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J.P ENTREGA

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J.P ENTREGA JOYCE PASCOWITCH

Uma cineasta e a luta do cinema brasileiro, porcelanas made in Brazil, quem fez e aconteceu em solo baiano... Vem!

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Ah, que saudades da Bahia... Novidades de mais uma temporada

A Bahia continua reinando nas férias de janeiro com Trancoso, Itacaré e Caraíva. Mas agora outros destinos foram descobertos pela turma antenada: Moreré, Cumuruxatiba e Serra Grande. Menos agito, mais natureza, cachoeiras, vilas de pescadores... SERRA GRANDE, por exemplo, é onde JULIA GASTIN passou alguns dias, assim como o ator Marcelo Serrado. Ah, e para onde muitos paulistanos estão mudando de mala e cuia, com a família toda – graças também a uma escola Waldorf que abriu na cidade.

Já em Salvador, o DIA DE OFERENDAS A IEMANJÁ, 2/2, virou a grande festa do ano. Muita gente bacana aterrissou por lá, de Mario Testino a GIOVANNI BIANCO, Alix Duvernoy, Felipe Veloso, Alice Wegmann, CAMILA COUTINHO, Mart’nália, Guilherme Weber e Paulus Magnus. Aliás, BETINA DE LUCA e o namorado LAIR PASETTI ficaram noivos durante a festa e dentro de um barco, em plena oferenda. A escolha do local tem motivo: foi lá que eles se conheceram, há um ano.

Das muitas pessoas que passaram pela casa de Dona Canô, em Salvador, durante a lavagem de Santo Amaro da Purificação, no fim de janeiro, e que teve como anfitriã MARIA BETHÂNIA, poucas sabiam desse detalhe: o quadro pendurado em uma das salas foi pintado por CAETANO VELOSO quando ele ainda era jovem.

E a praia do Espelho recebe, entre 25 e 29/3, a 23ª edição do ASHTA RETIROS, organizado por Roberta Costa. Desta vez o local escolhido é a fazenda de coco em frente ao mar de Angela e Marina Massi. No retiro, além de aulas de ioga, muita meditação, massagem, alimentação saudável e rituais de cuidados com a pele e o cabelo com a catarinense SORAIA ZONTA – é dela a marca de biocosméticos Bioart, a primeira a lançar um protetor solar orgânico brasileiro, feito com ingredientes como açaí, tapioca e argila.

FOTOS DADO ABREU; REPRODUÇÃO INSTAGRAM; REPRODUÇÃO FACEBOOK; DIVULGAÇÃO

ATÉ BREVE Uma morte repentina abalou um grupo de famosos, no Rio de Janeiro. Jun Igarashi, criador do método de atividade física que moldou o corpo de artistas como Chay Suede, Nanda Costa, João Vicente de Castro, Leandra Leal e Camila Pitanga, entre outros, morreu depois de um infarto fulminante, aos 44 anos – ele tinha histórico familiar de problemas de coração. Jun era ex-campeão de aikido e chegou a ter mais de 170 alunos no seu estúdio no Jardim Botânico. A partir de agora, é a mulher dele, Luciana, quem vai assumir as aulas e a academia.

FORNO A cerâmica brasileira está conquistando alguns dos restaurantes mais conhecidos da Europa graças ao trabalho de um casal de brasileiros, que trocou São Paulo por Portugal há dois anos. Gabi Neves e Alex Hell, do STUDIONEVES, faziam por aqui as peças do D.O.M. e do Maní e agora chegaram à mesa do Mirazur, na França, o melhor do mundo na lista World’s 50 Best, além de outros com estrelas Michelin, como Feitoria, em Lisboa, ou o Celler de Can Roca, na Espanha. Não foi fácil: “Nós tivemos de sambar”, disse Hell à coluna. “Na França, onde as porcelanas são mais tradicionais, fomos chamados de ‘homens das pedras’ por fazer um trabalho ‘tosco’”, entrega ele. Neste primeiro semestre, eles chegam à Dinamarca, Inglaterra, Eslovênia, Bélgica e Rússia e, apesar do sucesso, o casal sente falta mesmo é do feedback que tinham no Brasil: “Aqui, quando a reunião termina com ‘não está mal’, quer dizer que foi sucesso”. TRÊS PERGUNTAS PARA... SANDRA KOGUT A diretora carioca estreia em março Três Verões, filme que já premiou Regina Casé no Festival do Rio e no festival de cinema da Turquia. A história mostra a visão de Madá (Casé), uma caseira de um condomínio de luxo à beira-mar, durante a crise política da Operação Lava Jato.

J.P: Como foi dar esse olhar para quem você chama de personagens “que estão fora de quadro”? SANDRA KOGUT: É curioso porque nada disso é planejado. Quando me dou conta vejo que o olhar que mais me interessa é o das crianças, dos idosos, dos que estão num canto do quadro, dos invisíveis. Esses olhares são muitas vezes os mais singulares, mais pertinentes, mais comoventes. E o filme é isso: um olhar.

J.P: O filme está sendo tão bem recebido lá fora, mas as pessoas entendem a reviravolta política que vivemos? SK: É impressionante como o filme conversa com os mais variados países e pessoas. Mesmo quem não sabe muito bem o que está acontecendo por aqui. Primeiro porque a qualidade humana é uma qualidade universal, e o que move o filme são os personagens e seus atores maravilhosos. E segundo porque é um assunto muito presente no mundo de hoje. O filme fala do sonho (pesadelo) neoliberal: a ideia de que todos querem ser patrões, de que tudo deve ser transformado em mercadoria e visto como um negócio potencial. No filme, todos os personagens – ricos e pobres – só falam em dinheiro, seja por ganância, seja por desespero.

J.P: Cinema no Brasil hoje é… SK: Resistência, perseverança, teimosia, coragem, desespero… Eu faço parte de uma geração que começou a fazer cinema quando o cinema no Brasil tinha acabado. Era a época do Plano Collor. Depois disso vimos ao longo de muitos anos o cinema brasileiro renascer, se reconstruir, e se tornar forte e plural, graças às políticas públicas desses últimos anos. O cinema brasileiro hoje é respeitado e admirado no mundo todo.

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