ANO XVII Nº 73 abril 2017 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE
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CAMPOLIDE ECO-FREGUESIA! PÁG. 4 e 5 O Celeiro Solidário da Junta de Freguesia de Campolide facultou
(Até ao fim de Fevereiro de 2017)
270.551
DOSES até ao fim de Março de 2017
252.300 de
FRUTA/VEGETAIS
592.551 unidades de COMPLEMENTOS (sobremesas, pão, iogurtes, leite, etc.)
1.736Kg de
832 Kg
397 Kg
(VIDRO)
(PLÁSTICO/EMBALAGENS)
(PAPEL/CARTÃO)
ECOPONTO VERDE
ECOPONTO AMARELO
ECOPONTO AZUL
ÍNDICE
EXECUTIVO
André Nunes de Almeida Couto // Presidente
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ACÇÃO SOCIAL
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ESPAÇO PÚBLICO
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Campolide é Eco-Freguesia XXI Academia de Barbeiros_6
A Rua onde moro_7 Nova vida para as Vilas de Campolide_8 e 9 Reportagem Equipas_10 e 11 Obras em Campolide_12 e 13
COLECTIVIDADES
andre.couto@jf-campolide.pt https://www.facebook.com/andre.ndac Atendimento – Mediante marcação prévia
Pelouros: Acção Social, Comércio e Turismo, Comunicação, Cultura, Educação, Espaço Público, Grandes Opções Estratégicas, Habitação, Protecção Civil e Socorro, Recenseamento Eleitoral, Recursos Humanos, Segurança, Transportes, Urbanismo e Ordenamento do Território, Serviços Administrativos, Equipamentos, Informática e Técnicas de Informação
Maria Teresa Cruz de Almeida // Secretária teresa.almeida@jf-campolide.pt Atendimento: 4.ª feira das 10.30 às 13.00 Pelouros: Abastecimento e Iluminação Pública, Defesa do Meio Ambiente, Igualdade de Oportunidades, Património, Saneamento e Higiene Urbana,Toponímia e Colectividades
Duarte Miguel Rafael Sapeira // Tesoureiro
Associação de Reformados e pensionistas de Campolide
duarte.sapeira@jf-campolide.pt Atendimento: mediante marcação prévia Pelouros: Desporto, Juventude, Recreio e Tempos Livres
GENTE NOSSA Salvador Nogueira
ESPAÇOS VERDES Campolide mais verde
Maria Cândida Cavaleiro Madeira // Vogal candida.cavaleiro.madeira@jf-campolide.pt Atendimento: mediante marcação prévia Pelouros: Desenvolvimento Económico e Saúde
BREVES Directos Facebook_22
Antónia Maria Baptista // Vogal antonia.baptista@jf-campolide.pt
André Couto | Direcção Sofia Julião | Coordenação Sofia Julião | Redacção Junta de Freguesia de Campolide | Propriedade Leandro Oliveira | Paginação João Barata | Fotografia 121904/98 | Depósito Legal 9 000 exemplares | Tiragem Distribuição Gratuita *As empresas privadas presentes nesta edição efectuaram doações para a Acção Social da JFC
Assembleia de Freguesia Presidente // Joaquim Couto Rodrigues da Silva / PS 1º Secretário // Carlos José Reis Lopes Ramos / PS 2º Secretário // Maria Cristina Santos Costa Gomes / PS Restantes Membros: Miguel Belo Marques, José Pereira da Costa, Maria Antónia Ramos Serra, Adriana Rafaela Gonçalves Quadros, José Pimenta Ribeiro, António Jorge Saraiva Marcelo João Manuel Costa Magalhães Pereira, Luisa Isabel Pina Teixeira, Amish Vijay Laxmidas Coligação Sentir Lisboa
Carlos Artur Ferreira de Moura
EDITORIAL Caros Vizinhos e Vizinhas, Os índios norte-americanos têm um provérbio, “nós não herdámos a Terra dos nossos pais, pedimo-la emprestada aos nossos filhos”. Vem isto a propósito de quê? A Junta de Freguesia de Campolide recebeu uma importante distinção, ao ser premiada no Eco-Freguesias XXI, uma iniciativa semelhante às bandeiras azuis das praias, que vem confirmar a importância das medidas ambientais que temos vindo a tomar. Nesta edição contamos-lhe tudo e partilhamos a nossa alegria com todos os Vizinhos e Vizinhas. A vantagem mais evidente de morarmos num bairro tradicional é o convívio entre as pessoas. No início do século XX foram criados em diversos pontos da cidade de Lisboa alguns núcleos habitacionais que ficaram conhecidos como Vilas Operárias, onde habitaram muitos dos trabalhadores da indústria (então em franca evolução) que se deslocaram para a capital. Há décadas que essas vilas estavam ao abandono, embora com muitos moradores ainda, lado a lado com várias dessas casas, desocupadas. É com uma enorme alegria que podemos anunciar as obras das duas vilas operárias situadas em Campolide (Vila Romão da Silva e Vila Elvira), intervenção orçada em 3,5 milhões de euros e que vai ter início ainda este ano. Os moradores que ali vivem há décadas vão poder partilhar o seu quotidiano com diversas famílias de jovens, novos moradores da nossa Freguesia. No fundo, esta relação entre pessoas com diferentes idades, experiências, memórias e formas de olhar o mundo é um dos segredos para o equilíbrio das cidades modernas. Hoje, mais que nunca, a sociedade faz-se da relação entre pessoas de diferentes idades e formas de viver. Se isso é válido para uma cidade, ainda o é mais para uma Freguesia. Conhecer os Vizinhos e as Vizinhas, as suas actividades e aptidões, as suas necessidades, é também parte das funções e das possibilidades que temos vindo a utilizar, nesta forma de conduzir a Junta de Freguesia de Campolide. Um bom exemplo disso é o atendimento em directo, que faço na minha página de facebook (https://www.facebook.com/andre.ndac/), todas as quintas-feiras, entre as 11h e as 12h. Entre outras coisas, a iniciativa tem-me permitido tomar contacto com alguns Vizinhos e Vizinhas mais novos, cuja vida passa, essencialmente pela realidade das redes sociais, lado a lado com outros que há muito já conhecia, até de contacto directo. Todos os meios são bons, quando nos colocam em sintonia. Ou seja, a viver em conjunto e apostados num mundo mais equilibrado, mais ecológico e, por isso, mais sustentável. Os nossos filhos e netos agradecem.
JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE Rua de Campolide, 24 B – Tel: 21 388 46 07 e-mail: geral@jf-campolide.pt www.jf-campolide.pt Reunião aberta: Primeira 4.ª feira de cada mês
ACÇÃO SOCIAL
Campolide vence no
Eco-Freguesias XXI Campolide está entre as cinco melhores freguesias do país, na primeira edição do Prémio Eco-Freguesias XXI, onde apenas 39 foram distinguidas. Nas categorias de "Visão do Desenvolvimento" e "Informação e Participação" alcançámos o primeiro lugar. Estamos todos de Parabéns!
C
ampolide foi distinguida na primeira edição do Prémio Eco-Freguesias XXI, atribuído pela Associação Bandeira Azul da Europa. Entre as 39 Freguesias de todo o país que viram o seu trabalho reconhecido, foi considerada a melhor do país em duas categorias em análise – Visão do Desenvolvimento e Informação e Participação – obtendo o quinto lugar na classificação geral. A iniciativa tem como objectivo contribuir para a sensibilização e educação dos autarcas e das populações, relativamente às questões do ambiente e da sustentabilidade. Se até aqui as praias que ostentavam uma bandeira específica identificavam dessa forma a qualidade e a preocupação com as questões ambientais, o mesmo raciocínio passa ser aplicado às Juntas de Freguesia portuguesas, atestando as boas práticas e uma preocupação constante.
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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE
Orgulho e reconhecimento “Naturalmente, este prémio é o reconhecimento de um bom trabalho e não posso deixar de me sentir feliz com ele, tal como todos os restantes membros da equipa, um grupo de trabalho exemplar, sem o qual não seria possível colocar em prática as ideias, as iniciativas, toda a linha de trabalho que temos vindo a desenvolver”, realça o Presidente da Junta de Freguesia de Campolide, André Couto. “Esta é também, sem margem para dúvida, uma forma de colocar Campolide no mapa dos melhores exemplos, o que não pode deixar de nos alegrar a todos os que aqui moramos e trabalhamos. É a demonstração que estamos no caminho certo, a nível das políticas de sustentabilidade seguidas e da participação que conseguimos por parte de todos os Vizinhos e Vizinhas da freguesia”. Aliás,
o autarca faz questão de acrescentar que “se a nós, Executivo da JFC, este prémio nos traz responsabilidades acrescidas, aos cidadãos também, e e s p e r o que entendam a sua obr igação em participar nestes projectos, que em muito contribuem para a qualidade de vida na nossa freguesia ser um dos aspectos a destacar. Essa participação tem existido, de forma bem visível, mas espero que seja ainda maior, para benefício de todos”. Entre os motivos que sustentaram a boa classificação da JFC está, naturalmente, o inovador e muito elogiado projecto "Pago Em Lixo", iniciativa que per-
MAPA ACÇÃO AFECTIVO SOCIAL
mite a troca dos resíduos sólidos por uma moeda, o "Lixo", válida para consumos no comércio local aderente. Mas foram vários, os argumentos apresentados na candidatura da JFC , que levaram a este magnífico resultado. Entre eles, a opção de não instalar iluminação pública de Natal, revertendo a verba anteriormente utilizada para esse efeito em cabazes de Natal distribuídos às famílias da freguesia com carências sócio-económicas ou a aquisição de dois Goupils (veículos eléctricos destinados à recolha diária do lixo depositado nas papeleiras e contentores). Mas também a eliminação progressiva do uso de químicos na manutenção dos espaços verdes sob gestão da Junta de Freguesia ou a criação de hortas comunitárias, estão entre as opções tomadas que sustentam e evidenciam a permanente preocupação com todas questões ambientais, essenciais nos dias de hoje, e na preparação de um
mundo melhor para os nossos filhos e netos, como todos os Vizinhos e Vizinhas, certamente concordarão. Um projecto em três fases O projeto Eco-Freguesias XXI foi implementado em três fases distintas: preparação e lançamento do projeto; trabalho com as freguesias-piloto e criação do prémio nacional. No decorrer deste processo foram utilizados diversos indicadores de sustentabilidade, assim como a identificação e divulgação de boas práticas empreendedoras, inspiradoras e com potencial de replicação (ou seja, ideias que podem ser aproveitadas e praticadas em outros locais, adaptando os procedimentos às necessidades e possibilidades de cada freguesia, na-
turalmente). ”A atribuição do Prémio Nacional Eco-Freguesias XXI, que reconhece e premeia as autarquias que trabalham mais e melhor em prol da sustentabilidade local, é o culminar deste processo”, explica a organização desta iniciativa. Das cerca de 3000 freguesias do país, foram premiadas 39, estando Campolide entre as dez que ultrapassaram um índice de 70% na avaliação final. A cerimónia de entrega dos prémios teve lugar em Torres Vedras, no passado dia 24 de Março, no âmbito do GreenFest, festival de sustentabilidade que, durante dois dias, abordou as várias questões relacionadas com esse pilar da construção permantente de uma sociedade equilibrada e saudável. nc
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ACADEMIA DE BARBEIROS ACÇÃO SOCIAL
Profissão antiga, atitude renovada
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Fotografia: João Barata
ntramos, o espaço é amplo, os funcionários exibem tatuagens, alguns piercings. Os penteados remetem para o Rock’n’Roll, bem como a banda sonora que enche a casa – Lemmy, a voz dos Motorhead. O mais curioso é que tudo isto se passa numa barbearia onde se defende "o regresso às técnicas e saberes tradicionais dos barbeiros". Bem-vindos à The Lisbon Method. "Há uma grande falta de gente que siga os métodos tradicionais deste ofício. Daí, termos decidido avançar com a ideia de uma Academia de Barbeiros", explica-nos Reinaldo, um dos dinamizadores deste projecto, juntamente com Unique, romeno de nascimento, adoptado por Lisboa. A formação que oferecem, certificada pela DGERT (Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho), passa por nove meses e outros tantos módulos, terminando com um Estágio Profissional. Começaram por esta vertente, mas foram logo mais que muitas as solicitações para que também cortassem cabelos. Hoje, "a barbearia é um ponto de partida para nos abrir à comunidade", descreve Reinaldo. Nesse contexto, foi criado um protocolo com o Pelouro da Acção Social da Junta de Freguesia de Campolide, destinado a fornecer cortes de cabelo e barba gratuitos. Os Vizinhos e Vizinhas interessados, podem agendar este atendimento no Serviço Social da JFC, que funciona na sede, à segunda-feira, entre as 10h00 e as 13h. Refira-se que, já em Dezembro (logo no mês de abertura do projecto), o Natal na Academia contemplou uma iniciativa similar, junto da população mais carenciada. Actualmente, são seis as estações de trabalho instaladas na loja. Ao lado, está em montagem mais uma sala, destinada a acções de formação, mas que também pode acolher apresentações, demonstrações e outras actividades. Mas há mais novidades: Conversas com Barbeiros à Antiga, é a primeira, descrita por Reinaldo: "arrancamos com um encontro entre uma barbeira, que trabalha connosco, um amigo nosso que foi durante muito tempo barbeiro no Navio-Escola Sagres, e o sr. Arménio, barbeiro veterano aqui em Campolide. São três percursos bastante diferentes e todos eles têm muitas experiências para contar…". Dentro de pouco tmpo, um pequeno bar e um espaço dedicado a concertos acústicos, ao final da tarde, vão confirmar este espaço como um local de convívio. Tudo decorado a preceito e com um toque personalizado, como as portas em madeira, pirogravadas pelo próprio Reinaldo, responsável também pelo imponente balcão, do mesmo material e com uma estética semelhante. Advogado de formação, vai-nos explicando o conceito do espaço e das ambições do grupo (por exemplo, The Lisbon Method foi um nome escolhido a pensar em possibilidades de exportação do conceito e adaptação às cidades que o acolham), enumera produtos do ramo (como os óleos Drop) ou assumidas inspirações (como a barbearia Schorem, em Roterdão). E a música, sempre presente, claro. Como Johnny Cash. "Costumo dizer que, para trabalhar connosco, uma condição essencial é saber a letra do Cocaine Blues…" nc
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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE
ESPAÇO MAPA AFECTIVO PÚBLICO
A RUA ONDE MORO Avenidas Columbano Bordalo Pinheiro e José Malhoa Dois dos membros do Grupo do Leão (um conjunto de artistas apostados na renovação da pintura naturalista em Portugal) deram o seu nome a ruas da nossa Freguesia. Vamos descobrir um pouco mais sobre Columbano Bordalo Pinheiro e José Malhoa. Filho de um pintor, escultor e gravador (Manuel Maria Bordalo Pinheiro) e irmão do mais famoso caricaturista
português (Rafael, autor da figura do Zé Povinho), Columbano Bordalo Pinheiro nasceu em Cacilhas, em 1857. Estudou na Academia de Belas-Artes de Lisboa e rumou a Paris onde aprendeu com nomes como Édouard Manet ou Edgar Dégas e integrou em 1862 o famoso "Salon de Paris". Regressado ao seu país, ficaram famosos os retratos em que imortalizou Ramalho Ortigão, Teófilo Braga, Eça de Queiroz ou Antero de Quental. Vários trabalhos seus são igualmente marcantes, como o Drama de Inês de Castro (no Museu Militar de Lisboa), os painéis dos Passos
Perdidos (Assembleia da República), as pinturas da sala de recepção (Palácio de Belém) ou no tecto do Teatro Nacional D. Maria II. Deixou marca na Imprensa portuguesa, colaborando em revistas célebres como O António Maria, Atlântida e Contemporânea. Morreu em Lisboa, em 1929. De Caldas a Campolide Foi nas Caldas da Rainha, em 1885, que nasceu o autor de quadros marcantes, como Praia das Maçãs, Festejando o São Martinho (mais conhecido como Os Bêbados) ou O Fado. José Malhoa entrou para a Academia de Belas-Artes de Lisboa com apenas 12 anos. Expôs na Sociedade Promotora de Belas-Artes (1880, 1884, 1887), como membro do Grupo do Leão (1881 a 1889), no Grémio Artístico (1891 a 1899) e, desde 1901, foi presença regular nos salões da Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA). Recebeu a Medalha de Honra (1903) e várias Primeiras Medalhas da Sociedade Nacional de Belas Artes, da qual foi eleito seu Presidente em 1918. Teve uma carreira im-
portante, também fora de Portugal. Entre 1897 a 1912 participou no Salon de Paris, recebendo uma Menção Honrosa (1901) e a até mesmo a Legião de Honra (1905). Obteve Medalhas na Exposição Universal de Paris de 1900, nas Exposições Internacionais de Berlim (1896) e Madrid (1901), Rio de Janeiro (1908), Barcelona (1910), Buenos Aires (1910) e Panamá-Pacífico (S. Francisco, 1915). Realizou trabalhos históricos para o Palácio da Ajuda, Assembleia Constituinte, Câmara Municipal de Lisboa e Museu Militar. Faleceu em Figueiró dos Vinhos, onde estava instalado o seu atelier, em 1933. Por altura da Implantação da República, o retrato que pintou do Príncipe D. Luís Filipe estava exposto na Liga Naval (ao Chiado). Uma multidão entrou e, furiosa, pretendia retalhar a tela, mas conta-se que um popular se interpôs: “Aqui ninguém toca. É um quadro do Malhoa!”. nc
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ESPAÇO PÚBLICO
NOVA VIDA PARA AS VILAS DE CAMPOLIDE Reabilitação dos pátios e vilas de Lisboa Câmara Municipal de Lisboa
Duas décadas de abandono “Durante mais de duas décadas as vilas e pátios municipais de Lisboa não foram alvo de qualquer intervenção”, realça ainda Paula Marques. Do leque inicial de vilas identificadas para as primeiras intervenções (dentro de um quadro mais alargado de 33 situações, espalhadas pela cidade), a Vila Romão da Silva (com entrada pelo nº 138
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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE
Fotografia: João Barata
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ocais privilegiados na memória de Campolide, a Vila Romão da Silva e a Vila Elvira vão ser objecto de profundas intervenções de requalificação, com um orçamento estimado de 3,5 milhões de euros para os dois espaços. Esta intervenção decorre no âmbito da política de recuperação das vilas e pátios que sejam propriedade da Câmara Municipal de Lisboa (CML), fragmentos da vivência do século XX espalhados pela cidade. “Um ponto fundamental, passa pela preservação da memória histórica de Lisboa, estas vilas fazem parte das infraestruturas desta cidade, do seu desenvolvimento industrial e comercial”, realça a Vereadora responsável pelo Pelouro da Habitação e Desenvolvimento Local da CML, Paula Marques. A recuperação destes espaços, integra-se numa política de habitação que pretende promover as relações entre gerações. “Pretendemos proporcionar um espaço de convívio entre quem ainda lá mora e quem virá a morar, por isso, os fogos devolutos estão destinados a habitação jovem e serão sempre casas com preços acessíveis. A atribuição será feita por concurso público, pode ser por índice de carência, ou por sorteio. Nós temos vindo a utilizar o método de renda convencionada e parece-nos o mais adequado, tendo em vista captar uma população essencialmente jovem, para se juntar aos moradores que já ali moram”, explica.
3,5 milhões de euros para as vilas de Campolide Neste momento, a Vila Romão da Silva conta com um total de 37 fracções, 13 delas desocupadas. O leque de acção vai ser alargado, contemplando “a requalificação do edificado, fachadas, coberturas e no interior dos fogos dos moradores municipais. Está prevista também uma requalificação do espaço público (ou seja, de uso comum), tendo em conta a questão da acessibilidade e da mobilidade dos moradores. O orçamento para a obra – que arranca até ao final deste ano – está estimado em 2 milhões de euros, acompanhando os 1,5 milhões que serão utilizados na recuperação da Vila Elvira, (localizada na Travessa do Tarujo). As sete obras planeadas contam com um orçamento de 8 milhões de euros, assegurados pela CML. Ao todo, são quatro, as obras que irão ter início já em 2017: Vila Romão
da Rua Professor Sousa da Câmara) é o projecto mais ambicioso e complexo “não só pela questão da escala, como por ter dois espaços não habitacionais – a Companhia de Teatro Palmo e Meio e o Sport Lisboa e Amoreiras – que fazem parte integrante desta comunidade. Esses dois equipamentos vão ser recolocados, com a criação de um anfiteatro, virado para o interior do centro da Vila”, explica-nos a autarca. Além disso, serão criados espaços
A Vila Romão da Silva é o projecto mais ambicioso e complexo da Silva, Vila Elvira, Vila da Bela Vista (no Beato, com um investimento de 110 mil euros) e Vila Travessa de Paulo Jorge (situada em Belém, com um investimento planeado de 300 mil euros). Ao todo, estamos a falar de 47 fogos devolutos, e mais de uma centena de pessoas, espalhadas por estes quatro pontos. As Vilas Operárias nasceram no início do século XX, pensadas para
albergar os trabalhadores ligados à indústria que rumaram à capital. Neste momento, subsistem 61 locais, classificados como vilas e pátios municipais. Desses, há “33 casos em que não temos qualquer dúvida sobre a possibilidade de reabilitação”, sintetiza Paula Marques. nc Um olhar pessoal “Esta transformação nas vilas de Campolide faz parte de um sonho antigo, que agora se torna possível, em grande parte por uma insistência constante junto de autarquias sucessivas, em que foi determinante o papel da Junta de Freguesia e do seu presidente, André Couto”, realça Paula Marques. E, além da implicação institucional devido ao cargo que ocupa, há ainda uma motivação pessoal para sentir esta remodelação com emoção. É que, embora nascida na cidade do Porto, e com um percurso no qual constam diversas outras cidades (primeiro pelos estudos, depois pelos caminhos profissionais), Paula Marques escolheu Campolide para morar há uma década e hoje sente-se absolutamente integrada nesta geografia que já é também sua. “Quase que posso dizer que vim aqui parar por causa de um disco do Sérgio Godinho, o Campolide. Durante muito tempo tive a imagem da capa muito viva na minha memória e foi um dos grandes incentivos para descobrir esta Freguesia”, confessa-nos a Vereadora da Habitação e Desenvolvimento Local da CML. Como tantos outros Vizinhos e Vizinhas, destaca a dimensão humana que se sente ao morar num ambiente familiar, quando “se conhece o senhor onde se compra a fruta, o talhante, o jornaleiro… enfim, toda a condição agradável que significa apreciar uma vida de bairro, mesmo no centro da cidade”.
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ESPAÇO PÚBLICO
habitacionais por cima de ambos os equipamentos, algo que hoje não existe, já que ambos se limitam a um piso.
ESPAÇO PÚBLICO ESPAÇO PÚBLICO
Equipas
ao seu serviço GRANDE REPORTAGEM A calçada que percorre diariamente ou o corrimão onde se apoia precisam de manutenção constante. Conheça o quotidiano da equipa de Espaço Público da JFC e as suas funções
Texto: Carolina Pelicano Fotografia: João Barata
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uem anda pelas ruas de Campolide talvez não pense que cada pedrinha da calçada que pisa teve uma mão humana a poisá-la no chão; que cada corrimão onde repousa ou sustenta o braço quando sobe uma escada foi ali colocado por alguém; que o pilarete que impede a invasão dos passeios por parte dos carros está ali encaixado com mil cuidados ou que as placas toponímicas das ruas não brotaram das paredes por si só. Estes são apenas alguns dos muitos trabalhos que a equipa de Espaço Público da Junta de Freguesia de Campolide executa e que, porventura, passarão bem despercebidos. Mas se a desatenção das pessoas não se pode condenar, valerá a pena desvelar os rostos por detrás das mãos e braços obreiros. Foi com esta mesma intenção que encontrámos esta equipa nas Escadinhas da Liberdade, num dos seus muitos trabalhos invisíveis. Área desértica, sem sombra alguma, calor a pique e António e Bruno fazem movimentos
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repetitivos com o pincel, para cá e para lá, pintando de verde o corrimão que percorre toda a extensão das Escadinhas. Pelo rosto escorre-lhes o suor em bica, o que não espanta. Mas o trabalho não para, nem pelo calor, nem pelo frio António Coelho tem 53 anos, está na JFC há 2 e neste momento é o encarregado desta equipa que contempla 5 elementos. “Não gosto que me chamem de chefe. Sou colega. Trabalho aqui lado-a-lado com eles.”
Todos os dias há manutenção a fazer A diferença de idade de Bruno Mendes é tão somente uma inversão, 35. Mas os quase 20 anos de diferença não reprimem nem a boa disposição nem a afinidade entre ambos, mesmo pensando que Bruno chegou a esta casa em Janeiro. Tanto um como outro já
fizeram de tudo, tanto em Portugal como fora. António é pedreiro ladrilhador desde os 11 anos. “Não gostava de estudar, só de brincar”, graceja. Depois de já ter trabalho na Holanda, Alemanha, Suíça, França e Córsega, não há trabalho que o assuste. “Colocamos pilaretes, cuidamos dos parques infantis, na manutenção dos equipamentos para as crianças, dos bancos de jardins, da calçada.” E continua Bruno, “Nós aqui fazemos de tudo, tudo o que aparece”. E basta olhar para a mala da carrinha de trabalho desta equipa para ver que andam prevenidos para toda a obra, maior ou menor, que aparece: como nunca se sabe onde vão parar, e como Campolide é Freguesia de grandes dimensões, há sempre bidões de água prontos a serem usados para fazerem cimento, há areia, enxadas, picaretas, martelos, as mais variadas cordas, arames, varinhas de ferro, gerador, carrinho de mão, uma parafernália de instrumentos que só eles lhes conhecem os usos e serventias.
ESPAÇO PÚBLICO
“Não há trabalhos fáceis, mas o mais cansativo é a calçada, porque andamos sempre de joelhos”, conta António Coelho. A distribuição do trabalho diário é também uma aventura. Nunca se sabe o que vai aparecer, mas, como conta o encarregado, “Todos os dias há manutenção a fazer”. E é António
quem, para além de trabalhar com a sua equipa nas ruas e estradas de Campolide, anda sempre de um lado para o outro, olho aberto e atento, à procura do que precisa de ser feito ou reparado. “Na verdade não gosto muito de ser encarregado. Gosto de levar um serviço do início ao fim, não gosto de estar sempre a mudar de traba-
lho, a andar daqui para ali”, comenta a propósito dos ossos do seu ofício. Para além do olho de António na distribuição dos trabalhos, este também chega à equipa do Espaço Público pelas orientações da engenheira responsável por este departamento, Sónia Martins, aliás, à semelhança do que acontece em todos os restantes departamentos da JFC. António e Bruno falam enquanto trabalham. Agora vemo-los a prolongar corrimões junto ao portão do Externato do Bairro da Serafina, assegurando com rigor o final deste ano lectivo. Para isso, há que abrir buracos na calçada, plantar estes utensílios de segurança infantil, e voltar a deixar tudo como estava. E naquilo que a nós nos pareceu um instante, as pedrinhas do chão voltam a enquadra-se no enorme puzzle que é a calçada, como se não houvesse ponta solta. Se não tivéssemos visto António e Bruno a martelarem as pedras calcárias para ali as encaixarem na perfeição, diríamos que esta era obra de magia. Nada disso, aqui há muito trabalho. Chegou a hora do almoço, depois de estarem a trabalhar desde as 9 da manhã. A pausa é de uma hora mas o material tem de ser recolhido. E a parafernália volta toda para dentro da carrinha, não sem antes limparem as pás do cimento. Daqui a uma hora, toca a tirar tudo cá para fora outra vez. Todos os trabalhos de rua na Freguesia de Campolide são um verdadeiro círculo ininterrupto. nc
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Obras na freguesia
RUA GENERAL TABORDA REABRE RENOVADA Passeios redimensionados e protegidos, pavimentos novos rebaixamento dos lancis (a pensar em cadeiras de rodas ou mobilidades reduzidas) e lombas que acautelam a velocidade dos carros, são algumas das marcas desta intervenção.
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s obras na Rua General Taborda estão concluídas e é visível a diferença que se nota nesta artéria fundamental para a circulação pedonal e rodoviária de Campolide. O alcatrão ainda brilha, os moradores e transeuntes vão passando e olhando as mudanças, apreciando as alterações intro-
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duzidas e sentindo no dia-a-dia o que representam para as suas deslocações diárias. A intervenção efectuada foi pensada após uma análise cuidada das principais características desta via (sentidos de trânsito, estacionamento, passeios e mobiliário urbano) e detectados os principais problemas causadores de constrangimentos à mobilidade e desqualificadores da imagem urbana. “Isto agora está muito melhor, o pavimento é mais adequado, os passeios são mais agradáveis. Esta é uma rua que precisava mesmo de ser arranjada”, reconhece Vítor Dias, nascido e criado em Campolide, onde reside desde sempre. Há 72 anos, mais precisamente.
Passeios e estacionamento Um dos aspectos que foram tidos em conta foi o redimensionamento dos passeios, permitindo a circulação de pessoas com mobilidade reduzida, precavendo por isso uma largura mínima de 1.20m no passeio norte e 1.50m no passeio sul. A faixa de rodagem fica assim consignada a uma largura constante de 3.50m. Além da circulação pedonal, outra preocupação constante foi a manutenção do maior número de lugares de estacionamento possível, exigência da Junta de Freguesia de Campolide, visto corresponder a um dos maiores problemas da freguesia – a carência de estacionamento na via pública, em número que possa satisfazer as necessidades dos mora-
ESPAÇO PÚBLICO
dores. Para tal, foram criadas bolsas de estacionamento com largura de 1.80m, salvaguardando as necessidades de circulação automóvel ou pedonal. Prevê-se ainda a criação de dois estacionamentos destinados a cargas e descargas. “Havia muita gente a estacionar aqui que não é morador, esta solução dá prioridade aos moradores. Além disso, havia muitos carros em cima dos passeios, o que não facilita nada”, realça Tiago Figueiredo, que trabalha na pastelaria com mesmo apelido há uma dúzia de anos. À porta do estabelecimento, mesmo numa esquina, nasceu uma simpática esplanada e, por ocasião dos Santos Populares, em Junho, ganha vida ainda mais intensa: “Nesse mês, costumamos fazer umas coisas aqui, para a malta do bairro que se junta a conviver”.
Cautelas com a mobilidade Além do já referido redimensionamento dos passeios, três das passadeiras de peões foram elevadas à cota do passeio, permitindo a circulação pedonal a cadeiras de rodas e carrinhos infantis, ao mesmo tempo que agem como limitadores de velocidade automóvel, funcionando como lombas. As restantes duas passadeiras ganharam lancis rebaixados de modo a promover uma circulação universal. E também no que respeita às passadeiras das vias transversais, foi acautelado o rebaixamento dos lancis para uma plena circulação pedonal. “É muito importante ter em conta as pessoas com mobilidade reduzida.
Se temos um pavimento novo, temos de ter também segurança, caso contrário podia haver tendência para os condutores mais distraídos acelerarem”, alerta Tiago Figueiredo. Vítor Dias também é da mesma opinião, “mudar o piso foi muito benéfico para todos”, decisão que ganha importância redobrada numa rua inclinada, como é o caso desta. É de realçar, que o uso de dissuasores de estacionamento e de guardas contínuas garante a segurança dos peões, ao mesmo tempo que aumenta o conforto na sua mobilidade. Por um lado, por via da separação entre a circulação automóvel e pedonal, por outro, pelo auxílio à mobilidade que representam, especialmente nas zonas de maior inclinação. nc
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ACÇÃO SOCIAL COLECTIVIDADES
Fotografia: João Barata
ASSOCIAÇÃO DE REFORMADOS E PENSIONISTAS DE CAMPOLIDE
Todos os dias, há trabalho para fazer, papelada para organizar, actividades que implicam contactos e decisões. Um dia é necessário marcar um restaurante, outro, um autocarro, outro ainda, mandar fazer e enviar o cartão que todos os sócios recebem em casa no seu aniversário. E Januário Costa aqui está, diariamente, ele que esteve na origem de tudo. Mas já lá vamos... Estamos na Associação de Reformados e Pensionistas de Campolide (ARPC), criada em Janeiro de 2000 e actualmente com mais de meio milhar de sócios, 572 para sermos mais precisos. “Criámos a Associação para desenvolver um conjunto de actividades para os nossos reformados”, explica Januário Costa, na origem desta aventura, na companhia de Carlos Alberto Trêpa e Joaquim António Duarte, o trio que integrou a Comissão Instaladora. Passeios, convívios, almoços, espectáculos, são algumas das
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iniciativas que fazem a alegria de quem as frequenta. Mas há mais: “fazemos passeios mensais, temos uma classe de ginástica para idosos, fazemos as aulas no Centro Recreativo Popular... além disso, há também o grupo coral que já foi cantar a diversos sítios, ainda em Fevereiro fomos à Casa do Artista." O reportório é variado, numa colecção de mais de oitenta músicas, onde encontramos Guitarra Toca Baixinho, Grândola, Cumbaiá, o Malhão, Alecrim aos Molhos, Rapsódia de Lisboa ou a Desfolhada. Januário Costa vive na mesma rua onde nasceu, há 84 anos, a Soares dos Reis. Fez parte do Executivo da Junta de Freguesia de Campolide, conhece toda a gente nas imediações, viu aquelas ruas mudarem, crianças crescerem, amigos partirem. “Conheço o bairro todo, de uma ponta à outra, sempre acompanhei os eventos que JFC faz”, explica-nos. E lá nos vai mostrando os cartazes, os
Reformados, mas muito activos arquivos, os dossiers... tudo arrumado e alinhado, à mão de usar. Tudo mantido operacional por um conjunto de pessoas que encontram nesta actividade uma forma de serem úteis aos seus Vizinhos e Vizinhas que, não raramente, conhecem há décadas. As palavras finais do hino da ARPC, entoado com o fervor de quem vive intensamente aquilo em que se envolve, traduzem bem a forma de estar: “Tens tanta gente garrida/ mensageira de esperança/ és um convite à vida/ ao convívio e à vizinhança”. A letra foi criada por José Janeiro Raimundo (sócio nº318) e as palavras foram musicadas pelo músico e compositor Luís Pedro da Fonseca, que muitos se recordarão de diversos projectos, como os Salada de Frutas. Entra mais uma visita, por aqui já se planeiam as férias, em Vila Pouca de Aguiar. É preciso marcar transportes, refeições, actividades... por aqui, a vida não pára! nc
ESPAÇO MAPA GENTE AFECTIVO PÚBLICO NOSSA
SALVADOR NOGUEIRA Quem corre por gosto...
P
ara muitos, é o sr. Salvador. Mas outros tantos tratam-no com ainda maior respeito. Para esses é “o treinador”. Durante toda sua vida, a paixão pelo atletismo competiu com as actividades profissionais – e até com a vida familiar. "Ao domingo, às sete da manhã já estava com a chave da carrinha na mão a ir buscar os atletas para os levar às provas", conta-nos Salvador Nogueira, com o brilho no olhar que só possuem aqueles que vibram com o que fazem. Muitos que o vêem no Café Doce Belo onde trabalha, a servir pequenos-almoços e refeições, a atender toda a vizinhança que diariamente ali vai, não sabem que o coração deste homem palpita pelas pistas de atletismo, pelas medalhas e taças que já ajudou a conquistar para o clube do seu coração, o Santana Futebol Clube, agremiação desportiva emblemática do bairro de Campolide, onde sempre viveu em Lisboa, "primeiro na Serafina, depois no Baltazar e agora na Bela Flor". Nascido em Penajóia, aldeia de Lamego (terra da boa cereja), já lá vão 59 anos, veio para a capital em 1980.
das figuras principais para o desporto desta colectividade. "Fui treinador, motorista, orientava-os na ida aos exames médicos… cheguei e dirigir o Desporto… a minha filha foi apurada para ir a Espanha…", vai desfilando.
O apelo da música
Muito mais que um treinador "A minha filha começou a fazer atletismo, comecei a acompanhá-la, a treiná-la, depois comecei a tomar conta dos mais pequenos no Santana", recorda este profissional de hotelaria, que encontra nas pistas e nas corridas o seu habitat natural. Durante uma década foi uma
o sorriso ladino de quem recorda os dias bem passados. A sua intervenção não teve só o mérito de criar atletas, ajudou a definir um rumo, uma vida com mais tino, para jovens de diferentes gerações. Jovens que, para sempre, o respeitam e escutam, mesmo depois de adultos, alguns com filhos, nem todos completamente integrados, mas gratos e devedores do que este homem fez por eles: "tirei muita miudagem da rua, com o Desporto…"
Quando ingressou na Associação de Atletismo de Lisboa, para fazer o Curso de Monitores, conheceu os grandes nomes da sua área: "tive aulas com o Professor Moniz Pereira, conheci o Carlos Lopes, o Fernando Mamede…", vai relatando, com
Salvador tem uma outra paixão, um sonho que o acompanha há muitos anos e que nos tempos mais recentes tem vindo a ganhar um espaço cada vez mais importante na sua vida: tocar concertina. "É verdade, sempre fui doido por concertinas, quando a minha filha veio da Suíça, numa ocasião, conheci por um vizinho um senhor que ensinava a tocar. Mas não tinha instrumento e não quis… na altura", explica, com uma modéstia que vai pautando sempre a sua postura. As suas mulheres – a esposa e a filha – ofereceram-lhe uma e aí já não houve escapatória: "comecei a aprender com esse senhor, cheguei pensar em desistir, ao princípio a coisa não estava a correr muito bem… mas enchi-me de força, e pensei que devia continuar. Agora, já estou bastante melhor… já nem é a mesma concertina… e já dou uns toques", lá admite. nc
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ESPAÇOS VERDES
Fotografia: João Barata
Campolide mais verde
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Desde sempre, as pequenas hortas pessoais foram imagem de marca da Lisboa mais tradicional. E a tradição mantém-se. A Junta de Freguesia de Campolide entregou seis talhões para a criação de hortas urbanas, na Travessa da Rabicha, numa zona que faz fronteira com a tão conhecida Quinta do Zé Pinto, parte integrante do Corredor Verde de Monsanto. O projecto tem como premissa a criação de uma identidade para um terreno, até agora, sem qualquer tipo de aproveitamento. Esta iniciativa, contempla seis agregados familiares, ficando cada um responsável por um talhão hortícola com cerca de 60m2. Após a entrega dos terrenos, realizaram-se duas acções de formação (aber-
tas a toda a Freguesia), nomeadamente em Agricultura Biológica e Formação em Nutrição e Alimentação Saudável. A atribuição dos talhões foi feita através de uma candidatura presencial na JFC, aberta a todos os recenseados na Freguesia. Caso haja alguma desistência, serão contactados os Vizinhos e Vizinhas que permanecem em lista de espera. E “já há cerca de 30”, como nos assegura Carlos Alves, um dos hortelãos, membro fundador do projecto Pensar Verde, “um grupo informal de moradores”. A iniciativa cresceu, consolidou-se, e deu origem ao Pensar Verdinho, continuidade natural que envolve os alunos da Escola Marquesa de Alorna, “cerca de 20 miúdos que vão tomar conta das hortas. Regressar à escola onde estudei, 30 anos depois, com este projecto, é uma grande alegria”, reconhece. O seu talhão, no Tarujo, está já destinado,
será ocupado com plantas aromáticas e medicinais. O gosto, esse já vem de trás: “Já tive uma quinta biológica e depois fui tirar um curso de Agricultura Urbana”.
Vila Ferro está mais bonita Iniciada em Outubro de 2016, está quase concluída a requalificação da Vila Ferro, frente ao espaço comunitário no bairro da Liberdade/Serafina. Foram plantados Pinheiros Mansos e construídos socalcos (patamares) no terreno, com piso impermeável, em Pavê. Mesas de madeira tratada, acompanhadas de bancos, asseguram uma área adequada para piqueniques, jogos de cartas e outras actividades. Foi construída uma pérgula, que será adequadamente coberta com buganvílias e que dará uma óptima sombra no Verão. Ali será instalada uma cobertura removível, ou uma trepadeira, que permitirá usufruir do excelente enquadramento paisagístico do local, com vista para o Parque Florestal de Monsanto, o Aqueduto das Águas Livres e a Ponte 25 de Abril. Bancos de jardim e floreiras de madeira completam a decoração. Foi criada ainda uma zona lúdica para as crianças, incluindo um Jogo da Macaca, que será personalizado pelas crianças do "Programa Escolhas - Campolide Soma & Segue - E6G". Uma parte do terreno foi revestida com fibra de coco (para assegurar maior sustentabilidade dos solos e adiar o crescimento das ervas daninhas). Os trabalhos prosseguem, com vista ao embelezamento e requalificação desta zona de Campolide, mas os primeiros sinais destas profundas transformações são já visíveis.
Árvores da Freguesia alvo de manutenção A manutenção das árvores locais é uma questão que se prende com vários factores, aliando o aspecto estético à necessária segurança de peões e veículos automóveis. Nessa perspectiva, foram 40, as árvores intervencionadas pela Junta de Freguesia de Campolide, ao longo do separador central
da R. da Artilharia 1. Foram feitas podas de limpeza, de equilíbrio de copa e de formação, nos espécimes do lado direito do alinhamento duplo, uma vez que, apenas estes estão sob a responsabilidade da JFC. Entretanto, a Câmara Municipal de Lisboa abateu cinco exemplares em mau estado fitossanitário que apresentavam um grau de perigosidade considerado elevado. Os Plátanos da R. Marquês da Fronteira foram intervencionados, procedendo-se à limpeza de secos, afastamento das luminárias e levantamento e equilíbrio da copa, operações necessárias à manutenção das espécies florestais em questão. Mas as operações não ficaram por aqui. Na Av. Conselheiro Fernando de Sousa, foram realizadas podas de reequilíbrio, de coabitação e levantamento das copas nos Celtis australis e Celtis occidentalis, por forma a serem afastadas das fachadas dos edifícios e das catenárias do eléctrico. Relativamente às Amoreiras do Jardim, foram afastadas as copas das catenárias e retirados os ramos pendentes para o eixo viário da Av. Duarte Pacheco. Durante o mês de Março, procedeu-se à limpeza de duas palmeiras situadas num
canteiro entre o nº 5A da Rua Pedreira do Fernandinho e as traseiras do nº 65 da Calçada dos Sete Moinhos. Estas árvores, há muito que apresentavam problemas de insalubridade, o que obrigou à intervenção conjunta da Câmara Municipal de Lisboa (CML) e da Junta de Freguesia de Campolide (JFC), de forma a mitigar o aparecimento de qualquer tipo de animais que coloquem em risco a saúde pública. Afinal, a preocupação permanente com a saúde das árvores da Freguesia é um aspecto que, compreensivelmente, se reflecte na qualidade de vida de todos os Vizinhos e Vizinhas. nc
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ESPAÇOS VERDES
Entrega de talhões para hortas urbanas
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
DO PRESIDENTE EMAIL
andre.couto@jf-campolide.pt
EM DIRECTO
facebook/andre.ndac 5ªfeira das 11h00 às 12h00
ATENDIMENTO PRESENCIAL Desde Nov. 2009 - 2156 Atendimentos
4ªfeira das 11h00 às 13h00 Marcação prévia: atendimentopresidente@jf-campolide.pt Balcão de atendimento JFC
COMUNICADOS GERAIS
facebook.com/jfcampolide facebook.com/andre.ndac
Presidente da JFC responde
em directo
BREVES
Em tempo de novas tecnologias, o diálogo em tempo real entre quem dirige as estruturas autárquicas e a população ganhou também uma nova dinâmica. Desde o início de Fevereiro, semanalmente, o Presidente da Junta de Freguesia de Campolide (JFC) responde em directo aos moradores, através da sua página oficial de facebook. “Esta é uma iniciativa que reforça a proximidade com os moradores de Campolide. Aliás, demonstra igualmente como 'proximidade' tem sido uma constante e uma palavra-chave na minha acção política”, salienta André Couto. E acrescenta que encara esta acção semanal como “uma forma de prestar contas à população, sem filtros”. Esta acção tem-se revelado um sucesso, com dezenas de perguntas colocadas todas as semanas, o que tem permitido ampliar a massa crítica que rodeia as decisões da JFC, porque “é também uma forma de pensar as decisões com as pessoas”. Além disso, se alguns dos Vizinhos e Vizinhas que recorrem a esta possibilidade já eram conhecidos e habituais nesta prática, a facilidade e celeridade nas respostas trouxe novos interessados, até de uma geração mais jovem. “A média de idades das pessoas que têm usado estas sessões é mais baixa do que nos contactos que recebo habitualmente”, realça André Couto. O que faz todo o sentido, no âmbito dos utilizadores regulares das redes sociais e desta forma de comunicar. “E assim têm até a certeza de que sou eu mesmo que respondo, o que, aliás, já fazia com os e-mails, sempre fiz questão de ser eu a responder a tudo e a todos”. nc
ATENDIMENTO EM DIRECTO NO FACEBOOK página: https://www.facebook.com/andre.ndac/ Dia da semana: Quinta-feira Horário: das 11h às 12h
JFC na Comunicação Social A opção da JFC e do seu presidente por uma comunicação cada vez mais directa e próxima de todos os Vizinhos e Vizinhas é reconhecida e tem sido motivo de interesse para diversos órgãos de Comunicação Social. O semanário Sol dedicou-lhe um extenso artigo (replicado no jornal i, e que pode ser lido em https://ionline.sapo. pt/549837). A publicação online O Corvo acompanhou uma das sessões semanais de atendimento online (artigo disponível em http://ocorvo.pt/2017/02/24/ ola-fala-o-presidente-da-junta/). Por seu turno, o Diário de Notícias, publicou (a 5 de Março) uma extensa entrevista com o presidente da JFC, antecipando algumas das novidades que estão a ser concretizadas na nossa Freguesia, ao mesmo tempo que reflecte sobre as mais importantes mudanças introduzidas no seu mandato (http://www.dn.pt/sociedade/interior/andre-coutoquero-que-campolide-deixe-de-ser-o-primo-pobrede-campo-de-ourique-5705487.html).
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MAPA AFECTIVO BREVES
BREVES NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE ABRIL 2017
Higiene Urbana Pago em Lixo A iniciativa PAGO EM LIXO, que lhe permite trocar os seus resíduos sólidos pela unidade monetária Lixo (utilizável em diversos estabelecimentos comerciais de Campolide) tem vindo a conhecer uma extraordinária adesão por parte dos Vizinhos e Vizinhas. Até ao final de Fevereiro foram trocados 1736 Kg relativos ao Ecoponto Verde (vidro), 832, ao Amarelo (Plástico e Metal) e 397, ao Azul (papel e cartão). Aqui lhe deixamos os próximos locais e horários para proceder à troca: 8 DE ABRIL: Alto de Campolide – 09h30/ 10h30 (Calçada da Quintinha); Twin Towers – 11h/ 12h (Jardim ao lado da Quinta do Zé Pinto) 13 DE MAIO: Praça de Campolide – 09h30/ 12h 20 DE MAIO: Bairro da Serafina – 09h30/ 10h30 (cruzamento da Rua da Igreja com a Rua Padre José Gallea); Bairro da Bela Flor – 11h/ 12h (Rua José Felicidade Alves)
- Varredura mecânica (Segunda-feira a Sábado) Trabalhamos diariamente para uma freguesia mais limpa e cuidada.
Acção Social Verão 2017 | A JFC está a recrutar jovens monitores! O Departamento de Acção Social da Junta de Freguesia de Campolide está a recrutar jovens da Freguesia para, durante os dois meses de actividades de Verão para crianças, jovens e seniores, nos projectos “Vamos à Aventura" e "Praia Sénior", trabalharem como monitores. Os(as) interessados(as) devem enviar CV para os seguintes emails: ines.brito@jf-campolide.pt ou patricia.pesqueira@jf-campolide.pt Vem viver um verão inesquecível!
Higiene Urbana Preocupações ambientais premiadas No âmbito das competências da Área da Higiene Urbana, a JFC cumpre um serviço público, ao executar as seguintes funções: - Varredura manual (2ªfeira a Sábado) - Limpeza de dejectos pelo Motocão (Segunda a Sexta-feira, manhãs)
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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE
Acção Social Ida ao Teatro As actividades desenvolvidas pelo Pelouro de Acção Social da JFC são iniciativas de grande sucesso, que despertam
sempre grande adesão e entusiamso entre os Vizinhos e Vizinhas seniores de Campolide. Fevereiro foi o mês reservado à cultura, com uma ida ao Teatro Teatro Politeama para assistir ao Musical "Amália", de Felipe La Feria. Uma noite inesquecível, para recordar a grande diva do fado.
Acção Social Viagem à história do fado Em Abril, é tempo de celebrar a música de Lisboa, com uma visita ao Museu do Fado, no dia 26 de Abril, pelo preço de 10 euros. As inscrições estão abertas entre 10 e 19 de Abril no balcão de atendimento da JFC.
Passeio de fé Em Março, o passeio teve como destino Fátima, a “Cidade da Paz”. Um local de culto e de grande devoção, com visita ao Museu de Cera de Fátima e ao Santuário, um dos mais importantes santuários marianos e um local de peregrinação mundial.
Desporto Liberdade Atlético Clube Mês do Desporto
Desporto Atletas do CRP Campolide arrecadam 7 medalhas em Campeonato Nacional de Karaté Decorreu, a 4 e 5 Março, no Pavilhão Carlos Queiróz, em Carnaxide, o 9º Campeonato Nacional Sub-21 e 25º Campeonato Nacional Sénior 2017. Realizaram-se dois dias de prova com 76 clubes e 245 atletas inscritos, distribuídos por 24 escalões. Mais uma vez, os atletas do clube CRP-Campolide obtiveram óptimos resultados, com vários lugares no pódio: Ana Simão 1ºLugar Kumite Sénior -61 kg (Campeã Nacional) Rodrigo Pina 2º Lugar Kumite Sénior -67 kg (Vice-Campeão Nacional) Gonçalo Dias 3º Lugar Kumite Sénior -67 kg João Xavier 3º Lugar Kumite Sénior -60 kg Hugo Pina 3º Lugar Kumite Sénior -84 kg Bruno Rua 5º Lugar Kumite Sénior -67 kg Mª Beatriz Clara 2º Lugar Kumite sub-21-61kg (Vice-Campeã Nacional) Hugo Macedo 2º Lugar Kumite sub-21 -60 kg (Vice-Campeão Nacional)
O Liberdade Atlético Clube (LAC) faz 82 anos e está de parabéns. Mas as prendas são para todos os Vizinhos e Parabéns a todos os atletas e treinadores! Vizinhas! Durante o mês de Março, o Liberdade promoveu várias modalidades que todos puderam experimentar gratuitamente: kempo, ciclismo, corrida, rugby, boxe, tiro com arco, zumba, futebol, corfebol, esgrima, entre outros. A festa arrancou com a genica do grupo de ciclistas do Bairro, os "Com Dor", que proporcionou um passeio por Monsanto. A festa terminou com um almoço de aniversário no LAC a 2 de Abril.
Espaços Verdes
e os amigos, participando numa actividade de plantação de 6 novas árvores, para melhorar os espaços verdes da nossa Freguesia e contribuir para um futuro melhor. Plantar, Cuidar, Proteger. Todos juntos tornamos a nossa Freguesia mais verde. “Faz oxigénio. Faz sombra. Faz falta.”
Estamos a melhorar Campolide André Couto, Presidente da Junta de Freguesia de Campolide, fala aos Vizinhos e Vizinhas sobre as obras que estão a decorrer ou a começar na Freguesia. Saiba tudo no nosso site www.jf-campolide.pt. Veja os vídeos
Dia da Árvore Plantando o futuro No passado dia 25 de Março, Sábado, a Junta de Freguesia de Campolide convidou todos os Vizinhos e Vizinhas a celebrar o Dia da Árvore com a família
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BREVES
Acção Social
o meu animal Chanel ria
a M e ce i l A
Jasmim
K evin Zutrax
Lince
Shiva
Cães, gatos, aves, peixes, roedores... Caros Vizinhos e Vizinhas, enviem-nos uma foto do vosso animal de estimação para omeuanimal@jf-campolide.pt (acompanhada do nome do animal, do dono, e os respectivos contactos). Iremos publicando várias na página de Facebook da Junta de Freguesia de Campolide (para que possa partilhar com os seus amigos) e, mensalmente, escolheremos algumas para serem publicadas no boletim Notícias de Campolide. Porque os nossos animais de estimação fazem parte da família!
CONTACTOS ÚTEIS JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE
213 88 4 6 07 3ª Divisão da PSP de Benfica
Desejamos a todos uma feliz Páscoa
217 142 526 21ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública (Palácio da Justiça)
213 8 58 817 37ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública (Bairro da Serafina)
213 8 58 34 6 Balneário Público da Serafina
211 979 931 DESEJAMOS A TODOS OS NOSSOS CLIENTES UMA FELIZ PÁSCOA
Bombeiros Sapadores de Lisboa
8 0 8 215 215 Centro de Saúde de Sete Rios
217 211 8 0 0 Comissão Protecção de Crianças e Jovens
217 10 2 6 0 0 EPAL - Faltas de Água
Cozinha Tradicional Portuguesa Especialidade: Frango no Churrasco Serviço de Take-Away Leve a sua refeição para casa
8 0 0 222 425 HIGIENE URBANA Recolha de ‘Monos’ (CML)
8 0 8 20 3 232 HIGIENE URBANA Entrega Contentores (CML)
8 0 8 20 3 232 Hospital de Santa Maria Salas para Banquetes e Grupos
Boa Páscoa
para os nossos clientes e amigos Rua Marquês de Fronteira, nº 157/163A • 1070-294 Lisboa Tel 213884926/213882310 • Fax 213812887 Mail: avalenciana@netcabo.pt • www.avalenciana.pt
217 8 05 0 0 0 Polícia Municipal de Lisboa
217 225 20 0 Posto de Limpeza de Campolide
211 328 237 Posto de Limpeza da Serafina
211 328 9 29
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE ATENDIMENTO GERAL ATESTADOS AUTENTICAÇÃO DE FOTOCÓPIAS
2ª A 6ª FEIRA 09H30 ÀS 16H30
INFORMAÇÕES
TESOURARIA
2ª A 6ª FEIRA 09H30 ÀS 16H00
REGISTO DE CANÍDEOS
2ª FEIRA - 09H30 ÀS 12H30 4ª FEIRA - 14H00 ÀS 16H00
LICENCIAMENTOS
2ª FEIRA - 09H30 ÀS 12H30 4ª FEIRA - 14H00 ÀS 16H30
ACÇÃO SOCIAL MEDICINA DENTÁRIA OFTALMOLOGIA FES – FUNDO DE EMERGÊNCIA SOCIAL
2ª FEIRA 10H0 ÀS 13H00
HABITAÇÃO (OBRAS)
2ª FEIRA 09H30 ÀS 10H30
HABITAÇÃO SOCIAL
6ª FEIRA 10H00 ÀS 13H00