Notícias de Campolide nº80

ANO XVIII Nº 80 JANEIRO 2018 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BOLETIM DA JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

UM ANO EM DIRECTO

/jfcampolide /jfcampolide /campolidetv

PÁG. 4

caBAZES DE NATAL

PÁG. 8

O Celeiro Solidário da Junta de Freguesia de Campolide facultou

316.828 2.003

(Até ao fim de Junho de 2017)

258.385 de

FRUTA/VEGETAIS DOSES até ao fim de Dezembro de 2017 Kg de

ECOPONTO VERDE (VIDRO)

963 Kg

719.876 unidades de

COMPLEMENTOS (sobremesas, pão, iogurtes, leite, etc.)

1073 Kg

ECOPONTO AMARELO

ECOPONTO AZUL

(PLÁSTICO/EMBALAGENS)

(PAPEL/CARTÃO)

ÍNDICE

EXECUTIVO

4 6 8 12 16 18 19 20

REPORTAGEM Um ano em directo com a população

FESTA DE NATAL

André Nunes de Almeida Couto // Presidente andre.couto@jf-campolide.pt https://www.facebook.com/andre.ndac Atendimento: 4.ª feira - Mediante marcação prévia

Pelouros: Comunicação, Espaço Público, Espaços Verdes, Defesa do Meio Ambiente, Higiene Urbana, Recenseamento Eleitoral, Cultura, Restauração, Grandes opções do Plano, Protecção Cívil e Segurança, Transportes.

Festa de Natal de Campolide

ACÇÃO SOCIAL Os amigos do Natal

ESPAÇO PÚBLICO

ANA raquel MOREIRA DA silva // Secretária raquel.silva@jf-campolide.pt Atendimento: 3.ª feira - Mediante marcação prévia Pelouros: Equipamentos, Habitação, Acção Social, Colectividades, Igualdade de Oportunidades.

Nove caminhos para a nova Praça de Espanha A Loja onde vou_14 A Rua onde moro_15

BRUNO LOURO // Tesoureiro bruno.louro@jf-campolide.pt Atendimento: 4.ª feira - Mediante marcação prévia Pelouros: Informática, Recursos Humanos, Serviços Administrativos, Comércio e Licenciamento, Financeiro e Contratação

ESPAÇOS VERDES JFC adquire Monda Térmica Centro de Compostagem é equipamento pioneiro_17

colectividade

Maria Cândida Cavaleiro Madeira // Vogal candida.cavaleiro.madeira@jf-campolide.pt Atendimento: Mediante marcação prévia Pelouros: Saúde

ADM Estrela - Aprender brincando

GENTE NOSSA

BRUNO corgas GONZALEZ // Vogal

"Tia" Fátima Lopes

bruno.gonzalez@jf-campolide.pt Atendimento: 6.ª feira - Mediante marcação prévia

BREVES André Couto | Direcção Sofia Julião | Coordenação Sofia Julião | Redacção Junta de Freguesia de Campolide | Propriedade Taiz Collovini | Paginação João Barata | Fotografia 121904/98 | Depósito Legal 9 000 exemplares | Tiragem

Pelouros: Educação e Desporto

Assembleia de Freguesia Presidente // MARTA VIEIRA DA CRUZ / PS 1º Secretário // Carlos José Reis Lopes Ramos / PS 2º Secretário // Miguel belo marques / PS Restantes Membros: Januário Gomes da Costa, Luís Filipe Correia Rosa, Cátia Sofia da Cruz Costa, Pedro Miguel Pereira Ferreira da Silva, Teresa de Jesus Cancela Dias Baptista Francisco Maria Oom Pimenta Peres

Distribuição Gratuita *As empresas privadas presentes nesta edição efectuaram doações para a Acção Social da JFC

Joana Vitorino Mendes, João Carlos Infante Gameiro Maria José Branco Ferreira do Nascimento Garcia Arnaldo Maria do Carmo Bica

EDITORIAL Um ano em tempo real Caros Vizinhos e Vizinhas, Uma das maiores obrigações de qualquer titular de um cargo político é responder perante aqueles que o elegeram. Fazê-lo em tempo real, sem conhecer previamente as perguntas e dúvidas que lhe serão colocadas, não é só uma responsabilidade acrescida, é uma prova de transparência e confiança na clareza com que as decisões foram, e são, tomadas. De tudo isso estava consciente, quando comecei a fazer os directos no Facebook, há um ano, actividade semanal que rapidamente se tornou numa imagem de marca da JFC e da sua forma de comunicar.

Em Fevereiro assinala-se um ano sobre o início desta prática.

Alternadamente, de manhã e à noite, o número de Vizinhos e Vizinhas que seguem estas autênticas sessões de esclarecimento, espaço privilegiado para perguntas, críticas ou, reconheçamos, elogios, tem vindo a crescer e há já um grupo que nunca falha a sua presença.

Até aqui, o que existia era a possibilidade de qualquer residente em Campolide agendar um atendimento personalizado comigo. Agora, ele também existe, na Internet, sem necessidade de marcação.

Não será por acaso, que outros autarcas estão já seguir o exemplo deste formato. Fico orgulhoso de ter avançado quando as reacções dos Vizinhos e Vizinhas eram ainda uma incógnita. Falar em directo com quem tem o direito de colocar todas as perguntas, exigir explicações e salientar problemas que vão surgindo é a forma mais democrática e imediata que encontrei para manter um contacto regular com todos, à vista de todos. Porque é para isso que eu, e toda a minha equipa, aqui estamos: para responder às vossas críticas, dúvidas e sugestões. Todos juntos fazemos Campolide melhor.

Um abraço,

JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE Rua de Campolide, 24 B – Tel: 21 388 46 07 e-mail: geral@jf-campolide.pt www.jf-campolide.pt Reunião aberta: Primeira 4.ª feira de cada mês

REPORTAGEM

Um ano em directo com a população Dia 8 de Fevereiro completa-se o primeiro ano dos directos no Facebook onde o Presidente da JFC atende os Vizinhos e Vizinhas de Campolide. O balanço é francamente positivo.

A sessão dessa semana vai decorrer no auditório da JFC e é aberta a todos.

D

esde Fevereiro de 2017 a Junta de Freguesia de Campolide dispõe de mais uma forma de contacto com seu Presidente. Sessões semanais, em directo no Facebook, de acesso livre, em que qualquer um pode participar com as suas perguntas, sugestões e críticas, às quais o próprio autarca vai respondendo, no momento. Basta estar ligado à Internet, aceder à página oficial de Facebook de André Couto e colocar por escrito as suas questões, sugestões, críticas ou elogios. Todos terão resposta.

Estas sessões decorrem à Quinta-feira, de forma alternada, às 11h00 e 21h00, “porque fomos percebendo que há pessoas a quem dava mais jeito de manhã (até porque se deitam mais cedo), outras à noite (a maioria porque está a trabalhar). Desta forma, acabamos por garantir que ninguém está privado, pelo menos duas vezes por mês, de poder aceder ao directo e participar”. A sessão de 8 de Fevereiro vai

4

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Fotografias: João Barata

decorrer no auditório da JFC, aberta a todos e com algumas surpresas. A sessão começa às 21h00.

“Resolvi criar estes directos porque entendo que é à população que me elegeu, os meus Vizinhos e Vizinhas, que devo explicações constantes sobre as decisões que tomamos e as iniciativas que criamos. Mas também sobre o que não corre tão bem, obras que já deveriam ter terminado, imprevistos que acontecem, equipamentos que estão em falta… enfim, é a minha forma de tomar o pulso ao sentir da minha Freguesia, todas as semanas”, explica o Presidente da JFC, André Couto. “Podem estabelecer diálogo e irmos trocando argumentos durante o directo, isso acontece com frequência. Da mesma forma, se não puderem participar num determinado directo e quiserem ver as suas questões respondidas, podem deixá-las em antecipação, por mensagem privada ou no post que eu coloco no dia anterior ao directo, que eu respondo”, assegura André Couto.

Vários locais, o mesmo objectivo Estes directos já conheceram vários locais, nem sempre foram feitos no interior das instalações da JFC. Da mesma forma, algumas melhorias técnicas foram sendo adoptadas, permitindo potenciar também a experiência dos utilizadores que se propõem a participar. Como o painel que surge em fundo e onde vão sendo destacados os temas, à medida que vão sendo abordados. “Isso tem como objectivo facilitar a busca, a quem vê a sessão em diferido. Há muita gente que o faz, o que acaba por multiplicar por seis ou sete o número de visualizações. Desta forma, as pessoas que enviaram perguntas e querem ouvir as suas respostas podem fazer a busca daquela forma. Por outro lado, quem chega à sessão depois de ela começar tem maior facilidade em seguir o alinhamento e perceber do que se fala”, considera André Couto.

REPORTAGEM

Associada a esta iniciativa, pioneira na política portuguesa, está uma vontade evidente de chegar ao maior número possível de Vizinhos e Vizinhas, mesmo alguns que se poderiam pensar mais arredados da Política (apesar de toda a população sentir os efeitos das decisões políticas e, por isso, nunca estar completamente alheia). “Sempre tivemos uma preocupação grande com a participação pública, isto foi mais um mecanismo de participação, que foi especialmente útil para conseguirmos chegar aos mais jovens. Não quer dizer que sejam exclusivamente os mais jovens a participar, temos muita gente, inclusivamente dos nossos cursos de informática, mas há uma maioria mais nova, gente de faixas etárias onde tínhamos maior dificuldade em chegar. Nós temos de ir onde as pessoas estão, não são as pessoas que vêm atrás da Junta de Freguesia. E sabendo que os jovens estão nas redes socais, fomos onde estão”, resume.

Os temas e a preparação Os temas mais abordados foram oscilando ao longo dos meses. “Tivemos uma fase de muita participação relacionada com obras, depois outra, mais virada para as eleições, uma outra relacionada com a presença da EMEL e, em paralelo, há temas que são constantes, como a Acção Social, reflexões e debates sobre Lisboa… ou, mais recentemente, questões associadas aos transportes públicos e mobilidade”, adianta o autarca.

A natureza desta opção, de atendimento em directo aos Vizinhos e Vizinhas, implica, necessariamente, uma maior responsabilização e uma noção constante de quais são os assuntos mais pertinentes para os diferentes elementos da população. “A minha preparação é feita diariamente, através do domínio dos assuntos que dizem respeito à Freguesia e da capacidade de intervenção que vamos tendo nos vários campos. Não existe

propriamente uma rede de suporte e as pessoas valorizam isso, sentem que existe um contacto directo, real, sem preparação. Qualquer pessoa pode fazer a pergunta que entender, sabendo de antemão que a resposta não foi preparada. Isso obrigou-me a crescer, a ter uma capacidade de resposta maior e um acompanhamento maior porque sei que posso ser questionado sobre qualquer assunto”. Feito o balanço deste primeiro ano, pesadas as vantagens e as dificuldades inerentes a uma transmissão em directo, o balanço é francamente positivo.

Estas autênticas conversas são já um hábito para muitos e queremos que se tornem para muitos mais. Afinal, esta é a oportunidade para todos os que reclamam maior participação na vida pública poderem defender os seus pontos de vista, apresentar os problemas que os afectam, reclamar das decisões tomadas, dialogar com quem as tomou. Em directo e sem encenações. nc

EDIÇÃO Nº80 JANEIRO 2018

5

FESTA DE NATAL

A

Festa de Natal de Campolide

Praça de Campolide esteve no centro dos festejos de Natal, com a estrela no topo do quiosque a assinalar a data e a animação durante todo o dia 16 de Dezembro a aquecer os corações. Logo pela manhã, a chegada do Pai Natal ao Alto de Campolide entusiasmou as crianças e fez sorrir os adultos. Sentado no seu trono, foi escutando os desejos de Natal dos nossos Vizinhos e Vizinhas de palmo e meio, oferecendo livros e guloseimas e soltando sonoras gargalhadas.

Em volta da miudagem, animando as famílias, arrancando reacções divertidas ao trânsito daquela manhã de Sábado, o Palhaço Manu fazia as suas tropelias. Os balões modelados com forma de animais, espadas ou corações iam saindo das mãos do animador directamente para o espanto da criançada.

A seguir ao almoço, começámos com uma leitura de poesia dedicada aos poetas portugueses. Como tema central, naturalmente, o Natal, nas palavras de Miguel Torga, David Mourão-Ferreira, António Gedeão ou Natália Correia. Os poemas foram lidos

6

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

por João Morales, acompanhado ao clarinete e guitarra pelo músico Luís Bastos.

Logo em seguida, a música tomou conta da Praça de Campolide. Sofia Hoffmann cantou e encantou, com inúmeros sucessos de temas natalícios interpretados em ritmo de Jazz. A ajudar à festa um conjunto de fantásticos músicos, Nanã Sousa Dias (saxofone), Nuno Tavares (teclados), Hugo Antunes (contrabaixo) e Joel Silva (bateria). Como cenário, o quiosque, decorado com os postais de Natal das crianças e outros moradores de Campolide, com os seus desejos para a Freguesia, família e amigos.

A encerrar este dia tão especial, foi feito o sorteio de um magnífico Cabaz de Natal, cujo o feliz vencedor foi logo encontrado dias depois, Cris (Ana Gomes, de seu nome), uma das funcionárias que trabalham na Escola Básica Mestre Querubim Lapa.

Ao final da tarde, os rostos alegres e os votos de Boas Festas que todos iam trocando eram a prova de um dia inesquecível que será recordado ao longo do ano que agora começou. nc

FESTA DE NATAL

ACÇÃO SOCIAL

Os amigos do Natal A entrega de 650 cabazes de Natal foi um dos momentos mais emocionantes no Natal da JFC. Várias foram as empresas e entidades que tornaram esta iniciativa possível.

Fotografias: João Barata

A

Ceia de Natal é o momento alto da Quadra que encerra o ano porque se trata de uma celebração em família. Mais pequena, mais alargada, com aqueles com quem partilhamos o nome ou decidimos partilhar a vida.

Por isso, como habitualmente, uma das actividades mais importantes da Junta de Freguesia de Campolide nestes dias foi a entrega de um Cabaz de Natal digno desse nome a todos os Vizinhos e Vizinhas mais carenciados.

“Este ano conseguimos abranger mais gente com esta iniciativa, embora haja bastantes pessoas que já tinham vindo em anos anteriores”, explica-nos Raquel Silva, chefe do Departamento de Acção Social da JFC. Esta iniciativa é levada a cabo pela JFC há vários anos, fruto da compreensão sobre as dificuldades que passam diversos Vizinhos e Vizinhas e, ao mes-

8

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

mo tempo, do significado profundo de todos podermos partilhar a mesa com aqueles de quem mais gostamos nestes dias de fraternidade. “Este ano entregámos 650 cabazes, o que significa que esta acção terá abrangido cerca de um milhar de pessoas. Apesar de haver algumas pessoas mais jovens nesta situação, quem mais sofre são os idosos, a média de idades dos beneficiários desta oferta ronda os 54 anos. No entanto, cerca de um quarto destas famílias têm crianças até aos 15 anos, o que dá bem uma dimensão da importância desta decisão”, explica a mesma responsável.

Empresas solidárias A Equipa de Comunicação da Unilever FIMA, uma das empresas e entidades apoiantes desta iniciativa, justifica a sua adesão “por duas razões:

a quadra que se estava a viver, uma altura do ano em que se apela à vivência em família e à solidariedade, e o propósito da iniciativa que se identifica com a nossa visão e com a Política de Responsabilidade Social existente na nossa empresa”. A mesma entidade assegura que não foi uma associação pontual, mas sim uma atitude para continuar. “É nossa intenção continuar a trabalhar em conjunto com a JFC e participar das suas iniciativas solidárias porque queremos fazer parte desta comunidade. Mais ainda acreditamos que se queremos fazer a diferença e contribuir para um mundo melhor para todos, tal só será possível através da cooperação entre entidades privadas, estatais e ONG”.

A lista de empresas e entidades que contribuíram para o sucesso deste projecto, uma actividade já tradicional nas iniciativas da JFC que assinalam a

Por uma vida melhor É importante salientar a forma prestável e solidária como o tecido empresarial no sector alimentar tem sido decisivo para darmos continuidade a esta iniciativa, num espírito de entreajuda e contribuição para um aumento da qualidade de vida de todos aqueles que dela beneficiam. “É com muito gosto que a Condi Alimentar, S.A. tem vindo a colaborar

com a JFC com a oferta de produtos, de forma a ajudar as famílias carenciadas da freguesia a terem um Cabaz de Natal mais recheado e esperamos continuar com esta parceria nos próximos anos.

A Condi é uma empresa portuguesa com uma gama de produtos pensada para que as pessoas possam despender mais tempo a ‘Desfrutar a Vida’. É com grande satisfação que procuramos colaborar a ajudar o próximo, participando neste tipo de iniciativas, de modo a proporcionar momentos mais felizes e saborosos”, explicou-nos a Comunicação desta empresa, também ela uma parceira habitual.

E há quem saliente a sua relação de proximidade, no acolhimento deste desafio lançado pela JFC. “O El Corte Inglés procura estabelecer relação de confiança duradoura com a Comunidade onde se insere. A colaboração com as instituições de carácter social,

cultural e desportivo é, portanto, apenas mais uma das expressões deste apoio social", sintetiza a Dra. Susana Santos, Directora de Comunicação do El Corte Inglés.

Fora das empresas Nem só das empresas vieram os apoios para a concretização deste projecto anual da JFC. “A Abraço é uma instituição de solidariedade social e acredita nas sinergias e na cooperação entre instituições. Juntos conseguimos mais e melhores resultados e é, para nós, uma obrigação social ajudarmos outras instituições, quando temos donativos que excedam a nossa capacidade de escoar. Foi esta premissa que nos levou a partilhar os nossos donativos de natal com a JFC”, explica-nos Gonçalo Lobo, presidente da Abraço.

Aliás, o facto de ser nosso Vizinho,

EDIÇÃO Nº80 JANEIRO 2018

9

ACÇÃO SOCIAL

Quadra, é o reflexo de uma colaboração alargada e frutífera, que estabelecemos regularmente com as todas as forças vivas da sociedade em que estamos inseridos, quer no que respeita ao tecido empresarial, quer na sua faceta associativa. Novotel, Sovena, Gallo Portugal, Dancake, El Corte Inglés ou a Delta estão entre as marcas que se revelaram fundamentais.

ACÇÃO SOCIAL

10

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

ACÇÃO SOCIAL

alertou-o para a pertinência do apoio: “Enquanto morador de Campolide, sabia da existência da distribuição de cabazes de Natal e que havia vários agregados inscritos. É para nós reconfortante sabermos que contribuímos para proporcionar uma consoada a várias famílias sem possibilidades económicas”.

“Tivemos alguns doadores que queriam associar-se, mas não conseguiram porque todo o seu apoio disponível foi canalizado para as vítimas dos incêndios que afectaram gravemente diversas regiões de Portugal. Tal como tivemos também apoios da chamada Sociedade Civil, um apoio fundamental e que mostra como a solidariedade não se limita aos apoios empresariais”, explica-nos Raquel Silva.

SOCIEDADE CIVIL Foi o caso de um grupo de trabalhadores do Hotel Ritz, que se organizou para recolher alimentos e ajudar na própria elaboração dos cabazes. Ou de um grupo de moradores das Twin Towers, organizado pela nossa Vizinha Teresa Cancela. “No sentido de sensibilizar os moradores desta zona da Freguesia para o que se passa mesmo ao nosso lado, achei que a época do Natal era uma altura propícia para agitar a indiferença e lancei esta iniciativa colando nos 20 elevadores do condomínio o pedido de colaboração.

Durante 15 dias recebemos na portaria, agradeço aos seguranças a sua total colaboração! Realmente... ficou muito além do esperado! Num edifí-

cio com cerca de 370 apartamentos, contámos com a colaboração de 25.

Foi a contribuição possível, mas empenhada, de quem colaborou”, explica esta moradora, responsável por mais uma demonstração de cidadania a reter e repetir.

Em suma: se a entrega de cabazes de Natal é um dos momentos altos da política social da JFC, o que mais importa salientar aqui é o apoio caloroso e imprescindível que tantas empresas e entidades têm assegurado sem hesitação, demonstrando como a Responsabilidade Social não é apenas um chavão, mas sim uma tarefa colectiva e natural numa sociedade que se assume como tal, não só nos momentos mais felizes, mas igualmente no combate às dificuldades. nc

EDIÇÃO Nº80 JANEIRO 2018

11

ESPAÇO PÚBLICO

Nove caminhos para a nova Praça de Espanha

S

em dúvida um dos espaços mais amplos da Freguesia de Campolide (nem sempre identificado como tal pelos lisboetas), a Praça de Espanha, uma área com 45 000m2, prepara-se para acolher um monumental Parque Urbano. As águas subterrâneas implicaram cuidados na escolha da vegetação e nas intervenções técnicas projectadas. Aqui lhe deixamos os resumos dos projectos apresentados, identificados pelos nomes dos respetivos gabinetes de Arquitectura.

1. Machado + Braga Macedo Arquitectos, Lda. A proposta centra-se na Arte Urbana e aposta num espaço verde em complemento aos três equipamentos culturais da zona: Fundação Calouste Gulbenkian (FCG), Teatro Aberto e Teatro da Comuna. Inclui a construção de um viaduto pedonal sobre a Avenida Calouste Gulbenkian, murais e um espaço para concertos.

2. Sérgio Miguel da Silva Godinho O ponto de partida é Physichromie 21, obra do artista plástico Carlos Cruz-Diez, que pode ser vista no MoMa, museu de Nova Iorque. Pretende-se um espaço destinado a actividades artísticas ou desportivas, contemplando uma zona de quiosques, espaço dedicado ao skate, zonas verdes e árvores. Poderão existir projecções nocturnas, nas árvores, a partir de exposições da FCG.

3.

3. Ventura Trindade Arquitectos, BALDIOS Arquitectos PAISAGISTAS Uma clareira central e diversos pequenos lagos, para lidar com a necessidade de retenção da água das chuvas. O conjunto seria completado com bosque, privilegiando espécies autóctones. Ainda em aberto, um anfiteatro, uma ligação pedonal elevada entre Teatro Aberto e Teatro da Comuna ou até mesmo uma nova praça mais pequena, a Praça Columbano, com um parque infantil.

4. Pedro Miguel Machado da Costa e Luís Ferreira Neto Não uma, mas duas clareiras, de diferentes tamanhos, espaços multifunções, cujo destino seria decidido caso a caso. Estes dois espaços têm, respectivamente, 54 e 18 metros de diâmetro. No fundo, trata-se de um conceito de permanente actualização, onde podem ser integrados os contributos à medida que são sugeridos e aprovados.

4.

5. Atelier do Beco da Bela Vista, Arquitectura Paisagista Uma ciclovia, sobreposta à Avenida Calouste Gulbenkian, articulada com uma nova estação de metro dotada de comércio, esplanada, instalações sanitárias e uma cobertura que seria um novo miradouro. Em complemento, espaço para skates, e uma passadeira diagonal que liga o parque à FCG.

12

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

6.

6. NPK - Arquitectos Paisagistas Associados Neste projecto, defende-se a revitalização da Ribeira do Rego, um curso de água que ainda hoje passa por aqui. Além disso, está projectada a Praça da Água, um conjunto de polidesportivos em campo relvado, com bancadas de apoio para refeições. A juntar a isto, um anfiteatro com capacidade para 300 pessoas e a instalação de uma ponte retráctil de ligação à entrada principal da FCG, que seria encerrada durante a noite.

7. Ceregeiro - Arquitectura Paisagista

2.

Uma grande área central com direito à fruição de um lago, prevendo um espaço de exposições com cerca de 165m2, além de um anfiteatro modelado na encosta que parte do Teatro da Comuna. O conjunto seria abrilhantado com um quiosque junto ao Arco de São Bento e um parque para utilizadores de skate.

8. José Adrião Como eixo central, um conjunto de jardins de diferentes dimensões. Um grande relvado central (com uma dimensão aproximada de um hectare) destinado a receber jogos informais, concertos de pequena dimensão ou festivais temáticos.

Em paralelo, um circuito de manutenção com 1500m, um parque canino, zona de skate, quatro quiosques ao longo da área e uma fonte com repuxos de água.

9. TPF Planege Cenor - Consultores de Engenharia e Gestão O ponto principal é o convite a artistas portugueses para criarem peças para a iluminação, o mobiliário urbano e o próprio pavimento. O eixo central passa por uma rede ciclo-pedonal elevada, acrescentando uma praça junto aos dois teatros existentes, a qual poderia servir de palco. A juntar a isto, um centro interpretativo/educativo dedicado à Arte e Ecologia articulado com a FCG. nc

5.

7.

8.

9.

ESPAÇO PÚBLICO

1.

ESPAÇO PÚBLICO

A LOJA ONDE VOU

Q

uando há cerca de um ano o seu antigo patrão se quis desfazer do negócio, João Rodrigues não hesitou e percebeu que a solução era ser ele a tomar conta do espaço. Falou com um amigo de infância, André Santos, e nasceu no Parque de Estacionamento subterrâneo da Praça de Campolide a unidade de lavagem automóvel que serve toda a zona: a Auto Campolide.

“Temos o espaço definido para as diversas necessidades, tendo em conta a limpeza exterior e interior dos veículos. Além disso, naturalmente, uma zona para trocarmos de roupa, armazenamento de produtos de limpeza... enfim, o necessário”, vai descrevendo André Santos.

João e André são amigos de longa data, desde os cinco anos de idade.

Moram em Campolide desde sempre,

Auto Campolide onde cresceram e estudaram. Hoje, é ainda na Freguesia que ambos moram, mais concretamente, no Bairro da Serafina. Sócios no trabalho, amigos na vida, são o núcleo duro do projecto, embora recorram a alguns colaboradores.

Um dos grandes argumentos para optar pela Auto Campolide é a possibilidade de concentrar dois serviços por um mesmo custo. “Esta é a solução ideal para quem precise de tratar de algum assunto por aqui e ao mesmo tempo lavar o carro, visto que, nesse caso, fica isento de pagar estacionamento durante duas horas”, explica-nos João Rodrigues.

Além disso, a promoção dos serviços e vantagens passa por uma presença constante e intensa em diversos sites e portais, oferecendo os chamados vouchers, ou seja, cupões que

podem ser trocados por descontos.

MyGon, Goodlife ou Descontos.pt são alguns dos endereços de Internet onde se podem encontrar as ofertas da Auto Campolide.

A maioria dos clientes, na ordem dos 80%, são pessoas que trabalham ou vivem nas redondezas. “No fundo, temos muitos clientes habituais, o que nos permite apresentar um serviço personalizado. Um dos grandes problemas passa pela divulgação da nossa oferta fora deste leque de pessoas, porque não estamos localizados num Centro Comercial. Por outro lado, com a abertura da Praça de Campolide, acreditamos que este Verão, a altura do ano em que temos mais procura, o negócio vai aumentar bastante. Pelo menos, este ano foi um sucesso”, realça João Rodrigues. nc

CONTACTOS: Av. Conselheiro Fernando de Sousa (Parque Empark Campolide) 2ª a 6ª Feira – 8h30 / 18h00 Sábado (por marcação) telefone: 929 147 924

14

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

ESPAÇO PÚBLICO

A RUA ONDE MORO

A

13 de Julho de 1981, o poeta Carlos Conde aproveitava a tarde de Verão, à conversa com os amigos numa esplanada de Campolide. Mal sabia que a tragédia estava eminente.

Um carro desgovernado galga o passeio e atinge-o, num embate que se revelaria fatal. Morria assim no seu bairro o homem que escreveu para as vozes de Alfredo Marceneiro (É Tão Bom ser Pequenino), Amália Rodrigues (O Fado da Bica), Carlos do Carmo (Trem Desmantelado), Fernanda Maria (Não Passes Com Ela à Minha Rua), Fernando Maurício (Feira da Ladra), Gabino Ferreira (Lenda da Amendoeira) ou João Ferreira Rosa (O Marquês de Linda-a-Velha).

Nasceu a 22 de Novembro na povoação do Monte, em Murtosa, no Distrito de Aveiro. Em 1936 casou com Laura dos Santos (com quem teve três filhas, Noémia, Maria de Lurdes e Flora) e logo rumaram a Lisboa. Primeiro viveram na Praça das Amoreiras, mas rapidamente se mudaram para a Rua Vítor Bastos, onde viveu cerca de 50 anos.

Filho de um casal de pescadores (Ma-

Rua Carlos Conde ria Antónia da Silva Conde e Manuel José Conde), distinguiu-se como poeta, autor de algumas das mais populares cegadas dos anos 20 e 30 do século XX e de centenas de letras de fados.

Durante o dia, trabalhava como chefe de escritório na firma F.H. de Oliveira, na Avenida 24 de Julho, ofício que lhe terá servido de inspiração para uma bem conhecida quadra: “Trabalho é letra vencida/Que o suor já pagou bem/Quem trabalha toda a vida/Não deve nada a ninguém”.

O nome de Carlos Conde era presença habitual nos diversos jornais e revistas ao longo das décadas de 20, 30 e 40 do século XX. As letras que escreveu fixaram os hábitos e o quotidiano da sua querida Lisboa na primeira metade do séc. XX, evocando Alto do Pina, Alfama, Bairro Alto, Castelo, Mouraria ou, naturalmente, Campolide.

Em 1931, a revista ABC perguntava-lhe de onde lhe vinha a inspiração e como escolhia os temas para os seus versos: “O amor, as mulheres, o campo. Adoro as flores, as águas claras, o sol, a luz, a natureza. Tudo que tenha

vida, que tenha alma”, respondeu-lhes.

Quando completou meio século de vida, foi alvo de uma enorme homenagem, com um jantar na Adega Mesquita, onde marcaram presença figuras como Amália Rodrigues, Alfredo Marceneiro, Francisco Radamento, Felipe Pinto, Dr. Amaro de Almeida ou Teresa Nunes, entre várias outras. Em 1966 o seu nome era novamente chamado às principais páginas dos jornais, como autor vencedor da letra para o Hino da Força Aérea Portuguesa.

Em 2017 foi afixada uma placa evocativa na casa onde viveu, na Rua Vítor Bastos. Já em Novembro de 2001, Campolide tinha homenageado um dos seus e Carlos Conde teve o seu nome imortalizado. Appio Sottomayor, profundo amante desta cidade e das suas histórias, escrevia no jornal A Capital: “Lisboa e o fado têm tido a sorte de encontrar quem os sirva desta forma, eivada de simplicidade mas eminentemente artística. E, querendo ter boa memória, a cidade homenageia o poeta, em vésperas do seu centenário, com um gesto também singelo: dá hoje o seu nome a uma rua”. nc

EDIÇÃO Nº80 JANEIRO 2018

15

ESPAÇOS VERDES

JFC adquire monda térmica Um novo equipamento completamente ecológico vai entrar brevemente ao serviço da JFC para combater ervas daninhas e outras pragas.

Fotografias: João Barata

A

monda térmica adquirida pela Junta de Freguesia de Campolide para proceder à limpeza de passeios e canteiros, eliminando as ervas daninhas, entrará brevemente em funcionamento.

A principal vantagem deste novo equipamento é o facto de utilizar apenas vapor de água, libertado a 180ªC, não fazendo uso de qualquer produto químico.

Esta produção de vapor de água provoca um choque térmico rápido, que leva ao rebentamento das células da planta que se pretende eliminar. O vapor de água percorre toda a estrutura da planta (do caule às raízes), eliminando-a por secagem.

A aquisição desta tecnologia, é a mais adequada para fazer face às espécies vegetais infestantes que invadem os nossos passeios, resulta de uma candidatura da JFC, beneficiando de um apoio do Fundo Ambiental criado para a substituição de veículos de serviço urbanos por novos modelos, de alimentação eléctrica. Por esse motivo, a monda térmica será acoplada a um carro 100% movido a energia eléctrica, designado GOUPIL, que entrará igualmente ao serviço na Freguesia de Campolide muito em breve.

“A aquisição deste equipamento junta duas vantagens indiscutíveis. Por um lado, os evidentes benefícios ambientais, visto que funciona exclusivamente com vapor de água, não recorrendo a quaisquer químicos. Por outro, esta é uma tecnologia moderna e completamente testada, que se tem revelado a mais eficaz para fazer face aos problemas inerentes à preocupação constante que temos com as nossas zonas ajardinadas e passeios, com todas as áreas onde surgem ervas daninhas e outras pragas semelhantes”, considera o Presidente da JFC, André Couto. É interessante acrescentar que este novo equipamento pode ser ampliado a solos impermeabilizados, como estradas, calçadas ou canais de drenagem, uma vez que a água quente actua directamente nas ervas daninhas que se pretendem eliminar, levando ao seu desaparecimento a nc médio prazo.

16

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

ESPAÇOS VERDES

Centro de Compostagem é equipamento pioneiro

C

O novo Centro de Compostagem de Campolide é o primeiro de Lisboa e representa mais um passo na consolidação ambiental da Freguesia.

ampolide vai ter o primeiro Centro de Compostagem da cidade de Lisboa, que vai ser instalado no Tarujo.

Trata-se de um projecto que envolve diversas facetas, uma unidade de recolha e transformação de resíduos orgânicos, verdes e domésticos que permitirá uma acção continuada de sensibilização junto da população de Campolide e um desenvolvimento planeado de actuação com a população escolar. Nesse sentido, contamos com uma parceria com a Escola Básica Mestre Querubim Lapa, onde serão levadas a cabo actividades práticas de compostagem com a participação das crianças e recorrendo aos restos alimentares da cantina escolar.

O Centro de Compostagem vai aco-

lher os resíduos verdes orgânicos da Junta de Freguesia de Campolide (JFC) e de residentes da Freguesia, cujas famílias aderiram à iniciativa. Esta é mais uma medida inserida nas preocupações ambientais há muito acauteladas pela JFC, uma vez que irá reduzir a quantidade de resíduos que estão agora a ser enviados para um aterro, estando esta diminuição estimada em um terço da produção regular das famílias aderentes. É importante salientar que o facto de os resíduos não necessitarem de ser entregues diminui igualmente as consequências ambientais.

Além disso, há ainda outros aspectos a considerar. Os resíduos serão aproveitados para fertilização de hortas da Freguesia, mas também podem ser distribuídos para uso nos vasos e

jardins dos Vizinhos e Vizinhas, devendo para isso ser solicitados na Centro de Compostagem.

Este projecto resulta de uma candidatura Bip Zip tripartida (designada Cê ao Cubo, apresentada pela Associação Viver Campolide, JFC e Circular Economy Portugal). “É um projecto que só nos pode orgulhar enquanto pioneiro e inovador no que respeita ao aproveitamento sustentável de todos os resíduos, verdes e orgânicos domésticos”, considera Filipa Nazaré, da Associação Viver Campolide, e responsável pela apresentação da candidatura.“Todos irão beneficiar, directa ou indirectamente do seu resultado, tendo como premissa, sempre, a preservação do meio amnc biente”, conclui.

EDIÇÃO Nº80 JANEIRO 2018

17

Fotografias: João Barata

COLECTIVIDADES

CAMPOSAZ foi uma das actividades organizadas pela ADM Estrela em 2017 que conheceram maior divulgação

ADM Estrela

N

uma das salas, um diário em fotografias testemunha visitas à Estufa Fria, ao Pavilhão do Conhecimento e tantos outros locais. Levar os mais novos a sair do seu bairro (Liberdade, Serafina) e conhecer outras realidades é uma das actividades promovidas pela Delegação de Lisboa do ADM Estrela, extensão do projecto original sediado na Guarda, e que está em Campolide desde 2012.

“O trabalho começou essencialmente pela intervenção social junto de crianças e jovens. Fomos criando outras coisas, como o Campolide Decide, virado para o desenvolvimento de competências (sociais, vocacionais, ocupacionais), sem descurar a parte mais lúdica”, explica-nos Rita Saraiva, coordenadora desta unidade, frequentada por cerca de 40 jovens, com idades entre os 6 e os 12 anos.

A partir de 2015 surgiram novas possibilidades, como as actividades de

18

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Aprender brincando apoio ao estudo. “Quem estava a frequentar o Futsal, tinha também acesso a este apoio”, informa a responsável.

No ano seguinte, houve um reforço das instalações, com a criação do Espaço Jovem e a dinamização de um programa de actividades, elaborado com as próprias crianças.

Noutra sala, t-shirts, imagens criadas com a técnica do stencil (recortes em cartolina) e outras invenções semelhantes. A pequena oficina gráfica serve para os jovens se familiarizarem com este universo, da forma mais prática possível – até a bancada foi construída por frequentadores.

O trabalho que aqui nasce é fruto de muitas cabeças e empenho. Um conjunto de parcerias tem permitido criar novas propostas e concretizar ideias.

Como a animação territorial, que agrega esforços da JFC e da Fundação Aga Khan. Ao longo destes anos, várias foram os momentos que ainda hoje permanecem na memória. Olhamos

para os cartazes na parede e somos transportados para o Ateliê da Serafina (uma experiência com pessoas desempregadas, desafiadas a aprenderem a fazer artesanato urbano e lançarem-se no seu próprio negócio) ou o Festival (Di) Fusão, que resultou do projecto In Fusão, que articulava “várias actividades, como a multimédia, o já referido artesanato urbano e as hortas comunitárias”, uma das grandes apostas na Freguesia.

A tempo inteiro, são duas pessoas, Rita Saraiva e Mahadrevi Badracim.

Ajudadas por uma animadora cultural, um treinador de Corfebol (uma mistura de Futebol e Basquetebol que chegou a Portugal nos anos 80) e um conjunto de voluntários (onde se destacam alguns trabalhadores do Montepio) asseguram que os dias da população mais jovem dos bairros da Liberdade e Serafina estão mais preenchidos e se divertem enquanto aprendem. É esta a estrela que a todos guia. nc

T

rabalhava na Feira Popular, os transportes não eram como hoje e vinha a pé para casa de madrugada. Fátima Lopes morava então em Alfama e encontrou o Jaime no Largo do Chafariz de Dentro. Marialva do bairro, guitarrista amador, galã de serviço. Chegou a casa, inventou uma súbita fome de pão com chouriço só para voltar à rua e foi o seu futuro marido quem a acompanhou nessa surtida nocturna.

Uma de muitas cumplicidades, sublinhadas pelos dois filhos que Fátima e Jaime viriam a ter, o Mário (hoje com 33 anos) e a Carla (moça de 29).

reduzidos a oito”, descreve, com bonomia e muita saudade.

Foram 37 anos numa empresa de limpezas que acompanhou a génese do Centro Comercial das Amoreiras. Hoje, reformada na sequência de um problema de saúde, é figura constante na Universidade Sénior da JFC, na Associação de Reformados e Pensionistas de Campolide, em todos os passeios e actividades que envolvem a Freguesia a que se dedica por completo. É difícil lembrar uma festa, uma celebração, mas também um pedido colectivo de apoio, em que não esteja presente.

Ajudou a criar várias crianças. O pai era guarda de automóveis, junto aos teatros São Luiz e São Carlos. Recorda uma outra Lisboa, com bailaricos nos Alunos de Apolo, na Cascalheira. Ou, ainda antes disso, as malandrices da época, quando ia à chinchada (apanha da fruta nas árvores) com a garotada.

A vida nem sempre lhe sorriu. Era aluna da Escola 23 (actual Escola Básica Mestre Querubim Lapa) e tinha apenas nove anos quando, ao ir buscar o irmão, com menos cinco, um carro desgovernado a apanhou em cheio.

As mazelas ainda hoje persistem, com muitas operações ao longo da vida, consultas várias, muito conhecimento profundo sobre os hospitais de Lisboa, escusado e na primeira pessoa.

No entanto, a alegria e a energia que esta mulher demonstra só serão comparáveis à constante disponibilidade para ajudar, participar, fazer parte da comunidade em que vive e para a qual vive. É fácil rendermo-nos à sua personalidade, ao sorriso aberto e à capacidade de falar das agruras que alguns lhe infligiram sem rancor. Sem falso perdão, mas sem cobranças desnecessárias. Tanta alegria semeada em indiscutíveis sofrimentos. Quisemos saber de onde vem essa força, como se fosse fácil descortinar: “a minha mãe já era assim...”. nc

EDIÇÃO Nº80 JANEIRO 2018

19

GENTE NOSSA

A tia de Campolide

“Nasci aqui, em Campolide, na 1ª Rua Particular, a seguir ao Arco do Carvalhão. Fui viver para Alfama mas regressei”, explica a Tia Fátima Lopes, designação pela qual todos em Campolide, essa autêntica e extensa família adoptada, a identificam. Nasceu na casa onde ainda hoje mora, a mesma onde a sua mãe deu à luz seis dos sete irmãos, que já tinha sido o cenário de nascimento do seu pai e onde viu nascer os filhos. Fica na Vila Santos, um recanto da Calçada da Quintinha que faz as delícias dos turistas, quando visitam o Museu da Água, mesmo defronte, e ali se deslocam para fazer fotografias pitorescas, alheios às dificuldades que o estado das habitações acarreta. “Ali nasceu a minha cunhada... aqui mora a Rosa Maria... lavei muita roupa naquele tanque... já viveram aqui 60 famílias, hoje estamos

Fotografia: João Barata

“Tia” Fátima Lopes

BREVES

BREVES NOTÍCIAS DE CAMPOLIDE JANEIRO 2018

Colectividade ARPC festeja aniversário No mês em que a Associação de Reformados e Pensionistas de Campolide assinalou os seus 18 anos de existência a animação não podia ser maior. Além da já tradicional visita anual à JFC para cantar As Janeiras ao Executivo e funcionários, teve lugar um festivo almoço para assinalar a data.

O local escolhido foi o emblemático restaurante "A Valenciana", para uma festa onde o convívio entre os mais aguerridos Vizinhos e Vizinhas de Campolide foi o pretexto central. O repasto foi acompanhado por uma divertida animação musical e, como é fácil de adivinhar, os mais afoitos não se esquivaram a um pezinho de dança. A encerrar um mês pleno de emoções, o Coro da ARPC realizou um concerto no auditório da JFC.

"Sim, a Freguesia modernizou é verdade que assim é e se cresceu e continou tudo se deve ao Mestre André Está hoje mais atraente harmoniosa e jovial do turismo internacional Mas há que dar corda às botas trabalhar afincadamente porque quem escreve por linhas tortas dificilmente segue em frente

20

NOTICÍAS DE CAMPOLIDE

Um Bom Ano pr'a toda a gente especialmente a toda a equipa fazendo votos para que futuramente tenhamos a Freguesia mais rica"

Restauração Quiosque já tem aquecedores

cidade viva e amiga de todos os que a escolheram como sua. Convidamos os jovens apaixonados e futuros casais lisboetas a participarem nos Casamentos de Santo António, valorizando esse momento como um verdadeiro símbolo e património popular de Lisboa! Venha fazer parte da tradição. As inscrições estão abertas até dia 12 de Março.

Saiba mais informações através do número 808 203232 ou no site http:// casamentosdesantoantonio.cm-lisboa.pt/

Acção Social

Apesar do Inverno, já pode continuar a frequentar o quiosque da Praça de Campolide com todo o conforto. A fim de contrariar as manhãs e os finais de tarde mais fresquinhos foram instalados vários aquecedores junto às mesas da esplanada e toda a zona foi cercada por um painel de acrílico que não deixa escapar o calor. Além disso, temos algumas mantas bastante confortáveis para os clientes poderem continuar a tomar o seu cafezinho e a ler o jornal sem temer o frio. Não se acanhem e peçam uma!

CML Casamentos de Santo António A Câmara Municipal de Lisboa organiza este ano mais uma edição dos Casamentos de Santo António. Esta iniciativa representa um dos grandes momentos das Festas na cidade de Lisboa, uma

Prémio Voluntariado Jovem do Montepio

A 7ª edição do Prémio Voluntariado Jovem decorreu nos bairros da Liberdade e Serafina nos dias 19 e 20 de Janeiro. Vinte voluntários entre os 15 e os 20 anos, de quatro entidades do país – Casa dos Rapazes Faro (Faro), Centro Social do Soutelo (Gondomar), Lar Sta. Estefânia (Guimarães) e Bispo D. António Barroso (Porto; a proposta vencedora) – foram convidados a passar dois dias nos dois bairros, contactar com os moradores e entidades, conhecer as necessidades e oportu-

POSTO MÉDICO ESPECIALIDADES

Cidadania Formação na JFC Nos dias 3 e 10 de Março, das 09h45 às 17h30, a JFC vai realizar uma Formação destinada a dinamizar o combate à discriminação no âmbito do programa “Campolide é Igualdade”. Os formadores são Cristina Roldão, Luísa Corvo e Paulo Côrte-Real. Trata-se de um projecto inovador que vai envolver muitas actividades e que vai permitir que cada um de nós possa contribuir para mais igualdade na nossa Freguesia, ajudando a identificar discriminações ainda existentes e incentivando boas práticas junto de todos os Vizinhos e Vizinhas. Para inscrever-se envia até 16 de Fevereiro para campolideigualdade@ jf-campolide.pt um email com Nome, Morada, Telefone, Email, Sexo, Idade, Motivação para participar nesta ação (se possível, mencionar se já se foi alvo ou testemunha de situações de discriminação).

Mais informações em: www.jf-campolide. pt/CampolideIgualdade

BREVES

nidades do território e desenvolver um projecto de natureza comunitária com o objectivo de melhorar a vida do bairro. As propostas dos jovens foram apresentadas a um júri composto por moradores, Montepio, GRACE e Confederação Portuguesa de Voluntariado.

ACUPUNTURA ENFERMAGEM MASSAGISTA DENTISTA MÉDICO DE FAMÍLIA TERAPIA DA FALA PSICOLOGIA NUTRIÇÃO

4ª Feiras 2ª e 6ª Feiras 4ª Feiras 5ª Feiras 2ª Feiras 3ª Feiras 5ª Feiras 2ª Feiras 6ª Feiras 3ª Feiras 4ª Feiras 3ª Feiras

09H00/17H00 09H00/12H00 16H00/18H00 09H00/17h00 14H00/16H30 09H00/16H30 14H00/16H30 09H00/12H00 09H30/12H00 14H00/17H30 09H00/12H30 09H00/17H00

PREÇÁRIO I TAXAS* ESPECIALIDADE

ENFERMAGEM

Médico de Família 2€ Dentista 30€ Acupuntura 20€ Massagens e tratamento de lesões musculares e articulares 25€ Psicologia 25€ Terapia da Fala 25€ Nutrição 25€

Injecção Tensão Arterial Pensos Teste de Diabetes

1€ 0,50€ 2€ 0,50€

*A JFC não se responsabiliza pelos actos dos especialistas

Preços válidos para recenseados (as)

CONTACTO I 211 955 667

EDIÇÃO Nº80 JANEIRO 2018

21

#CampolideIgualdade

­

­

­

CONTACTOS ÚTEIS - JUNTA DE FREGUESIA DE CAMPOLIDE

te l: 213 8 8 4 6 07 - 3ª Divisão da PSP de Benfica

te l: 217 142 526 - 21ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública (Palácio da Justiça)

te l: 213 858 817 - 37ª Esquadra da Polícia de Segurança Pública (Bairro da Serafina)

te l: 213 858 34 6 - Balneário Público da Serafina

te l: 211 979 931 - Bombeiros Sapadores de Lisboa

te l: 8 0 8 215 215 - Centro de Saúde de Sete Rios

Novo horário Balneário público 2ª feira das 9:30h até 12:30h 4ª feira das 18:30h até 21:30h 6ª feira das 9:30h até 12:30h Sábado das 16h até as 19h

te l: 217 211 8 0 0 - Comissão Protecção de Crianças e Jovens

te l: 217 102 6 0 0 - EPAL - Faltas de Água

te l: 8 0 0 222 425 - HIGIENE URBANA Recolha de ‘Monos’ (CML)

encerra 15 minutos antes do horário do fecho

te l: 8 0 8 203 232

Rua miguel Ângelo de Blasco no Bairro da liberdade, ao lado da psp

- HIGIENE URBANAEntrega Contentores (CML)

tel: 211 979 931

te l: 217 8 05 0 0 0

te l: 8 0 8 203 232 - Hospital de Santa Maria

- Polícia Municipal de Lisboa

te l: 217 225 20 0 - Posto de Limpeza de Campolide

te l: 211 328 237 - Posto de Limpeza da Serafina

te l: 211 328 929

Passeio

Évora 22 e 23* de fevereiro * Inscrições abertas, sujeitas ao preenchimento de vagas do dia 22

Programa: 8h00 - Ponto de Encontro Av. Conselheiro Fernando de Sousa, em frente ao Novo Banco

8h30 - Partida

12€

*

inclui visitas, almoço, seguro e transporte

- Visita à Capela dos Ossos e Igreja de São Francisco - Almoço em Évora - Visita ao Museu do Relógio

*preço exclusivo a pessoas recenseadas com idade igual ou superior a 50 anos. *não recenseados - 36€

19h00 - Chegada prevista a Campolide *Inscrições limitadas ao número de vagas existentes. *Após o pagamento dos bilhetes não é possível efectuar reembolso.

Inscrições:

Balcão de Atendimento da JFC 2 a 9 de Fevereiro - das 10h00 às 16h30

Rua de Campolide, 24B 1070-036 Lisboa geral@jf-campolide.pt www.jf-campolide.pt

Tel.: 21 388 46 07

/jfcampolide

/jfcampolide

/campolidetv