Notícias de Campolide nº77

ANO XVII Nº 77 SETEMBRO 2017 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

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CAMPOLIDE GANHA NOVO PRÉMIO EUROPEU PÁG. 4 E 5

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EUROPEAN INSTITUTE OF PUBLIC ADMINISTRATION EUROPEAN PUBLIC SECTOR AWARD

VERÃO SÉNIOR PÁG. 6 E 7

ENTREVISTA ao PRESIDENTE ASSEMBLEIA DE FREGUESIA PÁG. 8

O Celeiro Solidário da Junta de Freguesia de Campolide facultou

286.692

DOSES até ao fim de Julho de 2017

2.003 (Até ao fim de Junho de 2017)

Kg de

ECOPONTO VERDE (VIDRO)

255.321 de

FRUTA/VEGETAIS

963 Kg

652.230 unidades de COMPLEMENTOS (sobremesas, pão, iogurtes, leite, etc.)

1073 Kg

ECOPONTO AMARELO

ECOPONTO AZUL

(PLÁSTICO/EMBALAGENS)

(PAPEL/CARTÃO)

ÍNDICE

EXECUTIVO

André Nunes de Almeida Couto // Presidente

4 8 10 12 13 14 15 16

andre.couto@jf-campolide.pt https://www.facebook.com/andre.ndac Atendimento – Mediante marcação prévia

ACÇÃO SOCIAL Prémio EPSA 2017 Verão Sénior_6

ENTREVISTA Joaquim Couto

REPORTAGEM

Pelouros: Acção Social, Comércio e Turismo, Comunicação, Cultura, Educação, Espaço Público, Grandes Opções Estratégicas, Habitação, Protecção Civil e Socorro, Recenseamento Eleitoral, Recursos Humanos, Segurança, Transportes, Urbanismo e Ordenamento do Território, Serviços Administrativos, Equipamentos, Informática e Técnicas de Informação

Maria Teresa Cruz de Almeida // Secretária teresa.almeida@jf-campolide.pt Atendimento: 4.ª feira das 10.30 às 13.00 Pelouros: Abastecimento e Iluminação Pública, Defesa do Meio Ambiente, Igualdade de Oportunidades, Património, Saneamento e Higiene Urbana,Toponímia e Colectividades

Recursos Humanos

CULTURA

Duarte Miguel Rafael Sapeira // Tesoureiro

Campolide na literatura

Atendimento: mediante marcação prévia

duarte.sapeira@jf-campolide.pt Pelouros: Desporto, Juventude, Recreio e Tempos Livres

ESPAÇO PÚBLICO Rua onde moro

Maria Cândida Cavaleiro Madeira // Vogal

COLECTIVIDADES Sport Lisboa e Amoreiras

candida.cavaleiro.madeira@jf-campolide.pt Atendimento: mediante marcação prévia Pelouros: Desenvolvimento Económico e Saúde

GENTE NOSSA Eduardo Martins

Miguel belo marques // Vogal

BREVES

André Couto | Direcção Sofia Julião | Coordenação Sofia Julião | Redacção Junta de Freguesia de Campolide | Propriedade Leandro Oliveira | Paginação João Barata | Fotografia 121904/98 | Depósito Legal 9 000 exemplares | Tiragem Distribuição Gratuita *As empresas privadas presentes nesta edição efectuaram doações para a Acção Social da JFC

miguel.marques@jf-campolide.pt Atendimento: mediante marcação prévia

Assembleia de Freguesia Presidente // Joaquim Couto Rodrigues da Silva / PS 1º Secretário // Carlos José Reis Lopes Ramos / PS 2º Secretário // Maria Cristina Santos Costa Gomes / PS Restantes Membros: José Pereira da Costa, Maria Antónia Ramos Serra, Adriana Rafaela Gonçalves Quadros, José Pimenta Ribeiro, António Jorge Saraiva Marcelo

Coligação Sentir Lisboa

João Manuel Costa Magalhães Pereira, Luisa Isabel Pina Teixeira, Amish Vijay Laxmidas Carlos Artur Ferreira de Moura

EDITORIAL UM ABRAÇO As eleições são o que a política e a democracia têm de mais bonito. A cada quatro anos, como em nenhum outro trabalho, as pessoas que exercem funções como as minhas vêm os seus lugares colocados à consideração do Povo, que tem a hipótese de rescindir contrato, unilateralmente, com justa causa. É isso que dá à função autárquica a adrenalina de uma conquista diária, sem espaço para os lugares adquiridos.

Pela segunda vez, desde que os Vizinhos e Vizinhas me atribuíram esta responsabilidade, eu cesso funções e olho o passado. A avaliação do trabalho realizado será feita individualmente. Eu, como Povo que também sou, tenho a minha opinião.

Vivemos hoje uma Campolide de cara lavada, irrequieta e optimista.

Continuamos a ter problemas, mas resolvemos muitos e temos caminho aberto e estratégia definida para resolver muitos mais.

Campolide acordou.

"Um abraço!", são as minhas últimas palavras deste mandato.

Um abraço à equipa que são todos os trabalhadores e trabalhadoras da Junta de Freguesia de Campolide, pela confiança em seguirem o rumo que o meu leme foi determinando e porque foi vosso o mérito do trabalho e da construção diária da nossa Freguesia.

Por fim, um abraço a todos os Vizinhos e Vizinhas que me deram o gosto do diálogo, da participação, do meu crescimento e da construção conjunta, sempre critica e atenta, desta nova visão de Freguesia.

Até já!

JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE Rua de Campolide, 24 B – Tel: 21 388 46 07 e-mail: geral@jf-campolide.pt www.jf-campolide.pt Reunião aberta: Primeira 4.ª feira de cada mês

ACÇÃO SOCIAL

Campolide ganha prémio europeu A Junta de Freguesia de Campolide ganhou o EPSA 2017, o mais importante galardão internacional para as boas práticas da Administração Pública, com o seu projecto Pago em Lixo. Uma vitória de todos, para todos.

Mais um capítulo do reconhecimento das boas práticas da nossa freguesia.

A

Junta de Freguesia de Campolide ganhou mais um prémio. E desta vez, a distinção tem um sabor muito especial porque o EPSA 2017 foi atribuído graças ao projecto Pago em Lixo, uma iniciativa cujo indiscutível sucesso se deve à participação maciça dos Vizinhos e Vizinhas de Campolide.

“Ficamos muito felizes pelo reconhecimento externo e, desta vez, até mesmo ao nível internacional.

Quero realçar que este projecto não é da Junta de Freguesia de Campolide, é de toda a comunidade, porque o grande sucesso dele foi a adesão das pessoas que responderam, mais uma vez, a este desafio”, reage André Couto, o Presidente da JFC, ao ter conhecimento do prémio.

“O EPSA – European Public Sector Awards, é um prémio europeu atribuído a projectos desenvolvidos pela Administração Pública que se destaquem enquanto exemplos de boas práticas. Esta é a sexta edição do EPSA, que é bienal, mas já tínhamos

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

ganho um prémio em 2015, com o Celeiro Solidário. Agora voltámos a vencer, com o Pago em Lixo, resume Sara Loubser, do Departamento de Acção Social.

Um projecto de sucesso O Pago em Lixo, programa que apela à entrega de resíduos sólidos (vidro; papel e cartão; plástico e embalagens) foi criado como um projecto multidisciplinar, “tendo em vista a intervenção no âmbito dos resíduos urbanos, e uma estratégia de recolha e reciclagem, mas, ao mesmo tempo, como uma medida de incentivo ao comércio tradicional na Freguesia, onde se pode usar o LIXO, a moeda que resulta da entrega dos referidos resíduos”, explica Joana Lopes, coordenadora do projecto.

E acrescenta que “foi precisamente essa abordagem diversificada, em distintos sectores, que se revelou essencial para que nos atribuíssem, o prémio”.

Até ao final de Junho, foram recolhidos 2003 Kg de vidro (ecoponto

verde); 963 Kg de plástico e embalagens (ecoponto amarelo) e 1073 Kg de papel e cartão (ecoponto azul).

Uma avaliação completa Sob o tema “Um Sector Público Inovador em 2017: Novas Respostas para Desafios Complexos”, a edição de 2017 do EPSA procura reconhecer e promover práticas em administrações públicas que revelem uma abordagem inovadora na execução das políticas públicas europeias em resposta aos desafios complexos, multidimensionais (ou seja, cujas causas e soluções são transversais a diferentes áreas).

A Junta de Freguesia de Campolide foi premiada nesta edição de 2017, na categoria de “Administração Local e Supra-local” (as outras duas são “Nacional/Europeu” e “Regional”). Os projectos são avaliados por um júri constituído por 15 peritos/especialistas do sector público, sector privado e académicos, provenientes de nove países diferentes. No total, são sete os critérios de avaliação:

MAPA ACÇÃO AFECTIVO SOCIAL

1) Inovação – A novidade da solução e a capacidade de alavancar novas práticas na Administração Pública 2) Envolvimento dos Stakeholders (partes interessadas) – Por exemplo, através da cooperação entre o sector público e a sociedade civil e/ou consultas públicas 3) Relevância das acções – A forma como o projecto responde às necessidades e constrangimentos do contexto, dos públicos-alvo e dos beneficiários finais 4) Impacto/Resultados – Realização dos objectivos e actividades planeadas; evidência dos benefícios, impacto visível e resultados tangíveis 5) Sustentabilidade – Elementos que assegurem a sua sustentabilidade para além do período inicial de execução dos seus objectivos e das suas actividades, incluindo consi-

derações sobre a sustentabilidade financeira 6) Transferibilidade e Capacidade de Aprendizagem – Instrumento de aprendizagem para outras entidades, potencial de replicação noutros contextos (diferentes Estados Membros e níveis de Administração Pública) 7) Inclusão Social – Ponderação na concepção e execução de questões de diversidade, incluindo entre outras: género, idade, localização geográfica ou deficiência Preparar o futuro Conquistada mais esta distinção, é tempo de preparar o futuro. “Em 2015 já tínhamos ganho um EPSA pelo Celeiro Solidário, agora ganhámos na parte ambiental e da sustentabilidade com o Pago em Lixo. Mas não ficaremos por aqui: já temos em desenvolvimento na nossa estrutura uma nova proposta que será uma boa continuação para

esta senda de projectos de sucesso”, revela o Presidente da JFC. E justifica a aposta em iniciativas desta natureza: “Para nós, é muito importante percebermos que isto nos ajuda a conseguirmos um dos nossos principais propósitos, a afirmação do orgulho de pertencer a Campolide, de fazermos, todos em conjunto, a nossa Freguesia. Campolide tem sido uma incubadora de ideias, local de trabalho de uma equipa fantástica e de uma comunidade magnífica que tem aderido com entusiasmo, o que tem permitido que se assuma autonomamente nos vários programas em que está a competir”.

Os prémios EPSA 2017 serão entregues durante um evento que decorrerá entre 20 e 22 de Novembro em Maastricht e contará com a cerimónia de celebração sobre os 25 anos da assinatura do Tratado de Maastricht. Esta vitória é também a demonstração de como há óptimos exemplos de gestão local no nosso país, dignos de captar a atenção dos nossos parceiros europeus. nc

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ACÇÃO SOCIAL

UM VERÃO SEM IDADE, COM MUITAS EM O último dia de actividades do Verão Sénior terminou de forma emocionante, com agradecimentos, muitos beijos e abraços e até umas lagrimitas mais teimosas.

D

urante duas semanas, o Verão Sénior, programa do Pelouro da Acção Social da Junta de Freguesia de Campolide, permitiu aos Vizinhos e Vizinhas inscritos um programa diário, com visitas a destinos turísticos do país, a boa gastronomia portuguesa, aulas de ginástica ao ar livre e, naturalmente, uns belíssimos momentos de praia.

O Notícias de Campolide acompanhou-os no último dia desta autêntica festa, que ninguém esquecerá.

Logo no início do trajecto, toda a camioneta foi contagiada pela música popular que serviu de banda sonora ao longo do dia. E as vozes mais afoitas começaram a dar um ar da sua graça. O primeiro destino era Torres Vedras, para conhecermos o Convento e a Igreja da Graça, assim como a exposição sobre as invasões francesas, já que a Região

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Oeste teve um papel muito importante na contenção das tropas de Napoleão Bonaparte.

Irene Fernandes só veio esta semana, mas está a apreciar tudo.

“Um dia destes fomos ao cinema ver um filme muito antigo sobre um fantasma. Gostei muito. Faz-me muito bem todo este convívio, estava habituada a passear muito, mas sempre com o meu marido”, confessa-nos, acabando por desvendar a viuvez recente.

No Centro de Interpretação da Batalha do Vimeiro, olhámos por uma extensa vidraça para a colina onde se desenrolaram os combates entre as tropas de França e o exército Luso-inglês, enquanto aprendíamos pormenores bastante interessantes.

Já imaginaram um homem de metro e meio, com uma espingarda do mesmo tamanho, que demora quase meio minuto a ser carregada?!

Pois, a vida não era fácil para os combatentes do século XIX...

A jogar em casa João Porfírio dos Santos, 76 anos, nasceu ali perto, na Maceira, Concelho de Leiria. “Trabalhei aqui, no campo, na agricultura. Em 1962 fui para África e regressei em 1965, quando fui viver para Campolide”.

Apreciador da natureza, gostou bastante “das caminhadas na Costa da Caparica, da ida à praia do Tamariz e das sessões de ginástica, com o David”.

O David a quem se refere, é David Santos, 30 anos, um dos três monitores que diariamente acompanham o grupo. “Fascina-me a vontade e a disponibilidade de pessoas desta idade, que fazem questão de passarem estes dias juntos”, confessa-nos.

Depois de um faustoso almoço,

ACÇÃO SOCIAL MAPA AFECTIVO

MOÇÕES Fotografias: João Barata

é tempo de bailarico. Literalmente falando, já que poucos resistiram a vários pezinhos de dança (ou poucas, já que o grupo conta com 36 senhoras e apenas quatro homens).

Muitos sucessos populares, alguns cantados em coro, fizeram as delícias de toda a gente.

Dançar com a vida José Marques, mecânico reformado, 62 anos de uma vida com altos e baixos, é um dos desses quatro cavalheiros, animado ao longo de toda a tarde, brincalhão e atento – cada música pede um par novo, cada refrão dá direito a uma nova gargalhada.

“Moro em Campolide há dois anos, mas sou do bairro”, afirma convictamente. “É um local onde há solidariedade e amigos, fui muito bem recebido por toda esta gente. E admiro muito o trabalho que a JFC está a

fazer, revela muita humanidade, amor e carinho”, considera este homem que tem fintado as tristezas com uma força incomparável de saborear a vida e partilhá-la com os outros.

Ana Cristina tem 34 anos e está na JFC há seis, os mesmos há que acompanha este programa de Verão.

A alegria com que ri e dança com os nossos seniores é a melhor demonstração da forma como os monitores encaram o seu desempenho. Aliás, é justo dizer-se que os três elementos da equipa são incansáveis.

O jovem trio é coordenado por Cíntia Matias, de 32 anos, que está há cerca de um ano na JFC. “São pessoas incríveis, com histórias de vida que nos ensinam alguma coisa”, considera a responsável pela equipa de Verão, que iniciou as suas funções em 2016, curiosamente, com o Vamos à Aventura, o projecto sazonal dedicado às crianças e jovens de Campolide.

Propositadamente, deixámos para o final desta reportagem a figura de Fátima Lopes, a “tia” Fátima Lopes como é conhecida por quase todos.

Uma autêntica força da natureza, dançarina permanente ao longo das várias horas em que Zé Carlos, O Bacano, extraía do seu órgão as melodias que todos conhecem e enchia o salão com a sua voz forte. Ouviram-se várias marchas, O Pai da Criança, Maria Papoila, Cinderela, de Carlos Paião, ou um muitíssimo participado Apita o Comboio. “Por mim, não eram duas semanas, era uma semana por mês”. A nossa Vizinha Fátima foi a primeira a começar a cantar e a última a parar, quando regressávamos a Campolide. E não se calou por estar rouca.

Lembram-se das tais lagrimitas do início do texto? Pois é, as emoções foram mais que muitas e tomaram conta de todos. nc

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ENTREVISTA

“O exercício da Democracia só existe com a participação dos cidadãos”

Notícias de Campolide (NC): Oito

anos de presidência na Assembleia de Freguesia de Campolide (AFC).

Quais as maiores mudanças a que assistiu na comunidade?

Joaquim Couto (JC): A principal mudança que gostaria de sublinhar, foi termos conseguido atrair o máximo de pessoas a participar nas assembleias de freguesia, a dar contributos e a fazer as suas críticas. Com a aprovação do novo Regimento, em 2015, que substituiu o de 2008, o Público passou a poder intervir no início dos trabalhos e não no final, durante um período de 60 minutos. Passámos a ter assembleias ainda mais abertas, participadas e, por vezes, saudavelmente acaloradas.

NC: Que vantagens levaram à mudança de local onde a própria Assembleia se realiza?

JC: A Freguesia estava divorciada da sua Junta. As assembleias do anterior Executivo – estou há dois mandatos e este será o último – eram feitas numa pequena sala sem condições, pouco publicitadas e realizadas a horas de-

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

sadequadas. Com o actual Executivo, com as novas instalações do Auditório Adácio Pestana, foram criadas excelentes condições para os partidos e para o Público que, nomeadamente, passou a poder intervir no início dos trabalhos. A proximidade que a Junta e a Assembleia estabeleceram com a população e com os eleitos é da maior relevância e significado.

NC: Que desafios acrescidos trouxe a delegação de competências dos últimos anos?

JC: A Assembleia de Freguesia tem um papel relevante no exercício do poder autárquico. A Junta é a célula primeira em que as pessoas têm um contacto com o poder. A Câmara está mais distante; a Assembleia da República e o Governo, mais distantes ainda. Compete à AF apreciar e fiscalizar a acção do Executivo, é um conjunto de competências enorme que, em geral, o grande público desconhece. As Juntas de Freguesia têm, hoje, um papel alargado no exercício do Poder Local. As autarquias são dotadas de autonomia administrativa,

Fotografias: João Barata

No final do seu segundo mandato, Joaquim Couto Rodrigues da Silva, presidente da Assembleia de Freguesia de Campolide, prepara-se para abandonar o cargo. É tempo de balanço.

financeira e patrimonial. O exercício das funções autárquicas exige, cada vez mais, autarcas preparados para os novos desafios e funções. Felizmente, Portugal tem uma plêiade de jovens políticos que pela sua preparação e acção, estão a transformar o panorama do poder local e nacional.

Importa criar e dar oportunidades a esta nova geração.

Os eleitos pelos diversos partidos, os deputados de freguesia, colaboram e participam na gestão da coisa pública, a população, paralelamente, deve acompanhar e dizer de sua justiça.

NC: Recentemente, assinalaram-se os

40 anos do Poder Local Democrático.

O que mudou na mentalidade, na informação e no grau de exigência dos portugueses, face ao Poder Local?

JC: Mudou tudo! O 25 de Abril veio

ESPAÇO ENTREVISTA PÚBLICO

trazer condições únicas. O exercício da Democracia só existe com a participação dos cidadãos. Os eleitos pelos diversos partidos, os deputados de Freguesia, colaboram e participam na gestão da coisa pública, a população, paralelamente, deve acompanhar e dizer de sua justiça.

NC: Na sua mensagem de 2013 afirmou: “Impõe-se reflectir sobre a missão e os novos desafios que se colocam com especial acuidade, hoje, aos autarcas e às autarquias”. O que poderá, ou deverá, mudar nos anos mais próximos, quanto à forma de exercer o poder autárquico?

JC: No aspecto legislativo, julgo que estamos bem. Agora, é uma questão

de mentalidade. O presente que é a projecção do futuro deve pertencer aos mais novos, às novas mentalidades. Temos jovens políticos nas juntas, nos municípios e no poder central, bem preparados e competentes. Impõe-se que os políticos em geral saibam quando devem retirar-se e dar lugar a esta nova geração que está igualmente, ou até melhor preparada.

NC: Conhece bem a realidade de Campolide. Quais são as memórias mais antigas da Freguesia?

JC: Aqui casei, aqui tivemos um filho e aqui vivi sempre. Campolide des-

pertou de uma letargia de décadas.

Tem mais centralidade. Está mais moderna, mais limpa, mais segura, mais solidária.

Apetece viver em Campolide!

NC: Há pouco, salientava que este é o segundo e último mandato e já referiu a questão de dar lugar a outros. O que é que o cidadão Joaquim leva destes dois mandatos?

JC: Levo essencialmente uma gratidão enorme de ter tido a oportunidade de lutar com outros cidadãos por uma Campolide mais próxima, mais solidária, mais moderna. Ter conseguido, com outros, que a Assembleia de Freguesia fosse um lugar de discussão aberta e de participação cívica. Do Público e dos diferentes partidos representados na Assembleia recebi a melhor colaboração e ajuda. Foram anos gratificantes que não esquecerei! nc

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ACÇÃO SOCIAL REPORTAGEM

Equipas

ao seu serviço Departamento de Recursos Humanos

Há serviços cujas funções são transversais a toda estrutura da Junta de Freguesia de Campolide. Este mês, vamos conhecer um deles, o Departamento de Recursos Humanos.

A

inda me lembro quando fazíamos os cadernos eleitorais à mão, em três cópias, e todos os ficheiros dos Vizinhos e Vizinhas... chegaram a ser perto de 32 mil pessoas” recorda Francisca Guerreiro, a mais antiga funcionária do Departamento de Recursos Humanos, há 36 anos na Junta de Freguesia de Campolide.

Na verdade, o departamento, tal como hoje existe, só foi criado em 2014, resultante da Reforma Administrativa e da transferência de competências, por parte da Câmara Municipal de Lisboa. “Éramos oito funcionários, na JFC, hoje somos 64.

Muitas das tarefas que agora são da nossa responsabilidade eram definidas caso a caso, ano após ano”, explica-nos Catarina Esteves, que chefia esta unidade. Grande parte das dificuldades, derivam justamente de ser um “departamento novo, mas que tem de lidar com pessoas que já não são novas na estrutura, ou seja, estão agora sujeitas a obrigações que não existiam e procedimentos do quotidiano que implicam uma certa adaptação”, explica-nos.

Sendo um serviço interno transversal a todos os outros, este é um universo “muito burocrático, na Função

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Pública tudo tem de estar escrito”. Tome-se como exemplo o trivial Abono de Família. Consoante a data de contratação do trabalhador em questão, assim o montante a calcular. Devido aos constrangimentos introduzidos nos anos mais recentes, fruto das condicionantes económicas, o valor pode ser da responsabilidade da Caixa Geral de Aposentações (os mais antigos) ou da Segurança Social (os restantes). No fundo, é como se existisse um abono “antes da crise e outro depois”, simplifica Catarina Esteves.

A rigidez das leis É aqui que se preparam contratos, processam salários e gerem penhoras, em caso de dívidas a entidades estatais. Mas é também a esta sala que recorre quem necessita de ajuda em algum aspecto mais complexo na lida com as Finanças, no estabelecimento de condições de acesso a algum subsídio, ou ainda quem necessita de enquadramento legal na sequência de um acidente de trabalho. Aliás, todas as questões relacionadas com Higiene e Segurança no Trabalho (incluindo um relatório regular, que abrange a sinalética,

contabilização e responsabilização pelos extintores ou equipamentos de primeiros-socorros) são igualmente asseguradas por esta equipa.

Um aspecto preponderante é a legislação laboral, fundamental para o enquadramento de novas contratações, adendas às anteriores, contextualização de novas situações criadas por alterações jurídicas e outras tonalidades legais, que nos recordam como as decisões nem sempre são a preto e branco. “Cada vez que surge um problema, é necessário aferir com o que a Lei diz, ou até mesmo consultar casos que

REPORTAGEM Fotografias: João Barata

Um trabalho contínuo

já tenham ocorrido em outra Junta de Freguesia”, explica a responsável pelo departamento.

Departamento que é, na verdade, um triângulo feminino, completado por mais uma Catarina, Costa de seu apelido, há um quarto de século na JFC. Contudo, o mês de Agosto tem destas coisas, e quando preparámos esta reportagem, encontrava-se ausente, a gozar um mais que merecido descanso. Quem passa o ano a resolver as condições de trabalho dos colegas, também tem, naturalmente direito a usufruir da causa própria, por assim dizer.

Enquanto falamos, Francisca vai conferindo dados, alinhando nomes com confirmações de frequência ou ausência, justificações de faltas, comprovativos de baixa médica e outros dados necessários: “faz parte das minhas funções o controlo das faltas e ausências – pode parecer a mesma coisa, mas não é – de todos os elementos da JFC”. A aferição de presença é feita por via biométrica, ou seja, pela leitura electrónica da íris – longe vão os tempos de picar o ponto, expressão que fica agora remetida para um passado pré-tecnológico.

Francisca prossegue na descrição de um mundo que tão bem conhece.

“Tenho também a meu cargo a área da Formação. Fazemos uma recolha periódica das necessidades de cada departamento nesse âmbito e, mediante a oferta que haja no mercado e

a disponibilidade de ambas as partes, articulamos a implementação dessas actividades”. Catarina Esteves aproveita o tópico para nos contar sobre um importante projecto, em desenvolvimento. “Muito em breve, através da Rede Emprega, do Instituto de Emprego e Formação Profissional, vamos conseguir que os funcionários da JFC terminem a Escolaridade Obrigatória, mesmo nas nossas instalações. Era uma das coisas que mais queria ver acontecer... com a delegação de novas competências, contratámos muita gente com baixa escolaridade, que estaria forçosamente afastada do mercado de trabalho... é uma enorme mais-valia para a vida destas pessoas”, resume, não escondendo alguma emoção. Afinal, se cada departamento tem os seus recursos, não será por acaso que na designação deste está bem patente a nossa condição. Humanos. nc

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CULTURA

CAMPOLIDE NA LITERATURA A ficção é uma óptima forma de aprender História.

Aqui lhe deixamos cinco sugestões de livros com Campolide em pano de fundo.

N

esse dia já longínquo de Fevereiro, corria o ano da graça de 1841, subiu ao patíbulo para expiar na forca as muitas vidas que roubara.” Assim começa Segredos de Amor e Sangue (Casa das Letras; 2014) romance de Francisco Moita Flores, criado a partir do mais famoso assassino português do final do século XIX. Assaltava, matava e lançava os corpos das vítimas do alto do Aqueduto das Águas Livres.

O narrador é Manuel Alcanhões, taberneiro de Alfama, apaixonado por Isabel e seguidor dos ensinamentos de um padre miguelista.

Mas não foi este o único livro a recorrer a tão vil figura, cujos propósitos nunca chegaram a ser completamente desvendados. Anabela Natário descreve a história e todo o ambiente em que ela decorreu no seu romance O Assassino do Aqueduto (Esfera

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

dos Livros; 2014). A autora coloca os personagens a referir diversos acontecimentos verídicos, fruto de uma aprofundada investigação em jornais da época e uma consulta às peças do processo judicial contra Diogo Alves.

E também a Banda Desenhada recriou a figura do macabro assassino, cuja cabeça decepada se encontra conservada em formol na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Vil – A Tragédia de Diogo Alves, com texto de André Oliveira e desenhos de Xico Santos (Kingpin Books; 2015) é um livro que retira partido das interrogações que subsistem, para criar uma narrativa simbólica, com diferentes níveis de leitura.

Mas nem só Diogo Alves colocou Campolide nas páginas da Literatura. Recentemente, Silêncio, livro de Shusaku Endo (Dom Quixote; 2010) ganhou redobrada visibilidade pela

sua adaptação ao cinema por Martin Scorcese. Ambientado no século XVII, conta-nos a história de um missionário português envolvido na conversão dos povos orientais e de dois alunos seus que vão para o Japão à sua procura. São jesuítas, ordem religiosa intimamente ligada à História de Campolide, uma vez que o actual polo da Universidade Nova era o Colégio dos Jesuítas.

E para os mais pequenos, também há escolha. A JFC publicou este ano, por ocasião do Dia Mundial da Criança, À Descoberta de Campolide, uma história escrita por Maria João de Figueiro Rego e desenhada por Luís Anglin. Um avô e o seu neto em passeio pela Freguesia são a forma adequada de ensinar sobre os principais locais aos mais novos. Para ter um exemplar (gratuito) basta deslocar-se à sede da JFC e requisitá-lo. nc

ESPAÇO PÚBLICO MAPA AFECTIVO

A RUA ONDE MORO Calçada dos Mestres

Q

uando abordamos a toponímia, ou seja, a origem dos nomes das ruas e lugares, esta é uma artéria fundamental para a Freguesia de Campolide. A sua designação é uma homenagem aos que idealizaram e construíram o Aqueduto das Águas Livres, mandado construir pelo Rei D. João V, para abastecer Lisboa de água. O Alvará que ordena o início da intervenção é de 1731, mas as obras só começaram em 1740. Imponente e sólido, este trabalho ímpar de arquitectura e engenharia resistiu mesmo ao Terramoto que devastou Lisboa, no ano de 1755.

Norberto Araújo (1889-1952), o mais importante estudioso da His-

tória de Lisboa, salientava como essa via de acesso era anterior à obra, ao escrever nas suas Peregrinações em Lisboa (um célebre conjunto de volumes publicados na década de 30 do séc. XX): “A Calçada dos Mestres – muito mais antiga, serventia natural de trânsito – comemora genericamente os Mestres da obra do Aqueduto, e não passava de um caminho, não devendo pois contar-se como rua de bairro novo”.

Porém, uma obra tão ambiciosa mudou tudo. Foram muitos os que vieram para esta zona em busca de trabalho, acabando por fixarem morada na Encosta de Campolide. Nascia o Bairro da Liberdade, justamente destinado a acolher os milhares de

operários. Pela Calçada dos Mestres, terão ficado os mestres da obra.

Nos finais do século XIX, junto à Calçada, foi construído um novo conglomerado de casas, o Bairro Novo de Campolide, onde se incluem ruas com os nomes de escultores (Vítor Bastos e Soares dos Reis) ou militares (como Dom Carlos de Mascarenhas, General Taborda ou Conde das Antas). É curioso realçar que, do lado oposto da Calçada dos Mestres, nasceu o Bairro Social da Calçada dos Mestres (na primeira metade da década de 40 do século XX), cuja toponímia é apenas numérica, assim definido por um Edital municipal, datado de 15 de Março de 1950. nc

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COLECTIVIDADES

UM LOCAL ENTRE DOIS TEMPOS Sport Lisboa e Amoreiras

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uís Filipe – assim mesmo, sem mais apelidos, como faz questão de frisar – dirige o Sport Lisboa e Amoreiras “há cerca de 15 anos”, mas a relação com o clube é muito mais antiga. “Faço

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

parte da direcção há uns 50 anos. Só tive um interregno para ir à tropa”, explica-nos, divertido.

Uma placa afixada na parede, com uma dezena de nomes alinhados, confirma a origem da aventura: “Estes 10 homens, no dia 5-11934, debaixo da árvore em frente ao mini-ginásio, fundaram o Sport Lisboa e Amoreiras”. Os tempos eram outros e a animação muito diferente.

“Desde muito cedo que fiz parte da Comissão de Festas, havia muito amor às colect iv idades, as pessoas paravam todas aqui”, recorda. E houve dias muito especiais. “Quando foi inaugurada a Televisão a cores em Portugal, com um Festival da Canção, tivemos aqui mais de 200 pessoas para assistir. Cada um ia deixando uma moeda, ao fim de um mês o televisor estava pago”, conta-nos.

Estão alojados na Rua Professor Sousa da Câmara desde 1976. A primeira sede foi ali perto, no nº 11 da Rua de Campolide, o local onde Luís Filipe conheceu a mulher. A família foi crescendo, mantendo o hábito comum de frequentar o clube: “os meus filhos... os meus netos... isto é a casa deles”.

Basquetebol, Futebol, Futsal ou Ginástica, foram algumas das actividades desenvolvidas ao longo dos anos.

Mas o ponto forte eram outras duas modalidades, o Ténis-de-mesa e, acima de tudo, o Xadrez. “O meu filho foi disputar campeonatos internacionais no Brasil, Hungria, Espanha... foi vice-campeão nacional”, evoca, com natural orgulho.

Hoje, são cerca de uma centena, os sócios da casa, e “uns 90%, bem puxadinhos na idade”, confessa. Na sala ao lado, joga-se às cartas e põe-se a conversa em dia. A actividade mais concorrida é o baile semanal, ao Domingo à tarde, quando a música que chega ao passeio no exterior dá conta do ambiente festivo.

Nas traseiras, um pátio, hoje sem utilização, aguarda por melhores dias, na sequência das anunciadas obras da Vila Romão da Silva, que irão mexer com toda a estrutura do edifício. Por isso, estes dias são de emoção e alguma expectativa, como é compreensível. “A maior tristeza que vou ter, vai ser no dia em que isto for abaixo, andei aqui muitos dias a acartar com sacas de cimento, a ajudar nas obras.

Mas acredito que a maior alegria vai ser quando se inaugurar as instalações definitivas.” nc

GENTE NOSSA MAPA AFECTIVO

Eduardo Martins Fotografia: João Barata

Um guardião de memórias

É

o mais antigo morador da Vila Romão da Silva (na Rua Professor Sousa da Câmara) e, certamente, um dos guardiões da memória da Freguesia.

Eduardo Martins Clemente nasceu em Loures, mas veio morar para esta Vila operária com apenas quatro anos e hoje, com 86 anos completados, ainda é aqui que vive.

“Os meus pais eram trabalhadores rurais, mas depois o meu pai foi para a tropa e quando voltou entrou para a Polícia. Acabámos por vir morar para Lisboa, o meu pai foi sub-Chefe na Esquadra do Caminho Novo, onde era a Emissora Nacional”, conta-nos, com o sorriso simpático que vai manter ao longo de toda a conversa.

Aliás, a cumplicidade e afabilidade com que todos o tratam na rua onde mora, é a prova de uma vivência feliz, no bairro que cedo fez seu. “Jogava-se

à bola, ao pião… para andarmos de baloiço, arranjávamos umas sacas, uns paus, uns cavaletes… e inventávamos o nosso baloiço”, recorda.

Nas suas memórias entram também a Rádio Peninsular, “que era aqui ao lado, na Rua de Campolide”, o Campo da Aliança, “onde se fez o Quartel de Artilharia 3”, ou a Fábrica dos Pentes, na Freguesia vizinha. “A fábrica pertencia ao dono destas terras todas. O pátio onde eu moro foi feito inicialmente para os operários dele, com um acordo entre um português e um chinês, um ficou com as terras, o outro, com as casas”, explica-nos.

Confessa ter algum receio face ao futuro da sua habitação de sempre. “Quando a minha mãe morreu, eu devia ter feito uma declaração para ter direito à casa. Não o fiz, hoje tenho um contrato, mas sem caução, não sei como vai ser se isto for demolido…”

Estudou na Escola Industrial Machado de Castro e foi serralheiro mecânico. Trabalhou no Instituto Pasteur, uma década e meia, mais 26 anos na Plessey - Automática Eléctrica Portuguesa, em Cabo Ruivo, então um dos centros fabris da região de Lisboa.

“Aquilo era um conjunto de grandes empresas, havia a refinaria da Sacor, o Baptista Russo, que dava assistência à BMW…”, vai desfilando.

Hoje, divorciado, quase todas as manhãs, tem a sua agenda bem definida.

Apanha o autocarro e vai até à Alameda D. Afonso Henriques, fazer exercício. Muitas vezes vai almoçar com a neta. Depois, regressa, e a tarde inclui umas cartadas com os amigos do bairro, no Sport Lisboa e Amoreiras, onde não há quem não o conheça. “A malta daqui viveu sempre independente, como se fosse uma província”, resume, com o tal sorriso. nc

EDIÇÃO Nº77 SETEMBRO 2017

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BREVES NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE SETEMBRO 2017

Cidadania Campolide solidária com Pampilhosa da Serra A Protecção Civil da Junta de Freguesia de Campolide e o Presidente, André Couto, foram entregar à Corporação dos Bombeiros Voluntários da Pampilhosa da Serra os produtos alimentares angariados, na sequência dos incêndios que assolaram a região. Agradecemos a todos os Vizinhos e Vizinhas que participaram e contribuíram nesta angariação. Mais uma vez, ficou bem patente a solidariedade da nossa comunidade.

Obrigado pelo vosso apoio!

3838 RE (espaço) nº de identificação civil constante no bilhete de identidade ou cartão de cidadão (espaço) data de nascimento (no formato AAAAMMDD), contacto telefónico – LINHA DE APOIO AO ELEITOR 808 206 206 (custo de chamada local) ou junto da JFC.

Junho:

- Rua Professor Sousa da Câmara - Rua Dom Carlos de Mascarenhas - Rua Vítor Bastos - Rua Leandro Braga

Maio:

- Travessa das Irmãzinhas dos Pobres - Rua José Felicidade Alves - Rua General Taborda - Campo de Jogos da Serafina - Rua Soares dos Reis - Urbanização Vale de Alcântara - Rua André de Melo e Castro

Abril:

- Calçada da Quintinha

Março:

- Alto do Carvalhão

Higiene Urbana Lavagem de ruas Agosto:

- Rua Inácio Pardelhas Sanchez - Parque de estacionamento - Impasse da Av. Conselheiro Fernando de Sousa - Rua do Arco do Carvalhão

Cidadania Eleições Autárquicas 2017 Dia 1 de Outubro têm lugar em todo o território nacional eleições autárquicas, destinadas a eleger 308 presidentes de câmaras municipais, os seus vereadores e assembleias municipais, bem como as 3092 assembleias de freguesia, das quais sairão os executivos das juntas de freguesia. É conveniente, atempadamente, procurar resposta a todas as dúvidas que tenha. Pode fazê-lo pelo Portal do Recenseamento – www.recenseamento.mai.gov.pt; por SMS –

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Julho:

- Recinto do Arraial - Praça de Campolide - Rua Manuel Azevedo Fortes - Rua Honorato José Correia - Rua Reinaldo Manuel dos Santos - Alto do Carvalhão - Rua Martim de Pina Proença - Rua António Guedes Pereira - Rua André de Melo e Castro - Rua Reinaldo Manuel dos Santos - Rua Francisco Rodrigues Lobo - Rua da Samaritana - Rua de Campolide - Vila Romão da Silva - Rua Aviador Plácido Abreu - Largo Monterroio Mascarenhas

Agradecimento "Aproximando-se o fim do mandato, quero agradecer a prestimosa colaboração, bem como o trabalho competente desenvolvido pelos trabalhadores da Higiene Urbana. Sem eles, não teria sido possível manter as ruas e avenidas da nossa Freguesia sempre limpas. Foi um trabalho árduo, mas ao mesmo tempo muito gratificante. A Equipa que agora fica na Higiene Urbana tem todas as condições de continuar o trabalho desenvolvido. A eles o meu agradecimento.

A responsável pelo Pelouro, Maria Teresa Almeida"

HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

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2ª A 6ª FEIRA 09H30 ÀS 16H00 2ª FEIRA - 09H30 ÀS 12H30 4ª FEIRA - 14H00 ÀS 16H00 6ª FEIRA - 09H30 ÀS 12H30

2ª FEIRA - 09H30 ÀS 12H30 4ª FEIRA - 14H00 ÀS 16H30

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8 0 8 20 3 232 HIGIENE URBANA Entrega Contentores (CML)

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