sagaz! inteligente e feminina
PITTY e FERNANDA YOUNG
Libere a
FRESCURA
na sua vida!
em uma conversa sobre raiva, amor e refrões
De volta ao
PASSADO:
www.revistasagaz.com.br
novembro 2009 nº1 R$ 5,00
Blythes
relatos de quem não se encaixa nos dias de hoje
essas bonecas tem personalidade e não à toa são modelos, atrizes e também brinquedo
bula
sagaz!
novembro 2009
inteligente e feminina
5 Editorial
Desejos, conceitos e propósitos
6 As novas
8
Um punhado de notícias frescas do mundo pop pra você
8 Roda Aberta Pitty e Fernanda Young
12
11 Coluna
Apresentando a Escrota com Pinta de Gente Fina
12 Comigo
A frecura na sua vida
14 Capa
Blythe: atriz, modelo e boneca
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sagaz!
18 Atitude
inteligente e feminina
Você curte o baú? PITTY e FERNANDA YOUNG
20 Feira Livre 18 4
Tirinhas da Madeine
De volta ao
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Blythes www.revistasagaz.com.br
novembro 2009 nº1 R$ 5,00
Coisas fofas para a sua vida
22 Fim!
Libere a
FRESCURA
na sua vida!
em uma conversa sobre raiva, amor e refrões
relatos de quem não se encaixa nos dias de hoje
essas bonecas tem personalidade e não à toa são modelos, atrizes e também brinquedo
NOSSA CAPA FOTO Sabrina Edras PRODUÇÃO Jéssica LAS
A idéia para este projeto surgiu de uma vontade pessoal de ler uma revista voltada ao público feminino que não fosse mais um manual de comportamento, que fosse descontraída, que falasse a minha língua, tivesse coisas que realmente me atraem. Antes de iniciar o projeto, me certifiquei que não era a única descontente com os periódicos já existentes, então, assim pude dar início a este trabalho - até hoje, o mais prazeroso. Primeiro passo: o nome para a minha mais nova filha - me refiro aos meus trabalhos como filhos, pois sempre dias antes da entrega fico nervosa e todas as pessoas a minha volta dizem que parece que eu vou ter um bebê. Buscando no dicionário, de maneira aleatória, me deparei com a palavra sagaz, que leva a seguinte definição: que tem agudeza de espírito ou de inteligência; perspicaz; desembaraçado, esperto, rápido; sutil. Enfim, sagaz ajudava a definir o que eu buscava: uma revista feminina para o público jovem que trata de assuntos do universo feminino, mas de maneira inteligente, divertida, com mensagens rápidas - afinal, nesta fase da vida de faculdade, trabalho, namorado e família, mal temos tempo para nós mesmas.
Esta revista é um pedacinho de papel bastante colorido, pois acredito que as cores trazem vida às coisas. Tentei usar bastante a flexibilidade do grid, para ela não se tornar monótona. Quando pensei em tipografia, logo me vieram à cabeça as sem serifas (pela jovialidade) e as manuscritas (pela delicadeza), e é o que se pode encontrar aqui. A revista Sagaz carrega em suas páginas cultura pop e comportamento. Se fosse um projeto real, a partir deste número, a revista buscaria interagir com as suas leitoras para que elas possam escolher o que querem ler aqui. Se fosse possível mais tempo e mais páginas para trabalhar, também apareceriam aqui sessões sobre coisas que afligem o mundo (política, meio ambiente, etc.) histórias sobre grandes mulheres e mais entretenimento.Todas as matérias, todas as notícias, todas as sessões foram pensadas com muito carinho. Espero que eu tenha atingido o meu objetivo e que você goste, agora vá em frente e veja o que espera ansiosamente pela sua leitura! Bom divertimento!
editorial e expediente
Girls just wanna have fun!
Jéssica L. A. Silva
Fundador:VICTOR CIVITA (1907 - 1990) Editor: Roberto Civita Presidente Executivo: Jairo Mendes Leal Conselho Editorial: Roberto Civita (Presidente), Thomaz Souto Corrêa (Vice-Presidente), Giancarlo Civita, Jairo Mendes Leal, José Roberto Guzzo Diretor de Assinaturas: Fernando Costa Diretor de Mídia Digital: Fabiana Zanni Diretor Geral de Publicidade: Thais Chede Soares
Sagaz Projeto Editorial: Jéssica LAS Diretora de Redação e Arte: Jéssica LAS Editora de texto e imagem: Jéssica LAS Designer: Jéssica LAS Repórteres: Bia Santana, Cláudia Sirqueira, Jéssica LAS, Juli Pereira, Luciana Lancelotti, Marcelo Pirez, Regina Terraz Coordenadores de Produção: Regina Wilke e Juliano Monroe Colaboradores Madeine e Sabrina Eras
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as novas por Bia Santana
+ música + moda + cultura + fútil + útil + PRADA E SEUS 30 ANOS Aqui vai mais uma novidade para quem é apaixonado por moda. A super marca italiana Prada vai lançar um livro que conta sua história, e mostra como em 30 anos influenciou não só a moda, mas também a arquitetura e o cinema. A obra que se chamará “Prada”, tem 708 páginas com mais de 3 mil fotos em miniatura de looks e acessórios incríveis, além de arte, arquitetura e o making of de produtos e coleções. O livro estará a venda nas lojas da marca e livrarias super selecionadas pelo mundo por 100 Euros.
LIVRO DO ANO É uma pena que a maioria das escolas no Brasil não faz um Livro de Ano, como é super comum em outros países. Deve ser muito legal ter este tipo de recordação. Pensando nisso, o site http://yearbookyourself.com/ permite que você invente seu próprio Livro de Ano.
azulcalcinha.com
DIVULGAÇÃO
Cheio de cultura pop, o site traz informações de cinema, HQ, livros, música e mais um bando de coisas. O é bem engraçado,!
Livro conta, em 708 páginas, a história de sucesso da Prada DIVULGAÇÃO
NAMORADO NO RADAR! As ciumentas vão adorar. Com o aplicativo Nimbuzz, que você pode baixar de graça no celular, dá pra saber por onde anda o seu amor. Ele indica em um mapa a localização de qualquer pessoa procurada, mesmo que ela esteja em outro país (mas é necessário que ambas instalem o aplicativo e que autorizem serem achadas).Veja mais sobre esta utilidade pública em www. nimbuzz.com/pt.
www.catracalivre.com.br Site bacana que dá dica de shows, peças de teatro, cinema, exposições e eventos culturais, tudo de graça, mas somente por São Paulo. O site aida dá dicas de váriados cursos culturais e profissionalisantes a preços populares.
PESSOA EM FOLHA
Folhas de árvores viram arte nas mãos de Jenny Lee Fowler
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Já imaginou ter um retrato do seu perfil em uma folha? A Jenny Lee Fowler, sim. Jenny ama tesouras. E com essa paixão, começou a fazer os famosos retratos de perfil! E para nossa surpresa, é facinho de ter: você manda sua foto de perfil para ela e recebe em sua casa seu retrato. Usando vários tipos de matérias-primas, você pode receber sua silhueta, por exemplo, em uma folha de árvore. Mas nem sempre podemos contar com as folhas, afinal o outono tem uma vez por ano! Veja mais em: jennyleefowler.com
dicas + música + moda + cultura + fútil + DIVULGAÇÃO
ARTE NA LATA
DIVULGAÇÃO
Simplesmente demais as criações de Charles Kaufman! Sua "Crushed Can Art" é uma divertida intervenção artística em latinhas de bebida amassadas. O legal é que ele acaba sendo um excelente "reciclador". O processo é basicamente simples: amassar, pintar, emoldurar! Ele usa tinta acrílica e transforma as latinhas em mini-quadros moderninhos, estilosos e cheios de bom humor! Para saber mais sobre o trabalho dele e outras informações, entre em http://toontoonz.com/canart/canartmain.html.
O protótipo do novo Ipod Shuffle Bracelet já dá o que falar
Arte e reciclagem de Charles Kaufman
IPOD DE PULSO O bem sucedido iPod Shuffle, da Apple, já é pequeno e discreto, mas os corredores e aficcionados pela malhação precisam recorrer a presilhas no braço. Pensando nisso, o designer Isamu Sanada esboçou o que seria um player em forma de bracelete, simplesmente chamado iPod Shuffle Bracelet. O aparelho ainda teria fones de ouvido sem-fio com bluetooth e uma bateria recarregável em uma base. O formato de pulseira/ bracelete combinaria perfeitamente aos adeptos de atividades físicas, mas o material do player da Apple precisaria ser realmente higiênico o suficiente para aguentar tanto suor. É muito fofo! DIVULGAÇÃO
FIM DE CARREIRA? Lily Allen afirmou ao jornal “London Lite” que pensa em deixar a carreira após o fim da turnê. “Depois deste álbum e desta turnê, tenho um novo negócio em mente, mas não posso dizer o que é ainda. Estou pensando em desistir definitivamente música”, disse.
BARBIE DA AMY Aposto que a grande maioria das meninas já teve, alguma vez na vida, uma boneca Barbie. Então pra quem ainda tem as bonequinhas em casa, aí vai uma super diferente pra coleção, Amy Winehouse!!! É isso mesmo, a cantora divulgou essa semana um protótipo da Barbie inspirada nela mesmo. Parece que Amy quer tentar fechar com a Mattel, empresa que produz a boneca. O protótipo é quase uma cópia fiel a cantora, tem cabelos pretos, um enorme beehive, tatuagens, e uma presilha de cabelo com o nome do seu exmarido. Para as fãs que gostaram da idéia é só torcer pra que seja aprovado.
A Barbie versão Amy Winehouse só é mais “gordinha” que a real
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roda aberta
Fernanda Young e Pitty Fernanda Young e Pitty pedem a volta das músicas com corinho nesta conversa cheia de questões existenciais POR Regina Terraz FOTOS Thaís Gouveia
Fernanda Young - Eu ando pensando que na minha próxima temporada do programa (Irritando Fernanda Young) eu só farei perguntas malucas do tipo: Você mente? Você já pensou, Pitty, quanta bobagem se fala sobre a mentira? Os entrevistados falam: Eu não minto! Gente, que papo ridículo, me dá vontade de desmaiar. Pitty - É, tem gente que usa a mentira para fazer o bem, porque a verdade, em alguns casos, não ajuda. Quando eu penso nisso eu me lembro do filme Adeus Lênin, saca? O médico fala que a mãe doente não pode levar um susto, então a família esconde dela que houve a queda do muro de Berlim, na Alemanha. É uma grande mentira, mas e daí? Este é um limite muito maluco… FY - Ah eu não sei… por exemplo, recentemente um amigo meu perdeu o pai. E a mãe estava mal, fora de si,
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então resolveram contar que ele não tinha morrido, que estava em algum lugar… Não pode! Seguinte: não mintam para mim caso eu precise saber de algo grave. Mas se for uma besteira, uma mentira que pode me trazer problemas rasteiros, tudo bem. Tipo… não me contem que eu fui traída, não… P - Ai, que engraçado isso! Eu já fui muito enganada na vida… por namorados, amigos… Criei uma aversão a ser enganada, tenho pânico! Eu acho que todo mundo está me enganando. Entrei nessa: Eu quero saber, mesmo que doa, mas eu sei! Como se isso fosse me dar algum alívio, mas não dá. Mas eu tenho essa sensação, sou obsessiva. FY - Não dá alívio! Eu fui traída por todos os meus namorados e por alguns amigos e amigas. Só digo uma coisa: não me faça desconfiar! Porque daí eu me torno um bicho. Sou a rainha do flagra. Eu descubro,
“Eu quero me sentir incluída, estar ali, junto, saber que faço parte.Aquela mina é massa, é gostosa? Me leva junto!” Pitty vou direto! Mas tenho para mim que, no campo amoroso, todo mundo trai. Os amigos é que não podem trair. Mas, no amor, depois de um certo tempo, todo mundo trai. P - O grilo, para mim, não é o fato do meu parceiro sentir desejo por outra pessoa. É o fato de eu não saber. Eu quero me sentir incluída, estar ali, junto, saber que faço parte. Aquila mina é massa, é gostosa? Me leva junto! Me leva pra qualquer lugar (muitos risos) FY - Se eu fico sabendo, penso o seguinte: Ah, é? Eu vou roubar dele. Eu ainda aviso: ‘Tenha a mulher que você quiser, mas pode ter certeza que ela irá me querer antes de te querer. Mesmo que ela não goste de mulher, a mim irá querer, porque eu movimento montanhas para me fazer sedutora caso precise competir. Isso tudo simbolicamente falando, porque a ameaça que eu faço é bem maior que a realidade (risos) P - É interessante, em vez de ficar naquela posição de coitadinha, você vai e destrói o cara… FY - Eu não acredito em pessoas que não se descompensam por amor, que não sentem raiva, ciúmes, ódio, vontade de quebrar tudo, cortar o cabelo da mulher. Eu tenho vontade de pegar a mulher, a cretina, que simbolicamente é a inimiga, e acabar com o cabelo dela! Porque, você já percebeu, todas tem cabelo comprido!! (risos). E a minha vontade é: eu vou pegar, flagrar e vou destruir o cabelo!! Mas eu não fiz isso, ainda… Você faria o que, Pitty, num flagra? P - Já aconteceu uma vez de eu jogar uma taça de vinho na cara dos dois. Porque eu sou bem dramática também. Às vezes meu namorado fala pra mim: ‘menos gata, espera aí, você não está num filme’
FY - Eu já quebrei uma casa inteira! P - Eu também, é uma delícia! Eu acho que, às vezes, extravasar a raiva é saudável. O que é o real, o que você sente na hora, põe pra fora, é saudável. Se você pensa:Vou me comportar bem, mas aquilo não é real, você está se prejudicando muito, vai ter um câncer se não botar aquilo pra fora. Mas eu acho que, ao mesmo tempo, a gente tem de aprender a controlar certas coisas ao longo da vida. FY - Pancadaria, por exemplo, não é legal. Não vem querer encostar em mim, não… O último cara que tocou em mim apanhou de uma tal forma que foi inacreditável. Quando você é bem jovem pode até se permitir algumas coisas. Permitir não, você inevitavelmente passa por algumas situações porque não tem experiência amorosa. Por exemplo, a primeira vez que você sofre por amor acha que vai morrer! Eu me lembro que eu dizia: ‘Eu vou morrer, eu estou morrendo! P - Morri, totalmente! (risos). O primeiro sofrimento é algo muito maior, porque você não tem a dimensão daquilo tudo, valoriza muito. FY - Eu agora fico bem mal, mas sei que não vou morrer, não. Com o tempo você descobre qual o seu padrão de sobrevivência à decepção amorosa. Eu sofro um mês, choro uma semana, escrevo poemas, dependendo da coisa posso até escrever um livro… Mudando de assunto, você já pensou ou pensa em fazer plástica, Pitty? Eu fiz peito. No rosto eu não vou fazer porque acho que o meu é muito bom, mas se lá pelas tantas eu tiver de fazer um lifting eu faço, com uns 55 anos, imagino. Mas meu sonho, é fazer uma barriga de puta. Com tanquinho. P - E existe isso? E como faz isso? (risos) FY - Existe, boba! É que eu sou mãe de gêmeas, né? Nunca tinha pensado nisso, mas agora eu preciso. Você seca a barriga. Muda o umbigo de lugar, costura por dentro e faz uns tanquinhos! Quando eu souber que não vou engravidar mais, vou fazer. Não para ficar
“Eu ainda aviso: ‘Tenha a mulher que você quiser, mas pode ter certeza que ela irá me querer antes de te querer.” Fernanda Young 9
roda aberta
“O último cara que tocou em mim apanhou de uma tal forma que foi inacreditável” Fernanda Young por aí de bíquini, porque nem a praia eu vou, mas para mim. Eu tenho um corpo bom, malho muito, adoro fazer ginástica, é meu antidepressivo há muitos anos. Mas a porcaria da barriga não gruda!! E quando gruda, passo dois dias sem fazer ginástica e ela faz puf, e volta…
e ficando esquisitas e burras e ninguém sabe de nada, você vai conversar com a pessoa e ela não fala nada com nada. As pessoas continuam querendo manipular a realidade e vão querer sempre, mas acho que essa geração não tá a fim de usar esses recursos de forma edificante. Eu vejo as pessoas só derretendo. E aí vão para as boates ouvir músicas que não tem refrão! Eu não aguento música sem refrão, a gente não consegue cantar! Você fica esperando o refrão e iaaaá… não tem refrão?
P - Nossa, estranhíssimo.Você conhece alguém que fez? FY - É para dar exemplos? A Vera Fisher… P - Nunca reparei na barriga da Vera Fisher (risos). Eu nunca tive vontade de fazer plástica. Criei uma certa aversão a isso pelos exemplos que eu vejo por aí. Acho que as pessoas ficaram paranoiacs com isso e perderam a mão… Os maus exemplos, como são muito perceptíveis, me deixaram com esta reação, tipo:‘Não quero, nunca vou fazer’. Mas eu acho que este negócio de dizer ‘nunca vou’ é muito perigoso, até porque eu tenho 30 anos… Eu não quero pagar a minha lingua quando eu tiver 50. FY - Mas com menos de 50 você vai pagar! P - Então, mas mesmo que eu pague, nunca quero perder a medida. Porque acho que as marcas são importantes. Eu olho a Fernanda Montenegro e eu acho ela linda! E eu não quero entrar nesta paranoia, cara! Porque isso é uma coisa que vem de fora, uma coisa que nego tenta botar na nossa cabeça, de que se você não é jovem não é legal,não é bonita. Principalmente para as mulheres, a cobrança é muito dura. FY - Eu estou achando que as pessoas estão estranhíssimas com as drogas hoje em dia… e não é caretice não, mas eu acho que houve um advento com as drogas muito estranho, sabia? Acho que é minha idade que está percebendo isso (risos). Antigamente, pelo menos nas pessoas do meu grupo – e meu grupo era grande – elas se drogavam de uma forma cultural, política: alguns se ferraram, outros não, alguns eram mais idiotas, outros não, alguns ficaram mais mau caráter, outros não… normal, variante. Mas tinha um sentido qualquer estético, cultural, ideológico. P - Hoje em dia você acha que é um hedonismo pop, só isso? FY - Acho que as pessoas estão derretendo à toa nos lugares
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P - É um coito interrompido, né? Na hora que você vai gozar, você não goza (risos). FY - Não é? Você quer repetir, quer se identificar, quer ‘freedom’ (e joga os braços pra cima) e nada? Você tem isso nas suas músicas, não é Pitty? P - Eu adoro refrão, sou totalmente a favor do refrão! FY - Não é a música eletrônica que me incomoda. É a burrice musical, você fica: tóin, tóin, tóin… derretendo, derretendo, você não pode nem beber, fica bebendo água, água, ai, que horror! Cadê a cerveja? (risos)
APRESENTANDO Fernanda Young, 39, é escritora, atriz, roteirista e apresentadora. Tem vários trabalhos conhecidos na tv e cinema, entre eles o seriado e o filme Os Normais e o atual programa de entrevistas na GNT. Nos dias de hoje vive a polêmica de ser capa da revista Playboy deste mês. Pitty, 30, cantora de rock baiana. Ganhou espaço na mídia em 2003, Já ganhou vários prêmios, pelos seus trabalhos, inclusive um Grammy Latino, e vem superando o rótulo de ídolo teen e ganhando merecido espaço na música brasileira.
Brasil: este texto não é baseado em ninguém em especial. pires@paim.com.br
Marcelo Pires
coluna
Marcelo informa aos advogados do
TIPINHOS: a Escrota com Pinta de Gente Fina Não sei se você já cruzou com o tipo. Eu cruzo toda hora. Atraio até. É aquele tipo de mina que você sabe que é escrotíssima, mas parece que só você sabe. O resto do mundo ama a sujeita. Ela é espirituosa, repete meia dúzia de frases engraçadinhas, faz meia dúzia de caretinhas, permite-se meia dúzia de barulhinhos com a boca, que sempre, sempre divertem a todos. (Estou descrevendo o tipo feminino. É claro, vale para o masculino. Mas, na minha vida, esse tipo foi mais freqüente na versão 3ela2 do que na versão 3ele2. Homem, inclusive, disfarça mal: a gente percebe a escrotidão logo de cara.) A esctora com Pinta de Gente Fina dificilmente se dá mal. Ela nunca tira a máscara, nunca abandona o personagem. Já você, que realmente é gente fina - e é gente fina por ser, primeiramente, gente - comete umas sinceridades, perde umas estribeiras, revela umas fragilidades. Resultado: a Escrota, na saída do expediente, vai beber e dar uma força para quem você magoou. A Escrota com Pinta de Gente Fina fala mal de todo mundo. Mas fala baixo, fala pelas costas, fofoqueia por e-mail. Já você, que realmente é gente fina - e é gente fina por ser, primeiramente gente - quando fala mal, fala alto, na frente da pessoa, abertamente. Resultado: a Escrota, na saída do expediente, vai beber e dar uma força para outra pessoa que você magoou. E assim vai. Até que um dia a Escrota vem dar uma de gente fina com, você e, por e-mail, conta que o pessoal do escritório anda achando você meio rude, meio tenso, sei lá. E convida você para tomar algo no fim do expediente. Você, que não é escroto,
recusa o convite. E a maluca espalha para todos do escritório (por e-mail) que tentou te dar uma força, mas, no seu caso, sei lá, você anda meio rude, meio tenso, e é melhor deixar isso pra lá. Sim: é melhor deixar você pra lá. Ela faz uma caretinha, um barulhinho com a boca, diz uma gracinha e segue em frente, admirada por todos. Nesse momento, tende a se aproximar de você o Colega Ressentido com Pinta de Inteligente. Ele, percebendo que você anda meio rude, meio tenso, aproxima-se para comentar a babaquice das outras pessoas do departamento. Mas o Colega Ressentido com Pinta de Inteligente é assunto para a próxima edição.
ILUSTRAÇÃO André Calvene
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comigo
Frescura, sim! UMA DOSE DE FRESCURA É UM ANTÍDOTO PARA A FALTA DE CUIDADOS QUE PODE AFLIGIR UMA MULHER. MAS É SÓ UMA DOSE, OVERDOSE JAMAIS! TEXTO Juli Pereira ILUSTRAÇÃO Sabrina Eras e Jéssica LAS
Depois do século passado, em que uma década extremamente vaidosa alternava com outra de ideais anti-superficialidade, parece que finalmente chegamos a um consenso e ao equilíbrio: a dose certa de frescurinhas só faz bem à estima e à belez individual das meninas. A questão não é mais de formas, tamanhos e cores. Há meninas belas de todo jeito. Como há moda para qualquer conceito e pensamento. O que está em jogo aqui é a maneira como você trata o corpo e a mente. Frescura é mais do que femilinidade. É cuidado consigo mesma. Necessário. Porém, calculado. Pense numa masagem, num aroma que seja sua marca, num acessório que diferencie, num mimo que a faça feliz. São caprichos com o corpo que refletem
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na alma e no olhar dos meninos. Parece fácil, como todo conselho alheio - e a gente dá alguns na próxima página. “Esses comportamentos de vaidade e rebeldia fazem parte um do outro. E é preciso reeducar, ensinar o olhar dos meninos de maneira que eles não busquem sempre o modelo perfeito à primeira vista, mas percebam sutilezas”, explica a terapeuta existencial, Dulce Critelli. Pequenos cuidados não vão fazê-la menos inteligente, interessante, habilidosa, realizada e divertida. Ao contrário, só reforçam outras qualidades, o capricho e a capacidade de conciliá-lo na sua vida. “Ser desleixada é uma preocupação estética tanto quanto estar semprte arrumadinha demais. E é preciso descobrir por que existe a necessidade de despertar a aversão do outro.” Então, se unhas lascadas se transformarem em dias sem lavar os cabelos; roupas mal cuidadas virarem cabeleira cultivada embaixo do braço; o seu chulé competir com o da chuteira do seu irmão; o antídoto é uma dose de frescura. Dose, overdose jamais.
Frescuras básicas!
Afinal, uim pouco de frescura não faz mal a ninguém! CESTA BÁSICA DE PRIMEIRA Custo/benefício. E isso lá é coisa pra voçê pensar? É, sim. Em se tratando dos básicos então... Pense: quanto vale aquele jeans que, além de confortável, refletido no espelho parece que foi feito sob medida pra você que vai usá-lo à exaustão? O mesmo vale pra uma regatinha branca, um belo casaco de couro, de veludo, de moletom, de tricô, dependendo do seu estilo - e uma bota (pode ser de brechó, tipo caubói ou punk), tênis ou rasteirinha. Todo guarda-roupa devem ter peças básicas presentes; para todos os dias, todos os momentos. Como encontrar a melhor pra você? Aposte no seu estilo e gosto. O que vale é ser bacana pra você. PEÇAS CHAVES Camiseta de zebra, lingerie de bolinhas, chinelo listrado. Não é ser perua, é se permitir diversão com a moda. Na onda de misturar estampas, vale. Se você tiver um estilo bem basicão, o animalzinho vai fazer toda a diferença. Se for moderna, misturar listras e bolas dão um charme em qualquer look. LINGERIE Faz um tempo que os palcos e as passarelas deixam as peças íntimas à mostra. E mesmo que estiverem escondidas e forem exibidas para uma platéia só, cuide das suas. se você é mais natural, podem ser de algodão, as mais hardcore escolhem o preto, e assim cada estilo com sua lingerie correspondente. Só estão proibidos: sutião encardido, calcinha furada e peças sem elasticidade. Não pense que engana alguém com o desconforto e as marcas que o menor que o seu manequim deixa. CABELEIRA E PELE BEM CUIDADA Se você optou pela careca, hidrate o couroi cabeludo. Cabelos tingidos também merecem hidratação. Escolheu dreadlocks? Faça manutenção do penteado. A cabeleira bem tratada pode ganhar presilhas, bonés, boinas, chapéus e gorros como complemento. Assim como a pele, antes de gastar com maquiagem, envista em cuidados. Daí é só escolher como destacar a sua carinha.
AROMAS, AROMAS, AROMAS Arrumadinha ou largadona, pode ser o seu estilo, pode ser o estado de espírito de quando em vez. Independentemente dele, limpinha sempre, por favor. Isso significa mandar pro cesto de ropuas sujas e não reaproveitar as roupas com cheirinho de balada da noite anterior, lavar os cabelos.... você sabe. Poupe as pessoas do truque de disfarçar qualquer aroma duvidoso com borrifadas de perfume. O resultado é catastrófico. ESMALTE Não dá pra não reparar nas mãos de alguém. E não é o comprimento das unhas ou a cor do esmalte que fazem a diferença. É a limpeza e o cuidado. Você pode adotar um esmalte com as pontinhas descascadas, tipo roqueira que rala as pontinhas praticando o amor à música. Unha roída, acumulando sujeirinhas e com as cutículas mastigadas, não! VALE-PRESENTE Reconheça você primeiro, seus esforços e dedicação e se presenteie sempre. Escolha um mimo de tempo em tempo: pode ser uma comidinha diferente, uma bobagem, um ingresso, um DVD, uma viagem, visitar um amigo, restaurar uma foto importante, um livro... faz bem pro ego! Fazer coisas que você adora também vale como um presente. Não pense só no material.
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capa Que brinquedos não são coisas só pra crianças, todos nós já sabemos. Mas e bonecas que custam pequenas fortunas e que até “trabalham” como modelos, você conhece? Bem vindo ao mundo das Blyhtes. TEXTO Cláudia Sirqueira FOTOS Sabrina Eras e Bianca Zysgui
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Ela não é tão popular como a Barbie, mas virou objeto de desejo de muitas brasileiras, principalmente as do mundo da moda e do design. A boneca Blythe chegou oficialmente ao País há cerca de um ano, depois de virar sucesso internacional. Não é exagero. John Galliano, Prada, Gucci e Issey Miyake são algumas das marcas que desenvolveram roupinhas exclusivas para ela. Blythe também já foi garota propaganda de campanhas da Sony, na Europa. Chegou a ser manequim de vitrine da Bloomingdale’s, loja de departamento de Nova York. Há até um desfile de moda beneficente que leva seu nome, em Tóquio. A primeira coisa que se nota ao olhar para uma Blythe é a cabeça, completamente desproporcional ao corpo (que tem praticamente o mesmo tamanho de uma Barbie). Em seguida, o que chama a atenção são os olhos grandes. Quando vista de costas, uma cordinha que sai da cabeça desperta a curiosidade. Ao puxá-la, os olhos da boneca mudam de cor e podem ir do verde ao vermelho num piscar de Blythe. Mesmo com o cabeção, as bonecas conquistaram fãs crescidinhas no mundo todo e viraram item de colecionadoras, a maioria delas profissionais adultas, bem-sucedidas e com família formada. A paixão pela boneca – se é que uma Blythe pode ser chamada de boneca – é tão grande que as colecionadoras paulistanas têm encontro praticamente todos os meses em uma cafeteria nos Jardins, em São Paulo. “Blythe é muito mais conceitual do que uma simples boneca para se brincar. Quem tem uma pode transformá-la e adaptá-la por meio das customizações”, diz a empresária Ana Monteiro, 24 anos, uma das maiores colecionadoras do país e que já perdeu a conta de quantas tem. Muitas vezes, conta ela, a Blythe vira um alter ego da dona. Ana conta que as “blytheiras” têm um perfil bem parecido: são pessoas antenadas com a moda, moderninhas e que mexem com trabalho manual. A idade média passa dos 18 anos, e com boa situação financeira. “Há desde estudantes, executivas, empresárias e médicas até funcionárias do alto escalão do governo”, lista Ana. A designer de jóias Adriana Delphino, 27 anos, é colecionadora há um ano e meio e reúne cerca de 30 bonecas em casa. “Vi a Blythe pela primeira vez no Flickr e a achei uma boneca misteriosa. Elas não são sensuais, e as de cabelo colorido são exóticas”, diz Adriana, que também sucumbiu aos inúmeros assessórios que existem para as pupilas.
Ao lado e acima vemos a diversidade das Blythes
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capa
PERSONALISADAS As Blythes possuem um universo de possibilidades para customização e modificações, desde seus olhinhos até a cor da pele, passando pelos cabelos, os olhos e até mesmo o nariz. Mas, são poucos as artistas no mundo que se atrevem a fazer este delicado trabalho. Hoje as colecionadoras não querem diferenciar suas dolls somente pelas cores dos cabelos e estilos de roupas. As bonecas podem ter maquiagens diferentes, tatuagens cabelos exóticos e tudo mais o que a imaginação e o bolso permitirem. Apelidada de “fazedora de mortinhas”, a brasileira Sabrina Eras, 24 anos, ilustradora por profissão, bonequeira de plantão, é hoje considerada uma das melhores costumizadoras de Blythes. Embora Sabrina tenha visto uma Blythe pela primeira vez há mais ou menos 4 anos atrás em uma foto, apenas uns 2 anos atrás que adquiriu uma, a Nicole, mas, segundo ela, sua paixão explodiu mesmo com a chegada de Amélie,
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sua segunda doll. Sem dúvida o universo de possibilidades das Blythes foi o grande chamariz: “Talvez se não pudesse mexer nelas eu apenas admiraria e olharia fotos. Praticamente tudo pode ser customizado nelas. O mais divertido é dar personalidade as bonecas, para elas não mais um brinquedo na estante. A customização existe justamente pra isso. Diferenciar e dar personalidade diferentes pra cada uma”. Sabrina é responsável pela primeira Blythe negra, que arrancou suspiros e hoje é referência a todas as colecionadoras e customizadoras do mundo. “Mas quem vê toda aquela beleza não imagina que o processo dela foi longo, em termos de pesquisa, compra de material, e a própria customização , fora todos os problemas no meio do caminho”, fala Sabrina com um entusiasmo. Sabrina ainda defende as dolls sem customização: “Acredito que nem toda Blythe deve ser customizada tais como edições limitadas e bonecas mais antigas e raras. Ao meu ver, devem ter suas características mantidas, o que já a fazem ser diferentes das demais”. Ainda no tema “customizar ou não customizar?”, Sabrina não esconde sua opinião quando a famosa frase “eu comprei e faço o que eu quiser com ela” é usada por Blytheiras que querem justificar quando alguma coisa saiu errada na customização. “Estragar uma boneca dessas é de dar pena no coração, não só pela grana investida mas pelo potencial que cada boneca desperta”. Por outro lado Sabrina vê o lado positivo de tantas pessoas quererem customizar, pois daí surgem novos talentos, novos acessos a materiais e muito troca de informação. Logo existem casos e casos. Mesmo com toda experiência adquirida nesses 2 anos de intensas customizações Sabrina ainda encontra algumas dificuldades , procedimentos difíceis de serem executados, como pintar o corpo de uma Blythe; “é quase que um parto” ironiza ela. Outra dificuldade é encontrar bons materiais no Brasil, pois a maioria é importado o que demanda tempo e dinheiro dobrado. O trabalho de Sabrina varia entre R$ 800,00 a R$ 1500,00 (sem o valor da a boneca incluso).
ONDE ENCONTRAR AS DOLLS As colecionadoras conhecem apenas um endereço no Brasil que vende as bonecas – uma loja que fica nos Jardins, em São Paulo –, mas nem ousam gastar reais no local. “Os preços são absurdos, já vi Blythe por R$ 3 mil”, reclama a designer de jóias Adriana Delphino. As bonecas são comercializadas mesmo é na internet, principalmente em sites de leilão. Adriana conta que uma Blythe “baratinha” custa, em média, US$ 70, o equivalente a R$ 160. E esse preço é para uma boneca da nova geração, que também é conhecida como Neo Blythe. “Já vi Blythe original, na caixa, à venda por US$ 3 mil (quase R$ 7 miL)”, dispara Adriana. Quem se impressiona com valores tão altos precisa saber que nem precisa viajar tanto no tempo para gastar uma grana: tem Neo Blythe novinha que chega a custar US$ 1 mil, cerca de R$ 2.300. Pelo preço, dá para perceber que comprar Blythe não é fácil e exige um pouco de esforço financeiro de muitas colecionadoras. “Aprendi que a gente tem que ir com calma na hora de comprar. Com o tempo, passei a escolher bem porque não é barato, não é como colecionar lápis de cor”, brinca a artesã Fabiana Abud, de 33 anos, que começou a colecionar no ano passado e atualmente tem 17. Não adianta ter Blythe em casa se não é para produzir, fotografar e divulgar as fotos. Também não adianta ter se não levá-las para “socializar” com outras Blythes. Na reunião mensal das colecionadoras, ninguém vai de mão abanando. “Chegamos a reunir entre dez e 15 ‘blytheiras’. Cada uma leva uma duas ou três bonecas, geralmente as mais novas ou as mais queridas”, relata Adriana. Quem se interessou pelo mundo das Blythes – que é muito mais do que cabe nesta matéria – é só entrar e ficar à vontade. Links pra você se informar: http://weloveblythe.com.br http://www.blythe.com.br/
Aqui mais algumas dolls. Essas são da colecionadora e customizadora Sabrina Edras
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atitude
em algum lugar do passado... JA DEU UMA OLHADA AO SEU REDOR E ACHOU QUE DEVERIA TER NASCIDO E OUTRA ÉPOCA? TEXTO Luciana Lancelotti FOTOS E MONTAGEM Cláudio Elisabetsky Jéssica LAS
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Celulares do tamanho de relógios, relógios que funcionam como cartão de crédito, cartões de crédito com chip de segurança, chips em geladeiras que avisam quando o leite acaba e acionam, sozinhos, o supermercado virtual. É a tecnologia a serviço do homem. Num mundo moderno e dinâmico em que as mudanças ocorrem simultaneamente e num piscar de olhos, as pessoas procuram suas raízes, suas tradição. Basta fuçar no Orkut e ver nove comunidades, uma delas com 32 mil integrantes, de caras que dizem tere nascido na época errada.
Por que há essa vontade pelo que já passou? “Vivemos em um tempo em que o futuro se descortina incerto e insegur fazendo com que a atração pelo passado se torne mais viva”, explica Miguel Perosa, psicoterapeuta e professor de Psicologia da PUC-SP. Gostar de coisas antigas em 2009 fica fácil com uma máquina do tempo chamada GOOGLE: basta dar um clique e você encontra tudo sobre a música dos anos 80 e estilos de Elvis Presley e James Dean. E, como comprova o Orkut, essas pessoas que olham pra trás existem talvez até em maior número do que aquelas interessadas no futuro. Para entender esse grupo retrô, entrevistamos alguns caras que falam que épocas passadas são bem mais legais.
MODA RETRÔ “Nós sempre respiramos moda. Quando pequenas, vestíamos todas as nossas amigas, tanto que ninguém nunca saiu de casa do mesmo jeito que entrou. Para nós, moda é comportamento, status, o que a pessoa representa e certo momento. A moda que mais nos fascina é a dos anos 20 e 50 porque representa muito bem a feminilidade. O ‘nosso barato’, como diziam nosso pais, é justamente mesclar, nas nossas coleções, os tecidos e estampas de hoje a essa feminilidade de ontem. Nossas costureiras são todas velhinhas e nos ensinam muito porque funcionam como espelhos de uma época maravilhosa. Elas representam o passado e nos ajudam a deixá-lo presente” Fabiana de Paula, 28, jornalista e empresária responsável pelo ateliê Filhas di Rose e sua irmã, Cassiana de Paula, 26, estudante de moda e empresária, ambas de São Paulo
TECNOLOGIA RETRÔ “Ando contra a tecnologia, não tenho celular, nem sei usar e-mail e muito menos internet. Quer saber? Consigo sobreviver, para quem acredita que é impossível respirar sem essas ferramentas modernas. Algumas pessoas até me perguntam se estou perdida por não ter celular nem Orkut... Se conseguíamos viver antes, por que não agora? Vivo t˜åo no passado que ainda troco cartas com dois amigos. E olha que estudamos juntos. A carta ee mais pessoal. O destinatário toca o papel que você tocou e esperar a correspondência chegar cria uma expectativa muito boa, tanto para quem envia quanto pra quem recebe. Mas, mesmo não gostando de tecnologia, ainda prefiro o mundo atual porque as mulheres têm muito mais liberdade.Tenho a opção de viver com as facilidades de hoje e os gostos de ontem” Ana Célia Sá, 20 anos, estudante de Letras da USP e professora voluntária num centro comunitário em São Paulo
MÚSICA RETRÔ “Você nasceu na êpoca errada a frase que mais escuto da minha mãe toda vez que ligo o som: pudera, ouço muito Frank Sinatra, Cartola, Noel Rosa e outros sambisas antigos. Tenho uma alma muito velha. Hoje em dia qualquer coisa vira música, qualquer chiado, qualque guitarra malfeita é considerada música e, por isso, prefiro as canções antigas, porque são mais verdadeiras, têm mais sentimento. Comecei a gostar de Frank Sinatra com um amigo: ele me dava carona sempre que a gente saía do trabalho e colocava as músicas dele. Noel Rosa e Cartola comecei a ouvir em casa mesmo, ese último é o meu preferido, porque é uma poesia simples e inteligente. Não tem como não se emocionar com o que o Cartola canta” Joana de Assis, 25, jornalista esportiva de São Paulo
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feira livre!
Moda, tecnologia e objetos: pérolas que encontramos por aí. REPORTAGEM Jéssica LAS FOTOS Vicente Ribeiro
Colar Pesponto
Um lindo colar onde o destaque é um coração com formato irregular, gostoso, e mais: costurado. Quanto: R$ 29,00 Onde: http://www.imaginarium.com.br
Tapete duplo sentido
Projeto das designers de interior Sam & Jude, o tapete é simples, mas conta com uma tipografia bem elaborada. Ao chegar a pessoa lê: Come In (entre) e ao sair Go away (vai embora). Quanto: preço sob consulta Onde: http://www.gnr8.biz
Mochila Rex
Coisa mais fofa essa mochilinha em forma de cachorrinho! É um típico produto teen, mas é tão simpáticas que certamente vai ter muita garota um pouco mais velha desfilando com a e o Rex por aí. Tamanho: pequeno, pra ser usada como bolsa e levar só o essencial. Praticidade: as mochilas têm dois bolsinhos internos. Quanto: R$ 49,00 Onde: http://www.imaginarium.com.br
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Vaso de plantas digital
Este vaso tem uma interface que ajuda a não esquecer de colocar água para a planta, ela vem com um manual de referências com relação a temperatura, iluminação, humidade e condições do solo. Ele é alimentado por um cabo USB para carregar a bateria, baixar ou enviar informações sobre a planta. Em sua configuração há a opção de colocar macho ou femêa, isso altera a forma de exibição na tela de LCD. Quanto: preço sob consulta Onde: www.yankodesign.com
Sapateira rotativa
Idéias assim não aparecem todo dia! Esse produto melhora muito a organização de sapatos, é mais prático para encontrar o que procura, fora a economia de espaço. Essa sapateira tem uma capacidade de até 30 calçados. É a união de beleza e funcionalidade Quanto: R$ 39.99 Onde: http://rakkudesigns.com
Sapatilha Color Hearts
Essa sapatilha leva o seguinte conceito de criação: igual a comer um saquinho de M&M’s! A sapatilha faz parte da coleção mais surreal da jovem (e incrível) marca gaúcha. Todos os sapatos da grife Alice Disse calçam os pés de tamanho 16 ao 40. Quanto: R$ 98,00 Onde: http://www.alicedisse.com.br
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fim!