção “Edit” e em seguida “Preferences”. Abrirá uma janela de configurações. Abra a aba “Presets” e em seguida clique no botão “Show Lightroom Presets Folder”. Deverá abrir a pasta do seu computador onde o Lightroom está instalado. Insira as duas pastas que você baixou dentro da pasta “Lightroom” que surgir.

43 PÓS-PRODUÇÃO


etapa 1 Ao enviar as imagens da câmera para o computador (seja pelo cartão de memória ou por um cabo USB) crie uma pasta para armazenar somente estas imagens e a coloque em um local de fácil acesso.

ETAPA 2 Após ter armazenado as fotos, abra o LrTimelapse 2. À esquerda, o programa mostra todas as pastas do seu computador. Encontre na lista a pasta com as fotos e clique nela. O programa carregará todas as imagens contidas na pasta. Alguns dados sobre as fotos serão fornecidos, como o título (filename) e a abertura do obturador (shutter speed). Por enquanto, apenas selecione todas as imagens (atalho: Ctrl + A) e inicie a metadata destas clicando no botão “Initialize” (atalho: Ctrl + I) que se encontra logo acima do bloco onde suas imagens foram carregadas. Quando o software terminar de carregar – e ainda com todas as imagens selecionadas – aperte o botão “Save” (atalho: Ctrl + S).

44 PÓS-PRODUÇÃO


A metadata é uma espécie de arquivo secundário que registra todas as alterações feitas nas imagens. Após concluir a metadata e salvá-la, se você abrir a pasta em quem salvou as fotos, verá que além dos arquivos RAW, surgiram novos arquivos (com o mesmo nome) de extensão .xmp. Estes são os arquivos da metadata. Ou seja: quando uma imagem é tratada e salva sem que se mude o nome, a “original” (isto é, a sem edição) deixa de existir, dando lugar apenas à imagem alterada. A metadata existe para prevenir isso: toda alteração que você fizer (como, por exemplo, um acréscimo na saturação da foto) será salva no arquivo .xmp. Jamais no arquivo RAW. Isto permite a você criar diversas sequências diferentes com as mesmas imagens, mudando pequenos fatores quantas vezes quiser. Basta apagar os arquivos de metadata anteriores. Agora vamos alternar de software e realizar alguns procedimentos no Lightroom. Abrindo o programa, clique a aba “Library” presente no canto superior direito da tela. Esta seção oferece ao usuário a organização das imagens, a escolha da ordem a serem evidenciadas, entre outras funções. Após abrir a Library, aperte o botão “Import”, no canto inferior esquerdo da tela.

45 PÓS-PRODUÇÃO


Após o clique se abrirá uma janela e, semelhante ao que você fez no LrTimelapse, procure na parte esquerda da tela a pasta em que as suas fotos estão e clique nela. Todas as imagens da pasta aparecerão no centro do programa; certifique-se de que todas estão selecionadas e aperte “Check All”, logo abaixo das imagens. Em seguida, aperte “Import” (no canto inferior direito).

46 PÓS-PRODUÇÃO


etapa 3 Ainda na seção Library, selecione todas as imagens importadas (atalho: Ctrl + A), aperte o botão direito do mouse sobre qualquer uma delas, e selecione as opções: Metadata – Read Metadata From Files. Isso carregará para estas imagens os arquivos .xmp que você criou anteriormente no LrTimelapse. (Logicamente, como você ainda não efetuou nenhuma mudança na metadata, as imagens continuam iguais).

Terminado o carregamento da metadata no Lightroom, chegou a hora de tratar as imagens. Vá na aba “Develop” (ao lado da aba “Library”).

É nesta seção que são realizados todos os tratamentos de imagem (cortes, mudança de cores, brilho, etc). Normalmente, basta utilizar as funções oferecidas pelo Lightroom para aprimorar a qualidade da fotografia. Abaixo do bloco central, estão todas as imagens importadas pela “Library”, agora lado a lado. Para o primeiro tratamento, selecione a primeira fotografia de todas. Você verá que na parte inferior do programa estão todas as fotos da sua sequência, uma ao lado da outra.

47 PÓS-PRODUÇÃO


Para iniciar o tratamento, selecione a primeira da lista.

É muito raro a fotografia já vir perfeita direto da câmera, então é sempre bom fazer algumas edições para que fique a melhor possível

Abaixo, estão explicadas cada função de maneira resumida: Treatment: Color | Black & White: define se você deseja tratar as imagens coloridas, ou em preto e branco. WB: é o White Balance. Caso o white balance escolhido por você na hora da captura das imagens não foi satisfatório, essa opção é capaz de alterá-lo. O software já vem com opções pré-estabelecidas. Entretanto, mudar esta opção faz com o que o programa altere todos os valores de todas as outras opções (para que assim elas se encaixem no novo WB escolhido). Então, recomenda-se deixar a opção “As Shot”, que é o WB original da foto, e apenas alterar as demais funções. Isto automaticamente mudará o White Balance para “Custom” (ou customizado). Temp: define a temperatura da imagem. Quanto mais para esquerda o medidor estiver, mais azulada a foto ficará, quanto mais para a direita, mais amarelada. Tint: semelhante ao Temp, porém o medidor oscila entre o verde e o magenta. Exposure: muda a exposição, ou seja, movendo o medidor você pode clarear ou escurecer a imagem.

48 PÓS-PRODUÇÃO


Highlights | Shadows: estas funções tratam de determinadas áreas apenas. Enquanto a Highlights altera as regiões mais claras da imagem, a Shadows age sobre regiões mais escuras. Por isso, podem ser utilizadas para criar um contraste entre estas áreas. Geralmente, quanto mais o medidor da função Highlights estiver para a esquerda, mais informações da imagem são reveladas (principalmente no que se diz respeito ao céu, que tende a perder sua nitidez quando a imagem está muito clara). Já a função Shadows não deve ser alterada de maneira exagerada, pois diminui a nitidez da imagem. Whites | Blacks: a função Whites altera somente a cor branca da imagem, escurecendo-a ou iluminando-a ainda mais, enquanto a função Black realiza a mesma função só que com a cor preta. Assim como as funções Highlights e Shadows, podem ser utilizadas para se adicionar ou diminuir o contraste entre determinados elementos. Porém, justamente pelo fato de que há outras funções que realizam as mesmas atividades, recomenda-se deixar os medidores de branco e pretos no marco 0. Brightness: muda o brilho geral da imagem, mas diferente da função Exposure (que altera uniformemente a imagem toda) o Brightness age sobretudo nos meio-tons. Assim, dependendo da imagem, ele pode ter um efeito maior ou menor. Contrast: aumenta ou diminui o contraste entre os claros e escuros da imagem. Deve-se ter cuidado ao alterar essa função, pois diminuir muito o contraste deixa a foto acinzentada, enquanto que aumentar demais deixa diversas cores muito saturadas. Clarity: altera o contraste dos meio-tons da imagem. Dependendo da imagem esta função pode torná-la mais nítida e definida, porém normalmente o medidor não se desloca muito. Vibrance: função que dá prioridade às cores menos saturadas, alterando-as para que se equilibrem com as cores que já estão mais expressivas.

exemplo: se uma foto possui alto grau de vermelho (em um elemento) ao utilizar o Vibrance o vermelho pouco se alterará, enquanto as demais cores ou serão mais saturadas ou perderão sua força. Saturation: semelhante à Vibrance, mas sem exceções de cores. Esta função aumentará ou diminuirá a saturação de toda a imagem uniformemente. Há ainda mais funções (localizadas abaixo das já citadas), porém as explicadas anteriormente já são o bastante para garantir um bom tratamento e aumento da qualidade da imagem. Após tratar a primeira imagem é necessário deixá-la nas proporções corretas para que o vídeo possa ser finalizado em Full HD Widescreen. Esta proporção é 16:9 e não é a mesma que uma câmera usa para captar as imagens (isso quer dizer que uma partezinha da foto será cortada para que ela se encaixe na proporção).

49 PÓS-PRODUÇÃO


Para realizar tal corte, aperte o botão “Crop Overlay”, localizado logo acima das opções de tratamento de imagens (atalho: R).

Surgirão novas opções, abaixo do botão:

Aspect: define o tamanho da imagem. “Original” é o tamanho máximo; “Custom” é uma proporção definida por você, muitas vezes feita à mão livre, arrastando o quadro de corte sobre a própria imagem. Há ainda proporções pré-definidas, entre elas a widescreen (16:9) que será a escolhida. Angle: define a angulação e geralmente esta função é utilizada para deixar a linha do horizonte reta. É possível também criar uma linha reta na imagem definida por você. Esta linha faz com que a imagem obedeça sua angulação e gire de acordo com ela. Para isso, clique no ícone em forma de régua ao lado da opção.

50 PÓS-PRODUÇÃO


Olhando para a imagem no centro da tela, você verá que para fora do retângulo de corte criado ainda há pedaços da cena (que serão cortados). Mas você pode escolher qual parte será eliminada: basta dar um clique com o mouse e mantê-lo pressionado sobre o retângulo de corte e mover a imagem.

Perceba que ao lado da função “Aspect” há o ícone de um cadeado. Mantendo-o fechado a proporção definida jamais mudará, mesmo que o retângulo de corte seja diminuído (diminui o tamanho, não a proporção). Para variar o tamanho do retângulo é só clicar com o mouse sobre um dos cantos do mesmo e arrastá-lo. No entanto, anote isto: Tamanho mínimo da imagem para que um vídeo em full HD fique nítida: 1920x1080 pixels. Ou seja, em hipótese alguma sua imagem deve ter dimensões menores que estas ou perderá a qualidade e não será um vídeo full HD (apenas HD). No topo da imagem você pode ver algumas informações, entre elas a medida da sua imagem (atalho: I). Depois que tiver terminado tudo isto, pressione o botão “Done” (logo abaixo da imagem).

ETAPA 4 A edição da primeira foto está completa, entretanto ainda faltam centenas, não é? Fique tranquilo, você não precisará editar uma por uma. Na parte inferior onde estão todas as imagens você irá selecionar a primeira (editada) e a última e apertará o botão “Sync”, localizado logo acima das imagens, no lado direito. Este botão transmite todas as informações de uma imagem para a outra.

51 PÓS-PRODUÇÃO


Sendo todas as imagens deste Time Lapse sobre a mesma composição, caso a iluminação não tenha se alterado muito durante a captura, os valores de edição da primeira imagem dão certo para a última. Caso a iluminação mude muito (como, por exemplo: início com forte sol e fim com várias nuvens), você terá que tratar individualmente também a última imagem. Ao apertar o botão “Sync”, uma janela se abrirá perguntando quais fatores devem ser enviados da primeira foto a ultima. Caso a iluminação não tenha muitas mudanças, deixe tudo selecionado. Se não, apenas selecione o fator “crop”. Aí clique em “Synchronize” e pronto.

Obs.: Para que esta sincronização de dados funcione, você deve se certificar de que a primeira imagem foi selecionada antes da última, pois o Lightroom faz a sincronia sob o fator de seleção. Então se acontecer da última foto ser selecionada antes da primeira, o programa vai enviar os dados da última para a primeira, eliminando todo o tratamento que você havia feito. Obs 2.: Certifique-se de que apenas a primeira e a última imagens estejam selecionadas e mais nenhuma. Para o tratamento das demais imagens será feito um processo no LrTimelapse, em que gradualmente os dados da primeira imagem serão aplicados até se atingir os dados da última. Ter alguma outra imagem diferente no meio da sequencia também pode trazer problemas à essa função.

Estando a primeira e a última fotos editadas, volte para a aba “Library”. Selecione todas as imagens (atalho: Ctrl + A), aperte com o botão direito sobre uma delas, e selecione Metadata - Save Metadata to Files, para gravar todas as alterações feitas nessas duas imagens em seus respectivos arquivos .xmp. Tenha cuidado para não apertar “Read Metadata to files”, pois o Lightroom lerá novamente a metadata sem dados criada no LrTimelapse (no início de tudo) e todas as edições feitas até aqui serão perdidas.

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ETAPA 5 Minimize o Lightroom e volte para o LrTimelapse. Selecione todas as imagens (Ctrl + A) e aperte “Reload” para carregar novamente a metadata, que agora está com os novos dados da primeira e da última imagem.

No canto superior esquerdo há uma miniatura da imagem, com algumas linhas coloridas. Veja a linha amarela que indica a exposição utilizada na sequencia. Se você realizou a captura das fotos com todas as configurações da câmera no modo manual, a primeira vez que as imagens foram abertas no LrTimelapse e a metadata foi feita, a tal linha amarela era praticamente reta. Isto porque, sendo todos os valores de fotometria manuais, eles não se alteraram em momento algum. Porém agora, há duas fotos com variação de exposição, pois foram tratadas no Lightroom, enquanto as demais permanecem com os valores originais. O que se deseja é realizar uma gradual transição da exposição da primeira foto (tratada) para a última (tratada também), sendo tal transição realizada nas fotos do meio. Se os valores das duas fotos forem iguais, a intenção é deixar a linha amarela reta novamente, mas com os valores das imagens tratadas. Há também uma linha azul, que representa a luminosidade da cena. Se em determinado momento uma nuvem cobriu o sol, por exemplo, a cena como um todo ficará mais escura, e a linha azul aparecerá caindo. Esta linha é especialmente útil para a realização do processo de deflicker: como o flicker é uma diferença de iluminação que não deveria acontecer, a linha azul registrará os saltos de claridade para mostrar a você. O objetivo é tornar esta linha o mais regular possível; não é necessário torná-la perfeitamente reta, pois o local pode ter escurecido naturalmente com o tempo, mas a transição de luminosidade deve ser suave. E há o retângulo laranja: o que estiver dentro dele é o que o Time Lapse apresentará.

53 PÓS-PRODUÇÃO


No menu superior do programa, você encontrará a aba “Transitions” e é ela que realiza a transição suave da primeira à última imagem, incluindo todos os valores da metadata. É esta a função que torna desnecessário tratar manualmente todas as imagens. Selecione todas as imagens (Ctrl + A), vá em “Transitions” e clique na opção “Linear”, para que se faça uma transição gradual e uniforme entre as imagens. Após o programa terminar este procedimento você verá que as fotos do meio também apresentam o corte feito no Lightroom. Ao olhar pra miniatura da imagem, ver que a linha amarela agora está reta (horizontalmente se os valores da primeira e última imagem forem iguais, e diagonalmente caso forem diferentes).

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ETAPA 6 Acima da miniatura há alguns botões, aperte o primeiro e uma janela irá se abrir, mostrando esta parte do software de maneira expandida (ainda com todas as imagens selecionadas).

Agora faremos o deflicker. Para isto, você adotará uma área “ideal”, ou seja, uma parte que em toda a sequencia a iluminação e as cores tenham variado o mínimo possível. Aperte o botão “Play” na parte inferior (atalho: barra de espaço) para ver as imagens passando rapidamente e procure por determinado ponto da sequencia em que não haja movimento algum (nenhuma nuvem ou pessoa andando, o ponto escolhido deve permanecer estático do início ao fim). Você fará isso porque como nesta área ideal nada se altera, somente o flicker terá efeito sobre esta e apenas ele aparecerá na linha azul deste ponto. Tendo encontrado esta área crie um retângulo de seleção apertando e arrastando o mouse no local escolhido. Todas as linhas mudarão, porque agora o ponto de referência é o que está dentro do retângulo criado. O retângulo não precisa ser grande, mas recomenda-se que também não seja mínimo. Agora espere o software processar a nova linha azul. A linha aparecerá com menos variações (que são unicamente do flicker). Pressione o botão “Deflicker”, presente na parte superior da janela.

Duas novas linhas aparecerão, uma verde e outra vermelha. A verde estará sobre a azul e representa o flicker amenizado (a verde é a azul amenizada). Já a vermelha estará sobre a amarela – se a amarela estiver totalmente reta talvez seja difícil ver a vermelha - e representará a amarela compensada pelo deflicker. Ou seja: a linha vermelha, que é a amarela alterada, é basicamente o contrário da azul. Ela sobe onde a azul desce, e desce onde a azul sobe. O resultado dessa compensação dá a verde, que é a nova iluminação da sequência, sem o flicker.

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Com um retângulo com pouca alteração de luz, o programa pode isolar mais facilmente o que é flicker e o que são mudanças corretas de luz do próprio local

Minimize a janela expandida e volte para a principal. Há ainda mais algumas funções que variam a intensidade dessas compensações e que mudam a forma como a linha verde fica. São elas: “Avg. Smooth” e “Strenght”. Você pode encontrá-las no canto inferior direito da tela. Recomenda-se deixar o indicador do “Strenght” no 10. A função “Avg. Smooth” define o quão suave serão as linhas e como serão feitas as compensações da linha vermelha. Apesar de amenizar ainda mais o flicker, também recomenda-se que esta função não seja usada ao máximo, porque a variação de compensação se tornaria enorme.

Terminada esta etapa e ainda com todas as imagens selecionadas, aperte o botão “Save” (atalho: ctrl + s). O uso do LrTimelapse também termina por aqui.

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ETAPA 7 Retornando ao Lightroom, vá na seção “Library” e selecione todas as imagens. Pressione o botão direito do mouse sobre uma das imagens e clique em Metadata: Read Metadata From Files. Caso você erre e clique em “Save Metadata to Files” tudo o que você acabou de fazer no LrTimelapse será perdido e terá que ser refeito. A única coisa que falta fazer é transformar as imagens em vídeo. Para isso, vá na aba “Slideshow”, que fará o agrupamento das mesmas e as finalizará em um arquivo .mp4, de qualidade full HD.

No canto à esquerda você encontrará a seção “Template Browser” com os templates obtidos pelo site do LrTimelapse. Abrindo a opção “User Templates”, recomendamos que você utilize o de 24fps. Depois de selecionar o template desejado, aperte no botão “Export Video”, abaixo da seção.

Terminada esta etapa e ainda com todas as imagens selecionadas, aperte o botão “Save” (atalho: ctrl + s). O uso do LrTimelapse também termina por aqui. Abrirá uma janela para que você salve o seu projeto. Ali, escolha um nome para o vídeo e o local do seu computador onde ele será salvo. Como extensão, deixe a opção .mp4.

57 PÓS-PRODUÇÃO


Há ainda outra opção nesta janela, chamada “Video Preset”. Para trazer mais qualidade ao seu vídeo, utilize uma das opções fornecidas pelos arquivos do LrTimelapse. Caso suas imagens tenham uma dimensão igual ou maior que 1920x1080, selecione a alternativa “1080p”. Você também terá que escolher a alternativa que combine com o seu fps. Ou seja, tendo escolhido 24fps, a opção de vídeo será: 1080p @ 24fps.

obs.: Caso tenha escolhido fazer uma sequência de 15fps, quanto ao vídeo preset, escolha o de 30fps, que representa o exato dobro de seu template, e tem uma taxa de quadros proporcional.

Apertando o botão “Salvar” o Lightroom iniciará a renderização (criação do produto final) do seu Time Lapse, o que pode levar algum tempo. Depois de terminado, seu vídeo está pronto para ser assistido. Todo este trabalho aqui mencionado de pós-produção parece árduo e demorado na primeira vez, mas quando se pega o jeito, pode ser realizado por inteiro espantosamente rápido.

58 PÓS-PRODUÇÃO




DIFICULDADE: Normalmente, esta é uma das primeiras técnicas a serem tentadas, porque o momento da captura de imagens e pós-produção são mais simples. Considere que um Time Lapse comum (explicado no capítulo Pós-Produção) tenha a dificuldade 1, numa escala de 1 para 5 (em que 5 é o valor máximo). Isto porque a câmera não se move de forma alguma na hora da captura e a pós-produção é idêntica à explicada no capítulo anterior. Pois bem, sendo o Movimento Horizontal Artificial extremamente semelhante, o acréscimo de um ponto na escala de dificuldade se dá pelo fato que há novos fatores a serem pensados para que o objetivo final seja alcançado. O movimento é semelhante porque no momento da captura de imagens a câmera não se move em momento algum, bastando apenas a você: configurá-la, prendê-la no tripé e esperar que ela termine de clicar as fotos. A diferença é que ao ver o vídeo finalizado, parecerá que a câmera se deslocou progressivamente para o lado: os fatores estáticos indo de um canto a outro, uns saindo de cena enquanto outros que anteriormente estavam fora de enquadramento começam a surgir. Imagine uma pessoa com uma filmadora na altura dos olhos, parada, filmando algo à sua frente sem se mover. Lentamente, esta pessoa começa a andar de lado para a direita, ainda com a filmadora na mesma altura. Evidentemente, a máquina irá se deslocar da mesma maneira que a pessoa, então conforme a pessoa vai para a direita, a lente da filmadora vai passando pela cena; os elementos mais à esquerda vão sumindo e dando lugar aos que estavam mais à direita. Mas para quê fazer esta técnica? Além de mostrar o movimento em si, o vídeo também trará mais informações sobre o local fotografado. O que pode responder as possíveis perguntas dos espectadores: “porque todas as pessoas estão indo para aquele lado?” ou “o que tem mais ali à direita que a câmera não tá mostrando?”. Porém, agora quem deve estar com dúvidas é você. “Como o vídeo terá movimento horizontal se as fotos foram todas tiradas de maneira estática?” Bom, um vídeo com qualidade full HD e proporção widescreen (16:9) deve ter imagens com, no mínimo, 1920x1080 pixels. Ou seja, imagens com estas exatas dimensões terão uma nitidez perfeita ao serem apresentadas em vídeo. Caso seja menor que isso, as imagens serão “esticadas” para que se encaixem no tamanho estabelecido e acabarão perdendo a qualidade. Tendo isto em mente, saiba também que uma imagem em RAW tem, aproximadamente, 4900x2800px, isto é, mais que o dobro do valor mínimo exigido. Assim, desde que seja mantida a proporção 16:9, você pode cortar a imagem o quanto quiser – desde que a nova área ainda fique maior que 1920x1080px – que a qualidade continuará a máxima. Perceba que, cortando as imagens você também acaba cortando parte da cena.

61 MOVIMENTO HORIZONTAL ARTIFICIAL


Considere o retângulo branco acima como sendo as dimensões totais de uma imagem RAW sem qualquer corte. As proporções mínimas para um vídeo full HD seria o retângulo cinza. Nota-se que grande parte da imagem pode ser retirada sem que nitidez do vídeo final se perca. Ok, agora é possível responder à dúvida: não iremos “criar” novas paisagens do nada, apenas faremos com o que o retângulo cinza se desloque de um canto a outro da imagem, fazendo com que os elementos vão surgindo enquanto outros vão saindo do enquadramento. Depois de obter todas as fotos da sequência e a hora da pós-produção chegar, três coisas serão definidas:

O tamanho do corte (igual ou maior que o retângulo cinza, porém menor que o retângulo branco);

Definir um ponto inicial para a sequência, ou seja, o que a foto estará mostrando logo no começo do Time Lapse. Quais partes serão cortadas? Definir um ponto final para a sequência, ou seja, o que será mostrado no fim do Time Lapse. O que se deseja revelar, que não aparecia no começo da sequência?

ponto inicial

ponto final

O ponto inicial irá lentamente se deslocar através de todas as outras imagens, até chegar no final

62 MOVIMENTO HORIZONTAL ARTIFICIAL


No exemplo acima, o corte retangular tem o tamanho mínimo exigido (1920x1080px). O ponto inicial encontra-se no extremo esquerdo da imagem total, portanto corta a imagem para cima e para baixo, além de todo o resto que está à direita. O ponto final, neste caso, mostrará uma cena completamente diferente da inicial, pois os dois retângulos não têm nenhuma interseção (se tiver uma parte da cena sempre aparecerá do começo ao fim). Logicamente, o que se deseja fazer é uma lenta e contínua transição do ponto inicial ao ponto final e não um pulo de uma cena para outra, pois isso não faria o menor sentido. Esta transição será feita no LrTimelapse.

p.s.: apesar do nome do movimento dizer “horizontal”, ele pode ser feito em qualquer direção: horizontal, vertical, diagonal... Tudo depende do posicionamento dos quadros iniciais e finais. Para se fazer um movimento vertical, por exemplo, basta alinhar os quadros um acima do outro.

CAPTURA DE IMAGENS A captura de imagens é feita de maneira exatamente igual à de um Time Lapse estático: encontre uma boa composição, estabeleça e calcule o número de fotos, intervalo de tempo, configure a câmera e espere a sequência ficar pronta. Apenas preste atenção se a cena ficará melhor com o movimento na horizontal ou vertical, pois às vezes isso afetará a posição da câmera. Ajuste a fotometria no modo manual (a cena é sempre a mesma, então a fotometria não mudará). Configure: velocidade do obturador / abertura do diafragma / ISO / White Balance / Formato da imagem (RAW) / certifique-se de que todo o trabalho caberá em seu cartão de memória. E tente trazer o máximo de blur ao que se move diante da câmera (pessoas, nuvens, etc) colocando velocidades mais lentas que 1/60s. Pense no enquadramento que você está fazendo e imagine se ele dará certo na hora de fazer o corte das fotos. Dependendo da situação, você sempre pode puxar o tripé mais para trás para que a composição enquadre mais elementos e o deslocamento horizontal depois revele ainda mais informações.

PÓS-PRODUÇÃO Os objetivos aqui são: tratar as imagens, adicionar o movimento horizontal e finalizar tudo isto em vídeo. Se uma etapa for apenas citada, é porque o seu passo a passo é igual ao explicado no capítulo Pós-Produção, deixando assim que o próximo capítulo apenas trate das etapas que sofrem mudanças.

63 MOVIMENTO HORIZONTAL ARTIFICIAL


ETAPA 1 (Sem alterações).

ETAPA 2 (Sem alterações).

ETAPA 3 O processo de tratamento das imagens ocorre normalmente, apenas mudando quando se chega o momento de realizar o corte: a primeira imagem também será o ponto inicial do deslocamento, então posicione o retângulo de corte (com proporção 16:9) no ponto de origem que você preferir.

ETAPA 4 Se for possível, você poderá utilizar os mesmos valores de edição na primeira e na última imagem, somente o corte mudará: a última foto deve apresentar o ponto final. Como mencionado, não é obrigatório que o movimento adicionado seja perfeitamente horizontal: o retângulo de corte final pode ser posicionado no lugar que você quiser da imagem original, desde que seja um ponto diferente do inicial. De qualquer forma, utilize a função “Sync” para enviar o retângulo de corte da primeira imagem à última, mesmo que esteja temporariamente na posição incorreta: com isso, você terá agora na última imagem, a exata posição do ponto inicial, bem como um retângulo de dimensões idênticas ao inicial.

64 MOVIMENTO HORIZONTAL ARTIFICIAL


Clique na função “Crop” novamente e movimente o retângulo de corte para o ponto final desejado, sem mudar suas dimensões. Caso queira um movimento perfeitamente horizontal, simplesmente desloque o enquadramento utilizando as setas do teclado para o lado, e não o mouse, o que evita irregularidades por tremidas da mão. Quando satisfeito, aperte no botão “Done” da ferramenta “Crop”.

Pelas imagens você percebeu que o prédio permanece dentro do enquadramento no ponto inicial e final, pois os retângulos de corte se intersecionam. Isso significa que apesar da cena se deslocar para o lado durante a sequência, ele jamais sairá de cena, apenas alguns elementos à sua esquerda desaparecerão enquanto outros à sua direita serão revelados. A velocidade deste movimento será definida depois, levando em conta os seguintes fatores: duração total do Time Lapse / número de imagens / distância entre o ponto inicial e o final. Se o vídeo final passar muito rapidamente, talvez o entendimento do mesmo seja prejudicado, então para sequencias curtas (duração de mais ou menos 10 segundos), recomenda-se que os pontos iniciais e finais sejam próximos, para que o deslocamento fique mais suave. Estando a primeira e a última imagens editadas e cortadas em diferentes pontos no Lightroom, salve a alteração na Metadata (Save Metadata From Files) e vá para o LrTimelapse.

65 MOVIMENTO HORIZONTAL ARTIFICIAL


ETAPA 5 Esta etapa será igual à etapa cinco citada no capítulo Pós-Produção, aqui só será explicado como o processo do movimento funciona: Perceba como o retângulo laranja presente na miniatura das imagens indica o que aparecerá na sequência final. Ao selecionar somente a última imagem, você verá como o retângulo estará numa posição diferente da primeira imagem. Ao utilizar a função de transição linear do Lrtimelapse, além do tratamento feito no Lightroom, o programa também fará a transição lenta dos retângulos de corte, ou seja, a cada imagem o retângulo laranja, da posição inicial, “andará” um pouco em direção em direção ao ponto final. O programa faz isto de maneira mais suave possível, ou seja, tendo a distância entre o enquadramento inicial e o final, esta distância é dividida pelo numero total de imagens, e o resultado é o quanto o retângulo andará a cada foto. É exatamente por isso que, caso o número de fotos seja muito pequeno ou se a distância for muito grande, o valor ficará maior e a velocidade do movimento artificial aumentará. Depois de feita a transição, você pode apertar no “Play” e observar o retângulo laranja se locomovendo pela imagem. Alternativamente, pode-se selecionar todas as imagens (Ctrl+A) antes de apertar o “Play”, para que os corte de todas as imagens sejam exibidos, indicando o percurso que será feito. Caso não esteja satisfeito com o resultado, basta não salvar as alterações do Lrtimelapse à metadata, voltar ao Lightroom e alterar o enquadramento de corte da primeira e da última imagem, até que fique da melhor maneira possível.

ETAPA 6 Esta etapa também não possui nenhuma diferença, porém é pertinente dizer que no momento de escolher um ponto da imagem para a realização do deflicker, lembre-se que o software usa as imagens inteiras, então não há problema algum em escolher um ponto que fique fora do enquadramento desejado.

66 MOVIMENTO HORIZONTAL ARTIFICIAL




DIFICULDADE: Esta técnica possui as etapas muito semelhantes ao de um Time Lapse comum e ao Movimento Horizontal Artificial, pois em todos os casos, no momento da captura de imagens a câmera não se move. O efeito de zoom é criado no momento da pós-produção, assim a dificuldade desta técnica se apresenta no entendimento da produção do efeito. O zoom nada mais é que um movimento de aproximação, que dá ênfase em um elemento centralizando a atenção nele. Assim, se em um primeiro momento é mostrado todo o cenário, ao fim, apenas um ponto em especial estará enquadrado. Para um Time Lapse ele é usado tanto pelo movimento em si, que deixa o vídeo mais dinâmico, quanto para destacar um componente “chave” presente na cena, como um monumento ou prédio histórico. Para entender como a técnica é feita, vamos relembrar alguns pontos importantes: Videos em full HD com proporção widescreen (16:9), precisam ter imagens com, no mínimo, 1920x1080 pixels de tamanho. Uma imagem com extensão RAW geralmente tem o dobro do tamanho dito acima, o que permite a você fazer cortes nas imagens para eliminar partes que julgue desnecessárias.

A imagem acima representa os dois pontos anteriormente citados: o retângulo branco representa uma imagem em RAW, enquanto o cinza representa as dimensões 1920x1080px. Todo o espaço restante pode ser descartado sem que a qualidade seja comprometida. Para entender o zoom, pense nos dois retângulos de maneira separada; obviamente, o cinza é muito menor. No entanto, os dois possuem as medidas para serem transformados num vídeo full HD. Tendo o vídeo full HD as proporções 1920x1080px, não importa se a imagem está do tamanho do retângulo cinza ou do branco: ambos ficarão com o mesmo tamanho.

69 ZOOM ARTIFICIAL


Então, ao pensar no retângulo cinza, percebemos que este mostra a imagem muito mais de perto, enquanto o branco traz uma visão mais ampla. Resumindo, o retângulo branco, representa o ponto inicial desta técnica, onde toda a cena é exibida sem priorizar nada, enquanto que o retângulo cinza representa o ponto final, que realça um ponto em especial.

COMPARAÇÃO ENTRE TAMANHOS QUANDO SÃO IMAGENS

COMPARAÇÃO ENTRE TAMANHOS QUANDO MOSTRADAS EM VIDEO FULL HD

O movimento do zoom deve ser feito de maneira lenta e uniforme, para dar a sensação de que a tela está “caminhando para frente”, tentando chegar perto do elemento-chave. Assim, você precisa decidir qual será este elemento, pois ele é a parte principal de toda a sequencia. Então, defina o ponto inicial da sequencia, que terá dimensões maiores e mostrará toda a cena, e o ponto final, que terá dimensões menores e terá o seu enquadramento feito dentro da imagem RAW, cortando tudo que ficar pra fora desta delimitação.

70 ZOOM ARTIFICIAL


O ponto final pode ser maior que o inicial: nesse caso, o time lapse começará dando ênfase a algo, e terminará mostrando o cenário inteiro

ponto inicial ponto final

O ponto final não precisa necessariamente ficar no centro: você pode escolher o posicionamento que quiser. O ponto inicial também não precisa ser a imagem inteira, você pode realizar um corte prévio nela para eliminar elementos descartáveis, desde que ela ainda permaneça maior que o ponto final (senão acontecerá um “zoom inverso”). Também lembre-se de que o ponto final deve estar contido no inicial, ou seja, seu ponto final deve aparecer desde o início da sequencia.

corte do ponto inicial

corte do ponto inicial

corte do ponto final corte do ponto final

ERRADO

CERTO

CAPTURA DE IMAGENS A captura de imagens é feita da mesma maneira que um Time Lapse estático, seguindo todas as informações que foram fornecidas nos capítulos anteriores de Fotografia, Time Lapse e Pós-Produção. Quanto à composição, apenas lembre que a sua cena precisará de algo para ser destacado quando o zoom for iniciado. Pelo efeito da movimentação, qualquer ponto da cena, mesmo que seja no meio do céu, acabará por chamar a atenção quando a tela se aproximar dele, mas é recomendado que seja algo interessante.

71 ZOOM ARTIFICIAL


Utilize a fotometria no modo manual;

Tente colocar um pouco de blur;

Defina o número de quadros por segundo (recomendado: 24fps);

Defina a duração do vídeo;

Capture as imagens em formato RAW;

Certifique-se de que todas as imagens caberão no cartão de memória.

PÓS-PRODUÇÃO Os objetivos aqui são: tratar as imagens, adicionar a transição do enquadramento de imagem maior para o menor e finalização destas imagens em vídeo, mostrando assim o zoom criado. No Lightroom faremos o tratamento, os cortes que definirão a primeira e última imagem e a finalização das imagens em vídeo. No Lrtimelapse faremos a transição entre as imagens e o tratamento do flicker. Se uma etapa for apenas citada, é porque o seu passo a passo é igual ao explicado no capítulo Pós-Produção, deixando assim que o próximo capítulo apenas trate das etapas que sofrem mudanças.

ETAPA 1 (Sem alterações).

ETAPA 2 (Sem alterações).

ETAPA 3 O processo de tratamento segue como explicado no capítulo Pós-Produção. Altere aquilo que desejar até a imagem ficar do seu agrado. A mudança ocorre na hora de utilizar a ferramenta de corte. A primeira imagem mostrará a cena geral, então faça o enquadramento posicionando o retângulo no local de início da sequência (lembre-se de colocar na proporção 16:9 e fechar o cadeado).

72 ZOOM ARTIFICIAL


ENQUADRAMENTO INICIAL

ETAPA 4 Se for possível, você poderá utilizar os mesmos valores de edição na primeira e na última imagem, se a iluminação não tiver se alterado muito durante a captura. O corte, entretanto não será o mesmo: na última imagem o retângulo será menor. Então, caso você utilize a função “Sync” para enviar os dados da metadata do primeiro arquivo para o último, não selecione a sincronização do corte. Ao chegar na uútima imagem, faça o enquadramento de tamanho menor, sem esquecer de que ele tem que estar contido dentro da área do enquadramento maior. Quanto maior a diferença entre o tamanho do retângulo maior e o menor, mais rápido será o movimento do zoom. Essa velocidade também depende do número total de imagens: se a sequência possui 300 imagens e a diferença entre os retângulos é muito grande, o vídeo terá que “correr” para que o zoom caiba nestas 300 fotos. Agora, se a diferença é pequena, o vídeo irá devagar, pois há 300 fotos para serem passadas. Após realizar todas as edições e cortes, clique em “Save Metadata From Files” e vá para o LrTimelapse.

73 ZOOM ARTIFICIAL


ENQUADRAMENTO FINAL

ETAPA 5 Esta etapa é realizada de maneira igual à explicada no capítulo “Pós-Produção”, porém há algo que deve ser mencionado: Sem selecionar todas as imagens, clique na primeira imagem e veja o retângulo laranja. Agora clique na última imagem: você verá que o retângulo diminuiu de tamanho, certo? Agora, selecione todas as imagens e utilize a função de transição linear, que irá transferir gradativamente todos os dados para o restante das fotos, inclusive dos cortes. É justamente por isso que o número de fotos influencia na velocidade que o zoom terá no vídeo final: o LrTimelapse calcula a diferença de dimensões entre as duas imagens editadas, e divide este valor pelo número total de fotografias da sequência. O pequeno valor resultante é quanto o corte diminuirá por imagem. Assim sendo, lentamente o software fará com que o retângulo laranja da primeira imagem vá diminuindo até atingir o tamanho do retângulo da última. Pode-se observar este efeito apertando o botão “Play” que aparece quando a miniatura das imagens é estendida.

74 ZOOM ARTIFICIAL


ETAPA 6 Esta etapa é realizada de maneira igual à explicada no capítulo “Pós-Produção”, só é importante ressaltar que durante o processo de seleção de um ponto para realizar o deflicker, o programa utiliza como base a RAW inteira, assim o ponto selecionado para o processo não precisa ser dentro da área em nenhuma hora.

ETAPA 7 (Sem alterações).

75 ZOOM ARTIFICIAL





*DIFICULDADE: *Caso feita em conjunto com outra técnica, esta dificuldade pode aumentar bastante. Neste capítulo explicaremos como fazer um Time Lapse estático em que a luz durante a captura das imagens foi se alterando com o tempo, ou seja, passando do dia pra noite (ou vice-versa). Porém, esta técnica pode ser utilizada em conjunto com qualquer outra deste manual, variando assim a sua dificuldade. Para que você entenda como ela funciona, sugerimos que num primeiro momento, você apenas a tente sem adicionar nenhum outro movimento. No geral, ela é simples: pense numa paisagem ao fim da tarde, quando começa a anoitecer. A ideia é começar a captura de imagens quando ainda há uma boa claridade, e quando chegar ao final já está tudo escuro e com luzes artificiais. Para isso, você deve pesquisar antes o horário em que o anoitecer começa. Sites climáticos geralmente fornecem este dado para várias cidades, levando em conta também o clima e a estação do ano, pois tudo isso influencia na luminosidade natural da cena. Alguns dias antes do especificado para fotografar, observe a partir de que horas o dia passa a escurecer e que horas já está noite. Naturalmente, um dia não será exatamente igual ao outro, mas caso as condições estejam semelhantes, os horários serão próximos, o que lhe dá a base necessária para calcular o número total de imagens.

CAPTURA DE IMAGENS Ainda pensando no número total de imagens: sabendo o horário que a tarde leva para virar noite - suponhamos que seja 30 minutos – isto significa que para que você consiga capturar todo o momento, o tempo que a câmera levará para fazer isso será de 30 minutos (ou 1800 segundos) para cima.

79 MUDANÇA BRUSCA DE ILUMINAÇÃO


Para saber com exatidão o tempo da captura, você também precisa definir o intervalo de tempo entre uma imagem e outra. Faça o cálculo tendo em mente que o movimento do sol “andando” pelo céu é lento, então o intervalo terá que ser um pouco maior que o normal. Isto ainda é importante, pois quando a paisagem começar a ficar muito escura a velocidade do obturador tem que ser lenta, ou então as fotos ficarão pretas. Lembre também que a velocidade do obturador deve sempre ser menor que a metade do intervalo de tempo entre as imagens, então quanto mais longo o intervalo, melhor. Definido o intervalo (aqui, como exemplo, usaremos 7 segundos) e tendo o tempo total da captura (1800 segundos), dividimos este por aquele e como resultado temos o número mínimo de imagens (257 imagens). Falta ainda considerar o número de quadros por segundo: se você for utilizar 24fps, o seu vídeo terá 10 segundos. Mas, se a sua intenção era fazer um vídeo maior, deixamos aqui 2 opções: Estender o tempo de captura para, por exemplo, 40 minutos. Assim, o número de imagens aumenta (consequentemente, você terá que mostrar um pouco mais do dia ou da noite);

Diminuir o fps para 15, o que aumentará a duração do vídeo para 17 segundos.

Quanto à fotometria, se você ajustá-la quando ainda é dia e não alterá-la mais durante a sequência, quando a luminosidade estiver baixa a fotometria estará toda errada e talvez você perca as imagens do fim, pois estarão completamente escuras. Para contornar isso, temos 2 opções:

MODO MANUAL

Permaneça utilizando todas as configurações no modo manual. Assim, não há risco da velocidade do obturador aumentar, porém alguns dados ainda podem ser perdidos. Então, recomenda-se que o local fotografado tenha iluminação artificial (como postes) e que a mesma seja acesa ao longo da sequência. Ainda de dia, opte por uma velocidade lenta forçada, mesmo que a câmera indique que há muita luz. Teste antes os valores e tente deixar a velocidade de 1/30s para baixo. Para a abertura do diafragma, deixe em valores médios. Caso as imagens fiquem com o branco estourado, tente compensar com o ISO. A ideia aqui é deixar um valor de configuração médio pra alteração da luz, deixando o inicio da sequencia mais clara do que deveria e o final mais escuro. Isto seria tratado na pós-produção, minimizando uma possível perda de dados. Para facilitar, utilize um filtro de densidade neutra para que enquanto estiver dia, o valor lento da câmera seja compensado pelo filtro. Porém, quando começar a anoitecer o filtro se tornará um empecilho, logo você deverá removê-lo durante o intervalo entre um clique e outro, quando perceber que já está escuro o suficiente para ele não ser mais necessário. Isso exige certa habilidade, mas é possível graças ao intervalo mais longo que você colocou.

80 MUDANÇA BRUSCA DE ILUMINAÇÃO


Antes de fazer isso, coloque o foco no automático, já que ao mexer na lente você pode desconfigurá-lo. Após a retirada, coloque novamente o foco no manual;

MODO AUTOMÁTICO

Utilizar as configurações da câmera no modo automático, com prioridade à abertura do diafragma. Já que a cena terá sua luminosidade alterada de forma intensa, pode ser conveniente deixar a câmera mudar as configurações conforme o tempo passa. Dê prioridade à abertura porque se a câmera resolver alterá-la, a profundidade de campo acabará comprometida, estragando a sequência. Neste caso, reiteramos que a velocidade deve ser menor que a metade do intervalo entre as fotos, ou poderá acontecer da câmera não conseguir acompanhar o ritmo e deixar de salvar algumas imagens. Assim sendo, colocar um intervalo longo é o que traz uma margem de segurança à sequência. Um intervalo de 7 segundos já permite que a velocidade alcance valores de até 3.5 segundos, o que só é atingido em locais muito escuros, por isso ter uma cena com boa iluminação artificial é bastante recomendável. Um fator negativo de utilizar as configurações no automático é que o flicker será muito maior que o normal, e removê-lo na pós-produção será bem mais trabalhoso. Após escolher a configuração da sua câmera e já tendo decidido o intervalo e número de imagens, só o que falta comentar é sobre a composição: como já foi dito, procure um lugar com boa iluminação artificial. Como o intervalo será longo, muitos dos movimentos da cena não serão capturados ou apenas aparecerão em poucas imagens. E o movimento que aparecerá terá um blur fortíssimo, por causa da velocidade baixa. Assim, uma boa ideia é que o tema central do seu Time Lapse seja o céu, complementado por construções e suas sombras. Entretanto, não deixe a lente virada diretamente para o sol, porque ele pode danificar o sensor da câmera. Utilizar o sol como elemento secundário (não centralizado e fotografado bem de longe) não trará quaisquer problemas e ainda ajudará na composição.

PÓS-PRODUÇÃO Os objetivos aqui são: tratar as imagens de modo que mostrem a transição da luz suavemente e finalização destas imagens em vídeo. No Lightroom faremos o tratamento das imagens (tomando cuidado para não alterar demais a iluminação) e a finalização destas em vídeo. No Lrtimelapse faremos o efeito de transição da luz entre as imagens e o tratamento do flicker. Se uma etapa for apenas citada, é porque o seu passo a passo é igual ao explicado no capítulo Pós-produção, deixando assim que o próximo capítulo apenas trate das etapas que sofrem mudanças.

81 MUDANÇA BRUSCA DE ILUMINAÇÃO


ETAPA 1 (Sem alterações).

ETAPA 2 (Sem alterações).

ETAPA 3 (Sem alterações).

ETAPA 4 O uso da função de sincronização de dados não funcionará nesta técnica, afinal a iluminação da cena muda da primeira à última foto. Se o seu Time Lapse for estático, o botão “Sync” apenas servirá se você realizar um corte nas imagens, então deixe apenas esta opção (crop) selecionada. Portanto, trate a primeira imagem de acordo com sua claridade e então trate a última de acordo com sua escuridão. Caso esteja muito escura você ainda pode recuperá-la, mas não exagere no tratamento, principalmente ao utilizar a função “Exposure”, pois esta pode granular a imagem.

ETAPA 5 A etapa permanece igual, mas devemos mencionar que a linha amarela, que indica a exposição, não ficará horizontalmente reta porque a primeira e a última foto possuem valores diferentes. Neste caso ela ficará inclinada, partindo do ponto inicial ao final.

82 MUDANÇA BRUSCA DE ILUMINAÇÃO


ETAPA 6 O momento de selecionar uma área da sequência que não tenha sofrido alterações para realizar o deflicker aqui fica meio comprometido, já que as imagens foram todas escurecendo aos poucos. Então, neste caso, procure uma região que perca a sua luminosidade sem mais nenhum outro fator de influência. Ou seja, uma partezinha longe das luzes artificiais (pois elas serão vistas pelo LrTimelapse como um flicker), como algum ponto no céu, mas que não tenha nuvens passando e nem esteja muito próximo do sol. Parece difícil achar uma área assim, mas lembre de que o quadrado de seleção não precisa ser grande, apenas isolado das condições citadas acima. Assim como a linha amarela, a linha azul (e a futura verde, do deflicker) estará diagonal, já que a luminosidade cairá. Isso não significa que está incorreto. O que deve ser evitado são as irregularidades, os “saltos”, presentes no meio desta linha decrescente.

Teoricamente, o que se busca é um ponto que sua linha azul decline perfeitamente

ETAPA 7 (Sem alterações).

83 MUDANÇA BRUSCA DE ILUMINAÇÃO





*DIFICULDADE: *Caso o fotógrafo seja perfeccionista, a dificuldade ultrapassa os limites do imaginável.

ALERTA: Alto teor de matemática. O Movimento Circular, apesar de manter as pernas do tripé fixas, não tem o seu efeito criado artificialmente durante a pós-produção, ou seja, o movimento é realizado durante a captura das imagens. O conceito desta técnica é parecido com a do Movimento Horizontal: relevar ao espectador o que existe além do enquadramento, porém neste caso, estamos lidando com uma literal expansão do enquadramento e não apenas um corte feito numa imagem grande. As imagens mudarão e se deslocarão realmente uma da outra. Para isso, a câmera deverá se mover lentamente para que o enquadramento vá mudando durante a captura. Ao fim, será possível mostrar o que acontece no local à frente do tripé, nos lados e atrás, permitindo ver tudo que há ao redor da câmera. Esta técnica pode ser feita tranquilamente, sem nenhum tipo de dificuldade, se você dispuser de equipamentos próprios para Time Lapse de adição de movimento. São equipamentos que calculam a distância a ser percorrida, o número de imagens e depois encontram o valor de locomoção mínimo da câmera entre uma foto e outra, além de realizar a tal locomoção. Ou seja, depois que os equipamentos forem ligados à câmera, eles farão todo o trabalho duro enquanto você só tem que assistir e esperar. Porém, como nada é tão simples, tais máquinas são absurdamente caras e difíceis de encontrar (muitas vezes, têm de ser importadas, o que torna tudo ainda mais caro). Aqui apresentamos uma maneira alternativa para fazer o movimento circular, mas já deixamos claro que ele é tão cansativo quanto parece. A maneira mais eficaz de fazê-lo manualmente é deixar a câmera parcialmente fixa; um tripé é dotado de “articulações”, então há partes dele que se movimentam independentes das outras. As pernas do tripé deverão ser travadas e o que se moverá é a cabeça dele, onde a câmera é presa e que a faz se mover horizontalmente e/ou verticalmente. O eixo vertical da cabeça também será travado, permitindo somente que a câmera se mova para a esquerda e para a direita sobre o tripé fixo. Veja se o tripé faz o giro completo (se ele dá a volta - 360 graus - completa), permitindo enquadrar todos os arredores se a cada foto a câmera se mover um pouco. É um conceito próximo ao de uma foto panorâmica, em que o fotógrafo fica parado e tira algumas fotos sem sair do lugar, apenas girando o corpo para o lado. Posteriormente, ele une estas fotos, formando uma única imagem que abrange muito mais elementos que uma foto normal.

87 MOVIMENTO CIRCULAR


Entretanto, se numa foto panorâmica o movimento da cena em si é irrelevante, pois o que se quer é unir elementos em comum (como construções), num Time Lapse são os movimentos do lugar que precisam de atenção, pois devem ser mostrados se deslocando pela cena, à medida que o enquadramento vai mudando. Se fosse possível ter uma câmera que tirasse as fotos panorâmicas sozinha, o trabalho seria muito menor, já que o blur estaria presente: era só fazer um Time Lapse com estas imagens “compridas”. Bastaria somente usar a técnica do movimento horizontal de um canto à outro das imagens. Uma pena que este não é o caso. A maior dificuldade de não possuir aqueles equipamentos especiais é que realizar o pequeno valor do movimento da cabeça do tripé manualmente fica bem complicado, pois este só pode ser estimado e não realizado com perfeição. É aqui que entrará o improviso matemático. Imagine o tripé/câmera já virados para ponto de início da captura. Perceba que o final será o mesmo lugar, pois a câmera dará uma volta completa (360 graus). Mais que isso acontecerá uma repetição de cena.

88 MOVIMENTO CIRCULAR


Agora, adote uma visão aérea desta situação: pense que o lugar onde o tripé/câmera estão é o centro de uma circunferência, enquanto que o campo de visão do tripé/câmera é a circunferência em si. Então, se a câmera girar 90 graus, temos ¼ da circunferência. Se girar mais 90 graus ela estará virada para o exato lado contrário da sua posição inicial, e assim por diante.

O campo de visão total da sequência, em graus, é definido mais facilmente se o fotografo pensar em uma visão aérea

90 GRAUS

POSIÇÃO DA CÂMERA

CAMPO DE VISÃO DA CÂMERA (360 GRAUS)

Entendido isso, perceba que a melhor forma de se chegar ao valor do movimento da cabeça do tripé é usando ângulos. Tendo uma marcação que indique quantos graus a cabeça se move (ângulo por ângulo), você terá um controle maior sobre a velocidade final do seu Time Lapse. Como cada imagem está a um valor mínimo de deslocamento da próxima imagem, a cabeça deve sempre se mover durante o intervalo entre um clique e outro, o que significa que você precisará de uma forma para saber o quanto movimentar o eixo. O melhor método é marcar os ângulos em torno do eixo central. Partindo de seus pés, o tripé converge para apenas um eixo que fica no seu centro e ligado à cabeça, onde a câmera é presa. Como este eixo é circular, é conveniente usá-lo como referência para os ângulos, já que ele possui 360 graus. Sendo assim, se você dividir o comprimento total dessa circunferência por 360, o valor resultante será a distância de um grau para o outro. Para medir o comprimento da circunferência usamos uma ferramenta simples chamada “paquímetro”, usada para obter medidas que a régua normal não consegue, como superfícies redondas, profundidades, etc. Para usá-lo, posicione o eixo entre os dentes do paquímetro e feche-os até que a abertura se encaixe perfeitamente no eixo; em seguida, observe a medida que aparece no indicador da ferramenta.

89 MOVIMENTO CIRCULAR


EIXO CENTRAL DO TRIPÉ (VISTO DE CIMA) PAQUÍMETRO DIÂMETRO

Desta forma você terá o diâmetro da circunferência e não o seu comprimento. Divida o valor do diâmetro pela metade e você terá o raio. Tendo o raio, use a fórmula: O valor não será exato, então arredonde para COMPRIMENTO = 2. Pi. Raio cima ou para baixo

(Sendo o valor de Pi: 3,14)

Divida a medida do comprimento por 36, para se obter a distância de 10 em 10 graus entre as imagens. Dividimos por 36 e não por 360, pois aí a distância seria de 1 em 1 grau entre as imagens, o que é um valor muito pequeno para ser marcado. Se você ainda não desistiu de tentar, agora só falta marcar estes valores no tripé para tê-los como referência na hora de mover a cabeça do mesmo. Aqui pode ser usada uma simples folha sulfite cortada com o valor exato do comprimento total do eixo. Assim, quando a folha for enrolada ao redor do eixo, ela fechará certinha em sua outra ponta. Neste pedaço da folha cortado risque as marcações das distâncias entre os graus (com uma régua simples). Cada marca, assim, indicará mais 10 graus, então verifique se no final o total é 360 graus, senão algo está incorreto. Fixe este papel ao redor do eixo central, próxima à cabeça do tripé. Agora, só o que falta é um indicador. Faça uma pequena seta, risco ou qualquer outro sinal logo acima da junção do eixo com a cabeça, tendo em mente que o eixo nunca gira junto com a cabeça. Assim, o papel com os graus ficará sempre imóvel enquanto a setinha irá acompanhar o movimento da cabeça, mostrando exatamente o ângulo em que você está. Se a câmera se movimentar 10 graus por foto, uma volta completa terá apenas 36 imagens, e isso é rápido demais para que qualquer coisa seja entendida. Então, entre cada risco você deve tirar várias fotos, movendo a câmera bem de pouco em pouco.

90 MOVIMENTO CIRCULAR


O recomendado é deslocar 1 grau por imagem, então entre cada risco você teria que mover a câmera 10 vezes e tirar 10 fotos. Isto depende do seu próprio controle e muito provavelmente a sequência não ficará perfeita porque é impossível você aplicar a mesma força para mover o eixo em todas as centenas de cliques.

CAPTURA DE IMAGENS A fotometria pode ser configurada no modo manual sem problemas, desde que o lugar não mude absurdamente de iluminação de um lado para outro. Então está liberado usar o mesmo valor durante toda a captura. Como o enquadramento das imagens mudará por completo, diminua a abertura do diafragma, assim a profundidade de campo será maior e evitará que alguns elementos ao longo da sequencia saiam desfocados. A velocidade final do movimento circular depende do quanto você girou a câmera por intervalo. É claro que terão pontos irregulares pelo deslocamento da câmera não ser exato, porém com a quantidade de fotos exibidas por segundo, normalmente estes pontos passam despercebidos. Hipoteticamente falando, se cada imagem tiver um grau exato de distância da próxima, após a câmera dar uma volta completa, teremos 360 imagens. Se continuar movendo a câmera e tirar mais 40 imagens (totalizando 400), alguns pontos iniciais serão mostrados novamente, e assim por diante. Por isso que sequências de movimento circular giram em torno de 15 segundos, se usados 24fps.

91 MOVIMENTO CIRCULAR


PÓS-PRODUÇÃO Os objetivos aqui são: tratar as imagens, criar o movimento de giro e transformar a sequencia em vídeo. No Lightroom faremos o tratamento das imagens e finalização em vídeo e LrTimelapse faremos o efeito de giro e o tratamento do flicker.

ETAPA 1 Se compararmos as imagens do começo com as imagens da metade da sequência, por exemplo, veremos que elas evidenciam momentos diferentes. Isto requer edições diferentes. Se você já tiver aprendido o processo padrão da pós-produção, entenda que aqui o método de transição de edição entre as fotos feita pelo LrTimelapse pode trazer resultados desastrosos, já que as cenas mudam. Então, digamos que somente a cada 90 graus o enquadramento mude completamente. Edite a primeira foto (que representa a primeira do enquadramento, com 0 grau) e a última (que representa o último enquadramento, 270 graus). Faça a transição. Como já foi dito, o resultado das fotos do meio da sequência ficarão com edições incorretas, pois entre o primeiro enquadramento e o último há 2 outros enquadramentos: o de 90 graus e o de 180.

PRIMEIRO ENQUADRAMENTO (0-360 GRAUS)

SEGUNDO ENQUADRAMENTO (90 GRAUS)

QUARTO ENQUADRAMENTO (270 GRAUS)

TERCEIRO ENQUADRAMENTO (180 GRAUS)

92 MOVIMENTO CIRCULAR


0 GRAUS

180 GRAUS

90 GRAUS

270 GRAUS

Para consertar isso, os 4 enquadramentos devem ser separados uns dos outros. Após abrir todas as imagens no Lightroom e determinar as divisões, crie pastas separadas em seu computador para os 4 casos. Sendo assim, você deve observar, começando do primeiro enquadramento, em qual imagem a cena muda totalmente da vista da primeira, e crie uma pasta. A partir desta última foto, faça o mesmo processo até obter os 4 ângulos.

ETAPA 2 Depois de separar as imagens em pastas, lembre que o tratamento será feito em uma pasta de cada vez. Então comece o tratamento na ordem, não comece uma pasta sem terminar a anterior. Importe apenas a primeira pasta (botão “Import”), trate as imagens e após tratá-las, tire-as do Lightroom. Só então comece o tratamento da segunda pasta.

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ETAPA 3 Trate as imagens da primeira pasta como se estas fossem resultar num Time Lapse só delas. Deixe a primeira e a última foto do jeito que gostar, lembrando que as fotos entre elas terão uma transição dos dados. Os valores da última imagem da pasta deverão ser anotados e utilizados na primeira foto da pasta seguinte. Isto porque a última imagem de uma pasta e a primeira da seguinte mostram um cenário bem parecido, com variação de somente 1 grau. Quando as pastas forem unidas não haverá uma mudança de iluminação muito grande na transição entre elas.

ETAPA 4 Pela mudança de cenário entre as primeiras e últimas imagens de cada pasta, apenas utilize a função de sincronização caso você tenha feito um corte e para a proporção 16:9 ser aplicada a todas as fotografias.

ETAPA 5 A transição é feita normalmente, uma vez para cada pasta, sempre lembrando de salvar a metadata após cada transição. Terminado isso é possível reunir todas as imagens em uma única pasta novamente, já que agora não há mais problema em ter enquadramentos diferentes. Você terá diversas transições, mas o processo ficará suave por causa dos valores iguais entre a última foto de uma pasta e a primeira da próxima.

ETAPA 6 É praticamente impossível fazer uma volta completa sem que alguns pontos da sequência se mostrem alterados. Portanto, as únicas opções para se resolver o flicker são: Não fazer quadrado de seleção algum. Ao não selecionar nenhuma parte o LrTimelapse entende que a seleção é para a foto inteira;

Tentar achar uma área em que a alteração seja menor que as outras.

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DIFICULDADE: Basicamente, o movimento retilíneo não apenas muda a paisagem, também se desloca por ela, alterando a perspectiva geral do enquadramento. Ele é especialmente apropriado para locais longos, como corredores e ruas. A câmera segue no sentido da cena, como se estivesse caminhando e mostrando o que está à frente. De todas as técnicas explicadas neste manual, esta é a única em que o equipamento todo se move durante o intervalo entre duas imagens, mudando um pouco a composição. A cada clique o tripé inteiro “andará”. Porém, se você simplesmente levantá-lo ou arrastá-lo para a nova posição, o número de imperfeições na sequência será muito alto, já que você não conseguirá alinhar a câmera exatamente como estava antes. É por isso que recomendamos a utilização de uma plataforma móvel, que seja fácil de ser empurrada e de superfície reta (vulgo: um carrinho), onde você possa colocar o tripé/câmera. Assim, ao empurrar o carrinho para frente o alinhamento não mudará muito.

Se possível, utilize uma roda que não seja dura: elas são mais afetadas por desníveis do chão

Tenha em mente que o alinhamento ainda pode mudar, devido ao solo do local: se ele não for liso e reto, haverá algumas mudanças de níveis que podem fazer com que o carrinho se incline, entortando a composição. Recomendamos que você escolha um local com o chão bem plano e liso. Porém, se isto não for possível, arranje um carrinho com grandes rodas de borracha, pois elas compensam os pequenos desníveis. Carrinhos de carga são uma boa pedida. No entanto, quanto maior o carrinho, maior o peso e, consequentemente, maior o cansaço de empurrá-lo minimamente centenas de vezes. Neste caso, é melhor empurrá-lo diretamente pela plataforma do que pela haste de puxar/empurrar, pois assim você adquire maior controle sobre o deslocamento dele.

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CAPTURA DE IMAGENS A distância total a ser percorrida na sequência é difícil de se definir, já que não há como marcar o caminho todo ou medi-lo. Assim, o melhor a se fazer é definir uma distância simbólica e não ultrapassá-la (algo como “vou desta árvore até aquela outra”). Após isso, defina um intervalo de tempo entre as imagens, lembrando que você deverá mover o carrinho neste tempo. Então, em torno de 5 segundos é o bastante se o seu carrinho não for extremamente pesado. O número total de imagens também é variável, mas saiba que 500 fotos num intervalo de mais ou menos 5 segundos equivale a mover o carrinho por meia quadra. Tome cuidado para não percorrer toda a calçada e chegar à rua bem no meio da sequência, já que as chances do trânsito todo parar por você são pequenas. Escolha o fps e calcule o número total de imagens mínimo. Tomando como exemplo um vídeo de 10 segundos em 24 fps, o resultado seriam 240 imagens. Caso o deslocamento seja de 5 centímetros por foto, teoricamente, a distância total a ser percorrida será 1200 centímetros (ou 12 metros). Essa distância seria a correta se houvesse alguma maneira de se definir que cada um dos deslocamentos seriam sempre 5cm exatos, o que, pela imprecisão da força humana, não é verdade. Então é sempre bom deixar uma margem de erro, pelo menos uns 20m disponíveis. As configurações da câmera também dependem do local escolhido e, a não ser que você planeje tirar zilhões de fotos, a mudança do cenário não será tão grande a ponto da iluminação mudar completamente, já que o ponto final provavelmente aparecerá desde o início, só que mais longe. Outra coisa: se o chão do lugar tiver algum padrão, você pode adotá-lo para ajudar na sequência, como por exemplo, seguir uma linha-guia ou contar o número de lajotas para marcar o tempo.

PÓS-PRODUÇÃO Os objetivos aqui são: tratar todas as imagens, de modo com que o deslocamento pela cena não evidencie alterações bruscas de exposição ou muitas vibrações não desejadas, e transformar a sequencia em vídeo. No Lightroom faremos o tratamento das imagens e finalização em vídeo. No LrTimelapse faremos o efeito de transição da luz entre as imagens e o tratamento do flicker.

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ETAPA 1 (Sem alterações).

ETAPA 2 (Sem alterações).

ETAPA 3 Se o local fotografado tiver desníveis, talvez você tenha que utilizar a ferramenta “Angle” para alinhas algumas imagens. Infelizmente, as fotos devem ser verificadas uma a uma. Feito um deslocamento em uma imagem, seu formato diminuirá um pouco, então lembre de fazer com que as outras imagens não sejam maiores que esta ou trará um pequeno efeito zoom irregular.

ETAPA 4 Se a sequência for de uma pequena distância, é provável que os valores de tratamento valham para todas as imagens, do início ao fim. Porém, se a distância for muito grande ou se tiver uma variação muito grande iluminação, trate a primeira e a última imagem com valores diferentes.

ETAPA 5 Diferente das outras técnicas, esta aqui pode precisar de um tratamento pouco usual. Se o chão for muito desnivelado é provável que o carrinho tenha oscilado de alinhamento e por consequência, tenha oscilado o alinhamento da câmera. Mesmo que você perceba isso durante a captura das fotos e tente consertar entre uma foto e outra, no final o vídeo ficará com algumas tremidas (isso se você não tomar nenhuma providência). Uma alternativa para corrigir isso é tomar um ponto na imagem como referência e tentar deixá-lo no mesmo lugar em todas as imagens.

EXEMPLO: Você decidiu que certa linha na calçada deve sempre estar no centro da sequência. Caso em uma imagem esta linha apareça 10 centímetros para esquerda em relação ao centro, você pode compensar cortando 10 centímetros da margem direita, e assim a linha ficará no centro. Lembre-se que todas as imagens devem ter as mesmas medidas, então mesmo que você corte 10 cm em apenas uma das 400 fotos, as outras 399 também deverão perder 10 cm. Este é um trabalho lento que tem que ser feito foto a foto, mas é uma opção para os mais perfeccionistas. De todas as imagens, a que tiver o maior deslocamento para a esquerda definirá o valor do corte da direita

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(incluindo todas as outras também deslocadas para esquerda, mas que exigem um corte menor), e que o mesmo ocorrerá se tiver deslocamentos para a direita (porém aqui o valor do corte é compensado para a esquerda). Há ainda outra coisa: a proporção da imagem é 16:9, então cortes laterais também irão ocasionar cortes superiores e inferiores.

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REFERÊNCIAS ADOBE. Adobe Photoshop Lightroom User Guide. E-book. Disponível no site http://livedocs.adobe.com/ en_US/Lightroom/1.0/help.pdf Acesso em: 14 jun. 2013 CHYLINSKI, Ryan. Time-lapse Photography. E-book. Disponível no site http://www.learntimelapse.com/ time-lapse-ebook Acesso em 13 jun. 2012. GARRISON, Tedric. How to capture motion and blur in photography. Disponível np site http://www.picturecorrect.com/tips/how-capture-motion-andblurinphotography/ Acesso em: 19 jun. 2013 HEDGECOE, John. O novo manual de fotografia. 4. Ed. São Paulo: SENAC São Paulo, 2005. NATIONAL GEOGRAPHIC. Ultimate guide to photography. E-book. Disponível no site http://www.nationalgeographic.com/ebooklets/e_ultimate_photo_guide.pdf Acesso em: 27 out. 2012. PALACIN, Vitché. Fotografia: teoria e prática. São Paulo: Saraiva, 2012. PORTALCAB. Time Lapse: obras de arte aceleradas. Disponível no site http://www.portalcab.com/cinema/ time-lapse.php Acesso em: 15 out. 2012. RODRIGUES, Bruna. Lightroom 4: dicas para iniciantes. Disponível no site http://www.lightroom.com. br/2013/03/lightroom-4-dicas-para-os-iniciantes/ Acesso em: 28 jun. 2013. WEGNER, Gunther. Time lapse shooting and processing. E-book. Disponível no site http://lrtimelapse.com/ shop/ebook/ Acesso em: 14 jun. 2012.



GLOSSÁRIO Blur: Do inglês “borrar”, trata-se de indicações de movimento na fotografia, registradas durante a abertura do obturador. Câmera DSLR: Tipo de câmera digital que de diferencia das digitais comuns pelo fato de a imagem ser diretamente refletida, por um espelho, para o visor. Quando a foto é tirada, este espelho se retrai, e o sensor registra a imagem. Nestas, a luz passará somente pela lente antes de chegar ao sensor. Crop: Do inglês “cortar”, retirar da fotografia determinado fragmento. Diafragma: Mecanismo contido na objetiva para definir a quantidade de luz que chega ao sensor a partir de sua abertura. Suas lâminas se ajustam quando a luz entra na objetiva. Filtros: Acessório transparente que se encaixa em frente de uma objetiva e modifica a luz de alguma forma. Flicker: Do inglês “tremulação”, em um Time Lapse trata-se de pequenas variações de brilho, por diversas causas, entre uma imagem e outra, causando irregularidades na sequência finalizada. Fotômetro: Instrumento para medir os níveis de iluminação e determinar a exposição adequada a partir das configurações da câmera. Frames per second (FPS): Do inglês “quadros por segundo”, é a medida da velocidade de quadros que são evidenciados em um segundo. Frame: Do inglês “quadro”, refere-se ao enquadramento da cena capturado pela câmera. Full High Definition (Full HD): Qualidade de nitidez de vídeo de alta definição, com proporções panorâmicas de 16:9 e ultrapassando 1920x1080px. Intervalômetro: Recurso que permite ao fotógrafo tirar fotografias automaticamente em intervalos de tempo pré-ajustados. International Standards Organization (ISO): Para fotografia, é a escala para medição da sensibilidade do sensor digital ou filme. Joint Photographic Experts Group (JPEG): Formato de arquivo de dados utilizado em imagens digitais. Objetiva: Conjunto de lentes usada juntamente com um corpo de câmera. Obturador: Cortina que cobre o sensor da câmera. No momento da captura da imagem, este se abre, permitindo o contato do sensor com a luz.


Imagem Panorâmica: Imagem de campo de visão maior ao comumente obtido pela câmera, formada a partir da junção artificial de várias fotografias de determinada composição em uma única. Paquímetro: Instrumento utilizado para a medição de dois lados simetricamente opostos de um objeto, assim como de profundidades. Para-sol: Objeto disposto à frente da objetiva de uma câmera, com o propósito de evitar efeitos indesejáveis na fotografia devido aos raios solares. Profundidade de campo (PDC): Medida de quanto uma fotografia está em foco, do ponto mais próximo da câmera até o ponto mais distante em que ambos estejam nítidos. Depende exclusivamente da abertura usada, da distancia na qual a objetiva está focalizada e a distancia focal da objetiva. RAW: Do inglês literal “cru”, formato de arquivo de imagem disponível em todas as DSLR recentes. Os dados das imagens são armazenados em um estado que precisam ser processados pelo computador. Permite que a imagem seja totalmente editada sem perda de qualidade. Software: Programas de computador próprios para o desenvolvimento de certa atividade. Template: Do inglês “gabaritos”, são modelos que servem para traçar, verificar ou controlar o perfil ou as dimensões que devem ter certos objetos. Neste caso, são gabaritos inclusos em softwares utilizados. Time Lapse: Técnica por meio da qual são tiradas fotografias de um mesmo objeto ou lugar a intervalos regulares, de modo que quando comprimidas em um arquivo de vídeo, todos os movimentos sejam exibidos de maneira acelerada. Tripé: Aparelho de três pernas no qual pode ser fixado uma câmera para conferi-la uma maior estabilidade. White Balance: Do inglês “Balanceamento do branco”, sistema por meio do qual uma câmera digital mede a temperatura da cor e a corrige de modo que os brancos e todas as outras cores tenham aparência normal ao olho humano. Zoom: Objetiva com ângulo de visão variável de aproximação.


SOBRE OS AUTORES

Estudantes de Tecnologia em Design Gráfico na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, os autores, interessados por fotografia, acabaram descobrindo a ramificação do time lapse, e com ela, a grande escassez de informações que apresentava. Afinal, na ocasião inicial não parecia muito justo ser atraído para fazer alguma coisa, mas para fazê-la, precisar gastar uma pequena montanha de dinheiro, obrigatoriamente. Por meio de inúmeros (e bem dolorosos) testes para que cada uma das técnicas planejadas ficasse da melhor forma possível, os autores tentam apresentar aos próximos interessados por time lapses uma maneira alternativa e um pouco mais em conta para que mais pessoas possam explorar o que a técnica é capaz de fazer, e se divertir com isso.


Esta obra foi escrita em DIN Light, DIN Light Italic, Simplicity e Hand Of Sean. Impresso em papel CouchĂŞ fosco, 115 gramas.




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