Stamparia

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Edição 001 Ano 01

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INTRODUÇÃO Desde os primórdios dos tempos, desenhos, coloridos ou não, são aplicados em tecidos pelos seres humanos. Ainda hoje usam-se métodos antigos, não só em comunidades sem acesso à tecnologia, como em ateliês que desejam reproduzir estas antigas técnicas, como batik e pintura à mão, por razões artísticas ou de estilo. A verdade é que, ainda hoje, as técnicas primitivas ainda fazem sucesso e conferem um charme especial, como alternativa à produção massificada. Veja, por exemplo, as estampas de Bali, em batik, que já fizeram tanto sucesso, sobretudo em cangas e lenços. Os exemplos encontrados até hoje nas culturas asiáticas e africanas são exemplos riquíssimos de como cada cultura decora suas vestimentas, e demais tecidos do cotidiano e da decoração, com desenhos estampados.

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PROCESSOS DE ESTAMPARIA SERIGRAFIA (SILK SCREEN)

de 500 camisetas no mínimo. Só pode ser aplicado em camiseta de tecido sintético.

É um processo de impressão por fotolitos e telas. Ainda é o único processo de impressão em camisetas que utiliza tinta para tecido. Por isso é o único que tem plena resistência a lavagem, sendo indestrutível. Pode-se obter um resultado de alto brilho e textura de diversos tipos, aplicando pastas a base de plastisol. Existem diversos tipos de tintas capazes de criar diversas texturas e efeitos, desde “toque zero” até relevo”. O custo de impressão de pequenas quantidades por este processo é bastante alto. É um trabalho de arte e por isso obtém resultados extraordinários. Pode ser aplicado em qualquer tipo de substrato, têxtil ou não.

POWER FILM

É um tipo de vinil recortado em plotter. É transferido para a camiseta por prensa térmica. Tem resistência a lavagem bastante razoável. Existem varias opções de cores e até de cromados e aço escovado, que são cores que outros processos não alcançam. Só serve para aplicação de logos e frases em apenas uma cor na camiseta. Pode ser aplicado em algodão o sintético. Não existe quantidade minima para este trabalho.

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SUBLIMAÇÃO

É impressa uma folha por processo de off-set, ploter ou impressora fotográfica, que depois é transferida por evaporação para a camiseta. Só pode ser impresso em tecidos 100% poliéster de cor branca. Não existe demanda mínima para execução deste tipo de estampa (desde que seja localizada... logotipo ou nome) em camisetas. Sublimação total, como se vê em camisetas de carnaval, “camiseta inteira impressa”, existe necessidade de demanda

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CROMIA

É uma especialidade da serigrafia. Usada para impressão de imagens com resolução fotográfica, quando se deseja a durabilidade da serigrafia, unida a resolução fotográfica do transfer. É um processo que precisa de alto conhecimento técnico e tem custos muito elevados para produções pequenas. Só atende bem a demandas altas (acima de 200 unidades) em impressões que ultrapassam 4 cores. Pode ser aplicado em camisetas de algodão ou sintético.

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ILUSTRAÇÃO

HISTÓRIA

Bernando Marques, Maria Keil e mais recentemente António ou Cid, como caricaturistas/cartoonistas. Nos finais do século passado e no início deste a ilustração portuguesa ganhou um forte impulso revelando novos talentos, dos quais os mais famosos tanto nacional como internacionalmente são Pedro Salgado e André Carrilho.

Ao longo dos tempos notabilizaramse vários artistas pláticos que também eram ilustradores: Albrecht Dürer, Hans Holbein (no sec.XIV e XV), Henri de Toulouse-Lautrec, Gustave Doré e Aubrey Beardsley (no sec.XIX), Alfred Kubin, Ben Shann, Paul Nash (no sec.XX), apenas para nomear alguns.

Atualmente a ilustração tem sido considerada como um elemento pictórico que transcende a sua função tradi-

No século XX em Portugal sobressairam nomes como Stuart de Carvalhais,

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cional, podendo, em certos casos, ser considerada um conteúdo independente. Isso fica especialmente evidente quando consideramos o papel da infografia nas publicações atuais. Ou seja, a possibilidade de maior integração entre texto e imagem, ou o uso da imagem de forma independe. Com a evolução da linguagem pictórica do design gráfico, está cada vez mais difícil de determinar as fronteiras do que vem a ser a ilustração.

Desde os anos 90, os ilustradores confrontaram com uma mudança nos meios de se fazer seus trabalhos. A chegada da computação gráfica com softwares de manipulação fotográfica e novos dispositivos como as mesas digitalizadoras têm influenciado a maneira como se cria ilustração. Novas técnicas de ilustração em computador, como o uso da Imagem vectorial e 3d, têm se tornado comum na comunicação visual. Muitos ilustradores, hoje em dia, já recebem treinamento diretamente na frente de um monitor.

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ESTAMPARIA NA MODA

mesmo compõe uma imagem associada a elementos de identidade visual da grife, de modo a promover o reconhecimento do usuário. A estamparia têxtil pode oferecer muitmais do que isso, também buscando aspectos na sua representação que serão associados à personalidade do consumidor de moda, fidelizando ainda mais esse usuário.Na sua dissertação Design de superfície: técnicas e processos em estamparia têxtil para produção industrial (2008), Miriam Levinbook aborda especificamente as técnicas e processos em estamparia têxtil para produção industrial. Em seu texto, a autora afirma que a nomenclatura para o design de superfície adota a forma de “design de superfície têxtil”, quando aplicado na construção de peças artesanais, na tecelagem plana ou malharia e na elaboração de estamparia localizada ou corrida para a moda e vestuário. Dentro dessa especialidade do design de superfície, surgem três características técnicas distintas: design de superfície têxtil

Para elaborar um projeto que envolva estamparia, vários fatores devem ser levados em consideração, como em qualquer projeto de design. Mas diferentemente de um livro ou de um site, o suporte de aplicação do projeto gráfico das estampas estará em conexão direta com o usuário, não só cobrindo o seu corpo, mas representando o seu gosto e sua identidade perante os demais. Segundo Sylvia Demetresco, “a cada dia, desenvolve-se a consolidação de um novo paradigma estético no universo do consumo, permitindo-nos verificar como a marca se torna mais importante do que a função ou o conteúdo do objeto de desejo” (2005, p.41). Dessa forma, a estampa que é aplicada nas roupas muitas vezes apenas reproduz o desenho da marca, ou

artesanal, design de superfícies têxteis (tecidas e/ou com acabamentos especiais) e design de superfície em estamparia têxtil para moda e vestuário.

genharia têxtil. Segundo Levinbook, “alguns engenheiros têxteis envolvem-se também com a área de design, e muitos designers se aventuram na trama e urdume dos fios” (2008). Apesar disso, a aproximação entre a engenharia e o design nesse contexto só tornaria o trabalho mais extenso, uma vez que, mesmo no processo de estamparia têxtil para moda e vestuário, o que mais se assemelha às análises a seguir é o recorte na

No caso dos dois primeiros processos (design de superfície têxtil artesanal e design de superfícies têxteis), seu desenvolvimento está mais ligado às propriedades das fibras e dos tecidos, com maior inclinação para a área da en-

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composição visual e sua metodologia aplicada à moda e ao vestuário. Para Rütchilling, é nessa composição que se encontra o maior controle do projetista. Em suas palavras, “a concepção da arte (desenho), ou seja, a criação dos elementos visuais e a maneira como se arranjam sobre o fundo define o sucesso do trabalho” (2008 p.61).

imagens a serem estampadas, só o objetivo do projeto pode delimitar qual ou quais serão usadas. Isso reforça a importância de, na elaboração de um projeto de estamparia, conhecer e adotar o repertório do usuário como diretriz de pesquisa e aplicação.

A TIPOGRAFIA NO DESIGN DE SUPERFÍCIE

Seguem alguns exemplos de tipografia aplicada ao design de superfície – têxtil ou não – apresentando várias soluções de projeto, conforme seus objetivos. Vão demonstrar, também, a versatilidade da tipografia como veículo da linguagem visual.

Posto isto, observa-se que são múltiplas as possibilidades de criação na composição visual, pois, dentre tantas técnicas de base para a pesquisa de referências visuais na execução das

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radicionalmente, a tipografia estava associada ao design gráfico, sobretudo à indústria da impressão. Porém, em virtude do acesso universal à tecnologia digital, a palavra “tipografia” é cada vez mais usada para designar a disposição de qualquer material escrito, e já não se aplica apenas ao trabalho dos tipógrafos. (...) A tipografia é muito diferente do que era há uns meros 20 anos.

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A tecnologia digital trouxe mudanças não só na maneira de se fazer tipografia, mas também no que respeita a quem a faz. No decurso desta evolução, exigiu igualmente do tipógrafo, que pretende “desafiar a nossa forma de ler”, para que passasse a “desafiar a nossa forma de não ler” (JURY, 2007. p. 8, 13)

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A tipografia é tratada como fonte de inspiração no livro Typo, e dele seguem exemplos em diversas aplicações no campo do design de superfície voltados para o mercado de

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acessórios, mobiliário e decoração, mostrando a versatilidade da tipografia e a criatividade dos designers envolvidos.

ANÁLISE DA TIPOGRAFIA NA MODA MASCULINA tos diferenciados da sexualidade e, por assim ser, traduzem a motivação para fundar, na concepção da sexualidade centrada na oposição entre masculino versus feminino, uma ordem basilar, uma coerência social e uma visão particular do mundo que possibilita a manutenção e o reconhecimento do corpo (CASTILHO. 2004. p.13)

Parece, então, que tanto a decoração corpórea quanto o vestuário são capazes de comunicar visual mente a oposição entre os sexos, assinalar as características do masculino e do feminino e impor algumas limitações na forma do vestir, recobrir ou decorar, visto que os elementos matéricos e as formas constituintes, sobrepostos ao corpo nesse contexto, podem ser entendidos como elemen-

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CAMISETERIA A Camiseteria é uma empresa que iniciou suas atividades em 2005 no Rio de Janeiro, inspirada por um estilo de comercialização de camisetas já consolidado em outras partes do mundo – a venda de camisetas online. Seguindo o sucesso de empresas online como a Threadless, a Camiseteria oferece ao usuário a inovação em termos de interatividade, além de participar da escolha das estampas comercializadas. Também interage em uma comunidade, trocando ideias e criando vínculo com os usuários, e tornandoos corresponsáveis pelas estampas incluídas nas coleções

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da marca. Há um concurso permanente – estampas são produzidas, a empresa as expõe no site, e os internautas atribuem a cada estampa uma nota de um a cinco. As estampas mais votadas são incorporadas à coleção e oferecidas para compra pelo próprio site. Como são os próprio usuários que mandam estampas que serão submetidas a votação, caso uma estampa seja muito votada, é praticamente garantia de compra do produto. Segundo palavras publicadas no próprio site

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O Camiseteria é a última palavra em democracia fashionista.

www.camiseteria.com.br/about.aspx

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Realização:

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@anafranmo

Apoio:

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@JefersonBraz

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