Notícias de Campolide nº79

ANO XVII Nº 79 DEZEMBRO 2017 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

o nosso natal

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campolide vence no op 2017/18 PÁG. 12

O Celeiro Solidário da Junta de Freguesia de Campolide facultou

305.486

DOSES até ao fim de Outubro de 2017

2.003 (Até ao fim de Junho de 2017)

Kg de

ECOPONTO VERDE (VIDRO)

257.042 de

FRUTA/VEGETAIS

963 Kg

690.185

unidades de COMPLEMENTOS (sobremesas, pão, iogurtes, leite, etc.)

1073 Kg

ECOPONTO AMARELO

ECOPONTO AZUL

(PLÁSTICO/EMBALAGENS)

(PAPEL/CARTÃO)

ÍNDICE

EXECUTIVO

André Nunes de Almeida Couto // Presidente

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natal O Natal em Campolide é uma festa para todos

REPORTAGEM NOVO EXECUTIVO Conheça quem é quem

ESPAÇO PÚBLICO

andre.couto@jf-campolide.pt https://www.facebook.com/andre.ndac Atendimento: 4.ª feira - Mediante marcação prévia

Pelouros: Comunicação, Espaço Público, Espaços Verdes, Defesa do Meio Ambiente, Higiene Urbana, Recenseamento Eleitoral, Cultura, Restauração, Grandes opções do Plano, Protecção Cívil e Segurança, Transportes.

ANA raquel MOREIRA DA silva // Secretária raquel.silva@jf-campolide.pt Atendimento: 3.ª feira - Mediante marcação prévia Pelouros: Equipamentos, Habitação, Acção Social, Colectividades, Igualdade de Oportunidades.

A Loja onde vou A Rua onde moro_9 Orçamento Participativo_12 Campolide em Festas Antigas_13

BRUNO LOURO // Tesoureiro bruno.louro@jf-campolide.pt Atendimento: 4.ª feira - Mediante marcação prévia

HIGIENE URBANA

Pelouros: Informática, Recursos Humanos, Serviços Administrativos, Comércio e Licenciamento, Financeiro e Contratação

Um Calvário que termina

colectividade CRP Campolide Crescer e formar pelo desporto

Maria Cândida Cavaleiro Madeira // Vogal candida.cavaleiro.madeira@jf-campolide.pt Atendimento: Mediante marcação prévia Pelouros: Saúde

GENTE NOSSA António Vitorino D’ Almeida O maestro de Campolide

BRUNO corgas GONZALEZ // Vogal

BREVES

bruno.gonzalez@jf-campolide.pt Atendimento: 6.ª feira - Mediante marcação prévia Pelouros: Educação e Desporto

André Couto | Direcção Sofia Julião | Coordenação Sofia Julião | Redacção Junta de Freguesia de Campolide | Propriedade Taiz Collovini | Paginação João Barata | Fotografia 121904/98 | Depósito Legal 9 000 exemplares | Tiragem

Assembleia de Freguesia Presidente // MARTA VIEIRA DA CRUZ / PS 1º Secretário // Carlos José Reis Lopes Ramos / PS 2º Secretário // Miguel belo marques / PS Restantes Membros: Januário Gomes da Costa, Luís Filipe Correia Rosa, Cátia Sofia da Cruz Costa, Pedro Miguel Pereira Ferreira da Silva, Teresa de Jesus Cancela Dias Baptista Francisco Maria Oom Pimenta Peres

Distribuição Gratuita *As empresas privadas presentes nesta edição efectuaram doações para a Acção Social da JFC

Joana Vitorino Mendes, João Carlos Infante Gameiro Maria José Branco Ferreira do Nascimento Garcia Arnaldo Maria do Carmo Bica

EDITORIAL Novas etapas em Campolide Caros Vizinhos e Vizinhas, Esta é uma época adequada a balanços. O final de mais um ano que se aproxima, faz-nos olhar para trás e pensar em tudo o que fizemos durante 2017. As ruas que arranjámos, as famílias que apoiámos, os espaços de lazer que criámos na nossa Freguesia ou a aposta na Educação e bem-estar dos mais novos. E, neste campo em especial, permitam-me que destaque a opção de assegurarmos as refeições da Escola Básica Mestre Querubim Lapa. Com todas as notícias reportagens que têm sido publicadas sobre a qualidade das refeições em tantos estabelecimentos de Ensino, só podemos mesmo pensar que tomámos a decisão certa.

Mas estes e outros momentos altos do ano, como os passeios com os nossos seniores, as brincadeiras na praia com as crianças, as aulas da Universidade Sénior, o magnífico arraial Santos à Campolide, a reeleição deste Executivo como demonstração de confiança no projecto que estamos a concretizar, ou até mesmo os intensos directos semanais no facebook, só fazem sentido quando evocados em conjunto. É isso que aqui faço. São mudanças na nossa Freguesia que vão permanecer na memória de todos nós, que aqui crescemos e vivemos.

Também por isso, o Natal, a festa da família, é uma ocasião muito especial para todos aqueles que convivem diariamente. Assim sendo, criámos condições para que todos os moradores de Campolide possam sentir os festejos organizados pela JFC como seus. Porque Campolide precisa de todos!

Um Feliz Natal e um 2018 à medida dos vossos desejos!

JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE Rua de Campolide, 24 B – Tel: 21 388 46 07 e-mail: geral@jf-campolide.pt www.jf-campolide.pt Reunião aberta: Primeira 4.ª feira de cada mês

NATAL

O Natal em Campolide é uma festa para todos Com o Natal à porta, quisemos conhecer os desejos dos Vizinhos e Vizinhas para nossa Freguesia. “Um Desejo para Campolide” foi o desafio e os resultados estão expostos no quiosque da Praça de Campolide. Dia 16 o espaço animou com o Pai Natal (em pessoa), muita música e poemas de Natal.

Fotografias: João Barata

O

Natal é uma das celebrações mais importantes do ano e, seguramente, aquela que mais está relacionada com o convívio em família e junto daqueles de quem mais gostamos. É também uma quadra de solidariedade e partilha. Por tudo isto, mais uma vez, a Junta de Freguesia de Campolide (JFC) optou por utilizar a verba que seria despendida na iluminação pública da Freguesia assegurando que os Vizinhos e Vizinhas mais carenciados vão ter um Cabaz de Natal à altura desta festa.

“Tem sido nossa política, nas decisões que tomamos e na forma como usamos os recursos de que dispomos, ter em conta as necessidades efectivas dos nossos Vizinhos e Vizinhas.

E, numa quadra como esta, em que as emoções estão no centro dos nossos dias, as saudades apertam e as ausências são mais sentidas, mais que nunca. A decoração das ruas pode ser importante mas, acima de tudo, está a possibilidade de cada um poder celebrar estes dias em família, com os amigos, em condições de dignidade e bem-estar”, sintetiza o Presidente da JFC, André Couto. Esta é uma medida que já foi colocada em prática pelo Executivo da JFC nos anos anteriores.

“Não pretendo alongar-me sobre isso,

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

para não parecer que estou a apelar a sentimentalismos. Contudo, não posso deixar de realçar que foi uma das medidas mais carismáticas e bem entendidas por todos, nas anteriores legislaturas a que presidi na JFC”, recorda o autarca.

Um desejo para Campolide Esta é também a época do ano em que todos idealizamos o que queremos para o ano que se aproxima. E você, o que pretende para Campolide em 2018? Pensámos numa forma de poder partilhar o seu desejo com todos os Vizinhos e Vizinhas, deixando-o bem visível. Chamámos a esta iniciativa “Um Desejo para Campolide”.

Antes de mais, o quiosque vermelho da Praça de Campolide foi transformado numa gigantesca árvore de Natal, acolhendo gente de todas as idades. Contamos agora com mais um motivo para passear neste espaço e fazer dele o centro de convívio que foi pensado para a nossa Freguesia.

E, como muitos já repararam, as paredes do quiosque, além da decoração alusiva à quadra, estão cobertas com postais de Natal. Sabem de quem são?

Estes postais são muito especiais.

Neles estão escritos os sonhos e as ambições para a nossa Campolide,

expressos por muita gente de diferentes idades: os alunos da Escola Básica Querubim Lapa, do Externato Educação Popular, da Universidade Sénior da JFC, da Associação de Reformados de Campolide e de todos os Vizinhos e Vizinhas que levantaram o seu postal na JFC ou no quiosque, nele escreveram o seu desejo, e agora o vão poder partilhar com os amigos e familiares.

Há festa na Praça Dia 16 foi o dia mais esperado, ponto alto dos festejes em Campolide.

Logo de manhã, Campolide recebeu uma visita muito especial, o Pai Natal veio de propósito do Pólo Norte para conhecer pessoalmente as crianças de Campolide e os seus desejos para este Natal. E o simpático velhinho de vermelho distribuiu a sua atenção por todos. As crianças, naturalmente fascinadas, lá iam desfilando os seus sonhos em espanto.

Da parte da tarde, a encerrar esta iniciativa, que visa, acima de tudo criar mais um pretexto para dinamizar o convívio entre as pessoas de Campolide, em especial entre as diferentes gerações, a Praça de Campolide foi ocupada com música, poesia e uma oferta muito especial. Às 15h00, escutámos poesia de Natal, com ade-

NATAL

quado acompanhamento musical.

João Morales leu palavras de Miguel Torga, Manuel Alegre ou Natália Correia (entre outros), acompanhado pelo clarinetista e guitarrista Luís Bastos.

Depois, o momento foi de apelo à sorte, com o sorteio de um magnífico Cabaz de Natal. Sorteado pela mão do Presidente da JFC, entre todos aqueles que nos deixaram “Um Desejo para Campolide”.

Encerrando esta emotiva tarde, um inesquecível concerto, Christmas Jazz, com o quinteto de Sofia Hoffmann, interpretando os clássicos intemporais do Natal num contagiante e apaixonante ritmo de Jazz. Com a cantora, em palco, Nuno Tavares (piano / teclados), Nanã Sousa Dias (saxofone) + Hugo Antunes (contrabaixo) e Joel Silva (bateria).

“Queremos que este Natal seja especial e que daqui por vários anos todos se lembrem dele em Campolide. Com a abertura do novo quiosque e o funcionamento em pleno da Praça de Campolide, que se tornou para muitos num dos pontos principais de convívio, este era o local natural para fazermos esta iniciativa.

Espero que todos gostem e desfrutem com a família e os amigos. Boas Festas, Campolide!”, deseja no fi nal André Couto. nc

Um Natal Popular No Externato Popular a quadra foi festejada no passado dia 14, a creche e o pré-escolar entre as 17h00 e as 18h30; o 1º, 2º e 3º ciclo, das 19h30 às 21h00. As crianças apresentaram pequena representações teatrais, com o Natal sempre presente, como é natural, mas também abordando a questão da sustentabilidade.

Querubim de Natal A Escola Básica Mestre Querubim Lapa também fez a sua festa de Natal, no dia 14, no Auditório da Universidade Nova de Lisboa. Uma selecção musical protagonizada por alunos dos diferentes anos lectivos fez as delícias das crianças, famílias, professores e funcionários.

O Natal em palco Também o Teatro Palmo e Meio se associa aos festejos de Natal em Campolide. Até Fevereiro, tem em cena uma peça dedicada às crianças. A estreia está marcada para dia 17 de Dezembro, às 16h00, e poderá ser vista aos domingos (excepto nos dias 24 e 31 de Dezembro).

Reformados festejam em conjunto A Associação de Reformados de Campolide organizou o seu já tradicional lanche de Natal no passado dia 14. O local escolhido para esta acção, que contou com a participação de cerca de uma centena dos membros da ARC, foi o Auditório da JFC.

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REPORTAGEM

NOVO EXECUTIVO

Conheça quem é quem Com as eleições autárquicas de 1 de Outubro deste ano, a Junta de Freguesia de Campolide conhece um novo Executivo. Um conjunto de elementos provenientes de diferentes áreas, com capacidades que se completam entre si.

Aqui vos deixamos uma curta apresentação de cada um dos elementos.

Fotografias: João Barata

- André Nunes de Almeida Couto Ocupa o cargo de Presidente da Junta de Freguesia de Campolide (desde 2009). Nascido e criado na Freguesia, onde fez os seus primeiros estudos, é licenciado em Direito (pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa), e possui um MBA – pelo INDEG/ISCTE. Frequentou o Mestrado em Direito Administrativo e Contratação Pública, na Universidade Católica de Portugal e está a terminar (apenas falta a entrega da Tese) um outro, em Gestão de Empresas no ISCTE – IUL. Na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa foi membro do Conselho Directivo da Faculdade, Vice-Presidente com a área das Actividades Académicas da Associação Académica e Vogal com o Pelouro do Desporto da mesma instituição. É Deputado Municipal à Assembleia Municipal de Lisboa e Presidente do Conselho de Administração da Fundação António Luís de Oliveira/IPSS. - Ana Raquel Moreira da Silva Ocupa o cargo de Secretária. Entre 2001 e 2006 frequentou a Licenciatura em Serviço Social na Universidade Católica Portuguesa. Como Assistente Social, trabalhou no Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian e na Santa Casa da Misericórdia de Almada. No final de 2010, juntou-se à equipa da

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

JFC, mais concretamente, ao Departamento de Acção Social. Cresceu em Campolide (para onde veio morar aos cinco anos) e, curiosamente, a sua primeira escola foi a nº 13, então localizada no Palácio de Laguares, onde funciona actualmente o Departamento da JFC a que pertence.

- Bruno Miguel Martins Louro Ocupa o cargo de Tesoureiro. Licenciou-se em Direito, em 2005, pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Desde então exerce advocacia, com uma experiência acumulada em diferentes vertentes, embora com maior predilecção em Direito Laboral, Público, Desportivo e de Família e Menores. Conta com ampla experiência na assessoria de diversas entidades públicas. Preside à Associação Viver Campolide.

- Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira Ocupa o cargo de Vogal da Saúde.

Terminou os seus estudos na Escola Superior de Enfermagem de S. Vicente de Paulo, decorria o ano de 1974. Durante 11 anos esteve no Hospital da CUF e por 22 esteve ligada ao Centro de Saúde de Sete Rios. Há dez anos destacada ao serviço da JFC, é Deputada Municipal (desde 1999), agora com as funções de suplente.

Foi durante uma década Deputada da Área Metropolitana de Lisboa.

André Nunes de Almeida Couto

Integra a Comissão Nacional do PS e é Dirigente Federativa e Concelhia da Área de Lisboa.

- Bruno Corgas Gonzalez Ocupa o cargo de Vogal da Educação e Desporto. Licenciou-se em Educação Física e Desporto, pela Faculdade Lusófona, em 2005. Completou uma formação complementar em Supervisão da Prática Pedagógica.

Com ampla experiência como professor de Educação Física, foi também professor de Ginástica no clube de Futebol Os Belenenses. Desde 2006 é Personal Trainer no Holmes Place e, desde 2012, encontra-se ligado à Associação Viver Campolide, onde é Coordenador de Actividades de Enriquecimento Curricular e da Componente de Apoio à Família. nc

REPORTAGEM

Bruno Corgas Gonzalez

Maria Cândida Rio de Freitas Cavaleiro Madeira

Ana Raquel Moreira da Silva

Bruno Miguel Martins Louro

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ESPAÇO PÚBLICO

CONTACTOS: Rua General Taborda, nº 34B Telefone: 211 385 584 2ª a 6ª: 9h 30 / 13h e 1h 19h Sábado: 9h 30 / 13h

A LOJA ONDE VOU Retrosaria Campolide

É

quase impossível entrar numa retrosaria e não viajar no tempo. Os objectos, as cores, os tecidos, tudo convida a evocar outra época e uma relação diferente com as lojas em cada bairro. “Estamos abertos desde 1964. O meu pai faleceu em 1978, a minha mãe esteve aqui até 2015, e há um ano peguei no negócio a tempo inteiro. Mas, desde muito pequeno andei cá sempre”, explica-nos Jorge Domingues, ao balcão da retrosaria de Campolide, na Rua General Taborda. Para muitos, será sempre “a retrosaria da Dª Graça”.

Há vestígios de tempos idos, como as caixas de botões com estes pequenos círculos coloridos cosidos em cartões.

“Actualmente, vêm em sacos de plásticos, a granel. Antigamente, havia funcionárias apenas para os coserem nos cartões”, recorda quem sabe do seu ofício. Era o tempo em que a manhã significava uma pequena multidão, as costureiras escolhiam tafetá a metro e

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

cada fecho éclair era separado a rigor.

Em Campolide, havia muitos alfaiates e costureiras. As pessoas faziam mais vida no bairro e encomendavam alterações na roupa. Hoje, a realidade é distinta. Os artesãos da costura quase desapareceram, as indumentárias compram-se e usam-se até a inutilidade final. Depois, mais caras ou mais baratas, compram-se novas peças.

Mas quem procura certa qualidade, vai encontrá-la por aqui. “Certos tipos de linhas, roupa interior de qualidade... ainda esta semana uma senhora veio cá por causa das camisolas interiores com punhos... não são fáceis de encontrar...”, explica-nos, com afabilidade. Além disso, haverá sempre quem prefira vir aqui, porque não gosta da confusão dos grandes centros comerciais, ou pela dificuldade em movimentar-se para fora da vizinhança. “Há aqui pessoas que conheço desde sempre, nasci em Campolide, há 53 anos”,

partilha este antigo militar, 32 anos como fuzileiro naval.

Capas para colchas e mantas adequadas a um frio que tardou em chegar convivem com colchetes, botões coloridos com os fechos que irão completar uma saia ou uma blusa, bolsas para transporte de fraldas dividem uma parede com peúgas para pezinhos de poucos meses, peças que testemunham como, “antigamente a loja tinha muita roupa para bebés, era uma das áreas importantes e com maior procura”.

O sol já vai fraco, é tempo de descer o toldo da entrada. Jorge recorda como a mãe dizia, carinhosamente, que ele e o irmão tinham sido criados numa prateleira da retrosaria. Dª Graça deixou netos, talvez até pensasse que os filhos de Jorge podiam um dia vir a seguir com o negócio de família. Estará nos planos deles? “Nem pensar!”, confessa-nos, quase a desmanchar-se de riso. “Tem de se estar vacinado desde pequeno”, graceja. nc

O

torrinolaringologista de carreira (ou seja, médico de “ouvidos, nariz e garganta”, como se anunciava nas salas de espera há uns anos), foi pela sua voz literária que Adolfo Correia da Rocha ficou na história, com os poemas e contos que assinou como Miguel Torga. Livros como Novos Contos da Montanha (de 1941), Bichos (1940) ou os seus célebres Diários (publicados espaçadamente, a partir de 1941) são lidos e estudados na escola há várias gerações.

Nasceu em São Martinho da Anta (Vila Real), em 1907, numa família sem grandes posses. Com dez anos foi para um palácio no Porto, fazer um pouco de tudo: era porteiro, moço de recados, jardineiro, limpava o pó, polia a escadaria ou atendia as campainhas.

Despedido (logo um ano depois) por insubmissão, ingressou no seminário de Lamego. Estudou muito, mas logo comunicou ao pai que não seria padre. Emigrou para o Brasil, em 1920,

ESPAÇO PÚBLICO

A RUA ONDE MORO Avenida Miguel Torga para trabalhar na fazenda de um tio, que lhe patrocinou os estudos. Retribuiu com boas notas, o que lhe valeu a oferta de um curso na Universidade de Coimbra, onde entra em 1928.

Com 22 anos começa a colaborar na revista Presença (que contava entre os seus fundadores com José Régio, Branquinho da Fonseca e Gaspar Simões). Porém, em 1930, rompe com a publicação por “razões de discordância estética e razões de liberdade humana”. Dois anos antes lançara o seu primeiro livro, Ansiedade.

O pseudónimo literário que sobreviveu ao seu nome real nasceu em 1934, homenagem dupla, a Miguel de Cervante e Miguel de Unamuno, mas também à torga, uma planta brava da montanha, que cria raízes fortes por baixo das rochas. Casou-se, em 1940, com Andrée Crabbé, uma estudante belga que fora aluna de Vitorino Nemésio em Bruxelas. Tiveram uma filha, Clara Rocha, que foi mais tarde casada com Vasco Graça Moura.

A obra de Torga traduz sua rebeldia contra as injustiças e a sua origem aldeã, bem como a experiência médica, em contacto com a gente pobre, e os cinco anos que passou no Brasil (dos 13 aos 18 anos de idade), que deu origem ao livro Traço de União (impressões de viagem, 1955). Crítico da praxe académica (designava a capa e batina como “farda”) exerce Medicina em Leiria entre 1939 e 1942. Depois, passou a cumprir a profissão por terras transmontanas, pano de fundo de grande parte da sua obra. Após o 25 de Abril, apoiou a candidatura de António Ramalho Eanes à Presidência da República (1979).

Vitimado pelo cancro, publicou o seu último livro, em 1993, falecendo dois anos depois. Deixou mais de meia centena de livros e foi, várias vezes, indicado para o Prémio Nobel da Literatura. Em 1998 era inaugurada na Freguesia de Campolide a Avenida com o seu nome. nc

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HIGIENE URBANA

Um calvário que termina Após insistentes contactos e esforços da JFC junto de todas as instâncias oficiais que poderiam actuar, foi finalmente resolvido um grave problema de Saúde Pública. Uma moradora recolhia em condições indescritíveis mais de três dezenas de cães em sua casa.

Fotografias: João Barata

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o dia 10 de Novembro a equipa de Higiene Urbana da Junta de Freguesia de Campolide entrou no número 30, da Rua D. Carlos Mascarenhas. Esta acção significou o final de um calvário que começou há muito, com o primeiro contacto junto da JFC, em Fevereiro deste ano. A solicitação de intervenção por parte de uma moradora, tinha como fundamento o cheiro nauseabundo que alastrava a toda a vizinhança denotando um caso grave de Saúde Pública. O motivo era conhecido no prédio: uma inquilina albergava em três divisões cerca de uma dúzia de cães, num ambiente de crescente insalubridade, sujidade extrema e preocupante alastramento de um evidente foco de doenças.

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

JFC toma iniciativa Apesar de uma intervenção desta natureza não estar nas mãos da JFC, foram encetados contactos, desde logo com os proprietários do imóvel, a Associação Lisboeta de Proprietários. Ainda em Fevereiro, foi pedida à PSP uma Fiscalização Conjunta de Freguesia. Perante os resultados apurados e uma evidente gravidade da situação, a JFC pediu à Polícia Municipal uma nova visita e o avanço com as necessárias diligências de intervenção para a retirada dos animais.

O processo foi longo, difícil e, muitas vezes, inglório. Contactos diversos com as entidades policiais, Casa do Animal, Delegada de Saúde da Administração de Saúde

de Lisboa e Vale do Tejo ou com o Veterinário Municipal (todos devidamente documentados, naturalmente), foram adiando a resolução do assunto, pelos meandros da burocracia e de um apuramento de responsabilidades operacionais que, raras vezes, se compadece com as necessidades mais urgentes da população.

O Presidente da JFC viveu intensamente toda esta situação, e lamenta mesmo alguma confusão, por ocasião da resolução deste caso.

“Não posso deixar de realçar o trabalho que foi feito pela JFC. A percepção que passou para o exterior, pela Comunicação Social (jornais e televisões), foi que a responsabilidade tinha sido da PSP. Obviamente, louvando o papel da PSP,

HIGIENE URBANA

em especial da Esquadra do Palácio da Justiça, a par desse trabalho há que salientar os esforços do Departamento Jurídico da JFC, em especial da Filipa Malheiro e do Bruno Louro, que foram incansáveis desde Fevereiro”, recorda André Couto.

Algumas desilusões Na base das declarações do autarca está um profundo desgosto com a falta de apoio consecutivo que a JFC foi encontrando ao longo do processo, apesar de nunca ter baixado os braços e ter mantido contactos permanentes e intensivos junto de diversas instituições. “É de lamentar que tenha havido muitas entidades responsáveis que se demitiram das suas responsabilidades. A população, numa primeira análise, veio bater à porta da JFC, mas é importante fazer alguma pedagogia e explicar que isto não é responsabilidade nossa,

mas sim, acima de tudo, da Delegada de Saúde, do Centro de Saúde de Sete Rios (que tinha a primeira competência de intervir). Claro que nós nunca viramos as costas aos pedidos da população e, portanto, tentámos sempre responder e corresponder à necessidade de resolver o problema.

Andámos por todo o lado, temos muito orgulho do que conseguimos”, acrescenta André Couto.

Apenas a 2 de Novembro deste ano foi, finalmente, emitido um Mandato de Busca e Apreensão que permitiu às autoridades policiais uma intervenção efectiva. Escusado será dizer que o cenário encontrado no interior da residência foi indescritível, e por uma questão de pudor, abstemo-nos de grandes descrições. Contudo, é imperativo salientar que, em grande parte, este autêntico desastre ambiental (e só quem não morava no prédio ou nas imediações poderá considerar esta definição um exagero) foi

potenciado por um crescimento exponencial das causas na sua origem.

Por exemplo, se em Fevereiro, mês do primeiro contacto de uma Vizinha junto da JFC, os cães retidos no interior da residência seriam 12, em Novembro foram encontrados nada menos que 32, acumulando todas as consequências que se adivinham.

No final, “os animais terão um destino diferente, estão entregues na Casa dos Animais, e serão integrados nas campanhas regulares de adopção levadas a cabo pela Câmara Municipal de Lisboa. Certamente que terão uma vida melhor”, considera o Presidente da JFC. Quanto à moradora em questão, será agora a vez da Justiça apreciar a sua conduta e ditar o seu destino, “ela foi constituída arguida por maus tratos a animais e isso vai seguir para Tribunal, vai ser acusada pelo Ministério Público e será julgada”, resume o autarca. nc

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ESPAÇO PÚBLICO

orçamento participativo Proposta de Campolide vence no OP 2017/18 Uma intervenção no Pavimento Pedonal no Alto de Campolide (proposta 19) está entre as mais votadas no Orçamento Participativo da Câmara Municipal de Lisboa (CML).

Fotografias: João Barata

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oi com enorme alegria que encontrámos entre os vencedores da 10ª edição do OP 2017/18 da Câmara Municipal de Lisboa um dos projectos defendidos por Campolide.

A Proposta 19, visando o Pavimento Pedonal no Alto de Campolide, assenta na necessidade de melhorar as condições de circulação dos peões, por forma a reabilitar e ordenar o estacionamento, de modo a que os percursos sejam seguros, funcionais e capazes de responder às necessidades de deslocação. De realçar, que esta proposta insere-se num objectivo mais ambicioso, o Programa “Campolide 100% Seguro”.

Isto será conseguido através do rebaixamento de passeios, encabeçamento de passadeiras, maior disciplina no estacionamento, colocação de pilaretes e outras condições necessárias de acessibilidade para peões com mobilidade reduzida.

As ruas envolvidas na concretização desta medida são a Rua André Monteiro da Cruz, Rua Francisco Assis Rodrigues, Rua Leandro Braga e Rua Soares dos Reis.

“Esta é uma medida muito importante, no contexto da política de intervenção urbana que temos desenvolvido. Tornar a via pública mais segura para os Vizinhos e Vizinhas com maior dificuldade de locomoção tem sido uma das nossas prioridades”, salienta o Presidente da JFC, André Couto. “Além disso, não posso deixar de agradecer a adesão de todos os moradores de Campolide que nos apoiaram e participaram na votação”, acrescenta.

Por ocasião da divulgação pública dos resultados, o que ocorreu em cerimónia que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, o Presidente da autarquia lisboeta, Fernando Medina, realçou como esta iniciativa, que mobiliza 2,5 Milhões de euros do orçamento camarário, “é um grande movimento social da cidade”.

Das 434 propostas que foram entregues, foram a votação no OP Lisboa deste ano 128 projectos, sendo apurados 15 vencedores. Os mais votados foram a criação de um polo cultural em Carnide e a colocação de uma peça de arte denominada "Portugal em Lisboa". Ao longo dos 10 anos de OP foram apresentadas mais de 62 mil candidaturas, que resultaram em 7 500 propostas e 105 projetos vencedores. nc

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

ESPAÇO PÚBLICO

Henry L´Evêque Roque Gameiro

Campolide em festas antigas

J

Sabia que há uma relação ancestral entre o fado e Campolide?

Na segunda metade do séc. XIX a Quinta da Rabicha era um espaço de lazer e convívio, onde se confraternizava e faziam piqueniques.

úlio César Machado, em 1860, relata uma célebre patuscada em que participou na Rabicha com Ramalho Ortigão, Antero de Quental, Jaime Batalha Reis, João Bumay, Alberto Queirós e Oliveira Martins. Ao todo, eram sete e iam “compor uma caldeirada em seis cantos”, isto é, um por garfo, já que João Bumay optou pela carne, e mandou vir um rosbife. Enquanto o “Machadinho”, como era chamado, preparava o petisco, foram fazer tempo até à estrada de Campolide, apreciar as belas vistas. É fascinante, revisitarmos a memória dos locais que frequentamos no nosso quotidiano, ao encontro de histórias e revelações. Por exem-

plo, muitos são os investigadores que defendem um papel fundamental para Campolide na consolidação da música mais tradicional de Lisboa. É muito provável que os retiros e hortas locais tenham sido dos primeiros sítios onde surgiu o fado e o seu antecessor, o “lundum”.

Ainda na década de 1780, residia na Quinta de S. João dos Bem Casados a Dª. Joana Perpétua, irmã do Duque de Lafões. Devido aos bons ares do lugar, para ali foram enviados os “reais meninos” a fim de fazerem tratamento para a tosse convulsa.

E, com o intuito de os distrair, “ela mandou vir os pretos da Rabicha que cantaram modinhas à viola e dançaram o lundum”. O costume

dos lisboetas irem para as hortas da Rabicha teria começado quando o Aqueduto estava em construção.

Aos domingos, as gentes da cidade acorriam junto à ribeira para admirar as obras.

Em 1809, o Aqueduto foi imortalizado pela mestria do francês Henry L'Evêque, desenhista documental que desenvolveu um extenso trabalho de pinturas e gravuras sobre o nosso país. Anos mais tarde, cerca de 1931, o famoso aquarelista Roque Gameiro inspirava-se neste trabalho para evocar as patuscadas e bailaricos que fizeram de Campolide uma zona de lazer para muitas figuras importantes da Nobreza e nc da Burguesia.

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COLECTIVIDADES

CRP Campolide

Fotografias: João Barata

Crescer e formar pelo desporto

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enrique Veiga de Macedo esteve em Campolide no dia 9 de Junho de 1957. Um dos principais compromissos na agenda do Ministro das Corporações e Previdência Social para esse dia era a inauguração do Centro de Recreio Popular do Bairro da Calçada dos Mestres, ainda hoje reconhecido pela sua sigla, CRP Campolide.

“Na verdade, tudo começou muito antes, a primeira acta que existe é de 1954, com as reuniões a decorrem ainda em casa de um morador.

E o alvará, até é de 1950”, explica-nos José Carlos Almeida, presidente desta histórica colectividade da Freguesia, que este ano completa seis décadas de existência oficial.

No início, o foco era a Ginástica, com os atletas “fardados a rigor”, as peças de teatro que ali nasceram (“o actor Octávio de Matos deu aqui os seus primeiros passos”) e, natural-

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

mente, os bailaricos. “Muitas pessoas que ainda moram em Campolide terão conhecido aqui a mulher da sua vida”, confidencia-nos José Carlos. As noites de fado, torneios de snooker, ténis-de-mesa, atletismo, e os ensaios da Marcha de Campolide, ou do Corpo de Baile do concurso de televisão “1, 2, 3” também contribuem para o historial desta casa, na Rua 7 deste bairro. “Número de Polícia é que nunca tivemos! Quem nos quiser encontrar, é entre o 27 e o 29”, brinca o nosso anfitrião.

A grande aposta para os tempos mais próximos é o Kick Boxing e o Muay Thai, uma rte marcial oriunda da Tailândia, com um crescente número de interessados e praticantes no nosso país. A responsabilidade desta faceta do clube está entregue ao treinador Luís Ascenção.

O karaté tem sido o grande motivo de reconhecimento internacional,

contudo, as actividades não se esgotam nas artes marciais. Aulas de Pilates, de Zumba, de Tai Chi (que captam a atenção de diversos sócios mais idosos), uma piscina coberta no pavilhão junto ao clube e um campo de futebol equipado com relva sintética, contribuem para a satisfação dos cerca de 400 sócios. Uma curiosidade: o inscrito com o número 1 mora mesmo em frente.

José Carlos Almeida olha para o CRP Campolide e revê o filme da sua vida.

Nasceu na, então, Rua das Amoreiras (hoje Professor Sousa da Câmara), estudou na Escola nº 13 (à data, instalada no Palácio Laguares), cresceu nas ruas da Freguesia e reconhece a dívida de gratidão com as agremiações locais que eram a base da formação dos jovens.

Por isso, é claro: “as colectividades podiam, e deviam, servir para permitir às crianças com menos capacidade financeira praticarem desporto”. nc

GENTE NOSSA

António Vitorino D’ Almeida

P

assar umas horas à conversa com ele é revisitar a História da Europa, a saudável boémia cultural lisboeta de várias décadas ou escutar opiniões de quem conhece tão bem os grandes teatros da Europa como a mercearia, a farmácia ou os restaurantes estabelecimentos da rua onde mora. O Maestro António Vitorino D’Almeida é uma figura habitual em Campolide, a sua zona de conforto. Rua abaixo e rua acima, com uma das suas inseparáveis bengalas, cabelo pouco penteado, o ar descontraído de quem está bem consigo e com a vida. Cumprimenta muitos e muitos lhe retribuem.

“Eu nunca me habituei a Lisboa, mas aqui sinto-me bem. Conheço toda a gente, as minhas três filhas estudaram aqui, no Liceu Francês, passo uma grande parte do meu tempo por aqui”, explica o músico e compositor

Fotografia: João Barata

O maestro de Campolide

que, durante mais de duas décadas, viveu na Áustria, como Adido Cultural na Embaixada de Portugal. À mesa do restaurante, vai desfilando memórias, histórias, saltando de tema para tema com o à vontade de quem adora alinhar palavras, ideias, o convívio ideal e adequado à forma como vê a vida num bairro: “a recusa total da noção de dormitório”.

- E para sobremesa, Maestro?

- O melãozinho, está bom? Sim... pode ser.

Muitas foram as vezes que deu a cara na televisão, pela sua arte e pelo seu saber. Entre uma histórica apresentação no Zip Zip, em 1969, aos Duetos Imprevistos, com Bárbara Guimarães, vai um longo percurso. Nascido em 1940, em Lisboa, começou cedo a sua relação com a Música. Com apenas sete anos deu a sua primeira audição, em casa da professora. Entre

os assistentes, José Vianna da Motta e Luís de Freitas Branco, dois gigantes da Música Clássica portuguesa. Entre elogios, Freitas Branco deixou-lhe um alerta que só entenderia anos mais tarde: “Vais ter problemas, porque nasceste num país de miniaturistas”.

A chuva forte adiou por mais uns minutos a fotografia. Saímos do restaurante, encontramos Salvador, que trabalha no café da mesma rua. O maestro sorri, matreiro, quando o cumprimenta: “então, parabéns…”.

A explicação vem em seguida, já pela voz do assumidíssimo adepto do Sport Lisboa e Benfica: “ele é do Porto… lá ganharam, este fim-de-semana…”

Subimos uns metros e vamos tagarelando. Estamos agora junto ao quiosque da Praça de Campolide. “Esta zona ficou muito bem... tem qualquer coisa de Paris...”, exclama, com o sorriso cúmplice que o caracteriza. nc

EDIÇÃO Nº79 DEZEMBRO 2017

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BREVES

BREVES NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE DEZEMBRO 2017

Desporto CRP Campolide acumula vitórias

na Rua Carlos Conde, Cave, Loja 1) e no Bairro da Bela Flor (dia 29, das 14h00 às 15h30, na Rua José Felicidade Alves, nº 10, Loja).

A aposta do CRP Campolide no Kickboxing e MuayThai parece revelar-se compensadora. Em Novembro, o clube e a Escola Fernando Fernandes venceram o torneio de juvenis organizado pela Federação Portuguesa de Kickboxing e MuayThai, com o atleta Carlos Lameirão a protagonizar uma prestação absolutamente fantástica: em três combates, alcançou 3 vitórias e o 1º Lugar.

Entretanto, no mesmo mês, o CRP Campolide subiu também ao pódio na prova internacional 1º Karate Open Vila de Cascais. José Henriques conquistou o 3º lugar no escalão Júnior +63kg e Rodrigo Pina alcançou também o 3º lugar no escalão Open +18 anos.

localidade registada como Património Mundial de Unesco. Foi um dia de animado convívio, com o Sol sempre a brilhar, e uma paisagem sublime ao fundo. As lojas mais tradicionais e os monumentos carregadas de memória, testemunharam uma manhã e uma tarde recheadas de boa disposição, como comprovam as expressões de alegria de todos.

Acção Social Almoço Família do Lado

Acção Social Atendimento Social Perto de Si O Departamento de Acção Social da JFC está a realizar sessões de atendimento social de proximidade, que têm como objectivo a prestação e esclarecimento de informações, encaminhamentos e divulgação de projectos sociais. Assim, ao atendimento regular semanal na JFC (Segunda-feira, das 10h30 às 13h00), juntam-se novas oportunidades, no Bairro da Serafina (dia 28, das 9h00 às 11h00,

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NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Acção Social Passeio a Sintra Realizou-se mais um passeio dos nossos seniores, no passado dia 29 de Novembro. Desta vez, tiveram a oportunidade de passear pela belíssima Vila de Sintra,

No âmbito dos desafios mensais do Programa Escolhas aos dinamizadores comunitários, no mês de Novembro foi proposta a iniciativa “Família do Lado” que ocorre todos os anos desde 2012, dinamizada pelo Alto Comissariado para as Migrações, em parceria com entidades públicas e privadas de todo o país.

Assim, cada dinamizador teve que desafiar duas famílias a juntarem-se e a partilharem um almoço-convívio.

ta. Limpou-se toda a linha de água, as encostas anexas e recolheu-se todo o lixo junto ao Teatro da Comuna. Foram igualmente removidos, além do lixo, alguns montes de canas que ali permaneciam depois do corte das nossas equipas dos Espaços Verdes. Nesta intervenção, encheram-se 12 contentores de 240 litros de lixo espalhado pela linha de água e pelas encostas.

Ambiente

Espaços Verdes

JFC adopta medidas de poupança de água

Hortas Comunitárias do Bairro da Serafina

Face à situação de seca severa e extrema em que se encontra grande parte do país, a Junta de Freguesia de Campolide adoptou um conjunto de medidas de racionalização do consumo de água. De entre estas medidas adoptadas destacam-se: - A suspensão da lavagem de ruas com excepção das situações estritamente necessárias - A interrupção da rega regular dos espaços verdes da Freguesia (exceptuando as hortas comunitárias).

Higiene Urbana Limpeza Praça de Espanha A equipa de Higiene Urbana da JFC realizou uma operação de limpeza da Praça de Espanha/Rua Eduardo Mal-

BREVES

O almoço juntou famílias de origem cabo-verdiana, portuguesa e cigana, promovendo a diversidade, o respeito e a curiosidade por outras culturas.

A iniciativa teve lugar numa sala cedida pela ADM – Estrela e contou com o apoio de duas técnicas desta mesma entidade da Fundação Aga Khan (parceiros formais do consórcio) e da Coordenadora do projecto.

Homenagem JFC homenageia João Ricardo A JFC irá atribuir a Medalha de Honra da Freguesia, a título póstumo, ao nosso Vizinho, o actor João Ricardo, que faleceu no final de Novembro, aos 53 anos, vitimado por um tumor cerebral.

Começou a sua carreira profissional em 1989, mas antes disso já fazia teatro de rua. Referido por todos como um ser humano extraordinário e leal, integrou o elenco das novelas Laços de Sangue, Mar Salgado, Rainha das Flores ou Espelho D'Água. Participou nos filmes A Passagem da Noite, A Costa dos Murmúrios, Os Meus Espelhos, Corrupção, A Corte do Norte ou Filme do Desassossego. Trabalhou com o Teatroesfera e Teatro Nacional D. Maria II, foi encenador e director artístico do Teatro de Carnide..

Foram atribuídos pela JFC, por concurso, sete novos talhões no Bairro da Serafina, destinados à criação de hortas comunitárias. Os beneficiários são recenseados em Campolide e residentes no Bairro da Serafina. O responsável por cada um destes espaços, com aproximadamente 40m2 cada, terá de pagar uma taxa de 7,5 euros por mês. Os referidos talhões foram atribuídos a Cristina Pereira, Natalino Almeida, Leonor Martins, Deolinda Correia, Teresa Miranda, Maria Natalina Fernandes e José Maria.

EDIÇÃO Nº79 DEZEMBRO 2017

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POSTO MÉDICO ESPECIALIDADES ACUPUNTURA ENFERMAGEM MASSAGISTA DENTISTA MÉDICO DE FAMÍLIA TERAPIA DA FALA PSICOLOGIA NUTRIÇÃO

4ª Feiras 2ª e 6ª Feiras 4ª Feiras 5ª Feiras 2ª Feiras 3ª Feiras 5ª Feiras 2ª Feiras 6ª Feiras 3ª Feiras 4ª Feiras 3ª Feiras

09H00/17H00 09H00/12H00 16H00/18H00 09H00/17h00 14H00/16H30 09H00/16H30 14H00/16H30 09H00/12H00 09H30/12H00 14H00/17H30 09H00/12H30 09H00/17H00

PREÇÁRIO I TAXAS* ESPECIALIDADE

ENFERMAGEM

Médico de Família 2€ Dentista 30€ Acupuntura 20€ Massagens e tratamento de lesões musculares e articulares 25€ Psicologia 25€ 25€ Terapia da Fala Osteopatia 30€ Nutrição 25€

Injecção Tensão Arterial Pensos Teste de Diabetes

*A JFC não se responsabiliza pelos actos dos especialistas

Preços válidos para recenseados (as)

CONTACTO I 211 955 667

1€ 0,50€ 2€ 0,50€

CONTACTOS ÚTEIS - JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

te l: 213 8 8 4 6 07 - 3ª Divisão da PSP de Benfica

te l: 217 142 526 - 21ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública (Palácio da Justiça)

te l: 213 858 817 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, FERRAGENS, SERRAÇÃO E MADEIRAS.

Boas Festas

para os nossos clientes e amigos

Rua Marquês da Fronteira - 70A Campolide - 1070-299 - Lisboa tel.: 21 383 27 34 21 386 33 68 93 541 58 48 email: j.j.figueira@sapo.pt site: http://www.jjfigueira.pt

horário: 2ª a 6ª | das 8-12 horas | das 13-18 horas Sábado | das 8-12 horas

- 37ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública (Bairro da Serafina)

te l: 213 858 34 6 - Balneário Público da Serafina

te l: 211 979 931 - Bombeiros Sapadores de Lisboa

te l: 8 0 8 215 215 - Centro de Saúde de Sete Rios

te l: 217 211 8 0 0

COZINHA TRADICIONAL PORTUGUESA

.. Especialidade: Frango no Churrasco de Take-Away . Serviço Salas para Banquetes e Grupos

- Comissão Protecção de Crianças e Jovens

te l: 217 102 6 0 0 - EPAL - Faltas de Água

te l: 8 0 0 222 425 - HIGIENE URBANA Recolha de ‘Monos’ (CML)

te l: 8 0 8 203 232 - HIGIENE URBANAEntrega Contentores (CML)

te l: 8 0 8 203 232 - Hospital de Santa Maria

te l: 217 8 05 0 0 0 - Polícia Municipal de Lisboa

Boas Festas

para os nossos clientes e amigos

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Rua Marquês de Fronteira, nº 157/163A 1070-294 Campolide tel.: 21 388 4926 | 21 388 23 10 e-mail: avalenciana@netcabo.pt site: www.avalenciana.pt

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te l: 217 225 20 0 - Posto de Limpeza de Campolide

te l: 211 328 237 - Posto de Limpeza da Serafina

te l: 211 328 929

SISTEMA DE RECOLHA DE RESÍDUOS CAMPOLIDE Só tem que se guiar pelas cores e garantir que os contentores sejam colocados na rua, entre as 19h e as 23h, no dia marcado da sua recolha.

No dia seguinte deve recolher os contentores até às 10h.

Contamos com todos para melhorar o ambiente!

JOR

NA

L

3ª, 5ªfeira e sábado

4ªfeira

2ªfeira e 6ªfeira

lixo doméstico indiferenciado

papel / cartao

plásticos, metais e tetrabriks

Coloque o papel de escrita ou impressão e todas as embalagens em cartão bem espalmadas.

Coloque todas as embalagens em plástico, latas de bebidas ou conservas e pacotes de líquidos alimentares, bem espalmadas.

Coloque apenas os resíduos que não podem ser reciclados

Os vidros devem continuar a ser colocados no Vidrão.

Nota: O não cumprimento das regras de colocação do contentor na rua para recolha, está sujeito a coima.

Rua de Campolide, 24B 1070-036 Lisboa geral@jf-campolide.pt www.jf-campolide.pt

/jfcampolide

/jfcampolide

Tel.: 21 388 46 07 /campolidetv