2017/2
PRECISÃO NO ARREMESSO DO HANDEBOL: UMA PROPOSTA PARA A ANÁLISE DA MELHORIA DO ARREMESSO NA UTILIZAÇÃO EM CONJUNTO DOS MÉTODOS RECREATIVO, CONSTRUTIVISTA E SITUACIONAL EM ESCOLARES DE 6 A 11 ANOS.
ACCURACY ON HANDBALL CLOSURE: A PROPOSAL FOR THE ANALYSIS OF IMPROVEMENT OF CLOSURE IN THE JOINT USE OF RECREATIONAL, CONSTRUCTIVE AND SITUATIONAL METHODS IN SCHOOLS AGED 6 TO 11 YEARS. ARIEL GOMES DA SILVA. Gdo em Educação Física - Faculdade de São Vicente-UNIBR. arielspartakus@gmail.com
Prof. Me. JEFERSON CAMPOS LOPES Faculdade de São Vicente-UNIBR. Mestre em Educação - Unimonte UNIBR - Faculdade São Vicente jeffted@uol.com.br
RESUMO Este trabalho teve como objetivo propor um teste e um protocolo de treinamento com vistas à melhora do arremesso por meio das dinâmicas lúdicas. O handebol é de fácil aprendizagem, porém, deve seguir uma linha metodológica para seu ensino. Os três métodos andam lado a lado no processo de ensino-aprendizagem, pois os aprendizes aprendem brincando (recreativo), entendem o movimento especifico da modalidade (situacional) e desenvolvem o seu lado físico, cognitivo e afetivo (construtivista). Foi proposto um teste de arremesso adaptado. Depois disso, sugeriu-se um programa de protocolo de treinamento adaptado com base nos métodos apresentados no texto, que poderá ter uma duração de quatro semanas. O mesmo teste realizado no início será reaplicado ao final do protocolo de treinamento. PALAVRAS-CHAVES: Handebol. Arremesso. Escolar. ABSTRACT The objective of this work was to propose a test and a training protocol aiming at the improvement of the pitch through the ludic dynamics, using the bibliographic review. Handball is easy to learn, however, it must follow a methodological line for its teaching. The three methods go hand in hand in the process of teaching learning,
since learners learn by playing (recreational), they understand the specific movement of the (situational) modality and develop their physical, cognitive and affective (constructivist) side. An adapted pitching test was proposed. After the test, a training protocol program was adapted based on the methods presented in the text, which may last four weeks. The same test performed at the beginning will be applied again after the end of the training protocol. KEYWORDS: Handball. Pitch. School.
INTRODUÇÃO Comenta-se muito que o handebol “é um esporte fácil de ensinar e de se aprender, que contém os movimentos básicos da vida como correr, saltar e arremessar” (CARDOSO et al. 2013 apud SILVA et al. 2011, pág. 1). O handebol, assim como em outras modalidades, tem seus fundamentos específicos para um bom desempenho da atividade exigida, e “elegem-se como fundamentos inicialmente necessários o domínio de corpo, a manipulação de bola, o passe, a recepção, o drible e a finalização” (OLIVEIRA et al, 2012, pág. 3). O passe, o arremesso ou finta de acordo com (SANTOS e GONÇALVES 2014, pág. 13) “são movimentos fundamentais do handebol que são executados segundo um determinado gesto técnico que é a forma “correta” de execução de um movimento específico” e, de acordo com MARTINS e TRICHÊS (2010) as: [...] suas característica, facilidade de na aprendizagem e execução natural dos movimentos, permitiram o emprego da velocidade, movimentação, força nos arremessos, habilidade no manejo da bola, além de proporcionar aos mestres a possiblidade de educar pelo jogo. (MARTINS e TRICHÊS, 2010 pág. 4)
Os movimentos específicos só devem ser apresentados depois que certas habilidades motoras estejam bem desenvolvidas no aprendiz. KREBS et al (2010) nos relatam que: Uma das fases mais importantes desse processo evolutivo dos movimentos é o período de aquisição de habilidades motoras fundamentais (...) As habilidades motoras fundamentais combinadas aparecem em uma ampla variedade de jogos e outras atividades motoras presentes no cotidiano da criança (...) Após a aquisição e o aperfeiçoamento das habilidades motoras fundamentais combinadas, a criança começa a vivenciar as práticas esportivas de uma maneira mais organizada, os movimentos se tornam mais complexos, ou mais especializados e nesse período é fundamental que a criança tenha as habilidades motoras fundamentais bem desenvolvidas para que na prática esportiva ela não restrições durante a execução dessas
habilidades mais fundamentais que servem de base para esse movimento mais especializado. (KREBS et al 2010, pág. 2)
Ainda KREBS et al. (2010) apud GALLAHUE e DONNELLY (2008), diz que as: Habilidades relacionadas a locomoção, equilíbrio e manipulação de objetos, são caracterizadas como habilidades motoras fundamentais, porque demostram ser uma série organizada de movimentos básicos, que implicam a combinação de padrões de movimento de dois ou mais segmentos do corpo (...) Dentro do contexto de práticas esportivas, a criança corre, lança, arremessa, salta, realiza tarefas com mudança de direção, de planos, de aceleração e a oportunidade para a prática, o encorajamento para que a criança tenha uma ampla vivência de experiências motoras e amplie seu repertório motor é fundamental e imprescindível. (KREBS et al. 2010 apud GALLAHUE e DONNELLY 2008, pág. 2)
“Portanto, mais do que habilidades motoras, o handebol também pode ser capaz de desenvolver
conteúdos
nas
dimensões
conceituais
e
atitudinais,
criando
possibilidades de compreensão dos conceitos intelectuais e morais” (OLIVEIRA et al, 2012, pág. 3). Em seu livro, TANIL (2013, p. 5) afirma que: “as dinâmicas lúdicas são aquelas que dão plenitude, por isso, geram prazer (...) seja como exercício, como jogo simbólico ou como jogo de regras”, que vai de encontro com o relato de GARGANTA (1994): Dever-se-á propor ao praticante, formas lúdicas com regras simples, com menos jogadores e num espaço menor de modo a permitir a continuidade das ações e maiores possibilidades de concretização. (...) assim importante partir duma concepção que articule aspectos fundamentais como a oposição, a finalização, a atividade lúdica e os saberes sobre o jogo. O jogo e o indivíduo que joga constituem o cerne da nossa atenção. (GARGANTA 1994, pág. 11)
Caminhando ao encontro do relato de GARGANTA (1994), CLEMENTE e ROCHA, (2013) apud CLEMENTE, COUCEIRO, MARTINS & MENDES (2012) (pág. 20) “os jogos reduzidos (...) são jogos que emulam os jogos formais coletivos, utilizando ajustamentos de regras, dimensões e objetivos”, ainda complementam CLEMENTE e ROCHA (2013), apud RAMPININI, IMPELLIZZERI, CASTAGNA, ABT, CHAMARI, SASSI & MARCORA (2007); HILL-HASS, COUTTS, ROSWELL & DAWSON (2008); HILL-HAAS, DAWSON, COUTTS &ROSWELL (2009): [...] os jogos reduzidos surgem no âmbito do ensino e treino esportivo com um potencial reconhecido na literatura, permitindo o desenvolvimento de fatores físicos, fisiológicos, técnicos, táticos e sociológicos em simultâneo. (CLEMENTE e ROCHA, 2013, apud RAMPININI, IMPELLIZZERI, CASTAGNA, ABT, CHAMARI, SASSI & MARCORA, 2007; HILL-HASS, COUTTS, ROSWELL & DAWSON,
2008; HILL-HAAS, DAWSON, COUTTS &ROSWELL, 2009, pág. 2021.)
DESENVOLVIMENTO O jogo reduzido não necessariamente é uma cópia do jogo formal, não se limitando a um único jeito de se reproduzir o jogo. Corroboram CLEMENTE e ROCHA (2013) apud CLEMENTE (2012): Inevitavelmente, os jogos reduzidos não se limitam a imitar os jogos formais. Devido aos diferentes constrangimentos da tarefa utilizada pelo treinador é possível alterar o formato do jogo, orientando a prática dos jogadores para conteúdos específicos que o treinador ou professor pretende ver adquiridos. (CLEMENTE e ROCHA, 2013 apud CLEMENTE 2012, pág. 21).
CLEMMENTE e ROCHA (2013) apud CLEMENTE, COUCEIRO, MARTINS & MENDES (2012), no entanto, nos dizem que: [...] consequentemente o professor, no momento de idealização do exercício, deverá atender a um conjunto de fatores que contribuam para a concretização e potencialização dos princípios ou conteúdos de ensino que deseja exponenciar durante a prática. (CLEMMENTE e ROCHA 2013 apud CLEMENTE, COUCEIRO, MARTINS & MENDES, 2012, pág. 20).
A abordagem lúdica é muito usada em iniciação esportiva, principalmente em escolas. O método recreativo é “(...) o mais popular adotado na iniciação esportiva ao handebol (...) que mais cresce nas escolas brasileiras” (SANTOS e GONÇALVES 2014, pág. 19). De acordo com TENROLLER (2004, pág. 103), mesmo que os treinamentos sejam feitos com atividades mais recreativas “[...] é possível que os elementos técnicos ou táticos, (...) propiciarão ao discente um melhor aprendizado do desporto. Já no alto nível, tem seu efeito antiestressantte que é muito valorizado.”. Dentro do método recreativo também se pode realizar atividades mais complexas no que tange a técnica ou a parte física. “Por exemplo, brincando pode-se fazer um treinamento de velocidade (...) os atletas deverão correr até determinado local e inflar um balão até estourá-lo” (SANTOS e GONÇALVES 2014, pág. 19). Juntamente com o método recreativo, o método situacional é de grande importância para a iniciação. De acordo com DE PINHO (2010) apud KRÖGER & ROTH (2002):
[...] a metodologia situacional é constituída por formas de condutas, onde a criança deve adquirir uma capacidade geral do jogo. Estes jogos devem ser apresentados de forma que os praticantes vivenciem situações o mais próximo da realidade do jogo. (DE PINHO 2010 apud KRÖGER & ROTH, 2002, pág. 581).
Ainda DE PINHO (2010) apud GIACOMINI (2007) complementa que: [...] a metodologia situacional caracterizada como uma opção metodológica ativa enfatiza o desenvolvimento da compreensão tática e dos processos cognitivos subjacentes à tomada de decisão procurando evitar que os praticantes sejam condicionados a um desgastante processo de ensino da técnica e a uma especialização precoce na modalidade, excluindo a oportunidade de desenvolver e promover uma cultura esportiva apoiada na diversidade. Ao mesmo tempo, o método visa oportunizar ao aluno uma construção do conhecimento tático-técnico. (DE PINHO 2010 apud GIACOMINI 2007, pág. 581).
O método construtivista também é importantíssimo, e OLIVEIRA et al. (2012) apud XAVIER; ASSUNÇÃO (2005), relatam que, [...] é considerado o principal modo de ensino-aprendizagem, um instrumento pedagógico, pois enquanto joga e brinca a criança aprende. Sendo que este aprender deve ocorrer num ambiente lúdico e prazeroso para a criança. (OLIVEIRA et al. 2012 apud XAVIER; ASSUNÇÃO, 2005, pág. 1).
Ainda OLIVEIRA et al (2012) apud CENP (1990); DARIDA (2003) diz que o método construtivista: [...] depara-se com a compreensão da construção do conhecimento que tem início na interação do indivíduo com o mundo, em um constante exercício de ensino e aprendizagem, que permite o entendimento de conhecer como uma ação implica esquemas de equilíbrio e desequilíbrio em um processo continuado. (OLIVEIRA et al 2012 apud CENP, 1990; DARIDA, 2003, pág. 3.)
Sendo o arremesso o principal movimento dentro do handebol para ocasionar o gol, segundo CARDOSO et al. (2013, pág. 1), “deve ser trabalhado e treinado de forma específica”. Porém, quando falamos de iniciação, para SANTOS e GONÇALVES (2014, pág. 10) a “iniciação esportiva deve constituir-se de fases e sua constituição acontece com as experiências dos participantes”, e eles as separam em fases: Na fase I a recreação é o caminho mais prático para o ensino dos movimentos desportivos. O envolvimento das crianças nas atividades desportivas deve ter caráter lúdico, participativo e alegre, a fim de oportunizar o ensino das técnicas desportivas (...). Todas as crianças devem ter a
possibilidade de acesso aos princípios educativos dos jogos e brincadeiras, influenciando positivamente o processo ensinoaprendizagem (SANTOS e GONÇALVES 2014 citam OLIVEIRA e PAES 2004, pág. 5).
Assim como exposto acima, toda brincadeira ou jogo que atribuam melhorias no físico das crianças se utilizando de tarefas básicas de desenvolvimento é de grande apreço, juntamente com um ambiente confortável, sem cobranças e possibilitando para a criança um aprendizado por meio do prazer do brincar e do fazer. Segundo Ehret (2002), as linhas diretrizes mais importantes é incentivar a motivação de crianças pelo handebol e a formação orientada ao desenvolvimento da personalidade e necessidades, evitando utilizar somente os exercícios mecanizados do handebol para uma formação múltipla e geral. (OLIVEIRA et al 2012 apud EHRET 2002., pág. 4).
Já a fase II entra no mérito das múltiplas experiências desportivas e, de acordo com SANTOS E GONÇALVES (2014) apud OLIVEIRA E PAES (2004): Partindo do principio de que a fase de iniciação desportiva I visa à estimulação e a ampliação do vocabulário motor por intermédio das atividades variadas especificas, mas não especializadas de nenhum esporte, a fase de iniciação esportiva II dá inicio á aprendizagem de diversas modalidades esportivas, dentro de suas particularidades. (SANTOS E GONÇALVES 2014 apud OLIVEIRA E PAES 2004, pág. 6).
O sortimento de modalidades é essencial nesse momento, pois são atribuídas às crianças capacidades físicas distintas, sem repetições de atividades; para SANTOS e GONÇALVES (2014), [...] os iniciantes devem participar de jogos e exercícios, advindos dos esportes específicos e de outros, que auxiliem a melhorar sua base multilateral e no preparo com a base diversificada para o esporte escolhido. (SANTOS e GONÇALVES 2014, pág. 7).
Assim, os locais nos quais são praticadas as modalidades geram afetividade à criança, “pois são inúmeros os motivos nos quais crianças e adolescentes procuram os desportos, entre eles: encontrar e jogar com outros garotos, diversão, aprender a jogar (...)” (SANTOS e GOLÇALVES 2014, pág. 8). A fase III se constitui no aperfeiçoamento do movimento, SANTOS e GONÇALVES (2014) apud OLIVEIRA e PAES (2004) relatam que: [...] a automatização e o refinamento dos conteúdos aprendidos anteriormente, nas fases de iniciação esportiva I e II, e a aprendizagem de novos conteúdos, fundamentais nesse momento de
desenvolvimento esportivo. (SANTOS e GONÇALVES 2014 apud OLIVEIRA e PAES, 2004, pág. 8).
SANTOS E GONÇALVES (2014) complementam: No caso das habilidades (técnicas), como exposto anteriormente, os jogos e as brincadeiras, nas fases de iniciação desportiva I e II, objetivam à aprendizagem da manipulação de bola, passe-recepção, entre outras, e no domínio corporal, a agilidade, mobilidade, ritmo e equilíbrio; dando início à formação tática e ao aperfeiçoamento das capacidades físicas – coordenação, flexibilidade e velocidade – que constituem as bases para a fase de iniciação esportiva III, a qual possui, como conteúdos, a automatização e o refinamento da aprendizagem, preparando os alunos/atletas para a especialização. (SANTOS E GONÇALVES, 2014, pág. 9).
Nessas três fases o handebol tem um grande papel no desenvolvimento da criança, assim como diz MARTINS E TRICHÊS (2010): O handebol contribui e forma efetivo nas capacidades coordenativas dos seus praticantes, a percepção e conhecimento do seu próprio corpo, a percepção e estruturação espacial. Inclusive ocasiona a aquisição das habilidades motoras fundamentais no processo de socialização da criança; assim como, o desenvolvimento das capacidades motoras. Este esporte proporciona o desenvolvimento das habilidades de locomoção e de manipulação, o estímulo do padrão inicial e elementar. Outro fator de destaque é que a modalidade do handebol sendo um jogo é de extrema importância na atividade motora da criança, no desenvolvimento da tomada de decisão, e no exercício do cumprimento de suas regras; na caracterização das noções espaciais e de espaço de jogo. (MARTINS E TRICHÊS, 2010, pág. 5).
A modalidade “devido a sua facilidade de aprendizagem, seus vários gols e suas belas jogadas” (CARDOSO et al. 2013, pg. 1) a torna chamativa. Logo, o arremesso é de suma importância para o objetivo final do jogo, que é marcar o gol.
A precisão no arremesso do handebol, por muitas vezes, substitui a força em determinados lances da modalidade. “Vê-se então que a precisão do arremesso tem sido de fundamental importância para que se atinja o sucesso na sua execução e consequentemente no resultado do jogo” (CARDOSO et al. apud MARTINS; VIEIRA; BEZERRA, 2011, pág. 1) MATERIAIS E MÉTODOS ABORDAGEM DE CARÁTER REVISIONAL BIBLIOGRÁFICO
Este estudo, de caráter revisional bibliográfico, considera as obras referidas neste trabalho. Foram revisados artigos com base no tema de plataformas como Lilacs, Sciello, Resaerchgate e livros. Ao todo, entre livros e artigos, foram utilizados 12 obras nesse trabalho (tabela a baixo). Depois da revisão, foi elaborado um teste e um protocolo de treinamento adaptado para verificar a melhoria do arremesso do handebol. Foram levados em consideração os três métodos apresentados para um melhor processo de ensino aprendizagem, pois os aprendizes aprendem brincando (recreativo), entendem o movimento especifico da modalidade (situacional) e desenvolvem o seu lado físico, cognitivo e afetivo (construtivista). AUTOR
TÍTULO
ANO
SITE/LIVRO
GARGANTA.
PARA UMA TEORIA DOS
1994
SCHOLAR GOOGLE
2004
LIVRO
2008
LILACS
2010
SCIELO
2010
REVSTA DO
JOGOS DESPORTIVOS COLECTIVOS: IN O ENSINO DOS JOGOS DESPORTIVOS. TENROLLER.
HANDEBOL: TEORIA E PRÁTICA.
DE CASTRO; GIGLIO;
O JOGO NO ENSINO DO
MONTAGNER.
HANDEBOL: PROPOSTA DE UM PLANO DE ENSINO PENSADO PARA A PRÁTICA DIÁRIA.
DE PINHO et al.
MÉTODO SITUACIONAL E SUA INFLUÊNCIA NO CONHECIMENTO TÁTICO PROCESSUAL DE ESCOLARES.
KREBS et al.
A CONTRIBUIÇÃO DA PRÁTICA DO HANDEBOL
DEPARTAMENTO DE
NO DESEMPENHO DAS
EDUCAÇÃO FÍSICA E
HABILIDADES MOTORAS
SAÚDE E DO
AMPLAS DE
MESTRADO EM
ESCOLARES.
PROMOÇÃO DA SAÚDE DA UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL
MARTINS; TRICHÊS.
HANDEBOL: IMPORTÂNCIA DO
2010
EFDEPORTES
ESPORTE NA ESCOLA. OLIVEIRA et al.
HANDEBOL ESCOLAR:
2012
EFDEPORTES
2013
EFDEPORTES
2013
LIVRO
2013
REVISTA ELETRÔNICA
CONSTRUINDO CONHECIMENTO CARDOSO et al.
A PRECISÃO DO ARREMESO NO HANDEBOL EM ADOLESCENTES COM IDADE ENTRE 13 E 14 ANOS.
TANIL.
DINÂMICAS LÚDICAS PARA OS PROGRAMAS DE GINÁSTICA LABORAL + 7 DICAS ESPECIAIS DE COMO PREPARAR SUAS PRÓPRIAS DINÂMICAS,
CLEMENTE; ROCHA.
JOGOS REDUZIDOS NO HANDEBOL: A
DA ESCOLA DE
INFLUÊNCIA DO
EDUCAÇÃO FÍSICA E
ESPAÇO DE JOGO NA
DESPORTOS – UFRJ
PRÁTICA MOTORA. SANTOS; GONÇALVES.
HANDEBOL COMO
2014
REVISTA CÍENTIFICA
INICIAÇÃO ESPORTIVA
ONLINE FACULDADE
NA ESCOLA.
ATENAS
PROPOSTA PARA A ANÁLISE DA MELHORIA DO ARREMESSO OBJETIVO GERAL: •
Verificar a melhoria da precisão do arremesso em escolares.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS: •
Promover atividades que o arremesso seja o principal meio de se chegar ao objetivo;
•
Inserir a noção do tipo de arremesso a ser utilizado através da ludicidade;
•
Realizar atividades de precisão;
•
Atividades cooperativo-recreativas.
PRÉ-TESTE
Os escolares irão efetuar dez arremessos de uma distância de seis metros ao gol, em movimento ou não, sem impulsão. Atividade adaptada de De Castro, Giglio & Montagner (2008). Os arremessos deverão ocorrer nas áreas demarcadas no gol por Arcos ou bambolês, nos cantos superiores e inferiores esquerdos e direitos e no centro do gol. Obs.: O arremesso só será contabilizado como certo quando: •
A bola não pingar antes de entrar no gol;
•
Estiver apoiado com, pelo menos, um dos pés no chão. Área de arremesso
Figura 1: Adaptado de De Castro, Giglio e Montangner (2008) PROTOCOLO DE TREINAMENTO O protocolo de treinamento será adaptado na proposta De Castro, Giglio & Montagner (2008). O protocolo terá uma duração de quatro semanas e constarão os métodos propostos no texto inserido no seu planejamento.
Semana
Semana 1
Semana 2
Semana 3
Semana 4
1ª Parte
Discussão
Discussão
Discussão
Discussão
Passa 10 com
Passa 10 com
Passa 10 com
2ª Parte
Passa 10
restrição de espaço
aumento do espaço
diminuição do
Partes Aulas
número de jogadores
3ª Parte
4ª Parte
5ª Parte
Tiro ao Alvo sem
Tiro ao alvo com
Tiro ao alvo (em
Tiro ao alvo (em
adversários
adversários
movimento) sem
movimento) com
adversário
adversário
Jogo Formal
Jogo Reduzido (3
Jogo Reduzido
Jogo Reduzido
x3)
(4x4)
(5x5)
Discussão
Discussão
Discussão
Discussão
PÓS-TESTE Os escolares irão efetuar dez arremessos de uma distância de seis metros ao gol, em movimento ou não, sem impulsão. Atividade adaptada de De Castro, Giglio & Montagner (2008). Os arremessos deverão ocorrer nas áreas demarcadas no gol por Arcos ou bambolês, nos cantos superiores e inferiores esquerdos e direitos e no centro do gol. Obs.: O arremesso só será contabilizado como certo quando: •
A bola não pingar antes de entrar no gol;
•
Estiver apoiado com, pelo menos, um dos pés no chão. Área de arremesso
Figura 2: Adaptado de De Castro, Giglio e Montangner (2008) DISCUSSÃO AS habilidades do handebol são bem compreendidas pelas crianças; assim sendo, podem ser empregadas em práticas não esportivas. As habilidades específicas do
handebol são derivadas das habilidades motoras fundamentais como correr, pular e arremessar entre outros, assim as atividades lúdicas (não esportivas) promovem a execução natural do movimento e ocasionando o educar pelo jogo. As habilidades motoras fundamentais são os starts para qualquer modalidade, e no handebol elas são trabalhadas como movimentos específicos do esporte e, assim como todo esporte, o desenvolvimento das habilidades motoras ajuda na afetividade, na socialização com outros do seu meio e auxiliando nas suas tomadas de decisão. Um dos aliados do aprendizado das habilidades motoras é o jogo reduzido. Como exposto no texto, ele é uma ramificação dos jogos formais, podendo ter várias formas, regras e objetivos para o mesmo jogo. O professor, por sua vez, é o principal mediador da melhoria do movimento, seja pela demonstração, seja pela verbalização ou outra estratégia utilizada; porém, o mesmo deve levar em consideração que o ensino deve ser baseado na multilateralidade de experiências derivadas
de
outros
esportes,
sortindo
as
suas aulas
com
movimentos
diversificados. Por isso, o método recreativo é umas das alternativas a ser usada, pois elas podem ter alto teor de complexidade na execução do movimento, o que contribui diretamente com o método construtivista aonde a criança durante a interação com a sua realidade, com o direcionamento do professor e a atividade proposta vai descobrindo as limitações e potencialidades do seu corpo, onde entra, também, o método situacional que em conjunto com os outros métodos o aluno cria condutas a se deparar com situações problemáticas dentro do esporte e fora dele. O método situacional também é pautado na diversidade de experiências motoras. Com isso, o teste proposto foi criado com o intuito de mostrar como as diversidades nas experiências podem ajudar na melhoria do arremesso, levando em consideração o prazer da criança ao executar os movimentos, o seu envolvimento na atividade, a sua compreensão do que fazer em determinadas situações trazendo o aprender brincando como experiência corporal.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Tendo em vista o apanhado de informações, pode-se verificar a importância da prática esportiva na vida de uma criança, não somente pelo desenvolvimento
cognitivo, mas também psicossocial, tornando-a um cidadão mais consciente e ativo de forma plena. Para tanto, existem técnicas que abrangem esse desenvolvimento passo a passo sendo de suma importância o conhecimento destas pelo educador físico para direcionar de forma efetiva essa evolução.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CASTRO, J. A.; GIGLIO, S. S.; MONTAGNER, P. C. - O Jogo no ensino do handebol: proposta de um plano de ensino pensado para a prática diária. . Rio Claro: Motriz, 2008. v.14 n.1. CLEMENTE, F. M.; ROCHA, R. - Jogos reduzidos no handebol: a influência do espaço de jogo na prática motora. Arquivos em Movimento.v. 9, n. 2. GARGANTA, J. - Para uma teoria dos jogos desportivos colectivos. In: O ensino ds jogos desportivos. Porto: A. Graça & J. Oliveira. CEJD/FCDEF-UP, 1994. KREBS, R. J. et al. - A contribuição da prática do handebol no desempenho das habilidades motoras amplas de escolares. Dissertação (mestrado em educação física) - Universidade Federal de Minas Gerais. 2010. PINHO, S. T. et al.- Método situacional e sua influência no conhecimento tático processual de escolares. Dissertação (mestrado em educação física) - Universidade Federal de Pelotas. Rio Grande do Sul, 2010. TANIL, A.S.F. – Dinâmicas lúdicas para os programas de ginástica laboral + 7 dicas especiais de como preparar suas próprias dinâmicas. Petrópolis: Vozes, 2013. TENROLLER, C.A. Handebol: teoria e prática. São Paulo: Sprint, 2004 TRICHÊS, P. B. M.; TRICHÊS, J. R. Handebol: importância do esporte na escola. Lecturas Educación Física y Deportes, v. 15, n. 148, 2010.
REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS CARDOSO, B. S. et al., - A precisão do arremesso no handebol em adolescentes com idade entre 13 e 14 anos. E FDeports.com.. Revista Digital. Buenos Aires – Año 18 – nº 182 – Julio 2013. OLIVEIRA, P. S. P et al. - Método situacional e sua influência no conhecimento tático processual de escolares. Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 175, 2012. SANTOS, A. V. S.; GONÇALVES, R. M. C. - Handebol como iniciação esportiva na escola. http://www.faculdadeatenas.edu.br/Faculdade/conteudo.asp?cat=iniciacaociencia&id =1242&pag=layout2