WWW.FACEBOOK.COM/JFCAMPOLIDE
ANO XV Nº 69 JULHO 2016 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE
8 LUGAR
A UNIÃO FAZ A FORÇA
ARRAIAL SANTOS À CAMPOLIDE A FESTA QUE AQUI FIZEMOS pág. 8
FERNANDO MEDINA VISITA À FREGUESIA pág. 20
O Celeiro Solidário da Junta de Freguesia de Campolide facultou
228.408
DOSES até ao fim de Junho de 2016
246.010Kg de
FRUTA/VEGETAIS
455.028 unidades de COMPLEMENTOS (sobremesas, pão, iogurtes, leite, etc.)
ÍNDICE
EXECUTIVO
EDITORIAL
André Nunes de Almeida Couto Presidente
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andre.couto@jf-campolide.pt https://www.facebook.com/andre.ndac Atendimento – Mediante marcação prévia Pelouros: Acção Social, Comércio e Turismo, Comunicação, Cultura, Educação, Espaço Público, Grandes Opções Estratégicas, Habitação, Protecção Civil e Socorro, Recenseamento Eleitoral, Recursos Humanos, Segurança, Transportes, Urbanismo e Ordenamento do Território, Serviços Administrativos, Equipamentos, Informática e Técnicas de Informação.
MARCHA DA BELA FLORCAMPOLIDE 4
A união faz a força ASSEMBLEIA DE FREGUESIA Homenagem a Mestre Kiyoshi
Maria Teresa Cruz de Almeida Secretária
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Kobayashi
teresa.almeida@jf-campolide.pt Horário de atendimento: 4.ª feira das 10.30 às 13.00
ARRAIAL SANTOS À
Pelouros: Abastecimento e Iluminação Pública, Defesa do Meio Ambiente, Igualdade de Oportunidades, Património, Saneamento e Higiene Urbana,Toponímia e Colectividades.
CAMPOLIDE 8
A Festa que aqui fizemos CUIDAR DO QUE É NOSSO
Duarte Miguel Rafael Sapeira Tesoureiro
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duarte.sapeira@jf-campolide.pt
ACÇÃO SOCIAL
Horário de atendimento: mediante marcação prévia Pelouros: Desporto, Juventude, Recreio e Tempos Livres.
Exposição de pintura da Universidade Sénior
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Maria Cândida Cavaleiro Madeira Vogal
Cultura e Lazer para os séniores da Freguesia
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Acção Voluntariado Montepio
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candida.cavaleiro.madeira@jf-campolide.pt
Horário de atendimento: mediante marcação prévia Pelouros: Desenvolvimento Económico e Saúde.
Antónia Maria Baptista Vogal
ESPAÇOS VERDES Cuidar de Campolide
antonia.baptista@jf-campolide.pt
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FOTO-REPORTAGEM Fernando Medina em Campolide 20 GENTE NOSSA
1º Secretário Carlos José Reis Lopes Ramos 2º Secretário Maria Cristina Santos Costa Gomes
Óscar Alves O Pintor em busca da luz
Assembleia de Freguesia Presidente Joaquim Couto Rodrigues da Silva Restantes Membros Miguel Belo Marques, José Pereira da Costa, Maria Antónia Ramos Serra, Adriana Rafaela Gonçalves Quadros, Tiago Rodrigues Pereira da Silva (Ind.), António Jorge Saraiva Marcelo
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LAZER Coligação Sentir Lisboa
Quiosque Verde
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2 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • JULHO 2016
João Manuel Costa Magalhães Pereira, Luisa Isabel Pina Teixeira, Amish Vijay Laxmidas Carlos Artur Ferreira de Moura
EDITORIAL
Uma Freguesia, uma grande Marcha! Caros Vizinhos e Vizinhas, Nos últimos vinte anos Campolide dividiu-se em duas Marchas, a Marcha da Bela Flor e a Marcha de Campolide. Com o tempo, nem o inestimável esforço dos muitos dirigentes associativos impediu que os resultados se degradassem, ao sabor da diminuição e envelhecimento dos moradores e à negra sombra de uma rivalidade que chegou a ser de conflito físico. Este ano, depois de muito diálogo e de uma soma cada vez maior de vontades, estas Marchas juntaram-se debaixo do nome Bela Flor-Campolide. Nasceram “Os Prisioneiros de amor por Lisboa”, o tema escolhido. Se nas primeiras semanas nem tudo foi fácil, foi lindo vê-los depois, dirigentes, marchantes dos vários cantos da Freguesia, ensaiador, pessoal de apoio e adeptos, a unirem esforços na construção de um projecto que se sentia ser uma aposta vencedora. E na madrugada da divulgação dos resultados foi a alegria de os ver em delírio, não raros em lágrimas, a festejar o melhor resultado dos últimos nove anos, embora ainda longe de ombrear com o terceiro lugar de 2007, esse sim, o seu lugar natural. Vejo uma Marcha jovem e unida, com uma fantástica, e também jovem, estrutura de apoio, que reconquistou o orgulho para os seus Vizinhos. Para o ano será ainda melhor.
Direcção: André Couto Coordenação: Sandra Bernardo Redacção: Carolina Pelicano, JFC Propriedade: Junta de Freguesia de Campolide Paginação: Leandro Oliveira Fotografia: João Barata, Sandra Bernardo Depósito Legal: 121904/98 Tiragem: 10 000 exemplares Distribuição Gratuita *As empresas privadas presentes nesta edição efectuaram doações para a Acção Social da JFC
O meu aplauso de pé ao Hugo Barros, ensaiador, o cérebro do que surge nos palcos, ao Bruno Louro, o inexcedível Presidente da Associação Viver Campolide, que tem liderado este percurso e, em especial, a todos os Marchantes, pelo sacrifício, suor e lágrimas que testemunhei desde o primeiro dia. Aplauso, também, para todos aqueles que ao longo das décadas asseguraram as Marchas de Campolide e da Bela Flor, que agora se uniram, representados pelos históricos Nuno da Conceição (Campolide) e José Manuel Rodrigues (Bela Flor) que se juntaram a nós na Avenida da Liberdade para acompanhar e apadrinhar a Marcha. Isto prova que a soma de gentes e vontades, ainda que pareça impossível de alcançar, é o caminho para que os resultados melhorem e se gerem acções mais fortes, com mais eficiência, menos gastos e melhor impacto nas pessoas. Uma Freguesia, uma grande Marcha! Seguimos unidos! Um abraço André Nunes de Almeida Couto andre.couto@jf-campolide.pt facebook.com/jfcampolide
JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE Rua de Campolide, 24 B – Tel: 21 388 46 07 e-mail: geral@jf-campolide.pt www.jf-campolide.pt Reunião aberta: Primeira 4.ª feira de cada mês JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 3
MARCHA DA BELA FLOR - CAMPOLIDE
A UNIÃO FAZ A FORÇA
MARCHA DA BELA FLOR-CAMPO Pela primeira vez, formalmente, as marchas da Freguesia juntaram-se, dando origem a uma única e mais forte Marcha da Bela Flor-Campolide. Consequência? Conquistámos um resultado há muito esperado, um glorioso oitavo lugar! O Meo Arena e a Avenida da Liberdade renderam-se aos encantos dos nossos marchantes. Depois de meses de ensaios e preparação, Bruno Louro, Presidente da Associação Viver Campolide (VC), responsável pela Marcha, partilhou com o Notícias de Campolide uma importante retrospectiva sobre este período de dedicação e trabalho: “Este oitavo lugar representa uma vitória. Tanto a Marcha da Bela Flor como a de Campolide dificilmente mantinham, nos últimos anos, boas classificações, acabando por ficar nos últimos lugares. Este ano, o nosso objectivo era ficar nos 10 primeiros lugares. E conseguimos o oitavo! Mas, para mim, isso não abala a convicção de continuar a trabalhar e a solidificar a marcha”.
“Quando, no ano passado, planeámos um projecto de consolidação a três anos para a nossa Marcha com o nosso ensaiador, Hugo Barros, a ideia era de conseguirmos, para começar, colocar a marcha sempre nos 10 primeiros lugares. Ou seja, mesmo com este bom resultado, o trabalho continua a ter de ser feito”, adianta o Presidente da VC.
A boa classificação deste ano foi apenas o culminar da importância da união das marchas da Bela For e de Campolide, que em anos anteriores ficaram várias vezes no “saco”, gíria utilizada no mundo das marchas para explicar o processo de sorteio pelo qual têm de passar as duas últimas marchas classificadas de cada ano (num total de 20 marchas), e aquelas que nesse ano já tinham ficado de fora. Deste sorteio, o chamado “saco”, saem mais duas marchas para integrar a competição no ano seguinte. Como tudo isto se trata de sorte, o “saco” é coisa a evitar. “Um dos motivos para unir as marchas era que o 'saco' deixasse de ser o nosso campeonato e que a presença da Freguesia nas Marchas Populares estivesse sempre garanti4 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • JULHO 2016
da. Mas para isso acontecer é preciso que mesmo quem avalia já espere, quando descemos a Avenida, que aí venha uma marcha que dá gosto ver. É preciso entrar no mapa”, conclui Bruno Louro. E, este ano, a Marcha da Bela Flor – Campolide começou sem dúvida a colocar a sua luz no mapa das marchas populares de Lisboa. Mas para vingar e marcar um lugar definitivo, é preciso continuar a trabalhar. “De ano para ano, as coisas vão melhorando. Isto tem sido para mim uma aprendizagem. E para o ano certamente que algumas coisas sairão melhores. A marcha deste ano chegou ao fim mas, neste momento, já estamos a falar sobre quem vai escrever as letras para o próximo ano, quem vai ser o compositor, como vamos escolher os marchantes, enfim. Tudo isto é organização. E se queremos ter uma marcha grande, é essencial ir corrigindo erros. Este ano, quando chegarmos a Novembro, já só vai faltar começar a ensaiar”, determina Bruno Louro, contente com a engrenagem que o projecto das marchas vai, de ano para ano, ganhando. E é também de ano para ano, e aos poucos, que as mudanças se fazem. É com este sentimento que Bruno Louro espera que, agora com as marchas unidas numa só, o nome ideal para a mesma se encontre: “Achávamos que tínhamos encontrado um nome que, ao fazer menção a ambas as marchas da Freguesia, honraria a história de cada uma delas. Contudo verificámos, ao longo deste ano, que o nome escolhido acabou por ser muito extenso e isso não ajuda nada na hora de fazer versos, por exemplo. Mas, a seu tempo, como procuramos fazer com tudo o resto, encontraremos um consenso. Todas as barreiras se ultrapassam com diálogo”. Para além das ambições e desejos para o futuro, as conquistas já ganhas são para Bruno Louro grande motivo de orgulho. “Uma das expectativas que tinha desde o início e que não saiu defraudada foi a do apoio que tivemos da população. Para nós foi um ponto de honra unir a Freguesia em torno da Marcha por isso fizemos
questão de ir partilhar o nosso trabalho com Campolide. Somos de Campolide, e se Campolide vai até à Serafina, nós vamos até lá mostrar a nossa marcha; se vai até ao Bairro da Liberdade e, mesmo se só estiverem três ou quatro pessoas à janela para nos ver, vamos lá marchar na mesma. Trata-se de semear para colher. Nós levámos a marcha aos vários bairros da Freguesia e a Freguesia foi apoiar-nos, tanto no Meo Arena, como na Avenida. Para o ano, vamos tentar ir ainda a mais locais da Freguesia. A envolvência das “claques”, dos bairros, das freguesias, é também uma parte importante do espectáculo que ajuda a que as marchas marquem a sua posição e que tenham visibilidade. Uma marcha será tanto mais forte, quanto mais apoio tiver da população que representa. Não só para o exterior, mas também para os marchantes e restante equipa. A força que nos deram das bancadas foi excepcional. Marchámos com outra garra, sentindo que honrámos a nossa Freguesia com
OLIDE ARRECADA 8ºLUGAR
uma boa prestação e, depois, com uma boa classificação. Mas claro, mais uma vez, faz-nos querer retribuir todo o carinho e apoio com ainda melhores resultados, ganhando também outra visibilidade e interesse. Já várias pessoas nos disseram que para o ano também gostariam de poder vir marchar. A união não cai do céu, constrói-se todos os dias e é o que estamos a fazer”. Pouco a pouco, a Marcha da Bela Flor – Campolide vai traçando o seu caminho para se tornar uma grande marcha. E para isso, Bruno Louro quer fazer o trabalho dentro da Freguesia, com todos os riscos mas, acima de tudo, com todo o orgulho que isso envolve. “Prefiro ficar em nono lugar com a nossa gente, com ligações fortes a Campolide, que veste a camisola, a ficar em terceiro porque o dinheiro é usado para contratar bailarinos e cantores. Uma marcha é das suas gentes e, portanto, fazer isso, para mim, é desvirtuar aquilo que são as marchas populares”. nc
MARCHA DA BELA FLOR - CAMPOLIDE
O que dizem os Marchantes Tiago Ribeiro, 30 anos, da Bela Flor, é marchante há 14 anos: “Este ano estive mesmo para não marchar, mas não consigo ficar de fora. Sei que para muitos Campolide é um bairro, mas é uma Freguesia. E as marchas são dos bairros. Para ser sincero, nunca marcharia por uma marcha que se chamasse só Campolide. Bela Flor é o meu bairro, o sentimento é diferente. Mas a fusão teve coisas boas: a organização foi boa e eu gostei muito de trabalhar com este ensaiador. E também sei que tivemos mais apoio por as marchas se terem juntado. A iniciativa de ir a
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todos os bairros mostrarmo-nos fez sentido.” Para Débora Lopes, 18 anos, que há dois anos veio viver para Campolide e que pela primeira vez marchou, não restam dúvidas: “Acho que as duas marchas juntas têm melhor desempenho. Não faz sentido investir em duas marchas quando podemos ter só uma. Sei que no início havia gente a lutar só pelo seu bairro. Mas fizemos um bom trabalho e ficámos em 8º lugar. É como dizia o slogan da nossa camisola, 'unidos somos mais fortes.'” Marcelo Coelho tem 37 anos, mas as marchas estão na família há várias gerações, e já é
marchante desde 2003, primeiro na Bela Flor, depois em Campolide: “Este ano, com a fusão, houve muita gente que não gostou. Acho que, em certa parte, esta fusão foi boa. Noutras nem tanto, porque há muita gente que julga que as marchas são suas. Mas penso que com o tempo isso se vai esbater. Houve um bom trabalho do Bruno Louro e da Catarina Telinhos, e penso que eles são capazes de fazer com que isto se construa. Na hora de desfilar, os conflitos ficaram todos de parte e a união venceu. Espero que este projecto se mantenha e que para o próximo ano fiquemos nos cinco primeiros”.
ASSEMBLEIA DE FREGUESIA
Homenagem a
Mestre Kiyoshi Kobayashi
N
a 2ª Sessão Ordinária da Assembleia de Freguesia, realizada em 29 de Junho de 2016, foi aprovada por unanimidade a entrega da Medalha de Honra da Freguesia ao Mestre Kiyoshi Kobayashi, a título póstumo, sob uma salva de palmas de todo o executivo e dos representantes de todos os partidos, bem como da assistência. Foi Carlos Ramos, Presidente da direcção do Judo Clube de Portugal, que, simbolicamente, depositou nas mãos da filha do Mestre a medalha de mérito que este executivo da JFC promoveu. A recebê-la esteve a filha do fundador da Federação Portuguesa de Judo, Sashico Kobayashi, que reside no Japão mas estava de passagem por Portugal e por Campolide.
Sashico Kobayashi, visivelmente emocionada, dedicou algumas palavras a todos quantos se lembram e foram marcados pela figura do seu pai, dizendo que “todos fazem parte da enorme família do judo. E da enorme família do seu pai, que tinha coração português”. Agraciado com inúmeras condecorações do Estado Português e de instituições desportivas portuguesas, como é o caso do Comité Olímpico de Portugal, Mestre Kiyoshi Kobayashi fixou-se em Portugal nos anos 50 do século passado, começando a colaborar desde o seu início, em 1958, com o Judo Clube de Portugal, colectividade que funcionava nessa altura ainda em Campo de Ourique. Em 1961, o Judo Clube de Portugal
mudou-se para a Rua Dom Carlos de Mascarenhas, em Campolide, onde ainda hoje se mantém. Por ali passaram milhares de crianças, jovens e adultos, sempre na esteira do mestre KK, como era conhecido pelos seus alunos. Ainda nos dias de hoje é raro encontrar alguém em Campolide, que não tenha tido contacto, directa ou indirectamente, com o “pai do judo português”. A acção de Mestre KK foi decisiva para o Judo em Portugal, que desde há mais de 50 anos tem em Campolide as principais referências, a maior das quais é sem dúvida Kiyoshi Kobayashi. Mais de uma dezena de atletas do Judo Clube participaram nos Jogos Olímpicos e o Mestre KK foi sempre o professor que os treinava.
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ARRAIAL SANTOS À CAMPOLIDE
A FESTA QUE AQUI FIZ Fazer dos Santos à Campolide a maior festa popular dos bairros de Lisboa foi o desafio assumido este ano pela Junta de Freguesia que, com a Associação Viver Campolide, pôs de pé a versão renovada do arraial, este ano instalado no espaço amplo da Quinta do Zé Pinto. Após muitos anos sem arraial, resultado de uma opção do antigo Executivo, a nossa Freguesia voltou a erguer a festa popular mais tradicional dos bairros de Lisboa após a posse de André Couto como Presidente da Junta. Mas, de certa forma, os Santos à Campolide que acabámos de viver assinalam um “ano zero”, já que conseguimos fazer a festa merecida, num espaço novo, mais bem cuidado, organizado e convidativo, tanto para os nossos Vizinhos e Vizinhas, como para todas e todos os Lisboetas que a nós se quiseram juntar, como foi aliás sempre a intenção do Presidente da JFC ao organizar a festa. Durante todo o mês de Junho, a Quinta do Zé Pinto, parque verde no final da Rua de Campolide, foi uma “casa de família” de muita alegria, entre danças, humor, brincadeiras e, claro, os imprescindíveis comes e bebes. O arraial aconteceu todos os dias entre 3 e 26 de Junho, coroando os finais de semana sempre com concertos especialíssimos, através de um cartaz musical condizente com um verdadeiro arraial popular. Pela Quinta do Zé Pinto passaram a banda de baile Pack 7, Gabriell e as suas bailarinas e coristas, Quim Barreiros, Fernando Alvim, Ruizinho de Penacova, Susana Vinagre, Hélder Nunes, Nova Banda, João Paulo, Toy Cascão, Marco Marujo, Sérgio Rossi e Quinzinho de Portugal. Um conjunto de espectáculos diversificado, mas sempre com a marca da boa disposição que é característica das festas juninas.
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ZEMOS
Texto: Carolina Pelicano Fotografia: Sandra Bernardo
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ARRAIAL SANTOS À CAMPOLIDE
O arranque: Pack 7 e Gabriell a render Campolide à festa A noite inaugural, em 3 de Junho, deu o “tom” para a animação que marcou todo o arraial: enquanto os mais pequenos corriam para lá e para cá pelo relvado, de algodão doce na mão ou atrás de bolinhas de sabão, pais e avós bailaram com kizombas, marchas, rocks, fados e outras músicas populares, dançando todos juntos, num baile onde não se notavam as diferenças de idades, comandados pela banda de baile Pack 7. Na noite seguinte, um sábado, a animação continuou, com Gabriell e as suas bailarinas e coristas. O artista fez uma festa memorável, em clima de grande interacção com o público, que também teve lugar no palco, ora para disputar um cd do artista, ora para simplesmente dançar ao lado de Gabriell e das suas bailarinas. No final do espectáculo, o artista desceu do palco e, no meio da multidão, pôs todos a dançar ao som da concertina.
A alegria contagiante de Quim Barreiros Se o clima de animação popular foi uma constante nos vários dias desta edição dos Santos à Campolide, no dia 10 de Junho a festa viveu um dos momentos mais altos, com o espectáculo de Quim Barreiros. Milhares de pessoas quiseram assistir à festa animada pelo popular artista, que em Campolide foi apresentado por duas igualmente populares vozes da rádio, Fernando Alvim e António Macedo. Recebido com muito entusiasmo, Quim Barreiros entregou-se de corpo e alma, cantando e encantando com as
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músicas de sempre, aproveitando também a visita para apresentar alguns temas do seu novo álbum, “Eu Faço 69”, publicado por ocasião do seu 69º aniversário. Toda a gente que passou pelo arraial neste dia cantou e dançou como um corpo só, um público ecléctico, unido pelo mesmo sentimento: a admiração e o carinho por Quim Barreiros. Foi uma noite de alegria contagiante, que terminou com o artista a oferecer beijos e abraços ao público, a dar autógrafos e a tirar as famosas 'selfies' com toda a gente que assim o quis.
Mas esta energia não foi apenas sentida pelo público. No final do concerto, Quim Barreiros contou ao Notícias de Campolide sobre a magia que aqui sentiu:
“Correu muito bem! Toda a gente dançou, toda a gente cantou. Foi um verdadeiro arraial à portuguesa. O que eu gosto é de tocar para o povo. Sinto sempre uma ligação ao público. E nunca me canso. Gosto do que faço, sou um homem feliz, e enquanto tiver 'saudinha', contem comigo! E quero dar os parabéns à JFC e pedir que todas as Juntas organizem festas como esta onde o povo se divirta. É disto que o povo precisa.”
A noite mágica de Fernando Alvim A noitada da véspera de Santo António foi também digna de registo. Se já todos suspeitávamos que Fernando Alvim ia dar-nos uma noite de animação sem igual, talvez não esperássemos que fosse tão arrebatadora. Campolide esteve ao rubro! Alvim conseguiu pôr toda a gente a dançar e a fazer ‘comboinhos’ intermináveis. A dividir com ele o palco, esteve Peter de Cuyper, músico, produtor e actor que se encarregou de fazer coreografias com o público. E toda a gente, de sorriso aberto no rosto, entrou na brincadeira sem nenhum constrangimento, sempre mais e mais
entusiasmada a cada música com que o radialista nos surpreendia: quando já ninguém esperava que a próxima música provocasse ainda mais êxtase, lá vinha Alvim com um algum hit esquecido do passado, e nova rodada de gritos festivos, braços no ar, gargalhadas e pulos dançantes. Houve espaço para tudo: do hino nacional a música russa, Carlos Paião e António Variações, Macarena e Ana Malhoa, Netinho e Beyoncé, Los Hermanos e tantos mais que ajudaram a fazer a grande festa que ali se viveu. E, para coroar a noite, ainda tivemos a nossa Marcha da Bela Flor-Campolide, que depois da passagem pela Avenida se uniu ao público da Quinta do Zé Pinto para mostrar um pouco da sua performance.
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ARRAIAL SANTOS À CAMPOLIDE
Ruizinho de Penacova, o fiel afilhado O terceiro fim-de-semana de festa começou pouco primaveril, com o fresquinho que se abateu na sexta-feira, 17, mas o arraial Santos à Campolide contrariou a tendência meteorológica, enchendo todos de muito calor! Foram os Pack 7 que voltaram para engrenar em danças e boa disposição toda a gente, seguindo-se a actuação de Susana Vinagre e o seu “órgão maravilha”. No sábado, várias figuras públicas passaram pelo nosso arraial para celebrar as festas de Santo António em Campolide, como Eládio Clímaco, Vítor de Sousa ou Flávio Furtado, padri-
nho da Marcha Bela Flor-Campolide. A coroação da noite chegaria com Ruizinho de Penacova, o “discípulo” mais fiel de Quim Barreiros, de quem é “afilhado musical”. Trazendo consigo os sons e tradições do Alto Minho, Ruizinho de Penacova pôs toda a gente a dançar e a rir, com as suas histórias de boa malandrice e empatia com o público. «Eu não sou bem a pessoa certa para actuar num pavilhão, gosto mais disto», dizia-nos, após o espectáculo. «Venho do povo da aldeia, e já toquei por esse mundo fora. Onde há comunidades portuguesas, nós lá estamos. » «Aquilo que viram aqui hoje, não foi um artista, foi um herdeiro. Vou daqui muito contente. Agradeço muito esta oportunidade. O Quim Barreiros ainda hoje é a minha grande admiração.
E se estou aqui é por ele. Gostei muito de aqui estar hoje, é mais um ‘carimbo’ que vou meter quando chegar a casa», diz, em tom de reverência. E, para despedida, deixou-nos «uma quadrinha para escrever: “Campolide terra de encanto/ Santo António no coração/ Para todos em Campolide/ Canto para manter a tradição.”» Foi uma noite de grande alegria e grandes emoções, que terminou com o espectáculo de Toy Cascão, que, depois de Ruizinho, voltou a subir ao palco para fazer a festa madrugada fora. Nessa mesma noite, até uma bonita história de amor encontrámos no arraial. o casal Ilda Freitas e Vítor Delgado, casados há 33 anos pelo registo civil, celebraram naquele mesmo dia os votos religiosos. “O meu marido não era sequer baptizado. Então,
recebeu Sérgio Rossi literalmente aos pulos. Muitos foram os fãs que não quiseram perder a oportunidade de ver o artista, que apresentou um espectáculo cheio de cor e luzes, para deleite de todos os que apreciam o seu trabalho. No final do espectáculo, Sérgio Rossi abriu o camarim aos fãs para autógrafos e fotografias com os fãs. «Adoro o Sérgio Rossi, gosto muito das músicas dele, assim latinas, sei as letras todas», dizia-nos como a campolidense Vânia Fonseca, que não quis perder esta oportunidade. «Ele puxa muito pelo público. A JFC tem de convidá-lo mais vezes. E se isto aparecer escrito, por favor mande-lhe um grande beijinho meu.» A noite seguinte foi igualmente memorável. Começou com o jogo de Portugal, que também aqui foi seguido com emoção. Mas, depois do golo contra a Croácia, o arraial deixou-se contagiar pelo entusiasmo e transfor-
hoje fomos casar!”, conta alegremente Ilda. O marido continua: “Casámos com disparidade de culto, e logo depois do casamento fui baptizado, fiz a primeira comunhão e o crisma. Tudo hoje!” Residentes em Massamá, quando, por coincidência, passaram pela Quinta do Zé Pinto, decidiram parar e celebrar a boda no nosso arraial.
mou-se numa grande celebração. A Nova Banda, conjunto de músicas de baile, não deixou escapar a euforia da vitória futebolística para a converter em bailarico. Depois, foi a vez do tão aguardado Quinzinho de Portugal, que não desiludiu no seu uniforme de sempre: barrete verde, fato de treino da selecção portuguesa e os característicos fios de ouro. Com a boa disposição e agudeza humorística de sempre, não parou de interagir com o público: foram vários os vizinhos que subiram ao palco para dançar com Quinzinho e as suas bailarinas. A noite foi ainda cortejada pelo lançamento de fogo-de-artifício. Sob o céu de Campolide, cheio de pontinhos brilhantes e coloridos, muitas vozes
Sérgio Rossi e Quinzinho de Portugal – Um Glorioso Descer do Pano O último fim-de-semana dos Santos à Campolide chegou quase sem nos apercebermos dele, tal a intensidade destas festas. Mas a despedida não poderia ter sido mais animada. No dia 24, sexta-feira, Campolide
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ARRAIAL SANTOS À CAMPOLIDE
se ouviram gritando em júbilo, “Viva Campolide!” No dia de encerramento dos Santos à Campolide, um workshop de 'beatmaking', realizado pelo artista local Myslo, que incluiu uma breve demonstração de construção de instrumentais de hip-hop, usando técnicas de ‘sampling’, fez as delícias dos mais novos, que subiram ao palco para experimentar. À noite, o Coro dos Reformados e Pensionistas de Campolide subiu ao palco da Quinta do Zé Pinto para apresentar alguns temas do cancioneiro português. E como não poderia deixar de ser, a noite acabou em beleza e bailarico, ao som do grupo musical PJ.
Luzes e barraquinhas Mas nem só de música se faz um arraial, e também a esse nível os Santos à Campolide estiveram à altura. A Quinta do Zé Pinto ofereceu, durante os Santos Populares, barraquinhas de bebidas e petiscos a quem por ali passou. A variedade foi o conceito presente: do Brasil, os deliciosos pães de queijo, cocktails como o cremoso
leite de onça e autênticas caipirinhas; Também houve lugar para os gelados artesanais, os hambúrgueres caseiros, o pão com chouriço, a ginginha, os caracóis, as bifanas, entremeadas, cachorros, o caldo verde, as farturas e, claro, as sardinhas, imprescindíveis em qualquer arraial. Todos estes petis-
cos estiveram disponíveis em vários pontos do recinto, e também no restaurante que, durante todos os dias da festa, esteve aberto. Mas, para que tudo isto brilhe, há que não esquecer um outro trabalho, porventura invisível, que assegura que tudo esteja na sua mais perfeita ordem. Falamos do trabalho de segurança, tanto de corpo presente como do planeamento que foi traçado para que nada falhasse: a areia espalhada pelo relvado estava lá para retirar os desníveis do chão, para evitar quedas; a planta de emergência, os extintores, as baias e cercas, tudo pensado para que a segurança do arraial não tivesse falhas. A Quinta do Zé Pinto é também um espaço privilegiado para crianças, pelo seu relvado e pelo parque infantil, e, nessa medida, a segurança foi sempre uma prioridade. Pedro Bento, proprietário da barra-
ca das farturas, logo no arranque do arraial, fez questão que destacar um local que foi escolhido a pensar nas famílias: “O espaço deste ano está muito melhor, está pensado para as crianças e isso vai fazer com que o arraial não viva só de noite, mas também durante as tardes.” A mudança era merecida, não só pelos mais pequenos mas também para quem tem tanta ligação com a nossa Freguesia, como é o caso deste feirante. Mas, se a ligação ao nosso arraial ultrapassa as fronteiras da Freguesia, é também dentro dela que encontra os corações mais bairristas, como o de Nuno Ferreira, nascido e criado no Bairro da Bela Flor, hoje com 39 anos. “As minhas raízes estão todas aqui. Nunca deixei de vir ao arraial. Ser na Quinta do Zé Pinto é muito melhor. Não troco a minha Campolide por outros bairros que se dizem mais característicos”. nc JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 13
CUIDAR DO QUE É NOSSO
Espaço Público
Higiene Urbana
Talude da Calçada da Quintinha
A nossa equipa de Higiene Urbana está a fazer a lavagem das ruas da Freguesia, que vão continuar sem paragens durante todo o Verão.
Durante os meses de Maio e Junho, decorreram as obras de estabilização do talude em frente ao número 73 da Calçada da Quintinha. O objectivo desta obra foi o de requalificar aquele espaço, de forma a torná-lo mais agradável e seguro. O material escolhido é natural, à base de pedra local e hidro-sementeira, evitando a descaracterização que o betão implica e o efeito de muralha.
Ao mesmo tempo, tratámos de repavimentar os lugares de estacionamento no mesmo local, sendo, assim, requalificada uma bolsa de estacionamento”, como explica Sónia Martins, engenheira responsável pelo Espaço Público da Junta de Freguesia de Campolide, que acrescenta“É uma obra consistente e duradoura, com a quebra do talude e a criação de um segundo muro de gavião para estabilizar. A hidro-sementeira só será feita depois do Verão por questões de segurança e porque o Outono é a melhor altura”, conta Sónia Martins. O aspecto da Calçada da Quintinha, bem como da sua envolvente, é hoje melhor. Começou com o seu alcatroamento e, depois desta intervenção, seguir-se-á a colocação de pavimento seguro no passeio do lado direito do sentido ascendente. A criação de um parque de estacionamento nas garagens que estão situadas no cruzamento entre a Calçada da Quintinha e a Rua D. António Luís de Sousa tambénm está prevista. Para a edição deste ano do Orçamento Participativo está em marcha uma proposta para o arranjo do terreno baldio que se situa na entrada da Rua D. António Luís de Sousa.
O departamento adquiriu, ainda, um novo equipamento, essencial para a manutenção da nossa Freguesia. Trata-se de um Goupil, um pequeno veículo eléctrico que se destina a fazer a recolha diária do lixo depositado nas papeleiras e nos contentores. Desde que, em Março de 2014, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) procedeu à transferência de competências para as Juntas de Freguesia, que o departamento de Higiene Urbana recebeu, da parte da própria CML, um Goupil para desempenhar as descritas funções. No entanto, como explica Maria Teresa Almeida, Secretária
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do executivo da Junta de Freguesia de Campolide (JFC), e também responsável pela Higiene Urbana, “já está muito velho e dá-nos muitos problemas”. E acrescenta: “O território de Campolide é muito extenso e todo ele é limpo diariamente, de segunda a sábado”. A JFC fica, assim, a contar com dois destes veículos, que, deste modo, poderão fazer um trabalho mais eficaz. À semelhança do Goupil que já existia, também este é um veículo eléctrico, com uma autonomia de 100 quilómetros, capaz de cobrir as sete horas de trabalho diário, o que vai ao encontro da política ecológica da JFC. nc
ACÇÃO SOCIAL
EXPOSIÇÃO DE PINTURA Encerramento de ano lectivo da Universidade Sénior
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epois de mais um ano lectivo, a nossa Universidade Sénior encerra as suas actividades. Os alunos do curso de pintura, liderados pelo professor e também pintor Alfredo Luz, celebraram o encerramento da melhor maneira, com uma exposição dos seus quadros. Realizados ao longo do ano, foi nas paredes do Auditório da Junta de Freguesia de Campolide (JFC) que estiveram expostos, coroando-se assim o trabalho, a criatividade e a entrega dos alunos. Aqui, há espaço para que cada um pinte a tela com as suas cores. E basta olharmos para o rol de quadros para percebermos as diferentes inclinações e gostos artísticos de cada um. Alfredo Luz, o professor, trata de ensinar técnica aos seus alunos. Mas depois, a ideia é que cada um poder expressar-se livremente. “O mais surpreendente dos alunos é que eles não partem do zero quando aqui chegam. Têm dentro deles coisas eventualmente guardadas e que só agora estão a revelar, têm muitas memórias que só
agora estão a transpor para o papel”, diz. E foi precisamente isso que encontrámos quando falámos com a aluna Maria Alice Fernandes: “Comecei a
pintar em 2000, quando me reformei, ainda noutro lugar que não na JFC. Desde o liceu que tinha tendência para a pintura. Havia até um professor que queria que eu fosse para as Belas Artes, mas a vida encaminhou-me para outro lado. Trabalhei numa empresa de engenharia de silos e barragens, mas nunca me esqueci do gosto pela pintura. E aqui aprende-se sempre. Há sempre um 'pormenorzinho' que não estamos a ver e aprendemos a concentrar-nos nele”, explica a aluna, destacando o papel fundamental do professor. E acrescenta, “Agora para o ano já vamos evoluir. Temos que pensar em novas temáticas, para não repetirmos ideias. Mas nem sei se vou ter tempo, que agora nas férias vou cuidar dos meus netos”, graceja. Há três anos que Maria Alice, assim como o resto da turma, se tem mantido fiel às aulas de pintura. Tanto que
Alfredo Luz conta que desde que as aulas de pintura começaram, em 2013, houve uma paragem de um ano que a turma não aceitou bem: “As próprias alunas foram dizer que a falta de aulas lhes causou stress”, ri-se o professor. Mas para a aluna Dina Patrício as aulas de pintura são importantes a vários níveis: “Reformei-me sem desejo disso. Reduziram o pessoal na empresa onde trabalhava e tive de me vir embora. Pensei que não valia a pena remar contra a maré. Mas a coisa boa foi que vim aqui parar.” Uma porta que se fechou e uma janela que se abriu para esta aluna. “Para mim foi a salvação de uma depressão. Gosto muito deste grupo. E estou muito contente com os meus quadros. Não tenho intenções de ser artista, mas o que faço, gosto, e é isso que me interessa”, conta, feliz por pintar. Para o ano, a turma promete voltar. E André Couto, Presidente da JFC, que esteve presente nesta exposição, fez questão de reforçar esta ideia. “Para o ano, venho cá ver as vossas obras, que serão ainda melhores, se é que isso é possível!” nc JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 15
ACÇÃO SOCIAL
Cultura e Lazer para seniores da Freguesia
Este mês voltámos a ir ao teatro com os nossos seniores. Mais uma vez, a Junta de Freguesia de Campolide (JFC) disponibilizou um autocarro para levar todos aqueles que se inscreveram para ver a mais recente obra de Filipe La Féria, “O Musical da Minha Vida”, ao Casino do Estoril. Se a animação que se fazia sentir no autocarro no caminho para o Estoril era grande, com a expectativa de ver mais um êxito do mestre dos musicais, ela não saiu defraudada na hora do retorno à nossa Freguesia. “Adorei!”, com verdadeira exclamação, foi a palavra que mais se ouviu para caracterizar a experiência da noite de 30 de Junho. Ainda no Casino Estoril, Lúcia Frado saiu jubilante da sala de espectáculo: “Adorei este musical. Foi um
espectáculo para reviver a vida e os musicais do La Féria. O La Féria é sempre espectacular pela sua sumptuosidade”, conta esta vizinha, com
toda a alegria dos seus 69 anos. E é com a mesma boa disposição que elogia esta programação da JFC. “Estas iniciativas da Junta são óptimas, sobretudo para nós que já temos mais idade e mais dificuldade em deslocarmo-nos e em andar de noite. É fantástico termos
transporte . Ainda por cima para eventos à noite, porque andar a essa hora agora já nos dá receio, e assim não há problema”. A JFC disponibiliza três técnicas que acompanham os seniores desde que saem até que regressam a Campoolide. As vizinhas Ana Maria Fernandes e Sara Ferreira partilham da opinião de Lúcia Frado. Para a primeira, de 62 anos, “A organização da JFC é muito boa, mas isso é sempre. Eu tenho aproveitado todas as idas ao teatro e gosto de tudo o que o La Féria faz, mas este musical foi especialmente interessante por contar a vida dele”. Sara Ferreira, 59 anos, já no autocarro de regresso, satisfeita com o programa nocturno, também deixa a sua opinião: “Adorei o espectáculo. Foi a primeira vez que vim ao Casino do Estoril, mas tenho visto praticamente todos os que vão ao Politeama, muitos através da JFC. Adoro aqueles bailados todos, adoro ver os bailarinos”. E conclui: “Foi um serão mesmo maravilhoso na companhia do La Féria e de todas as pessoas. Gosto muito destas iniciativas da Junta de Freguesia de Campolide e tenho pena de não poder ir a todos os passeios.”
A última aula da Unidade Curricular de Inglês, da Universidade Sénior da Junta de Freguesia de Campolide, teve lugar num hotel nosso vizinho, que, para o efeito, preparou um lanche muito britânico, com chá, scones, bolinhos, muito carinho, simpatia e enormes sorrisos. Obrigada aos nossos alunos e alunas! Obrigada, Hotel Dom Pedro!
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No passado dia 15 de Junho, a Associação de Reformados de Campolide viajou até ao concelho de Arraiolos, num passeio promovido pela Junta de Freguesia de Campolide. Seguros, autocarro, almoços e técnicos disponibilizados para acompanhar esta viagem foram comparticipados pela JFC. O dia contou com uma visita ao Centro Interpretativo Mundo Rural, situado na vila do Vimieiro. Depois de um almoço no restaurante regional “O Alpendre”, houve ainda tempo para uma visita ao Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos e à Aldeia da Terra – um projecto do artesão e artista plástico Tiago Cabeça.
ACÇÃO SOCIAL
Acção de Voluntariado Montepio
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oram mais de cinquenta, os colaboradores do Montepio que celebraram no passado dia 13 de Maio a 4ª edição do Dia do Voluntário Montepio com um conjunto de intervenções sociais e comunitárias nos bairros da Liberdade e Serafina. Esta iniciativa, que nasceu de um desafio lançado pela Fundação Montepio ao grupo comunitário da Liberdade e Serafina, contou com o apoio e organização da Junta de Freguesia de Campolide e do Programa K’Cidade da Fundação Aga Khan, tendo sido o trabalho de dinamização comunitária realizado pelas técnicas Sara Loubser e Rita Magalhães. Durante o dia, os voluntários puseram mãos à obra num conjunto diversificado de intervenções, incluindo a reabilitação de espaços de referência da
comunidade como o Liberdade Atlético Clube, ADM Estrela e Externato de Educação Popular. Decorreram ainda acções de formação em empreendedorismo, gestão de orçamento familiar e uma oficina em literacia financeira para os mais novos. Os trabalhos desenvolveram-se com participação activa da comunidade, o envolvimento das instituições locais e o empenho dos voluntários, permitindo-se assim acrescentar valor a esta iniciativa e criar relações potenciadoras de parcerias para o futuro. O dia terminou com uma visita aos trabalhos realizados e uma entrega de certificados aos voluntários. Estiveram presentes a responsável pelo Gabinete de Responsabilidade Social do Montepio, Dra. Paula Guimarães, a Directora do Programa de Desenvol-
vimento Comunitário K'Cidade Dra. Sandra Almeida, a Coordenadora do Programa K’Cidade Vale de Alcântara Dra. Mónica Azevedo, a Coordenadora da Acção Social da Junta de Freguesia de Campolide, Dra. Ana Paula Brito e o Coordenador do Departamento Financeiro e de contabilidade Dr. Bruno Louro, que não quiseram deixar de sublinhar a importância de acções desta natureza, onde os diferentes sectores da sociedade congregam esforços em nc beneficio da população.
A iniciativa nasceu de um desafio lançado pela Fundação Montepio ao grupo comunitário da Liberdade e Serafina, e contou com o apoio e organização da Junta de Freguesia de Campolide
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ESPAÇOS VERDES
CUIDAR DE CAMPOLIDE Aquisição de novos equipamentos
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Junta de Freguesia de Campolide investiu em novos equipamentos para os espaços verdes, de modo a que a nossa Freguesia seja cada vez mais agradável para moradores e visitantes. De entre a nova maquinaria destaca-se um biotriturador, máquina que dispensa a utilização de sacos de recolha, uma vez que tritura toda a matéria. «Actualmente, compramos 1000 sacos de três em três meses, antes comprávamos uma vez por mês», afirma Filipa Nazaré. «Mas ainda queremos reduzir mais, para fazer trituração do máximo de material. Se der para usar como compostagem nas hortas, melhor. Se não der, há pelo menos uma redução de volume significativa». Esta preocupação ecológica da JFC explica outra das escolhas do novo equipamento que também dispensará a utilização de sacos: o novo corta-relva, que tritura automaticamente a relva e a deixa no relvado. Para apoiar
a deservagem, foram adquiridas ainda duas roçadoras. E em regime de aluguer ocasional estará o destroçador de cepos. A JFC considerou que investir nesta máquina não se justificaria: «Com a transferência de competências, as
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Juntas de Freguesias ficaram com as podas das árvores, e só fazem remoção de cepos nas áreas ajardinadas», explica Filipa Nazaré. «Tudo o que sejam árvores em caldeira é da competência da Câmara, e por isso não nos compensa comprar a máquina.»
ESPAÇOS VERDES
Alterações nos sistemas de rega Os sistemas de regra que servem os espaços verdes da nossa Freguesia vão ser sujeitos a algumas alterações, tendo em vista a optimização dos recursos materiais e naturais. Assim, haverá dois pontos de rega que serão fechados, no campo de jogos da Serafina, junto à Rua Carlos Conde., em em frente à JFC. «Não é vantajoso manter sistemas de rega, que são muito caros, na área do campo de jogos da Serafina quando são sistematicamente vandalizados e até roubados», explica a coordenadora do Departamento dos Espaços Verdes da JFC, engenheira Filipa Nazaré. «Outro ponto que será fechado, numa rua mais abaixo da rua Carlos Conde, é porque os canteiros que ali existem podem perfeitamente ser regados com o depósito de mil litros que temos». A poupança de água e a redução de pesadas facturas de consumo deste bem essencial são também das preocupações do Departamento: «No Verão, vai ser inevitável regar os relvados todos os dias, uma vez no período da madrugada, outra no período da noite. Aqui, a solução será ou eliminar um destes períodos e aumentar o outro, ou, como alternativa, manter os dois períodos mas com um tempo de rega mais curto». As zonas afectadas por esta medida serão o relvado da Rua Conselheiro Fernando de Sousa, Av. Miguel Torga e Rua Marquês de Fronteira.
Para além das nossas competências Para além das áreas que são competência da Junta de Freguesia de Campolide, e que obrigam à manutenção dos Espaços Verdes (EV), existem outras áreas de que a JFC se dispõe também a cuidar, tais como o Externato de Educação Popular e a Escola do Primeiro Ciclo da Serafina, com que assumiu um compromisso mensal. Para além destes, a engenheira Filipa Nazaré fala-nos de outras áreas cuja manutenção
Forte aposta na deservagem A JFC está a fazer uma forte aposta na deservagem das ruas de Campolide. Com vista a agilizar os trabalhos de deservagem, a Freguesia foi dividida em oito zonas de actuação, com prioridade para as habitacionais. «Exactamente porque as ervas voltam a crescer com tanta rapidez, o objectivo é que as zonas habitacionais fiquem cuidadas ao máximo», explica Filipa Nazaré, a engenheira responsável pelos Espaços Verdes.
Neste momento, há duas equipas no terreno, cada uma delas com dois trabalhadores: um com roçadora e outro com soprador, vassoura e protector de viaturas. “Infelizmente, as ruas deservadas há aproximadamente duas semanas, neste momento já estão novamente com ervas, explica Filipa Nazaré, acrescentando: «É impossível fazer a deservagem e estar sempre tudo impecável, já que quando se chega ao fim, a erva nas ruas deservadas no inicio dos trabalhos já cresceu outra vez».
Esta tem sido uma preocupação do Presidente, André Couto, que tem procurado com a equipa de Espaços Verdes encontrar soluções definitivas para o problema. Neste momento, para além da divisão da Freguesia em oito cantões e a disponibilização de duas equipas para a deservagem, está decidida a aquisição de uma máquina que faça mondas térmicas, uma técnica recente: aquecem-se as ervas e plantas invasivas, destruindo-as sem a necessidade de recorrer a produtos químicos.
a Junta de Freguesia de Campolide decidiu assegurar: «Na Rua do Arco do Carvalhão, e apesar de ser um terreno camarário, assumimos um compromisso trimestral de manutenção. Toda a área do Tarujo foi agora desmatada, apesar de também não ser nossa. Tentamos abrir alguns precedentes à Câmara para que tratassem destas situações, mas como não o fizeram, nós avançámos.» Para além destas iniciativas, a Junta dispõese ainda cuidar de terrenos de Vizinhos e Vizinhas que já não têm condições físicas para o fazer. A Junta de Freguesia procura
assim satisfazer as necessidades das pessoas e também prevenir situações, como a ocorrência de incêndios, que terrenos mal cuidados podem provocar. Manter estes compromissos faz, no entanto, com que a agenda da organização dos Espaços Verdes fique cada vez mais preenchida, como explica a engenheira responsável: «Todos estes são pedidos que ocupam muito tempo, não estamos lá apenas um dia, mas uma semana. E é uma semana em que as pessoas que estão a trabalhar com máquinas não podem estar noutros locais».
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FOTO-REPORTAGEM
FERNANDO MEDINA EM CAMPOLIDE Fernando Medina, Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, esteve, no passado dia 15 de Junho, em Campolide, numa visita às várias obras que estão em marcha na Freguesia: Praça de Campolide Av. Miguel Torga Parque Vila Maria Prédios Gebalis, Rua C, do Bairro da Liberdade
Rotunda das Twins Towers Cascalheira Rua Eduardo Malta Bairro da Calçada dos Mestres
André Couto, Presidente da Junta de Freguesia de Campolide, aproveitou a visita do Presidente da CML para discutir as necessidades e preocupações mais prementes da Freguesia. O dia terminou com um jantar no Arraial Santos à Campolide, em que ao Presidente da CML, e respectiva comitiva, e ao Presidente da JFC, e equipa do executivo, se juntaram os vários representantes de todas as associações e colectividades de Campolide, o que muito nos honrou.
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GENTE NOSSA
ÓSCAR ALVES
O Pintor em busca da luz “Confesso que vivi”, o título escolhido por Pablo Neruda para a sua própria biografia, poderia ser o mote para um texto sobre Óscar Alves. Marcámos encontro no seu atelier, no Palácio de Laguares, em Campolide. Autêntico, de uma sinceridade absoluta, o artista plástico falou de como planou sobre várias artes: pintura (a eleita), escultura, representação, cinema, poesia. Com a poetisa Natália Correia realizou, na Sociedade Nacional de Belas-Artes, um polémico espectáculo de poesia surrealista. Representou com Laura Alves, dirigido por Sttau Monteiro, em “A Fera Amansada”. Enquanto pintor, viu as suas obras serem exibidas em variadíssimas exposições individuais e colectivas. Teve o aplauso de Almada Negreiros e de Jorge Barradas. Alguns dos seus quadros foram vendidos na Christie´ s de Londres e na de Nova Iorque. Para a RTP escreveu o bailado “O Prisioneiro”, dançado por Vera Varela Cid e Michel Lazrah. Foi director da revista “Crónica Feminina”, pelas mãos de Maria Carlota Álvares da Guerra. E poderíamos continuar a traçar-lhe um percurso de mais de seis décadas ao serviço da arte e do entretenimento. Nascido no Porto, onde estudou dese-
nho, pintura e escultura,, ao mesmo tempo que ingressava na Escola Superior de Belas-Artes, Óscar Alves foi colaborador assíduo de uma das mais importantes revistas intelectuais da época, “Bandarra”, dirigida por António Navarro. Com pouco mais de 20 anos, mudou-se para Lisboa à procura da luz e do cosmopolitismo da capital. Viveu também em Madrid, onde expôs ao lado de doze dos mais importantes pintores espanhóis. “Andei todo a minha vida aos saltos, a fazer as coisas de que gostasse. Gostava muito, e ainda gosto, de cerâmica; gosto muito de pintar, e pinto. O cinema ficava muito caro. Mas sempre gostei muito de fazer cinema. Fui aplaudido em Turim por um teatro com 2000 pessoas de pé e isso valeu a pena, sabe?” Provocador, irreverente, sem medo de juízos, pois que toda a vida conviveu com eles, fez parte dos grupos de intelectuais libertários, como o dos surrealistas, em que pontificava Cesariny. Conviveu com Eugénio de Andrade e Ary dos Santos. “É uma memória de gente morta que tenho muita pena que tenham morrido. Conheci o maior de todos, e até à morte dele fomos como irmãos, o Daniel Filipe, autor d´ "A Invenção do Amor".
Frequentou o Bric à Bar, o Insólito, os primeiros bares gay de Lisboa, abertos ainda durante o Estado Novo. Foi realizador de filmes queer, como “Bye Bye Chicago”, protagonizado por Guida Scarllaty, “um personagem incontornável para muitos portugueses e representativo de uma época por si tornada inesquecível” como lhe chamou Mário Alberto, artista plástico e cenógrafo, e também um dos fundadores de A Barraca. Óscar Alves detesta “o show off e o vazio” e diz ser uma pessoa difícil e intuitiva: “Tenho dois defeitos: ou gosto muito das pessoas ou não gosto nada. Ou me caem logo bem, ou não. E se não caírem, não há solução nenhuma para as recuperar”. Na sua pintura tudo isso se sente, através do jogo da luz e das sombras que tudo revela e da geometria dos espaços. Das cores que escolhe para os seus exercícios estéticos. A alegria e o medo, os sonhos, a coragem e a falta dela. O amor. “Eu acho que tive uma vida fantástica”, diz Óscar Aves, rematando: Fiz tudo o que quis, tive tudo quanto me passou pela cabeça, tive os melhores amigos do mundo . Os mais inteligentes e mais célebres. Tenho muita honra nisso”. nc JULHO 2016 • NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE • 21
LAZER
Chegou o primeiro quiosque verde de Campolide
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m dos lugares mais saudáveis de Lisboa fica em Campolide, bem no centro do Jardim da Amnistia Internacional, um dos ex-libris da nossa Freguesia, e um tesouro ainda bem escondido da nossa capital. É o quiosque Verde Lima, desde Abril a interceptar o voo dos pássaros e o passeio dos cães e seus companheiros bem no centro daquele espaço. O quiosque é composto por uma esplanada convidativa a momentos de lazer e rodeada pelo verde das árvores, onde pode desfrutar de saudáveis sumos, saladas, tostas e de algo verdadeiramente único chamado *açaí*, uma fruta originária do Brasil, aqui triturada como uma pasta e usada juntamente com outras frutas. O Verde Lima tem outros três nomes identitários: Luís Jeremias, Diogo Figueiredo e João Fonseca. Luís e Diogo, ambos com 27 anos, hoje sócios e mentores deste projecto, conheceram-se em Lisboa quando se cruzaram no mesmo espaço de trabalho. Mas nenhum dos dois é da capital. Foi um encontro a meio do caminho. Diogo vem de Viseu e Luís, de Évora. A procedência académica de ambos é igualmente diferente, e também aqui houve um harmonioso encontro a meio do caminho: se a publicidade é a área de Diogo Figueiredo (aliás, CEO da agência de comunicação e publicidade Savvy) a Educação Física é o mundo de Luís, que entretanto deixou de leccionar. Poderia haver melhor junção? A criatividade de um alia-se à filosofia da alimentação saudável de outro. O Verde Lima é assim uma ideia que se come com os olhos e se devora com a boca.
No coração do projecto está também João Fonseca, que, com apenas 23 anos, é nada menos que o gerente do quiosque. O resultado? Três empreendedores com vontade de fazer deste lugar um espaço único
e de tornar o seu "açaí", que vem directamente do Brasil, o melhor de Lisboa. «Este é um espaço privilegiado, central, no meio de Lisboa», diz Luís Jeremias. «Se fosse ao pé do rio, seria só mais um. Nem parece que estamos no meio da cidade, não se ouvem carros e há imenso estacionamento.» Também Joana Sanches dá alma e corpo a este projecto. A autora da carta do quiosque, ou melhor, a criativa da cozinha, permitiu que o gosto pela culinária tomasse conta do seu dia-a-dia e deixou para trás
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o seu curso de comunicação. Aos 28 anos, esta viseense trabalha lado a lado com Luís, Diogo e João. As saladas, tostas e sumos são delícias concebidas por ela. O Verde Lima tem ainda outras propostas, como nos conta Luís: «Vamos aproveitar este espaço para fazer parcerias com ginásios e termos aqui aulas gratuitas de fitness ao fim-de-semana. Já tivemos uma e vieram cerca de 150 pessoas. Para além disso, também aos fins-de-semana, instalamos na zona do anfiteatro a nossa área 'lounge', com relva sintética e um bar só para "gins" e "cocktails", onde também há música ao vivo. Este quiosque, que apenas encerra às segundas-feiras, oferece refeições frescas e variadas todos os dias, assim como sumos naturais, sempre diferentes, feitos exclusivamente com fruta, sem adição de água ou açúcar. «Todos os dias os sumos são diferentes, sendo um deles um detox. Já temos clientes fiéis, tanto da Freguesia como de outras partes da cidade, e desta maneira garantimos que estas pessoas tenham uma experiência nova todos os dias. Até os marchantes da marcha da Bela Flor–Campolide, que ensaiavam nos pavilhão aqui ao lado, já nos vieram visitar», conta-nos Luís. A sobremesa não foi esquecida, e aqui encontrará gelados artesanais, livres de lactose e sem glutén. O quiosque Verde Lima instituiu também um sistema de cartões de refeição para as empresas, onde a décima refeição é oferecida. «Cada vez mais é precisa uma boa alimentação e temos notado que as pessoas aderem. Esta alimentação pode satisfazer os gostos de toda a gente», remata Luís.
CONTACTOS ÚTEIS
POSTO MÉDICO
Junta de Freguesia de Campolide 213 8 8 4 6 07 HIGIENE URBANA Recolha de ‘Monos’ (CML) 8 0 8 203 232
ESPECIALIDADES ACUPUNTURA ENFERMAGEM MASSAGISTA DENTISTA ANÁLISES CLÍNICAS MÉDICO DE FAMÍLIA TERAPIA DA FALA OSTEOPATIA PSICOLOGIA
4ª Feiras 2ª e 6ª Feiras 4ª Feiras 5ª Feiras 2ª Feiras 3ª Feiras 5ª Feiras 2ª/6ª Feiras 2ª Feiras 6ª Feiras 3ª e 6ª Feiras 2ª Feiras
09H00/17H00 09H00/12H00 16H00/18H00 09H00/17h00 14H00/16H30 09H00/16H30 14H00/16H30 09H00/10H00 09H00/12H00 09H30/12H00 10H00/19H00 14H00/18H00
PREÇÁRIO I TAXAS* ESPECIALIDADE Médico de Família Dentista Acupuntura Massagens Psicologia Terapia da Fala Osteopatia
Injecção Tensão Arterial Pensos Teste de Diabetes
8 0 8 203 232 Polícia Municipal de Lisboa 217 225 20 0 Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique 213 8 41 8 8 0/9
ENFERMAGEM 2€ 30€ 15€ 25€ 25€ 25€ 30€
HIGIENE URBANA Entrega Contentores (CML)
1€ 0,50€ 2€ 0,50€
Preços válidos para recenseados (as)
CONTACTO I 211 955 667
3ª Divisão da PSP de Benfica 217 142 526 21ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública (Palácio da Justiça) 213 858 817 37ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública (Bairro da Serafina) 213 858 3 4 6 Centro de Saúde de Sete Rios 217 211 8 0 0
O NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE ERROU Na última edição do boletim Notícias de Campolide, em Junho de 2016, foi cometido um lapso que agora reparamos: Na página 19, na notícia que diz respeito ao CRP Campolide, onde está escrito "Judo Clube de Portugal Atletas de Campolide no campeonato nacional", deveria ler-se "CRP Campolide - atletas da Freguesia no Campeonato Nacional". Pelo erro, as nossas mais profundas desculpas.
Hospital de Santa Maria 217 8 05 0 0 0 Comissão Protecção de Crianças e Jovens 217 102 6 0 0 Balneário Público da Serafina 210 8 8 9 19 0 Posto de Limpeza de Campolide 211 328 237 Posto de Limpeza da Serafina 211 328 929
BALNEÁRIO PÚBLICO HORÁRIO Terça a sexta-feira: 10h às 13H e das 16.30h às 19.30h Sábado: 9.30h às 13h e das 14.30h às 17.30 Domingo: 9h às 12h Rua Miguel Ângelo de Blasco, no Bairro da Liberdade, ao lado da PSP
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MAPA AFECTIVO