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PROPOSIÇÃO PROJETUAL

PROPOSTA PROJETUAL

O projeto do Centro de Tecnologia e Pesquisa em Madeira partiu então das diretrizes observadas e conceitos definidos na fase de estudo como vistos anteriormente. Desse modo a intervenção se formou tanto no lote escolhido, quanto no baixio do viaduto Antártica.

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No baixio, foram propostos usos de qualificação do espaço e programas relacionados à madeira e voltados para a comunidade local. No lote, foram dispostos os três blocos focados nos usos de ensino, cultura e pesquisa; que se interligam ao longo dos seis pavimentos existentes no qual o acesso se torna cada vez mais controlado.

Afim de integrar esses espaços (viaduto e lote) foi proposto uma larga lombofaixa de pedestres na Rua Pedro Machado, possibilitando a continuidade do caminhar entre ambos e não que não interfire no fluxo de transporte já existente de ônibus.

O bloco de que interliga os usos da edificação e o programa que acontece no viaduto, é o da biblioteca que também se destaca. No térreo o bloco fica suspenso e cria uma grande praça coberta voltada para o baixio.

Figura 81 - Perspectiva Centro de Tecnologias e Pesquisa em Madeira Fonte: Produção da autora

1 2

3 4

5

1 7

7

6

1- PRAÇA COBERTA 2- RECEPÇÃO 3- ÁREA EXPOSITIVA 4- CAFÉ 5- RECINTO 6- RECEPÇÃO PESQUISA 7- ESCRITÓRIO 8- LABORATÓRIO DE USINAGEM

IMPLANTAÇÃO TÉRREO

A

4

2 5

3

1

T

ML

B- Baixio do Viaduto Antártica MO- Módulo com Oficina Cultural e ML- Módulo com Livraria T- Área Expositiva/ Café/ Praça Coberta/ Laboratório de Pesquisa 1- Auditório/ Área workshops/ Biblioteca/ Laboratórios 2- Coworking/ Biblioteca/ Laboratórios 3- Área de convivência/ Laboratórios 4- Ensino técnico/ Administração 5- Ensino técnico/ Administração A- Ático

MO B

Os três blocos recebem espaços de acordo também com a permeabilidade pública. Com espaços de cultura voltados à um acesso mais livre nos primeiros pavimentos, espaços voltados à profissionais e estudantes nos próximos pavimentos e área administrativa do edifício nos últimos.

Na estrutura da edificação foram utilizadas diferentes técnicas de acordo com sua melhor capacidade. Ou seja, os pilares e vigas no sistema MLC (Madeira Laminada Colada) e as lajes em CLT (Madeira Laminada Cruzada). Para contribuir no contraventamento da estrutura, as torres de circulação foram propostas em concreto e o bloco da bilioteca recebeu contraventamentos em barras de aço.

A partir da configuração e partido adotado dos bolocos, foram criados grandes áreas de permanência. No térreo com acesso livre e na cobertura da biblioteca, como um pátio externo para os estudantes do ensino técnico e profissionais.

ESTRUTURA

ACESSOS PRINCIPAIS E ÁREAS DE PERMANÊNCIA

9 10 11

12

13 15

9- AUDITÓRIO 10- FOYER 11- OFICINA 12- GUARDA-VOLUMES 13- ACERVO 14- SALA DE ESTUDO 15- LABORATÓRIO

PLANTA 1º PAVIMENTO

No corte BB, é possível ver a interligação entre os blocos e a relação com o entorno, especialmente no térreo.

O ritmo estrutural causado pelas estratégia logística adotada, se torna mais fluído no térreo devido à escolha de pilares em V. Permitindo um recinto mais livre e com maior permeabilidade visual para o baixio do viaduto, o que integra todo o projeto.

Outro ritmo interessante visto é do contraventamento em aço na fachada da bilioteca. O travamento entre as modulações de 6x6m é feito nos dois pavimentos.

O vazio entre esses pavimentos, fica voltado para a fachada que recebe o elemento vazado devido a proteção solar e acústiva. De tal maneira, que a vista mais ampla entre os dois níveis se dá para o baixo do viaduto.

Nesse vazio então, foram dispostas áreas de leitura e estudo, que se benificiam da iluminação natural e da vista.

16 17

18 20

16- COWORKING 17- SALA DE DESCOMPRESSÃO/COPA 18- ACERVO BIBLIOTECA 19- SALA DE ESTUDO 20- LABORATÓRIOS

PLANTA 2º PAVIMENTO

21 22

23 22

25

21- REFEITÓRIO 22- ÁREA DE ESTUDO 23- PÁTIO EXTERNO 24- LAB. DE INFORMÁTICA 25- LAB. DE PESQUISA

PLANTA 3º PAVIMENTO

Figura 82 - Perspectiva pátio externo Fonte: Produção da autora

26 28

27

26- SALA DE AULA 27- ADMINISTRAÇÃO 28- COPA

PLANTA 4º PAVIMENTO

Figura 83 - Perspectiva corredor 4º pav. Fonte: Produção da autora

Figura 84 - Perspectiva área administrativa Fonte: Produção da autora

29 29

PLANTA 6º PAV. - ÁTICO

26 27

26- SALA DE AULA 27- ADMINISTRAÇÃO 29- REVERVATÓRIO

PLANTA 5º PAVIMENTO

33

31 30

29- REVERVATÓRIO 30 – SALA DE MEDIÇÃO 31- GERADOR 32- DEPÓSITO 33- ESTACIONAMENTO

PLANTA SUBSOLO

POUCA TRANSPARÊNCIA

MUITA TRANSPARÊNCIA

SEM TRANSPARÊNCIA A composição da fachada foi feita a partir de modulações entre a mudulação estrutural, que poderia oferecer diferentes configuraões conforme o uso e necessidade de transparência do espaço.

Dessa maneira, o bloco da biblioteca recebe destaque com o elemento vertical em madeira. Evidenciando ainda mais o percurso e integração com o baixio do viaduto.

VISTA 1

0 5 10 25 50m

VISTA 2

0 5 10 25 50m

DET. 1 - LAJE ENTRE PISOS

CORTE CC DET. 2 - COBERTURA PISÁVEL

DET. 3 - CONEXÃO ENTRE BASE DE CONCRETO E PILAR DE MADEIRA

1-VIGA MLC h=55cm | 2- ARREMATE EM MADEIRA | 3- LAJE CLT h=12cm | 4-MANTA DE IMPERMEABILIZAÇÃO | 5- REGULARIZAÇÃO | 6- ESPAÇADORES METÁLICOS | 7- PISO LAMINADO MELAMÍNICO | 8- VEDAÇÃO COM PAINEL OSB e=15cm | 9- PILAR MC (50cmx50cm) | 10- DRENAGEM | 11- SUBSTRATO | 12- VEGETAÇÃO | 13- BARROTE (5cmx8cm) | 14- NEOPRENE | 15- DECK DE MADEIRA | 16- VIDRO DUPLO LAMINADO | 17- BRISE VERTICAL COM ENCAIXE DE MADEIRA

A intervenção no viaduto Antártica foi um dos principais objetivos do projeto. Para isso foram analisadas algumas diretrizes importantes para a qualificação do espaço.

De tal maneira que, a integração com o lote e os blocos de Centro de tecnologia e pesquisa fosse mais permeável;

A intervenção ofereça mais luz e não obstrua no pouco de iluminação natural já existente;

Leve movimento, ou seja aumente o fluxo de pessoas;

Ofereça equipamentos públicos de lazer e permanência, que também atrai o movimento desejado.

Então a passarela e módulos supensos foram propostos, permitindo a permeabilidade visual e integração com o lote a partir da lombofaixa.

INTEGRAÇÃO

ILUMINAÇÃO

MOVIMENTO

EQUIPAMENTO PÚBLICO

VISTA 3

0 5 10 25 50m

VISTA 4

0 5 10 25 50m

35 34

No térreo, os espaços criados entre os pilares do viaduto ficam livres e recebem áreas de permanência com equipamentos como bancos e mesas em alguns espaços e mesas de jogos em outros espaços, além de bicicletários.

O acesso para a passarela se dá de três modos. Um elevador, que é mais direto e um acesso para portadores de necessidades especiais; uma uma escada linear; e uma escada feita em diferentes níveis que cria também outros recintos e a possibilidade de um “palco” para um anfiteatro aberto.

Os blocos na passarela foram dispostos de tal maneira que o café/livraria fica mais próximo da Av. Francisco Matarazzo, atraindo o fluxo de pessoas e o bloco de oficinas mais próximo dos usos do edifício. PLANTA SUBSOLO

34- OFICINA PÚBLICA 35- LIVRARIA/ CAFÉ

Com o intuito de manter e explorar a linguagem da madeira, a passarela e blocos do baixio foram também propostos utilizando o sistema de madeira usinada.

Dessa forma, os painéis e vigas são de madeira, entretanto pelas questões de capacidade estrutural, foram utilizados tirantes de aço que permitiu o térreo livre e claro as conexões metálicas que são de extrema importância no sistema construtivo em madeira.

Também outra questão abordada foi o percurso da passarela ao longo do viaduto, para isso foram feitos furos na área mais estável dos pilares do viaduto. Por questões estruturais, os furos recebem as chapas de aço que estabilizam essas aberturas.

PARAFUSO AUTOPERFURANTE

VIGA MLC

FUROS COM CHAPAS METÁLICAS MÓDULOS SUSPENSOS ATIRANTADOS

CHAPA DE AÇO

CONEXÃO METÁLICA 3m

LEGENDA 1- LAJE CLT | 2- VIGA MLC TRANSVERSAL | 3- VIGA MLC LONGITUDINAL 4- CHAPA DE AÇO PARA FIXAÇÃO DO TIRANTE | 5- PAINEL CLT PARA VEDAÇÃO 6- TIRANTE EM AÇO | 7- SUPORTE PARA FIXAÇÃO DO TIRANTE

Figura 85 - Perspectiva da passarela no baixio do viaduto Fonte: Produção da autora

Figura 86 - Perspectiva baixio do viaduto Antártica Fonte: Produção da autora

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