Notícias de Campolide nº90

BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE ANO XX #90 MARÇO 2020 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

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• CAPA •

Com todas as cores CAMPOLIDE VENCE PRÉMIO ARCO-ÍRIS

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+ 20º ANIVERSÁRIO A.R.P.C. + PASSEIO SÉNIOR + SEMEAR O FUTURO + ARTE NO TÚNEL PEDONAL

NESTA EDIÇÃO...

BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE ANO XX #90 MARÇO 2020 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

ARTIGO DE CAPA:

• SOCIEDADE •

Com todas as cores Campolide vence Prémio Arco-Íris FOTOGRAFIA de capa: jason leung - unsplash

ACÇÃO SOCIAL PASSEIO SÉNIOR - LEIRIA PÁG.10

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COLECTIVIDADES 20 ANOS DE A.R.P.C. PÁG.9

LEIA + em:

ACÇÃO SOCIAL SEMEAR O FUTURO E7G PÁG.12

OBRAS NA FREGUESIA TÚNEL PEDONAL PÁG.14

eXECUTIVO

+ NATAL SOLIDÁRIO_PÁG.7 + AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE_PÁG.8 + A LOJA ONDE VOU_PÁG.18 + GENTE NOSSA_PÁG.20

ANDRÉ NUNES DE ALMEIDA COUTO PRESIDENTE

ANA RAQUEL MOREIRA DA SILVA

BRUNO LOURO Tesoureiro

SECRETÁRIA

bruno.louro@jf-campolide.pt

raquel.silva@jf-campolide.pt Atendimento: 3.ª feira - Mediante marcação prévia

Atendimento: 4.ª feira - Mediante marcação prévia

Pelouros: Equipamentos, Habitação, Acção Social, Colectividades, Igualdade de Oportunidades.

Pelouros: Informática, Recursos Humanos, Serviços Administrativos, Comércio e Licenciamento, Financeiro e Contratação.

BRUNO corgas GONZALEZ

Maria Cândida Cavaleiro Madeira

bruno.gonzalez@jf-campolide.pt

candida.cavaleiro.madeira@ jf-campolide.pt

Vogal

Vogal

Atendimento: 6.ª feira - Mediante marcação prévia Pelouros: Educação e Desporto.

Assembleia de Freguesia: Presidente · MARTA VIEIRA DA CRUZ | PS

1º Secretário · Carlos José Reis Lopes Ramos | PS 2º Secretário · Miguel belo marques | PS

Atendimento: Mediante marcação prévia Pelouros: Saúde

Restantes Membros: Januário Gomes da Costa, Luís Filipe Correia Rosa, Cátia Sofia da Cruz Costa, Teresa de Jesus Cancela Dias Baptista, Maria Antónia Ramos Serra Fernando Manuel Rodrigues Santos Joana Vitorino Mendes, João Carlos Infante Gameiro Maria José Branco Ferreira do Nascimento Garcia Arnaldo Maria do Carmo Bica

André Couto · Direcção | Sofia Julião · Coordenação | Junta de Freguesia de Campolide · Redacção | Taiz Collovini · Paginação FABIANA übida · Fotografias | Junta de Freguesia de Campolide · Propriedade | 121904/98 · Depósito Legal | 9 000 exemplares · Tiragem

EDITORIAL

2020 começa com boas notícias Caros Vizinhos e Vizinhas,

ANDRÉ NUNES DE ALMEIDA COUTO PRESIDENTE

andre.couto@jf-campolide.pt https://www.facebook.com/andre.ndac Atendimento: 4.ª feira - Mediante marcação prévia

Pelouros: Comunicação, Espaço Público, Espaços Verdes, Defesa do Meio Ambiente, Higiene Urbana, Recenseamento Eleitoral, Cultura, Restauração, Grandes Opções do Plano, Protecção Cívil e Segurança, Transportes.

Começámos o ano a receber um prémio, uma distinção muito especial, recompensa pela postura de seriedade e defesa da cidadania que tem pautado as decisões que tomamos, as causas que abraçamos, a forma como exercemos a nossa actividade quotidiana de zelar pela qualidade de vida dos Vizinhos e Vizinhas de Campolide. O Prémio Arco-íris, atribuído à JFC pela ILGA Portugal, surge como reacção à campanha “Campolide é Igualdade!”, um conjunto de medidas de denúncia e condenação da discriminação, que espelha a nossa postura inclusiva e consciência permanente de que o espaço comum é isso mesmo, de todos e para todos.

Um bom exemplo dessa lógica agregadora é o nosso projecto “Semear o Futuro”, que já vai na sua quinta geração de frequentadores, jovens que, desta forma, terão melhores competências para lidar a par e passo com os desafios de uma sociedade desnivelada, que tende a usar os mais fracos não como alicerce, mas como degrau.

Nesta edição do nosso boletim vai encontrar outras boas novidades sobre a nossa Freguesia. O mural que o artista urbano SMILE criou para o túnel da Av. Calouste Gulbenkian, recentemente reabilitado, é um exemplo de modernidade e de como Lisboa tem sabido integrar a arte e a estética contemporânea fazendo de vários suportes a céu aberto, autênticos elementos de uma galeria global que se estende pela cidade. E as obras que começaram logo no início de Janeiro, na frenética Praça de Espanha, são um primeiro passo para que aquela zona enorme, habitualmente olhada de forma redutora como apenas uma entrada e saída do trânsito no coração da cidade, passe a ser encarada com a grandiosidade que merece e permita que os lisboetas dela desfrutem – desde logo pelo aumento das zonas verdes projectado para todo o espaço.

Uma última nota para as gerações mais velhas de Campolide. A forte adesão ao passeio a Leiria que iniciou este ano a já habitual prática de deslocações pelo país com os nossos seniores, e os festejos das duas décadas que a dinâmica Associação de Reformados e Pensionistas de Campolide completou este ano são a demonstração de como esta faixa etária vive a vida intensamente e sabe que esse é o segredo para o bem-estar do corpo e do espírito.

Um abraço!

O CELEIRO SOLIDÁRIO DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE FACULTOU:

JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE Rua de Campolide, 24 B – Tel: 21 388 46 07 e-mail: geral@jf-campolide.pt www.jf-campolide.pt Reunião aberta: Primeira 4.ª feira de cada mês

397.279

DOSES

265.827 873.004

até ao fim de DEZEMBRO de 2019 Kg de FRUTAS/VEGETAIS

(Até ao fim de Junho de 2018)

unidades de COMPLEMENTOS

2.003 Kg

1103 Kg

1073 Kg

(VIDRO)

(PLÁSTICO/EMBALAGENS)

(PAPEL/CARTÃO)

ECOPONTO VERDE ECOPONTO AMARELO ECOPONTO AZUL

• CAPA •

Com todas as cores «Campolide vence Prémio Arco-Íris»

A Junta de Freguesia de Campolide foi um dos vencedores dos Prémios Arco-Íris. Atribuído pela ILGA Portugal, este galardão premeia o combate à discriminação das pessoas LGBTI.

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FOTOGRAFIAs: FABIANA übida

prémio, recebido no passado dia 11 de Janeiro, é o reconhecimento de uma postura de cidadania, abrangente e diversificada, que reconhece como os direitos de todos e todas e a defesa da cidadania não se esgotam nos temas mais consensuais. A Junta de Freguesia de Campolide (JFC) foi distinguida na 17ª edição dos Prémios Arco-Íris, galardão atribuído anualmente pela Associação ILGA Portugal - Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero, pelas acções e projectos em torno da visibilidade e inclusão das pessoas LGBTI. Os Prémios Arco-Íris, criados em 2003, são atribuídos anualmente, “como forma de reconhecimento e incentivo a personalidades e a instituições que, com o seu trabalho, se distinguiram na luta contra a discriminação em função da orientação sexual, identidade/expressão de género e características sexuais, contribuindo para a afirmação dos direitos das pessoas LGBTI”, conforme nos enumerou a própria instituição que os atribui.

A entrega dos prémios decorreu no Cineteatro Capitólio, num espectáculo conduzido por Beatriz Gosta e Joana Barrios (com interpretação em Língua Gestual Portuguesa) animado pelas actuações de Catarina Munhá com Hélio Morais e do CoLeGaS - Coro Lésbico, Gay e Simpatizante da ILGA Portugal. A edição deste ano tinha ainda um significado adicional, já que se assinalam os 10 anos da permissão legal para os casamentos entre pessoas do mesmo sexo, aprovada na Assembleia da República a 8 de Janeiro de 2010. A receber o prémio, esteve presente André Couto, Presidente da JFC.

“É com enorme orgulho que recebemos este prémio, na sequência da nossa campanha Campolide é Igualdade. Sempre esteve entre as nossas prioridades o combate a todos os tipos de fobias e discriminação, e não apenas em relação às

“Levámos a cabo acções de formação, sobre como agir em caso de ser vítima, mas também como lidar com esse problema socialmente, quando as vítimas são os outros e assistimos a comportamentos menos correctos. Uma das acções mais visíveis foi a pintura de passadeiras de trânsito de forma colorida, alusiva à diversidade, o que, como muitos sabem acabou por ser vetado em instâncias oficiais e a medida teve de ser revertida. Ainda hoje, considero que algumas instituições agiram de forma preconceituosa e discriminatória”, lamenta André Couto.

Em comunicado, a ILGA Portugal reconhece como “a Junta de Campolide, cujo trabalho tem sido acompanhado pela ILGA ao longo dos anos, tem continuamente desenvolvido esforços no combate à discriminação e à luta pelo fim da homofobia, transfobia e bifobia”.

Saudando as iniciativas levadas a cabo e a postura que acompanha a sua actuação, a ILGA faz questão de acrescentar ainda que “numa altura em que o envolvimento da comunidade no combate à discriminação é cada vez mais importante para a erradicação da mesma na nossa sociedade, a Junta de Campolide tem conseguido passar a mensagem de que todos e todas devem viver em liberdade e em igualdade e devem ser felizes e viver fora do armário no seu quotidiano”.

Vários quadrantes da sociedade A lista de premiados envolve figuras e entidades de diferentes quadrantes da vida portuguesa. Ainda no domínio autárquico, partilharam o prémio com Campolide a Câmara Municipal de Almada e a Junta de Freguesia da Misericórdia, pelas acções que têm levado a cabo em prol do combate à discriminação e defesa das boas práticas so-

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Reconhecimento pelo trabalho feito

pessoas LGBTI – seja pelo género, raça, religião ou idade”, resume o autarca, enumerando algumas das actividades que se inscreveram nesta linha de actuação.

ciais. Enquanto isso, o jornalismo foi representado pelas jornalistas Aline Flor (Público) e Joana Martins (RTP), pelo “trabalho de excelência que desenvolveram no último ano tanto em peças jornalísticas de relevo e que alertam para o bullying nas escolas ou o movimento anti-LGBTI europeu, dando também voz às histórias e vivências das pessoas LGBTI em novos formatos multimédia, como no podcast Do Género ou no programa digital #SóQNão”.

As artes e o palco estiveram representados pelo humorista Diogo Faro, pelo projecto musical Fado Bicha (onde Lila Fadista e João Caçador transfiguram e transportam para novos imaginários uma das manifestações culturais portuguesas mais enraizadas, o fado) e pelo filme, “Variações”, de João Maia, sobre a vida de António Variações, aliás, o filme português mais visto no ano de 2019.

e acções de formação da equipa técnica e dirigente. Alex D'Alva Teixeira, vocalista do projeto D'Alva, também foi premiado pelo seu “coming out” (assumir publicamente as suas opções sexuais) e papel de referência no combate aos estereótipos e à discriminação que ainda resistem nos contextos mais jovens, mas também dentro da indústria da música e do entretenimento.

Foram ainda também atribuídos o Prémio ex aequo – a José Carlos Malato, “pela visibilidade e pelo forte apoio à promoção da inclusão e da protecção de jovens LGBTI nas escolas portuguesas”, e o Prémio AMPLOS – ao Sector de Humanização do IAC – Instituto de Apoio à Criança, “pelos projectos de apoio e sensibilização para a protecção de crianças e jovens LGBTI e informação das suas famílias e nc. redes de apoio”.

No Desporto, o Grupo Desportivo Estoril Praia, viu reconhecido o seu empenho, que envolveu atletas, apoiantes

UM GALARDÃO ÚNICO

ANDRÉ COUTO PRESIDENTE DA JFC

O troféu atribuído foi criado pelo artista plástico e poeta André Tecedeiro, Vizinho em Campolide, que não esconde a sua satisfação em participar na iniciativa: “Fiquei muito honrado com o convite que a ILGA me fez para criar os troféus Arco-Íris 2019. Estes prémios distinguem anualmente pessoas e instituições que contribuíram para a luta contra a discriminação de pessoas LGBTI. Esta luta também é a minha”, reconhece o artista.

De forma a deixar a sua assinatura bem vincada no resultado final, concebeu o galardão, uma peça colorida construída em madeira, de uma forma singular e com uma característica que torna a sua criação numa intervenção artística inovadora.

“Quis fazer troféus que, ao contrário do que é habitual, não fossem todos iguais entre si. Nem as pessoas nem as suas formas de viver ou intervir são iguais nem têm de ser. Cada um contribui com o que pode e cada contributo é importante.

Quis realçar o valor do contributo individual dos premiados deste ano e também de todos os que fazem crescer esta rede de apoio”, resume, traçando um paralelismo entre a sua criação e os objectivos da distinção anual que representa.

Além disso, “os troféus que criei são peças únicas, mas complementares.

Quando dispostas lado a lado, formam uma pintura que é uma rede com as cores do arco-íris, o símbolo da luta LGBTI", descodifica André Tecedeiro.

ÇÃO SOCIAL • C A •

Natal solidário

JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE Tal como tem acontecido nos anos anteriores, desde 2010, a época natalícia ficou marcada pela entrega de 500 cabazes com bens essenciais para a noite da consoada. Presentes que foram entregues a quem deles mais necessita, contribuindo para uma consoada mais aconchegante em todo lares de Campolide.

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FOTOGRAFIAs: FABIANA übida

final do ano ficou, mais uma vez, associado à entrega de Cabazes de Natal às famílias mais necessitadas da nossa Freguesia, assegurando que na casa de cada um possa ter existido uma ceia de Natal condigna, contribuindo para um pouco mais de calor humano nesses dias que são tão intensos para todos, como custosos para alguns.

sentou para muitas famílias em situação vulnerável uma manifestação de carinho e atenção. Para além das generosas doações, a atribuição destes cabazes só foi possível pela utilização das verbas que seriam destinadas à iluminação de Natal nas ruas de Freguesia, opção tomada há vários anos pelo Executivo, com o amplo apoio dos nossos Vizinhos e Vizinhas.

A Junta de Freguesia de Campolide (JFC) procedeu à entrega de cinco centenas de cabazes, que chegaram a cerca de 1100 pessoas. Incluindo alguns bens de primeira necessidade, entre alimentos ou produtos de limpeza, mas também alguns acrescentos próprios desta Quadra, assegurando que todos puderam celebrar o Natal, assinalando uma época de solidariedade reforçada e ainda maior união entre os que partilham o espaço onde vivem. Este ano houve também uma lembrança para os mais novos, que puderam escolher uma prenda, de entre jogos, livros, e outros brinquedos.

Cerca de 20 funcionários da Junta de Freguesia, de vários Departamentos, colaboraram durante dias nesta acção solidária, num forte espírito de união e sentido de comunidade.

A iniciativa, que contou com diversos apoios empresariais – Unilever, Novotel, Nobre, DanCake, Sovena – responsáveis pela doação de inúmeros produtos, repre-

Este ano, a JFC tomou ainda uma medida adicional, prosseguindo o seu desempenho em termos de sustentabilidade ambiental, no âmbito da sua classificação como Eco Freguesia XXI. O Departamento de Acção Social da JFC deu a possibilidade a todos os Vizinhos e Vizinhas que usufruíram do Cabaz de Natal de devolver os sacos fornecidos, em troca de mais alguns produtos.

Esta medida visa promover a economia circular, ao mesmo tempo que incentiva à reciclagem, combatendo o desperdício e permitindo a reutilização dos sacos noutras acções. nc.

• CAM

POLIDE •

AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

E

UMA VISÃO SUSTENTÁVEL EM CONSTRUÇÃO

m Campolide, a visão de sustentabilidade passa pelo planeamento transversal a longo prazo e promovendo o envolvimento activo da comunidade, para que as soluções possam ter significado e ser adoptadas por todos e todas.

Ao longo dos anos têm sido desenvolvidas várias iniciativas e projectos complementares entre si, que contribuem para esta visão, colocando Campolide no mapa da inovação da cidade. Cada um dos sete projectos existentes aborda uma temática em específico, mas fazem parte de uma estratégia circular de fundo e gradual. Todos eles procuram mobilizar o público disponibilizando informação, promovendo a cooperação, cidadania e acima de tudo a co-criação de soluções que possam ser experimentadas e medidas na prática.

Campolide inova assim em vários projectos circulares que vão desde o combate ao desperdício alimentar – Celeiro Solidário, Varandas Comestíveis e Centro de Compostagem, até à produção de alimentos na Agrofloresta comunitária da Bela Flor, hortas urbanas e hortas escolares (Alfazema). Iniciativas mais pontuais como o Pago em Lixo, por exemplo, de reforço do comércio local e promoção de reciclagem de resíduos, foram também aprendizagens de relevância que têm agora, em 2020, a oportunidade de redefinição em novos projectos de inovação social e sustentabilidade ambiental.

EDIÇÃO Nº89 OUTUBRO 2019

Campolide empenha-se assim em contribuir para o futuro da cidade enquanto músculo activo de construção e transição para sociedades mais justas, ecológicas e nc. sustentáveis, em linha com a visão da Lisboa Capital Verde 2020.

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FOTOGRAFIA: JOÃO BARATA

2000/2020

TIVIDADE OLEC S• C •

A.R.P.C. CAMPOLIDE COM VINTE ANOS SÃO UNS JOVENS

A Associação de Reformados e Pensionistas de Campolide festejou duas décadas de actividade com um almoço animado. Mas a animação está presente todos os dias.

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“Aqui, não se pode parar… que ele não deixa”, brinca Josélia Vicente, a vice-presidente desta associação. Quem entra diariamente na sede destes empenhados homens e mulheres, percebe que todos os dias há coisas a fazer – recolher quotas, preparar folhetos, pedir orçamentos, marcar restaurantes e camionetas, tratar de brindes ou outros pormenores – e, acima de tudo, assegurar que a sede é um local de convívio, aberto a toda a vizinhança.

E esta relação de proximidade revela-se das mais diferentes formas.

Por exemplo, expeditos, os dirigentes da ARPC foram fortalecendo relações com comércio local através de protocolos, com uma farmácia, um oculista ou um restaurante – naturalmente, A Valenciana – assegurando alguns descontos aos sócios. Ninguém dos que aqui trabalham recebe salário ou algum tipo de rendimento, é tudo feito

por empenho pessoal, mas todos recebem um cartão em casa no dia do aniversário, para demonstrar que estão sempre na memória uns dos outros.

Histórias, há muitas, ao longo de duas décadas de iniciativas. Januário destaca umas férias que organizaram em Castelo de Vide, “conhecida como a Sintra do Alentejo”, uns dias inesquecíveis para todos. Ou, há dois anos, quando organizaram uma excursão a Fátima. “Apareceu aí um grupo de sul-americanos, que estavam de férias em Portugal, e faziam questão de ir connosco. E lá fomos, todos juntos a Fátima”, recorda, acompanhado nas gargalhadas pelos seus companheiros de trabalho diário.

Os vinte anos passaram a correr, mas deixaram marcas em todos, laços que não se desfazem e embrulham este nc. aniversário muito especial.

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

restaurante A Valenciana já se habituou há muito tempo a ter este grupo divertido nas suas salas, várias vezes ao longo do ano, sempre com a mesma energia. Mas não é todos os dias que se festeja vinte anos, por isso, este almoço da Associação de Reformados e Pensionistas de Campolide (ARPC) teve um sabor especial.

A música vai contagiando os convivas, alguns arriscam mesmo uns pezinhos de dança, os risos e as histórias do ano que passou preenchem uma boa parte das conversas. “Começámos na Junta de Freguesia de Campolide, que estava então instalada na Rua Ferreira Chaves, no dia 19 de Janeiro de 2000”, recorda, com exactidão, Januário Gomes da Costa, presidente da ARPC, um dos mais activos nesta aventura.

FOTOGRAFIAs: FABIANA übida

ÇÃO SOCIAL • • AC

Passeio Sénior

UM DIA PELA DOCE E LUMINOSA LEIRIA O primeiro passeio do ano organizado pela Junta de Freguesia de Campolide (JFC) foi a Leiria, com passagem pelo Centro de Visitas da Atlantis onde, maravilhados, vimos nascer requintadas peças de cristal.

FOTOGRAFIAs: FABIANA übida

P EDIÇÃO Nº90 MARÇO 2020

ouco minutos decorridos no percurso de regresso a Lisboa, o motorista do autocarro fretado dirige-se discretamente a uma estação de serviço. Um cafezinho, talvez, uma água, e um CD que coloca a tocar bem alto. A grande maioria dos passageiros, com idades nunca abaixo dos 65 anos, repetem divertidíssimos as rimas marotas de Quim Barreiros e outros êxitos populares, gerando um autêntico arraial sobre rodas. A equipa da Junta de Freguesia de Campolide, gente mais jovem, não contém os risos perante o nível de entusiasmo.

Mas a aventura começou bem cedo, com a chamada para o autocarro. Os nomes vão sendo ditos em voz alta e os elementos do grupo que há vários minutos se destaca na Avenida Conselheiro Fernando de Sousa vão subindo e dando largas à sua alegria.

Prestes a começar, o primeiro passeio promovido este ano pela JFC para satisfação dos Vizinhos e Vizinhas se-

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niores. O destino é Leiria, mas antes, a paragem planeada leva o grupo a um local onde a arte e o trabalho são celebrados diariamente, dando largas a uma antiga tradição portuguesa.

Estamos agora no Centro de Visitas da fábrica do Casal da Areia (Alcobaça) da Atlantis, marca emblemática do mais famoso cristal, produto produzido em Portugal e afamado internacionalmente. Refira-se, como curiosidade, que o cristal é assim designado quando possui uma quantidade de chumbo superior a 24% (neste caso falamos de um mínimo de 30%). Até esses valores, pode apenas ser designado como “um bom vidro, mas nunca cristal”.

Mal entramos no museu, a primeira peça remete imediatamente para o universo português, através da exposição de uma magnífica caravela, peça criada por José Dias, datada de 1975. A clareza e brilho do material, a luminosidade que potencia, são ex-

pressões da abertura ao mundo que esse período transporta, quando a espuma das ondas do mar era o tapete por onde pisávamos – então – desconhecidos territórios.

A transparência do fogo Maria do Céu é uma frequentadora habitual das iniciativas da JFC e está a gostar muito daquilo que vamos vendo. Contudo, não parece estar disposta a partilhar tudo, com a mesma facilidade com que vai tecendo elogios ao espaço que nos rodeia: “nunca se diz a idade”, comenta, com um sorriso.

Ao seu lado, José Fernando Almeida Fonseca, tem 88 anos e é igualmente frequentador habitual destes passeios.

E tem bem presente aquele que foi o seu dia de eleição, nestas viagens: “há dois anos, uma ida a Tróia e Setúbal, com uma viagem de barco, onde tivemos oportunidade de ver os golfinhos e ainda saboreámos uma excelente sar-

dinhada a bordo”, recorda entusiasmado este Vizinho, residente, justamente, na rua de onde partiu o autocarro esta manhã.

Passámos agora a um outro espaço, manifestamente fabril. De dimensões amplas, é constituído por pequenos núcleos, povoados por grupos de trabalhadores que manuseiam uma espécie de lanças, em cuja extremidade vão nascendo peças, geradas pela transformação dos materiais, moldadas pela pressão e pelo fogo. O vermelho é a cor que se distingue logo, numa unidade entre calor e luz, elementos constantes no fabrico e da definição do cristal mais puro, mais refinado.

A empresa Crisal - Cristais de Alcobaça, Lda. nasceu em 1944, então vocacionada para o vidro – candeeiros, lustres ou copos que fizeram História.

Tinha 80 trabalhadores. Após várias etapas de crescimento (onde se destaca a introdução do chumbo, no início da década de 70), no final de 2000, a Atlantis e a Vista Alegre fundem-se no Grupo Vista Alegre Atlantis.

O passeio da estreia “O trabalho que dá fazer um copo…”, exclama Ida Eugénia Albino. Se a maioria dos frequentadores destes passeios são já conhecidos entre si e veteranos de Campolide, Ida é uma excepção. Moradora na Rua de Campolide há apenas seis meses, estreia-se nestas andanças. Alguma timidez inicial rapidamente dá lugar a uma mulher conversadora, divertida, orgulhosa de uma vida preenchida.

“Nasci em Luz de Tavira, fui para França onde vivi muitos anos. Quando já tínhamos a vivenda feita em Portugal insisti muito e voltámos para cá, para Olhão”, vai explicando.

Não é só a memória que exercita com frequência, conta-nos divertida que vai “à Ginástica quatro vezes por semana”, além das diversas disciplinas da Universidade Sénior de Campolide

onde exercita os seus dotes e aproveita para fazer novas amizades. Do alto dos seus 88 anos vai enumerando um quotidiano que pretende preenchido e deixa entender uma fome de prosseguir, encontrando novos desafios e ocupações.

Falecido no papel, sempre presente nos seus relatos, o companheiro de tantos e tantos anos. “O meu descansado marido era de Sousa, íamos todos os anos à matança do porco”, relata com saudade.

Depois de um farto e suculento almoço, foi tempo de fazer a digestão passeando por Leiria, cada um a seu bel prazer, quase todos em pequenos grupos que se iam cruzando pelas ruas à volta. A monumentalidade da Sé Catedral de Leiria, erguida no séc XVI; o Jardim Luís de Camões; a Fonte Luminosa com a sua emblemática estátua de Mestre Lagoa Henriques ou as não menos famosas letras em pedra que formam a palavra LEIRIA (com a vista do Castelo em pano de fundo) foram alguns dos pontos que recolheram mais elogios, nesta descoberta da zona central da cidade do Lis. E das tais Brisas, que muitos foram rapidamente provar nas pastelarias mais próximas… nc.

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Passeando acima das cabeças dos operários, assistimos fascinados ao labor com que aquelas peças, de uma fragilidade evidente, acompanhada pela imponência da sua nobreza, vão tomando forma e dimensão, como se fossemos também nós, os espectado-

res, os semideuses que as moldam e fazem surgir como que por magia. Ao regressarmos ao autocarro, todos são surpreendidos com uma lembrança da Vista Alegre, “um miminho”, como carinhosamente explicam as funcionárias da Acção Social, tal como o farão a meio da tarde, quando for a vez de provar as brisas do Lis, um robusto doce à base de ovos.

ÇÃO SOCIAL • • AC

Semear o Futuro E7G CULTIVAR AFECTOS, REGAR COM RIGOR Chama-se Semear o Futuro E7G, um programa de intervenção que ajuda os jovens de Campolide a enraizarem valores e conhecimentos para uma vida melhor.

FOTOGRAFIAs: FABIANA übida

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EDIÇÃO Nº90 MARÇO 2020

rapaz da ponta insiste na proposta: ganharem a possibilidade de fazerem mais jogos de matraquilhos quando têm boas notas. A sugestão parece reunir algum consenso. Aborda-se o comportamento geral, que nem sempre tem sido o melhor, reconhecem quase todos, por entre risos cúmplices e a timidez que a dúzia de anos, em média, acolhe. Quando o crioulo impera torna-se mais difícil entender cada intervenção, surge o alerta. Na maioria do tempo, os rapazes permanecem relutantes em tirar o boné, símbolo triunfal a que dão um estatuto de poderoso feitiço protector.

Estamos a assistir a uma Assembleia de Jovens, encontro bimestral informal, uma das iniciativas regulares que constituem as actividades levadas a cabo no projecto Semear o Futuro E7G, gerido pela Associação Viver Campolide, onde a Junta de Freguesia de Campolide (JFC) tem a responsabilidade do planeamento, organização e dinamização das actividades mensais. Tudo isto é feito ao abrigo do financiamento do Programa

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Catarina Ramalho Escolhas, entidade institucional que actua na prevenção da criminalidade, inclusão social e boas práticas de cidadania, em territórios vulneráveis. Esta é a quinta geração deste projecto em Campolide, desta vez planeado para durar dois anos, do início de 2019 ao final de 2020.

“Actuamos, acima de tudo, em três grandes áreas. Antes de mais, a escolaridade, visto que nestas populações permanece um grande absentismo e insucesso escolar. Pretendemos mudar isso. Aqui, eles fazem os trabalhos de casa (TPC), preparam os seus testes, participam em jogos de perguntas (os chamados quiz) sobre as várias disciplinas, desenvolvem actividades de estudo recorrendo a metodologias criativas”, explica-nos Catarina Ramalho, psicóloga Clínica e coordenadora do Semear o Futuro E7G.

Uma outra família São 50, com idades entre os 12 e os 16 anos, os jovens que frequentam este espaço. Fazem-no de forma mais ou menos regular, sem qualquer obri-

gatoriedade, mas com a certeza da cumplicidade e acompanhamento que já reconhecem em toda a equipa, constituída por cinco profissionais, todas elas mulheres – três psicólogas, uma assistente social e uma especialista em Educação. “Nos tempos mais recentes, juntou-se nós um professor de dança, que tem vindo às quartas-feiras. Eles têm gostado bastante…”, partilha, animada, uma Catarina que já vai arrumando as coisas para criar espaço. Daqui a pouco haverá mais gente e mais movimento.

Em segundo lugar, é necessário combater as fracas competências cívicas, “muitos deles vêm de famílias afectadas por uma forte exclusão, sentem-se mais ou menos excluídos em diversos quadrantes da nossa sociedade. Por isso, criámos o Entre Linhas, momentos de debate, onde tratamos temas como os objectivos do desenvolvimento sustentável, a violência, a igualdade de género, queixas deles, sugestões, dúvidas que surgem… e daí nascem até outras coisas, como acções de sensibilização junto dos pais”, conta-nos a referida responsável.

A par da mesa de matraquilhos, um dos altares de culto mais disputados neste espaço localizado no Bairro da Serafina, a maquinaria está na primeira linha das preferências destes jovens que, entre telemóveis, tablets, computadores ou televisores (cada vez menos), se habituaram a viver permanentemente frente a um ecrã. As competências TIC (sigla que designa Tecnologias de Informação e Comunicação) são a terceira linha primordial de actuação.

O fascínio pela tecnologia Iguais a tantos outros da mesma idade, é nos “aparelhómetros” informáticos, que não param de evoluir, onde encontram desafios aliciantes, mas também a igualdade, a noção de pertença ao grupo dos mais dotados, a certeza de se reconhecerem na fotografia colectiva do seu tempo. Perante uma Play Station ou um desafio virtual de futebol desaparecem os complexos e a timidez, a coragem que não existe numa resposta verbal ganha redobrada força e cada um daqueles bonequinhos que corre num relvado de pixéis torna-se invencível. É notória a facilidade com que pesquisam no Youtube as músicas que sabem querer dançar, a destreza dos dedos pequeninos habituados a marcar golos virtuais em campeonatos maiores que o Mundial ou inserir emojis que a cada geração aumentam a estranheza de gerações mais velhas.

“E fazemos um boletim bimestral, que enviamos a todos os nossos parceiros do projecto, no fundo, integramos

um consórcio constituído por 11 instituições – Câmara Municipal de Lisboa, Instituto Português da Juventude, Gebalis (Gestão do Arrendamento da Habitação Municipal de Lisboa), Agrupamento de Escolas Marquesa de Alorna, Externato Educação Popular, Judo Clube de Portugal, Liberdade Atlético Clube, Santana Atlético Clube e ADM Estrela”, enumera Catarina, alinhando um conjunto considerável de entidades, umas de âmbito lisboeta, outras, peças fundamentais da História recente de Campolide.

Entre as actividades mais recentes, ficamos a saber da acção de prevenção ao bullying, desenvolvida com a colaboração de elementos da PSP; a visita à Vila Natal (que encantou a todos e trouxe à flor da pele a meninice que se esconde, mesmo nos mais travessos); o passeio por Óbidos e as suas imponentes muralhas, ou as vendas de Verão que fizeram no arraial, com objectos criados por eles mesmos.

Lá fora, a chuva continua a ditar o clima destes dias, recordando que o Inverno pode ser curto, mas marca sempre. No interior desta delegação da JFC, prossegue a discussão acalorada da Assembleia de Jovens, sobrepondo vozes, admitindo algumas asneiras que foram feitas, bufando de impaciência pela eternidade que qualquer imposição se revela, deixando escapar sorrisos que contrariam qualquer carapaça de “cara de mau” adoptada como defesa. Muitos nasceram noutro continente; nem todos o poderão fazer ao colo do pai, mas também aqui, como cantava Carlos do Carmo, “são os putos deste povo, a aprenderem a ser nc. homens”.

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AS BR

NA FREGUE

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túnel pedonal RECEBE OBRA DE ARTE

A requalificação do túnel pedonal de acesso à estação de Campolide e a sua transformação numa obra de arte urbana são duas boas notícias numa só. Conheça um pouco mais sobre Smile, o jovem artista que assina o trabalho final.

FOTOGRAFIAs: FABIANA übida

G

rande parte dos que utilizam a Estação de Campolide conhecem bem o túnel subterrâneo que cruza a Av. Calouste Gulbenkian, essencial para atravessar essa artéria sem risco de atropelo pelo intenso tráfego que ali se regista. Pois o túnel ganhou um novo visual, fruto de uma intervenção aprofundada que já se revelava necessária.

A avançada degradação do local reclamava uma atenção articulada, tendo em conta de forma primordial a melhoria das condições de salubridade das estruturas e do espaço envolvente, assim como a sempre prioritária segurança dos utentes.

O primeiro passo foi proceder à reabilitação das escadas de acesso, bem como do corrimão lateral de ambos os lados.

Depois, houve igualmente necessidade de actuar no que respeita à reabilitação do interior da passagem. Se o pavimento se revelava absolutamente condenável, as paredes e o tecto, ao longo de toda a extensão do túnel, também necessitaram de uma abordagem. Relativamente aos aspectos da segurança, procedeu-se a um reforço da iluminação existente, sumariamente considerada como manifestamente insuficiente para garantir a tranquilidade de quem tem de fazer aquele percurso. Os procedimentos que visam assegurar as condições de segurança incluíram ainda a colocação de superfícies espelhadas em ambos os acessos ao túnel.

EDIÇÃO Nº90 MARÇO 2020

No mapa da Arte Urbana Terminadas as obras de reabilitação, optou-se por fazer deste ponto de passagem uma referência artística em Campolide, convidando um jovem artista – ainda para mais, com uma ligação umbilical à Freguesia, como já se vai ver – para criar uma obra de raiz que irá tornar as paredes deste túnel numa autêntica manifestação de criatividade e vitalidade. Esta artéria de passagem torna-se, assim, em mais um dos pontos que fazem de Lisboa uma das cidades mais dinâmicas e interessantes no panorama da arte urbana.

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Ivo Santos, o nome por trás da assinatura inglesa Smile (que surgiu depois de ter visto um autocolante de um boneco em graffiti, numa edição da revista Super Pop), nasceu em Campolide, onde viveu até perto dos seus cinco anos.

“Com a construção do Eixo Norte-Sul as casas tiveram de ser deitadas abaixo na zona onde morava com os meus pais”, recorda o artista. Além do orgulho que tem em poder ver agora o seu trabalho aplicado na zona que o viu nascer, toda esta relação local vai sair ainda mais reforçada, uma vez que os rapazes e raparigas frequentadores da Academia Moov Liberdade participaram activamente na pintura deste espaço, contribuindo com a sua visão e esforço pessoal para o resultado final.

Opções e percurso O Aqueduto das Águas Livres – monumento emblemático de Campolide – e outras referências a vários pontos que permanecem no imaginário deste conjunto de artistas, são algumas das evocações figurativas que é possível discernir. “Como o túnel é um bocado escuro, uma das minhas preocupações foi a utilização de cores quentes, fortes, para contrariar essa circunstância”, explica-nos.

Ganhou o gosto pelo desenho muito cedo, a mãe ajudava-o nos Trabalhos Manuais e desde logo o incentivou a dar largas ao jeito que revelava. Estudou Artes no Ensino Secundário, contudo, a partir daí foi a persistência do autodidacta a fazer o resto. Em 2002 venceu o Concurso de Graffiti de Odivelas e, dois anos depois, o Concurso de

Graffiti de Oeiras, à data o mais importante palco para novos valores neste tipo de abordagem artística, embrionária entre nós, ainda muito longe da visibilidade que viria a consolidar, um pouco por toda a Lisboa.

“Enquanto artista, trabalhar em Lisboa é um privilégio, esta cidade foi um grande impulso para quem trabalha em Arte Urbana. E é importante que as pessoas entendam cada trabalho com a sua importância própria e não apenas como uma forma de lavar a cara a uma zona que esteja mais degradada. A Arte Urbana é a arte do séc. XXI”, considera Smile.

Um artista internacional Em 2009 alcança um novo patamar, ao vencer um concurso em Barcelona. “É fantástico como, através da minha arte, tenho tido a hipótese de viajar, conhecer locais e pessoas incríveis, trabalhar com eles, sensibilizando para diversos problemas, como a questão do Ambiente. Porque Não Há Planeta B”, recorda-nos, recorrendo a um slogan que faz parte das suas apresentações públicas.

E o seu trabalho já o levou a Espanha, França, Inglaterra, Alemanha, Suíça ou Brasil. Entre a lista de clientes

A Arte Urbana é a arte do séc. XXI Smile

que já lhe encomendaram trabalhos, encontramos marcas bem conhecidas, como a Nissan, McDonald’s, Billabong ou Red Bull.

Defende a universalidade do graffiti e reflecte como essa manifestação surge na sequência de um comportamento generalizado, afinal, “todos nós, em alguma altura, já escrevemos o nosso nome, numa árvore, numa carteira da escola, numa porta da casa-de-banho…”.

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Recordando a Campolide que deixou há muito, salienta as diferenças mais evidentes ao seu olhar, como “os edifícios novos, as ciclovias, os hostels”, símbolos de um tempo actual. Pára, olha ao fundo. Adivinhamos que na sua mente passam imagens de casas, pessoas e outras coisas que já lá não estão. Parece adivinhar-nos e, concordando com a pergunta que não chega a ser feita, confessa: “o mais granc. tificante é regressar às raízes”.

• OBRAS •

PRAÇA DE ESPANHA

Com o início de 2020, arrancaram também as obras na Praça de Espanha. Nada será como antes e a cidade vai ganhar um espaço verde considerável.

L

isboa vai ganhar um jardim, mesmo no centro da cidade. Foi logo ao início da manhã de 13 de Janeiro que começaram as obras destinadas a tornar a Praça de Espanha irreconhecível.

EDIÇÃO Nº90 MARÇO 2020

Este empreendimento, que abrange uma área de intervenção de 123 000 m2, cobre um território extenso, limitado a Norte, pela Linha de Cintura, Avenida dos Combatentes, Rua Professor Lima Bastos e Avenida Columbano Bordalo Pinheiro. Olhando a Sul, a zona a ser intervencionada vai até à Avenida Calouste Gulbenkian, Avenida António Augusto de Aguiar; enquanto a nascente, a Avenida Santos Dumont e a Avenida de Berna identificam a fronteira, juntamente com o interior do quarteirão delimitado pela Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, Rua Basílio Teles e Avenida José Malhoa, na coordenada poente.

Com a reabilitação desta área pretende-se obter uma melhor integração do futuro parque urbano na malha urbana envolvente, reestruturar a rede viária e tornar permeáveis áreas que hoje estão afectas a um sistema viário sobredimensionado. Esta área de intervenção integra um conjunto de estudos urbanos desenvolvidos para esta zona da cidade.

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Assegurar zonas de sombra que proporcionem conforto,

criar novos corredores dedicados ao Transporte Público e à rede de ciclovias, assim como melhorar a circulação pedonal com a qualificação dos espaços de circulação e estadia, são alguns dos benefícios que esta transformação pretende alcançar. Este é mais um passo na gradual aproximação entre o coração da cidade e Monsanto, o que trará evidentes melhorias ambientais para a cidade.

Todas as grandes obras implicam alguns contratempos.

O trânsito vindo da Av. Calouste Gulbenkian rumo à Av. dos Combatentes foi interrompido, quem necessite de virar à esquerda, deve continuar ao longo da Avenida de Berna, até à Avenida da Beneficência, virando à direita na Av. Santos Dumont e chegando assim à Av. Dos Combatentes.

Ao longo dos próximos dez meses os cortes e restrições de trânsito irão sendo aplicados de acordo com as necessidades de evolução da obra.

Recorde-se que, entre as diversas propostas apresentadas para a transformação desta zona da cidade, a vencedora, divulgada no final de janeiro de 2019, foi o projecto do atelier NPK, idealizando um parque verde com um lago ao centro. Será também construída uma ponte destinada a ligar os jardins da Fundação Calouste Gulbenkian e o cennc. tro da praça.

• A RUA ONDE MORO •

RUA FERREIRA CHAVES O pintor das flores e dos retratos românticos

J

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

osé Ferreira Chaves nasceu a 31 de Agosto de 1838, na freguesia de Santa Maria Maior. De origens humildes, estudou na Academia Real de Belas-Artes de Lisboa, onde fez um percurso brilhante.

Mas, apesar do curso de pintura, não seguiu profissionalmente a carreira artística, ingressando antes na burocracia e desempenhando funções administrativas na Câmara Municipal de Lisboa, onde chegou a ser nomeado Director Geral dos Serviços da Fazenda em 1890.

Apesar de exercer as funções de funcionário administrativo, não largou nunca o pincel e a paleta, e conseguiu harmonizar a sua vida oficial com as suas tendências artísticas, onde alcançou altas e honrosas menções. Considerado um pintor de transição entre o romantismo e o naturalismo, iniciou a sua carreira como pintor de flores e naturezas-mortas, mas foi como retratista que se destacou.

Reconhecido pela sua fidelidade ao retratado, adquiriu prestígio e sucesso, ocupando o lugar de professor de Pintura Histórica na Academia de Belas-Artes em 1883, e o de Vice-Presidente desta Instituição em 1894.

Presente em exposições internacionais, como a Universal de Paris em 1867, Madrid em 1871, e nos Salons de Paris, foi reconhecido com a medalha de prata na Exposição da Sociedade Promotora de Belas-Artes e de ouro na Exposição do Porto em 1877.

A 22 de Fevereiro de 1873, casou em Lisboa com D. Maria da Glória Bregaro de Bulhões, mais velha 12 anos, e de quem não teve filhos.

Dos seus quadros mais notáveis, mencionam-se os retratos de José Xavier Mouzinho da Silveira e de José Estêvão Coelho de Magalhães, que se encontram na Câmara Municipal de Lisboa, e os retratos de D. Duarte de Alarcão e esposa, que figuram no Salon de Paris.

Era Cavaleiro da Ordem Militar de Santiago da Espada.

Faleceu aos 61 anos de idade, vítima de angina de peito, a 9 de Dezembro de 1899. Descrito como possuidor de inteligência culta, carácter bondoso, espírito recto, Ferreira Chaves reunia as qualidades que o tornaram uma individualidade simpática e afável, tanto no meio social como no meio artístico.

Encontra-se sepultado em jazigo de família, no Cemitério dos Prazeres em Lisboa, junto da sua esposa, que faleceria em 19 de agosto de 1903.

nc.

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•

OJA ONDE VOU L • A

Farmácia Central de Campolide COMO VAI ESSA SAÚDE? Uma loja quase centenária, mas também um ponto de encontro. Porque todos precisam de medicamentos e a Farmácia Central de Campolide é uma referência na Freguesia.

FOTOGRAFIAs: FABIANA übida

António Lopes Vieira

“E

sta farmácia representa uma tarefa, um sonho…”, acabará por confessar António Lopes Vieira, 91 anos de idade, estudo e reflexões várias sobre o mundo que o rodeia, filho do fundador da Farmácia Central de Campolide, uma casa comercial quase centenária, certamente das mais antigas da Freguesia. “Abriu por volta de 1925”, conta-nos o nosso anfitrião.

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Se ao entrarmos parece uma farmácia idêntica a tantas outras, quando avançamos para o fundo, as prateleiras por detrás do balcão da esquerda ostentam frascos, balanças, utensílios e condimentos que denunciam uma outra dimensão, uma antiguidade em que estes saberes eram herméticos e apenas ao alcance de uns poucos. As primeiras soluções obtidas de forma quase alquímica, as ampolas de arsénio que inauguram os produtos feitos em série e a indústria com que hoje convivemos de forma natural são três tempos distintos.

“Esta casa começa com o meu pai. Ele nasceu em 1891 e com 14 anos foi trabalhar para uma farmácia, na Nazaré. Não havia horários… chegava a fazer-se 20 horas por dia, era preciso limpar os cavalos… mais tarde, foi para a tropa, esteve na Cruz Vermelha e, em 1910, prestes a ser considerado farmacêutico, aconselharam-no a estudar Matemática e Francês. Foi para França, quando regressou procurou um amigo que lhe vendeu esta farmácia”, assim recorda a figura elegante que tanto nos desfila memórias deste espaço, como as visitas do pai do Presidente Jorge Sampaio (que residia

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na Rua Padre António Vieira), como as suas próprias recordações, quando “a família morava na Rua Conde das Antas”.

“Sou farmacêutico, mas nunca exerci”, explica-nos um homem que conjuga o seu gosto pelas chamadas ciências exactas – é Doutorado em Físico-Química, na Inglaterra – e ligações mais Humanísticas: “quando o farmacêutico era um Deus, desempenhava de acordo com a sua ética”, considera António Lopes Vieira, que faz questão nos revelar o seu filósofo de eleição, Benedito de Espinosa, cuja obra emblemática se chama justamente… Ética.

Uma sala de convívio “Então a vizinha lá foi para França...”, escuta-se por entre as conversas cruzadas. Mais à frente, a curiosidade natural e regular, sobre “como vai o netinho do senhor”, isto tudo emoldurado por algumas queixas; os ossos e as dores são tema sempre presente – ou não estivéssemos numa farmácia, um dos pontos em que se cruzam Vizinhos e Vizinhas. Todos precisamos de medicamentos e esta torna-se assim uma sala de convívio natural entre os residentes da Freguesia.

“Há um espírito comunitário muito grande, conhecemos todos os clientes, o que um deles usou ou usa regularmente, aquilo de que necessita mais vezes...”, resume António José Oliveira, funcionário desta casa há 24 anos. O seu tio tinha um restaurante mesmo ao lado e foi quem o apresentou ao dono. Esteve para ser ar-

Ana Catarina Ramos

Farmácia Central De Campolide António José Oliveira

quitecto, mas as médias não foram satisfatórias. “Para não estar parado entrei nisto, fui evoluindo, gostando, aprofundando a aprendizagem, fiz o curso... e cá estou”, conta-nos, divertido.

O farmacêutico “evita muitas vezes que um utente vá ocupar o lugar das urgências num hospital, com os seus conselhos práticos, para coisas pequenas e mais imediatas”, explica-nos. Para garantir a eficácia são importantes as formações regulares, que abrangem equipamentos e novos medicamentos introduzidos no mercado.

Será Portugal um país consciente no uso do medicamento? “Somos um pouco abusadores... há alguns casos de sobredosagens... suplementos, por exemplo, quando tomados em excesso e, muitas vezes, por decisão própria, podem ser prejudiciais”, alerta o especialista.

Continuidade ao balcão?

Também ela sabe bem como a loja é muito mais do que isso, “é um ponto de encontro, onde se contam histórias ou os clientes entram apenas para dizer bom dia quando reconhecem alguém no interior”.

Também ela prossegue os estudos regulares, com a noção de que “a Saúde é um campo que está em constante e permanente mudança”.

Ambos os farmacêuticos seguem com atenção o tema do surto que começou na China, mas sem excessivos alarmismos. “temos de ter calma e não há motivos para as pessoas entrarem em pânico... no início, vendemos as máscaras que tínhamos – também não eram muitas, é certo... – principalmente a pessoas que iam viajar para o estrangeiro”.

“Temos bebés que foram aqui pesados e acompanhados na sua primeira infância e hoje entram aqui sozinhos, já são adolescentes...”, recorda Ana Cristina.

Rapidamente as solicitações surgem, a farmácia está quase sempre cheia e é preciso confirmar se já vieram os comprimidos que uma senhora pediu, escrever de forma perceptível uma posologia para outra cliente, aconselhar umas pastilhas que são suficientes para o mal-estar na garganta ou entregar “aquela” encomenda mais difícil de encontrar. Além do saber técnico, António e Ana acumulam outras competências – a simpatia, a disponibilidade (por exemplo, para pedir noutra farmácia próxima um produto quando não há por aqui) e “um bocadinho de psicologia”, como acrescenta Ana Cristina, por entre risos cúmplices. nc.

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

António tem dois filhos, não lhe parece que algum deles dê continuidade ao ramo. O mesmo se passa com a descendência de Ana Catarina Ramos, o terceiro vértice do equilíbrio deste estabelecimento, profissional que partilha este balcão desde 2001. “Tenho três filhos, um rapaz com 12 anos, duas gémeas com oito anos... elas acham graça quando cá vêm, mas não me parece...”, explica-nos.

Rua General Taborda, nº 17 2ª a 6ª Feira – 9h00 às 19h 15 | Sábado – 9h00 às 13h00 Telefone: 213 880 304

NTE NOSSA • • GE

GRACINDA MARTINS A IRMÃ DE CAMPOLIDE

I

ntegrada nas Doroteias, congregação há muitos anos presente em Campolide, a Irmã Gracinda é o exemplo de uma vida consagrada ao ensino, às crianças, à partilha com os outros.

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O nome da terra onde Gracinda Henriques Martins nasceu não podia ser mais oposto ao conhecimento humano que a vida lhe trouxe. Tinha 14, 15 anos, quando saiu do Estreito, localidade de Castelo Branco, com o intuito de ser freira, vocação que abraçou, e através do ensino fazer de gerações sucessivas de crianças seres humanos mais completos.

Hoje, com 76 anos, a Irmã Gracinda continua a ensinar Religião e Moral no Externato do Parque, aqui, em Campolide, onde regressou há três anos, depois dos muitos locais por onde passou. “Comecei com o noviciado, no Linhó, fiz os Votos em 1968, estive em Angola entre 1972 e 1978, vim para Lisboa, estive no Alentejo,

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FOTOGRAFIAs: FABIANA übida

Covilhã, Fátima, Abrantes, Póvoa de Varzim, Figueira da Foz, Vila Nova de Gaia, Porto, Pinhel…”, vai enumerando, com mesma energia contagiante com que sobe os dois andares do colégio para nos mostrar a sua sala de aulas.

A primeira estadia em Campolide deu-se no final dos anos 70, tomando-se de amores pelos seus “rentinhos ao chão”, como designa carinhosamente os rapazes e raparigas, muitos deles ainda antes do 1º ano escolar, com quem foi partilhando os seus dias e o seu amor. “Já vos conheço há cinquenta anos”, costuma dizer-lhes. Não será por caso que ainda hoje muitos a vêm visitar, já com filhos pela mão, apresentando com orgulho a família àquela que foi a sua professora querida.

“As Doroteias estão há muitos anos em Campolide, neste antigo palácio, com a escola fundada por Santa Paula.

Seguimos os seus ensinamentos e mantemos a mesma linha – ensinar com

firmeza e com suavidade, pela via do coração e do amor”, descreve-nos.

Activa nas redes sociais, tem acompanhado “com muito gosto, aquilo que se tem feito na Freguesia pelos mais desfavorecidos. Aliás, eu fui professora do Presidente da JFC, o André Couto, nesta escola”, recorda-nos, por entre risos. Conhecedora da realidade da Igreja, encontra para a diminuição de vocações várias leituras, incluindo “a possibilidade que hoje há em ajudar de outras formas, como tantos jovens que optam por fazer voluntariado pelo mundo fora”.

Assim que chegamos ao pátio é imediato. Os seus amiguinhos de palmo e meio vão-se aproximando e reclamando um abraço, uma festa, uma confissão-relâmpago “porque o colega do lado empurrou”, para logo partirem novamente na correria de quem vive permanentemente com “pilhas novas” e ainda nem sonha que um dia nc. possa ter menos de mil horas.

CONTACTOS ÚTEIS JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE Balneário Público da Serafina Pavilhão Polidesportivo de Campolide Casa dos Animais (Canil/Gatil)

213 884 607 211 979 931 913 882 896 218 172 300

JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

SAÚDE Centro de Saúde de Sete Rios Hospital de Santa Maria

217 211 800 217 805 000

POLÍCIA - BOMBEIROS 21ª Esquadra da PSP (Palácio da Justiça)

213 858 817

3ª Divisão da PSP de Benfica

217 142 526

37ª Esquadra da PSP (Bairro da Serafina)

213 858 346

Polícia Municipal de Lisboa

217 225 200

Bombeiros Sapadores de Lisboa

808 215 215

Comissão Protecção de Crianças e Jovens

217 102 600

HIGIENE - LIMPEZAS HIGIENE URBANA Recolha de ‘Monos’ (CML)

808 203 232

HIGIENE URBANA Entrega Contentores (CML)

808 203 232

Posto de Limpeza de Campolide Posto de Limpeza da Serafina

211 328 237 211 328 929

TESOURARIA

LICENCIAMENTOS

R. de Campolide, 24 B - 1070-036 - Lisboa • Tel: 213 884 607 Email: geral@jf-campolide.pt • Site: www.jf-campolide.pt

REDES SOCIAIS DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

DIVERSOS CP CARRIS METRO TAP FERTAGUS VIMECA

707 210 220 213 500 115 213 500 115 707 205 700 707 127 127 214 357 472

EPAL - Faltas de Água

800 222 425

EPAL - Comunicação de Roturas na Via Pública

800 201 600

Fiquei sem eletricidade. O que devo fazer?

Primeiro, tente identificar a origem da falha. Verifique se existe luz na rua, se os vizinhos têm luz, se tem os pagamentos em dia ou se algum equipamento fez "disparar" o disjuntor/quadro. Caso não encontre o problema, ligue: 808 100 100 (EDP Distribuição)

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BREVES MARÇO 2020 ESPAÇO PÚBLICO Parque de estacionamento operacional

desta medida prende-se com o desgaste da pintura, que impossibilita os condutores de reconhecerem aquele troço como privilegiado para atravessar, aumentando número de acidentes que daí resultam. A empreitada, que teve uma duração aproximada de 3 semanas, envolveu a pintura de 1.500m2, abrangendo 116 passadeiras.

ESPAÇOS VERDES Deservagem e limpeza

AMBIENTE

O parque de estacionamento da Rua General Taborda já se encontra operacional. O software foi alvo de uma intervenção e as cancelas foram reparadas. No sentido de mantermos este importante equipamento a funcionar de forma eficaz, pede-se a todos os utilizadores que não forem utentes do parque, e que tenham os seus veículos aí estacionados, o favor de contactarem o número 913 882 896, a qualquer hora.

ESPAÇO PÚBLICO

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Repintura de passadeiras

A Junta de Freguesia de Campolide iniciou uma intervenção alargada de repintura de passadeiras para peões, em vários locais do seu território, iniciativa para melhorar as condições de segurança de circulação pedonal. A importância

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Agrofloresta precisa de voluntários Há uma Agrofloresta a crescer no Bairro da Bela Flor em Campolide. Venha fazer parte!

Um espaço de gestão comunitária que se pretende de todos e para todos.

Aqui, os princípios da agricultura sintrópica são aplicados, partilhados e vivenciados numa comunidade de aprendizagem recíproca, onde acima de tudo se valoriza o tempo, a água, o solo e as pessoas. Às 5ªas feiras, a Agrofloresta está preparada para receber todos aqueles que queiram mergulhar num novo modo de fazer cidade.

Entre as 10h00 e as 17h00 os voluntários juntam-se na Bela Flor para plantar, mondar, regar, colher hortícolas e fruta, por exemplo. Acima de tudo conviver e aprender num espaço que é seu.

Esperamos por si todas as 5ªs feiras na Rua da Pedreira do Fernandinho no Bairro da Bela Flor, Campolide, Lisboa.

Informações: belaflorrespira@gmail.com

O crescimento espontâneo de vegetação infestante em espaços verdes, em arruamentos ou outros locais acontece frequentemente, já que vários factores naturais, como o vento, as aves, etc, promovem a dispersão de sementes.

A equipa de Espaços Verdes da JFC garante um controlo eficaz dessa vegetação e sem impacto para a Saúde Pública ou para o Ambiente.

CML Casamentos de Santo António 2020 Estão abertas as inscrições para a edição de 2020 do evento mais romântico de Lisboa. Até 12 de Março, inscrevam-se numa Loja Lisboa - e preparem-se para um dia de sonho.

Mais informações: 218 820 090 http://casamentosdesantoantonio.cmlisboa.pt/

HIGIENE URBANA

competências DA JUNTA DE FREGUESIA

Deveres DOS VIZINHOS e VIZINHAS

DESERVAGEM; DESPEJO e limpeza DE PAPELEIRAS; VARREDURA e LAVAGEM De RUAS e espaços públicos; LIMPEZA De SARJETAS e sumidouros; recolha de resíduos indevidamente depositados junto de ecopontos de superfície, ecopontos subterrâneos e vidrões.

• NÃO DEITAR PAPEL, BEATAS E PASTILHAS ELÁSTICAS AO CHÃO; • APANHAR OS DEJETOS DOS CÃES; • COLoCAR O LIXO NO ECOPONTO CORREcTO; • LIGAR PARA A RECOLHA DO LIXO VOLUMOSO.

competências DA câmara municipal JOR

NA L

RECOLHA DO LIXO VOLUMOSO Basta ligar PARA O NÚMERO 808 20 32 32 E seRão recolhidos

recolha VIDRÃO Os vidros devem ser colocados no Vidrão

recolha 3ª, 5ª Feira e Sábado

recolha 4ª Feira

recolha 2ª e 6ª Feira

lixo doméstico indiferenciado

papel / cartão

plásticos, metais e tetrabriks

em vésperas de feriados a recolha do lixo pode sofrer algumas alterações

à s o m a V ura t n e v A

2020

- INSCRIÇÕES 04 a 15 de Maio

18 a 22 de Maio

Recenseados em Campolide

Não recenseados em Campolide

PERÍODO DAS ACTIVIDADES PREÇOS POR SEMANA SEMANA 1: 13 a 17 de Julho SEMANA 2: 20 a 24 de Julho SEMANA 3: 27 a 31 Julho SEMANA 4: 3 a 7 de Agosto SEMANA 5: 10 a 14 de Agosto SEMANA 6: 17 a 21 de Agosto

RECENSEADOS EM CAMPOLIDE:

LOCAL E HORÁRIO DE INSCRIÇÕES:

C R IA N Ç A S JOV ENS DOS

BALCÃO DE ATENDIMENTO DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE 2ª A 6ª FEIRA, 10H00-12H30 / 14H00-16H00

-Escalão A: €15 -Escalão C: €35 -Escalão B: €25 -Sem Escalão: €45

NÃO RECENSEADOS EM CAMPOLIDE:

-Escalão A: €45 -Escalão C: €105 -Escalão B: €75 -Sem Escalão: €135

DOCUMENTOS A APRESENTAR

RESPONSÁVEL LEGAL:

5 AOS 16 ANOS

CARTÃO DE CIDADÃO, COMPROVATIVO DE ESCALÃO

PARTICIPANTE:

CARTÃO DE CIDADÃO

(A inscrição só é válida com a apresentação de todos os documentos)