Notícias de Campolide nº74

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ANO XVII Nº 74 MAIO/JUNHO 2017 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

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MARCHA DA BELA FLOR - CAMPOLIDE HERMAN JOSÉ E MARIA RUEFF SÃO OS PADRINHOS PÁG. 4 e 5

SANTOS À CAMPOLIDE METRO EM CAMPOLIDE O GRANDE ARRAIAL DO CENTRO DE LISBOA

ENTREVISTA A FERNANDO MEDINA

PÁG. 6, 7, 8 E 9

PÁG. 10 E 11

O Celeiro Solidário da Junta de Freguesia de Campolide facultou

(Até ao fim de Abril de 2017)

274.531

DOSES até ao fim de Abril de 2017

252.945 de

FRUTA/VEGETAIS

603.905 unidades de COMPLEMENTOS (sobremesas, pão, iogurtes, leite, etc.)

1.844Kg de

912 Kg

685 Kg

(VIDRO)

(PLÁSTICO/EMBALAGENS)

(PAPEL/CARTÃO)

ECOPONTO VERDE

ECOPONTO AMARELO

ECOPONTO AZUL


ÍNDICE

EXECUTIVO

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André Nunes de Almeida Couto // Presidente

SANTOS POPULARES Marcha Bela Flor-Campolide_4 Arraial Santos à Campolide_6

ENTREVISTA

andre.couto@jf-campolide.pt https://www.facebook.com/andre.ndac Atendimento – Mediante marcação prévia

Pelouros: Acção Social, Comércio e Turismo, Comunicação, Cultura, Educação, Espaço Público, Grandes Opções Estratégicas, Habitação, Protecção Civil e Socorro, Recenseamento Eleitoral, Recursos Humanos, Segurança, Transportes, Urbanismo e Ordenamento do Território, Serviços Administrativos, Equipamentos, Informática e Técnicas de Informação

Fernando Medina_10

Maria Teresa Cruz de Almeida // Secretária

ESPAÇO PÚBLICO

Atendimento: 4.ª feira das 10.30 às 13.00

Obras na Freguesia_12 A Rua onde moro_14

teresa.almeida@jf-campolide.pt Pelouros: Abastecimento e Iluminação Pública, Defesa do Meio Ambiente, Igualdade de Oportunidades, Património, Saneamento e Higiene Urbana,Toponímia e Colectividades

HIGIENE URBANA

Duarte Miguel Rafael Sapeira // Tesoureiro duarte.sapeira@jf-campolide.pt

Duarte Cordeiro_15

Atendimento: mediante marcação prévia Pelouros: Desporto, Juventude, Recreio e Tempos Livres

REPORTAGEM Departamento de Informática

COLECTIVIDADES Liberdade Atlético Clube

Maria Cândida Cavaleiro Madeira // Vogal candida.cavaleiro.madeira@jf-campolide.pt Atendimento: mediante marcação prévia Pelouros: Desenvolvimento Económico e Saúde

GENTE NOSSA Antónia Maria Baptista // Vogal

Vítor de Sousa

antonia.baptista@jf-campolide.pt

BREVES André Couto | Direcção Sofia Julião | Coordenação Sofia Julião | Redacção Junta de Freguesia de Campolide | Propriedade Leandro Oliveira | Paginação João Barata | Fotografia 121904/98 | Depósito Legal 9 000 exemplares | Tiragem Distribuição Gratuita *As empresas privadas presentes nesta edição efectuaram doações para a Acção Social da JFC

Assembleia de Freguesia Presidente // Joaquim Couto Rodrigues da Silva / PS 1º Secretário // Carlos José Reis Lopes Ramos / PS 2º Secretário // Maria Cristina Santos Costa Gomes / PS Restantes Membros: Miguel Belo Marques, José Pereira da Costa, Maria Antónia Ramos Serra, Adriana Rafaela Gonçalves Quadros, José Pimenta Ribeiro, António Jorge Saraiva Marcelo João Manuel Costa Magalhães Pereira, Luisa Isabel Pina Teixeira, Amish Vijay Laxmidas Coligação Sentir Lisboa

Carlos Artur Ferreira de Moura


EDITORIAL Caros Vizinhos e Vizinhas, Há 25 anos estreou um programa chamado "Parabéns", eu tinha 10 anos e fiquei abismado com a cultura, personalidade e capacidade de nos fazer rir que Herman José demonstrava. Este ano não tenho palavras para expressar o orgulho em anunciá-lo como cabeça de cartaz no nosso Arraial "Santos à Campolide", e como padrinho da Marcha Bela Flor-Campolide, em conjunto com a singular Maria Rueff, com não menos capacidade de nos fazer rir e com toda a carga simbólica que transportam em conjunto. Será a estreia de ambos como Padrinhos de uma Marcha, e conjunto, e isso demonstra, por si só, a força do projecto deste ano! Junho é o mês de Lisboa, em que todos saímos à rua para celebrar a Cidade e a nossa alegria de viver nela. Também nós aqui, em Campolide, iremos aproveitar para circular e conviver nos nossos bairros, utilizando as ruas renovadas e a nova Praça de Campolide, cuja inauguração acontecerá este Verão. Como já disse várias vezes, esta é uma Freguesia onde o olhar sobre o futuro convive naturalmente com a memória. Por isso, não posso deixar também de salientar as recentes novidades sobre a estação do Metro em Campolide e o regresso do Eléctrico 24, conforme podem ler na entrevista que o Presidente da CML nos deu nesta edição, esclarecendo tudo o que se comunicou nas últimas semanas. Uma última e sentida referência ao aniversário de uma carismática colectividade da nossa Freguesia. Aos 82 anos de actividade, o Liberdade Atlético Clube confirma a garra de todos os que vestem a camisola, bem simbolizados na Presidente do clube, a incansável Ana Cristina Martinho, de corpo e alma por esta instituição, que muito tem feito pelos nossos jovens. Todos em conjunto vamos festejar o mês de Junho, com a nossa Marcha, a sardinha assada e muita, muita alegria. Até apetece gritar: Ié, ié, ié… Campolide é que é!

JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE Rua de Campolide, 24 B – Tel: 21 388 46 07 e-mail: geral@jf-campolide.pt www.jf-campolide.pt Reunião aberta: Primeira 4.ª feira de cada mês


SANTOS POPULARES

Herman José e Maria Rueff apadrinham marcha de Bela Flor – Campolide

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animação no Pavilhão Polidesportivo de Campolide redobrou, quando os marchantes viram o par que entrava na companhia do Presidente da Junta de Freguesia de Campolide, André Couto: Herman José e Maria Rueff, os padrinhos da Marcha de Bela Flor – Campolide! Apesar da sua carreira, onde já fez de tudo um pouco, esta é uma nova aventura para o ‘verdadeiro artista’, como desvendou perante os marchantes. “Nunca fui padrinho de nenhuma marcha, é a minha estreia. E acredito que a marcha da Bela-Flor - Campolide este ano vai ganhar”. Claro está, as palmas não lhe foram poupadas.

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Maria Rueff amadrinha um bairro pela terceira vez; das outras duas desfilou pela Freguesia onde estudou. Também não resistiu a desejar a melhor sorte para estes seus afilhados: “à terceira é de vez!”, exclamou, perante nova salva de aplausos. Este ano o tema, mais uma vez, apenas será desvendado na actuação do Meo Arena, dia 3 de Junho. Três marchas inéditas (com irónicas letras de José Luís Gordo e Nuno Nazareth Fernandes, vivíssimas músicas de Nuno Nazareth Fernandes e experientes arranjos de Carlos Alberto Moniz) servem as movimentadas e exigentes coreografias que, diariamente, foram ensaiadas com a entrega de todos.

Dias de muita dedicação Em Março começaram os ensaios de canto, um mês depois foi a vez de aprender e praticar as movimentações. Quem os viu, noite após noite, todos os dias, ensaiar passos, afinar a voz pelo grupo, aclarar o refrão e dar tudo por tudo, uma, outra, e outra vez… só pode mesmo esperar que a vitória sorria na noite de Santo António, quando estes marchantes levarem pela Avenida da Liberdade a sua alegria e a sua arte. Hugo Miguel Barros, há três anos consecutivos ensaiador deste grupo de empenhados Vizinhos e Vizinhas das novas gerações de Campolide, conta com uma equipa empenhada. “Basta dizer


SANTOS POPULARES MAPA AFECTIVO

que dos 50 participantes, 25 homens e outras tantas mulheres, só cinco é que são estreantes. Todos os outros estão cá, novamente, para se divertirem e darem o melhor pela sua Freguesia”. Confessa que a maior dificuldade é “o desafio de lidar com 50 feitios diferentes”, mas a

Eu e a Maria vamos ser padrinhos da Marcha, verdadeiramente à moda antiga

forma como todos seguem as indicações não deixa margem para dúvidas acerca da sua ascendência sobre eles.

Uma dupla certeira Herman José explica como surgiu esta feliz associação. “O grande culpado foi este malandro, que me tinha jurado vingança quando me viu no ginásio a levantar pesos maiores que os dele”, graceja Herman José, igual a si mesmo, referindo-se a André Couto. Depois, mais a sério, não esconde a satisfação: “é um enorme orgulho desempenhar esta função, um convite que me deixou muito feliz. Eu e a Maria vamos ser padrinhos da Marcha, verdadeiramente à moda an-

tiga, vamos desfilar, dar cara com toda a alegria, mas o mérito todo vai ser do empenho e do trabalho deles”. Maria Rueff, a actriz que mais vezes contracenou com Herman, também se mostra muito animada com tudo isto. “A noite de Santo António diz-me muito, todo o mês de Junho, o espírito que se vive por Lisboa… são dias muito especiais para esta cidade e é uma alegria poder passá-los este ano na companhia de gente que também tem esse espírito”. Entretanto, as palavras ganham asas e celebram a união entre bairros e a alegria de pertencer a uma das zonas mais carismáticas de Lisboa, palco de muita animação durante todo o mês de Junho: “Bela Flor - Campolide é que é!”. nc

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SANTOS POPULARES

SANTOS POPULARES Arraial de Campolide com as maiores estrelas em palco

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uase se poderia dizer que a especialidade em Junho é Santos à Campolide. E a receita? Juntar artistas c omo Herman José, Quim Barreiros e Rosinha, petiscos vários, bailarico e muita animação. Junho rima com festa e Campolide cumpre com o calendário, logo a partir da noite de 31 de Maio até ao segundo dia de Julho. O palco para as noites de festa que se avizinham será, como já vem sendo hábito, a Quinta do Zé Pinto, esse espaço magnífico que acolhe os grandes eventos da nossa Freguesia. Com organização conjunta da Junta de Freguesia de Campolide e Associação Viver Campolide preparámos uma programação imbatível, para que o mês do Santo António tenha os mais diversos pretextos para sair de casa e partilhar alguns petiscos e bons momentos com os seus Vizinhos e Vizinhas. Se o pretendido é música e boa disposição, dificilmente poderíamos ter

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

melhor estrela para o nosso arraial. Já apresentou O Tal Canal, já ensinou com a Herman Enciclopédia, criou os grandes sucessos da “música ró” como Tony Silva, homenageou os cantores populares como Serafim Saudade, fez-nos rir a todos ao longo de décadas de incomparáveis personagens. Falamos de Herman José, como já perceberam. O humorista vai abrilhantar a festa na noite de dia 9, Sexta-feira, a partir das 22h 30m (é claro que convém virem mais cedo, para arranjarem um bom lugar).

Acordeonistas marotos Logo no dia 2 de Junho, igualmente numa Sexta-feira, com o seu chapéu inconfundível, o acordeão acelerado e a língua sem freio que lhe conhecemos, o malandreco do Quim Barreiros vem até Campolide. O Mestre da Culinária vem partilhar o seu Bacalhau à Portuguesa e talvez até deixe o carro Na Garagem da Vizinha!

Como é bom lembrar, nem os palcos nem a alegria são exclusivos dos homens. Por isso, pelo palco dos nossos Santos à Campolide vai passar uma figura bem conhecida de t o d o s vocês, para confessar que quando a fome do seu amorzinho aperta… não hesita: Eu Levo no Pacote, confessa a irreverente Rosinha, que promete colocar muitos e muitas a cantar em coro consig o . Va i ser


SANTOS POPULARES MAPA AFECTIVO

no dia 17, um Sábado e começa às 22h. Além destes, muitos serão os artistas com quem vai poder dar um pezinho de dança ou cantar os maiores sucessos das festas populares. Nos dias 2 e 9, a partir da meia-noite, a festa vai estar nas mãos da banda Tributo Popular, u m divertido trio (com roupas e sonoridades bem portuguesas) que homenageia os maiores sucessos das feiras e festas do nosso Portugal. Bailarico garantido, acompanhado pelo coro dos mais audazes. A Banda Fora de Série marca presença nos dias 12 e 24 (a partir das 21h 30 e 22h, respectiva-

mente). São 13 músicos em palco, e prometem manter a animação, com as suas duas voca- listas à cabeça da equipa, e outras duas bailarinas a acompanharem o ritmo endiabrado da prestação.

Muita energia em palco Falemos agora de algumas demonstrações de inquestionável resistência. No dia 3 (Sábado), a partir das 22h, e durante cerca de quatro horas, vão estar em palco os Semáforo, uma banda formada em 2005, que começou a carreira apresentando-se em festivais, e bares, mas que hoje já leva uma considerável rodagem das mais variadas festas, romarias e outros eventos, um pouco por todo o país. Diversidade de estilos e muita experiência em palco, são os principais argumentos que os Pack 7 têm para

apresentar a quem os for ver. Da música popular ao Rock, passando pelas sonoridades brasileiras e africanas, são mais de duas décadas de experiência. Também eles prometem cerca de quatro horas em palco, nos dias 16 e 30 (ambos uma Sexta-feira, às 22h). No feriado de dia 10 de Junho (às 22h) é a vez dos Nova Banda, experientes músicos (acompanhantes de estrelas como Marco Paulo ou Micaela) num espectáculo que conjuga versões tão variadas como Xutos & Pontapés ou Quim Barreiros com os originais do grupo (muitos deles do álbum “Lisboa”, lançado em 2010). E na véspera de um outro feriado, dia 14 (Quarta-feira), à mesma hora, quem sobe ao palco são os Alpha Band, um sexteto constituído por dois vocalistas (masculino e feminino), um teclista, percussão e duas bailarinas. O reportório vai dos sucessos mais populares à música Brasileira, passando pelo Kizomba.

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SANTOS POPULARES

Mais música... e comidinha Dia 12 é a vez de um duo bastante original, os Arrebimba o Malho. Um DJ e um animador criam um carrocel musical em torno da música portuguesa. Toda ela: do pimba à música ligeira, do pop electrónico ao melhor do rock. Sem esquecer sequer os clássicos da nossa infância. A completar esta extensa lista de propostas encontramos ainda o cantor Helder Nunes (dias 4, 11, 18 e 25, sempre às 21h), bem conhecido de todos, já que é nosso Vizinho em Campolide. Teremos ainda a presença do músico e entertainer Toy Cascão, nos dias 23 de Junho (Sexta-feira) e 1 de Julho (sábado). Neste mesmo Sábado, os Alma Rock recorda os temas intemporais do Rock português. Dia 2 de Julho, o dia de encerramento desta maratona de música e animação, a festa faz-se novamente ao som dos Nova Banda. Todos os dias podem ainda contar com a escolha musical do nosso DJ residente, que nos vai presentear com uma selecção cuidada e variada, adequada ao

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

ambiente de uma festa como esta. É claro que para aguentar todos estes concertos vai poder contar com diversos espaços de restauração, incluindo o Restaurante Santos à Campolide, que estará ao serviço de todos os Vizinhos e Vizinhas durante todo o mês que dura a festa. Várias outras surpresas irão surgindo ao longo dos dias, para que não faltem motivos de interesse em visitar o nosso arraial, o mais animado desta Lisboa alfacinha que em Junho sai à rua de arquinho e balão, gingando as ancas e afinando os pregões. Vamos festejar Campolide! nc


SANTOS POPULARES MAPA AFECTIVO


ENTREVISTA

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otícias de Campolide (NC): O Metropolitano de Lisboa apresentou, recentemente, o seu plano de expansão. Temos assistido a várias versões acerca deste projecto. Quais os planos, em termos de investimento e expansão do Metro, para a Cidade de Lisboa? Fernando Medina (FM): O plano imediato, e que estará concluído até 2022, é abrir duas novas estações, Santos e Estrela, fazendo a ligação circular entre as linhas verde e amarela. Com isto conseguimos que as pessoas que chegam a Lisboa, vindas de barco ou da linha de Cascais, possam ter uma ligação directa à zona com maior con-

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

centração de empregos, as Avenidas Novas, sem ter de fazer um ou dois transbordos. A CML continuará a bater-se, junto do Governo, para a necessidade de densificar o Metro dentro da cidade de Lisboa. Avançando com a linha vermelha até Campolide e Campo de Ourique, e, por outro lado, fazendo a ligação da estação do aeroporto até ao Campo Grande, prologando a linha vermelha na outra extremidade até Telheiras. Campolide surge logo depois das estações da Estrela e de Santos. Esta é uma boa notícia para a população, pois até agora Campolide não surgia, sequer, no mapa de expansão do Metro na Cidade.

NC: No que respeita a Campolide, foi inicialmente emitido um comunicado que refere uma estação. Dias mais tarde, a 8 de Maio, na apresentação pública do novo plano de ampliação da rede do Metro, foi apenas referida uma estação nas Amoreiras. Campolide vai ter estação? FM: Campolide vai ter estação de Metro. E é a prioridade seguinte na expansão do Metro dentro da cidade de Lisboa. Infelizmente, e por falta de financiamento, não foi considerada nas 2 estações que deverão estar concluídas em 2022. O anterior Governo, como é público, não incluiu os transportes nos fundos comunitários, e, tratando-se de um investimento de fundo é muito difícil ser suportado sem o apoio Comunitário. O que o Ministro do Ambiente garantiu é que o financiamento para a expansão até Campolide e Campo de Ourique será garantido no próximo ciclo dos fundos comunitários. NC: É uma aspiração antiga da população ter acesso ao Metro através do espaço onde nasceu e está hoje instalada a nova Praça de Campolide. Tendo em conta o importante investimento que foi feito, não seria justificável a existência, nesse local, de uma entrada de Metro que servisse a população da zona residencial da Freguesia? FM: Sem dúvida. É uma zona central


ESPAÇO ENTREVISTA PÚBLICO

FERNANDO MEDINA "Campolide vai ter estação de Metro" A Câmara Municipal de Lisboa e o Governo têm assumido políticas de expansão assentes na mobilidade urbana, na transformação profunda da gestão das redes de transportes públicos, especialmente no que respeita ao Metro e à Carris. Falámos com o Presidente da CML, Fernando Medina, sobre as transformações planeadas, aproveitando, também, para esclarecer as dúvidas surgidas com os comunicados do Ministério do Ambiente de 5 de Maio.

da Cidade, com um forte núcleo populacional e onde faz todo o sentido ter uma entrada do Metro. O que a CML pode garantir é que, quando se der a próxima expansão do Metro, essa entrada estará pronta para servir os moradores e comerciantes da zona. Confirmo, portanto, que a futura estação de Campolide, localizada na Avenida Conselheiro Fernando de Sousa terá acesso pela zona próxima da nova Praça.

até agora Campolide não surgia, sequer, no mapa de expansão do Metro na Cidade NC: Relativamente a prazos, o que podemos esperar e do que está dependente esta construção? FM: De ser incluído no próximo ciclo de fundos comunitários, como disse o Ministro do Ambiente, visto o anterior Governo não ter precavido esta situação. É o ciclo imediatamente a seguir a 2022. No entanto, não está posta de parte a hipótese de avançar antes, mas apenas se surgir financiamento específico. NC: Tem enfatizado no seu discurso

a necessidade de se criarem pólos de atracção turística fora do casco histórico da Cidade. O regresso do eléctrico 24 a Campolide, com ligação ao Aqueduto das Águas Livres e à Praça de Campolide foi anunciado como fazendo parte desses planos. Confirma-se o tão aguardado regresso do eléctrico 24? FM: Sem dúvida. As obras que tiveram lugar em Campolide e no Cais do Sodré instalaram de novo a linha necessária para o regresso do 24. Foi um erro terem-se reduzido as linhas de elétrico na Cidade e hoje é difícil reconstruí-las tal como eram, mas ter mais elétricos é algo que tem de ser equacionado nos próximos anos, porque este é um meio de transporte sustentável e muito querido na nossa cidade. NC: Já existem prazos para a reactivação desta carreira, uma vez que as obras já estão bastante adiantadas? FM: É difícil comprometer-me com prazos e não gosto de o fazer sem ter a certeza absoluta. Neste momento ainda nos falta assegurar a reposição da catenária na Rua do Alecrim e mais algumas obras na linha. O que posso garantir é que estamos a trabalhar para termos de novo o 24 a funcionar o mais brevemente possível. Será certamente nos próximos tempos, uma vez que é uma obra que só depende da CML. NC: Tratar-se-á de uma carreira de ser-

viço turístico ou de livre acesso a todos os utentes com título de transporte válido? FM: De livre acesso a todos. Será um serviço da Carris e, como tal, integrado na rede de transporte coletivos, com o mesmo tarifário diário e mensal. NC: Um eficaz sistema de transportes públicos constitui um factor determinante para a competitividade e sustentabilidade da cidade. Estamos a caminhar para um serviço público de transportes que sirva efectivamente as pessoas? FM: Ao fim de anos de desinvestimento, e onde os transportes perderam mais de 100 milhões de passageiros, estamos finalmente a inverter o declínio dos transportes públicos na capital. Ainda vai demorar tempo, pois estamos a falar de empresas, como a Carris, que perderam 650 funcionários e mais de 50 autocarros nos últimos 6 anos. Com a transferência da Carris para a Câmara Municipal de Lisboa, que teve lugar a 1 de Fevereiro, foi finalmente apresentado um plano estratégico que prevê um investimento de 80 milhões de euros, a 3 anos, a compra de 250 novos autocarros e a contratação de 220 motoristas. Não vai ser de um dia para o outro, mas as imagens de filas intermináveis à espera do autocarro vão ser uma imagem do passado. nc

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ESPAÇO PÚBLICO

A NOVA RUA PROFESSOR SOUSA DA CÂMARA As obras do primeiro troço da Rua Professor Sousa da Câmara terminaram. O que os Vizinhos e Vizinhas puderam encontrar foi uma rua remodelada, com mais facilidade e segurança na circulação.

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om a Primavera, não é só a temperatura que se torna mais convidativa. A abertura do primeiro troço intervencionado da Rua Professor Sousa da Câmara (entre a Rua D. Carlos de Mascarenhas e a Rua de Campolide) mostrou-nos uma via muito mais agradável para todos os que ali circulam ou habitam. “A Rua Professor Sousa da Câmara (para alguns, a antiga Rua das Amoreiras) estava num estado deplorável de degradação, o pavimento rodoviário irregular, assim como a calçada antiga extremamente escorregadia, especialmente quando chovia. Não havia um passeio direito, o que levava muitas pessoas a cair”, recorda Cristina Duarte, moradora nesta rua, e que bem conhece os problemas que afligiam os Vizinhos e Vizinhas. Pelas suas palavras, percebemos como a preocupação em assegurar a segurança e a estética foi bem recebida e

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

compreendida: “a rua ficou muito bonita, com a calçada branca e preta, e, as pedras de granito. Tão bonita, que é pena não se poder fechar só para trânsito local”, acrescenta mesmo. Porém, as preocupações com o aspecto visual da rua que tão bem conhece, não a impedem de reconhecer a funcionalidade necessária para assegurar as facetas mais práticas do quotidiano. “Esteticamente não gosto dos pilaretes, mas entendo que sejam essenciais para a protecção dos peões, bem como, para evitar abusos de estacionamento nos passeios”, reconhece esta moradora.

Passeios mais seguros Um dos principais aspectos que saltam à vista é o redimensionamento do passeio Norte, tendo em atenção as necessidades da população idosa, com necessidades especiais ou até mesmo tendo em atenção quem transporta as

compras para casa. O objectivo desta e de outras intervenções que têm vindo a ter lugar na nossa Freguesia, é a salvaguarda da segurança da circulação pedonal. José Prior trabalha nesta rua há 32 anos, no bem afamado restaurante O Petisca. “O que me espanta é como nestes anos ninguém se tenha magoado a sério. Um terço do passeio estava completamente torto e a pedra já tinha muitos anos, era quase impossível andar sem cair. A obra era mais que necessária”, reconhece. Quanto às alterações rodoviárias, considera que “o trânsito condicionado em termos de velocidade, com o acesso às garagens assegurado... sim, é o ideal”. Nesse sentido, a entrada prevista da EMEL em Campolide, foi a forma encontrada para proteger o estacionamento dos residentes, terminando com o autêntico caos que, tantas vezes, encontra quem pretende deixar o carro nas nossas ruas. “Quando


ESPAÇO PÚBLICO

passo de manhã cedo na Vila Maria, o estacionamento está a 40%; ao final da tarde, a mesma coisa... há pessoas que não estão a aproveitar... é um desperdício E com a EMEL os moradores têm até maior facilidade em arranjar estacionamento”, realça o senhor Prior. Com esse objectivo, fomos delimitando e protegendo os passeios, rebaixando as passadeiras e trocando os pavimentos, medidas que aliam a segurança e o conforto, vertentes complementares que nunca se podem anular entre si.

Alterações para melhoria Aliás, foram estas preocupações que ditaram mesmo algumas alterações ao projecto inicial, uma vez que esta importante obra foi alvo de uma grande reflexão e escrutínio junto da população, em duas sessões muito participadas que tiveram lugar

no Auditório da JFC. Por um lado, houve ajustes que se mostraram pertinentes, relativamente ao redesenho do troço, como a eliminação das bolsas de estacionamento entre os nºs 189 e 162, de modo a dotar os passeios pedonais, agora em ambos os lados da rua, de larguras mais amplas. Estes novos passeios pedonais contam agora com 1.50m (passeio Sul) e 1.74m (passeio Norte), delimitados em toda a sua extensão por dissuasores de estacionamento. A via automóvel mantém o seu perfil de 3m, existindo, no entanto, 3,5m de largura entre os pilaretes, o que permite a circulação de veículos de emergência. No que respeita à utilização de novos materiais, em especial na zona de passadeiras e acessos automóveis a garagens, optou-se por pavimentos em betão nas zonas de passadeiras e calçada de granito na via automóvel. É bom recordar que as obras a de-

correr na zona antiga de Campolide (e o resultado de algumas delas é já bem visível) surgem no âmbito de um protocolo entre a Câmara Municipal de Lisboa (CML) e a Junta de Freguesia de Campolide (JFC), acordo que deu origem a um projecto chamado "Campolide 100% Seguro". Na sequência dessa articulação, a CML delegou na JFC a competência e os meios financeiros para a execução de múltiplas intervenções que terão como finalidade a reabilitação integral das ruas da zona antiga da nossa Freguesia, para satisfação dos nossos Vizinhos e Vizinhas. Enquanto aguardamos a conclusão das obras no segundo troço desta rua, uma das artérias centrais da circulação pedestre e automóvel em Campolide, vamos apreciando o resultado das obras e, tal como em nossas casas, saboreando o conforto que se segue aos inevitáveis transtornos que estas coisas acarretam. nc

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ESPAÇO PÚBLICO ESPAÇO PÚBLICO

A RUA ONDE MORO Rua Eduardo Malta

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m 1925 surgiu um suplemento infantil no jornal O Século, cujo nome é, ainda hoje, um achado: Pim Pam Pum! O sucesso estendeu-se ao longo de várias gerações, já que essas páginas dedicadas à literatura para os mais novos conheceriam a luz do dia ainda depois da Revolução de 25 de Abril de 1974, mais concretamente, até ao ano de 1978. Um dos seus criadores (juntamente com Augusto de Santa Rita, irmão de Santa-Rita Pintor, membro do grupo de Orpheu) foi o pintor Eduardo Malta. Também podemos encontrar exemplos de trabalhos da sua autoria nas revistas Contemporânea (publicada entre 1915 e 1926) e Ilustração (iniciada em 1926).

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Nasceu na Covilhã, em 1900, e foi aluno da Escola de Belas-Artes do Porto. Pintou essencialmente retratos, de várias figuras das artes e da política portuguesa – bem diferentes entre si. A extensa lista inclui os escritores Teixeira de Pascoaes e Aquilino Ribeiro, o antigo director do Diário de Notícias Augusto de Castro, Amália Rodrigues, Salazar ou Getúlio Vargas, duas vezes Presidente do Brasil (entre 1930 e 1945 e de 1951 a 1954). Em 1952 envolveu-se num episódio com José Dias Coelho, a quem acusou de ter votado mais vezes do que devia. Veio a revelar-se uma falsa denúncia, mas a celeuma permaneceu e agudizou-se. Entre 1959 e 1967 Eduardo Malta propôs-se a dirigir o Museu Nacional

de Arte Antiga, intenção aprovada por via da sua proximidade ao regime vigente, mas rapidamente contestada por figuras como Almada Negreiros, Eduardo Viana, Abel Manta, Carlos Botelho, Marcelino Vespeira, Fernando de Azevedo, Keil do Amaral, José-Augusto França, ou de Júlio Pomar. Eduardo Malta faleceu em Óbidos, no ano de 1967. nc


HIGIENE URBANA

Duarte Cordeiro ENTREVISTA CML

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ara o vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Duarte Cordeiro, não restam dúvidas, relativamente aos resultados da transferência de recursos iniciada há três anos: “A CML transferiu cerca de 70 milhões de euros do Orçamento próprio para o orçamento das Juntas de Freguesia; estamos a falar de um universo de cerca de 2000 trabalhadores. Hoje, penso que, também no território de Campolide, as pessoas começam a ter noção da melhoria e dos objectivos que pretendíamos alcançar com esta reforma. As equipas de limpeza são mais visíveis, é muito evidente o contacto com essas equipas (na substituição de papeleiras, de lavagem) são mais rápidas, o contacto é mais fácil, estão mais próximas da população”. Naturalmente, a conversa não podia passar ao lado de dois dos projectos emblemáticos da Junta de Freguesia de Campolide, Pago em Lixo e Celeiro Solidário. O autarca da CML considera que “a JFC está a ser pioneira” e acrescenta: “O projeto é muito interessante, acompanha algumas tendências internacionais e estamos a acompanhá-lo com toda a atenção. É muito importante, acima de tudo, uma atitude de responsabilização da JFC com a reciclagem, com aquilo que é o comportamento dos seus fregueses, e tentar contribuir para uma mudança comportamental. Estes pro-

gramas são veículos, o objectivo é gerar uma mudança comportamental”. Quanto ao Celeiro Solidário, Duarte Cordeiro realça que “quando há desperdício, há uma certa sensibilização para uma produção excessiva face àquilo que são as necessidades. É suposto haver um comportamento de maior eficiência mas, ao mesmo, tempo, há uma atitude solidária de reutilização, apoiando quem tem mais necessidade. Os programas de combate ao desperdício alimentar têm estas duas vocações”.

Uma freguesia que assume a sensibilização é muito positivo e muito importante Todas estas iniciativas acabam por se reflectir também nos custos envolvidos com a manutenção da qualidade vida na cidade. “No que diz respei-

to ao lixo indiferenciado, o município paga para que seja tratado. E no que respeita à reciclagem, a CML vende. Temos conseguido reduzir substancialmente a diferença entre o que pagamos e vendemos. No fundo, isso deve-se, essencialmente, a um comportamento adequados dos lisboetas por terem reciclado mais. Quando mais se reciclar, menos teremos de investir neste sector. Temos noção da necessidade de sermos eficientes. Há consequências, não só no que respeita ao meio ambiente, à poluição, como ao nível da gestão de recursos. Ter cidadãos que são conscientes é muito importante para a sustentabilidade da cidade, do país, do mundo, mas também para a sustentabilidade deste tipo de operação. Quando há uma freguesia que assume para si essa sensibilização é muito positivo e muito importante”. nc

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REPORTAGEM

Obras na freguesia Equipas

ao seu serviço GRANDE REPORTAGEM É difícil imaginar qualquer empresa actual sem computadores. O problema é quando falham. Que o digam os membros do Departamento de Informática da JFC, cujo telefone recebe as urgências dos restantes departamentos.

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m texto desapareceu do monitor do computador. A ligação à Internet sumiu quando era mesmo necessária. É preciso precaver a mais recente versão do vírus que anda a infernizar meio mundo. Tudo isto são tarefas à medida do Departamento de Informática da Junta de Freguesia de Campolide. “Somos um pouco a sombra dos outros, mas sem o nosso trabalho muito pouco sobreviveria”, explica o responsável pela equipa, António Galindro, 53 anos, há sete na JFC. Na sala, estão também Bruno Raposo, de 35 (há dois por aqui) e os dois estagiários, Vasco e João Fonseca (ambos com 17 anos). Todos juntos, são a garantia de que as máquinas servem os interesses de quem as maneja e cada funcionário possa obter o máximo de eficácia. O dia começa cedo O quotidiano diário começa quando todos ainda dormem. Às zero horas de cada dia, conforme foram programados, os servidores procedem a uma cópia automática de toda a informação que vai sendo produzida ao longo da cada dia. Assim que os membros

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

da Informática chegam, a prioridade é atestar a segurança dessas cópias, a imperiosa actualização dos anti-vírus e a funcionalidade das impressoras - toner (a tinta utilizada para impressão), papel, alguma folha que ficou encravada da véspera...

Com a grande difusão dos aparelhos móveis - telemóveis, tablets, smartphones - mudou muito a nossa relação com as telecomunicações. De resto, há sempre um computador para arranjar, outro que precisa de ser reconfigurado, um cabo que convém mudar, uma nova versão de um programa que pode melhorar o desempenho de quem o usa. No dia-a-dia da JFC – e em qualquer empresa, arrisca-se – os problemas mais recorrentes são o esquecimento de uma palavra passe, a impressora

que não imprime. A meio da manhã alguém liga: “O leitor de cartões decidadão não está a funcionar? Experimenta ligar atrás... não dá... ok, vou aí ver”. Este é o típico início de muitas conversas ao longo de um dia habitual. Mais que os problemas técnicos, é necessário salvaguardar o aspecto da comunicação. A Informática é uma área muito técnica, nem todos dominam os termos – “qualquer pessoa fala num portátil, nós chamamos-lhe laptop”, exemplifica António. E acrescenta: “é necessário ir ao encontro de quem nos solicita ajuda. Tenho de ter sempre presente que a solução não é para me servir a mim, mas quem necessita. E quanto melhor entender o que se passou, o que pode fazer caso volte a acontecer, melhor para todos nós”. É claro que a resposta para cada problema nem sempre é óbvia. “Muitas vezes temos de trocar ideias entre nós, até chegarmos à conclusão de qual foi o problema e como vamos contorná-lo”, conta-nos António. Uma nova estagiária significa mais um computador operacional. Para isso, é necessário “limpar toda a informação que está neste, instalar os programas necessários às funções


REPORTAGEM

que que vão ser desempenhadas neste posto de trabalho, criar um mail com o novo nome”. Os dois estagiários escutam, apontam um ou outro elemento e lá vão lançar mãos à obra, colocando os ensinamentos em prática. Mudam os tempos... e as máquinas Outro aspecto fundamental prende-se com a inovação, o acompanhamento e antecipação dos novos equipamentos, das novas tecnologias. “Com a grande difusão dos aparelhos móveis - telemóveis, tablets, smartphones - mudou muito a nossa relação com as telecomunicações. E a Informática sempre foi uma área onde a evolução é constante. Por isso, sempre que se altera alguma coisa não basta pensar nas possibilidades

e desafios de hoje, “temos de projectar as nossa decisões e intervenções de fundo para uns aninhos”, resume o responsável pelo departamento. Tudo isto são factores importantes, quer no âmbito interno, quer na relação que, forçosamente, uma estrutura como a JFC desenvolve com outras empresas – os chamados fornecedores, de bens e serviços. Afinal, hoje, quase tudo é gerido à distância, pela decisão introduzida num computador. António sonhava ser fisioterapeuta, mas a paixão pelos computadores falou mais alto. Claro que tem orgulho no trabalho que aqui desenvolve, nas melhorias que tem conseguido levar a cabo. “Só nos últimos dois anos, actualizaram-se os servidores de todo o parque informático da JFC,

licenciámos todos os programas que utilizamos... tanta coisa que fizemos... por exemplo, definimos um sistema de impressão por departamentos, quando aqui cheguei cada funcionário utilizava um computador e uma impressora só para si. Não faz sentido!” João e Vasco Fonseca (não são irmãos, apesar de partilharem o apelido) vêm da EPED – Escola Profissional de Educação para o Desenvolvimento. Esta é uma oportunidade para experimentarem no mundo real muitas das tecnologias e questões que estudaram, bem como outras específicas deste meio, até porque “alguns dos programas que usamos foram desenhados para gerir as necessidades específicas de uma Junta de Freguesia”, explica António Galindro. Toca novamente o telefone. “Sim... olá tudo bem... um símbolo vermelho? Sim, acho que estou a ver.…não resultou? Espere... eu vou aí abaixo ver”. E lá foi o João, atender a mais um pedido. Salvar o dia a mais alguém, melhor dizendo. nc

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ACÇÃO SOCIAL COLECTIVIDADES

LIBERDADE ATLÉTICO CLUBE

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Desporto e festa promovem convívio

animado almoço que assinalou os 82 anos de actividade mostra bem o espírito desta colectividade. “Foi um espectáculo... toda a gente a brincar, toda a gente a rir... são momentos destes que marcam bem o espírito do clube”, salienta Cristina Martinho, directora do Liberdade Atlético Clube (LAC) há cerca de sete anos. E bastava a imagem feliz do senhor Antero, sócio nº 3 do LAC, e o mais antigo associado no activo, para confirmar o sucesso do encontro. Quando começaram, as atenções estavam centradas no Basquetebol (“nem existia Futebol”, realça a dirigente associativa). O local que servia de sede era outro, as peças de teatro eram uma das actividades principais. Depois veio o Futebol, responsável por várias taças ganhas. Hoje, os tempos são outros, o desporto mantém-se na linha da frente, mas

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

surgiram novos atractivos – as aulas de Zumba, de Kempo (uma técnica de Defesa Pessoal), as divertidas sessões de Karaoke ou até mesmo a concorrida Festa da Porca, em Setembro. O animal assa no espeto, acompanhado por bebidas frescas, e serve de acompanhamento ao convívio. “Actualmente, temos 700 e tal sócios. Uma das coisas que mais alegria me dá é estar muita malta nova a regressar. Quando vejo o meu marido, com 60 anos, a jogar às damas ou às cartas, com rapazes de 30... sinto que estas coisas valem a pena”. Se o apoio da Junta de Freguesia de Campolide e da Câmara Municipal de Lisboa é, naturalmente, bem acolhido, outro enorme suporte do LAC passa pelos pais dos atletas, que ajudam em tudo o que é necessário. E mais pudessem. “Pintar paredes, ajudar na arrumação das coisas, montar o que é preciso... muito deles nem

moram por aqui, mas têm sido fantásticos”, explica Cristina Martinho. E não se cansa de inventar formas de financiamento para o clube que transporta no coração: canecas com o devido emblema, calendários com o sorriso das netas, rifas que ditam a sorte de muitos. O LAC não se demite da sua função social, seja quando se trata de angariar condimentos para um Cabaz de Natal solidário, ajudar algum morador mais necessitado ou honrar aqueles que fizeram esta casa. “Em Junho, fazemos um torneio de homenagem ao Nuno Nunes, um atleta que faleceu em campo... era tão novo...”, emociona-se Cristina. Mas reage rapidamente: “o LAC é feito de tudo isto, ajuda, brincadeira... gosto muito pouco de coisas sérias”, disfarça, como se alguém acreditasse que todo este empenho não é do mais sério que pode haver. nc


ESPAÇO MAPA GENTE AFECTIVO PÚBLICO NOSSA

VíTOR DE SOUSA Fotografia: João Barata

O actor que entrou pela telefonia

“Comecei a gostar de teatro através da telefonia, ouvia contar histórias e queria entrar pela telefonia dentro e ajudar a contar a história”, recorda, com o ar doce e a voz bem colocada que o caracterizam. Vítor de Sousa nasceu em Lisboa, em Novembro de 1946, mudou-se para Campolide há 15 anos, e tem na representação um dos pilares da sua vida e da sua forma de estar. Estreou-se em 1965. Essas datas não se esquecem, claro. “Foi com o Ribeirinho, Mestre Ribeiro como todos lhe chamávamos, e uma peça de Gil Vicente. Quem me apresentou a ela foi a minha madrinha, a Eunice Muñoz”. Será difícil, numa carreira tão bem recheada de momentos fulgurantes, encontros com actores de craveira, cenas de arrebatamento e textos nascidos de tantas naturezas humanas (não é isso o teatro da vida, também?), realçar uma dessas peças, puxá-la para a luz

da ribalta da memória, por assim dizer. “Mas, sem dúvida, um dos momentos mais marcantes foi o Português, Escritor, 45 Anos, do Bernardo Santareno. Na audiência estavam várias pessoas que se levantavam e intervinham... eles tinham vivido aquelas situações, durante a Ditadura do Estado Novo”, explica. A conversa salta entre tópicos. Fala com um apreço especial do dramaturdo Tchekov. Conta-nos que, no dia da Revolução do 25 de Abril, estava em cena com “A Morte de um Caixeiro Viajante”, de Arthur Miller. Evoca os primórdios do seu gosto por dizer poesia (“nunca uso, nem aprecio, o termo declamar, o que eu faço é dizer”), pela mão de José Blanc de Portugal. Recorda os programas semanais que a RTP transmitia (“as pessoas respondiam nos inquéritos à pergunta “gosta de teatro?”: “quando é bom”!). Divertido, bom conversador,

acaba por falar de novo de Campolide: “gosto imenso do relacionamento com o comércio daqui da zona, as pessoas são muito simpáticas, gosto muito de viver aqui”. Fala ainda da vista que tem de sua casa: “olho pela janela e vejo o Aqueduto das Águas Livres... vejo Sintra.. é uma zona central de Lisboa, mas sem a confusão de outras”. Sempre atarefado, entre recitais, espectáculos, programas e convites, contactos vários (a proximidade com os amigos é uma das traves da sua personalidade), aqui encontra alguma calma. Cumprimenta a vizinhança, vai questionando sobre a saúde dos familiares de quem se cruza. Falamos sobre a sua presença na televisão, desde os tempos com Nicolau Breyner ou Ivone Silva ao grupo que se foi formando em torno de Herman José. E voltamos ao teatro, a essa coisa de estar em palco: “tem mistério... não sei bem...” nc

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MAPA AFECTIVO BREVES

BREVES NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE MAIO/JUNHO 2017

Acção Social

Cidadania

Passeio a Fátima

Lisboa Eu Participo! 10 anos a dar voz aos cidadãos

No ano do centenário das aparições de Fátima, levámos os nossos seniores à "Cidade da Paz". Um passeio de Fé a um local de peregrinação, que faz memória do seu acontecimento fundante, as aparições de Nossa Senhora aos três pastorinhos (Lúcia, Francisco e Jacinta), há cem anos. Apesar dos momentos de recolhimento e reflexão que o espaço propicia, foram também muitas as oportunidades para um saudável e descontraído convívio entre os visitantes.

A 10ª edição do Orçamento Participativo de Lisboa (OP) já começou, com a fase de apresentação de propostas. Até dia 11 de Junho, todos os cidadãos podem apresentar as suas propostas para a cidade, através do portal da participação https://www.lisboaparticipa.pt/ ou nas sessões participativas. Acreditamos que Lisboa necessita de todos e por isso, queremos que todos participem no OP Lisboa. A vossa colaboração é imprescindível para atingir tal objectivo!

Directos EM DIRECTO… de Barcelona! No passado dia 11 de Maio, o habitual directo de respostas à população aconteceu às 21h, desde Barcelona, onde o Presidente André Couto foi apresentar o projecto "Pago em Lixo!", a convite da Universitat Oberta de Catalunya. É com muito agrado que todos vemos as boas práticas da JFC serem reconhecidas e objecto de interesse por outras entidades europeias, enquanto iniciativas válidas do âmbito da sustentabilidade.

Acção Social Atendimento Social Perto de Si O Departamento de Acção Social da JFC realiza sessões de atendimento social de proximidade, que têm como objectivo a prestação e esclarecimento de informações, encaminhamentos e divulgação de projectos sociais. Atendimento Social na Junta de Freguesia de Campolide: semanalmente,

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Segunda-feira (dias 5, 12, 19 e 26 de Junho; dias 3, 10, 17, 24 e 31 de Julho), das 10h30 às 13h00 Atendimento Social Perto de Si no Bairro da Serafina: quinzenalmente, Quinta-feira ( dias 1 e 29 de Junho - devido ao feriado de dia 15 não há atendimento; dias 13 e 27 de Julho) das 9h00 às 11h00 Atendimento Social Perto de Si no Bairro da Bela Flor: quinzenalmente, Sexta-feira dias 2, 16 e 30 de Junho; dias 14 e 28 de Julho) das 14h00 às 15h30


CampolideSoma&Segue E6G Colónia de Páscoa Durante a pausa escolar das férias da Páscoa, seis jovens com idades entre os 16 e os 20 anos participaram na Colónia de Férias de Páscoa, para uns dias de actividades radicais na Serra da Estrela. Durante quatro dias, tiveram a oportunidade de visitar aldeias típicas e o centro da cidade da Guarda, fazer jogos de orientação, rapel, escalada, slide, tiro com arco, BTT e ski! Foram momentos bem divertidos, de partilha, reforçando, desta feita, estilos de vida saudáveis e os laços pessoais entre os membros do grupo.

máscaras) e Imagem (roupa, maquilhagem, cabelos). As inscrições (na JFC nos dias 5, 6, 7, 8 e 9 de Junho, entre as 9h30 e as 16h30) custam quatro euros e dão acesso a todas as disciplinas. Haverá um Certificado de Participação e fotografias, no final de cada semana

jovens da Marcha da Bela Flor-Campolide empenhados em retomar esta tradição da nossa Freguesia.

Santos Populares Marchas no Meo Arena A Marcha da Bela Flor-Campolide actua no MEO Arena, no dia 3 de Junho, em estreia absoluta da sua prestação preparada para este ano. Mas precisamos de si: pedimos a todos os apoiantes que compareçam e se concentrem na zona assinalada na figura. Os Vizinho e Vizinhas devem juntar-se à porta da Junta de Freguesia de Campolide, com partida marcada para as 20h45, para integrarem a comitiva em autocarro que os vai levar ao local do espectáculo. O sucesso e a motivação para uma prestação inesquecível dependem muito do calor humano. Não faltem!

Serviços BALNEÁRIO PÚBLICO HORÁRIO Terça a sexta-feira: 10h às 13H e das 16.30h às 19.30h Sábado: 9.30h às 13h e das 14.30h às 17.30 Domingo: 9h às 12h Rua Miguel Ângelo de Blasco, no Bairro da Liberdade, ao lado da PSP

Acção Social

Estamos a

UNIVERSIDADE SÉNIOR Férias com Arte

melhorar Campolide

A Universidade Sénior da JFC lança o programa “Férias com Arte”, destinado a interessados de ambos os sexos a partir dos 12 anos de idade. Subordinada ao tema “interpretação: Teatro, Televisão, Cinema”, esta actividade (a decorrer entre 19 de Junho e 28 de Julho) contará todas as semanas com um actor convidado. O curso engloba as disciplinas de Corpo (relaxamento, movimento e dança), Voz (texto, dicção e canto), Cultura (História, teatro, cinema), Interpretação Dramatúrgica (Improvisação, Psicodrama), Técnicas de Casting, Atelier Criativo (figurinos,

André Couto, Presidente da Junta de Freguesia de Campolide, fala aos Vizinhos e Vizinhas sobre as obras que estão a decorrer ou a começar na Freguesia. Saiba tudo no nosso site www.jf-campolide.pt.

Santos Populares Crianças Marcham em Belém

Veja os vídeos

A marcha infantil de Campolide vai participar no desfile organizado pela CML, em Belém, no dia 17 de Junho, a partir das 16h30. A marcha está a ser organizada pelas professoras e pelo CAF (Componente de Apoio à Família) do 1º Ciclo da Escola Mestre Querubim Lapa, em conjunto com alguns

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BREVES

Acção Social


S

I E T

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Õ Ç A M R

O F N

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Autárquicas 2017 Estrangeiros podem votar e candidatar-se Com a proximidade das eleições autárquicas, é importante entender quem é elegível e quem pode votar. Quanto à possibilidade de ser eleito para um cargo, além dos eleitores portugueses, há outras três situações a considerar. No caso da União Europeia (UE), podem candidatar-se os cidadãos de países que oferecem a mesma possibilidade aos portugueses lá residentes. Depois, cidadãos de países de língua oficial portuguesa com residência legal em Portugal há mais de quatro anos. E ainda, outros cidadãos com residência legal em Portugal há mais de cinco anos (desde que originários de países que reconheçam a reciprocidade desses direitos aos portugueses que lá residem). A metodologia para os votantes é semelhante, apenas se alteram alguns prazos a considerar. Assim, estão aptos a votar juntamente com os portugueses residentes em território nacional (repita-se, caso os seus países ofereçam a mesma possibilidade aos cidadãos portugueses lá residentes) os cidadãos da UE, de países de língua oficial portuguesa com residência legal em Portugal há mais de dois anos ou outros cidadãos com residência legal em Portugal há mais de três anos. Segundo informação publicada no Diário da República de 23 de Julho de 2009, Portugal reconheceu capacidade activa aos cidadãos naturais dos Estados-Membros da EU, Brasil, Cabo Verde, Argentina, Chile, Islândia, Noruega, Peru, Uruguai e Venezuela. Para mais informações e conhecimento da data final de entrega dos pedidos de recenseamento ou candidaturas, deverá dirigir-se ao balcão de atendimento da Junta de Freguesia de Campolide, entre as 09h30 e as 16h30.


CONTACTOS ÚTEIS JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

213 88 4 6 07 3ª Divisão da PSP de Benfica

217 142 526 21ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública (Palácio da Justiça)

213 8 58 817 37ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública (Bairro da Serafina)

213 8 58 34 6 Balneário Público da Serafina

211 979 931 Bombeiros Sapadores de Lisboa

8 0 8 215 215 Centro de Saúde de Sete Rios

217 211 8 0 0 Comissão Protecção de Crianças e Jovens

217 10 2 6 0 0 EPAL - Faltas de Água

8 0 0 222 425 HIGIENE URBANA Recolha de ‘Monos’ (CML)

8 0 8 20 3 232 HIGIENE URBANA Entrega Contentores (CML)

Cozinha Tradicional Portuguesa Especialidade: Frango no Churrasco Serviço de Take-Away Leve a sua refeição para casa

8 0 8 20 3 232 Hospital de Santa Maria

217 8 05 0 0 0 Polícia Municipal de Lisboa

217 225 20 0 Posto de Limpeza de Campolide

211 328 237 Posto de Limpeza da Serafina

211 328 9 29



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