51339405 tijolo solo cimento

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ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS

MATERIAL OPÇÕES Veja abaixo os tipos de parede sem função estrutural (paredes de vedação)

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ALVENARIA DE BLOCOS E TIJOLOS DE SOLOCIMENTO ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO ALVENARIA DE BLOCOS CERÂMICOS PAREDES DE CHAPAS DE GESSO ACARTONADO (DRYWALL) ALVENARIA DE BLOCOS SÍLICO-CALCÁRIOS ALVENARIA DE BLOCOS DE CONCRETO CELULAR AUTOCLAVADOS ALVENARIA DE TIJOLOS CERÂMICOS MACIÇOS

CHECK-LIST Verifique os itens a serem considerados no momento da especificação

Bloco e tijolo de solo-cimento PRODUTO

e H

Bloco e tijolo de solo-cimento para alvenaria sem função estrutural (Bloco e tijolo de solo-cimento para alvenaria de vedação).

DEFINIÇÃO Segundo a NBR 10834, de outubro de 1994, define-se o Bloco vazado de solo-cimento como componente para alvenaria de seção transversal útil entre 40 e 80% da seção transversal total, constituído por uma mistura homogênea de solo, cimento Portland, água e, eventualmente, aditivos. Conforme a NBR 8491, de abril de 1984, define-se o Tijolo maciço de solo-cimento como tijolo com volume real não inferior a 85% de seu volume total bruto, constituído por uma mistura homogênea de solo, cimento Portland, água e, eventualmente, aditivos.

C L

Figura 1 – Bloco vazado comum de solo-cimento

H

C L

PRODUÇÃO ANUAL ESTIMADA

Absorção de água Aspecto Características específicas do projeto Consumo Controle do serviço Desempenho Dimensões e tolerâncias Disponibilidade Forma de pagamento/ medição Interfaces alvenaria x estrutura Juntas de controle Massa da parede Modulação Preços Recebimento em obra e armazenamento Resistência à compressão

Conforme consulta realizada em um dos fabricantes, a produção anual de blocos vazados especiais de solo-cimento é de 804 mil peças em prensa hidráulica industrial. Fonte: Santana Pré-Fabricados, janeiro de 2007.

Figura 2 – Bloco vazado especial de solo-cimento

H

TIPOS Os blocos e tijolos de solo-cimento são classificados da seguinte forma:

Blocos vazados de solo-cimento Blocos comuns Possuem formato retangular e dimensões nominais definidas conforme a NBR 10835/1994.

C L

Figura 3 – Tijolo maciço de solo-cimento

Blocos especiais Possuem formas e dimensões nominais diferentes das que constam na NBR 10835/1994. As especificações são feitas de comum acordo entre o fabricante e o comprador.

Tijolos maciços de solo-cimento Componente maciço de solo-cimento, de formato retangular e com reentrância, com dimensões que constam na NBR 8491/1984.

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DIMENSÕES

FORMA DE COMERCIALIZAÇÃO

Blocos vazados de solo-cimento Dimensões nominais dos blocos vazados de solo-cimento comuns TIPO

DIMENSÕES NOMINAIS DOS BLOCOS (mm) LARGURA

ALTURA

COMPRIMENTO BLOCO

MEIO-BLOCO

A

90

140

390

190

B

140

140

390

190

C

190

140

390

190

Nota: A espessura mínima em qualquer parede do bloco comum deve ser de 25 mm conforme NBR 10834/1994.

Tijolos maciços de solo-cimento Tipos e dimensões nominais dos tijolos maciços de solo-cimento DESIGNAÇÃO

DIMENSÕES NOMINAIS (cm) L

H

C

A

B

h

Tipo I

9,5

5

20

4,5

15,0

≤ 1,3

Tipo II

11

5

23

6,0

18,0

≤ 1,3

C B

H 2,5

h

L

2,5

A

2,5

2,5

A forma ideal de entrega é com paletes protegidos. No momento da cotação de preços, o comprador deve informar o local da entrega do material, o tipo e dimensões dos blocos ou dos tijolos, a resistência à compressão, o valor de absorção de água e outras características particulares de projeto.

Figura 4 – Planta e elevação lateral do tijolo maciço de solo-cimento

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS Resistência à compressão De acordo com a NBR 10834/1994, a resistência à compressão para blocos vazados de solocimento deve ser maior ou igual a 2,0 MPa para valores médios, e maior ou igual a 1,7 MPa para valores individuais, aos 28 dias de idade. Segundo a NBR 8491/1984, a resistência à compressão para tijolos maciços de solocimento não deve ser inferior a 2,0 MPa para valores médios e 1,7 MPa para valores individuais, com idade mínima de sete dias.

Absorção de água De acordo com a NBR 10834/1994, a absorção de água para blocos vazados de solocimento deve ser menor ou igual a 20% para valores médios, e menor ou igual a 22% para valores individuais, aos 28 dias de idade. Segundo a NBR 8491/1984, a absorção de água para tijolos maciços de solo-cimento não deve ser maior do que 20% para valores médios, e superior a 22% para valores individuais.

Aspecto visual Os blocos e tijolos de solo-cimento devem apresentar aspecto homogêneo, compacto e arestas vivas, bem como devem ser isentos de fissuras ou outros defeitos que possam prejudicar seu assentamento, resistência ou durabilidade da construção.

Tolerâncias Dimensionais A tolerância permitida para blocos e tijolos de solo-cimento é de 3 mm para cada uma das três dimensões, conforme especificado em suas respectivas normas, NBR 10834/1994 e NBR 8491/1984.

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ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS

CONSUMO DE MATERIAL

QUESTÃO AMBIENTAL

Consumo de blocos e tijolos de solo-cimento Blocos comuns

> Classificação do

Estima-se como consumo médio de blocos comuns de solo-cimento o valor de 16,7 blocos/m², sem considerar perdas e adotando-se blocos com 14 cm de altura, 19 cm de largura e 39 cm de comprimento. Entretanto, recomenda-se fazer a quantificação de peças em função do projeto de produção da alvenaria, considerando-se blocos inteiros e meios-blocos, como ilustrado na figura 5.

resíduo: conforme resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) 307 de 5-72002, os resíduos de blocos e tijolos de solocimento podem ser considerados de classe A. Nota: verifique se não houve incorporação de outro resíduo ao processo original de produção dos blocos e da argamassa. > Destinação do resíduo: esses resíduos são destinados a aterros de resíduos da construção civil. Não foram encontrados estudos referentes à utilização de agregados de blocos e tijolos de solo-cimento.

Blocos especiais Estima-se como consumo médio de blocos especiais de solo-cimento o valor de 44 blocos/m², sem considerar perdas e adotando-se blocos com 7,5 cm de altura, 15 cm de largura e 30 cm de comprimento. Entretanto, recomenda-se fazer a quantificação de peças em função do projeto de produção da alvenaria, considerando-se blocos inteiros e meios-blocos, como ilustrado na figura 6.

Tijolo maciço O consumo de tijolos sem considerar perdas é de aproximadamente 80 unidades para o Tipo I e 70 unidades para o Tipo II.

Consumo de argamassa para blocos e tijolos de solo-cimento Blocos comuns Adotando como referência o consumo de argamassa para blocos de concreto sem função estrutural com dimensões de 19 cm x 19 cm x 39 cm, apresentado no TCPO (Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos) 12ª edição, tem-se:

300

C

39

39

Figura 5 Parede de 1,00 x 2,70 Total de blocos inteiros: 36 Total de meios-blocos: 18

medidas em cm

medidas em cm

270

270

1

7,5

14

19 1

15

Figura 6

Parede de 3,00 x 2,70 Total de blocos inteiros: 342 Total de meios-blocos: 36

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> Consumo médio baseado nas composições do TCPO para blocos de solo-cimento com dimensões de 19 cm x 14 cm x 39 cm, considerando-se perda de 5%, é de 0,0140 m³/m². > Consumo variável baseado nas réguas de produtividade do TCPO, em virtude da maior ou menor racionalização dos processos construtivos das empresas construtoras, mostra-se:

0,0053 (m 3/m 2 ) Mínimo

0,0147 (m 3/m 2 ) Mediana

0,037 (m 3 /m 2 ) Máximo

Blocos especiais Devido às suas características, os blocos especiais de solo-cimento, de acordo com informações fornecidas por fabricantes, são assentados com cola branca (PVA). Os consumos dos itens envolvidos ficam assim distribuídos: cola branca de PVA, 400 g/m²; argamassa de enchimento, 0,016 m³/pilar ou pilarete, considerando paredes de 2,80 m de altura e pilares espaçados a cada 1,80 m; uma barra de aço de Ø 5/16” para cada pilar. Fonte: Santana Pré-Fabricados, janeiro de 2007.

Tijolo maciço Adotou-se como referência o consumo de argamassa para tijolo comum com dimensões de 5,7 cm x 9 cm x 19 cm, apresentado no TCPO (Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos) 12ª edição, tem-se: > Consumo médio baseado nas composições do TCPO para tijolos maciços de solocimento, considerando-se perda de 10% é de 0,0251 m³/m² para o Tipo I, e 0,0284 m³/m² para o Tipo II. > Consumo variável baseado nas réguas de produtividade do TCPO, em virtude da maior ou menor racionalização dos processos construtivos das empresas construtoras, apresenta-se:

0,0022 (m 3/m 2 ) Mínimo

0,043 (m 3 /m 2 ) Mediana

0,077 (m 3 /m 2 ) Máximo

PREÇOS UNITÁRIOS Para fins de comercialização adota-se a unidade para blocos e milheiro para tijolos.

Preço de blocos especiais (R$): LARGURA (cm)

ALTURA (cm)

COMPRIMENTO (cm)

UN

SP

15

7,5

30

unidade

0,60

15

7,5

15

unidade

0,31

Fonte: Santana Pré-Fabricados, janeiro de 2007.

ARMAZENAGEM Recomenda-se que os blocos e tijolos de solo-cimento sejam armazenados em locais limpos, planos, secos, arejados e protegidos de intempéries.

AMOSTRAGEM E INSPEÇÃO Blocos vazados de solo-cimento Amostragem de blocos vazados de solo-cimento Nº DE PEÇAS DO LOTE (N)

Nº DE BLOCOS INTEIROS QUE CONSTITUIRÃO A AMOSTRA (A)

N ≤ 10.000

A ≥ 10

N > 10.000

A ≥ 10 + (N/10.000)*

Nota: * Para exemplificar, adotamos um lote de compra com 47 mil unidades. A quantidade de peças a serem ensaiadas será

DESEMPENHO Vida útil de projeto As alvenarias externas e internas, bem como seus componentes constituintes, devem manter sua funcionabilidade durante toda a vida útil de projeto, desde que sejam respeitadas as condições de uso conforme previsto em projeto e submetidas a manutenções periódicas e conservação especificada pelos respectivos fornecedores. No caso de paredes expostas às intempéries, devem ser limitados os deslocamentos, fissurações e falhas, inclusive nos seus revestimentos, como conseqüência da exposição ao calor e resfriamentos periódicos. As manutenções preventivas e as de caráter corretivos, que visam não permitir o progresso de pequenas falhas que poderiam resultar em extensas patologias, devem ser realizadas de acordo com o “Manual de Operação, Uso e Manutenção” fornecido pelo incorporador e/ou construtora. O Projeto de Norma 02:136.01-001/1 de 10-11-2006, Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos – Desempenho, Parte 1: Requisitos gerais, Anexo E, indica o valor mínimo de 15 anos para a vida útil de projeto de paredes de vedação. Ainda conforme a publicação acima mencionada, as alvenarias de vedação têm prazo de garantia mínimo de cinco anos no que diz respeito à segurança e integridade.

de 10 + (47.000/10.000) = 15 blocos.

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ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS

Da amostra a ser enviada ao laboratório, metade é submetida ao ensaio de compressão e a outra metade ao de absorção de água. Caso o número da amostra seja ímpar, a quantidade maior de blocos é destinada ao ensaio de compressão, conforme a NBR 10834/1994. Adotando a quantidade de peças a serem ensaiadas, exemplificada anteriormente, temos que: oito unidades são direcionadas ao ensaio de compressão e sete ao de absorção de água.

Tijolos maciços de solo-cimento Amostragem de tijolos de solo-cimento Nº DE PEÇAS DO LOTE (N)

Nº DE PEÇAS DA AMOSTRA

N ≤ 25.000

13

Nota: N > 25 mil, vide critérios da NBR 8491/1984

ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO Blocos vazados de solo-cimento De acordo com a NBR 10834/1994, o lote pode ser rejeitado total ou parcialmente, independentemente dos ensaios a serem feitos nas peças, caso as dimensões, tolerâncias dimensionais e/ou os aspectos físicos dos blocos não sejam atendidos. Caso 20% ou mais dos blocos não atendam a tais requisitos, o lote pode ser recusado; caso contrário, parte do lote pode ser substituída. No caso de ensaios, as condições são as seguintes: > O lote é rejeitado se a amostra ensaiada não satisfizer às exigências de resistência à compressão e absorção de água médias; > O lote é rejeitado se mais da metade dos resultados individuais não satisfizer às exigências de resistência à compressão e absorção de água; > Se menos da metade dos resultados individuais não satisfizer às exigências de resistência à compressão e absorção de água, deve-se retirar do lote outra amostra representativa, com o dobro do número de peças da primeira amostra, e refazer os ensaios. Nesse caso, se houver algum resultado de ensaio que não satisfaça às exigências da norma, o lote pode ser rejeitado. O lote é aceito caso todos os resultados satisfaçam às exigências de resistência à compressão e absorção de água.

Tijolos maciços de solo-cimento Para que um lote seja aceito, a amostra deve atender os requisitos da NBR 8491/1984 no que diz respeito às dimensões, tolerâncias dimensionais, resistência à compressão e absorção de água.

Normas técnicas diretamente relacionadas NÚMERO

DATA DA ÚLTIMA

DA NORMA

ATUALIZAÇÃO

DESCRIÇÃO DA NORMA

TIPO DE NORMA

NBR 10834 NBR 10835

out/94

Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural

Especificação

out/94

Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural – Forma e dimensões

Padronização

NBR 8491

abr/84

Tijolo maciço de solo-cimento

Especificação

NBR 10836

out/94

Bloco vazado de solo-cimento sem função estrutural – Determinação da resistência à compressão e da absorção de água

Método de ensaio

NBR 8492

abr/84

Tijolo maciço de solo-cimento – Determinação da resistência à compressão e da absorção d’água

Método de ensaio

NBR 10832

nov/89

Fabricação de tijolo maciço de solo-cimento com a utilização de prensa manual

Procedimento

NBR 10833

nov/89

Fabricação de tijolo maciço e bloco vazado de solo-cimento com utilização de prensa hidráulica

Procedimento

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SERVIÇO ETAPAS DO SERVIÇO A execução divide-se nas seguintes fases > Locação da alvenaria > Execução da 1 a e 2 a fiadas > Elevação das paredes > Juntas de controle > Vergas e contravergas > Cintas de amarração (eventualmente)

Alvenaria sem função estrutural com blocos ou tijolos de solo-cimento DEFINIÇÃO Execução de alvenaria sem função estrutural com blocos e tijolos de solo-cimento.

ESPECIFICAÇÃO DOS PRODUTOS Blocos, tijolos, argamassa ou outro material de assentamento e rejuntamento, barras de aço, grampos e grapas para encontro de paredes.

DADOS DE PROJETO Para atender às necessidades da produção, o projeto de alvenaria sem função estrutural deve contemplar, pelo menos: > Plantas de locação da primeira e segunda fiadas. > Elevação (paginação) das paredes, contendo blocos, meios-blocos, singularidades, embutimento de instalações e vãos ou aberturas. > Características das juntas entre blocos. > Detalhes típicos de cintas, vergas e contravergas com respectivas armaduras. > Detalhes típicos das interfaces entre alvenaria e estrutura. > Detalhes típicos de pilaretes no caso de blocos especiais de encaixe. > Juntas de controle ou de movimentação quando necessárias. > Especificação do bloco, tijolo, da argamassa de assentamento ou outros produtos aplicáveis e dos produtos responsáveis pela interface alvenaria x estrutura.

INTERFACE ALVENARIA X PILAR (No caso de blocos comuns e tijolos maciços) Em geral são empregados ferros cabelo, constituídos de barras de aço, ou telas metálicas fixadas com pinos ou parafusos. No caso de panos de alvenaria relativamente grandes ou consideravelmente deformáveis, a colocação de ferros cabelo não conseguirá impedir o destacamento das paredes junto aos pilares. Nesses casos, recomenda-se o uso de tela metálica na argamassa de revestimento (nas interfaces da alvenaria com pilares e vigas) ou o uso de selantes elastoméricos nas juntas, principalmente quando os pilares ficarem aparentes ou em relevo na fachada.

PILARETES NA ALVENARIA (No caso de blocos especiais) Utilizam-se barras de aço engastadas desde a fundação até a extremidade superior da cinta de amarração, preenchendo-se, posteriormente, os furos dos blocos especiais com graute ou argamassa, como na figura 7. Deve-se evitar os vazios durante a concretagem executando o preenchimento dos furos dos blocos especiais por etapas. Figura 7 – Pilarete

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ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS

ENCONTRO ENTRE ALVENARIAS (No caso de blocos especiais) O encontro entre alvenarias garante rigidez e estabilidade do conjunto. A ligação pode ser feita por meio de grampos colocados nos furos e preenchidos com concreto como na figura 8 ou com o transpasse dos blocos sem cortes ilustrado na figura 9 – neste último caso, isso só é possível quando a largura do bloco é a metade de seu comprimento. Fonte: Recomendações práticas para uso do tijolo furado de solo-cimento na produção de alvenaria. L. A. Pecoriello, São Paulo 2003.

Figura 8 – Grampos

Figura 9 – Transpasse dos blocos

FABRICAÇÃO DOS BLOCOS E TIJOLOS Tipo de solo Para o tipo de solo a ser utilizado na fabricação dos blocos e tijolos de solo-cimento foi considerada a especificação proposta pelo Ceped (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento do Estado da Bahia) na tabela abaixo: Teor de areia

45 a 90%

Teor de silte + argila

10 a 55%

Teor de argila

< 90%

Limite de liquidez

< 45%

Fonte: Recomendações práticas para uso do tijolo furado de solo-cimento na produção de alvenaria. L. A. Pecoriello, São Paulo 2003.

As NBR’s 10832/1989 e 10833/1989 informam que os solos mais adequados para a fabricação de blocos e tijolos de solo-cimento são os que possuem as seguintes características: Passando na peneira 4,8 mm (nº 4)

100%

Passando na peneira 0,075 mm (nº 200)

10 a 50%

Limite de liquidez

≤ 45%

Índice de plasticidade

≤ 18%

Normas e referências técnicas diretamente relacionadas NÚMERO

DATA DA ÚLTIMA

DA NORMA

ATUALIZAÇÃO

DESCRIÇÃO DA NORMA

TIPO DE NORMA

NBR 10832

nov/89

Fabricação de tijolo maciço de solo-cimento com a utilização de prensa manual

Procedimento

NBR 10833

nov/89

Fabricação de tijolo maciço e bloco vazado de solo-cimento com utilização de prensa hidráulica

Procedimento

NBR 8545

jul/84

Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos

Procedimento

Qualihab

mai/03

Programa Qualihab CDHU

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Principais fases de fabricação

> Armazenamento de matérias-primas > Secagem > Destorroamento para separar ao máximo partículas de solo > Peneiramento > Dosagem de solo, água e aditivos, recomenda-se moldar os tijolos nos traços 1:10, 1:12 e 1:14 (cimento:solo) com a mistura na umidade ótima > Homogeneização e conformação da mistura > Cura úmida > Secagem do produto final > Ensaios de absorção, resistência e durabilidade após 28 dias de fabricação Fonte: Recomendações práticas para uso do tijolo furado de solo-cimento na produção de alvenaria. L. A. Pecoriello, São Paulo 2003.

CONSTRUÇÃO (Execução de alvenaria) Argamassa de assentamento A mistura precisa ser plástica e coesa, podem ser utilizados dois tipos de argamassa: cimento mais solo no traço 1:14 ou cimento, cal e solo no traço 1:3:12, tendo uma resistência igual ou inferior à resistência dos tijolos. Fonte: Alvenaria de tijolos de solo-cimento, Téchne 87 junho/2004.

Pilaretes Para os pilaretes usa-se argamassa ou graute conforme a tabela abaixo: TIPO

CIMENTO PORTLAND

Graute Fino

1,0

Graute Grosso

1,0

CAL HIDRATADA

AGREGADOS

MÍNIMO

MÁXIMO

FINO

GROSSO

0

2,3 – 3,0

0,1

2,5 – 3,3

0

2,3 – 3,0

1,0 – 2,0

0,1

2,5 – 3,3

1,1 – 2,2

Fonte: Recomendações práticas para uso do tijolo furado de solo-cimento na produção de alvenaria. L. A. Pecoriello, São Paulo 2003.

Vergas e Contravergas São empregadas nas aberturas de portas e janelas. Fonte: Recomendações práticas para uso do tijolo furado de solo-cimento na produção de alvenaria. L. A. Pecoriello, São Paulo 2003.

Revestimento das paredes Recomenda-se revestir as paredes com pintura impermeável ou argamassa de revestimento.

Juntas de controle ou movimentação Devido à retração do solo-cimento, as distâncias máximas entre juntas ou comprimento máximo de parede são de 4 ou 5 m, quando do assentamento de blocos e tijolos. Fonte: Recomendações práticas para uso do tijolo furado de solo-cimento na produção de alvenaria. L. A. Pecoriello, São Paulo 2003.

FORMA DE PRESTAÇÃO DO SERVIÇO (Garantias)

FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS PARA A EXECUÇÃO DO SERVIÇO

> Acessório para iluminação (rabicho e lâmpada), também conhecido como “gambiarra” para iluminação > Andaime metálico ou de madeira > Betoneira ou argamassadeira > Bisnaga aplicadora ou meia-desempenadeira especial (palheta ou tabuinha) aplicadora de argamassa de assentamento > Brocha ou trincha para aspergir água > Caixa ou caixote para argamassa (argamassadeira manual) > Carrinho de mão ou gerica > Colher de pedreiro > Desempenadeira de madeira > Escada de sete degraus > Escantilhão > Esquadros de 45º e 90º > Fio de prumo > Gabarito para vão de porta (opcional) > Lápis de carpinteiro e giz de cera > Linha de náilon > Nível de bolha > Nível de mangueira > Nível laser (opcional) > Régua de alumínio de 2 m > Trena metálica de 3, 5 e 20 m

Quando o processo de execução é conduzido diretamente pela empresa construtora, com mão-de-obra própria ou terceirizada, contratando também o projeto de produção e especificando os materiais, normalmente a responsabilidade técnica é compartilhada com a empresa projetista. Nessa situação, a empresa construtora define e gerencia os fornecedores de mão-de-obra, o processo de produção, o controle da qualidade dos serviços e a administração dos materiais (especificação, negociação, compra e perdas). Por outro lado, quando a empresa construtora contrata outra empresa especializada, que comercializa o pacote de serviço, pode incluir no contrato o fornecimento de materiais (blocos, argamassa, acessórios) e mão-de-obra para o serviço de alvenaria, além da:

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ALTERNATIVAS TECNOLÓGICAS

> Definição do sistema a ser adotado, incluindo especificação de materiais, equipamentos e métodos construtivos para a execução dos serviços;

> Administração dos materiais fornecidos, com levantamentos quantitativos, elaboração de pedidos, recebimento e controle das perdas; > Projeto de produção com planta de 1ª fiada e elevações das paredes; > Equipamentos de execução, carrinhos de transporte e EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual); > Gestão dos serviços, com elaboração de cronogramas detalhados, planejamento do canteiro e proposição de soluções logísticas para o serviço. A mão-de-obra para execução da alvenaria deve contemplar também transporte horizontal e vertical dos materiais, dosagem dos materiais para argamassa e confecção das vergas e contravergas, além da alvenaria propriamente dita. Na contratação de empresas especializadas pode ser exigida a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) para os serviços executados, incluindo o fornecimento de materiais. Pode ser feita retenção, em geral de 5%, de cada medição, a ser paga posteriormente, normalmente 90 dias após a conclusão de todos os serviços contratados. O valor poderá ser usado para eventuais correções de falhas verificadas ou até mesmo para alguma despesa administrativa não paga e de responsabilidade do empreiteiro como impostos, encargos sociais e possíveis causas trabalhistas. Em qualquer dos casos é importante que a construtora aplique a sua metodologia de controle na aceitação dos serviços antes de efetuar a liberação do pagamento, sendo que muitas construtoras já dispõem de fichas de verificação de serviços incluindo os itens a serem conferidos, ferramentas de verificação e tolerâncias, como: > Desvios ou tolerâncias para marcação, prumo, nível e alinhamento; > Desvios de espessura incluindo revestimento; > Acabamento de juntas no caso de alvenaria aparente; > Verificação do preenchimento das juntas entre blocos; > Verificação de vergas e contravergas; > Verificação dimensional do posicionamento de singularidades como tomadas, interruptores, papeleiras, etc.

FORMA DE PAGAMENTO Em geral, os pagamentos ou medições são feitos considerando-se a quantidade de serviço concluído por área de alvenaria. Dependendo do caso, a medição pode ser feita considerando a área de alvenaria executada no andar ou no meio-andar, em função das dimensões da obra e quantidades de serviço. As medições normalmente são feitas quinzenalmente, uma no início do mês (em torno do dia 5) e outra no final do mês (em torno do dia 20). No caso de empresa que comercializa o pacote de serviço, incluindo fornecimento de materiais e mão-de-obra, a contratação é feita normalmente em regime de preços unitários. As medições são feitas quinzenalmente e o pagamento é realizado segundo as quantidades de serviço executado no período, conforme os critérios de medição definidos na contratação.

PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA O livro NR-18 Manual de Aplicação, de abril de 1999, escrito por José Carlos de Arruda Sampaio e publicado pela Editora PINI, caracteriza o trabalho de alvenaria como um serviço de cuidados simples no que diz respeito ao uso de ferramentas. O início dos serviços de assentamento dos blocos ou tijolos deve ocorrer após a instalação de proteções em todas as aberturas de pisos, paredes e fachadas, evitando, desta forma, a queda de pessoas ou materiais. Nas bordas das lajes ou nas aberturas de piso faz-se necessária a instalação de proteções coletivas, como guarda-corpos, plataformas etc. Os operários devem utilizar sempre cintos de segurança. O uso de EPI’s faz-se necessário quando da execução de serviços como: > Aplicação de chapisco: utilização de óculos de segurança; > Preparo da argamassa e assentamento dos blocos ou tijolos: uso de luvas impermeáveis; > Trabalhos em alturas superiores a 2,00 m: é necessário o uso do cinturão de segurança tipo pára-quedista.

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No que diz respeito ao armazenamento de materiais, este deverá ser feito de forma a não obstruir as passagens e acessos. Quando do içamento dos blocos ou tijolos, este poderá ser feito por gruas ou guinchos, no caso de materiais paletizados, ou por meio de elevadores de materiais. Em qualquer situação, a carga máxima suportada pelo equipamento tem de ser respeitada, além de serem tomadas todas as cautelas necessárias para que não haja quedas de materiais. Além dos já citados, veja uma relação dos equipamentos de proteção coletiva necessários à execução do serviço: > Bandejas primárias e secundárias > Cancelas para bloqueio de circulação > Tela de proteção para fachadas > Telas de proteção do andar

RELAÇÃO DE EPI’S UTILIZADOS

> Bota de segurança com bico de aço > Capacete de segurança > Cinto de segurança com trava-quedas (preso em cabo de aço ou corda de segurança auxiliar) > Luva de proteção (vinílica, de raspa) > Óculos de segurança > Protetor auricular ÁGUA E ENERGIA Não é comum a apropriação do consumo de água e energia elétrica. Entretanto, é importante a verificação do perfil de consumo para cada obra ou serviço, do ponto de vista da sustentabilidade da construção.

PREÇOS MÉDIOS DO SERVIÇO Preços de mão-de-obra DESCRIÇÃO DO SERVIÇO

UN

EQUIPE

Alvenaria sem função estrutural com bloco comum de solo-cimento de 9 x 14 x 39 cm

m2

11,00

Alvenaria sem função estrutural com bloco comum de solo-cimento de 14 x 14 x 39 cm

m2

11,50

Alvenaria sem função estrutural com bloco comum de solo-cimento de 19 x 14 x 39 cm

m2

12,00

TERCEIRIZADA (R$)

Dados referenciais para São Paulo, data-base janeiro/2007.

CONTROLE DE ACEITAÇÃO DO SERVIÇO Referências e tolerâncias FATOR

REFERÊNCIA

VALOR ESPECIFICADO

TOLERÂNCIAS

Alinhamento referente ao eixo de locação

Qualihab/CDHU

Projeto executivo

Espessura das juntas horizontal e vertical Alinhamento vertical da parede (prumo)

NBR 8545/84 Qualihab/CDHU

≤ 10 mm Projeto executivo

Planeza Nível de alvenaria Pé-direito Irregularidade superficial gradual

NBR 8545/84 Qualihab/CDHU Qualihab/CDHU Qualihab/CDHU

≤ 5 mm Projeto executivo – –

Irregularidade superficial abrupta Desvio de esquadro Abertura de vãos (horizontal e vertical) Posicionamento dos vãos (horizontal e vertical) Comprimento de vergas e contravergas

Qualihab/CDHU Qualihab/CDHU Qualihab/CDHU Qualihab/CDHU NBR 8545/84

Altura de vergas e contravergas

NBR 8545/84

– – Projeto executivo – ≥ 20 cm de cada lado da largura do vão ≥ 10 cm

5 mm/régua de 2 m Máximo de ± 10 mm em relação ao comprimento total da parede – 3 mm, + 5 mm ± 2 mm/m em relação à altura, verificação nas fachadas, máximo de 5 cm ± 15 mm/pavimento ≤ 5 mm / régua de 2 m (tolerância Qualihab/CDHU) Máximo de 15 mm entre paredes do mesmo pavimento ± 25 mm 5 mm (alvenaria sem revestimento) 8 mm (alvenaria a revestir) 5 mm no máximo Máximo de 15 mm no comprimento total das paredes do ambiente – 0, + 20 mm ± 20 mm – 20 mm, +0 (tolerância Qualihab/CDHU, em relação ao comprimento de projeto) – 20 mm, +0 (tolerância Qualihab/CDHU, em relação à altura de projeto)

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