CENTRO DE ABASTECIMENTO SUSTENTÁVEL DE SALVADOR
VERTICAL
CA SS
FAZENDA
POR: Arthur Jorge Vasconcelos Vilas Boas
FAZENDA VERTICAL:
Centro de Abastecimento Sustentável de Salvador
CA SS Trabalho Final de Graduação submetido à Coordenação do Curso de Arquitetura e Urbanismo, como parte dos requisitos necessários para obtenção do título de Arquiteto e Urbanista, outorgado pela Universidade Salvador – UNIFACS.
ORIENTADO POR: MAURÍCIO FELZEMBURGH VIDAL
RURALIZANDO A CIDADE TECNOLOGICAMENTE SALVADOR, 2018.1
AGRADECIMENTOS
Acima de tudo e de todos, agradeço primeiramente a Deus, pois até aqui tem me guiado, e sei que coisas melhores Ele ainda guarda para mim. Aos meus pais, Jorge e Sueli por estarem comigo a todo momento durante essa e tantas outras caminhadas, e pela, e pela confiança que depositam em minha capacidade. Deixo um agradecimento especial a minha irmã Jéssyka, porque sei que se cheguei até aqui, ela tem grande participação nesse meu processo. Aos meus amigos, que de maneira direta ou até mesmo indireta, estiveram comigo, e de alguma forma puderam vivenciar essa minha caminhada, À
todos
docentes
desta
instituição
que
com
certeza
contribuíram na minha formação, em especial meu professor orientador, e futuro colega de profissão Mauricio Felzenburgh Vidal que foi fundamental para meu crescimento acadêmico, "Uma vez um cara famoso disse o seguinte: “viajar é melhor do que chegar”. Engraçado eu fiquei “boiando”. Mas é porque eu costumava pensar que só existe um caminho a seguir pra onde quer que você queira chegar na vida, mas se você escolher aquele caminho específico, não significa que você necessariamente tem que abandonar os outros. Eu percebi que na verdade o que acontece ao longo do caminho é o que importa, os tropeços, as quedas e as amizades. É a jornada que importa, não o ponto de chegada. Eu acho que você só precisa, sei lá, acreditar que o futuro vai dar certo como deve ser.“ Moose - STEP UP 3.
sempre disposto a ajudar, incentivar e ensinar.. Agradeço por toda oportunidade que tive ao longo desses anos em poder estar ao redor de pessoas como vocês. A todos, meu muito obrigado!!!
RESUMO
O Trabalho Final de Graduação consiste em elaborar o projeto arquitetônico e urbanístico de uma Fazenda Vertical Urbana, no estado da Bahia, no município de Salvador, o qual possibilite a ampliação e auxilio no abastecimento da cidade, bem como a promoção da sustentabilidade local e oferta de empregos nos mais diversos setores do empreendimento, sendo eles gerados diretos ou indiretos. Para tanto, objetiva-se projetar um edifício sustentável, ecologicamente correto, trazendo todo aparato tecnológico possível para possibilitar que o empreendimento seja referência em diversas áreas como sustentabilidade, tecnologia, educação agronômica e ecológica, e claro na geração de renda e capacitação de pessoas. A Fazenda Vertical Urbana não apenas é um novo local de abastecimento na cidade, ela trás consigo diversos fatores relevantes a contemporaneidade que serão inseridos no prédio. . O projeto é baseado nas necessidades estudadas de modo a privilegiar primeiramente a demanda local.
Palavras-Chaves: Fazenda Vertical, sustentabilidade, ecologia, tecnologia, educação.
INTRODUÇÃO
O presente trabalho apresenta o processo de desenvolvimento de um projeto de Arquitetura e Urbanismo o qual propõe a implantação de uma Fazenda Vertical, na Avenida Orlando Gomes no município de Salvador-Bahia.
A criação de um edifício como esse numa cidade como Salvador visa
atender
da
melhor
maneira
possível
a
questão
de
abastecimento na cidade, e também servir de educação ecológica para que possa ser passado a população todos os cuidados e precauções que devem ser tomados em relação ao plantio, desde a preparação da semente até o consumo final do produto, além disso o edifício também funciona como uma central de abastecimento municipal, e conta com todo aparato tecnológico nos processos de controle de qualidades dos alimentos. O projeto é baseado nas necessidades estudadas de modo que venha ajudar na demanda da cidade. Para a construção e concretização do trabalho buscou-se a total interação com o entorno, de modo que a edificação ganhe seu destaque. A apresentação deste trabalho é estruturado através de textos,
imagens, referências, normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), e plantas técnicas.
Inicialmente o principal foco de projetar uma Fazenda Vertical, destinava-se unicamente a entender melhor o novo conceito arquitetônico que tem como objetivo a produção de gêneros alimentícios, o qual é descrito pelo professor da Universidade de Columbia, NY, Dickson Despommier em todas as suas teorias, e no seu livro “The Vertical Farm” como uma saída para a produção de alimentos
em escala global. Todavia, quando se entra “de cabeça” em um novo trabalho, pesquisas teóricas, estudos aprofundados, ver-se a dimensão do projeto comparado a escala da cidade, mais especificamente a cidade de Salvador. Desenvolver um Centro de Abastecimento, é lidar com uma escala muito maior do que foi imaginado no início, demonstrando assim a importância do planejamento urbano e a influência das obras arquitetônicas na cidade. É partindo desse planejamento e com todo aparato tecnológico disponível atualmente que deve-se propor aos novos empreendimentos uma arquitetura LIMPA, RENOVÁVEL E SUSTENTÁVEL. “Abrir a mente” e demonstrar a relação da edificação com o meio ambiente. Do macro ao micro, o projeto define-se em: Ruralizar a Cidade Tecnologicamente. Os estudos foram divididos em cinco capítulos que vai desde a apresentação e discursão do tema, passando por projetos de referência, onde esses são bases fundamentais que estabelecem noções reais de espaços que compõe o edifício proposto, seguido de análises dos condicionantes legais, tendo por fim a concretização do CASS – Centro de Abastecimento Sustentável de Salvador.
Fig. 01: Verde, Globo, Reciclagem, Pessoas.
Pg.11 Pg.14
...............................
.....................
Pg.19
.................................
Pg.29
.................................
Pg.45
Pg.54 Pg.55
.............. .........
.................................
Pg.58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
..............
Pg.69
REFERÊNCIAS DE FIGURAS ...................... Pg.67
Pg.56
Pg.43
Pg.35
Pg.16
Pg.08
01 02 03 04 05 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................... Pg.66
5.4. PERSPECTIVAS .............................. Pg.60
........... POR BLOCOS ............... Pg.59 5.3. ZONEAMENTO
5.2. MASTERPLAN
PROJETOS DE CARACTERIZAÇÃO E DIRETRIZES REFEÊNCIA 5.1. A FAZENDA VERTICAL COMO CENTRO DE ABASTECIMENTO SUSTENTÁVEL DE SALVADOR .................... Pg.57
4.5. FLUXOGRAMA E SETORIZAÇÃO
4.4. PARTIDO ARQUITETÔNICO
4.3. PROGRAMA E PRÉDIMENSIONAMENTO ................................. Pg.51
4.2. LEGISLAÇÃO
4.1. LOCALIZAÇÃO ................................ Pg.44
3.3. ECOARK ......................................... Pg.40
3.2. AEROFARMS .................................... Pg.38
A FAZENDA VERTICAL
3.1. FAZENDA VERTICAL DA AV. PAULISTA .............................................. Pg.36
2.5. APLICAÇÕES
2.4. PROGRAMAS SOCIAIS ...................... Pg.26
2.3. SELOS E CERTIFICAÇÕES ............... Pg.21
2.2. PLANTIO E CULTIVO
APRESENTAÇÃO
2.1. EMBASAMENTO TEÓRICO .................. Pg.17
1.4. OBJETIVOS .................................... Pg.15
1.3. METODOLOGIA
1.2. JUSTIFICATIVA
............................
1.1. APRESENTAÇÃO DO TEMA ................. Pg.09
ÍNDICE
O PROJETO
PROJETUAIS
CAPÍTULO
01 APRESENTAÇÃO 1.1. O TEMA 1.2. JUSTIFICATIVA 1.3. METODOLOGIA 1.4. OBJETIVOS Fig. 02: Vida na Terra.
1.1
.
APRESENTAÇÃO DO TEMA
O A fazenda vertical, é um novo conceito pensado para o cultivo da agricultura na malha urbana. Esses edifícios funcionam como
grandes estufas, com dimensões grandiosas. É um conceito de agricultura em ambientes fechados, parcialmente abertos ou grandes
edificações
empreendimento
traz
no
meio
consigo
urbano. todo
Esse
aparato
tipo
de
tecnológico
necessário para sua funcionalidade sustentável. O conceito
desse tipo de edificação foi desenvolvido no final da década de 90 pelo biólogo da universidade de Columbia Dickson Despommier, apesar da ideia ter predecedores. Alguns defensores argumentam que a produção em áreas já urbanizadas poderiam reduzir custos tais como transportes, e
Fig. 03: Biólogo Dickson Despommier
09
logística.
O Biólogo Despommier relata em seu livro com detalhes essa grande
ideia
que
possibilita
o
emprego
desse
enorme
empreendimento na malha urbana. Ideia essa já comprada por países como Japão, EUA, entre outros. No livro (The Vertical Farm), traduzindo (A Fazenda Vertical), o professor disponibiliza com muitos detalhes como inserir esse equipamento, e quais elementos deve-se incorporar no projeto para que a edificação venha suprir todas ou quase todas as necessidades que esperase da fazenda vertical. O livro ainda traz diversos tipos de detalhamentos técnicos, além de todo ensinamento de plantio hidropônico, orgânico, entre outros. Ainda em seu livro, é possível observar justificativas coerentes que embasam toda sua teoria como por exemplo, a questão logística
dos campos para as cidades, o desperdício de
alimentos, a autossuficiência de uma determinada região, entre outros fatores que comprovam e aprovam um projeto desse porte. (Fonte: VERTICALFARM. Disponível em: <http://www.verticalfarm.com/> Acesso em:
Fig. 04: The Vertical Farm
10
Outubro de 2017)
1.2
JUSTIFICATIVA A implantação de uma Fazenda Vertical na malha urbana se dá principalmente ao fato do crescimento demasiado sem planejamento estruturado das cidades. As áreas que antes eram destinadas ao cultivo de alimentos, deram espaço as grandes cidades, afastando cada vez mais a conexão entre o meio rural e o urbano. Ter uma edificação desse porte na cidade de Salvador é dentre outras coisas oferecer para a população uma nova vivência, ou seja, o campo literalmente dentro da cidade, de forma que respeite o meio ambiente e todas as pessoas envolvidas na produção.
Com o aumento populacional, as fazendas verticais são excelentes alternativas de centrais de abastecimento, ajudando na autonomia da região e ocasionando diversos benefícios sociais e econômicos. O município de Salvador é uma cidade em acentuado crescimento, segundo os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2010 a capital baiana possuía cerca de 2.677.756 milhões de habitantes, em seis anos houve um crescimento significativo nesse número, totalizando 2.938.092 milhões de habitantes, sem computar os municípios vizinhos. O crescimento populacional acentuado dá margem a diminuição gradativa dos gêneros
alimentícios. O conceito de verticalizar e projetar edifícios sustentáveis é uma alternativa que visa uma nova possibilidade de plantio e sustento para os soteropolitanos. Um problema que deve ser levado em consideração é a diminuição gradativa de gêneros alimentícios. O fato principal é que eles não estão acompanhando o crescimento populacional, e futuramente isso trará consequências graves. A ideia de verticalizar e projetar edifícios sustentáveis no meio urbano é uma alternativa acertada. Salvador já não possui tantas zonas rurais, ou seja, são poucas as alternativas de plantio para os soteropolitanos. Outro fator é a logística de alimentos frescos como leguminosas e horte fruti, que chegam à cidade através de transportes terrestres de regiões distantes dos centros urbanos e acabam por perecerem no meio do energéticos.
11
caminho. A projeção estimada de perda é de aproximadamente 25%, o que causa um desperdício desnecessário, e altos custos
O grande questionamento é: Porque não trazer o campo para dentro da cidade? Com o passar do tempo e o crescimento populacional, houve um afastamento dos recursos rurais em relação a malha urbana, ou seja, o campo foi sendo “empurrado” para periferia urbana, até não fazer mais parte da mesma. Isso não aconteceu apenas em Salvador, mas em muitas outras cidades mundo a fora. A implantação de uma central de abastecimento como a fazenda vertical no meio de uma malha urbana, é sem sombra de dúvidas, uma maneira de estreitar novamente as relações entre o campo e a cidade. Outro fato relevante da agricultura convencional é o mal controle do uso da água, demandando um gasto excessivo para irrigar as suas plantações, isso se dá principalmente pelo fato de serem grandes latifúndios de terras. O edifício sustentável visa a automação de
todo processo de irrigação, e o reaproveitamento parcial da água diminuindo assim o gasto excessivo. Já é comprovado que as plantações em fazendas verticais conseguem uma economia de cerca de 95% de água. (Fonte: ENGENHARIAE. Disponível em: <http://engenhariae.com.br/meio-ambiente/fazenda-vertical-usara-95-menos-agua/> Acesso em: Outubro de 2017)
A lavoura é um dos maiores responsáveis por crimes ambientais pelo uso de agrotóxicos, pelo desmatamento, até mesmo pelo descarte de materiais em lugares inapropriados. Coisas essas, as quais serão controladas na fazenda vertical, pois haverá uma rígida fiscalização e controle ao contrário dos de muitos cultivos convencionais (no campo). Um outro fator culminante é a proteção que a edificação gerará contra qualquer tipo de intempéries e pragas, resguardando e aumentando também a produtividade, sem comprometer o plantio. Além de todo controle de qualidade que será empregado. A implantação da edificação na Avenida Orlando Gomes é uma oportunidade de trazer mais um centro de abastecimento para o
FAZENDA
REDUÇÃO NO CONSUMO DE ÁGUA
USO DE ENERGIA LIMPA
ECONOMIA E CUSTOS
LOGISTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE ALIMENTOS
12
VERTICAL
município, visto que os demais centros encontram-se distantes do local da implantação da fazenda vertical.
A bibliografia “O Caminho das Águas em Salvador. Bacias Hidrográficas, Bairros e Fontes” organizado por Elisabete Santos, José Antônio Gomes de Pinho, Luiz Roberto Santos Moraes e Tânia Fischer no ano de 2010, aborda informações que possibilitam a
implantação da fazenda vertical no município de Salvador. O terreno proposto para locar o empreendimento situa-se no bairro de Piatã, mais especificamente na Bacia do Rio Jaguaribe, segunda maior em extensão e em população, que se aproxima dos 350.000 habitantes. Baseando-se em dados específicos de uma pesquisa realizada pelo Biólogo e idealizador o professor Dickson Despommier revela que para abastecer 2% da população de Manhathan, bairro nova-iorquino seriam necessários 8 hectares de plantio, o equivalente a 80 mil metros quadrados.
(Fonte: DW. Disponível em: <http://www.dw.com/pt-br/professor-projeta-fazenda-vertical-que-possibilita-cultivar-alimentos-em-arranha-
c%C3%A9us/a-6110280> Acesso em: Outubro de 2017)
Trazendo para a atual realidade soteropolitana, mais especificamente a Bacia do Rio Jaguaribe, está previsto que a fazenda vertical projetada alimente cerca de 18% da população da bacia onde Piatã está situada. Para isso o edifico terá que contar com (35) trinta e cinco pavimentos e aproximadamente 16 hectares de plantação. Um grande ganho para toda a cidade.
CÁLCULO ESTIPULADO PELO PROFESSOR DICKSON DESPOMMIER Nova Iorque - EUA
Salvador - BRA
Fazenda Vertical
Manhathan – 8 hectares ou 80.000 m²
Bacia Hidrográfica do Rio Jaguaribe
Área útil de plantio hidropônico: 346,13m²
População – 1,645.000 de habitantes / – 2% da população abastecida ou cerca de 32.900 pessoas
População – 350.000 de habitantes
2.076m² (estantes c/ 6 níveis) 72.687,30m² (x35 Pavimentos de Plantio) Área útil de plantio orgânico: 2.670m² TOTAL DE PLANTIO: 75.357,30m²
O COEFICIENTE ENCONTRADO PELO PROFESSOR, DE 2.43M² CORRESPONDE A QUANTIDADE EM METRO QUADRADO DE CONSUMO ALIMENTÍCIO MENSAL POR PESSOA, ENTÃO, A FAZENDA VERTICAL ALIMENTARÁ MENSALMENTE CERCA DE: Ou seja, 8.9% da população total da Bacia Hidrográfica do Rio Jaguaribe, local onde é implantado a Fazenda Vertical.
13
75.357,30m² / 2.43m² = 31.147,03 PSS;
1.3
METODOLOGIA Para o desenvolvimento desta monografia a metodologia de pesquisa e do projeto consiste nos seguintes tópicos: ▪ Levantamento bibliográfico (artigos, normas e comentários) acerca do tema para melhor concepção e desenvolvimento de projeto dessa categoria; ▪ Análise de projetos similares, e projetos de referências (os quais não destinam-se apenas a Fazendas Verticais) a fim de estudar os aspectos positivos e negativos, para então, tomar partido destes e idealizar o novo; ▪ Visita à campo a fim de conhecer os aspectos do terreno escolhido e o seu entorno; ▪ Desenvolvimento dos estudos preliminares: estudo heliotérmico, gabaritos de altura, tipologias arquitetônicas, tipologias de vias existentes, usos e informações do código de obras e do PDDU; ▪ Definição do programa de necessidades e pré-dimensionamento, apurado com o auxílio de plantas
baixas de referências e
incorporação de ambientes, justificadas a partir da necessidade de integração com o meio social; ▪ Desenvolvimento do partido arquitetônico com foco na funcionalidade do edifício, assim, partindo para o estudo volumétrico; ▪ Estudo e definição estrutural, visando a possibilidade de ambientes amplos e uma planta livre; ▪ Definição do zoneamento, fluxograma e elaboração das diretrizes para o desenvolvimento do Centro de Abastecimento; ▪ Desenvolvimento do anteprojeto, assim como todos os seus elementos de apresentação gráfica.
CASS
ANALISAR
CONHECER
DIMENSIONAR
LISTAR
PROJETAR
14
ESTUDAR
Realizar um anteprojeto arquitetônico e urbanístico da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, onde será idealizado a criação de um Centro de Abastecimento Sustentável em Salvador-Ba, o qual também servirá de apoio educacional relacionado a agricultura orgânica e hidropônica, trazendo preceitos de sustentabilidade.
• Trazer ao público baiano um edifício com todo aparato tecnológico, visando total qualidade na geração dos produtos, fazendo uso de energias renováveis e aplicando matérias que ajudem o prédio a ser sustentável; • Tornar o edifício um centro de educação agronômica com praticas sustentáveis; • Movimentar economicamente a região onde será implantada a edificação, gerando empregos diretos e indiretos; • Criar um prédio moderno e funcional; • Integrar a natureza com o meio urbano.
15
ESPECÍFICOS
GERAL
1.4
OBJETIVOS
CAPÍTULO
02 A FAZENDA VERTICAL 2.1. EMBASAMENTO TEÓRICO 2.2. PLANTIO E CULTIVO 2.3. SELOS E CERTIFICAÇÕES 2.4. PROGRAMAS SOCIAIS Fig. 05: Plantações Hidropônicas.
2.5. APLICAÇÕES
2.1
.
EMBASAMENTO TEÓRICO
“O crescimento populacional mundial, e a problemática da alimentação.” Atualmente o planeta Terra possui certa de 7 bilhões de habitantes. Dados de pesquisas feitas, revelam que até a metade da década, ou seja, em 2050, seremos cerca de 9 bilhões. A população terrestre se prolifera em aproximadamente 83 milhões de pessoas por ano, equivalente a população da Alemanha. Diante disso, vem o questionamento: Será que nas próximas décadas
teremos como
alimentar
tanta gente?
Segundo especialistas a resposta da problemática é sim, porém seria necessário a duplicação ou até mesmo a triplicação dos campos cultivados em todo o mundo, ou seja, um desafio e tanto, visto que atualmente só nesta área de cereais já utilizamos cerca de 16 milhões de metros quadrados, uma área que chega a se aproximar da extensão de toda América do Sul. Ainda mais que não é todo solo que está apto ao plantio, então cada vez mais a terra será um fator que limitará a produção de gêneros
agricultáveis.
(Fonte:
UFRJ.BR.
Disponível
em:
<http://www.ufjf.br/ladem/2018/04/13/crescimento-da-populacao-nao-ameaca-planeta-
Fig. 06: Retrato da Fome.
17
consumo-sim-entrevista-com-roberto-luiz-do-carmo/> Acesso em: Outubro de 2017)
Outro fato importantíssimo e que deve ser somado ao caso é a
Com toda essa problemática a possibilidade das fazendas
essencialidade da água, ela é fundamental em qualquer cultivo. De
verticais
acordo com pesquisas, evidencia-se que a progressividade da
extraordinária visto que além de consumir quase 90% menos
escassez do ouro azul, será maior em países com o crescimento
água do que numa cultura comum em solo, a verticalização
demográfico elevado, o que significa dizer que onde há aumento de
otimiza espaços, multiplicando as áreas de plantio. Esse tipo de
produção de alimentos, necessariamente há maior utilização de
edifício ainda possibilita que alimentos sejam produzidos durante
água, já que está, é um requisito básico para o cultivo. Além de
todo o ano, sem risco de nenhuma intempérie ou praga. Tudo é
tudo,
com
cuidadosamente controlado de acordo com as necessidades da
chuvas,
cultura. Também é possível adaptar prédios em decadência no
na
intempéries
agricultura
e
orgânica
eventualidades
deve-se
da
preocupar-se
natureza,
sejam
tormentas ou pragas que dizimam diversas culturas.
nos
grandes
centros
urbanos
é
uma
saída
meio urbano, ou seja, que estejam em estado de abandono para que esses, possam ser utilizados nesse sentido, juntando assim o útil ao agradável. Trazendo para o Brasil, o crescimento dos grandes centros urbanos é visto de maneira desastrosa, pois muitas pessoas têm se deslocado do meio rural para zonas periféricas das cidades em busca de melhores condições de vida, agravando assim o crescimento desordenado das mesmas e gerando cada vez mais pobreza e desigualdade. O Brasil é o quinto pais em
extensão territorial no mundo e cerca de 90% do que se produz vem do campo. Pode-se afirmar com que o mercado brasileiro é sim em sua grande maioria agrícola, porém esse imenso comércio é voltado para exportação, gerando déficits no próprio mercado nacional, consequentemente afetando a população.
18
Fig. 07: Consumo de água.
2.2
.
PLANTIO E CULTIVO
Na Fazenda Vertical, será empregado o uso de dois tipos de plantações, o hidropônico (que será distribuídos pelos pavimentos de plantio, em bandejas apropriadas) e o cultivo orgânico (esse em
utilizada uma cultura comum. Além de não existir uso de agrotóxicos, não caracterizando assim uma poluição do solo. O processo também é conhecido como sistema de N.F.T. (Nutrient Film Technique) de hidroponia que trata-se de uma técnica onde a planta é cultivada em água com demais nutrientes e tende a crescer num canal ou canaleta.
ALIMENTOS CULTIVADOS EM HIDROPONIA NO CASS
área externa). Hidroponia é uma palavra de origem grega (água e trabalho) é o nome dado a um sistema de cultivo de plantas caracterizado por não precisar de terra (solo).
ALFACE ROMANA
COENTRO
ALHO
REPOLHO
COUVE
HORTELÃ
SALSA
MANJERICÃO
ALHO PORÓ
ALECRIM
ACELGA
ALFACE AMERICANO
MORANGO
AIPO
As raízes das plantas ficam dentro da água. Minerais naturais
são adicionadas à água, fazendo assim a planta se desenvolver. Hoje em dia é possível encontrar muitos produtos hidropônicos nos supermercados. Muitos agricultores acham a produção hidropônica um excelente negócio, visto que ocupa um espaço reduzido e tem o clima da estufa controlado permitindo assim, produzir por todo o ano. Assim a qualidade e a produção só tende a crescer. É importante ressaltar que esses produtos não sofrem com ataque de pragas ou intempéries, pois encontram-se dentro
19
das tais estufas, além de diminuir a quantidade de água que seria
A agricultura orgânica é uma cultura preocupada com a produção limpa, ou seja, uma produção onde não exista nenhum uso de
fertilizantes ou agrotóxicos. Esse tipo de plantio, utiliza de outros fatores para a fertilização da lavoura, tais como: o uso de adubação verde, adubação orgânica com uso de compostagem
“Sistema Participativo de Garantia – Caracteriza-se pela responsabilidade coletiva dos membros do sistema, que podem ser produtores, consumidores, técnicos e demais interessados. Para estar legal, um SPG tem que possuir um Organismo Participativo de Avaliação da Conformidade (Opac) legalmente constituído, que responderá pela emissão do SisOrg.” (Fonte: REDEGLOBO. Disponível em: <http://redeglobo.globo.com/globoecologia/noticia/2013/08/existem-tres-tipos-decertificacao-para-agricultura-organica.html> Acesso em: Outubro de 2017)
(esterco de origem animal), a minhocultura que ajuda no húmus e na porosidade e fertilidade do solo, o manejo das culturas, para sustentação e fertilização do solo, e claro o uso racional da água
ALIMENTOS PRODUZIDOS EM AGRICULTURA ORGÂNICA NO CASS
a depender do ambiente da produção. No Brasil o produtor da cultura orgânica deve estar na lista de Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos, para isso deve atender a três certificações descritos a seguir estabelecidos pelo Ministério da Agricultura, são eles: “Certificação por Auditoria – A concessão do selo SisOrg é feita por uma certificadora pública ou privada credenciada no Ministério da Agricultura. O organismo de avaliação da conformidade obedece a procedimentos e critérios reconhecidos internacionalmente, além dos requisitos técnicos estabelecidos pela legislação brasileira.”
TOMATE
PEPINO
BERINJELA
CENOURA
PIMENTÃO VERDE
RABANETE
CEBOLA
BATATA
20
“Controle Social na Venda Direta – A legislação brasileira abriu uma exceção na obrigatoriedade de certificação dos produtos orgânicos para a agricultura familiar. Exige-se, porém, o credenciamento numa organização de controle social cadastrado em órgão fiscalizador oficial. Com isso, os agricultores familiares passam a fazer parte do Cadastro Nacional de Produtores Orgânicos.”
2.3
.
SELOS E CERTIFICAÇÕES
Os selos de sustentabilidade, passaram a existir com o intuito de estabelecer cláusulas, normas, modelos e metodologias para melhor
organização
e
desenvolvimento
sustentável
das
construções pelo mundo. Para empregar as certificações ao projeto, é necessário entender do que se trata cada selo. Existem diversas certificações, sejam elas nacionais ou/e internacionais, as quais agregam muito valor ao edifício.
Através do seguimento das normas pré-estabelecidas nos termos dos selos, a edificação ganha em prestígio e valorização de cunho sustentável. Prevendo
um
prédio
sustentável,
o CASS
adota
em
seu
funcionamento e construção muitas dessas certificações, pois, trabalha uma arquitetura limpa e puramente sustentável, fazendo
Fig. 08: Tripé da Sustentabilidade.
reuso de água cinza, usando energia solar como principal fonte de energia, pisos auto drenantes, transformando lixo orgânico em
21
energia e entre outros.
SELO LEED A GBC (Green Building Council) traz o pioneirismo de uma organização não governamental voltada a auxiliar o desenvolvimento da indústria da construção civil sustentável. O seu selo chama-se LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) sendo um dos mais importantes selos de certificação internacional voltado para questões sustentáveis. O LEED, ou (Leadership in Energy and Environmental Design), está alterando a forma de pensar como as habitações e as comunidades são projetados, edificados e dirigidos. Já são mais de 160 países que utilizam a Certificação, fazendo com que o LEED seja a principal plataforma utilizada para edifícios verdes, com metragem quadrada de 170m² autenticados. Esta certificação funciona para qualquer tipo de empreendimento, e pode ser imposto a qualquer hora no edifício. Os projetos que procuram a autenticação, são examinados em 8 esferas, sendo que cada esfera possui práticas imprescindíveis e algumas sugestões.
O nível da autenticidade é definido a partir dessa análise, conforme a quantidade de pontos obtida das esferas. Esse saldo pode variar de 40 a 110 pontos, ficando divididos em 4 níveis, que são eles: O Básico, o Silver, O Gold, e o Platium.
Fig. 10: Selos LEED.
22
Fig. 09: Símbolo LEED.
SELO AQUA
CASA AZUL - CAIXA
O selo Aqua, trata-se na verdade de um processo de gestão
A caixa econômica também aderiu as questões sustentáveis
do planejamento projetual para que seja obtida a mais alta
destinados a empreendimentos imobiliários. A edificação deve
qualidade ambiental em relação ao empreendimento. A Aqua
passar pela listagem dos 53 requisitos, entre eles alguns
possui um perfil mínimo de desempenho para autenticar seus
obrigatórios e outros de escolha aberta em seis categorias
selos, que estão classificados em três itens e subdivididos em
empregadas, as quais são qualidade urbana, conforto e
14 (quatorze) subitens. A base possui 7 itens, as Boas
projeto, eficiência energética, conservação de recursos
Práticas 4 itens, e Melhores Práticas 3.
materiais, gestão da água, e práticas sociais. Trata-se
.Para poder obter esses selos o empreendedor deve planejar e
também de uma autenticação em níveis que vão do bronze ao ouro.
garantir o controle total do empreendimento nas três principais principais ordens que são: anteprojeto, projeto e a execução.
O
concedido pela
selo
é
Fundação
Vanzolini Processo Aqua. Todos os elementos são
Fig. 12: Símbolo Casa Azul.
de padrão internacional.
Fig. 13: Selos Casa Azul.
23
Fig. 11: Selo Aqua.
IPTU VERDE
CERTIFICADO BREEAM
O programa é uma iniciativa da prefeitura municipal de
O certificado BREEAM é um selo britânico, sendo reconhecido
Salvador para que construções, e empreendimentos dos mais
internacionalmente. Segue diversos critérios de desempenho
diversos usos se adequem a práticas sustentáveis. Através
que são aplicadas a uma gama de fatores relacionadas a
desse viés o programa gera descontos diretos no IPTU, de
energia, água, ambiente interno, saúde, bem-estar, poluição,
acordo
transporte,
resíduos,
certificação
chega
com
suas
realizações
a
sua
certificação
de
sustentabilidade. Para obter a certificação, é bem simples. Basta aderir as iniciativas
constantes
estabelecido
sobre
a
do
Anexo
I
do
decreto
lei
25.899/2015,
e
que
adequar
foi seu
entre como
outros. esquema
No
Brasil
essa
de
autenticidade
internacional, “BESPOKE”, que trata do desenvolvimento de projetos, cobrindo uma ampla área no programa, tais como residenciais, comerciais industriais etc.
empreendimento ou reforma ao máximo. Depois é só da
Esse
selo
se
subdivide
entrada na SUCOM, no pedido do habite-se a SUCOM fará a
gerenciamento, energia, água, transporte, materiais, poluição,
fiscalização e emitirá o desconto junto a Secretaria da Cidade
saúde e bem-estar, uso da terra e ecologia, e o tratamento
Sustentável.
dos resíduos. Cada base possui vários critérios que são denominados de créditos.
em
nove
bases,
que
são:
O critério de avaliação vai de
Regular até Excepcional, tendo como pontuação mínima de 30 por cento, para se obter o primeiro nível de certificação.
Fig. 14: Selos IPTU Verde.
24
Fig. 15: Selos BREEAM.
SELO DGNB O selo de qualidade para construção sustentável da sociedade alemã, surgiu no ano de 2009, desde então vem tentando se expandir para arredores da Europa e países como China, Tailândia e Brasil. Ainda não muito conhecido esse selo chegou ao Brasil em 2013. O principal objetivo é expandir todo o conhecimento do sistema em todo o planeta, claro que fazendo as adaptações necessárias para cada região do mundo, ou seja é estabelecer um padrão único, baseado em valeres comuns entre todos. Essa padronização visa a comparação dos empreendimentos nos mais diversos países. Essa autenticação também está dividida em um grupo chefe que se subdivide em seis itens: qualidade ambiental, qualidade econômica, qualidade sócio - ambiental e funcionalidade, qualidade técnica e qualidade de processos. Como os demais selos de sustentabilidade, esse também segue um nível de selagem que Fig. 16: Selos DGNB.
25
vão do bronze, passa pela prata e por fim o ouro.
2.4
.
PROGRAMAS SOCIAIS FRUTA FEIA - PORTUGAL
O projeto “Fruta Feia”, surge através de uma cooperativa iniciada por consumidores portugueses Fig. 17: Logotipo Fruta Feia.
que visam diminuir o desperdício de determinados alimentos. A concepção do projeto é comercializar frutas e legumes que são boas para o consumo, porém, não são tão bonitas a ponto serem vendidas normalmente, essas, são entregues a preço de custo, nas residências dos consumidores
cadastrados,
após
passarem
por
um
processo
de
triagem,
lavagem
e
empacotamento. Além de diminuir o desperdício, a cooperativa trabalha na conscientização das pessoas em relação a frutas e legumes considerados feios, e por isso, impróprio ao consumo. O projeto
Fig. 18: Logotipo Fruta Imperfeita.
recebeu incentivo do governo municipal de Lisboa e se torna cada vez mais popular entre as cidades portuguesas.
FRUTA IMPERFEITA – SÃO PAULO No Brasil, o projeto “Fruta Imperfeita”, compartilha dos mesmos ideais do projeto citado acima. Teve início no ano 2015 e tem o objetivo de se conectar com as pessoas. O projeto acontece da seguinte maneira: Compra de alimentos “imperfeitos” diretamente dos pequenos produtores, montagem de cestas com variedades de frutas, verduras e legumes e por fim entrega das cestas no local solicitado. O consumidor recebe o pedido, sem escolher os surpresa”.
26
produtos que a compõe (apenas indicam o que não desejam), sendo assim, denominadas “caixas
FRUTA IMPERFEITA E A IMPORTÂNCIA DOS PROGRAMAS SOCIAIS Nosso manifesto “...A Fruta Imperfeita quer se conectar às pessoas – das mais variadas etnias, tribos, classes e idades – que estão cansadas dos atuais padrões de beleza, comportamento, consumo e estilo, onde a imagem da perfeição é colocada em um pedestal, que se traduz por status, sucesso e prestígio. Acreditamos que a quebra desses padrões abre novas possibilidades e nos prepara para encontrar um novo – e próprio – caminho. Queremos mostrar que o “ser” é muito mais valioso do que o “ter”. Enquanto o “aparecer” for mais importante do que o “viver”, ainda haverá o desperdício...” Fig. 19: Caixas Reutilizadas
E NOSSAS CAIXAS SÃO RETORNÁVEIS! “Devolvendo sua caixa para nós na sua próxima entrega, você pode ajudar na redução na geração de lixo. Vocês consumidores têm poder para exigir uma mudança de atitude do varejo e promover uma mudança geral no setor. Conte suas ideias para nós.”
Fig. 21: Dados de Retorno
27
Fig. 20: Estatísticas “O que essa fruta tem”.
CONTRA O DESPERDÍCIO Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 7 milhões de pessoas convivem com a fome no Brasil. A pesquisa mais recente, publicada em 2014, constata ainda que, em 2,1 milhões de domicílios, pelo menos uma pessoa passou um dia inteiro sem comer pela falta de dinheiro para comprar comida.
Diante disso, toda ação é importante para ajudar a minimizar o sofrimento das pessoas que passam por esse desafio (a fome). A fazenda Vertical trás em seu conceito a conscientização contra o desperdício de gêneros alimentícios e busca “abraçar” causas sociais espelhadas nas citadas anteriormente, fazendo com que legumes e hortaliças que estejam boas para o consumo, mas por algum motivo estético não estejam aptas a serem comercializadas sejam reaproveitadas e encaminhadas à doação,
essas,
poderiam
ocorrer
uma
vez
por
semana,
alimentando pessoas que realmente necessitam. Essa ação ajudará a combater o desperdício e também a matar a fome de
muitas famílias. São pequenos gestos que podem fazer uma
Fig. 22: Alimentos Desperdiçados.
28
enorme diferença.
2.5
APLICAÇÕES PLACAS FOTOVOLTAICAS
.
A energia solar fotovoltaica, é um tem sua eficácia 100% comprovada. Ela pode ser produzida mesmo em dias amenos e chuvosos, porém quanto maior a radiação incidida nas células da placa maior será a quantidade de energia produzida. A placa é produzida basicamente com silício, ou outro tipo de material que tenha boa condutibilidade elétrica. Ao ser incidida pelos
raios solares as células das placas entram em constante movimento, gerando desta forma energia. Além da ótima durabilidade, e a baixa manutenção, a energia solar pode chegar em locais de difícil acesso, onde a energia elétrica não chega, mas a energia solar é uma fonte inesgotável, além de
totalmente sustentável. Grandes multinacionais já investem em peso nessa tecnologia visando a diminuição dos custos. Os principais povos que utilizam da tecnologia são americanos e os
Fig. 00: Alimentos Desperdiçados.
Fig. 23: Placas Fotovoltaicas.
29
japoneses.
FILME FOTOVOLTAICO ORGÂNICO OU OPV O Filme Fotovoltaico Orgânico, são conhecidos por serem a terceira geração de células solares capazes de produzir energia elétrica a partir da luz do sol. O produto desenvolvido pela empresa Sunew, nada mais é de que uma película. Possui baixíssima espessura, e é extremamente leve e flexível, que tem a capacidade de se adaptar a qualquer localidade, absorvendo a radiação UV e IR, reduzindo a carga térmica de ambientes internos. Seu uso contribui em até 26 pontos na certificação LEED. Fig. 24: Logotipo Sunew.
Esse produto foi utilizado nos vidros da fachada principal da Fazenda Vertical, assim como nos vãos onde o fechamento da edificação se dá através da camada de acrílico seguida pela pet beneficiada (polli bricks), desta forma, a película fotovoltaica será fixada no acrílico tendo sua face voltada para o lado exterior da fachada, assim, o prédio terá melhor aproveitamento da carga energética
Fig. 25: Filme Fotovoltaico.
30
solar depositada sobre ele.
ECOGREENS PISO ENERGÉTICO
.
O piso ecológico “Ecogreens”, é também conhecido como ecopiso ou piso energético, trata-se de um produto modulado que tem como objetivo a obtenção de energia. A geração de energia é dada através de qualquer tipo de interação, ou seja, qualquer movimento projetado em cima do piso, faz com que energia seja produzida. Essa carga energética pode ser utilizada na mesma hora da produção (como por exemplo, auxiliando na abertura de portas eletrônicas, cancelas de entradas e saídas de veículos, e entre outros) ou até mesmo podem ser armazenadas em baterias para uso futuro. O piso é planejado para todo tipo de local (seja interno ou externo) e em até
instalações
especiais
como
lombadas,
passarelas
e
calçadões. Estima-se que cada módulo individual, gere 10 wattshora de energia. O equipamento foi utilizado nas principais entradas da Fazenda Vertical, pelo fato de possuir um número maior de pessoas
Fig. 26: Diferentes Modulações EcoGreens. Fig. 27: Piso Energético Gerando Energia.
31
circulando, desta forma, gerando interação com o mesmo.
LED ORGÂNICO “OLED” O led orgânico ou “OLED” como são conhecidos, nada mais é que
um diodo de LED que é capaz de emitir luz, trata-se de um LED confeccionado por matéria orgânica. Segundo pesquisadores da UFJF, (Universidade Federal de Juiz de Fora),conseguiram aprimorar o uso do LED, e o material foi capaz de gerar uma considerável redução no gasto de energia. Os “OLED” são capazes de produzir luz própria nas cores azul, vermelha, e verde se forem estimulados por uma corrente elétrica, gerando assim a gama necessária para formação da imagem em um display. Esse fenômeno é conhecido como eletroluminância, tendo como base processos já conhecidos de luminância, os quais já ocorrem na natureza. No projeto o led
orgânico será
aplicado a iluminação artificial das plantações, visto que apesar do insolejamento adentrar a edificação, os raios solares não alcançaram a totalidade
das
áreas
de
plantio,
fazendo assim necessário o uso de uma energia artificial das culturas.
Fig. 28: Fitas de LED.
32
Fig. 29: Camadas OLED.
LAJE STEEL DECK A escolha do sistema estrutural da edificação é algo de suma importância para o projeto. Para o projeto onde basicamente os pavimentos apesar de serem diferentes, são extremamente retilíneos e buscava-se uma estrutura onde o vão entre pilares fosse bem largo, então, nada melhor que a steel deck para um empreendimento como esse. A steel deck além dessa série de benefícios, citados acima, ela
Fig. 30: Esquema Laje Steel Deck.
ainda dispensa parcial ou totalmente o uso de escoras durante a concretagem, possibilitando assim a realização conjunta da construção em diferentes andares. A laje steel deck, também conhecida como laje de tipo misto, é basicamente feita de aço galvanizado no formado trapezoidal. A
laje recebe o nome de mista porque além de ter o aço, ela recebe a camada de concreto que se solidifica entre o aço e as ferragens ocasionando muito mais resistência.
33
Fig. 31: Detalhamento Laje Steel Deck.
REUTILIZAÇÃO DA ÁGUA
.
Para entender o processo de reutilização da água, inicialmente é necessário saber que o esgoto de qualquer casa, prédio ou edifício, dividem-se em dois processos: água cinza e água negra. A água cinza caracteriza-se pelo fácil e rápido tratamento podendo ser rapidamente reaproveitada na própria edificação, como por exemplo, nas descargas de vasos sanitários, lavagem de pisos externos, irrigação de plantas e entre outros. Já a água negra, requer um processo muito mais complicado e complexo, pois há a necessidade de eliminação de toda patologia pra haver a
reutilização da mesma. Segundo Pedro Mancuso e Hilton dos Santos, em seu livro “Reuso da Água”, a água cinza se enquadra como reuso nãopotável, contribuindo com o consumo exacerbado de água potável e a ligeira queda de contaminantes do solo. No CASS, há uma separação entre a água negra e a água cinza. Só será aproveitado a água cinza, essa será proveniente do ciclo hidropônico de irrigação do plantio e das lavagens dos alimentos. Após utilizada, essa água é novamente armazenada em um
tanque superior da edificação e distribuída para os banheiros,
Fig. 32: Água Cinza.
34
auxilio na limpeza e ainda, irrigação da horta orgânica externa.
CAPÍTULO
03 PROJETOS DE REFERÊNCIA 3.1. FAZENDA VERTICAL DA AV. PAULISTA 3.2. AEROFARMS 3.3. ECOARK Fig. 33: Mashambas Skyscraper
3.1
.
FAZENDA V. DA AV. PAULISTA
FICHA TÉCNICA:
.
O PROJETO: O projeto “Fazenda Vertical da AV. Paulista” foi desenvolvido através do concurso de Arquitetura do site “PROJETAR.ORG”, voltado para alunos universitários de Arquitetura e Urbanismo de todo Brasil. O presente projeto conquistou o terceiro lugar do concurso, dentre tantos outros participantes;
AUTORES: Anderson Roberto de Freitas Pereira; Alexandre Fernandes Corrêa;
UNIVERSIDADE: Universidade Nove de Julho - UNINOVE - São Paulo/SP;
LOCALIZAÇÃO: São Paulo – Brasil;
2014 / Concurso 006. Fig. 34: Fazenda Vertical – AV. Paulista
36
ANO:
O PROJETO COMO REFERÊNCIA A referência projetual foi importante no auxílio da definição do programa de necessidades. Através dele, houve o primeiro contato com os ambientes que são fundamentais e estão dispostos entre os pavimentos, assim como, ambientes que podem agregar ao funcionamento e vivacidade do prédio, a exemplo do mercado e do restaurante, esses ambientes também estão presentes no CASS, assim como outros, representando a integração com o meio social. O projeto preza por modulações independentes em cada bloco de pavimento,
concentrando
sua
linearidade
nas
Fig. 35: Modulações
Fig. 36: Ambientes
circulações
verticais e banheiros. Seu fechamento é dado por placas de vidro
Fig. 37: Cortes F.V. Av. Paulista
Fig. 38: Plantas Baixas F.V. Av. Paulista
37
e perfis metálicos.
3.2
AEROFARMS FICHA TÉCNICA:
.
O PROJETO: A AeroFarms é a maior fazenda vertical coberta do mundo, funciona em um galpão, onde antigamente operava uma usina siderúrgica. A primeira sementeira colocada nesse galpão foi em setembro de 2016, e sua capacidade de produção é de cerca de 160mil toneladas de alimentos por ano. Além deste, o grupo conta com 8 localidades de plantio vertical, esses, são espaços improvisados e de produção não tão significativa comparado a sede;
LOCALIZAÇÃO: Newark, Nova Jersey;
IDEALIZADORES E GRUPO RESPONSÁVEL: Marc Oshima e David Rosenberg / RBH Group;
2004. Fig. 39: Marc Oshima e David Rosenberg
38
ANO (INÍCIO DE IDEALIZAÇÃO DE TODO PROJETO):
O PROJETO COMO REFERÊNCIA O galpão da AerosFarm, foi a principal referência em relação a disposição de layouts das bandejas de plantio, assim como o entendimento do funcionamento delas. O CASS adota bandejas muito semelhantes, as quais possuem o mesmo fundamento, diferindo apenas em dimensões.
As bandejas comtemplam plantações hidropônicas (sistema de plantio
utilizado
na
Fazenda
Vertical),
A
estruturação
e
componentes, das bandejas, podem ser vistas no esquema da Figura 41.
Fig. 40: Vista Superior, Bandejas de Plantio.
39
Fig. 41: Esquema de Funcionamento das Bandejas. Fonte: http://aerofarms.com/technology/
3.3
ECOARK FICHA TÉCNICA:
.
O PROJETO: Projetado para ser uma grande galeria/museu, o empreendimento possui uma metragem quadrada total de 2.186 metros, distribuídos em três andares, possuindo uma altura total de 28 metros;
AUTOR: Arthur Huang, CEO e fundador da Miniwiz;
ESCRITÓRIO RESPONSÁVEL: Miniwiz (Sustainable Energy Development);
LOCALIZAÇÃO: Taipei, Taiwan;
ANO:
Fig. 42: Prédio EcoArk
40
2010;
O PROJETO COMO REFERÊNCIA A edificação EcoArk, foi uma referência fundamental a qual contribuiu na escolha e definição de parte do fechamento da fachada da Fazenda Vertical. O
projeto possui
um total fechamento em garrafas Pet
Beneficiadas ou “Polli-Bricks”, assim nomeadas. Esse material é
100% ecológico, devido ao seu ciclo de reutilização e foi essencial em dar vida a sustentabilidade do CASS. O material empregado ao CASS, compõe uma grande parte do fechamento
dos
vãos
das
fachadas,
Os
Polli-Bricks,
são
revestidos com uma substância anti-inflamável, ou seja, é um material resistente a incêndio. Além de todas essas vantagens as garrafas fechadas, e o ar presente no seu interior age como isolante
térmico,
possibilitando
nesse
sentido
um
melhor
conforto e garantindo a passagem de luz natural, o que, diminui significativamente a necessidade de iluminação artificial no
Fig. 43: Fachada com Fechamento em Polli-Bricks
41
interior da edificação.
COMO FUNCIONAM AS POLLI-BRICKS? O elemento de vedação funcionam como “tijolos de PET” devido ao seu sistema único de montagem das peças. A técnica foi simplesmente utilizar garrafas PET descartadas, recicla-las e beneficia-las. Nesse processo, as garrafas PET comuns, são submetidas a componentes químicos, os quais tornam o material indiscutivelmente mais resistente, quase indestrutível. Passado por todo procedimento, o material é modulado, de forma que seja possível a sua montagem.
Fig. 47
Para compor fachadas, os tijolos de PET são encaixados ainda numa trama estrutural metálica, a qual auxilia na conexão e
fixação de todas as garrafas, Além de ser um material reciclado e leve, esse tipo de modulação desempenha outros benefícios, como a possibilidade ser desmontado facilmente e transportado para qualquer lugar;
Fig. 44 Fig. 45
O elemento conta ainda com uma camada de chapa acrílica onde são encaixados as “bocas” das garrafas, esse, de modo alternado, visando a melhor compactação entre as chapas. Em toda estrutura, pode ser adicionado ainda, placas de modulação Fig. 46
solar ou filmes fotovoltaicos (o que foi especificado no projeto do
.
. Fig. 44 e 45: Garrafas Polli-Bricks / Fig. 46: Ciclo de Reutilização / Fig. 47: Sistema de Modulação
42
CASS).
CAPÍTULO
04 CARACTERIZAÇÃO E DIRETRIZES PROJETUAIS 4.1. LOCALIZAÇÃO 4.2. LEGISLAÇÃO 4.3. PROGRAMA E PRÉ-DIMENSIONAMENTO 4.4. PARTIDO ARQUITETÔNICO 4.5. FLUXOGRAMA E SETORIZAÇÃO Fig. 48: Foto Aérea, Av. Orlando Gomes.
4.1
LOCALIZAÇÃO O projeto está localizado na Avenida Orlando Gomes, no bairro de Piatã. O terreno possui 43.420,19m²
e conta com diversos
setores como: administrativo, educacional, vendas e serviços, controle e saúde e pavimentos de plantio. A área comporta ainda diversas vagas de estacionamento e espaços paisagísticos que fazem parte da humanização projetual. O bairro de implantação do edifício, é circundado pelos bairros de Patamares, Itapoan, Bairro da Paz, e Alpha Ville I. Analisando a estrutura existente com relação ao seu entorno imediato, podese destacar a predominância de áreas residenciais, porém a localidade conta com uma presença significativa de um polo tecnológico que é referência para todo o Brasil, o SENAI CIMATEC, além disso, existem ainda em seu entorno uma casa de show e cerimonias (PADDOCK eventos), a nova escola Concerpt e demais empreendimentos empresariais que vem crescendo na região. A Avenida Orlando Gomes faz a ligação entre a orla marítima da
Fig. 49: Localização do Terreno.
44
região de Piatã e a Avenida Luiz Viana Filho (Paralela).
4.2
LEGISLAÇÃO Em relação ao macrozoneamento do município de Salvador, a localidade
pertence
a
Macrozona
de
Ocupação
Urbana
e
Macroárea de Requalificação da Borda Atlântica, as quais são definidas pela lei de número 9.069/2016 do PDDU como: “Art. 131. A Macrozona de Ocupação Urbana compreende os espaços urbanizados do Município em seus diversos estágios de estruturação, qualificação e consolidação, destinando-se à moradia, ao exercício de atividades econômicas e sociais predominantemente urbanas, comportando níveis diferenciados de densidade populacional e de ocupação do solo. ” (LEI, n. 9.069/2016). “Art. 149. A Macroárea de Requalificação da Borda Atlântica define-se como território estratégico para o desenvolvimento urbano de Salvador por se constituir, material e simbolicamente, num patrimônio ambiental e cultural da Cidade, e pelas possibilidades de renovação urbana que oferece, haja vista as condições de infraestrutura existentes e os níveis baixos de densidade.
Fig. 50: Modificado - Mapa de Macrozoneamento, PDDU 2016.
45
Parágrafo único. Esta Macroárea compreende a faixa litorânea que se estende desde o bairro do Costa Azul, na embocadura do rio Camaragibe, até o limite de Salvador com o Município de Lauro de Freitas, configurando uma extensa zona residencial que também desempenha funções de lazer para toda a cidade, oferecendo serviços relacionados ao mar e à faixa de praia e usos vinculados ao turismo, à cultura, ao entretenimento, ao esporte e à gastronomia. ” (LEI, n. 9.069/2016).”
ZONEAMENTO E PARÂMETROS URBANÍSTICOS O terreno localiza-se em apenas uma zona que é a ZPR-3 (Zona Predominantemente Residencial 3) o qual, trata-se de uma área onde há uma elevada densidade construtiva e demográfica abrangendo assim edificações verticais de grande porte, porém admite-se o uso não residencial. Logo a frente encontra-se uma Zona de Centralidade Linear a ZCLMu que é definido pelo seguinte artigo de número 179 da lei 9.069/2016 do Plano Diretor de Salvador, que compreende diversos tipos de atividades, entre elas comerciais, prestação
de serviços, lazer, saúde, educação etc. Em relação aos parâmetros que condizem à ocupação do uso do solo, pode-se identificar todos os dados urbanísticos de relevância para o projeto, destacado na Tabela 1:
O projeto da Fazenda Vertical é classificada como comercial por não existir um critério definido para o mesmo. Apesar de ser
ZONA PREDOMINANTEMENTE
ÍNDICES
RESIDENCIAL 3 (ZPR-3) ÍNDICE DE OCUPAÇÃO (IO)
TERRENO 43.420,19m²
(a)
--
ÍNDICE DE PERMEABILIDADE (IP)
0,20
8.684,03m²
COEF. DE APROVEITAMENTO MÍN. (CA Mín)
0,30
13.026,05m²
COEF. DE APROVEITAMENTO BÁS. (CAB)
1,50
65.130,28m²
COEF. DE APROVEITAMENTO MÁX. (CAM)
3,00
130.260,57m²
RECUO FRONTAL
4,00m
--
RECUOS LATERAIS
1,50m
--
RECUO FUNDO
2,50m
--
Tabela 1 - Parâmetros de Ocupação do Solo Fonte: SUCOM BA. Disponível em: <http://www.sucom.ba.gov.br/wp-content/uploads/2016/09/Quadro-06-Par%C3%A2metros-deOcupa%C3%A7%C3%A3o-do-Solo.pdf> Acesso em: Setembro de 2017.
Fig. 51: Modificado - Mapa de Zoneamento, PDDU 2016.
inserido numa zona residencial, seu entorno conta com diversos serviços,
instituições
e
comércios,
fortificando
assim
a
justificativa da implantação da edificação no local. Diante observar
dos e
parâmetros concluir
que
urbanísticos os
estudados,
resultados
pode-se
adquiridos
foram
suficientes para o processo de elaboração do projeto, visto que atendem e não trazem grandes limitações, possuindo uma área
total e recuos satisfatórios para o andamento do projeto.
46
DADOS URBANÍSTICOS
TRANSPORTE DE CARGAS De acordo com a cartografia do PDDU de transporte de cargas (Figura 52), a Avenida Orlando Gomes, local de implantação do
empreendimento, além de se tratar de uma via arterial como já vimos anteriormente, a mesma também é classificada como corredor secundário existente (CSE), assim como as demais vias que as conectam que são a Avenida Luís Viana Filho (Paralela) e a Avenida Otávio Mangabeira (Orla).
Fig. 53: Modificado – Gabarito de Altura das Edificações, PDDU 2016.
Fig. 52: Modificado - Mapa de Transporte de Cargas, PDDU 2016.
.
.
GABARITO DE ALTURA .
De acordo PDDU, na área que está inserido o terreno não existe restrição referente à altura da edificação, porém em sua grande maioria não é comum o uso de edificações muito altas, com exceções
a
algumas,
como
o
Senai
e
outros
poucos
empreendimentos que se sobressaem em meio as residências existentes. O projeto da Fazenda Vertical, foi elaborado e planejado atendendo as necessidades da edificação e se destaca das demais edificações em seu entorno.
47
FLUXOGRAMA GERAL
FLUXOGRAMA GERAL
.
.
SISTEMA VIÁRIO .
De acordo com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Salvador, o (PDDU), o sistema viário da região de é bem simples. Ao olhar para a cartografia, pode-se observar que a Avenida Orlando Gomes é uma via arterial existente consolidada, além disso também observa-se que essa, é a principal ligação da região, entre a via expressa existente (a Avenida Paralela) e a borda marítima de Salvador. É possível notar, intervenções no trânsito para melhor fluidez do trafego. O mapa ainda mostra detalhadamente a previsão de vias. Fig. 55: Zeis, PDDU 2016. Fig. 54: Modificado – Sistema Viário, PDDU 2016.
ZONAS ESPECIAIS DE INTERESSE SOCIAL Através do mapa de Zonas Especiais de Interesse Social, observa-se que a região de implantação do empreendimento faz divisa com três zonas de ZEIS, as quais são: Bairro da Paz, Baixa do Coqueirinho e Coqueirinho. É sem dúvidas uma excelente oportunidade de gerar mas renda e aproximar essas comunidades da edificação. A fazenda vertical traz incentivos sociais e educacionais além de uma vasta amplitude de empregos diretos e
48
indiretos que serão gerados em toda região.
TRANSPORTE COLETIVO
.
O mapa de transporte coletivos abaixo mostra que a Avenida Orlando
Gomes
é
um
corredor
de
média
capacidade.
Recentemente a avenida foi reformada, ganhando mais paradas de ônibus e dispondo a população de mais acessibilidade. A via também ganhou ciclovias e ciclo-faixas por toda sua extensão. O corredor de média capacidade liga a orla e a Avenida Luiz Viana Filho (Paralela) . Na Paralela pode-se identificar a estação de metrô já instalada atualmente, ficando nas proximidades da Avenida Orlando Gomes e região. Fig. 57: Mapa de Insolação e Frequência dos Ventos. Fig. 56: Modificado - Mapa de Transporte Coletivo, PDDU 2016.
FLUXOGRAMA GERAL
.
INSOLAÇÃO E FREQUÊNCIA DOS VENTOS . O estudo da insolação auxiliou na implantação do edifício e direção
22 DE JUNHO
da sua fachada principal, visto que o prédio necessita receber
21 DE MAIO
carga de energia solar para que seja possível o seu auto
16 DE ABRIL
sustento. A fachada principal volta-se ao poente, e nela estão distribuídas inúmeras células solares que auxiliam na captação de 23 DE FEVEREIRO
energia.
21 DE JANEIRO
A frequência dos ventos é proveniente das regiões sul e sudeste.
22 DE DEZEMBRO
49
FREQUÊNCIA DOS VENTOS
Fig. 58: Cone Visual 01.
Fig. 59: Cone Visual 02.
Fig. 60: Cone Visual 03.
Fig. 61: Cone Visual 04.
Fig. 62: Demarcação de Cones Visuais.
50
CONES VISUAIS DO TERRENO E ENTORNO
PROGRAMA DE NECESSIDADES
SETOR 01: EDUCACIONAL
.
QTD.
ÁREA PARCIAL
ÁREA TOTAL
AUDITÓRIO
1
515.16m²
515.16m²
MINI FOYER
1
122.91m²
122.91m²
CABINE DE SOM
1
3.12m²
3.12m²
O programa de necessidades do projeto foi dividido em seis
WC MASCULINO
1
30.80m²
30.80m²
setores os quais são o setor de plantio e colheita, manutenção,
WC FAMININO
1
30.80m²
30.80m²
ÁREA DE DESCANSO
1
141.56m²
141.56m²
EXPOSIÇÃO
1
566.97m²
566.97m²
SALAS TEÓRICAS
1
88.11m²
88.11m²
SALA PRÁTICA
1
236.62m²
236.62m²
WC PCR
4
4.41m²
17.64m²
.
4.3
AMBIENTES
E PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS AMBIENTES
educacional, administrativo, controle e saúde, e vendas e serviços. O setor de plantio conta com 35 pavimentos de plantações hidropônicas
população
e
é
responsável
aproximada
de
pelo
30.000
abastecimento
pessoas.
O
de
setor
uma
de
manutenção é responsável por todo aparato tecnológico, e
TOTAL: 1753.69m²
também por toda segurança e fluidez do empreendimento. O setor educacional conta com salas teóricas e praticas, além de um auditório
para
sustentáveis.
palestras
Já
a
e
conscientização
administração
tem
das
teorias
uma
imensa
responsabilidade de gerenciar toda parte burocrática, na compra, venda, na logística entre outros afazeres. O controle e saúde se destaca na importância das qualidades dos produtos, e no aprimoramento dos processos. Além da venda externa para supermercados da região e pequenos mercados, a fazenda vertical conta com um setor próprio de vendas, quiosques individuais, e
SETOR 02: CONTROLE E SAÚDE
.
AMBIENTES
QTD.
ÁREA PARCIAL
ÁREA TOTAL
LABORATÓRIO CONTROLE DE DOENÇAS E NUTRICIONAL
1
55.34m²
55.34m²
LABORATÓRIO CONTROLE DE QUALIDADE
1
55.34m²
55.34m²
SALA DE AMOSTRAS
1
25.44m²
25.44m²
SALA DE ESPECIALISTAS
1
25.50m²
25.50m²
TOTAL: 161.62m²
da Fazenda Vertical.
51
uma grande feira onde serão vendidos uma parte de toda produção
.
AMBIENTES
QTD.
ÁREA PARCIAL
ÁREA TOTAL
SALÃO DO RESTAURANTE ORG.
1
673.00m²
673.00m²
HALL DOS WCS
1
21.78m²
21.78m²
WC MASCULINO
2
40.80m²
81.60m²
WC FEMININO
2
40.80m²
81.60m²
WC PCR
4
4.40m²
17.60m²
BAR/ATENDIMENTO
1
26.88m²
26.88m²
LOUÇARIA
1
8.00m²
8.00m²
FINALIZAÇÃO
1
9.45m²
9.45m²
COCÇÃO
1
31.50m²
31.50m²
HIG. DAS PANELAS
1
15.60m²
15.60m²
CORREDOR SUJO
1
36.00m²
36.00m²
DEP. BEBIDAS
1
14.80m²
14.80m²
PRÉ-PREPARO
1
38.35m²
38.35m²
DEP. EMBALAGENS
1
9.80m²
9.80m²
NUTRICIONISTA E TEC. NUTRIC.
1
8.60m²
8.60m²
HIG. FUNCIONÁRIOS
1
19.30m²
COPA
1
DEP. REFRIGERADO
VESTIÁRIO MASCULINO
1
30.80m²
30.80m²
VESTIÁRIO FEMININO
1
30.80m²
30.80m²
LIXO SECO
1
7.00m²
7.00m²
LIXO ÚMIDO
1
7.00m²
7.00m²
CHEGADA/PONTO
1
33.30m²
33.30m²
CIRCULAÇÃO TOTAL
1
20.00m²
20.00m²
SALÃO PRINCIPAL
1
1700m²
1700m²
QUIOSQUES
10
10.25m²
102.50m²
FEIRA ORGÂNICA/GALERIA
1
1085m²
1085m²
TOTAL: 4253.96m²
SETOR 04: ADMINISTRATIVO
.
AMBIENTES
QTD.
ÁREA PARCIAL
ÁREA TOTAL
RECEBIMENTO/DESPACHO
1
225.00m²
225.00m²
SALA DE DESPACHO
1
25.50m²
25.50m²
CIRCULAÇÃO GERAL
1
190.00m²
190.00m²
SALA DE REUNIÕES
1
30.OOm²
30.OOm²
RH
1
30.00m²
30.00m²
19.30m²
DIREÇÃO E ARQUIVO
1
30.00m²
30.00m²
20.00m²
20.00m²
FINANCEIRO
1
14.00m²
14.00m²
1
25.00m²
25.00m²
COFRE
1
2.50m²
2.50m²
DEP. SECO
1
37.00m²
37.00m²
HALL DO COFRE
1
5.80m²
5.80m²
DML
1
11.70m²
11.70m²
ADM GERAL
1
40.00m²
40.00m²
RECEBIMENTO
1
37.00m²
37.00m²
LOGÍSTICA E CONTROLE
1
25.50m²
25.50m²
HALL DE VESTIÁRIOS
1
13.00m²
13.00m²
TOTAL: 618.30m² 52
SETOR 03: VENDAS E SERVIÇOS
SETOR 05: MANUTENÇÃO
.SETOR 06: PLANTIO E COLHEITA
.
AMBIENTES
QTD.
ÁREA PARCIAL
ÁREA TOTAL
AMBIENTES
QTD.
ÁREA PARCIAL
ÁREA TOTAL
SEGURANÇA E MONITORAMENTO
1
41.50m²
41.50m²
PAV. TIPO 01
7
2411 m²
16877m²
PAV. TIPO 02
7
2411 m²
16877m²
AUTOMAÇÃO E TI
1
41.50m²
41.50m²
PAV. TIPO 03
7
2411 m²
16877m²
AUMOXARIFADO E EPIs
1
150.00m²
150.00m²
PAV. TIPO 04
7
2411 m²
16877m²
ÁREA DOS RESERVATÓRIOS
1
935.00m²
935.00m²
PAV. TIPO 05
7
2411 m²
16877m²
CONTROLE DE GERADORES
1
36.80m²
36.80m²
LAVAGEM
70
22.36m²
1565.20m²
GERADORES
1
460.00m²
460.00m²
EMBALAGENS
70
38.12m²
2668.40m²
CASA DE MÁQUINAS
1
60.00m²
60.00m²
FERTILIZANTES ORGÂNICOS
70
39.04m²
2732.80m²
CIRCULAÇÃO
1
195.00m²
195.00m²
CÂMERA DE ÁGUA HIDROL.
70
18.71m²
1309.70m²
DUTO DE VENTILAÇÃO
2/Pav
2.50m²
5.00m²
ESTOQUE SECO
1
900.31m²
900.31m²
DUTO DE FUMAÇÃ
2/Pav
2.50m²
5.00m²
ESTOQUE REFRIGERADO
1
388.60m²
388.60m²
ELEVADORES COMUNS
4/Pav
2.25m²
9.00m²
1
1798.96m²
1798.96m²
ELEVADORES DE CARGA
3/Pav
5.30m²
15.90m²
ESTOQUE DE APOIO SUPERIOR
ESCADA ENCLAUSURADA
2/Pav
17.50m²
35.00m²
DEPÓSITO
1
77.37m²
77.37m²
ÁREA EXT. P/ PLACA SOLAR
1
3900m²
3900m²
RESERVA TÉCNICA
1
77.37m²
77.37m²
ÁREA EXT. P/ PLACA SOLAR DOS PAVIMENTOS
14
750.00m²
10500m²
ANTECÂMARA
2/Pav
10.40m²
20.80m²
TOTAL: 95901.61m²
SOMA GERAL DOS SETORES: TOTAL = 119099.18m²
53
TOTAL: 16410.00m²
4.4
.
PARTIDO ARQUITETÔNICO
O projeto de Arquitetura da Fazenda Vertical, foi desenvolvido pensando primordialmente na funcionalidade do edifício. Optou-se em formas simples e objetivas com locações definidas das circulações verticais (entre elevadores de carga e comum desde escadas de emergência). O projeto caracteriza-se por linhas retas tanto no eixo horizontal (com a demarcação das lajes dos pavimentos) quanto na vertical (com a demarcação dos pilares). Devido a necessidade do tema, internamente seus ambientes são amplos e visam o
melhor aproveitamento de cada espaço, o programa pré-estabelecido implicou significativamente nas principais decisões da volumetria final do projeto assim como na representação de um edifício novo que se enquadre em um cunho social e sustentável. Os principais pontos levados em consideração para a realização do mesmo, foram: ▪
Dividir os usos em diferentes pavimentos, definindo os espaços públicos versus os privados;
▪
Zonear todo o terreno trazendo em sua área externa espaços para o uso da população;
▪
Garantir espaço “confortável” para o abastecimento e o carregamento de cargas ao equipamento;
▪
Utilizar materiais que contribuam para a sustentabilidade do edifício, como fechamento com garrafas Polli-Bricks, painéis de vidro com aplicação de filme fotovoltaico e entre outros;
▪
Projetar “plantas livres” para adequação de layouts;
▪
Obter um edifício funcional e tecnológico.
Desta maneira, o equipamento tem sua forma definida através da sua função, isso se dá, pela necessidade que a Fazenda Vertical de desenvolver suas atividades de forma objetiva e simples, o que é característico na volumetria arquitetônica
54
FORMA SEGUE A FUNÇÃO
FLUXOPRAMA PAVIMENTOS DE PLANTIO ÁREA TÉCNICA
ÁREA DE PLANTIO
CARGA E DESC.
CIRC. VERT.
ACESSO PEDESTRES
AVENIDA ORLANDO GOMES
VAGAS DE ESTAC.
ENTRADA E SAÍDA DE VEÍCULOS
ESC.
AR CIRC. VERT.
ELEV.
VAGAS DE ESTAC.
C. DE ÁGUA HIDROLIZADA
CIRC. V.
FERTILIZANTES ORGÂNICOS EMBALAGENS
LAVAGEM
C. DE ÁGUA HIDROLIZADA
CIRC. V.
ESC.
FERTILIZANTES ORGÂNICOS EMBALAGENS
FACHADA PRINCIPAL
55
SAÍDA DE VEÍCULOS PESADOS
PRAÇA PÚBLICA
LAVAGEM
ÁREA DE PLANTIO
HORTA ORGÂNICA
CIRC.
FAZENDA VERTICAL CASS
ELEVADORES DE CARGA
ÁREA DE PLANTIO
FLUXOGRAMA GERAL
CIRCULAÇÃO
4.5
.
FLUXOGRAMA E SETORIZAÇÃO
CAPÍTULO
05 O PROJETO 5.1. A FAZENDA VERTICAL COMO CENTRO DE ABASTECIMENTO SUSTENTÁVEL DE SALVADOR 5.2. MASTERPLAN
5.3. ZONEAMENTO POR BLOCOS 5.4. PERSPECTIVAS Fig. 63: Representação de Projeto técnico.
5.1
.
A FAZENDA VERTICAL COMO CENTRO DE ABASTECIMENTO SUSTENTÁVEL DE SALVADOR
A Fazenda Vertical é o maior polo de abastecimento alimentício projetado para ser instalado numa cidade. Embasada em pesquisas de teóricos e condicionada na legislação vigente do município, o equipamento visa o fornecimento de gêneros alimentícios, para cerca de 30.000 pessoas por mês, tendo a estimativa de duplicar ou até mesmo triplicar essa quantidade, já que em ambientes totalmente controlados a produção e desenvolvimento do cultivo tende a ser mais rápida e com perdas insignificantes . Isso acontece graças a toda tecnologia empregada na edificação e ao monitoramento constante de dados os quais acompanham tudo o que acontece desde o plantio até a colheita. A segurança de um alimento muito mais saudável e fresco é de longe o grande ponto dessa instalação, a edificação conta com
setores de qualidade e controle de saúde, antes da comercialização dos gêneros, nesse processo, após a colheita, são recolhida amostras para se obter informações nutricionais que garantam o alto padrão na qualidade dos alimentos. Com todo esse procedimento, o projeto da Fazenda Vertical é um dos melhores e maiores centros de abastecimento de Salvador, que se mostra fundamentalmente embasada nas necessidades regionais e totalmente justificada.
COLHER
MONITORAR
QUALIFICAR
DISTRIBUIR
COMERCIALIZAR
CONSUMIR
57
PLANTAR
5.2
MASTERPLAN 01
O masterplan contempla uma separação dos acessos de pedestres e veículos e destaca-se pala sua grande área de uso público, a qual, está centralizada no terreno e é o acesso de
02
03
pedestre a edificação e a outros ambientes, como por exemplo a horta orgânica. O estacionamento está locado na ala sul do terreno ficando
04
próximo a implantação do edifício e facilitando o acesso de
06
funcionários e usuários. 05
A pouca arborização que existia perifericamente ao terreno, foi mantida e acrescida de novos tipos de vegetação, o que compõe
07
o paisagismo do projeto e auxilia no conforto do ambiente.
08
01
SAÍDA DE VEÍCULOS PESADOS
02
HORTA ORGÂNICA
03
EDIFICAÇÃO – FAZENDA VERTICAL
04
ACESSO DE PEDESTRES / PRAÇA PÚBLICA
05
ESTACIONAMENTO
06
CARGA E DESCARGA
07
ACESSO E SAÍDA DE VEÍCULOS
08
ESTACIONAMENTO
Fig. 64: Masterplan - CASS.
58
QTD. LEGENDA
Blocos destinados ao plantio hidropônico, colheita, triagem, lavagem, e por fim o empacotamento dos gêneros.
Pavimento de Apoio ao depósito do nível inferior, contendo ambiente para armazenamento seco + área de mirante.
A circulação vertical do edifício é dado através de elevadores sociais, de carga e escadas enclausuradas. Esses, estão posicionados na parte central do edifício, formando uma caixa rígida, atuando também como elemento estrutural.
EIXO DE CIRCULAÇÃO VERTICAL
Pavimento educacional que disponibiliza salas teóricas e práticas, além de um espaçoso auditório e uma ampla área para exposições.
Bloco destinado estritamente a depósitos além de áreas técnicas das placas solares
Bloco onde acontece toda administração ,e comercialização tanto na feira quanto nos quiosques, uma galeria, além de um grande restaurante orgânico. Também é por esse pavimento que se acessa todos os demais Fig. 65: Diagrama de Setorização - CASS.
59
5.3
ZONEAMENTO POR BLOCOS
Bloco da Cobertura. Ambiente destinado a áreas técnicas, contendo reservatórios, geradores casa de máquinas e outros...
5.4
PERSPECTIVAS
Fig. 66: Render 01 - CASS.
da a
60
Fachada principal edificação, vista partir do viaduto.
RENDER
01
Fig. 67: Render 02 - CASS.
61
Praça pública, acesso principal de pedestres à edificação.
RENDER
02
Fig. 68: Render 03 - CASS.
62
Vista lateral da edificação vista a partir do estacionamento.
RENDER
03
Fig. 69: Render 04 - CASS.
63
Fundo da edificação, acesso de veículos para carga e descarga.
RENDER
04
Fig. 70: Render 05 - CASS.
64
Área externa de plantio. Horta orgânica.
RENDER
05
06
Fig. 71: Render 06 - CASS.
65
Vista interna. Pavimento de plantio hidropĂ´nico.
Graduação, mostrou-se bastante promissor e totalmente viável no contexto atual da cidade de Salvador. É sempre um desafio tratar questões ligadas ao meio ambiente, sustentabilidade, ecologia, visando por fim a integração social educativa o qual traz em seu tema a discursão de uma problemática mundial: o abastecimento de gêneros alimentícios. É necessário cautela para estabelecer um padrão equilibrado entre estudo, teorias e a finalização projetual. A idealização de uma Fazenda Vertical inserida na malha urbana vai além de um simples prédio com plantações no seu interior, ele também tem o papel de explicar por si só a importância das energias limpas e renováveis, a necessidade do reuso da água, entre demais fatores os quais estão explícitos no equipamento. Com a inclusão de usos mais específicos e com a estrutura tecnológica atrelada a educação, o local torna-se um ponto de
referência, e traz benefícios a todos, consequentemente atraindo um público mais jovem e assim movimentando o espaço. O desenho planejado é para que o terreno seja tomado pela sua vizinhança e sirva como um espaço público, trazendo mais um ambiente de lazer na cidade. Por tanto o projeto se faz relevante para o desenvolvimento não só regional, e sim municipal, agregando valores, trazendo emprego e gerando conhecimento.
66
.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Todo processo de construção até a finalização do Trabalho Final de
Fig. 01: Verde, Globo, Reciclagem, Pessoas. Fonte: SOMOPAR. Disponível em: <http://www.somapar.com.br/sustentabilidade/> Acesso em: Abril de 2018; Fig. 02: Vida na Terra. Fonte: BLOGSPOT. Disponível em: <http://teologiavida.blogspot.com.br/2010/10/pensamentos-sobre-plantacao-de-igrejas.html> Acesso em Maio de 2018; Fig. 03: Biólogo Dickson Despommier Fonte: POPSCI. Disponível em: <https://www.popsci.com/environment/article/2007-07/skyscraper-farms> Acesso em: Setembro de 2017; Fig. 04: The Vertical FarmFonte: INHABITAT. Disponível <http://inhabitat.com/review-amp-interview-the-vertical-farm-by-dickdespommier/> Acesso em: Setembro de 2017;
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Fig. 13: Selos Casa Azul. Fonte: TEMSUSTENTAVEL. Disponível em: <http://www.temsustentavel.com.br/caixa-valida-projetos-sustentaveis/03-logomarcasniveis-ouro-prata-e-bronze-foto-guia-selo-casa-azul-caixa/> Acesso em: Outubro de 2017; Fig. 14: Selos IPTU Verde. Fonte: CIDADESSUSTENTAVEIS. Disponível em: <http://www.cidadessustentaveis.org.br/boas-praticas/programa-iptu-verde> Acesso em: Outubro de 2017; Fig. 15: Selos BREEAM. Fonte: ECO-INSTITUT. Disponível em: <http://www.ecoinstitut.de/en/portfolio/breeam/> Acesso em: Outubro de 2017;
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67
.
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Fig. 44 e 45: Garrafas Polli-Bricks / Fig. 46: Ciclo de Reutilização / Fig. 47: Sistema de Modulação. Fonte: ESPITOSANTOSUSTENTÁVEL. Disponível em: <https://espiritosantosustentavel.blogspot.com.br/2015/03/pavilhao-ecoark-feito-comgarrafas-pet.html> Acesso em: Setembro de 2017; Fig. 48: Foto Aérea, Av. Orlando Gomes. Fonte: <https://www.bing.com/maps> Acesso em: Abril de 2018;
BING.
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Fig. 58: Cone Visual 01. / Fig. 59: Cone Visual 02. / Fig. 60: Cone Visual 03. / Fig. 61: Cone Visual 04. / Fig. 62: Demarcação de Cones Visuais. Fonte: GOOGLEMAPS. Disponível em: <https://www.google.com.br/maps> Acesso em: Maio de 2018;
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Fig. 63: Representação de Projeto técnico. Fonte: BLOG.CLICDAOBRA. Disponível em: <http://blog.clicdaobra.com.br/voce-sabe-o-que-e-a-compatibilizacao-de-projeto/> Fig. 64: Masterplan - CASS. / Fig. 65: Diagrama de Setorização - CASS. / Fig. 66: Render 01 - CASS. / Fig. 67: Render 02 - CASS. / Fig. 68: Render 03 - CASS. / Fig. 69: Render 04 - CASS. / Fig. 70: Render 05 - CASS. / Fig. 71: Render 06 – CASS. Fonte: Acervo pessoal. Produzido pelo autor.
68
Fig. 34: Fazenda Vertical – AV. Paulista / Fig. 35: Modulações / Fig. 36: Ambientes / Fig. 37: Cortes F.V. Av. Paulista / Fig. 38: Plantas Baixas F.V. Av. Paulista. Fonte: PROJETAR.ORG. Disponível em: <https://projetar.org/vencedores/22/Fazenda+Vertical+da+Av.+Paulista-006> Acesso em: Setembro de 2017;
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RURALIZANDO A CIDADE TECNOLOGICAMENTE TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO Por: Arthur Jorge Vasconcelos Vilas Boas Arquiteto Orientador: Maurício Felzemburgh Vidal UNIFACS, SALVADOR/BA, 2018.1.