Requalificação do Terminal Marítimo de São Joaquim tcc

Page 1



UNIFACS - UNIVERSIDADE SALVADOR CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

REQUALIFICAÇÃO DO TERMINAL MARÍTIMO DE SÃO JOAQUIM | UM NOVO TERMINAL

JÉSSYKA DE VASCONCELOS VILAS BOAS sob a orientação do Professor: Lucas Figueiredo Baisch. SALVADOR | 2017


U M NOVO TERMINAL Figura 1 - Ferry-Boat Zumbi dos Palmares Fonte: Acervo da Internacional Travessias. Marรงo de 2017.


JESSYKA DE VASCONCELOS VILAS BOAS

REQUALIDIFAÇÃO DO TERMINAL MARÍTIMO DE SÃO JOAQUIM | UM NOVO TERMINAL Trabalho Final de Graduação submetido à Coordenação do Curso de Arquitetura e Urbanismo, como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Arquiteta e Urbanista, outorgado pela Universidade Salvador – UNIFACS.

BANCA EXAMINADORA _______________________________________________ Prof. Lucas Figueiredo Baisch

.

[Orientador] _______________________________________________ Prof. Maurício Felzemburgh Vidal.

[Membro da banca examinadora] _______________________________________________ Arquiteto Ademar Ferreira de Freitas

[Membro da banca examinadora] SALVADOR, DEZEMBRO DE 2017


OBRIGADA,

“Não é sobre chegar no topo do mundo E saber que venceu É sobre escalar e sentir Que o caminho te fortaleceu É sobre ser abrigo E também ter morada em outros corações E assim ter amigos contigo Em todas as situações”


Chegar até aqui é saber dizer “obrigada” com o coração cheio de certeza de que a escolha valeu à pena.

anos, compartilharam ensinamentos indispensáveis à minha

É ser grata a Deus, sabendo que o melhor Ele continuará trilhando no meu caminho. É reconhecer toda a força de meus pais na construção e concretização desse, e de todos os outros sonhos.

de tudo isso, na união dos bons – e não tão bons assim – momentos. Obrigada Arthur.

contribuem fielmente com o meu sucesso e, sobretudo não me Obrigada

especialmente

aos

amigos

da

Faculdade de Arquitetura e agora de profissão, por todos os momentos e conhecimentos compartilhados. Vocês fizeram a diferença nessa caminhada.

de vocês. É ter um orientador presente durante grande parte da graduação, com palavras de incentivo, motivação e muita

profissional, por toda oportunidade ao longo desses anos e especialmente por acreditar na minha capacidade. Chegar até aqui é saber que isso não é o fim, e sim o início

É ter por perto os amigos de sempre e os novos que desistir.

formação acadêmica. Levarei sempre comigo parte de cada um

paciência. Obrigada Lucas Baisch, por ser um exemplo de

É ter um irmão companheiro que compartilha o dia a dia

deixam

É ter um corpo docente sem igual que, durante esses

de novas conquistas. Meu muito obrigada a todos que de alguma forma colaboraram com a minha trajetória. Por

fim,

agradeço

ao

Engenheiro

da

Internacional

Travessias, André Luiz Cairo, que conduziu a visita técnica ao Terminal Marítimo de São Joaquim, disponibilizando informações que enriqueceram o presente trabalho.

Sintam-se parte dessa conquista.


RESUMO

Um novo terminal...


O presente trabalho apresenta o processo de desenvolvimento de um projeto de arquitetura e urbanismo o qual propõe a Requalificação do Terminal Marítimo de São Joaquim, em Salvador-Bahia. Esta edificação é importante na cidade, pois é o principal acesso para embarque de pedestres e veículos para a Ilha de Itaparica, e demais destinos do interior da Bahia. Devido ao atual estado do edifício, o qual não possui acessibilidade e muito menos um dimensionamento correto de acordo com a demanda, torna-se fundamental a sua requalificação de forma que beneficie toda população baiana. A proposta busca ampliar a área que hoje é destinada para o terminal, acomodando assim a população que desfruta deste tipo de meio de transporte disponível, dando-lhes comodidade. O projeto é baseado nas necessidades estudadas de modo a privilegiar primeiramente a demanda da cidade, sejam em dias comuns e/ou feriados. Para a construção e concretização do trabalho buscou-se a total interação com o entorno, de modo que a edificação ganhe seu destaque sem descaracterizar as demais.

Sua apresentação será estruturada através de textos, imagens, referências e

plantas técnicas.

Palavras chaves:

Requalificação, Terminal Marítimo, Embarcações, Itaparica, São Joaquim.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Ferry-Boat Zumbi dos Palmares. Pág. 04

Figura 18 – Mapa de Gabarito de Altura. Pág. 39

Figura 2 - Ferry-Boat Dorival Caymmi. Pág. 16

Figura 19 - Modificado - Mapa do Sistema Viário, 2016. Pág. 40

Figura 3 - Construção do TMSJ. Pág. 18

Figura 20 - Modificado - Mapa de Transporte Coletivo, 2016. Pág. 40

Figura 4 - Terminal Marítimo de São Joaquim – Salvador. Pág. 20

Figura 21 - Pontos de Parada do VLT. Pág. 41

Figura 5 - Fila de pedestres para embarque no Ferry-Boat – Salvador. Pág. 21

Figura 22 - Ponto São Joaquim. Pág. 41

Figura 6 - Fila de veículos para embarque no Ferry-Boat – Salvador. Pág. 22

Figura 23 - Cone Visual 01. Pág. 42 Figura 24 - Cone Visual 02. Pág. 42

Figura 7 - Ferry-Boat Ivete Sangalo. Pág. 26

Figura 25 - Cone Visual 03. Pág. 42

Figura 8 - Carta Náutica da Baía de Todos os Santos. Pág. 29

Figura 26 – Mapa de Mobilidade. Pág. 43

Figura 9 - Passageiros e tipos de veículos que podem ser transportados nas balsas. Pág. 29

Figura 27 – Mapa de Vias. Pág. 44

Figura 10 - Docagem do Zumbi dos Palmares. Pág. 32

Figura 29 - Terminal Marítimo de Papeete. Pág. 46

Figura 11 – Restauração da Chaparia. Pág. 32

Figura 30 - Balsas no Terminal Marítimo de Papeete. Pág. 47

Figura 12 – Início de Pintura da Chaparia. Pág. 33

Figura 31- Rota Marítima entre Papeete e Moorea. Pág. 47

Figura 13 – Início de Finalização do Processo de Docagem. Pág. 33

Figura 32 - Setorização e Fluxos do Terminal Marítimo de Papeete. Pág. 48

Figura 14 - Modificado - Mapa de Zoneamento, 2016. Pág. 34 Figura 15 –. Localização do Terreno. Pág. 37 Figura 16 –. Mapa de Usos. Pág. 38 Figura 17 - Modificado - Mapa de Gabarito de Altura das Edificações, 2016. Pág. 39

Figura 28 – Insolação e Ventilação. Pág. 45

Figura 33 - Acessos e Rotas do Terminal Marítimo de Papeete. Pág. 48 Figura 34 - Vista em perspectiva da fachada principal. Pág. 49 Figura 35 - Construção do Terminal Marítimo de Papeete 49


Figura 36 – Desenho técnico da fachada principal. Pág. 50

Figura 55 - Ferry-Boat Rio Paraguaçu. Pág. 60

Figura 37 - Níveis da edificação. Pág. 50

Figura 56 – Perspectiva Área de Circulação. Pág. 66

Figura 38 - Vista interna – Lanchonete. Pág. 50

Figura 57 – Perspectiva Acesso Veículos. Pág. 66

Figura 39 – Douro Marina. Pág. 51

Figura 58 – Perspectiva Espaços de Convivência. Pág. 66

Figura 40 - Douro Marina - Edifício Linear. Pág. 51

Figura 57 – Perspectiva Vistas do entorno. Pág. 66

Figura 41 - Douro Marina - Edifício Perpendicular. Pág. 52

Figura 58 – Fechamento da Estrutura. Pág. 67

Figura 42 - Douro Marina - Edifício Perpendicular. Pág. 52 Figura 43 - Douro Marina - Sala de eventos com divisória. Pág. 52 Figura 44 – Douro Marina - Planta Baixa Pavimento Térreo. Pág. 53 Figura 45 - Douro Marina - Planta Baixa Pavimento Superior. Pág. 53

Figura 59 – Zoneamento. Pág. 68 Figura 60 - Sistema Estrutural St. Vincent de Paul Chapel. Pág. 70 Figura 61 – Esquema Estrutural. Pág. 71 Figura 62 – Masterplan. Pág. 72

Figura 46 - Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza. Pág. 54

Figura 63 –Aço Galvanizado. Pág. 74

Figura 47 - Sala multiuso. Fortaleza. Pág. 54

Figura 64 – Aço Corten. Pág. 74

Figura 48 - Cobertura do Terminal Marítimo. Pág. 55

Figura 65 – Vidro Laminado. Pág. 74

Figura 49 - Uso de brises na fachada. Pág. 55

Figura 66 – Vidro Laminado Fosco. Pág. 74

Figura 50 - Planta baixa do pavimento térreo. Pág. 56

Figura 67 – Placas de Madeira. Pág. 75

Figura 51 - Planta baixa do primeiro pavimento. Pág. 57

Figura 68 – Concreto. Pág. 75

Figura 52 - Planta baixa do segundo pavimento. Pág. 58

Figura 69 – Placa de Concregrama. Pág. 75

Figura 53 - Masterplan do Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza. Pág. 59

Figura 70 - Ferry-Boat Juracy Magalhães Jr. Pág. 76

Figura 54 - Render do Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza. Pág. 59

Figura 71 - Ferry-Boat Pinheiro. Pág. 80


LISTA DE SIGLAS

LISTA DE TABELAS

TMSJ – Terminal Marítimo de São Joaquim

Tabela 1 – Valor tarifário e tempo médio de travessia. Pág. 31

TTNB – Terminal Turístico Náutico da Bahia

Tabela 2 - Capacidade de transporte da frota atual. Pág.31

BST – Baía de Todos os Santos

Tabela 3 - Parâmetros de Ocupação do Solo. Pág. 36

PDDU – Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano

Tabelas 4 - Programa e Pré-dimensionamento Setor Público. Pág.62

CBN – Companhia Bahiana de Navegação

Tabelas 5 - Programa e Pré-dimensionamento Setor ADM. Pág. 62

SPL – Serviços de Planejamento

Tabelas 6 - Programa e Pré-dimensionamento Manutenção e Testes. Pág. 62

GELSIN – Grupo Executivo da Ligação Salvador-Itaparica-Nazaré ZUE – Zona de Uso Especial ZCMe – Zona de Centralidade Metropolitana TMPF – Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza CAC – Central de Atendimento ao Cliente

Tabelas 7 - Programa e Pré-dimensionamento Setor de Serviços. Pág. 63 Tabelas 8 - Programa e Pré-dimensionamento CAC. Pág. 63 Tabelas 9 - Programa e Pré-dimensionamento Galeria. Pág. 63

VLT – Veículo Leve Sobre Trilhos

Tabelas 10 - Programa e Pré-dimensionamento Setor Alimentação. Pág. 64

BRT - Transporte Rápido por Ônibus

Tabelas 11 – Materiais Utilizados. Pág. 74 Tabela 12 - Linhas Rodoviárias partindo do Terminal de Bom Despacho. Pág. 81 Tabela 13 - Linhas de Ônibus no Bairro da Calçada. Pág. 83


LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Fluxo turístico nos aeroportos das capitais do Nordeste - 2003 à 2010. Pág. 21 Gráfico 2 - Evolução de travessias Salvador-Itaparica entre 2008 à 2011 (Veículos). Pag. 30 Gráfico 3 - Evolução de travessias Salvador-Itaparica entre 2008 à 2011 (Passageiros). Pág. 30

LISTA DE ANEXOS Anexo A – Ligações rodoviárias partindo do Terminal Bom Despacho Anexo B – Linhas de ônibus no bairro da Calçada


SUMÁRIO introdução

revisão bibliográfica

um novo terminal

CAPÍTULO 01

CAPÍTULO 02

CAPÍTULO 03

Pag. 1.1. 1.2. 1.3. 1.4.

16

APRESENTAÇÃO OBJETIVOS JUSTIFICATIVA METODOLOGIA

Pag.

26

2.1. TERMINAL MARÍTIMO DE SÃO JOAQUIM 2.2. CONDICIONANTES LEGAIS 2.3. ANÁLISE DO ENTORNO IMEDIATO 2.4. ANÁLISE ARQUITETÔNICA DE PROJETOS SIMILATES

Pag.

60

3.1. TERMINAL MARÍTIMO DE SÃO JOAQUIM 3.1.1. PROGRAMA E PRÉ-DIMENSIONAMENTO 3.1.2. PARTIDO ARQUITETÔNICO 3.1.3. ZONEAMENTOPOR BLOCOS 3.1.4. FLUXOGRAMA GERAL 3.1.5. SISTEMA ESTRUTURAL 3.1.6. MASTERPLAN 3.1.7. MATERIAIS EMPREGADOS


conclusão

CONS. FINAIS Pag.

76

ANEXOS

REFERÊNCIAS Pag.

78

Pag. ANEXO A ANEXO B

80


CAPÍTULO

01 16

I NTRODUÇÃO Figura 2 - Ferry-Boat Dorival Caymmi Fonte: Acervo da Internacional Travessias. Março de 2017


1.1. APRESENTAÇÃO O uso do Terminal Marítimo de São Joaquim (TMSJ) vem aumentando de forma que o espaço físico não é mais suficiente para acomodar a demanda. Devido ao fácil acesso, tarifas de “baixo custo” e pelo tempo mais curto de travessia em relação a uma viagem rodoviária, cada vez mais, esse sistema é aderido pela população baiana. A requalificação do terminal é uma oportunidade de melhorar o sistema, trazendo mais comodidade e consequentemente continuar atraindo (de forma positiva) toda população que necessita desse meio de transporte, além de aproximar ainda mais os turistas, enriquecendo assim, o sistema e dando evidência a edificação como uma referência na cidade. A ideia deste projeto de arquitetura busca dar visibilidade a um edifício tão importante, e ao mesmo tempo, tão mal inserido no contexto urbano, tendo como foco principal apurar as principais deficiências presentes hoje no edifício e no seu uso, para assim tentar soluciona-las. O desenvolvimento da Requalificação se faz relevante devido principalmente as grandes deficiências deste equipamento atualmente. O TMSJ é o principal ponto de embarque que proporciona aos usuários a travessia entre a cidade de Salvador e a Ilha de Itaparica, auxiliando também ligações com alguns interiores da Bahia, partindo do terminal Bom Despacho (Ver Anexo A – Ligações rodoviárias, página 81). As embarcações disponíveis hoje, dispõem do uso diário, sendo este, intensificado nas

datas comemorativas e feriados. Diante desta intensificação fica evidente que o ambiente em questão não suporta a CAPÍTULO 01 – INTRODUÇÃO

capacidade do público ativo, gerando desta maneira inúmeros problemas.

17


A implantação do sistema Ferry-Boat deu-se na década de 70 devido a necessidade de concentrar todas as rotas marítimas existentes na época numa única rota, e integrar a Baía de Todos os Santos (BST). A medida em que as balsas eram construídas, na Bahia eram construídos os terminais marítimos de São Joaquim (Figura 3) e Bom Despacho, em dezembro de 1972 houve a primeira viagem. A partir da sua inauguração, o sistema tornou-se extremamente atraente, uma vez que diminuía o longo percurso para aqueles que se deslocavam, por via rodoviária até o sul do Estado. Até os dias atuais esse sistema tem contribuído com o seu objetivo, fazendo com que consequentemente gere mais demanda.

Figura 3 - Construção do TMSJ Fonte: IBAHIA. Disponível em: < http://blogs.ibahia.com/a/blogs/memoriasdabahia/2013/02/15/a-implantacao-do-sistema-ferry-boat-entre-salvador-e-a-ilha-de-itaparica/> Acesso em: Março de 2017.

Sua requalificação, traz melhores condições aos seus usuários e ao seu entorno, tornando-se um atrativo na cidade de Salvador, preservando sua função principal.

18


1.2. OBJETIVOS 1.2.1. GERAL

Realizar anteprojeto arquitetônico e urbanístico da disciplina do Trabalho de Conclusão de Curso, onde será idealizado a

Requalificação do Terminal Marítimo de São Joaquim, com enfoque principal nas melhores condições do equipamento.

1.2.2. ESPECÍFICOS

 Tornar o Terminal Marítimo um atrativo turístico na cidade;  Proporcionar aos usuários um local agradável e receptivo conforme a demanda existente;  Melhorar a paisagem urbana da região;  Modernizar o equipamento urbano de forma que diminua o tempo estimado da travessia;  Promover acessibilidade em todo o terminal;

CAPÍTULO 01 – INTRODUÇÃO

 Oferecer áreas dinâmicas que atendam todo tipo de público;  Contar a história do equipamento.

19


1.3. JUSTIFICATIVA O Terminal Marítimo de São Joaquim (Figura 4) teve a sua inauguração na década de 70 com o objetivo claro de melhorar a mobilidade da cidade e reduzir a distância entre Salvador-Itaparica. O projeto que almejava alcançar inúmeros usurários, já ultrapassa 40 anos de existência e conta hoje com um público cada vez mais dependente e ativo, o qual, infelizmente desfruta do equipamento sem recurso e parcialmente degradado. Partindo inicialmente do fato do crescimento de usuários do TMSJ, e destacando que durante as décadas em que o equipamento esteve em operação, não houveram nenhuma obra de requalificação significativa, o projeto proposto se caracteriza

de forma importante e fundamental para a cidade de salvador. Diante dessa realidade o primeiro questionamento do projeto foi: Manter o prédio inicial de modo a expandir e atender as necessidades vigentes, ou, trazer um proposta nova incluindo outros usos? A conclusão dessa pergunta se deu especialmente pela necessidade de expansão do terreno atual e pelo apelo em Figura 4 - Terminal Marítimo de São Joaquim – Salvador Fonte: JOAS PHOTOGRAPHER. Disponível em: <http://www.joasphotographer.com/aerialphotography-brazil/ > Acesso em: Março de 2017.

oferecer a população mais um local turístico e com potencial.

A cidade de Salvador costuma receber todos os anos cerca de 5 milhões de turistas, sendo a capital do nordeste mais visitada. Esses dados podem ser observados no Gráfico 1, o qual, mostra o fluxo turístico entre os anos de 2003 à 2010 nos aeroportos de

algumas capitais nordestinas, assim, pode-se comprovar que Salvador tem liderado o ranking em todos os anos.

20


FLUXO TURÍSTICO NOS AEROPORTOS DAS CAPITAIS DO NORDESTE – 2003 à 2010

9.000.000 8.000.000 7.000.000 6.000.000 5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 0 2003

2004 SALVADOR (BA)

2005 RECIFE (PE)

FORTALEZA (CE)

2006 NATAL (RN)

2007 MACEIÓ (AL)

JOÃO PESSOA (PB)

2008 ARACAJÚ (SE)

2009

2010

SÃO LUÍS (MA)

Gráfico 1 - Fluxo turístico nos aeroportos das capitais do Nordeste - 2003 à 2010 Fonte: VIAGEM DE FÉRIAS. Disponível em: <http://www.viagemdeferias.com/nordeste/estatisticas-numero-turistas.php> Acesso em: Março de 2017.

O projeto de requalificação além de continuar exercendo sua função de ser o principal meio de ligação à Itaparica, visa oferecer um local de visitação turística, com apropriação diversificada da área, contando com restaurante com vista pro mar, galeria de acervo náutico, lojas variadas, dentre outros. As zonas as quais o terreno está inserido é a Zona de Uso Especial e a Zona de Centralidade Metropolitana, onde essa, retrata em seus artigos a necessidade de revitalização de áreas degradadas, dando-lhes novos usos voltados para atividades culturais, comerciais e de serviços, com destaque ao lazer, assim como a implantação de terminais turísticos na Cidade Baixa. Vale ressaltar que a importância desse projeto é proporcionar ao público um local agradável que busque amenizar significativamente os problemas existentes.

O quadro atual de degradação do edifício, não permite que os usuários sejam bem

acomodados e recebidos, pois, grande parte dos ambientes não possuem acessibilidade, as áreas já não acomodam o público que faz uso da edificação e a mobilidade interior deixa a desejar.

21


O dimensionamento dos espaços já não condiz com a quantidade de pessoas que utilizam o serviço, acarretando dentre outros fatores a intensificação de filas de pedestres no salão principal (o qual durante os feriados se estende ao longo dos terrenos vizinhos. Figura 5) e a superlotação da única sala de embarque. É importante lembrar também, dos problemas que envolvem as vias para embarque de veículos, que geram engarrafamento em toda extensão do entorno, como é mostrado na Figura 6, onde a fila se estende até o bairro do Roma. O aumento de usuários do sistema Ferry-Boat é intensificado em datas comemorativas e feriados.

Figura 5 - Fila de pedestres para embarque no Ferry-Boat – Salvador Fonte: Acervo Pessoal, Fevereiro de 2017.

Figura 6 - Fila de veículos para embarque no Ferry-Boat – Salvador Fonte: Acervo Pessoal, Fevereiro de 2017. (Carnaval de 2017)

Diante as análises realizadas, tem-se a dimensão do “caos” atual do edifício, o qual afeta diretamente os usuários e funcionários, além de impedir o uso adequado de todo entorno imediato. Atualmente, a grande parcela dos usuários destina-se a pessoas que fazem a travessia por conta de trabalho e/ou estudo, ou seja,, necessitam desse meio de transporte e merece um local mais apropriado. A Requalificação do Terminal Marítimo de São Joaquim é uma oportunidade de ofertar aos Soteropolitanos um lugar que

vai além da sua função inicial e se faz de suma importância devido a todos os problemas já relatados e, é claro, conhecido por quase toda a cidade. A implantação desta nova edificação, faz com que o local ganhe mais visibilidade em todo estado.

22


PONTE SALVADOR - ITAPARICA No desenvolvimento desse trabalho, é importante considerar também a proposta do projeto da Ponte a qual pretende ligar Salvador à Ilha de Itaparica, essa ligação por meio rodoviário é planejada para executar (em menos tempo) esse trajeto, porém, não apresenta grandes pontos positivos. Vale ressaltar que, mesmo com a concretização do projeto, o Terminal de São Joaquim continuará operando, portanto, sua requalificação ainda assim é pertinente. Avaliando os desafios do projeto de implantação da Ponte, o arquiteto e urbanista Paulo Ormindo de Azevedo descreve em sua “visão” os sete pilares claudicantes, onde o projeto não foi previst no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) da cidade, nem no termo de referência do plano metropolitano. Nas suas classificações é abordado os possíveis pontos positivos que a ponte traria ao estado, e logo são rebatidos com justificativas que realmente devem ser levadas em consideração antes de tal construção. O primeiro pilar aborda a questão de que o novo sistema viário poderia trazer a produção de grãos e minérios para o porto de Salvador, porém, de acordo com a análise do arquiteto, o porto não opera com graneis e o frete rodoviário é muito mais caro que o ferroviário. Em outro momento é dito que haveria a eliminação total de filas para quem desejasse fazer a travessia por meio rodoviário. Comparado com Rio-Niterói, as filas para as barcas continuam enormes, então, não faz sentido pagar um valor elevado de pedágio e enfrentar grandes congestionamentos. Dentre outras análises, o sétimo ponto revela que a expectativa em geração de empregos com essa ligação rodoviária é quase nula: e equipamentos. Neste momento de crise, subscrever 25% deste empreendimento e pagar 480 milhões anuais pelo seu uso é um risco muito alto. O estado já tomou um calote da Ásia/Kia e, há três anos, enterrou um carro Jac, chinês, em Camaçari. Qual o custo-benefício, prioridade e riscos deste projeto, num estado que tem 25% de analfabetos, a maior taxa de desemprego do país e é o mais rural, além de

concentrar 50% da renda na RMS?” Arquiteto e Urbanista Paulo Ormindo de Azevedo, SSA: A Tarde, 12/02/17

Considerando essas análises, o melhoramento e ampliação do sistema Ferry-Boat, é uma solução acertada, sem que seja necessário um aumento relevante da tarifa atual.

23

CAPÍTULO 01 – INTRODUÇÃO

“7º Pilar - A ponte vai criar empregos e injetar sete bilhões de reais em Salvador. Ledo engano. Os chineses trazem tudo, mão de obra


1.4. METODOLOGIA 1.4.1. METODOLOGIA DA PESQUISA Para desenvolvimento desta monografia a metodologia de pesquisa consiste nos seguintes tópicos:

Levantamento bibliográfico (artigos, normas e comentários) acerca do tema para melhor concepção e desenvolvimento de projeto dessa categoria;

Análise de projetos similares, englobando arquitetura de marinas e terminais marítimos em escala global, nacional e local, a fim de estudar os aspectos positivos e negativos, para então, tomar partido destes;

Levantamento histórico do edifício, com o objetivo principal de entender o seu funcionamento e suas principais necessidades para a requalificação;

Estudo da acessibilidade, mobilidade e das rotas de ônibus que passam próximos, ou pela Avenida Engenheiro Oscar Pontes, os quais definem os acessos ao terminal;

Visita à campo a fim de conhecer todos os ambientes fundamentais que compõe o edifício e as divisões interna do mesmo;

Levantamento fotográfico que destacam as problemáticas existentes hoje no edifício e no seu entorno imediato.

24


1.4.2. METODOLOGIA DO PROJETO A partir dos resultados obtidos nas pesquisas, o projeto foi desenvolvido de acordo com os seguintes tópicos: • Desenvolvimento dos estudos preliminares: estudo heliotérmico, gabaritos de altura, tipologias arquitetônicas, tipologias de vias existentes, usos e informações do código de obras e do PDDU, tendo como auxílio para melhor resultado o software SketchUp, versão 2015; • Definição do programa de necessidades e pré-dimensionamento, apurado com o auxílio de plantas técnicas atuais do TMSJ, disponibilizadas pela Internacional Travessias, e incorporação de ambientes, justificadas a partir da visita técnica ao terreno e da ampliação que o projeto propôs. • Desenvolvimento de conceito e partido arquitetônico com estudo e desenvolvimento volumétrico do edifício; • Estudo e definição estrutural a partir da bibliografia The Function Of Form. • Definição do zoneamento, fluxograma e elaboração das diretrizes para o desenvolvimento da requalificação do terminal marítimo;

CAPÍTULO 01 – INTRODUÇÃO

• Desenvolvimento do anteprojeto, assim como seus elementos de apresentação gráfica.

25


CAPÍTULO

02 26

R EVISÃO BIBLIOGRÁFICA Figura 7 - Ferry-Boat Ivete Sangalo Fonte: Acervo da Internacional Travessias. Março de 2017.


2.1. TERMINAL MARÍTIMO DE SÃO JOAQUIM Os responsáveis pela implantação do Sistema Ferry-Boat na Bahia foram o Governo Federal juntamente com a Companhia Bahiana de Navegação (CBN), sendo esta, uma das mais antigas empresas marítimas do Brasil. Após o Golpe Militar de 1964, esta ficou limitada a navegar apenas na Baía de Todos os Santos, levando a empresa a passar por graves situações financeiras. Com a decadência do transporte marítimo, em 1962, o Governo Federal passou a estimular o transporte rodoviário por confiar que a indústria automobilística no país iria crescer, com isso, os planos de avanços no transporte hidroviário tornaram-se secundários. Neste mesmo período, as embarcações disponíveis ligavam Salvador a Nazaré, Cachoeira, Mar Grande, Maragojipe e Jaguaripe, as quais seguiam por rotas diversas. Na maior parte do ano, poucos passageiros utilizavam o meio de transporte hidroviário disponível, com altas despesas de navios, houve a necessidade de reverter e solucionar este quadro que levou a CBN a colecionar problemas financeiros. No governo de Luiz Vianna Filho (1967-1971), a solução foi encontrada em concentrar todas essas linhas 1967, o Governo do Estado, o Sr. Francisco Benjamim (Secretário de Transportes e Comunicações) e a Comissão de Marinha Mercante, firmaram o protocolo que estabelecia um projeto de organização do serviço ferry-boat. Após uma série de estudos de viabilidade, em 1968 a SPL – Serviços de Planejamento conclui o projeto de conjugação rodo-aquavia por ferry-boat. O sistema era visto como um causador de grande economia para os usuários, considerado um projeto altamente compensatório.

27

CAPÍTULO 02 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

marítimas existentes em uma única sendo o ferry-boat a nova alternativa de meio de transporte. No primeiro semestre de


Para viabilizar a implantação do novo sistema, foi criado o órgão GELSIN – Grupo Executivo da Ligação SalvadorItaparica-Nazaré. O sistema proposto além de visar a disponibilidade de navios nos terminais, objetivava a implantação de uma malha viária interligando algumas regiões metropolitanas, integrando-se a um eixo que conduzia até o Bom Despacho. O projeto dos ferries foram produzidos pela firma de Mário Mariotto (professor da Escola de Engenharia Naval), posteriormente foi realizada uma licitação e o estaleiro SÓ/SA, sediada em Porto Alegre, construiu esses navios. Enquanto os navios estavam sendo construídos, na Bahia eram construídos os terminais pela empresa Norberto Odebrecht. O sistema ferry-boat tornou-se muito atraente, uma vez que diminuía a quilometragem para aqueles que se deslocavam por via rodoviária até o Sul do Estado. No final do mandato do governador Luiz Viana Filho em 1970, foi inaugurado o sistema, que seriam as rodovias e os terminais ainda parcialmente construídas, faltando também as embarcações. Em 1972, a primeira unidade de transporte ferry-boat, o navio Agenor Gordilho, chegou a Salvador. A chegada da embarcação não significou o funcionamento imediato das travessias, pois, eram necessárias obras de conservação do terminal de São Joaquim e a finalização das rodovias que faziam parte desse sistema. A viagem inaugural se deu de fato ao fim do ano de 1972, já no governo de Antônio Carlos Magalhães. (Fonte: BNDS. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/cadernos/hidro.pdf> Acesso em: Março de 2017). O Terminal Marítimo de São Joaquim, encontra-se localizado na borda marítima da Avenida Engenheiro Oscar Pontes, fazendo divisa com a Feira de são Joaquim (importante feira livre da região) e com o Porto de Salvador. O local propício a sua implantação atesta uma profundidade marítima de 6,40m a partir da carta náutica da Baía de Todos os Santos (Figura 8), a qual é compatível para acomodar as embarcações disponíveis de transporte.

28


Figura 8 - Carta Náutica da Baía de Todos os Santos Fonte: MARINHA DO BRASIL. Disponível em: <http://www.mar.mil.br/dhn/chm/box-cartas-raster/raster_disponiveis.html> Acesso em: 02 de Abril de 2017.

No decorrer desses anos o sistema passou a ser conduzida por diversas empresas, e hoje é comandada pela Internacional Travessias. A utilização dos ferries tendem a aumentar cada vez mais, no período de 45 anos de funcionamento, novas embarcações foram adicionadas ao sistema, tendo hoje um total de 9 balsas, são elas: Pinheiro, Rio Paraguaçu, Juracy Magalhães Jr., Agenor Gordilho, Maria Bethânia, Ivete Sangalo, Anna Nery, Dorival Caymmi e Zumbi doa Palmares. Além de passageiros, as balsas

CAPÍTULO 02 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

transportam veículos que vão de pequeno a grande porte como mostra a Figura 9.

Figura 9 - Passageiros e tipos de veículos que podem ser transportados nas balsas Fonte: INTERNACIONAL TRAVESSIAS. Disponível em: <http://internacionaltravessias.com.br/tarifas-ferry-boat-salvador-ba/> Acesso em: 02 de Abril de 2017.

29


Os gráficos 2 e 3 retratam respectivamente a demanda crescente no embarque de veículos e passageiros no sistema ferry-boat nos anos de 2008, 2009, 2010 e 2011. Pode-se observar que a quantidade de passageiros e veículos intensificam-se nos meses de feriados nacionais, como por exemplo, no mês de fevereiro. Dentro desses quatro anos a quantidade de passageiros transportados subiu aproximadamente 53%, ultrapassando um total de 5 milhões. EMBARQUE DE VEÍCULOS 2008-2011

800.000 700.000 600.000 500.000 400.000 300.000 200.000 100.000 0 JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

MAIO 2008 VEÍCULOS

JUNHO 2009 VEÍCULOS

JULHO

AGOSTO

2010 VEÍCULOS

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

DEZEMBRO

TOTAL

DEZEMBRO

TOTAL

2011 VEÍCULOS

Gráfico 2 - Evolução de travessias Salvador-Itaparica entre 2008 à 2011 (Veículos) Fonte: SETUR BA. Disponível em: <http://www.setur.ba.gov.br/arquivos/File/PDITSbts.pdf> Acesso em: 02 de abril de 2017.

EMBARQUE DE PASSAGEIROS 2008-2011

6.000.000 5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 0 JANEIRO

FEVEREIRO

MARÇO

ABRIL

MAIO

2008 PASSAGEIROS

JUNHO 2009 PASSAGEIROS

JULHO

AGOSTO

2010 PASSAGEIROS

SETEMBRO

OUTUBRO

NOVEMBRO

2011 PASSAGEIROS

Gráfico 3 - Evolução de travessias Salvador-Itaparica entre 2008 à 2011 (Passageiros) Fonte: SETUR BA. Disponível em: <http://www.setur.ba.gov.br/arquivos/File/PDITSbts.pdf> Acesso em: 02 de abril de 2017.

30


Após a Internacional Travessias assumir o comando do sistema ferry-boat, é possível notar mudanças as quais no geral melhoraram o seu funcionamento. É criado o sistema de fila única, que organiza e distribui a fila no saguão principal na medida em que os guichês são liberados, foi implantado o sistema de embarque com hora marcada onde os usuários podem adquirir suas passagens por meio digital, o Ferry-Card que trata-se de um cartão de passagens recarregáveis e um limite de vagas de prioridade.

LINHA

SALVADOR – BOM DESPACHO

TIPO DE EMBARCAÇÃO

FERRY BOAT

TARIFA DE PASSAGEIROS

SEGUNDA À SEXTA R$: 5,00 / SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS R$: 6,70

TARIFA DE VEÍCULO PEQUENO

SEGUNDA À SEXTA R$: 45,00 / SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS R$: 63,00

TARIFA DE VEÍCULO GRANDE

SEGUNDA À SEXTA R$: 58,00 / SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS R$: 81,00

BICICLETA

SEGUNDA À SEXTA R$: 15,00 / SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS R$: 21,00

CARRO DE MÃO

SEGUNDA À SEXTA R$: 15,00 / SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS R$: 21,00

MOTOCICLETA/LAMBRETA

SEGUNDA À SEXTA R$: 19,00 / SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS R$: 26,00

REBOQUE

SEGUNDA À SEXTA R$: 44,00 / SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS R$: 61,00

UTILIÁTIO/MICROÔNIBUS

SEGUNDA À SEXTA R$: 83,00 / SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS R$: 116,00

CAMINHÃO SIMPLES

SEGUNDA À SEXTA R$: 137,00 / SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS R$: 191,00

ÔNIBUS

SEGUNDA À SEXTA R$: 184,00 / SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS R$: 258,00

CAMINHÃO TRUNCADO

SEGUNDA À SEXTA R$: 184,00 / SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS R$: 258,00

JAMANTA

SEGUNDA À SEXTA R$: 267,00 / SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS R$: 374,00

TEMPO MÉDIO DE TRAVESSIA

45 à 60 MINUTOS

Tabela 1 – Valor tarifário e tempo médio de travessia Fonte: INTERNACIONAL TRAVESSIAS. Disponível em: <http://internacionaltravessias.com.br/tarifas-ferry-boat-salvador-ba/> Acesso em: 02 de Abril de 2017.

A capacidade de passageiros e veículos variam de acordo com a embarcação, como pode ser observado na Tabela 2. NAVIO

FB PINHEIRO

RIO PARAGUAÇU

JURACY MAGALHÃES

AGENOR GORDILHO

MARIA BETHÂNIA

IVETE SANGALO

ANNA NERY

DORIVAL CAYMMI

ZUMBI DOS PALMARES

PASSAGEIROS

803

800

800

605

800

610

800

1000

600

AUTOMÓVEIS

57

47

85

85

47

74

74

177

219

Tabela 2 - Capacidade de transporte da frota atual Fonte: Acervo da Internacional Travessias. Março de 2017.

31

CAPÍTULO 02 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A Tabela 1, indica o valor tarifário atual e o tempo médio de travessia (Setembro de 2017).


Questões referentes a organização do espaço físico do terminal, os setores estão divididos de acordo com seu uso, são eles: Setor administrativo, central de atendimento ao cliente, setor público onde estão localizados os guichês para compra de bilhetes e a sala de embarque, área exclusiva para

embarque

de

veículos,

caldeiraria

(espaço

destinado

para

fabricação e reparo de peças pequenas) e área de manutenção mecânica e elétrica, contendo um laboratório de testes iniciais. A manutenção e reforma das balsas acontecem na Base Naval de Aratu, em Salvador. A reforma de uma balsa dura em média de 4 à 6 meses, neste período o navio fica “docado” e passa por um processo geral de restauro, que vão desde os

Figura 10 - Docagem do Zumbi dos Palmares Fonte: Acervo Fotográfico da Internacional Travessias. Março de 2017.

aparelhamentos elétricos e mecânicos até a troca de mobiliário danificado, passando também pelo processo de soldagem de peças, e restauração de toda chaparia. O procedimento é finalizado com o revestimento (pintura) de toda a embarcação. As Figuras 10 à 13, apresentam fases da ação de docagem da balsa Zumbi dos Palmares.

Figura 11 – Restauração da Chaparia Fonte: Acervo Fotográfico da Internacional Travessias. Março de 2017

32


Elevada segurança pessoal em relação a acidentes;

Baixo custo de operação por passageiros;

Capacidades de integração e desenvolvimento de regiões litorâneas e ribeirinhas, inclusive o incentivo às atividades turísticas;

Índice Reduzido de poluição por passageiro;

Alta previsibilidade do tempo de viagem, uma vez que hoje o sistema dispõe de embarque com hora marcada;

Classifica-se como um transporte de massa.

Figura 12 – Início de Pintura da Chaparia Fonte: Acervo Fotográfico da Internacional Travessias. Março de 2017

CAPÍTULO 02 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

POR QUÊ ESCOLHER O TRANSPORTE MARÍTIMO?

Figura 13 – Início de Finalização do Processo de Docagem Fonte: Acervo Fotográfico da Internacional Travessias. Março de 2017

33


2.2. CONDICIONANTES LEGAIS O

novo Terminal Marítimo de São

Joaquim é

implantando no terreno atual, sendo utilizado também o terreno

da frente (antigo galpão da feira de São Joaquim), desta maneira, somando uma área total de 41.330m², localizado no bairro de

Art. 131. A Macrozona de Ocupação Urbana compreende os espaços urbanizados do Município em seus diversos estágios de estruturação, qualificação e consolidação, destinando-se à moradia, ao exercício de atividades econômicas e sociais predominantemente urbanas, comportando níveis diferenciados de densidade populacional e de ocupação do solo. (LEI-n.-9.069-PDDU-2016).

Água de Meninos, tendo como vizinhos os bairros da Calçada, Liberdade e Comércio, pertencente à Prefeitura-bairro I Centro / Brotas. Em relação ao macrozoneanto do município de Salvador, o mesmo pertence à Macrozona de Ocupação Urbana e Macroárea

de Urbanização consolidada, as quais são definidas pela lei Nº

Art. 137. A Macroárea de Urbanização Consolidada se define estrategicamente como território material e simbólico das relações sociais, econômicas e políticas que construíram, interna e externamente, a imagem e a identidade de Salvador como metrópole, compreendendo os bairros mais tradicionais que evoluíram radialmente a partir do Centro Antigo até ocupar a ponta da península na qual está implantada a Cidade, entre a Baía de Todos os Santos e o Oceano Atlântico. (LEI-n.-9.069-PDDU-2016).

9.069/2016 do PDDU como:

O terreno localiza-se em meio a duas zonas, a Zona de Uso Especial – ZUE destinadas a complexos urbanos voltados a funções administrativas, educacionais, de transportes e de serviços

de

alta

tecnologia

e

a

Zona

de

Centralidade

Metropolitana – ZCMe que se classificam como porções do território, apresentando características multifuncionais, para as quais

convergem

e

se

articulam

os

principais

fluxos

de

integração dos demais municípios da Região Metropolitana de Salvador e de outros Estados. (Ver Figura 14).

34

Figura 14 - Modificado - Mapa de Zoneamento, 2016. Fonte: SUCOM.BA. Disponível em: <http://www.sucom.ba.gov.br/category/legislacoes/mapas-pddu2016/> Acesso em: 25 de Março de 2017.


utilizado as exigências das duas zonas, uma vez que o mais restritivo seja aplicado ao projeto.

Visto que a Zona de Uso Especial (ZUE-3) não possui todas restrições

para

construções,

apenas

os

coeficientes

de

aproveitamento, os demais parâmetros urbanísticos (recuos e índice de ocupação e permeabilidade) foram verificados e adotados de acordo com as restrições presentes na Zona de Centralidade Metropolitana (ZCMe-Centro Antigo). A ZUE-3 é classificada no PDDU como: Art. 187. III - ZUE-3 – Porto de Salvador correspondente ao complexo de instalações hidroportuárias, áreas alfandegadas e terminais de cargas e passageiros administrados pela Companhia de Docas da Bahia (CODEBA). (LEI-n.-9.069PDDU-2016).

E a ZCMe-Centro Antigo é classificada como: Art. 175. São diretrizes para a ZCMe-CA– Centro Antigo: I - fortalecimento como espaço de centralidade metropolitana, tanto do ponto de vista simbólico quanto do cultural, político e econômico, mediante o resgate e incorporação de novas funções capazes de integrá-lo plenamente à vida urbana e ao desenvolvimento do Município; (LEI-n.-9.069-PDDU-2016).

II - reversão da tendência de decréscimo populacional mediante: a) estabelecimento de prioridade para usos residenciais e atividades complementares nas intervenções em áreas degradadas do Centro Histórico;

b) estímulo à implantação de novos empreendimentos multiresidenciais e de uso misto nas áreas adjacentes ao Centro Histórico, ampliando a oferta de unidades habitacionais e, consequentemente, o fluxo de pessoas nos períodos com baixa atividade comercial, desde que esses novos empreendimentos sejam vinculados, obrigatoriamente, à execução de intervenções que garantam o aumento da capacidade do sistema viário e de transporte público, de forma a atender às novas demandas; (LEI-n.-9.069-PDDU-2016). III - revitalização da ZCMe-CA – Centro Antigo, contemplando entre outras medidas: a) recuperação de áreas degradadas e/ou ociosas, requalificando-as para novos usos voltados a atividades culturais, comerciais e de serviços, com destaque para aquelas destinadas ao lazer e turismo, e também para a moradia; b) recuperação por meio de retrofit de imóveis tombados ou não destinados a revitalização da área destinados a usos públicos ou privados; c) promoção de novas articulações entre a Cidade Alta e a Cidade Baixa, privilegiando o modo de deslocamento a pé, de forma integrada aos corredores e terminais de transporte de passageiros; d) implantação de terminais turísticos na Cidade Baixa, articulados diretamente com os equipamentos ascensores do sistema de transportes, aproveitando as condições de circulação na parte baixa do Centro Histórico e preservando a parte alta do tráfego intenso de veículos, em especial os de grande porte;

35

CAPÍTULO 02 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Para fins de definição do zoneamento do terreno, foi


e) requalificação urbanística dos logradouros e demais espaços públicos, garantindo acessibilidade e conforto ao pedestre e pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, principalmente nas vias e áreas de maior permanência, mediante a criação de calçadões e passeios sombreados, melhoria do mobiliário urbano, da iluminação pública e das condições de segurança pública; f) reurbanização e criação de espaços de convivência na Orla da Baía de Todos os Santos; g) criação de áreas para o estacionamento de veículos de passeio e turismo e para operações de carga e descarga de mercadorias; (LEI-n.-9.069-PDDU2016). IV - ordenamento e controle do comércio informal nos logradouros públicos. Parágrafo único. Na Área de Proteção Rigorosa (APR) a que se refere a Lei Municipal nº 3.289/83, que inclui o Centro Histórico tombado pelo IPHAN, na ampliação, reconstrução de edificações, o coeficiente de aproveitamento será resultante da volumetria permitida pelo IPHAN. (LEI-n.-9.069-PDDU2016).

Em relação aos parâmetros de ocupação do solo, pode-se identificar os dados urbanísticos na Tabela 3. DADOS URBANÍSTICOS ZONA DE USO ESPECIAL - 3 (ZUE) + ZONA DE CENTRALIDADE METROPOLITANA (ZCMe-CA)

ÍNDICES

TERRENO (39.937,17m²)

(ZCMe) - ÍNDICE DE OCUPAÇÃO (IO)

0,60

23.962,30 m²

(ZCMe) - ÍNDICE DE PERMEABILIDADE (IP)

0,10

3.993,71 m²

(ZUE) – COEF. DE APROVEITAMENTO MÍN. (CA Mín)

0,20

7.987,43 m²

(ZUE) – COEF. DE APROVEITAMENTO BÁS. (CAB)

1,00

39.937,17 m²

(ZUE) – COEF. DE APROVEITAMENTO MÁX. (CAM)

2,00

79.874,34 m²

(ZCMe) - RECUO FRONTAL

4,00m

--

(ZCMe) - RECUOS LATERAIS

1,50m

--

(ZCMe) - RECUO FUNDO

2,50m

--

Tabela 3 - Parâmetros de Ocupação do Solo Fonte: SUCOM BA. Disponível em: <http://www.sucom.ba.gov.br/wpcontent/uploads/2016/09/Quadro-06-Par%C3%A2metros-de-Ocupa%C3%A7%C3%A3o-do-Solo.pdf> Acesso em: 20 de Abril de 2017.

Diante dos dados adquiridos relacionando os parâmetros urbanísticos com a área total do terreno, pode-se concluir que os resultados obtidos são satisfatórios para elaboração do Requalificação do TMSJ, uma vez que as restrições não são

barreiras de limitações drásticas ao projeto, possuindo área mais que suficiente de permissão da construção do equipamento e recuos aceitáveis.

36


2.3. ANÁLISE DO TERRENO E ENTORNO IMEDIATO O TERRENO E O ENTORNO

O Terminal Marítimo de são Joaquim está localizado na Avenida Engenheiro Oscar Pontes, no bairro de Água de Meninos, Cidade Baixa como mostra a demarcação em azul claro na Figura 15. O terreno possui uma topografia plana e uma área total de 34.170m². Atualmente encontram-se espalhados pelo terreno o prédio

do

terminal,

uma

área

destinada

a

estacionamentos, centro de atendimento ao cliente,

FSJ

prédio administrativo, áreas de manutenção, etc. TMSJ

Devido a necessidade de expansão e de visibilidade ao

GALPÃO FSJ

edifício, o terreno utilizado para a requalificação foi ampliado. Além da área hoje ocupada pelos edifícios que compõe o terminal, foi utilizado também o terreno que

PORTO

abrigava o antigo galpão da Feira de São Joaquim totalizando

uma

área

de

39.937,17m².

(Área

demarcada em azul escuro na Figura 15).

BAÍA DE TODOS OS SANTOS

Figura 15 – Localização do Terreno Fonte: INFORMS CONDER BAHIA – Base Modificada.

37


USO DO SOLO O bairro de Água de Meninos, onde o terreno encontrase inserido é circundado pelos bairros da Calçada, Liberdade

e

Comércio.

Analisando

a

estrutura

existente em relação ao entorno imediato é possível destacar a predominância de áreas comerciais na região, como exemplo principal, tem-se a Feira de São Joaquim – feira livre de grande destaque na cidade – a qual está locada ao lado do terreno. Além das áreas comerciais, o entorno dispõe de áreas residenciais (concentradas mais no bairro da Liberdade), áreas educacionais enfatizando o Colégio de Órfãos de São Joaquim e áreas de serviços.

TMSJ

Os usos existentes encontram-se consolidados na região, não possuindo muitos terrenos vazios. Todas essas análises apuradas, são possíveis ser observada na Figura 16.

MISTO

RESIDENCIAL

EDUCACIONAL

FORTE E IG.

COMÉRCIOS

SERVIÇOS

LEGENDA

BAÍA DE TODOS OS SANTOS

38

Figura 16 – Mapa de Usos Fonte: INFORMS CONDER BAHIA – Base Modificada.


GABARITO DE ALTURA De acordo com Planto Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), na área do terreno só são permitidas construções de até 12 metros (Figura 17). Foi analisado o gabarito de altura das edificações do entorno, estas, em sua maioria não possuem elevados gabaritos, variando de 1 à 3 pavimentos (Figura 18).

Nesta análise, é importante destacar também a relação entre a cidade baixa e alta, separadas por uma encosta de aproximadamente 70 metros de altura.

TMSJ

6 PAV.

5 PAV.

4 PAV.

destoe do seu entorno.

3 PAV.

porte, a restrição do gabarito impede que o mesmo

2 PAV.

Embora o Terminal seja um equipamento de grande

LEGENDA 1 PAV.

Figura 17 - Modificado - Mapa de Gabarito de Altura das Edificações, 2016 Fonte: SUCOM.BA. Disponível em: <http://www.sucom.ba.gov.br/category/legislacoes/mapas-pddu-2016/> Acesso em: 25 de Março de 2017.

BAÍA DE TODOS OS SANTOS

Figura 18 – Mapa de Gabarito de Altura Fonte: INFORMS CONDER BAHIA – Base Modificada.

39


MOBILIDADE URBANA O acesso principal ao terreno é dada pela Av. Engenheiro Oscar

Em relação ao sistema de transporte coletivo, a avenida principal

Pontes, a qual é classificada como uma via arterial existente

classifica-se como um corredor de média capacidade (modalidade

(ver Figura 19). O PDDU define essa via como principal meio de

em

interligação às diversas regiões do município, promovendo

segregadas, ou contendo faixas exclusivas) a qual faz ligação com

ligações intraurbanas de média distância articulando-se com as

corredores de ônibus e é o principal meio de acesso ao terminal

vias expressas e arteriais, e com outras vias de categoria

marítimo e ao terminal de conexão intermodal (T22). Próximo ao

inferior. A avenida citada faz importantes conexões, como a

terreno há um plano inclinado, que liga o bairro da Liberdade com

ligação da Península Itapagipana e do Subúrbio para o bairro do

o bairro da Calçada, e um sistema cicloviário o qual, auxilia na

Comércio.

mobilidade do bairro e do entorno. (Ver Figura 20)

Figura 19 - Modificado - Mapa do Sistema Viário, 2016. Fonte: SUCOM.BA. Disponível em: <http://www.sucom.ba.gov.br/category/legislacoes/mapas-pddu2016/> Acesso em: 25 de Março de 2017.

40

que

os

transportes

operam

em

vias

parcialmente

Figura 20 - Modificado - Mapa de Transporte Coletivo, 2016. Fonte: SUCOM.BA. Disponível em: <http://www.sucom.ba.gov.br/category/legislacoes/mapas-pddu2016/> Acesso em: 25 de Março de 2017.


No bairro da Calçada que faz divisa com Água de meninos existem aproximadamente 120 linhas de ônibus, aos quais proporcionam um melhor acesso ao Terminal Marítimo. (Conforme Anexo B, página 82). A mobilidade da região ganhará força com a implantação de um novo sistema de transporte urbano, o VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos), que já possui projeto aprovado e deverá ter suas obras iniciadas no segundo semestre de 2017. O sistema conta com 21 pontos de paradas (Figura 21) sendo dois deles próximos ao terreno do TMSJ, são eles, o ponto do Porto e ponto São Joaquim (Figura 22).

Figura 21 - Pontos de Parada do VLT Fonte: UOL. Disponível em: < http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1702568-governopreve-obra-do-vlt-para-novembro> Acesso em: Abril de 2017.

Figura 22 - Ponto São Joaquim Fonte: YOUTUBE. 5’48”. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=SpdhCb7Wl7Q> Acesso em: Abril de 2017.

O VLT ligará o bairro do comércio ao Subúrbio e será integrado à outros sistemas, como o metrô e o BRT (Transporte Rápido por Ônibus), desta maneira trará mais mobilidade ao bairro, facilitando o acesso ao TMSJ, a partir de várias regiões da cidade.

41


MOBILIDADE URBANA A seguir destacam-se três cones visuais (Figura 23, 24 e 25), partindo da Avenida Engenheiro Oscar Pontes. A partir das imagens é possível notar a presença de um grande fluxo de veículos e pedestres na região, além de mercados informais. O cone visual 02 retrata a entrada principal atual do TMSJ e as demais, o seu entorno imediato.

Figura 24 - Cone Visual 02 Fonte: Acervo Pessoal, Abril de 2017.

Figura 23 - Cone Visual 01 Fonte: Acervo Pessoal, Abril de 2017.

42

Figura 25 - Cone Visual 03 Fonte: Acervo Pessoal, Abril de 2017.


MODAIS

LEGENDA PONTOS DE ÔNIBUS PONTOS DE VLT PLANO INCLINADO TERMINAL FERROVIÁRIO TERMINAL MARÍTIMO ROTAS CONES VISUAIS

TMSJ 01 02

03

BAÍA DE TODOS OS SANTOS

Figura 26 – Mapa de Mobilidade Fonte: INFORMS CONDER BAHIA – Base Modificada.

43


VIAS EXISTENTES LEGENDA

VIAS ARTERIAIS VIAS COLETORAS VIA EXPRESSA

FSJ

TMSJ LIBERDADE

PORTO

BAÍA DE TODOS OS SANTOS

44

Figura 27 – Mapa de Vias Fonte: INFORMS CONDER BAHIA – Base Modificada.


ESTUDO DE INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO 22 DE JUNHO

Os ventos no município de Salvador são predominantemente

provenientes

das

regiões Sul e Sudeste, como mostra a

21 DE MAIO

Figura 28. A circulação dos ventos influencia diretamente na decisão de disposição das edificações, para que a ventilação natural

seja aproveitada.

16 DE ABRIL

TMSJ 23 DE FEVEREIRO

21 DE JANEIRO

22 DE DEZEMBRO FREQUÊNCIA DOS VENTOS

BAÍA DE TODOS OS SANTOS

Figura 28 – Insolação e Ventilação Fonte: INFORMS CONDER BAHIA – Base Modificada.

45


2.4. ANÁLISE ARQUITETÔNICA DE PROJETO SIMILARES Para aprimorar e enriquecer o embasamento técnico para a Requalificação do Terminal Marítimo de São Joaquim foram analisados três projetos e referência com o mesmo tema ou tema similar. As análises são fundamentais para a compreensão dos ambientes que compõem este tipo de equipamento, sendo possível assim, a realização do projeto de acordo com as necessidades existentes.

2.4.1. EXEMPLAR INTERNACIONAL – TERMINAL MATÍTIMO DE PAPPETE

O Terminal Marítimo de Papeete (Figura 29) localiza-se na Polinésia Francesa, no Tahiti. O projeto

que

produzido

custou

pelo

grupo

um

alto

Pierre

investimento,

Lacombe

foi

(Tropical

Architecture) e foi concluído e inaugurado em março de 2012 após 29 meses de obra, virando um marco turístico na região.

Figura 29 - Terminal Marítimo de Papeete Fonte: ABODO. Disponível em: <http://abodo.co.nz/project-update-gare-maritime-de-papeete-french-polynesia/> Acesso em: 29 de Março de 2017.

46


O terminal de ferry é um grande edifício que ocupa uma área de 13.000m², possuindo três andares,

o edifício foi projetado para acomodar um tráfego estimado de 1,7milhões de passageiros e 250.000 veículos e 470.000 toneladas de carga por ano. Os serviços de ferry são oferecidas por duas empresas que operam três balsas: o Terevau, Aremiti 5 e Aremiti Balsa 2. (Figura 30) Figura 30 - Balsas no Terminal Marítimo de Papeete Fonte: BLOGSPOT Disponível em: <http://moorea-fr.blogspot.com.br/2014/07/gare-maritime-papeete-tahiti.html> Acesso em: 29 de Março de 2017.

A plataforma marítima é o meio de partida para a população e turistas que desejam ir a ilha de Moorea.

(Figura

31).

As

travessias

acontecem

minutos, a capacidade depende da balsa disponível para viagem. Durante a travessia é possível desfrutar das paisagens naturais do caminho.

Figura 31- Rota Marítima entre Papeete e Moorea Fonte: TAHITIGUIDE. Disponível em: <http://www.tahitiguide.com/~gomoorea/@en-us/sites/9/article.asp> Acesso em: 29 de Março de 2017.

47

CAPÍTULO 02 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

diariamente e duram em média cerca de 30 à 50


Com o objetivo principal de aumentar a segurança, o

A saída de veículos se dá por faixas laterais às faixas de

fluxo de veículos menores não cruzam com o fluxo veículos de

acesso, todo esse fluxo de veículos é realizado pela área liberada

carga e estes, estão separados do fluxo de pedestres, os quais

no térreo do terminal. (Figura 33).

acessam as balsas através de passarelas que estão conectadas ao primeiro pavimento. (Figura 32).

A edificação foi projetada para o embarque acontecer da melhor maneira possível, diminuindo os riscos de acidentes e aglomerações locais. Esse sistema permite também controlar o número de passageiros respeitando as normas marítimas do terminal.

Figura 32 - Setorização e Fluxos do Terminal Marítimo de Papeete Fonte: CALAMEO. Disponível em: <http://fr.calameo.com/read/000075892b264fe0532a1> Acesso em: 29 de Março de 2017.

48

Figura 33 - Acessos e Rotas do Terminal Marítimo de Papeete Fonte: CALAMEO. Disponível em: <http://fr.calameo.com/read/000075892b264fe0532a1> Acesso em: 29 de Março de 2017


O edifício tem uma sensação decididamente tropical, fiel as raízes da Polinésia Francesa. (Figura 34). Sua cobertura

possui

fabricadas

a

diversas

partir

de

águas,

elementos

sendo da

suas

região

telhas

(Tundra),

Figura 34 - Vista em perspectiva da fachada principal Fonte: VILLE-PAPEETE. Disponível em: <Http://www.ville-papeete.pf/articles.php?id=1015> Acesso em: 29 de Março de 2017.

Figura 35 - Construção do Terminal Marítimo de Papeete Fonte: PORTDEPAPEETE. Disponível em: <http://www.portdepapeete.pf/en/informations/developpements/gare-maritime-2011/> Acesso em: 29 de Março de 2017.

49

CAPÍTULO 02 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

complementando o ambiente natural inserido. (Figura 35).


O projeto arquitetônico do Terminal é inspirado na própria arquitetura local. O edifício é dividido em três níveis (Figura 37), um térreo e mais dois andares, possuindo uma malha estrutural a qual libera o pavimento térreo permitindo o fluxo de veículos. No

primeiro

pavimento

encontram-se

as

salas

de

embarque, os guichês para compra de bilhetes, balcão de informações, uma área de espera e uma lanchonete. (Figura 38).

No

segundo

pavimento

ficam

locados

apenas

os

escritórios do terminal. Esses pavimentos são acessados através de escadas e 4 elevadores garantindo a acessibilidade ao edifício.

Figura 36 – Desenho técnico da fachada principal Fonte: PORTDEPAPEETE. Disponível em: <http://www.portdepapeete.pf/en/informations/developpements/gare-maritime-2011/> Acesso em: 29 de Março de 2017.

50

Figura 37 - Níveis da edificação Fonte: TAHITI-INFOS. Disponível em: < http://www.tahiti-infos.com/Nouvelle-Gare-Maritime-c-estparti-pour-la-deuxieme-phase-du-chantier_a6429.html> Acesso em: 29 de Março de 2017.

Figura 38 - Vista interna - Lanchonete Fonte: TRIPADVISOR. Disponível em: <https://www.tripadvisor.fr/Restaurant_Review-g294352d3835411-Reviews-Te_Va_a_Tere-Papeete_Tahiti_Society_Islands.html> Acesso em: 29 de Março de 2017.


A Douro Marina (Figura 39), está localizada na Vila

A organização e hierarquização do equipamento é

Nova de Gaia, Portugal, onde a área total do equipamento é de

dada através da implantação de três edifícios, sendo um deles

2.230m², divididos em dois pavimentos em um terreno que

linear Figura 40) e dois perpendiculares (Figura 41) em relação

possui 1.384m². O projeto que foi realizado pelos arquitetos

ao terreno. O edifício linear se estende ao longo do parque de

José Antônio Barbosa e Pedro Lopes Guimarães (Barbosa &

estacionamento existente e se equilibra com os outros dois

Guimaraes Architects), ficou concluído no ano de 2013. Instalado

edifícios, os quais se suspendem no talude (Figura 42), definindo

na margem de Gaia, o novo edifício buscou representar a tradição

os caminhos entre a cota máxima e o percurso marginal

de um povo intimamente ligado à navegação marítima.

existente na cota mínima do terreno.

Figura 39 – Douro Marina Fonte: ARCHDAILY Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/758697/douro-marina-barbosa-andguimaraes-architects> Acesso em: 25 de Abril de 2017.

Figura 40 - Douro Marina - Edifício Linear Fonte: ARCHDAILY Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/758697/douro-marina-barbosaand-guimaraes-architects> Acesso em: 25 de Abril de 2017.

51

CAPÍTULO 02 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2 . 4 . 2 . E X E M P L A R I N T E R NA C I O NA L – D O U R O M A R I N A


A Marina foi projetada com o objetivo de integrar um conjunto de serviços e atividades complementares, as quais

valorizam também a economia do local inserido. O Edifício é dividido por uma volumetria de dois pavimentos em três blocos, neles estão distribuídos os serviços e as áreas comuns, além de um atracadouro para reparos de barcos. No edifício linear encontram-se a recepção, algumas salas de oficinas, gabinetes de administração, salas de formação, secretaria, sala destinada

a eventos, espaços comerciais e salas multiuso, tendo seus espaços adaptados com uma divisória que permite o uso total ou Figura 41 - Douro Marina - Edifício Perpendicular Fonte: ARCHDAILY Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/758697/douro-marina-barbosa-andguimaraes-architects> Acesso em: 25 de Abril de 2017.

Figura 42 - Douro Marina - Edifício Perpendicular Fonte: ARCHDAILY Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/758697/douro-marina-barbosa-andguimaraes-architects> Acesso em: 25 de Abril de 2017.

52

parcial do ambiente (Figura 43).

Figura 43 - Douro Marina - Sala de eventos com divisória Fonte: ARCHDAILY Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/758697/douro-marina-barbosa-andguimaraes-architects> Acesso em: 25 de Abril de 2017.


Já os outros dois edifícios perpendiculares são ocupados por um restaurante no primeiro e um spa/ginásio no segundo. O terreno conta ainda com estacionamento de veículos e área externa agradável com vegetação e mobiliário urbano, sendo esta área

o principal acesso ao píer (Figura 44 e 45).

01

02 05 05 03

04

Figura 44 – Douro Marina - Planta Baixa Pavimento Térreo Fonte: ARCHDAILY Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/758697/douro-marina-barbosa-and-guimaraes-architects> Acesso em: 25 de Abril de 2017.

02

05 03

05

04

Figura 45 - Douro Marina - Planta Baixa Pavimento Superior Fonte: ARCHDAILY Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/758697/douro-marina-barbosa-and-guimaraes-architects> Acesso em: 25 de Abril de 2017.

Diante da análise da Douro Marina é possível destacar alguns pontos positivos como a incorporação de ambientes que no edifício, os quais contribuem para o seu funcionamento, dinamização e valorização do equipamento, como por exemplo o restaurante e as salas multiuso.

53

CAPÍTULO 02 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

01


2 . 4 . 3 . E X E M P L A R N A C I O NA L – T E R M I N A L M A R Í T I M O D E P A S S A G E I R O S D E F O R T A L E Z A O Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza - TMPF (Figura 46) está localizado na Praia Mansa, no Porto de Mucuripe na cidade de Fortaleza – Ceará, local de grande potencial turístico e paisagístico da cidade. O projeto do terminal foi realizado pelo escritório Architectus S/S e teve sua inauguração no ano de 2014, a área total do novo edifício contando com a área de estacionamento é de aproximadamente 20.000m². A proposta do projeto era conceber uma edificação de uso flexível com um espaço multiuso, atendendo dessa forma não só a atividade do turismo marítimo, mas também, eventos, exposições, mostras e festas. (Figura 47).

Figura 46 - Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza Fonte: ARCHDAILY. Disponível em: < http://www.archdaily.com.br/br/785423/terminal-maritimo-depassageiros-de-fortaleza-architectus-s-s> Acesso em: 29 de Março de 2017.

54

Figura 47 - Sala multiuso. Fortaleza Fonte: ARCHDAILY. Disponível em: < http://www.archdaily.com.br/br/785423/terminal-maritimo-depassageiros-de-fortaleza-architectus-s-s> Acesso em: 29 de Março de 2017.


O sistema estrutural buscou otimizar a modulação da curvatura da cobertura a qual possui uma estrutura metálica de treliças planas, possibilitando assim o uso de grandes vãos (Figura 48). A forma do edifício é o resultado da busca por um desenho em curvas simples, para isso foi concebida uma estrutura de concreto protendido. Suas fachadas são compostas por grandes painéis de vidro e o controle solar é feito com o uso de brises similares para o nascente e o poente (Figura 49). O uso desses materiais surge devido a necessidade de conectar o objeto e o observador, dando visibilidade a todo entorno do edifício.

Figura 48 - Cobertura do Terminal Marítimo Fonte: ARCHDAILY. Disponível em: < http://www.archdaily.com.br/br/785423/terminal-maritimo-depassageiros-de-fortaleza-architectus-s-s> Acesso em: 29 de Março de 2017.

Figura 49 - Uso de brises na fachada Fonte: ARCHDAILY. Disponível em: < http://www.archdaily.com.br/br/785423/terminal-maritimo-depassageiros-de-fortaleza-architectus-s-s> Acesso em: 29 de Março de 2017.

55


O equipamento possui três pavimentos onde seus usos e setores são definidos. No térreo se dá a operação marítima que é composta por um saguão principal que possuem divisões articuladas, podendo ser dividida em três setores, facilitando e

organizando a demanda populacional do edifício de acordo com o uso. Ao longo dos boxes de serviços existentes nesse pavimento, o volume principal é conectado ao depósito de bagagens, localizado na porção sul. (Figura 50).

Figura 50 - Planta baixa do pavimento térreo Fonte: ARCHDAILY. Disponível em: < http://www.archdaily.com.br/br/785423/terminal-maritimo-de-passageiros-de-fortaleza-architectus-s-s> Acesso em: 29 de Março de 2017.

56


No primeiro pavimento estão localizadas as áreas multiuso composta por espaço cultural, bares e restaurantes, além desses espaços, há diversos escritórios de agências e órgãos públicos. Todo esse pavimento é cercado por uma grande varanda a

CAPÍTULO 02 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

qual se estende em balanço em uma das suas fachadas laterais. (Figura 51).

Figura 51 - Planta baixa do primeiro pavimento Fonte: ARCHDAILY. Disponível em: < http://www.archdaily.com.br/br/785423/terminal-maritimo-de-passageiros-de-fortaleza-architectus-s-s> Acesso em: 29 de Março de 2017.

57


O segundo pavimento é formado basicamente por áreas técnicas, como, casa de máquinas, sala de exaustores, manutenção e barrilete. Nesse pavimento também contém o mezanino do restaurante do pavimento inferior. Os setores de serviços como sanitários, depósito, ambulatório e entre outros, em

todos os pavimentos estão localizados na fachada da cobertura curva do edifício, desta forma, privatizando esses ambientes. (Figura 52).

Figura 52 - Planta baixa do segundo pavimento Fonte: ARCHDAILY. Disponível em: < http://www.archdaily.com.br/br/785423/terminal-maritimo-de-passageiros-de-fortaleza-architectus-s-s> Acesso em: 29 de Março de 2017.

58


No geral, a área de implantação do novo Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza é composta pelo edifício do terminal, áreas de bagagens, aerogeradores, um grande estacionamento com possibilidade de expansão, estacionamento de ônibus,

Figura 53 - Masterplan do Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza Fonte: ARCHDAILY. Disponível em: < http://www.archdaily.com.br/br/785423/terminal-maritimo-depassageiros-de-fortaleza-architectus-s-s> Acesso em: 29 de Março de 2017.

Figura 54 - Render do Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza Fonte: PINIWEB. Disponível em: <http://piniweb.pini.com.br/construcao/infraestrutura/constremag-constroi-novo-terminal-maritimo-de-passageiros-do-porto-de-2560531.aspx> Acesso em: 29 de Março de 2017.

O TMPF contempla entre outras coisas o próprio edifício e uma grande área urbanizada, que permite o uso da população em diversas atividades de lazer.

59

CAPÍTULO 02 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

cais múltiplo uso, edifícios de apoio e um novo pátio de contêineres. (Figura 53).


CAPร TULO

03 60

U M NOVO TERMINAL Figura 55 - Ferry-Boat Rio Paraguaรงu Fonte: Acervo da Internacional Travessias. Marรงo de 2017


3.1. TERMINAL MARÍTIMO DE SÃO JOAQUIM 3 . 1 . 1 . P R O G R A M A E P R É D I M E N S I O N A M E NT O O programa e pré-dimensionamento dos espaços foi realizado por meio das necessidades apuradas ao longo das pesquisas desenvolvidas, com base principalmente nos ambientes já existentes, onde suas áreas já são definidas. Desta forma, buscou-se a melhor estruturação da tabela de ambientes de acordo com a demanda populacional local e turística, acrescentando novos espaços e novos usos para os usuários no geral. Este, foi dividido em sete setores, retratados na Tabelas de 4 à 10, a seguir.

SETOR ADMINISTRATIVO

SETOR DE MANUTANÇÃO E TESTES

GALERIA/EXPOSIÇÃO

ALIMENTAÇÃO

SERVIÇOS

CENTRAL DE ATENDIMENTO AO CLIENTE

CAPÍTULO 03 – UM NOVO TERMINAL

SETOR PÚBLICO TMSJ

61


01

02

SETOR PÚBLICO TMSJ

ÁREA: 3.538m²

AMBIENTES SALA DE EMBARQUE LANCHONETES BILHETERIA (10 CABINES) HALL DE ACESSO (CATRACAS) HALL DE ENTRADA FUNC. WC FUNCIONARIOS ADMINISTRAÇÃO CONFERÊNCIA (FATURAMENTO) SUPERVISÃO FECHAMENTO TESOURARIA HALL DO COFRE COFRE ARRECADAÇÃO SAGUÃO (FILA) SANITÁRIO MASCULINO (PÚB) SANITÁRIO FEMININO (PÚB) FRALDÁRIO WC PCR (PÚB) HALL SANITÁRIOS DML CIRCULAÇÃO DE ABASTECIMENTO COPA PÁTIO COBERTO

62

SETOR ADMINISTRATIVO

ÁREA: 334m²

QTD. 2 6 1 2 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 3 2 6 3 2 2 1 1

ÁREA PARCIAL 1100m² 12m² 35m² 80m² 15m² 4m² 10m² 7m² 6m² 7m² 8m² 4m² 4m² 4m² 330m² 40m² 40m² 4m² 4m² 20m² 3m² 10m² 10m² 300m²

ÁREA TOTAL 2200m² 72m² 35m² 160m² 15m² 8m² 10m² 7m² 6m² 7m² 8m² 4m² 4m² 4m² 330m² 120m² 120m² 8m² 24m² 60m² 6m² 20m² 10m² 300m²

AMBIENTES RECEPÇÃO ADMINISTRATIVO CIRCULAÇÃO COPA WC FUNCIONÁRIOS SALA DE REUNIÕES ARQUIVO GERÊNCIA DE ARQUIVO DIREÇÃO DML SALAS/ESCRITÓRIOS SALA MULTIUSO

03

QTD.

ÁREA PARCIAL 40m² 40m² 10m² 5m² 20m² 20m² 5m² 10m² 4m² 15m² 160m²

ÁREA TOTAL 40m² 40m² 10m² 10m² 20m² 20m² 5m² 10m² 4m² 15m² 160m²

QTD.

ÁREA PARCIAL

ÁREA TOTAL

1 1 1 1 1 1 1 1 ‘1 1

350m² 250m² 15m² 20m² 20m² 5m² 15m² 200m² 30m² 30m²

350m² 250m² 15m² 20m² 20m² 5m² 15m² 200m² 30m² 30m²

1 1 1 2 1 1 1 1 1 4 1

MANUTENÇÃO E TESTES

ÁREA: 935m² AMBIENTES

ALMOXARIFADO CALDEIRARIA NAVAL MECÂNICA GERÊNCIA DE MANUTENÇÃO ELÉTRICA DEPÓSITO ELÉTRICA LABORATÓRIO DE TESTES GALPÃO VESTIÁRIO FEMININO VESTIÁRIO MASCULINO


04

06

SETOR DE SERVIÇOS

ÁREA: 1.080m²

AMBIENTES BOXES DE LOJAS SANIT. FEMININO PUB. SANIT. MASCULINO PUB. WC PCR PUB. WC RESTRITO FUNC. CIRCULAÇÃO COBERTA

05

ÁREA: 2.360m²

QTD. 16 1 1 2 2 1

ÁREA PARCIAL 20m² 20m² 20m² 5m² 5m² 700m²

ÁREA TOTAL 320m² 20m² 20m² 10m² 10m² 700m²

QTD. 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1

ÁREA PARCIAL 40m² 10m² 10m² 10m² 5m² 40m² 20m² 12m² 12m² 14m² 40m²

ÁREA TOTAL 40m² 10m² 10m² 10m² 10m² 40m² 20m² 12m² 12m² 14m² 40m²

CENTRAL DE ATEND. AO CLIENTE

ÁREA: 218m²

AMBIENTES RECEPÇÃO AGERBA ACHADOS E PERDIDOS CENTRAL TELEFONIA COPA WC FUNCIONÁRIOS SALA DE TREINAMENTO SALA DE REUNIÕES MONITORAMENTO ADMINISTRAÇÃO COORDENAÇÃO AGERBA CIRCULAÇÃO

GALERIA EXPOSIÇÃO

AMBIENTES CARGA E DESCARGA RESERVA TÉCNICA ACERVO RESTAURO QUARENTENA SALA DE REUNIÕES SALA GERAL (ADM/DIR./MUS.) DML VESTIÁRIOS FUNC. COPA HALL DE ACESSO BILHETERIA INFO/GUARDA-VOLUME CIRCULAÇÃO GERAL PÁTIO COBERTO (EXP. GRATUITA) SANITÁRIO PÚBLICO LOBBY GALERIA EXPOSIÇÃO ABERTA EXPOSIÇÃO (FOTOGRAFIAS) EXPOSIÇÃO (LINHA DO TEMPO) SALA MULTIMÍDIA SALÃO EXPO. 01 SALÃO EXPO. 02 SALÃO EXPO. 03

QTD. 1 1 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1

ÁREA PARCIAL 40m² 20m² 15m² 25m² 20m² 12m² 15m² 5m² 20m² 15m² 15m² 10m² 10m² 70m² 500m² 14m² 40m² 130m² 40m² 170m² 40m² 250m² 350m² 500m²

ÁREA TOTAL 40m² 20m² 15m² 25m² 20m² 12m² 15m² 5m² 40m² 15m² 15m² 10m² 10m² 70m² 500m² 28m² 40m² 130m² 40m² 170m² 40m² 250m² 350m² 500m²

63


07

SETOR DE ALIMENTAÇÃO

ÁREA: 1.661,50m² AMBIENTES SALÃO RESTAURANTE SANIT. PÚBLICO ÁREA CAFÉ HALL SANTS. ÁREA COBERTA SUPERIOR BAR (CAFÉ) SANIT. PCR PUB. FRALDÁRIO BAR/ATENDIMENTO (REST.) DEP. DE BEBIDAS HIG. LOUÇAS FINALIZAÇÃO (ALIM.) ELV. MONTA CARGA HIGIENIZAÇÃO HALL ACESSO DML DESC. FUNCIONÁRIOS COPA COCÇÃO VESTIÁRIOS FUNC. NUTRICIONISTA CONTROLE HIG. PANELAS RECEBIMENTO PANELEIRO PRÉ-PREPARO CIRCULAÇÃO GERAL DEP. SECO CÂMARA FRIA GERAL CÂMARA FRIA INDIVIDUAL DEP. DE EMBALAGENS LIXO

QTD. 1 4 1 2 1 1 4 2 1 1 1 1 3 2 1 1 1 1 1 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 7 1 1

ÁREA PARCIAL 450m² 30m² 210m² 20m² 450m² 10m² 4m² 5m² 20m² 10m² 10m² 25m² 1m² 8m² 20m² 3m² 15m² 15m² 25m² 30m² 7m² 13m² 5m² 15m² 4m² 25m² 20m² 7m² 10m² 1.50m² 7m² 10m²

Tabelas 4 à 10 - Programa e Pré-dimensionamento Fonte: Acervo Pessoal, Março de 2017.Edit. Setembro de 2017.

64

ÁREA TOTAL 450m² 120m² 210m² 40m² 450m² 10m² 16m² 10m² 20m² 10m² 10m² 25m² 3m² 16m² 20m² 3m² 15m² 15m² 25m² 60m² 7m² 13m² 5m² 15m² 4m² 25m² 20m² 7m² 10m² 10.50m² 7m² 10m²

ÁREA TOAL (SOMA DOS SETORES) ÁREA: 10.126,50m²

BLOCOS DE EDIFÍCIOS Os sete setores descritos no programa de necessidades foram distribuídos em cinco blocos, sendo eles: Bloco 01 (acomoda o setor de serviços e vendas com boxes de lojas e área de circulação), Bloco 02 (destinado ao setor 06, contendo áreas de exposição da Galeria Náutica), Bloco 03 (abriga parte do setor do TMSJ, administração do Terminal, o CAC – Central de Atendimnto ao Cliente) além do setor de alimentação, contando com restaurante e quiosque de café) e Bloco 04 (destinado apenas para as salas de embarque, onde este, é dividido internamente em dois ambientes), concluindo a distribuição desses espaços tem-se o edifício de Manutenção e Construção de Peças, que abriga todo o setor 03 em um único volume.


3.1.2. PARTIDO ARQUITETÔNICO DECISÕES DE PROJETO

O projeto de arquitetura do Terminal Marítimo de São Joaquim foi elaborado com o auxílio de toda a pesquisa desenvolvida estando em acordo com todos os condicionantes legais. O equipamento foi pensado para uso de todos os públicos, e não somente para os usuários do Sistema Ferry-Boat, trazendo uma leitura diferente do que existe hoje. A necessidade de expansão e a inclusão de novos usos, implicaram significativamente nas principais decisões do projeto, enfatizando o lazer e integração social.

Os principais pontos levados em consideração foram: 

Dividir os usos em diferentes edifícios;

Zonear todo o terreno de modo a separar os fluxos de pedestres e veículos;

Garantir um espaço de manutenção, carga e descarga separado de todos os blocos de uso comum;

Priorizar espaços de circulação de pedestres entre os blocos;

Dimensionar novas salas de embarque, de forma que acomodasse melhor o público ativo;

Gerar áreas de convivência entre todas a edificações, com integração entre elas;

Destacar as vistas naturais do entorno.

A elaboração do masterplan e implantação dos blocos, foram feitos de acordo com as necessidades do terreno e do seu uso, desenvolvido a partir das diretrizes descritas. O projeto contempla espaços abertos e arborizados, lojas comerciais, as quais geram dinâmica em todo o bairro, restaurante, cafés, sala multiuso, galeria/museu náutico, amplas salas de embarque, estacionamento com aproximadamente 120 vagas, setor administrativo, espaço exclusivo para manutenção, entre outros. A presença desse novo equipamento, promove e incentiva a interação pessoal, de forma a melhorar a relação do equipamento com a cidade.

65


 DIFERENTES ÁREAS DE INTEGRAÇÃO SOCIAL;,

ARBORIZADAS;.

66 Figura 57 – Perspectiva Acesso Veículos Fonte: Acervo Pessoal, Novembro de 2017.

Figura 56 – Perspectiva Área de Circulação Fonte: Acervo Pessoal, Novembro de 2017.

ÁREA LIBERADA ENTRE OS BLOCOS PARA 

CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES E CONVIVÊNCIA;

ACESSO DE VEÍCULOS PARA

Figura 57 – Perspectiva Vistas do entorno Fonte: Acervo Pessoal, Novembro de 2017.

Figura 58 – Perspectiva Espaços de Convivência Fonte: Acervo Pessoal, Novembro de 2017.

 EMBARQUE

SEPARADO DO ACESSO DE PEDESTRES;

VISTAS PRIVILEGIADAS DE QUALQUER PONTO

E DE QUALQUER EDIFICAÇÃO;


Para obtenção de grandes vãos livres, foi utilizado uma estrutura metálica que independe do interior do edifício, tal uso proporcionou a liberação do fluxo interno de pedestres. O fechamento dessa estrutura, é composta basicamente de vidros e aço corten, onde esses, foram adequados de forma a garantir luz natural, ventilação, comodidade, além de proporcionar ao usuários diferentes opções de vistas. As placas de aço corten foram aplicadas em três diferentes modulações (ver Figura 58), a composição das fachadas e coberturas é complementada com placas de vidro liso e cerigrafado.

PLACA DE AÇO CORTEN LISA – FECHAMENTO TOTAL

PLACA DE AÇO CORTEN VAZADO VENTILAÇÃO

PLACA DE AÇO CORTEN LISA, SOLDADA, CRIANDO COMPOSIÇÃO TRIANGULAR PARA VENTILAÇÃO

FECHAMENTO LATERALVIDRO LAMINADO TEMPERADO SERIGRAFADO E PLACAS DE AÇO CORTEN LISA

FECHAMENTO COBERTURAVIDRO LAMINADO TEMPERADO E PLACAS DE AÇO CORTEN LISA

Figura 58 – Fechamento da Estrutura Fonte: Acervo Pessoal, Novembro de 2017.

Vale ressaltar que o fechamento dos blocos, não impedem a circulação de pedestre entre eles, pelo fato de possuir os centros livres. A presença de um espaço público de qualidade no bairro, é de extrema importância, devido a carência desse tipo de equipamento no local. A implantação do novo Terminal melhora a dinâmica do bairro, proporcionando lazer, cultura, direciona acessos rápidos, garante conforto, qualidade de vida e bem-estar para a comunidade local e visitantes.

67


3 . 1 . 3 . Z O N E A M E NT O P O R B L O C O S BLOCO 01

BLOCO 02

BLOCO 03

BLOCO 04

LEGENDA SETOR PÚBLICO TMSJ SETOR ADMINISTRATIVO CENTRAL DE AT. AO CLIENTE GALERIA/EXPOSIÇÃO ALIMENTAÇÃO SERVIÇOS Figura 59 – Zoneamento Fonte: Acervo Pessoal, Novembro de 2017.

68


3.1.4. FLUXOGRAMA GERAL GAVETAS

OCEANO ATLÂNTICO

BLOCO 03 – 1ºPAV.

LOCAL DE ATRACAMENTO DAS BALSAS (FERRY-BOATS)

BLOCO 04

SALAS DE EMBARQUE (PEDESTRES)

BLOCO 03

BILHETERI A. ADM. CAC. COZ.

PRÉDIO DE MANUTENÇÃO

RESTAURANTE / MIRANTES / CAFÉ / SALA MULTIUSO

BLOCO 02 – 1ºPAV.

BLOCO 02

MUSEU / GALERIA NÁUTICA

BLOCO 01

BOXES DE VENDAS E SERVIÇOS

MANUTENÇÃO DE PEÇAS E EQUIPAMENTOS. + DEP. E CALDEIRARIA

EXPOSIÇÕES – GALERIA NÁUTICA

DESEMBARQUE

EMBARQUE

PRAÇA PÚBLICA

DES. DE VEÍCULOS E PEDESTRES

EMB. DE VEÍCULOS

ACESSO

SAÍDA

ACESSO

ESTACIONAMENTO

EST. PRIVADO (DESTIDADO A VISITANTES E FUNCIONÁRIOS DO TMSJ)

69


3.1.5. SISTEMA ESTRUTURAL O desenvolvimento do sistema estrutural do edifício do Terminal Marítimo de São Joaquim, foi determinado mediante ao dimensionamento dos ambientes que o compõe, diante disto, foi verificado a necessidade da aplicação de estruturas possibilitassem grandes vãos livres, principalmente nas salas de embarque de passageiros.

A escolha do sistema treliçado deu-se a partir da

bibliografia The Function Of Form (A Função da Forma) de Farshid Moussavi, o qual se baseia na mistura dos sistemas. Dentro das tramas que o livro retrata, a estrutura foi idealizada a partir do sistema estrutural do Santuário Vincent de Paul Chapel (Figura 60), onde, sua casca produz um espaço centralizado com um perímetro simétrico, possibilitando assim um grande vão livre.

Figura 60 - Sistema Estrutural St. Vincent de Paul Chapel Fonte: Disponível em: < http://www.arquine.com/alas-cubiertas-de-candela/> Acesso em: Maio de 2017.

Tomando partido do sistema estrutural de referência, a estrutura do TMSJ foi definida com perfis metálicos laterais, frontais e cobertura independentes, estes, são contraventados e tem suas cargas também centralizadas, de forma a auxiliar na

divisão interna dos espaços e garantir ambientes com grande vãos. Ver Figura 61.

70


Figura 61 – Esquema Estrutural Fonte: Acervo Pessoal, Novembro de 2017.

71


3.1.6. MASTERPLAN LEGENDA PRAÇA TMSJ BLOCO 01 BLOCO 02 BLOCO 03 BLOCO 04 BLOCO DE MANUTENÇÃO VESTIÁRIOS EMBARQUE DESEMBARQUE ESTACIONAMENTO ACESSO ESTACIONAMENTO GAVETAS BALSAS

01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12

12

12 12

12

72

BAÍA DE TODOS OS SANTOS

09


FEIRA DE SÃO JOAQUIM

08

06

07 01 02

11

03

05

04

10

PORTO DE SALVADOR

Figura 62 – Masterplan Fonte: Acervo Pessoal, Novembro de 2017.

73


3 . 1 . 7 . P R I N C I P A I S M A T E R I A I S E M P R E GA D O S MATERIAL

NOME AÇO GALVANIZADO COM TRATAMENTO ANTI MARESIA (Com acabamento em esmalte Hammerite)

LOCAL EMPREGADO ESTRUTURA - FECHAMENTO

VANTAGENS E MANUTENÇÃO Durabilidade e resistência a corrosão; Material incombustível; Material Leve; Possibilidade de maiores vãos; Processo de galvanização rápida e mecanizada.

PLACAS DE AÇO CORTEN FECHAMENTO DA ESTRUTURA

Resistente a corrosão; Requer baixa manutenção; Durabilidade superior aos demais produtos em aço carbono; Alta resistência mecânica;

PLACAS DE VIDRO AUTOLIMPANTE - FECHAMENTO DA ESTRUTURA

Alto nível de durabilidade; Superfície não acumula sujeira; Dispensa limpeza manual; Garante nitidez; Vidro temperado: Classificado como vidro de segurança, apresentando resistência 5 vezes maior aos demais. Apresenta as mesmas vantagens do vidro anterior; Serigrafado: desenho, ranhuras, ou cores, tornando o vidro mais fosco.

Figura 63 –Aço Galvanizado Fonte: http://brancoferroaco.com.br/

AÇO CORTEN OU AÇO PATINÁVEL

Figura 64 – Aço Corten Fonte: http://camacam.com.br/produtos-ligasespeciais/aco-corten/

VIDRO BIOCLEAN DE APLICAÇÃO LAMINADA COM BENEFICIAMENTO TEMPERADO Figura 65 – Vidro Laminado Fonte: https://viminas.com.br/blog/tire-suas-duvidassobre-o-vidro-laminado-temperado

VIDRO BIOCLEAN DE APLICAÇÃO LAMINADA COM BENEFICIAMENTO TEMPERADO SERIGRAFADO Figura 66 – Vidro Laminado Fosco Fonte: https://www.glasswest.com/glass/laminatedglass/

74

PLACAS DE VIDRO CERIGRAFADO AUTOLIMPANTE FECHAMENTO DA ESTRUTURA


MATERIAL

NOME MADEIRA PLÁSTICA

LOCAL EMPREGADO ESTRUTURA EM VORONOI – ENTRADA PRINCIPAL

Figura 67 – Placas de Madeira Fonte: https://www.leroymerlin.com.br/regions/create

CONCRETO PROTENDIDO BLOCO DE MANUTENÇÃO MODULADO

VANTAGENS Alta durabilidade; Material reciclado e totalmente reciclável; Baixa manutenção; Resistente a corrosão; Imune a pragas; Material leve. Possibilidade de Maiores vãos; Aumento da durabilidade; Construção rápida; Manutenção reduzida;

Figura 68 – Concreto Fonte: http://www.ehow.com.br/desvantagensconcreto-protendido-info_382275/

CONCREGRAMA

ÁREA PAVIMENTADA DO ESTACIONAMENTO

Fácil Manutenção; Garante a permeabilidade no local; Auxilia na atenuação de calor da edificação.

Figura 69 – Placa de Concregrama Fonte: https://br.depositphotos.com/3195028/stockphoto-concrete-pattern-combined-with-grass.html

Tabelas 11 – Materiais Utilizados Fonte: Acervo Pessoal, Outubro de 2017.

75


C ONSIDERAÇÕES FINAIS 76

Figura 70 - Ferry-Boat Juracy Magalhães Jr. Fonte: Acervo da Internacional Travessias. Março de 2017.


Ao fim deste trabalho pode-se concluir que o projeto da Requalificação do Terminal Marítimo de São Joaquim na cidade de Salvador, é importante devido principalmente pelo fato de melhorar e aprimorar o equipamento, o qual traz mais comodidade, devido ao dimensionamento correto dos ambientes que estão previstos no programa de necessidades de acordo com a demanda atual do TMSJ. Além da requalificação trazer melhores condições de uso, o edifício conta com outros atrativos, como uma praça aberta e acessível, restaurante, café, sala multiuso e espaço para exposições, onde o foco principal é contar a história marítima, do terminal e das suas embarcações. Desta maneira, o novo terminal oferece mais uma área de lazer e visitação na cidade, além de preservar o seu uso principal (embarque e desembarque de passageiros, Salvador-Itaparica). Com a inclusão desses novos usos e com a estrutura oferecida, o local torna-se um ponto de referência, mudando a relação do equipamento com o entorno, trazendo benefícios a todos os usuários e consequentemente atraindo um novo público ao edifício e assim movimentando o espaço, gerando pontos positivos inclusive na economia da cidade com a

geração de novos postos de trabalho, diretos e indiretos. Portanto o projeto se faz relevante para o desenvolvimento geral da região inserida, assim como o

CONCLUSÃO

aprimoramento do serviço oferecido atualmente, visando primordialmente o bem estar e o conforto de todos.

77


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGERBA - Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia. Disponível em: <http://www.agerba.ba.gov.br> Acesso em: Março de 2017; A IMPLANTAÇÃO DO SITEMA FERRY-BOAT: UM RESGATE HISTÓRICO. Disponível em: <http://www.gamba.org.br/wpcontent/uploads/2011/06/A-implantacao-do-sistema-ferry-boat-resgate-hist%C3%B3rico1.pdf> Acesso em: Março de 2017;

A IMPLANTAÇÃO DO SITEMA FERRY-BOAT ENTRE SALVADOR E A ILHA DE ITAPARICA. IBAHIA. Disponível em: <http://blogs.ibahia.com/a/blogs/memoriasdabahia/2013/02/15/a-implantacao-do-sistema-ferry-boat-entre-salvador-e-a-ilha-deitaparica/> Acesso em: Março de 2017; ARQUITETURA DE MARINAS – DOURO MATINA. ARCHDAILY. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/758697/douromarina-barbosa-and-guimaraes-architects> Acesso em: 25 de Abril de 2017; CADERNOS DE INFRA-ESTRUTURA. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/conhecimento/cadernos/hidro.pdf> Acesso em: Março de 2017; DIÁRIO DE BORDO – TERMINAL MARÍTIMO DE PAPEETE. CALAMEO. Disponível em: <http://fr.calameo.com/read/000075892b264fe0532a1> Acesso em: 29 de Março de 2017; INTERNACIONAL TRAVESSIAS. Disponível em: <http://internacionaltravessias.com.br/> Acesso em: Março de 2017; ______. ACERVO DIGITAL. Acesso em: Março de 2017; ______. ACERVO FOTOGRÁFICO. Acesso em: Março de 2017; JORNAL A TARDE. Disponível em: <http://atarde.uol.com.br/> Acesso em: Março de 2017;

78


PARÂMETROS DE OCUPAÇÃO DO SOLO – SUCOM.BA. Disponível em: < http://www.sucom.ba.gov.br/wpcontent/uploads/2016/09/Quadro-06-Par%C3%A2metros-de-Ocupa%C3%A7%C3%A3o-do-Solo.pdf> Acesso em: 05 de Abril de 2017; PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – PDITS. Disponível em: <http://www.setur.ba.gov.br/arquivos/File/PDITSbts.pdf> Acesso em: 02 de Abril de 2017; PROJETO DE REFERÊNCIA – TERMINAL MARÍTIMO DE PAPEETE. ARBONIS. Disponível em: <http://www.arbonis.com/portfolio_page/papeete-polynesie-francaise-gare-maritime/> Acesso em: 29 de Março de 2017; ______. TERMINAL MARÍTIMO DE PASSAGEIROS DE FORTALEZA. ARCHDAILY. Disponível em: <http://www.archdaily.com.br/br/785423/terminal-maritimo-de-passageiros-de-fortaleza-architectus-s-s> Acesso em: 29 de Março de 2017; ______. TERMINAL TURÍSTICO NÁUTICO DA BAHIA. SOCICAM. Disponível em: <http://socicamnauticaeturismo.com.br/index.php> Acesso em: 02 de Abril de 2017; REQUALIFICAÇÃO DA FEIRA DE SÃO JOAQUIM. Disponível em: <http://www.bahia.com.br/noticias/requalificacao-da-feira-de-saojoaquim/> Acesso em: Março de 2017; TRANSLVADOR. Disponível em: <http://www.transalvador.salvador.ba.gov.br/> Acesso em: Março de 2017; ______. LINHAS DE ÔNIBUS NO BAIRRO DA CALÇADA. Disponível em: <http://www.transalvador.salvador.ba.gov.br/> Acesso em: 25 de Abril de 2017;

REFERÊNCIAS

UOL. OBRAS DO VLT. Disponível em: <http://atarde.uol.com.br/bahia/salvador/noticias/1702568-governo-preve-obra-do-vlt-paranovembro> Acesso em: Abril de 2017.

79


A NEXOS 80

Figura 71 - Ferry-Boat Pinheiro Fonte: Acervo da Internacional Travessias. Marรงo de 2017.


ANEXO A Ligações rodoviárias partindo do Terminal Bom Despacho: LINHA 003X 017 021 026 032 036 036A 049 143 274 303 304 412 412A 412A 412E 552 552E 563 563A 563A2 569 569A 569E

NOME DA LINHA Bom Despacho x Ubatã via Valença e BA001 Bom Despacho x Cruz das Almas Bom Despacho x Conceição de Salinas Bom Despacho x Jaguaripe Bom Despacho x Castro Alves via Sapeaçú Bom Despacho x Camaçandi Bom Despacho x Valença via Camaçandi Bom Despacho x Engenheiro Pontes Bom Despacho x Nazaré via Jiribatuba Bom Despacho x Itabuna via BR101 Bom Despacho x Nazaré Bom Despacho x Santo Antônio de Jesus Bom Despacho x Camamu via Valença Bom Despacho x Travessão via Camamu Bom Despacho x Itacaré via Camamu e Valença Bom Despacho x Cairú Bom Despacho x Salinas da Margarida Bom Despacho x Encarnação Bom Despacho x Elísio Medrado via S. Miguel das M. Bom Despacho x Castro Alves via Elísio Medrado Bom Despacho x Amargosa Bom Despacho x Cravolândia Bom Despacho x Jaguaquara via Cravolândia Bom Despacho x Mutuípe

569E2 Bom Despacho x Santa Inês 569X Bom Despacho x Jequié via vale do Jiquiriçá 579 Bom Despacho x Camamu via BA001 579A Bom Despacho x Maraú via BA001 579A2 Bom Despacho x Itacaré via Camamu e BA001 596 Bom Despacho x Valença via BA001 596 Bom Despacho x Valença via BA001 596A Bom Despacho x Cajaíba via Valença e BA001 599 Bom Despacho x Ituberá via Valença 623 Bom Despacho x V. da Conquista via Jaguaquara 644 Bom Despacho x Jequié via BA001 e Ubatã 644E Bom Despacho x Ipiaú via BA001 e Ubatã 645 Bom Despacho x Itabuna via BA001 645A Bom Despacho x Ilhéus via BA001 645I Bom Despacho x Itabuna via BA001 e Itacaré 646 Bom Despacho x Cairú via BA001 647 Bom Despacho x Porto Seguro via BA001 Tabela 12 - Linhas Rodoviárias partindo do Terminal de Bom Despacho Fonte: WIKIMAPIA. Disponível em: <http://wikimapia.org/7842463/pt/Terminal-Bom-Despacho > Acesso em: Abril de 2017.

81


ANEXO B Linhas de ônibus no bairro da Calçada: IDA ALTO DO C. (BOA V. LOB.) AEROPORTO ALTO DE COUTOS ALTO DE COUTOS ALTO DO CABRITO ALTO DO CABRITO ALTO DO COQUEIRINHO ALTO SANTA TEREZINHA ARENOSO BASE NAVAL/SÃO THOMÉ BASE NAVAL BOA VISTA LOBATO BOA VISTA SÃO CAETANO BOCA DA MATA BOCA DO RIO BOCA DO RIO BOM JUÁ BROTAS BROTAS CABULA 6 CABULA 6 CABULA 6 CAIXA D’ÁGUA CAJAZEIRAS 11 CAJAZEIRAS 11/10 CANABRAVA/CIDADE NOVA

82

VOLTA RIBEIRA SÃO JOAQUIM LAPA PITUBA LAPA LAPA/BARRA SÃO JOAQUIM LAPA CALÇADA/COMÉRCIO LAPA RIBEIRA LAPA/BARRA CAMPO GRANDE COMÉRCIO RIBEIRA JOANES/LOBATO BARRA COMÉRCIO R1 COMÉRCIO R2 ONDINA RIBEIRA R1 RIBEIRA R2 SÃO JOAQUIM RIBEIRA COMÉRCIO LAPA

CAPELINHA CAPELINHA CASTELO BRANCO CONJUNTO PIRAJÁ 1 COLINA AZUL CONJUNTO G. MARBACK CONJUNTO PIRAJÁ1 COSME DE FARIAS CURUZU DUQUE DE CAXIAS ENGOMADEIRA ESTAÇÃO DA LAPA ESTAÇÃO DA LAPA ESTAÇÃO DA LAPA ESTAÇÃO PIRAJÁ ESTAÇÃO PIRAJÁ ESTAÇÃO PIRAJÁ ESTAÇÃO MUSSURUNGA ESTAÇÃO PIRAJÁ ESTAÇÃO MUSSURUNGA ESTAÇÃO MUSSURUNGA FAZENDA COUTOS FAZENDA COUTOS FAZENDA COUTOS FAZENDA COUTOS FAZENDA GRANDE 4/3/2 F. GRANDE DO RETIRO F. GRANDE DO RETIRO F. GRANDE DO RETIRO F. G. DO RETIRO 4/3/2 HOSPITAL DO SUBÚRBIO IAPI LAPA LUIS ANSELMO VALE DOS LAGOS MARECHAL RODON MASSARANDUBA MASSARANDUBA

CAMPO GRANDE/BARRA R1 CAMPO GRANDE R2 TERMINAL CAMPO GRANDE RIBEIRA T. DA FRANÇA/CAMPO G. SÃO JOAQUIM CAMPO GRANDE/BARRA CALÇADA/MARES CONTORNO R2 BARRA LAPA PARIPE PIRAJÁ PLATAFORMA/RIO SENA BONFIM/RIBEIRA BONFIM RIBEIRA SÃO JOAQUIM BARRA 2 BARRA 2 RIBEIRA/SÃO JOAQUIM SÃO JOAQUIM BARRA BARRA/ONDINA LAPA RIBEIRA COMÉRCIO BARRA ENG. V.DA FEDERAÇÃO RIBEIRA RIBEIRA NOVA CONSTITUÍNTE T.DA FRANÇA/CAMPO G. RIBEIRA VALE MATATU CIRCULAÇÃO COMÉRCIO R2 BARRA FORTE DE SÃO PEDRO LAPA


MATA ESCURA MIRANTE DE PERIPERI MIRNATE DE PERIPERI NOVA BRASÍLIA NOVA SUSSUARANA NARANDIBA/DORON NARANDIBA/DORON NORDESTE PARÍPE PARÍPE PAU MIÚDO PERIPERI PERNAMBUÉS PIRAJÁ (RN) PIRAJÁ (RN) PIRAJÁ (RV) PITUBA PLATAFORMA RIBEIRA RIBEIRA/ CAM. DE AREIA RIBEIRA/BONFIM RIBEIRA RIBEIRA RIBEIRA RIBEIRA RIBEIRA RIBEIRA RIBEIRA RIBEIRA RIBEIRA RIBEIRA RIBEIRA RIBEIRA RIO SENA RUA DIRETA SÃO CAETANO SÃO JOÃO DO CABRITO SÃO JOÃO DO CABRITO

J.SANTO INÁCIO/CAMPO G. ONDINA ITAIGARA COMÉRCIO SÃO JOAQUIM BARRA R2 SÃO JOAQUIM/BONFIM JOANES/LOBATO BARRA RIBEIRA T. DA FRANÇA/ CAMPO G. CAMPO GRANDE BARRA LAPA ESTAÇÃO DA LAPA BARRA TERMINAL DA FRANÇA LAPA BARROQ. (DENDEZEIROS) BARROQUINHA CAMPO GRANDE BARBALHO/F. GARCIA CAB CAMPO GRANDE FEDERAÇÃO HOSTIPAL GERAL LAPA PITUBA PLATAFORMA/S.JOÃO DO C. R. SENA/ ALTO DE S. TEREZ. RODOVIÁRIA SABINO SILVA VALE DOS LAGOS LAPA FAZENDA GARCIA ENG.VELHO DA F. LAPA SÃO JOAQUIM

SÃO MARCOS SANTA CRUZ SANTA MONICA SUSSUARANA SUSSUARANA TANCREDO NEVES TANCREDO NEVES THOMÉ DE SOUZA VALE DAS PEDRINHAS VALÉRIA VISTA ALEGRE/F. COUTOS VISTA ALEGRE VISTA ALEGRE VISTA ALEGRE VILA RUI BARBOSA VILA RUI BARBOSA

TERMINAL DA FRANÇA CALÇADA/BONFIM BARRA BARRA R1 BARRA R2 CAMPO GRANDE SÃO JOAQUIM LAPA VILA RUI BARBOSA COMÉRCIO/ CAMPO G. BARRA BARRA LAPA RIBEIRA ENG.V. DE BROTAS R1 e R2 LAPA

Tabela 13 - Linhas de Ônibus no Bairro da Calçada Fonte: TRANSALVADOR. Disponível em: <http://www.transalvador.salvador.ba.gov.br/?pagina=onibus/oni bus> Acesso em: 25 de Abril de 2017.

83


U M NOVO TERMINAL

POR: JÉSSYKA DE VASCONCELOS VILAS BOAS ORIENTADOR: LUCAS FIGUEIREDO BAISCH TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO SALVADOR, DEZEMBRO DE 2017


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.