Notícias de Campolide nº76

ANO XVII Nº 76 AGOSTO 2017 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

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A NOVA PRAÇA DE CAMPOLIDE

PÁG. 4 A 7

O Celeiro Solidário da Junta de Freguesia de Campolide facultou

281.942

DOSES até ao fim de Junho de 2017

2.003 (Até ao fim de Junho de 2017)

Kg de

ECOPONTO VERDE (VIDRO)

254.311 de

FRUTA/VEGETAIS

963 Kg

638.323 unidades de COMPLEMENTOS (sobremesas, pão, iogurtes, leite, etc.)

1073 Kg

ECOPONTO AMARELO

ECOPONTO AZUL

(PLÁSTICO/EMBALAGENS)

(PAPEL/CARTÃO)

ÍNDICE

EXECUTIVO

André Nunes de Almeida Couto // Presidente

4 9 12 16 17 18

andre.couto@jf-campolide.pt https://www.facebook.com/andre.ndac Atendimento – Mediante marcação prévia

ESPAÇO PÚBLICO Nova Praça de Campolide Rua onde moro_8

SAÚDE Consultas de Psicologia Reportagem Equipa_10

ACÇÃO SOCIAL

Pelouros: Acção Social, Comércio e Turismo, Comunicação, Cultura, Educação, Espaço Público, Grandes Opções Estratégicas, Habitação, Protecção Civil e Socorro, Recenseamento Eleitoral, Recursos Humanos, Segurança, Transportes, Urbanismo e Ordenamento do Território, Serviços Administrativos, Equipamentos, Informática e Técnicas de Informação

Maria Teresa Cruz de Almeida // Secretária teresa.almeida@jf-campolide.pt Atendimento: 4.ª feira das 10.30 às 13.00 Pelouros: Abastecimento e Iluminação Pública, Defesa do Meio Ambiente, Igualdade de Oportunidades, Património, Saneamento e Higiene Urbana,Toponímia e Colectividades

Pintura Sénior Curso de Verão_13 Vamos à Aventura_14

Duarte Miguel Rafael Sapeira // Tesoureiro duarte.sapeira@jf-campolide.pt Atendimento: mediante marcação prévia

COLECTIVIDADES

Pelouros: Desporto, Juventude, Recreio e Tempos Livres

Cooperativa de Habitação da Bela Flor

GENTE NOSSA Carlos Nobre aka "Carlão"

BREVES

Maria Cândida Cavaleiro Madeira // Vogal candida.cavaleiro.madeira@jf-campolide.pt Atendimento: mediante marcação prévia Pelouros: Desenvolvimento Económico e Saúde

Antónia Maria Baptista // Vogal antonia.baptista@jf-campolide.pt

André Couto | Direcção Sofia Julião | Coordenação Sofia Julião | Redacção Junta de Freguesia de Campolide | Propriedade Leandro Oliveira | Paginação João Barata | Fotografia 121904/98 | Depósito Legal 8 000 exemplares | Tiragem Distribuição Gratuita *As empresas privadas presentes nesta edição efectuaram doações para a Acção Social da JFC

Assembleia de Freguesia Presidente // Joaquim Couto Rodrigues da Silva / PS 1º Secretário // Carlos José Reis Lopes Ramos / PS 2º Secretário // Maria Cristina Santos Costa Gomes / PS Restantes Membros: Miguel Belo Marques, José Pereira da Costa, Maria Antónia Ramos Serra, Adriana Rafaela Gonçalves Quadros, José Pimenta Ribeiro, António Jorge Saraiva Marcelo João Manuel Costa Magalhães Pereira, Luisa Isabel Pina Teixeira, Amish Vijay Laxmidas Coligação Sentir Lisboa

Carlos Artur Ferreira de Moura

EDITORIAL Férias em Campolide Caros Vizinhos e Vizinhas, Mais que uma vez, destaquei neste espaço algumas das medidas e iniciativas que a Junta de Freguesia de Campolide tem promovido, com vista a aumentar a qualidade de vida dos Vizinhos e Vizinhas mais necessitados. Muitas vezes, quando abordamos estas coisas, ficamos pela rama – é fácil de entender que a comida, a habitação, a saúde, são condições essenciais para uma vida equilibrada, mas a manutenção desse equilíbrio não se esgota nos bens essenciais.

Ninguém está bem, quando está sozinho.

A nova Praça de Campolide, entregue a 16 de Julho aos moradores e visitantes da Freguesia, é um símbolo que queremos valorizar.

Um espaço público pensado para o lazer, para o convívio, com todas as condições de fruição em família ou em grupos de amigos. O quiosque, o parque infantil, os bancos decorados e todo o espaço envolvente, são mesmo a nova sala de estar de Campolide.

Tempo livre, sim, mas de qualidade.

Igualmente sintomáticos deste espírito, dois exemplos na programação de Verão da JFC. O “Vamos à Aventura”, que executamos pelo oitavo ano, e permite aos mais novos usufruir de uns dias inesquecíveis, aliando a incontornável praia a diversas actividades culturais, em diferentes pontos do Concelho de Lisboa. Ou o Curso de Verão da Universidade Sénior da JFC, que foi uma autêntica revelação, para formandos e formadores.

Através destes e de outros programas, vamos assegurando que a solidariedade não se esgota nos bens materiais, e que uma época como o Verão é propícia ao convívio entre quem mora perto, mas, tantas vezes, mal se conhece. Vamos todos aproveitar para recuperar energias. Ou seja: Boas Férias!

Um abraço!

JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE Rua de Campolide, 24 B – Tel: 21 388 46 07 e-mail: geral@jf-campolide.pt www.jf-campolide.pt Reunião aberta: Primeira 4.ª feira de cada mês

Fotografias: João Barata

ESPAÇO PÚBLICO

PRAÇA DE CAMPOLIDE A NOVA SALA DE ESTAR DA FREGUESIA Inúmeras actividades culturais, em diferentes espaços da Freguesia, assinalaram ao longo de um dia a entrega da nova Praça de Campolide à população. Um espaço de convívio que será, certamente, um dos cartões-de-visita de uma Campolide pensada para o bem-estar dos seus Vizinhos e Vizinhas

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ram 16h00, quando toda a gente começou a ouvir a batucada. Os membros do GLUM (Grupo de Limpeza Urbana Musical) subiam a Rua de Campolide e davam o mote – começava a enorme festa para assinalar a entrega da nova Praça de Campolide aos Vizinhos e Vizinhas da Freguesia. Ao longo do dia a multidão foi crescendo, transformando o dia num momento inesquecível para todos os Vizinhos e Vizinhas de Campolide, mas também para todos os que nos visitaram e festejaram connosco.

A programação foi organizada pela plataforma Trampolim Gerador, planeada de acordo com os diferentes espaços envolvidos e tendo em conta a diversidade de públicos duma iniciativa desta natureza. E assim foi: famílias inteiras, grupos de amigos, adultos e crianças, passaram um magnífico dia neste espaço renovado, mas também nas ruas circundantes, pelos vários espaços ocupados com actividades, como o edifício da PT, que acolheu uma exposição de fotografias de Dinis Coelho. “Assisti à leitura de poesia do Vítor de Sousa e fui ver a exposição de fotografia. Gostei

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

bastante e foi até a primeira vez que entrei no edifício”, explica-nos Rui Alves, à frente de um café na Rua de Campolide desde 2000. “Foi um dia diferente, esteve muita gente, mas correu tudo bem, as coisas estavam bem organizadas e as pessoas foram todas muito correctas”, acrescenta.

Visivelmente satisfeito com a adesão, André Couto, Presidente da Junta de Freguesia de Campolide, realça a extrema importância deste novo espaço: “sempre achei, enquanto morador da Freguesia e, depois à frente da JFC, que deveria haver um pólo aglutinador, onde os Vizinhos e Vizinhas se pudessem encontrar, ainda mais numa Freguesia que evoluiu muito na sua estrutura, e é hoje uma Freguesia de avós e netos. A falta de um local assim, era uma lacuna de Campolide”.

Naturalmente, uma obra desta envergadura acaba por ser também fruto do seu tempo e, ela mesma, um elemento transformador. “A Praça é um pouco a imagem daquilo que temos feito em Campolide, transformar espaços abandonados, degradados, em zonas renovadas e úteis à população, com estruturas que são referência na

Freguesia, e na Cidade. Além disso, é importante para a afirmação da nossa identidade. Até aqui, tínhamos de frequentar os quiosques, os parques infantis, os espaços verdes das freguesias vizinhas; a tudo isso passamos a ter acesso em Campolide. É óptimo para nossa auto-estima e para nossa qualidade de vida”, sintetiza o autarca.

Animação em vários locais Logo no início da tarde, as crianças juntaram-se no Parque Infantil para escutar histórias – e também participar no desfecho de cada narrativa com a Andreia Nunes. Os Vestidos do Tiago foi uma dessas narrativas que conquistaram leitores de várias idades.

A cada momento surgiam novos motivos de apelo e a solução era mesmo andar de um lado para o outro, a fim de não perder pitada. Vítor de Sousa encantou com a sua magnífica récita, sentado no cadeirão instalado em plena Rua de Campolide, que ia acolhendo diferentes actores e actrizes. Uma fila de gente sentada no passeio em frente escutava com atenção e deixava-se levar pela força das palavras.

ESPAÇO PÚBLICO EDIÇÃO Nº76 AGOSTO 2017

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ESPAÇO PÚBLICO

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Devolver o espaço às pessoas Quem também fez questão de marcar presença, de forma informal, descontraída, sem discursos ou intervenções mas, naturalmente, com muitas solicitações de transeuntes que aproveitaram para lhe dar algumas palavras, foi o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina. “É muito bom ver esta praça, um espaço público com todas estas possibilidades, ser apropriada pelas pessoas, podermos assistir a todos estes espectáculos e apreciar o movimento nas ruas”, salientou o autarca. Convém recordar que este espaço aqui nascido resulta de um programa lançado pela edilidade lisboeta, designado “Uma Praça em Cada Bairro”. Essa postura está intimamente relacionada com outras medidas, como, por exemplo, o alargamento de vários passeios, privilegiando o espaço pedonal.

“O nosso objectivo primordial é devolver o espaço público às pessoas. E esta Praça ficou particularmente bonita, com o espaço muito bem aproveitado. A programação hoje desenvolvida aqui, é um bom exemplo e uma óptima iniciativa”, acrescentou o também candidato a um novo mandato à frente dos destinos da capital.

A Praça é um pouco a imagem daquilo que temos feito em Campolide, transformar espaços abandonados, degradados, em zonas renovadas e úteis à população André Couto, Presidente da JFC

Este dia foi ainda uma óptima oportunidade para ficarmos a saber mais histórias sobre as ruas e edifícios com que nos cruzamos diariamente. Muitos foram os que seguiram atentamente as explicações de Paulo Cuiça e descobriram novas interpretações e factos surpreendentes, como a construção da velha Capela das Almas (situada na Rua de Campolide), ordenada por “um dos dez filhos bastardos do Duque do Cadaval”, explicava o historiador.

E, a pensar nas crianças, foi feita uma nova apresentação do livro À Descoberta de Campolide (lançado pela JFC no dia 1 de Junho, Dia Mundial da Criança). Trata-se de uma história escrita por Maria João de Figueiroa Rego e ilustrada por Luís Anglin com o propósito de dar a conhecer aos mais novos esta Freguesia de Lisboa, através de uma narrativa que promove o relacionamento intergeracional. Os autores estiveram presentes e Eládio Clímaco (igualmente

nosso Vizinho), leu algumas passagens com a sua singular dicção.

Em torno do novo quiosque O quiosque vermelho, mesmo ao lado da Praça inaugurada, foi o ponto de encontro favorito. Muitos aí combinaram, muitos foram também os que aí se reencontraram. E as imperiais, águas, sumos e gelados ajudaram a refrescar esta tarde de Verão, até que a fome apertava e aí, era mesmo a tosta mista a ganhar primazia.

Até por debaixo do chão, tiveram lugar actuações. No Parque de Estacionamento subterrâneo Empark, a poesia esteve a cargo de André Gago e Cláudia R. Sampaio, acompanhados pelo contrabaixista Carlos Barretto e pelo trio Não Simão.

Aliás, a música desempenhou um papel fundamental em toda a festa. Lourenço Crespo ou o dueto Os Polegar foram aquecendo o palco, instalado no centro da Praça. A iniciativa dinamizada pela Tradballs (associação criada há uma década para promover os bailes tradicionais) pôs toda a gente a mexer – dois músicos, com notória inspiração celta, incentivaram pares de todas as idades a arriscar um pezinho de dança. E o Palácio de Laguares foi pequeno para todos os que quiseram apreciar a prestação de Samuel Úria (acompanhado por Miguel Ferreira, um eficaz teclista).

Depois, já noite feita, foi a vez de celebrarmos os 90 anos do nascimento de Tom Jobim (1927-1994), com um magnífico espectáculo, concebido pela Conexão Lusófona, que juntou vozes e sons de diferentes proveniências unidos pela nossa Língua.

E foi com música que a noite encerrou, com Fernando Alvim a animar os mais resistentes (que ainda eram mesmo muitos!) com êxitos intemporais de pop e rock. Um Domingo diferente, para celebrar um espaço que também se quer diferente, povoado, habitado, por aqueles que aqui vivem e nos visitam. A Praça de Campolide é de todos, para todos.

Venha vivê-la! nc

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ESPAÇO PÚBLICO

Uns metros mais acima, Hugo Inácio e Telmo Ferreira, uma divertida dupla de actores, guiaram-nos por uma versão muito peculiar dos Descobrimentos Portugueses, com o seu Caminho Marítimo para a Desgraça, uma narrativa inspirada nas antigas viagens por mares desconhecidos, com muitas peripécias à mistura e um humor físico que fez soltar as gargalhadas a todos. No Palácio de Laguares o teatro foi diferente, com a actriz Rafaela Covas a executar o monólogo O Quarto de Sofia, no pátio interior daquela antiga escola.

Ao lado, também para o Sport Lisboa Amoreiras foi um dia fora do vulgar. “Foi muito bom, as pessoas estavam todas ordenadas, não houve quaisquer confusões e tivemos aqui muita gente”, assegura Cláudia, que atendeu inúmeros visitantes ao balcão da colectividade nesse dia.

Quem também lá estava era Luísa Filipe, que aproveita para destacar os benefícios da iniciativa na confraternização local: “há muita gente que tem uma opinião errada sobre o Clube, inclusive vizinhos, que aqui estiveram e gostaram. Também nesse aspecto, foi muito positivo”.

ESPAÇO PÚBLICO

A RUA ONDE MORO Rua Professor Sousa da Câmara

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undou em 1936 a Estação Agronómica Nacional, a primeira instituição portuguesa de investigação científica com um cunho assumidamente moderno, e foi também o seu primeiro Director. António Pereira de Sousa da Câmara (nascido em Lisboa, 1901, e falecido nesta mesma cidade, no ano de 1971) foi um importante Engenheiro Agrónomo e Docente universitário (no Instituto Superior de Agronomia e na Universidade Técnica de Lisboa), cujo trabalho é ainda superiormente recordado nos corredores da Academia Científica Nacional e entre os seus pares, investigadores e professores universitários.

Formou-se no Instituto de Agronomia e Veterinária, e veio a revelar-se um ás num dos campos científicos que ajudou a trazer para a primeira linha: é unanimemente reconhecido como um dos pioneiros do estudo

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

da Genética, mesmo a nível internacional, e as suas investigações foram fulcrais para o avanço deste sector na Ciência portuguesa. Foi igualmente um bem-sucedido bolseiro, com os seus estudos realizados nas universidades de Edimburgo (1932-1933), Cambridge (1933), Berlim (1936) ou EUA (1948).

A sua actividade profissional dividiu-se entre a investigação, o Ensino e a publicação regular das suas descobertas. Fundou e dirigiu várias publicações técnicas no âmbito das temáticas agrícolas, colaborou na Revista Municipal, da Câmara Municipal de Lisboa (durante várias décadas), esteve na organização do I Congresso Nacional de Ciências Agrárias (que teve lugar enquanto a Europa se debatia com a II Guerra Mundial, corria o ano de 1943) e presidiu à Associação Portuguesa de Ciências Naturais.

Recebeu diversas distinções honoríficas do mais alto nível, como o Grau de Comendador da Ordem Militar de Sant’iago da Espada (em 1959), a Grã-Cruz da Ordem Civil do Mérito Agrícola e Industrial (em 28 de Maio de 1969) ou a Grã-Cruz da Ordem de Afonso X, o Sábio de Espanha, homenagem prestada pelo respectivo governo. Um bom exemplo, de uma figura central na Ciência portuguesa do século XX, cuja notoriedade ter-se-á desvanecido na espuma dos dias, mas cujo nome é ainda sinónimo de investigação meticulosa e descobertas preponderantes. Pelo menos entre os seus pares, a sua importância não esmoreceu. nc

ESPAÇO SAÚDE PÚBLICO

CONSULTAS DE PSICOLOGIA NA JFC Raquel Calapez

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Junta de Freguesia de Campolide tem um novo serviço no seu posto médico: consultas de Psicologia, destinadas a todos os Vizinhos e Vizinhas, estando este acompanhamento pensado para “crianças, adolescentes e adultos de todas as idades”, explica Raquel Calapez, a médica que vai assumir essa tarefa.

Uma das áreas em que se tornou especialista prende-se com as questões em torno da gravidez e da parentalidade, “tanto na fase do planeamento, ainda antes da gravidez, propriamente dita, quer durante o período de gestação, e mesmo depois do parto, há muitas dúvidas, receios, perguntas que surgem. Por vezes, há até conflitos que surgem no casal, no âmbito do período pré-natal”, explica a profissional de Saúde. É claro que, além destas, surgem outras situações mais graves, patológicas, como malformações detectadas num recém-nascido, ou a perda de um feto. Nestes casos, é importante não descurar a atenção dada aos pais. “É compreensível que nos foquemos nas crianças, quando estes casos acontecem, mas não podemos esquecer os pais.

Quem cuida dos cuidadores?”, pergunta Raquel Calapez.

O objectivo do seu trabalho será também desenvolver alguns workshops, que permitam a qualquer um ampliar conhecimentos e aprender a lidar com algumas situações. E desmistificar as consultas de psicologia. “As pessoas não querem ser identificadas como alguém que vai ao psicólogo, partem de um princípio – muito errado – que, quem lá vai, é porque não está capaz de tomar conta de si. Nada mais errado, o facto de procurarmos ajuda quando temos um problema para resolver só demonstra o contrário – lucidez”, acrescenta a médica.

Raquel mora em Campolide desde criança, desde os seis anos, mais concretamente. Conhece bem estas ruas e muitas das pessoas que aqui vivem. “Desde muito nova que anseio por perceber os outros, quando tinha cerca de 12 anos já sabia que iria trabalhar nesta área. O que Raquel agora gostaria de desenvolver são as terapias EMDR, “um método de psicoterapia que visa a resolução de traumas através do movimento ocular”, explica-nos.

Este será mais um serviço disponibilizado pela JFC, tendo em vista a saúde dos Vizinhos e Vizinhas, razão pela qual as consultas terão um custo reduzido (25 euros). As marcações podem ser feitas no próprio Posto Médico e terão lugar às terças-feiras à tarde (entre as 14h00 e as 17h30) e às quartas-feiras de manhã (das 09h00 às 12h30).

Os antigos diziam “mente sã em corpo são”. Ora, se nos habituámos a passar horas num ginásio, porque damos ainda tão pouca atenção à saúde mental? nc

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ACÇÃO SOCIAL REPORTAGEM

Equipas

ao seu serviço Departamento de Saúde Para uma Freguesia saudável, nada melhor do que proporcionar cuidados adequados aos Vizinhas e Vizinhas. Este mês vamos conhecer o Departamento de Saúde.

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ugusto Figueiredo levanta-se da cadeira, dirige-se à assistente administrativa e marca a próxima consulta.

De sorriso aberto. Nem parece que está no dentista, tal é a boa disposição. “Estou a tratar da boca aqui, há um ano, a fazer uma remodelação quase total. Isto estava em muito mau estado...”, confessa este Vizinho de Campolide, morador na Calçada dos Mestres e um dos utentes do Departamento de Saúde (DS) da Junta de Freguesia de Campolide (JFC).

“Criei este departamento há cerca de oito anos, o que havia não tinha condições nenhumas e era necessário alargar os cuidados de Saúde à população da Freguesia”, conta-nos Cândida Cavaleiro Madeira, o elemento do Executivo da JFC com a responsabilidade do Pelouro da Saúde.

As actividades deste serviço são desenvolvidas através de vários protocolos com especialistas de diferentes áreas. Além das consultas com a médica dentista, é possível aceder a outras especialidades: Massagens e Tratamento de Lesões Musculares e Articulares, Psicologia (leia mais na pág. 9), Terapia da Fala, Acupuntura e Nutrição, além do acompanhamento com um Médico de Família e acesso a

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

cuidados de enfermagem (injecções, pensos, medição da Tensão Arterial ou Teste aos Diabetes).

Cândida é enfermeira de profissão e entende bem os benefícios desta oferta. “Em Campolide, existe uma população bastante idosa, a quem isto faz muita diferença”, conclui.

Atendimento com um sorriso Ester Honrado é o braço direito de Cândida, elemento a tempo inteiro deste departamento. Há vários anos na JFC, está há cerca de um ano nestas novas funções. “O que eu gosto mesmo é de pessoas, de lidar com pessoas”, explica-nos esta antiga professora de Liceu, que também já passou por outras vidas profissionais, como vendedora ou assistente social.

“Sou responsável pela gestão da agenda dos terapeutas que trabalham connosco – marcações, alterações de datas, confirmações – além de registar e processar os pagamentos... enfim, vou resolvendo todas as questões que surgem”, acaba por resumir, com a descontração de quem conhece os cantos à casa. E tem sempre um sorriso e um comentário divertido para brindar quem atende. Como quando informa a uma visita habitual deste

espaço: ”Ora, então, são trinta eurobióticos”. A um rápido espanto sucede o riso cúmplice de ambas.

Por uma saúde melhor Ester tem muito orgulho no trabalho que aqui se desenvolve, até pela garantia de qualidade oferecida. “Desde 2011, contamos com a Certificação de Registo concedida pela Entidade Reguladora da Saúde”.

Além disso, conhecendo bem as dificuldades de alguns Vizinhos e Vizinhas, faz questão de recordar que “os preços das consultas e serviços são

REPORTAGEM

Fotografias: João Barata

Medicina de proximidade

diferenciados para os recenseados na nossa Freguesia”.

Sofia Ferreira trata das bocas de Campolide há mais de uma década e sente bem como muita coisa mudou.

“Há uma melhoria enorme. Hoje, há outros cuidados com a higiene oral, as pessoas estão mais conscientes, há mais informação, e há um espaço maior para abordar essas questões”, salienta esta profissional de Saúde. É claro que “ainda há muito a fazer e diversas falhas a corrigir”. Felizmente, a figura do dentista já não é olhada da mesma forma: “o receio que os mais novos possam ter do dentista,

depende, muitas vezes, dos próprios pais. É importante que os pais não transmitam aos seus filhos o medo que tinham destas consultas, quando as técnicas e os aparelhos não estavam tão evoluídos”, recomenda.

Não há dúvida que muitas das questões relacionadas com os problemas de saúde derivam directamente da forma como vivemos. Jorge Filipe Silva trabalha com a JFC há três anos e é massagista “Um dos grandes erros é a postura, a forma como nos sentamos, passamos o dia a uma secretária, ou muitas horas de pé... são tudo comportamentos que vão causar problemas, a médio e longo prazo”. Mas a necessidade de intervenção de Jorge não se esgota nestes casos. “Vem também muita gente com lesões musculares e articulares, algumas delas derivadas da prática desportiva, muitas vezes praticada sem preparação. Depois, há outros casos, como pessoas que estão a recuperar de intervenções cirúrgicas ou até mesmo algum tratamento em concreto que exija uma intervenção no corpo mais localizada”.

Entretanto, há quem aqui venha para se entregar a uma injecção (o que ainda causa alguns arrepios...), mudar o penso de um curativo ou, simplesmente, para medir a tensão (e aproveitar para dar dois dedos de conversa, o que também é saudável).

A todos estes, quem atende é a simpática enfermeira Susana Loureiro, neste projecto há sete anos e meio.

“Há uma ligação muito próxima, por vezes, são famílias inteiras que eu atendo, ao longo de períodos prolongados”, realça.

Reconhece que os idosos são visita mais regular, incluindo quando é necessária “alguma orientação por causa da forma de tomar um medicamento ou têm alguma dúvida sobre uma alteração introduzida na medicação habitual. Vêm aqui, falam connosco...”. Pois é, as palavras também são medicinais, mais do que muita gente imagina. Para que se compreenda o alcance desta consideração, basta recordar a definição internacionalmente aceite, definida pela Organização Mundial de Saúde: “Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças”.

E isto tanto é válido para cada indivíduo como para uma comunidade, neste caso, uma Freguesia que se pretende saudável. nc

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ACÇÃO SOCIAL

PINTURA SÉNIOR EM CAMPOLIDE Universidade Sénior

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Auditório Adácio Pestana abriu as suas portas para acolher os melhores trabalhos de final do ano lectivo da disciplina de pintura da Universidade Sénior da Junta de Freguesia de Campolide. Cerca de uma centena de trabalhos que testemunham a dedicação e ambição artística das 21 alunas que frequentam esta formação.

“Não sei explicar porquê, os homens não páram aqui... estão uma semana ou duas e depois desaparecem”, brinca o professor responsável, o pintor Alfredo Luz. Paisagens e flores (nenúfares) são alguns dos motivos escolhidos. Mas há mais: o inconfundível quiosque vermelho que concentra as atenções da nova Praça de Campolide, “já que

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

se tornou num ex-líbris da Freguesia”, também foi incluído nos temas que serviram de modelo. “Não há nada como um tema obrigatório para a autoria de cada um vir à superfície”, explicou Alfredo Luz. E acrescenta que, a adopção de temas comuns, “foi uma forma de facilitar a avaliação”.

Apesar de estarem mais habituadas a trabalhar com óleo, estas nossas Vizinhas artistas foram desafiadas a trabalhar num outro material, “acrílico sobre tela ou sobre cartolinas. E ficaram muito satisfeitas com o resultado, até pela rapidez com que secam”.

Alfredo Luz, morador de Campolide, já faz parte desta aventura há alguns anos e isso sente-se na forma carinhosa como todas as suas alunas lhe dirigem a palavra e os mais

diversos elogios e agradecimentos.

Com experiência no Ensino, em especial nos anos lectivos do antigo Ensino Preparatório (actuais 5º e 6º ano), está ligado a esta aventura do Conhecimento há quatro anos. “Há algumas pessoas inscritas com quem já trabalho desde o início”, explica-nos.

A aprendizagem começa pelo princípio, que é como quem diz, pelas técnicas de Desenho. “Primeiro, Desenho à Vista, depois, com modelos... as próprias alunas servem de modelo umas às outras. Só depois é que passamos às telas e à Pintura, propriamente dita. É a base, é a estrutura, sem isso não existe pintura”, explica-nos o formador. E depois, é só deixar a imaginação e a inspiração falar mais alto. Como disse Pablo Picasso: “Pintar é libertar-se, e isso é essencial”. nc

ACÇÃO SOCIAL MAPA AFECTIVO

EM PALCO, COMO NA VIDA A entrega dos diplomas do curso de Verão da Universidade Sénior da JFC, dedicado ao tema “Figurante e Figuração Especial na TV”, foi um momento emocionante.

“Gostei de tudo. Acima de tudo foi uma forma de aprender a utilizar – não descobrir – as emoções, de ampliá-las, e tornar mais leve alguma coisa que queiramos transformar”, confessa Maria da Natividade, 80 anos de idade (mas só no Cartão do Cidadão!), e uma das sete pessoas que receberam o Diploma final do Curso de Verão da Universidade Sénior da Junta de Freguesia de Campolide.

Foi uma tarde emocionante em que a expressão de todos dizia mais que mil palavras. Tal como as imagens projectadas, resultado dos exercícios de Expressão Dramática, em que cada um foi desafiado a comunicar diferentes estados de espírito pelo olhar, pela postura do corpo, pela forma de encarar a máquina fotográfica.

Mafalda Sacchetti foi a coordenadora desta iniciativa – que leccionou, juntamente com Inês Oneto – e não esconde a sua satisfação com os resultados. “Se a intenção inicial era

proporcionar a pessoas seniores, que vivem da sua reforma, a possibilidade de arranjarem alguns trabalhos como figurantes e juntarem mais algum dinheiro, fomos muito além disso”, explica-nos a também cantora e produtora. “Conseguimos motivá-los para terem mais objectivos, ensiná-los a gostarem mais deles próprios, sentirem-se úteis, mais bonitos, insubstituíveis... únicos. É uma forma de se conhecerem, gostarem daquilo que vão conhecendo e aceitarem-se como são.”

A entrega dos ambicionados – e merecidos – diplomas, decorreu num ambiente caloroso, seguido de um lanche, onde não faltaram calorosos abraços entre as duas formadoras e os seus alunos (com os homens em franca minoria, visto que o curso foi frequentado por seis Vizinhas e um Vizinho, todos eles alunos já inscritos na Universidade Sénior).

“Fico muito satisfeito por ver que as

coisas correram tão bem. Pretendemos organizar uma actividade diferente para o período do Verão e que, ao mesmo tempo, trouxesse algum benefício adicional para a sua vida do dia a dia, que fortalecesse a sua personalidade”, explica André Couto, Presidente da JFC. “A minha vida foi vivida entre compromissos com os outros, à volta dos mais pobres, de diversas causas... e gosto muito de estar com pessoas”, explica-nos Maria de Lurdes Benito. Gosta muito de escrever e de “conversar com os outros, não de chocar com os outros”, salienta esta utilizadora frequente das redes sociais, com várias contas de facebook. Aqui, as conversas foram sempre frente a frente, cara a cara, sem ecrãs pelo meio. E se o teatro foi o pretexto inicial, será no palco da vida que muitos destes exercícios vão cumprir o seu objectivo. nc

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ACÇÃO SOCIAL

A PRAIA… E OUTRAS HISTÓRIAS Acompanhámos um dia do programa Vamos à Aventura. Praia de manhã, actividades num museu à tarde.

Um dia completo para um Verão bem preenchido.

A

linhados dois a dois, em fila indiana, saem da camioneta e rumam ao areal. O dia dos miúdos que participam no programa “Vamos à Aventura”, da Junta de Freguesia de Campolide, é dividido em dois. À tarde, irão conhecer a Casa das Histórias, mas as manhãs são no ambiente mais desejado dos meses de Verão: a praia.

“Hoje são 32, mas chegam a ser 45.

Têm entre 5 e 16 anos”, explica-nos Patrícia, uma das coordenadoras.

Por uma questão de segurança e eficácia “vamos com eles ao banho em duas etapas, divididos por idades”, revela.

A equipa da JFC é constituída por sete monitores e duas coordenadoras. A autoridade é necessária, mas é exercida com naturalidade – a cumplicidade é por demais evidente, nas corridas, nos jogos, nas cantilenas

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

que todos partilham. Antes de entrarem na água, uma coreografia muito própria marca o ritual. Quem olhe à distância, verá um grupo de pinguins, com vagas semelhanças humanas, tal é a dança que executam.

“Monitores ao banho!”, repete bem alto o coro da miudagem. Depois, é a debandada. Os monitores estão já dentro de água, junto à rebentação, acautelando as investidas dos mais audazes.

“Temos de estar atentos aos aspectos relacionados com a própria organização dos passeios. Essa é a grande diferença entre o trabalho dos coordenadores e dos monitores”, salienta Tatiana, a segunda coordenadora.

Animados na praia Tomás destaca-se visualmente do grupo, com a metade de cima de uma roupa de surfista, colorida.

“Queres ser surfista?”, questionamos. “Eu já sou surfista!”, responde com a segurança dos seus sete anos.

A dado momento, temos visitas.

Um grupo de senhoras que conhecem as crianças. Não é de espantar, são algumas das Vizinhas que frequentam uma outra actividade, o Verão Sénior, numa praia logo a seguir, e vieram fazer uma visita.

Há quem faça um barco na areia (castelos é coisa de outros tempos), quem jogue à bola, quem encha com todo o fôlego uma outra bola, como o Jamil, que não larga o seu brinquedo de praia. “O que mais gostei foi de ver os golfinhos”, lá deixa escapar, timidamente.

Mas quando soa a chamada para mais uma banhoca… tudo o resto pode esperar. Jorge Coelho tem 21 anos e esta é a sua primeira semana como monitor. “Normalmente, os que tenho a meu cargo são uma

ACÇÃO SOCIAL MAPA AFECTIVO Fotografias: João Barata

dúzia, entre os 12 e 13 anos, hoje faltaram seis. Isto é uma óptima oportunidade para eles conhecerem amigos novos”, destaca.

Pouco depois do meio-dia, é hora de levantar amarras e fugir ao calor intenso que se aproxima. O almoço já foi do lado de cá do Tejo, no Parque Marechal Carmona, em Cascais. Prostrados à sombra, depois da refeição, dois dedos de conversa ou – a hipótese mais concorrida – uma rápida cartada, constituem o espaço de intervalo para a próxima surpresa do dia.

Aprender e inventar histórias A Casa das Histórias é o museu que acolhe pinturas, desenhos, colagens e outros trabalhos de Paula Rego, uma das principais artistas portuguesas das décadas mais recentes.

Numa das salas, modelos em pano e outros materiais remetem para o teatro de fantoches. Noutras divisões, animais em forma de gente trazem as fábulas tradicionais para a conversa. Tudo isto serve para as duas guias e animadoras abordarem assuntos bastante mais complexos, com a leveza de quem está bem habituado a lidar com público de todas as idades.

A visita a este espaço funciona, não só como uma oportunidade para os mais novos conhecerem o trabalho e a vida da pintora, mas também como um laboratório de emoções. Divididas em dois grupos – mais uma vez, por idades – as crianças foram convidadas a desenhar (com diferentes materiais), cortar, escavar em superfícies planas ou completar um monstro imaginado pela própria Paula Rego.

Momentos divertidos, mas também

reveladores da personalidade da miudagem – uns mais instrospectivos, outros expondo os seus receios ou a mais liberta imaginação: “pensem o que sentiram ao cortar o papel”, desafia Diana, uma das animadoras.

Ana Paula é outra das monitoras da JFC, veterana nestas andanças: “sou monitora há seis anos, até já acontece vir a ter como colegas raparigas de quem eu mesma fui monitora”, conta, divertida.

O dia já vai longo e o regresso impõe-se. Certamente, nessa noite, muitas destas crianças tiveram, elas também, uma história diferente para contar aos pais, irmãos ou avós. Uma história feita do que viram e ouviram, do que imaginaram. O adormecer vai ser mais fácil. E no dia seguinte? Num local diferente, com energias refeitas, irão novamente à aventura. nc

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COLECTIVIDADES

VIVER DE FORMA COOPERATIVA

Cooperativa de Habitação e Construção da Bela Flor

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uando cruzamos a porta, quase parece estarmos num clube desportivo de sucesso, tal a imensidão de taças e troféus que se acomodam na vitrine defronte. Mas, não. Estamos na Cooperativa de Habitação e Constru-

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

ção da Bela Flor, constituída em 1976, com o objectivo de “proporcionar habitação condigna às pessoas”, conforme explica Luís Rosa, o presidente da colectividade.

“Temos muitos moradores que vieram da província e aqui se fixaram. E muita gente idosa.

Actualmente, são 239 fogos e temos a nossa capacidade de responder a novos pedidos completamente preenchida, porque não há mais área de construção”, informa o responsável.

Uma das situações que a cooperativa se tem esforçado por resolver é a necessidade de alguns locais de comércio e serviços no bairro. Há um cabeleireiro (com muita procura) e abriu em Julho um café, que se juntou ao mini-mercado, o que facilita o acesso aos bens de primeira necessidade dos moradores que têm mais dificuldade em se deslocar.

Há também um ginásio, acessível até às 22h, mesmo em frente ao rinque de futebol de salão.

A equipa da cooperativa é constituída por uma dúzia de pessoas. Luís está há cerca de 20 anos, mas ainda está presente um dos fundadores, José Alberto “Estamos todos aqui por carolice, ninguém é remunerado”, assegura-nos, e explica que tem o seu trabalho, é funcionário da Assembleia Municipal de Lisboa. “Há pessoas que não pregam um prego se não lhes pagarem”, desabafa Liliana Nunes, colega da direcção, que assistia à conversa.

Em torno das questões imobiliárias, acabam por dar apoio a alguns moradores mais idosos, ajudando a resolver o preenchimento de alguma declaração mais confusa ou outras burocracias em torno da casa. Afinal, Luís Rosa é uma figura perfeitamente identificável pelos seus Vizinhos e Vizinhas, há tanto tempo envolvido com a vida da Freguesia e as transformações a que tem assistido. “O bairro está muito bem tratado, e JFC tem tido um papel importante, na manutenção dos espaços verdes e limpeza das ruas. Assim é mais agradável viver aqui”, acaba por deixar escapar, olhando em volta, à porta da cooperativa, junto ao recinto de futebol que tem sido o local privilegiado de treino para candidatos a futebolistas de várias idades. Inaugurado nos anos 90, pelo então Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Jorge Sampaio, foi a construção deste equipamento, o “responsável” pela criação de equipas de Futebol e Atletismo, responsáveis pelas tais taças e troféus de que falámos ao início. nc

Um homem de palavras

C

arlão é a minha alcunha da adolescência; Pac Man foi o nome de guerra escolhido, quando estive envolvido nos Da Weasel. Inicialmente éramos muito influenciados pela cultura norte-americana”, explica-nos Carlos Nobre, 42 anos completados em Julho.

A música surgiu em Almada, onde cresceu e não faltavam bandas de garagem. Teve o seu primeiro baixo aos 13 anos e o concerto de estreia nunca será esquecido. “Iron Maiden, em 1986, em Cascais. Eu ia um bocado a reboque do meu irmão mais velho”, confessa com rapidez.

Uns bons anos mais tarde, actuaram no Festival do Sudoeste, em 1997. “Foi aí que percebi como tudo isto podia ser uma coisa muito mais séria”, reflecte.

Há quase três anos a morar em Campolide, foi fácil e agradável a integração na Freguesia. “Aqui, ainda há um sentimento de bairro que permanece. Em Lisboa, há alguns locais que tinham esse espírito, mas estão completamente descaracterizados, com as coisas a mudarem a cada momento”, reconhece. Por aqui, sentiu “um entendimento, uma familiaridade natural, com as pessoas do café, da mercearia, da peixaria... as pessoas com quem lidamos no dia a dia”.

Com duas filhas, foi com alegria que viu a segunda já nascer por aqui. E a paternidade, é naturalmente, um marco inconfundível na vida “Tudo muda com os filhos... a nossa percepção, o nosso egoísmo... o modo de olharmos para o mundo, para nós próprios... mas também a relação com o trabalho, a vontade de fazer ainda melhor”.

Vários discos gravados (em diferentes projectos, Da Weasel, Algodão, Os Dias da Raiva, 5-30, em nome próprio), participações em diversas gravações de outros músicos, um livro de crónicas publicado (Um Outro Amor – Diário de Uma Vida Singular), participação semanal no Esquadrão do Amor (do Canal Q), há ainda outras paixões profissionais. “Eu era o miúdo do clube de vídeo, fartava-me de fazer reservas, esperava as novidades, durante anos assistia a um filme todos os dias”, relembra Carlos Nobre, que já foi co-autor de uma banda sonora (O Crime do Padre Amaro) e, confessa, gostava de arriscar a escrita de um guião, “mas nunca sozinho, em colaboração com mais alguém”.

Olhando para tudo isto, encontramos um fio condutor em todas estas aventuras. A palavra. “Gosto da palavra... de a dizer, de escrever, de a ver na minha pele...”, confessa, olhando rapidamente a tatuagem no braço. nc

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GENTE NOSSA MAPA AFECTIVO

CARLOS NOBRE AKA "CARLÃO"

BREVES NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE AGOSTO 2017

Saúde Vacinação para cães Até dia 31 de de Outubro está a decorrer a Campanha de Vacinação Antirrábica, promovida pela Câmara Municipal de Lisboa. São vários os locais onde se pode deslocar com o seu cão, a fim de proceder à vacinação. Os pontos de vacinação mais próximos de todos os Vizinhos e Vizinhas de Campolide estarão instalados em Benfica, na Alameda Padre Álvaro Proença, junto ao posto de limpeza (dias 9 de Agosto, 13 de Setembro e 11 de Outubro) e em Campo de Ourique, no Jardim da Parada (dias 2 de Agosto, 6 de Setembro e 4 de Outubro). Em ambos os casos, entre as 10h00 e as 12h00. Não se esqueça que a vacinação antirrábica é obrigatória para todos os canídeos com três ou mais meses de idade, de acordo com o Plano Nacional de Luta e Vigilância da Raiva e outras Zoonoses. No caso dos felinos, a vacinação não é obrigatória, mas aconselhada. Para mais informações, ligue 808 20 32 32 ou 218 170 552.

Campanha de

Vacinação

Antirrábica

Desporto Karaté - Portugal conquista Medalha de Prata A comitiva portuguesa (acompanhada pela treinadora Rita Meneses do Clube CRP-Campolide) que participou em Toledo (Espanha) num Campeonato Mundial da modalidade, no passado

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

mês de Junho, está de parabéns!

A atleta Ana Raquel Simão ganhou por 3-0 contra o Chile; 2-0, contra a Bélgica; 3-2 contra a República Dominicana; 3-2, contra a Espanha e ganhou ainda acesso à disputa da medalha de Ouro frente a atleta do Peru, Alexandra Grande. O combate foi bastante táctico e difícil contra uma atleta com bastante experiência, marcando o ponto da sua vitória, e levando assim a atleta Ana Raquel Simão a subir ao pódio e conquistar a Medalha de Prata.

Cidadania Eleições Autárquicas 2017 Eleições Autárquicas 2017 1 de outubro 2017 Saiba Onde Vai Votar Perguntas Frequentes: http://www.cne.pt/faq2/95/5

O dever de informar

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m 2009 o Executivo da Junta de Freguesia de Campolide requereu uma auditoria devido às suspeitas de diversas irregularidades praticadas no exercício do anterior mandato, entre os anos de 2005 e 2009.

O resultado dessa auditoria, elaborada pela Sociedade de Revisores Oficiais de Contas Jaime Matos, Castanheira Guilherme e Martins da Silva, identificou diversos procedimentos anómalos, tendo os mesmos sido comunicados ao Ministério Público que instaurou o correspondente procedimento judicial.

No passado mês de Junho, o Tribunal Criminal de Lisboa proferiu decisão no âmbito do referido processo, que passamos aqui a noticiar: Fausto Jorge Santos (antigo Presidente) – condenado a cinco anos e seis meses de prisão efectiva e a 1800 euros de multa, pela prática de seis crimes de peculato e um crime de falsificação de documentos.

Filipe Miguel Bento Alexandre Fernandes Mendes Botas (Tesoureiro) – Condenado a um ano e quatro meses de pena suspensa e a 300 euros de multa, pela prática de um crime de abuso de poder, um crime de peculato e um crime de falsificação de documentos.

Carlos Alberto de Oliveira Carvalho (Vogal) e António Horta Pinheiro (Vogal) – Absolvidos da prática de qualquer crime. À data do fecho desta edição decorria ainda prazo legal para interposição de recurso da referida decisão judicial.

CONTACTOS ÚTEIS O Notícias de Campolide errou Na edição de Julho do boletim Notícias de Campolide, no título da entrevista que fizemos ao Vereador da Câmara Municipal de Lisboa José Sá Fernandes, o entrevistado surge referido como Jorge, apesar de, no restante texto, o nome surgir correctamente escrito. Pelo lapso, pedimos naturalmente desculpas ao visado e aos nossos leitores.

JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

213 88 4 6 07 3ª Divisão da PSP de Benfica

217 142 526 21ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública (Palácio da Justiça)

213 8 58 817 37ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública (Bairro da Serafina)

213 8 58 34 6 Balneário Público da Serafina

211 979 931 Bombeiros Sapadores de Lisboa

8 0 8 215 215 Centro de Saúde de Sete Rios

217 211 8 0 0 Comissão Protecção de Crianças e Jovens

217 10 2 6 0 0 EPAL - Faltas de Água

8 0 0 222 425 HIGIENE URBANA Recolha de ‘Monos’ (CML)

8 0 8 20 3 232 HIGIENE URBANA Entrega Contentores (CML)

8 0 8 20 3 232

BALNEÁRIO PÚBLICO HORÁRIO Terça a sexta-feira: 10h às 13H e das 16.30h às 19.30h Sábado: 9.30h às 13h e das 14.30h às 17.30 Domingo: 9h às 12h Rua Miguel Ângelo de Blasco, no Bairro da Liberdade, ao lado da PSP

Hospital de Santa Maria

217 8 05 0 0 0 Polícia Municipal de Lisboa

217 225 20 0 Posto de Limpeza de Campolide

211 328 237 Posto de Limpeza da Serafina

211 328 9 29

POSTO MÉDICO ESPECIALIDADES ACUPUNTURA ENFERMAGEM MASSAGISTA DENTISTA MÉDICO DE FAMÍLIA TERAPIA DA FALA OSTEOPATIA PSICOLOGIA NUTRIÇÃO

4ª Feiras 2ª e 6ª Feiras 4ª Feiras 5ª Feiras 2ª Feiras 3ª Feiras 5ª Feiras 2ª Feiras 6ª Feiras 3ª e 6ª Feiras 3ª Feiras 4ª Feiras 3ª Feiras

09H00/17H00 09H00/12H00 16H00/18H00 09H00/17h00 14H00/16H30 09H00/16H30 14H00/16H30 09H00/12H00 09H30/12H00 10H00/19H00 14H00/17H30 09H00/12H30 09H00/17H00

PREÇÁRIO I TAXAS* ESPECIALIDADE

ENFERMAGEM

Médico de Família 2€ Dentista 30€ Acupuntura 20€ Massagens e tratamento de lesões musculares 25€ e articulares Psicologia 25€ Terapia da Fala 25€ Osteopatia 30€ Nutrição 25€

Injecção Tensão Arterial Pensos Teste de Diabetes

Preços válidos para recenseados (as)

CONTACTO I 211 955 667

1€ 0,50€ 2€ 0,50€