Revista Somos Iema nº 2

Page 1

R E V I S TA

Ano I • Edição nº 2 • Segundo semestre de 2018

Somos

www.iema.ma.g ov.br

Orgulho de ser

RedePEA Programa de Escolas Associadas da Unesco


MUNDO

| 2 | Revista Somos Iema

www.iema.ma.g ov.br


Editorial

“S

omos Iema” é nome que traduz um ideal de comunidade, de conviver juntos, elemento que integra as premissas do modelo pedagógico do Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - Iema. Nós temos um sonho: ser a melhor instituição pública de ensino do Brasil, esse sonho é fruto do trabalho em equipe, equipe dedicada a fazer e a buscar o melhor para cada um e cada uma de nossos estudantes. Nestas páginas registramos os fatos mais relevantes da comunidade educadora do Iema nas áreas do ensino, pesquisa e gestão em nossas unidades plenas, unidades vocacionais e Centro de Educação Científica, ações institucionais, ações em rede e parcerias que nos levaram a resultados concretos. Formar pessoas é a nossa principal contribuição para o desenvolvimento do Maranhão. Garantir que nossos estudantes construam seus projetos de vida ocupa o centro do Iema e será o legado de maior impacto que deixaremos para a sociedade. O Iema é uma instituição pública de educação profissional, científica e tecnológica. Nenhum estado ao longo desses quatro anos criou instituição similar, o exemplo mais reconhecido é o Centro Paula Souza (São Paulo), criado em 1969, e o mais recente é a FAETEC (Rio de Janeiro), criada em 1997. Muito mais do que fazer parte do sistema de ensino, integramos o sistema de ciência, tecnologia e inovação. Temos compromisso com o ensino articulado ao trabalho e à ciência. Compreender a singularidade do Iema e explicá-la é decisivo para sua consolidação institucional. Esta revista deseja alcançar esse objetivo. Boa leitura! Jhonatan Almada Reitor do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IEMA


R E V I S TA

Somos

Expediente Esta é uma publicação do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA)

Governador do Maranhão Flávio Dino

Secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação Davi Telles

Reitor do Iema Jhonatan Almada

ASCOM/IEMA Bento Leite Cintia Lima Cynthia Raquel Dora Silva Gladys Alves James Moraes Riccardo Otavio


SUMÁRIO

50

Robótica educacional

6 Participação do Iema na SBPC 16 Abipti 24 Feira de Profissões 40 Escola Associdada 28 Iema Café 32 Rede PEA / Unesco 34 Iema Vocacional 38 Fórum Global de Educação 60 Feirão das eletivas 64 Centro de Educação Científica 70 Praça da Ciência 74

Ieminha

76 Festival de Matemática 80 CampSerrapilheira 84 Feira do Livro do Iema 86 Potência olímpica 92 Rede Maria Aragão de Educação em Saúde

Escola Associdada

40

20

Copa Iema de Debates


Participação do Iema na SBPC

Avanços são comprovados com resultados

C

om o lema ‘Uma escola pública de excelência é possível’, o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) participou pela primeira vez da septuagésima reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), cujo tema para o ano de 2018 foi ‘Ciência, responsabilidade social e soberania’. A reunião anual da SBPC, evento de exímia notoriedade na área da ciência tecnologia e inovação, foi realizada na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em Maceió.

MACEIÓ | 6 | Revista Somos Iema

www.iema.ma.g ov.br


Ao longo dos dias de participação, compreendidos entre 23 a 28 de julho, o Instituto apresentou em estande próprio o seu modelo de gestão, o modelo pedagógico, ciclos de acompanhamento e intercâmbios realizados por meio do programa “Iema no Mundo”, além de trabalhos de pesquisa e extensão fomentados e desenvolvidos por professorespesquisadores e estudantes das unidades plenas com o objetivo de estimular a iniciação científica, promoção da pesquisa e extensão e popularização da ciência em âmbito interinstitucional, visando, ainda, contribuir com outras instituições por meio de pesquisas

científicas, promovendo a troca de experiências e o fomento de possíveis parcerias. “O Instituto trabalha na busca pelo desenvolvimento de uma educação profissional, científica e tecnológica de êxito. No que diz respeito à dimensão científica, estimula-se a participação dos professores e estudantes em eventos no padrão da reunião anual da SBPC. A participação do Instituto está alicerçada na firme crença de que o trabalho realizado no Iema tem totais condições de ser apresentado ao Brasil e esse é um dos tantos motivos de estarmos neste evento”, declarou o reitor do Iema, Jhonatan Almada.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 7 |


Portifólio

“Dentre as 27 propostas, dez foram consideradas aptas a serem apresentadas, em forma de pôster. Cerca de 30 estudantes de cinco unidades plenas, sob a orientação de seus professores(as), tiveram a oportunidade de apresentar seus trabalhos de pesquisa em um evento científico de cunho nacional”. Dario Soares Diretor de Pesquisa e Extensão

| 8 | Revista Somos Iema

1

A contribuição da robótica no ensino da matemática’, ‘O uso de aplicativos no processo de ensino aprendizagem na unidade plena de Coroatá’;

2

‘Extração do corante azul de jenipapo (Genipa americana)’, unidade plena de Bacabeira;

3

‘Reutilização da água de aparelhos de ar-condicionado do Iema, unidade plena de São Luís, para utilização na jardinagem com automação e captação de energia solar’;

4

‘Cinerama: cinema e fotografia artesanal como instrumentos de ensino multidisciplinar a partir da câmera escura’, unidade plena de Bacabeira;

5

6

‘Aproveitamento integral dos alimentos: uma alternativa de renda para as famílias dos municípios do Programa mais IDH do Governo do Estado do Maranhão’, e ‘Ecosabão: uma alternativa de reaproveitamento de óleo de cozinha para as famílias de baixa renda’, unidade plena de Pindaré-Mirim; ‘Microscópio de baixo custo como alternativa para aulas práticas’, unidade plena de Axixá etc.

www.iema.ma.g ov.br


Debate como espaço democrático Pesquisadores e autoridades presentes na SBPC foram convidados a se acomodar na ‘Tenda das entidades estudantis’, situada na própria Universidade Federal de Maceió, para participar do debate acerca do urgente posicionamento das políticas de C,T& I para a superação da crise e retomada do desenvolvimento nacional. O debate teve como coordenadora Flávia Calé, presidente da Associação Nacional de Pós-graduados (Anpg) e abordou o tema “Ciência, Tecnologia e Estratégias de Desenvolvimentos”. O magnifico reitor do Iema, Jhonatan Almada, que estava entre os convidados, participou do debate, iniciando sua participação com duas indagações: ‘Sabemos o que queremos’? ‘O Maranhão tem algo a dizer para o Brasil’? O que temos como ponto de partida são livros como, por exemplo, ‘O livro branco’ no começo dos anos 90, o plano de ação na área de ciência e tecnologia e, mais recentemente, as estratégias nacionais de ciência, tecnologia e inovação. São documentos que, se acompanhados os objetivos e desafios que estão lá

postos, encontraremos uma certa repetição, tendo em vista que são documentos elaborados há cerca de 20 anos e que as pautas se repetem como, por exemplo, ‘promover o desenvolvimento científico brasileiro’, ‘fazer políticas de inovação’, ‘investir na consolidação de um sistema de ciência, tecnologia e inovação’, ‘garantir o investimento da tecnologia, ciência e inovação’, entre outras. Por que todas essas pautas se repetem? “Porque elas não foram resolvidas. Todos esses documentos têm algo em comum. São produzidos no âmbito do mesmo ministério. Não são políticas públicas produzidas pela sociedade”, pontuou.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 9 |


“É a minha primeira vez na SBPC, um evento que muito tem contribuído para meu aprendizado e ampliação de minha visão enquanto aluno autônomo e, por sua vez, produtor de ciência e de conhecimento. No dia de hoje estou ajudando a divulgar a realidade que me cerca todos os dias, o aprendizado de qualidade, a boa estrutura que acolhe não somente a mim, mas também a muitos outros alunos das unidades do Iema. Futuramente, outros muitos alunos farão parte do corpo discente do Iema, conhecendo e fazendo uso desta bela rede de bibliotecas. A educação pública tem crescido”.

Dando prosseguimento ao raciocínio, Almada fez o contraponto da questão. “Do lado da sociedade, temos dificuldades de diálogo. Daí a proposta da academia brasileira de ciência, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, propostas da sociedade nacional de pósgraduandos, sociedade brasileira de física e mais um universo de propostas que nem sempre são convergentes e que nem sempre conseguem produzir um caminho ou um ponto básico. Isso nos faz ser muito diferentes de países como Índia e China, que ao longo de 50 anos têm implementado seu plano de desenvolvimento. Em outras palavras, nesses países, há um lugar especial para o desenvolvimento da ciência e tecnologia, o que permite ter uma visão bem clara dos projetos prioritários nesse âmbito.” Sabemos o que queremos? Para responder isso é preciso definir no que se quer ser melhor. A resposta para esta pergunta está na prioridade da política pública e das agendas implementadas”, declarou. Outros pontos destacados pelo reitor ao longo do debate foram os exemplos de implementação

nas áreas de ciência e tecnologia que corroboraram com o fortalecimento do âmbito. “O Maranhão fez seu plano de gestão e nos últimos quatro anos foram executadas 80% das metas do plano da área de ciência e tecnologia. Do programa de governo foram mais 95%, por isso foi considerado como o mais eficiente do Brasil. O que foi feito para alcançar tais metas? Fizemos cortes de gastos desnecessários, supérfluos e combate à corrupção. Essas medidas ajudaram a criar a primeira universidade regional do Maranhão que é a UemaSul. Criou-se o primeiro programa de popularização da ciência, que é ‘Luminar: Caravana da Ciência’, levando robótica, matemática, paleontologia e demais oficinas para as escolas públicas do interior do Maranhão, onde muitas não tinham sequer laboratórios, além da criação de cinco IECT’s - Instituto de Engenharia, Ciência e Tecnologia - nas áreas de agricultura, biotecnologia, economia criativa, saúde e etc, juntando o pesquisador e o empresário do setor produtivo fazendo pesquisas aplicadas, gerando inovação, patente e desenvolvimento”, afirmou.

Rodrigo Marques aluno da UP de Axixá

| 10 | Revista Somos Iema

www.iema.ma.g ov.br


Rede de bibliotecas em âmbito nacional O estande do Instituto na SBPC também foi a porta para a apresentação da icônica Rede de Bibliotecas Bandeira Tribuzi do Iema. Os alunos expositores, Rodrigo Alves Marques e Wilson Roberto Castro Coelho, das unidades de Bacabeira e Axixá, e a professora da unidade plena de Axixá Rafaella Pereira Teixeira mostraram aos visitantes todo o funcionamento das bibliotecas, bem como sua estrutura, seu moderno acervo, entre outros aspectos. A rede Bandeira Tribuzi é a primeira do Maranhão, com estrutura moderna, climatizada e com acervo atualizado a nível superior, fato este que tem

contribuído sobremaneira para o desenvolvido na produção literária. Alguns alunos, inclusive, com obras prontas, já se preparam para lançamento, como é o exemplo do aluno Rhuam Almeida, da unidade plena de São José de Ribamar, que está prestes a lançar seu primeiro livro intitulado ‘Devaneios de um quebra-regra’ por meio da editora do próprio Instituto. As atividades foram muito bem avaliadas pelos visitantes. Usando um aplicativo e tecnologia de QR-Code, os visitantes que passaram pelo estande puderam avaliar as atividades e trabalhos desenvolvidos. Mais de 90% dos avaliadores classificaram as atividades como excelentes.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 11 |


Relatos

Projetos deste porte são essenciais. Quando esse estudante tem ao seu dispor uma escola cuja infraestrutura e corpo profissional possui real qualificação e modelo pedagógico de incentivo, alcançamos resultados promissores como os que o Iema tem apresentado aqui na SBPC. Percebo que o Maranhão tem crescido muito no fomento de uma educação pública com qualidade.”

“Cheguei ao stand do Iema, pois já tinha ouvido várias pessoas comentando o trabalho aqui na SBPC, resolvi constatar e estou surpreso. É uma escola exemplo em nível nacional, que em pouco tempo conseguiu se estruturar e trazer tantos resultados priorizando o investimento em educação e abolindo a corrupção. Fiquei muito feliz em conhecer o projeto.” Carlos de Luna. educador do Mato Grosso do Sul.

Roseli Lopes. Co ordenadora da Feira Brasileira de Ciências e Engenharias (Febrace)

Achei muito interessante a explanação dos estudantes acerca dos projetos, percebemos que é um modelo muito especial e inovador. Qualifica e enaltece a escola pública e vem de encontro ao que todo professor busca, uma escola de qualidade, onde todos aprendam e adquiram conhecimento de verdade.” Professora Paula Vitória Pires. Rio Grande do Sul

| 12 | Revista Somos Iema

“Fiquei muito impressionado com o pouco tempo de atuação e os resultados que o Instituto já apresenta. O Instituto na SBPC é um modelo de escola e um exemplo para todo o país. Fazemos questão da participação do Iema na próxima SBPC que acontece no Mato Grosso do Sul para demonstrar todo esse potencial e essas conquistas. Fiquei com muita vontade de mudar para o Maranhão e fazer parte desse trabalho maravilhoso.” João Victor Pistorio. estudante do Instituto Federal do Mato Grosso do Sul (IFMS).

www.iema.ma.g ov.br


Saiba mais O estande do Iema na SBPC apresentou dez pôsteres, duas oficinas, quatro rodas de conversa, lançamentos de revistas e do painel olímpico do Instituto, cinco relatos de experiências institucionais, além de uma exposição de produtos das unidades vocacionais, e duas palestras.

atribuindo, além de notas, um status que variou entre ruim, razoável, muito bom e excelente.

Ao longo de sua estada na SBPC, o Iema recebeu em seu estande a visita de centenas de pessoas oriundas de vários estados brasileiros, dentre as quais 47% do sexo feminino e 53% do sexo masculino.

O grande destaque foi o pôster intitulado “Microscópio de baixo custo como alternativa para aulas práticas”. Ao ser votado pelos visitantes, além de ter sido concebido pelo público com excelente, alcançou a maior pontuação dentre os demais.

Ao término da apresentação de cada trabalho, os visitantes foram estimulados a avaliar as atividades

O público avaliou as exposições de projetos e oficinas ministradas.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 13 |


A eletiva rompe fronteiras (Microscópio)

“Os alunos foram desafiados ao longo da eletiva com pequenos projetos científicos que poderiam ser aplicados em aulas experimentais por professores da área das ciências da natureza. Jhonny Erick Professor da UP de Axixá

| 14 | Revista Somos Iema

O que era penas uma ideia para desenvolver disciplinas eletivas, perpassou os muros da sala de aula da unidade plena de Axixá, sendo premiado na Semana de Ciência e Tecnologia do Maranhão, em Timon, para posteriormente pisar em terras maceioenses participando da septuagésima reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). “Microscópio de baixo custo como alternativa para aulas práticas” nasceu de uma eletiva proposta pelo professor Jhonny Erick, da unidade plena de Axixá. Segundo o professor, a proposta do projeto apresentado na SBPC consiste em realizar estudos científicos de forma mais lúdica e alternativa. “Os alunos foram desafiados ao longo da eletiva

com pequenos projetos científicos que poderiam ser aplicados em aulas experimentais por professores da área das ciências da natureza. Sendo assim, um grupo de três alunos do curso de informática nos procurou e falou sobre a possibilidade de utilizar uma webcam como lente de aumento e foco para a produção de um microscópio. Para tanto, nos aprofundamos um pouco mais sobre o estudo e percebemos que era viável a utilização do aparato ao invertemos o foco da webcam. Realizamos os testes iniciais e conseguimos êxito. O protótipo foi apresentado na culminância das eletivas da unidade e posteriormente inscrito na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), onde os alunos conseguiram o primeiro lugar na categoria mostra científica”, explicou.

www.iema.ma.g ov.br


Menção de excelência Os alunos Kassio Wendy e Naelton Moraes, dos cursos técnicos de informática e eletrotécnica, respectivamente, acompanhados pelos professores Jhonny Erick, de química, e Natália Ferreira, de biologia, estiveram na SBPC apresentando o projeto que, segundo levantamento de dados feito por meio de um aplicativo desenvolvido pelos profissionais de TI do Iema, foi o que mais recebeu menções e elogios pelo público visitante, sendo classificado como excelente. “Acredito que fomentar a inovação e conseguir desenvolver um aparato tão caro quanto é o microscópio e torná-lo acessível foi uma vitória. Nem todas as escolas dispõem de laboratórios equipados com microscópios para que o docente possa lecionar aulas de microscopia. Um aparelho desses custa em média R$ 2 mil, já o desenvolvido e fabricado pelos discentes custou R$ 30. Os alunos da unidade estão engajados nos estudos para aperfeiçoamento deste projeto que tem levado conhecimento por onde passa por meio da palestra intitulada ‘Microscópio de baixo custo”, além de desenvolverem oficinas ensinando como produzir o aparelho, facilitando o ensinoaprendizagem no fundamental e médio”, concluiu Jhonny Erick, professor de química da unidade plena de Axixá. www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 15 |


Abipti

Pesquisadores participam da programação do Congresso Abipti

Congresso nacional sediado pelo Iema discute políticas de tecnologia e inovação O evento, que durou três dias, reuniu empresários, estudantes e sociedade civil para debater ciência, tecnologia, inovação e pesquisa | 16 | Revista Somos Iema

T

razendo para debate o tema “Desafios e propostas para um Brasil inovador”, o Congresso Nacional da Associação Brasileira de Instituições de Pesquisa Tecnológica e Inovação (Abipti) 2018, que contou com o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) como instituição anfitriã, aconteceu durante os dias 27, 28 e 29 de junho, em São Luís. O congresso, que está em sua nona edição, acontece a cada dois anos. A temática deste ano teve foco

áreas estratégicas como educação, desenvolvimento socioeconômico, inclusão social e saúde, reunindo os principais atores do ecossistema de ciência, tecnologia e inovação. O evento trouxe como novidade palestrantes com foco em temas de cooperação internacional entre o Brasil e a União Europeia. A última edição do evento aconteceu em Brasília e levou para a discussão o tema “Ambiente Inovador no Brasil: Desafios para o desenvolvimento socioeconômico”. A próxima edição do evento acontece em 2020. www.iema.ma.g ov.br


O Congresso Abipti se tornou uma referência no calendário de eventos do setor de ciência, tecnologia e inovação no país, reunindo gestores, pesquisadores e especialistas para debater e apontar os caminhos a serem tomados pelas instituições nos anos subsequentes. Segundo o reitor do Iema, Jhonatan Almada, é uma honra para o Maranhão sediar um congresso de nível nacional. “Reunimos no evento empresas, instituições de pesquisa de todo o país, fomentando um debate fundamental que é como fazer um Brasil inovador. Para nós, nesse debate o Maranhão tem muito a mostrar. Hoje temos de fato um sistema estadual de tecnologia e inovação que contribui para que o Maranhão tenha cada vez mais uma pesquisa de ponta no Brasil e que forma uma nova geração de pesquisadores”, enfatizou o reitor. De acordo com o reitor, receber um evento dessa magnitude foi desafiador. “O congresso reuniu as principais instituições ligadas à pesquisa e às inovações tecnológicas no Brasil. Isso representou um grande desafio para o Iema, como instituição anfitriã”, reitera Jhonatan, acrescentando que o Instituto tem boa experiência na organização de eventos nacionais. O primeiro dia de congresso iniciou com um questionamento: “Como fazer do Maranhão e do país uma nação inovadora?”,

e envolveu representantes da sociedade civil, pesquisadores, empresários, especialistas e lideranças do ecossistema de inovação brasileiro, que debateram sobre a temática durante a cerimônia de abertura. O então presidente da Abipti, Júlio Felix, destacou a importância da ciência, tecnologia e inovação para diminuir as desigualdades e alcançar o desenvolvimento do país e do debate sobre como aperfeiçoar políticas, mecanismos e marcos legais para desburocratizar o investimento em inovação. Felix explicou que a escolha do Maranhão para sediar o evento não foi aleatória. “Regionalizar o congresso faz com que o debate ganhe maior dimensão. É essencial considerar a regionalização pensando no fortalecimento dos sistemas estaduais de ciência, tecnologia e inovação”, explicou. Ao fim do primeiro dia do congresso, a associação anunciou o resultado da votação online para a escolha da sua nova diretoria para o biênio 2018 – 2020. Luiz Fernando Vianna, presidente do Instituto Lactec, foi eleito o novo presidente da Abipti. No segundo dia foram discutidas as consequências da disputa da União Europeia e Japão contra a política de informática brasileira na Organização Mundial do Comércio (OMC), a inovação como vetor de desenvolvimento socioeconômico e as políticas públicas de ciência e tecnologia para a inclusão digital.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 17 |


“Hoje temos de fato um sistema estadual de tecnologia e inovação que contribui para que o Maranhão tenha cada vez mais uma pesquisa de ponta no Brasil, e que forme uma nova geração de pesquisadores.” Jhonatan Almada Reitor do Iema

O evento foi dividido em uma palestra e dois painéis. A palestra proferida pelo diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Inovação Digital do MCTIC e da Secretaria de Políticas Digitais (SEPOD), José Gustavo Sampaio Gontijo, atualizou o público sobre as consequências para o país no âmbito da OMC, onde a União Europeia e o Japão contestam os benefícios fiscais concedidos pelo Brasil a diversos setores da indústria nacional, inclusive o da informática, por entenderem que eles não são condizentes com as regras do comércio inter-nacional e discriminam empresas de outros países. Paula Nascimento, da Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ), destacou que o evento é fundamental para

ampliar a visão dos pesquisadores acerca da reflexão das temáticas debatidas. “O evento agrega muito no conhecimento da ciência, tecnologia e inovação, pois abre um leque de reflexões. Vou levar todas as minhas experiências para a FGV e dialogar com as autoridades da Fundação para que surjam novas perspectivas para a pesquisa”, contou. No último dia, o congresso contou com uma programação composta por diversas atividades nacionais e internacionais, dentre elas o InfoDay e o Responsible Research Innovation Workshop, sobre a cooperação do Brasil com a União Europeia, e a experiência do projeto Incobra no âmbito do programa Horizon 2020 – programa para pesquisa e inovação.

Conheça a Abipti A Abipti é uma instituição que representa as secretarias e órgãos públicos e privados ligados à área de ciência, tecnologia e inovação e pesquisa. É uma entidade de direito privado, sem fins

lucrativos, que reúne entidades públicas e privadas de pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico, com presença nas cinco regiões e 27 unidades da Federação.

Congresso Abipti debate ciência, tecnologia e inovação

| 18 | Revista Somos Iema

www.iema.ma.g ov.br


COPA DE

DEBATES

www.iema.ma.gwww.iema.ma.gov.br ov.br Revista Somos Iema | 19 | @iema_oficial @iema_oficial @iemainstituto iemaoficial_ma WWW


Copa Iema de Debates

Senso crítico e poder argumentativo aguçados

A competição reúne estudantes apaixonados pela argumentação que debatem sobre temas considerados tabus na sociedade

| 20| Somos 20 | Revista Iema Somos | 2018Iema |

M

uito além da defesa de pontos de vista pessoais, a Copa Iema de Debates busca desenvolver o senso crítico dos alunos, proporcionando a interação constante com os problemas filosóficos e sociais contemporâneos, além de fomentar o interesse pela filosofia. A Copa possibilita a discussão de temas atuais, trazendo para o debate exposições e esclarecimentos sobre ideias diferentes. A segunda edição da Copa Iema de Debates aconteceu no auditório da unidade plena de Bacabeira do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema). A edição 2018 trouxe uma

inovação: além das oito unidades plenas do Iema que participaram da ação, a competição também reuniu alunos de uma escola estadual convidada - o Centro de Ensino Manuel Beckman. Debatendo a temática “Transgêneros no esporte”, a unidade anfitriã (Bacabeira) conquistou seu bicampeonato com a equipe “Nonsense”, deixando o grupo “Os Sofistas”, da unidade plena de São José de Ribamar, na segunda colocação. A equipe “Cogito, logo Iema”, da UP Axixá, levou a medalha de bronze para casa. “Foi uma conquista muito grande para www.iema.ma.g ov.br


mim. Enriqueceu muito o meu nível de conhecimento e fui bicampeã. Uma vitória como essa não tem comparação. Desde a primeira Copa Iema de Debates eu aprofundei bastante o estudo sobre o conteúdo dos temas, porque na hora você não faz ideia se será contra ou a favor, por isso precisa estudar os dois lados da moeda. E o mais importante é que você passa a ter um olhar mais respeitoso sobre as situações, e o Instituto me abriu essas oportunidades”, relatou a estudante Thays Oliveira, integrante da equipe campeã. De acordo com o reitor do Iema, Jhonatan Almada, a Copa Iema de Debates é uma inovação do Instituto. “O objetivo é estimular o desenvolvimento da oratória, da capacidade de argumentação e construção de defesa de ideias sobre temas polêmicos e controversos da nossa sociedade que estão em debate. Para que os

nossos estudantes possam avançar no âmbito da sua formação essa capacidade de dialogar precisa ser desenvolvida, estimulada e amadurecida no âmbito do Iema”, destacou o reitor. A Copa é composta pela disputa entre as unidades plenas do Iema e a escola convidada. Cada unidade é representada por uma dupla que debate fazendo defesa ou oposição de temas propostos de maneira prévia ante uma mesa de quatro jurados. Nesta edição, o júri foi composto pelos filósofos Plínio Santos Fontenele, da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), Jean Carlos Marinho Martins, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Alice Barbosa Nascimento, mestranda em filosofia da Ufma, pela doutoranda em filosofia Fabíola de Mesquita, e também pelo advogado e mestre em Direito, João Batista Ericeira.

“E o mais importante é que você passa a ter um olhar mais respeitoso sobre as situações, e o Instituto me abriu essas oportunidades.” Thays Oliveira Integrante da equipe campeã

Estudantes utilizam poder argumentativo na Copa Iema de Debates

www.iema.ma.gov.br Revista | Somos Somos IemaIema | 2018 | 21| 21|


Confrontos

“O objetivo é estimular o desenvolvimento da oratória, da capacidade de argumentação e construção de defesa de ideias sobre temas polêmicos e controversos da nossa sociedade que estão em debate. Para que os nossos estudantes possam avançar no âmbito da sua formação, essa capacidade de dialogar precisa ser desenvolvida, estimulada e amadurecida.” Jhonatan Almada Reitor do Iema

| 22 | Revista Somos Iema

Os temas debatidos obedeceram a uma ordem de sorteio, iniciando a competição com “Política de Cotas”, que foi defendido pela equipe ‘Dom Humano’, da escola Manoel Beckman, contra a equipe ‘Amigos da Sophia’, da unidade Santa Inês. O grupo ‘Os Socráticos’, da UP Coroatá, duelou com a equipe ‘Só sei que nada sei’, da UP PindaréMirim. Eles debateram sobre a legalização do aborto. Já a equipe ‘Cogito, logo Iema’, da UP Axixá, e a equipe ‘Paideia’, da UP São Luís, argumentaram sobre portes de armas ao civil. A equipe ‘Nonsense’, da UP Bacabeira, e a ‘As Peripatéticas’, da unidade Itaqui-Bacanga, debateram acerca da redução da maioridade penal. O último debate da primeira rodada foi entre as equipes ‘Os Sofistas’, da UP São José de Ribamar, e a equipe ‘CZ’, de Timon, que discutiram sobre a

obrigatoriedade do voto. A cada rodada as equipes contaram com a ajuda dos professores de suas respectivas unidades que, na ocasião, atuaram como técnicos. Na segunda rodada, a equipe ‘Os Sofistas’ conseguiu garantir sua vaga na final através do duelo contra a equipe ‘Cogito, logo Iema’. Debateram sobre a pena de morte. O outro confronto da semifinal foi marcado pela disputa entre as equipes ‘Paideia’ e ‘Nonsense’, que saiu campeã do confronto. Na disputa pela medalha de bronze estavam as equipes ‘Paideia’, da UP São Luís, e a ‘Cogito, logo Iema’, da UP Axixá, que levou a medalha para casa. A grande final levou para o debate o tema transgêneros no esporte, que envolveu a equipe ‘Os Sofistas’, que ficou com a medalha de prata, e a equipe ‘Nonsense’, que ocupou o lugar mais alto do pódio, sagrando-se campeã da Copa.

www.iema.ma.g ov.br


Campeões da Copa Iema de Debates recebem premiação

Origem A Copa Iema de Debates surgiu através de um evento chamado “Café Filosófico” que aconteceu na unidade plena de São José de Ribamar. O professor de filosofia da unidade Fábio Raposo foi escolhido pelo reitor do Iema,

Jhonatan Almada, para criar um projeto que abarcasse as demais unidades plenas do Instituto, fomentando assim o senso crítico dos estudantes por meio de assuntos que eles estão inseridos e que precisam ser dialogados.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 23 |


Feira de Profissões

Conhecimento de área profissional específica Feira reforça vínculos da educação integral com educação profissional ofertadas pelo instituto.

| 24 | Revista Somos Iema

O

Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) segue ampliando e inovando em suas atividades para garantir uma escola púbica de excelência. Diante de metas como esta, em 2017 foi realizada a I Feira de Profissões, cujo objetivo foi ampliar os

conhecimentos do corpo discente em relação aos cursos ofertados pelo Instituto, possibilitando uma visão mais ampla acerca do atual mercado de trabalho, propiciando maior aproximação das empresas e firmando parcerias em conformidade com os cursos existentes nas unidades.

www.iema.ma.g ov.br


“A Feira de Profissões acontece todos os anos para que possamos reforçar os vínculos que temos na educação integral feito pelo Instituto com a educação profissional. Pois, um dos grandes objetivos do Iema é formar jovens que tenham competência, autonomia, sujeitos solidários capazes de serem inseridos no mercado de trabalho. Para isso, eles precisam ter esses conhecimentos e habilidades ligados aos cursos técnicos que estão cursando. O evento serve para colocar luz nesse tema que é o mundo do trabalho e das diferentes opções, percursos e itinerários que possam escolher para realizar os seus projetos de vida”, pontuou o reitor do Iema, Jhonatan Almada. A ação iniciou no ano de 2017, nas sete unidades plenas, e, em 2018, aconteceu simultaneamente nas 13 unidades. De acordo com o diretor

de Pesquisa e Extensão do Iema, Dario Soares, a Feira de Profissões surgiu pela necessidade de ampliar a divulgação dos cursos técnicos oferecidos no Instituto, apresentar à sociedade em geral todos os cursos ofertados em cada município, principalmente aos alunos do nono ano, futuros alunos do Iema. O diretor disse ainda que outro objetivo do evento é dar espaço para as empresas montarem seus stands e apresentar aos alunos como cada profissional atua de acordo com sua área. “Conforme os cursos oferecidos nas unidades, as empresas mostram o seu funcionamento e os profissionais palestram sobre a área referida. Isso serve de estímulo para o aluno que obtém conhecimento sobre a área onde vai atuar, mas também para as empresas, que conhecem os futuros profissionais”, ressaltou o diretor.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 25 |


ESTUDANTES PARTICIPANTES

PALESTRANTES

PARTICIPANTES DA COMUNIDADE

2.876

261

3.341

Feira de oportunidades Ocorreu nos dias 30 e 31 de agosto, simultaneamente, nas 13 unidades plenas, alcançando um público de 3.341 visitantes, com 93 palestrantes que estiveram nas mesas-redondas e mais 168 alunos e professores, que também foram palestrantes, e teve a participação de mais de 2.800 alunos.

“Muito interessante! Em cada palestra, roda de diálogo pude ter novos conhecimentos sobre a minha área e a profissão que vou seguir. Pude comprovar que estou no caminho certo. A Feira de Profissões é uma grande oportunidade que o Iema está nos oferecendo.” Adryllene Silva Oliveira Aluna do Iema

| 26 | Revista Somos Iema

Durante os dois dias houve uma vasta programação com diversas atividades, tais como mesas-redondas com temáticas sobre o mundo do trabalho, comportamento profissional e empreendedorismo. Palestras com os mais variados temas, roda de conversa, entre outras. Os alunos ficaram satisfeitos com o evento e participaram com grande empolgação de cada momento. A aluna do curso técnico em eventos Thaline Roberta disse que a feira de profissão é de grande importância para todos os alunos do Iema e também para os alunos das outras escolas. “Para nós, porque estamos tendo uma base do que vai ser o mercado de trabalho quando sairmos daqui. O evento auxilia a todos para despertar nossas vocações profissionais. Já

para os alunos que possivelmente irão ingressar no Iema, é bom porque começam a pensar sobre qual curso optar e também conhecem um pouco de cada área profissional.” Para a estudante do curso de meio ambiente Adryllene Silva Oliveira, o evento foi agradável e estimulante, as atividades bem preparadas e executadas. “Muito interessante! Em cada palestra, roda de diálogo pude ter novos conhecimentos sobre a minha área e a profissão que vou seguir. Pude comprovar que estou no caminho certo. A Feira de Profissões é uma grande oportunidade que o Iema está nos oferecendo”, concluiu a estudante. Para o professor de inglês da UP Pindaré-Mirim, Marcone Silva Barros, “a feira foi uma oportunidade para que as empresas pudessem conhecer os cursos de agropecuária, recursos pesqueiros e serviços jurídicos, estimulando a busca pela capacitação empresarial e da própria comunidade. Sabemos que quanto mais qualificação, mais excelência na produtividade e, por consequência, mais crescimento”, afirmou.

www.iema.ma.g ov.br


www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 27 |


Iema Café

Experiências e boas práticas compartilhadas

Estudantes e gestores compartilham projetos exitosos e vivências protagonistas

I

nspirado em uma metodologia norte-americana, o “Coffee Gold” (Ouro de Café), o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) promove pelo segundo ano consecutivo o “Iema Café”. A iniciativa tem por objetivo propiciar a troca de experimentações realizadas nas treze unidades plenas do Instituto (Axixá, Bacabeira, São Luís, Itaqui-Bacanga, São José de Ribamar, Pindaré-Mirim, Santa Inês, Cururupu, Presidente Dutra, Coroatá, Brejo, Matões e Timon), bem como relatos de experiências, projetos de vivência e iniciativas de êxito. O “Iema Café” é realizado no início do segundo semestre letivo por meio de metodologia específica. O evento acontece em parceria com a equipe do Instituto de Corresponsabilidade

| 28 | Revista Somos Iema

pela Educação (ICE). A metodologia permite a oferta e o compartilhamento de um café e, ao mesmo tempo, promove um processo participativo de diálogo reflexivo e intencional, além do seu alto grau de interatividade. De acordo com o reitor do Iema, Jhonatan Almada, o “Iema Café” é um momento de troca de experiências. “É uma metodologia importante para que possamos avaliar o trabalho realizado pelo Instituto, como também um espaço para ouvir nossos jovens protagonistas no que diz respeito ao que realizaram, e as experiências que desenvolveram no âmbito da instituição. Essa ação tem um efeito de exemplo e disseminação, pois na medida em que a prática é identificada como algo replicável eles passam a realizar nas suas unidades”, relatou. www.iema.ma.g ov.br


Segundo o diretor de Ensino do Iema, Elinaldo Silva, o evento é de grande importância para fortalecer o trabalho realizado nas unidades. “A iniciativa consiste em relatos de boas experiências realizadas nas unidades e boas práticas desenvolvidas ao longo do semestre, além de um planejamento para o semestre seguinte. É um encontro de grande relevância, pois conhecemos muitas práticas importantes para o desenvolvimento pedagógico e da gestão que as unidades estão desenvolvendo, além de ser um momento singular para engrandecer nossa metodologia”, destacou. A ação é desenvolvida de forma simultânea com estudantes e equipe de gestores, em espaços diferentes. Com os gestores são realizadas avaliações do primeiro semestre por meio de análise dos desafios e proposição de soluções possíveis para as problemáticas projetadas no primeiro semestre deste ano no âmbito das unidades plenas do Iema, equipe técnica e, eventualmente, aos parceiros. Participante das três edições do “Iema Café”, o gestor pedagógico da unidade plena de São José de Ribamar, Márcio Lopes, pontuou

que a iniciativa gera um impacto gigantesco no dia a dia das unidades. “É uma excelente ação, pois é uma reunião formativa e também um momento de fazer reflexões acerca dos desafios que tivemos, e que temos ao longo do ano, onde verificamos as diferentes experiências e pontos convergentes e barreiras. Esse momento é uma oportunidade de elencar dentro desses desafios o que é prioritário. Saímos do “Iema Café” com proposições de soluções para que o Instituto possa avançar ainda mais no seu objetivo, que é oferecer educação pública com excelência e qualidade”, pontuou. Em seu primeiro “Iema Café”, o gestor pedagógico da unidade plena de Santa Inês, Valdenilton Sales, ressaltou suas impressões. “Viemos com um anseio de estar agregando novos conhecimentos, compartilhamos as nossas experiências com outras unidades, e estamos levando na bagagem grandes questionamentos, esclarecimentos e reflexões. Um dos maiores ganhos foram os conhecimentos alcançados com o compartilhamento de informações e de trabalhos que estão sendo desenvolvidos em todas as unidades”, ressaltou.

“É uma metodologia importante para que possamos avaliar o trabalho realizado pelo Instituto, como também um espaço para ouvir nossos jovens protagonistas no que diz respeito ao que eles realizaram e as experiências que desenvolveram no âmbito da instituição”, Jhonatan Almada Reitor do Iema

Gestores compartilham experiências exitosas

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 29 |


“Trouxe para compartilhar com meus colegas o projeto realizado na nossa unidade, que é o protagonismo com foco na iniciação científica e inovação tecnológica para incentivar a pesquisa científica dentro da escola” Cacianne Protázio Aluna

Foco na iniciação científica e inovação tecnológica Com os estudantes é realizado o Fórum de Protagonismo, onde cada dupla de estudantes das treze unidades elege uma experiência bem-sucedida em protagonismo no âmbito da sua escola e compartilha com os demais colegas, abrindo para sugestões e debates. “É uma experiência muito legal, pois é a minha primeira participação. Estou aprendendo muitas coisas novas que vou levar para minha unidade. Trouxe para compartilhar com meus colegas o projeto realizado na nossa unidade que é o protagonismo com foco na iniciação científica e inovação tecnológica para incentivar a pesquisa científica dentro da escola”, frisou Cacianne Protázio, aluna da unidade plena de Axixá. O estudante da unidade plena de São Luís João Pedro Rodrigues mediou algumas atividades do Fórum em Liderança Servidora e enfatizou a importância da ação. “Iniciei minha participação no “Iema Café” ministrando uma formação sobre práticas

| 30 | Revista Somos Iema

de vivência em protagonismo e apresentei as metodologias necessárias para que estudantes e professores possam desenvolver a formação de um protagonista, em seguida fiz a mediação das apresentações de boas práticas em protagonismo. O “Iema Café é uma oportunidade enorme, pois as unidades trazem as ideias marcantes, nós trocamos essas experiências e replicamos os projetos, fazendo com que toda a Rede Iema tenha as mesmas práticas”, enfatizou. Pelo elevado nível de interação possibilitada pela metodologia do “Iema Café”, todos os participantes conheceram a síntese das discussões dos grupos, se conectam e polinizam as suas ideias, tornando visível os esforços e a inteligência coletiva, o senso colaborativo e o espírito de corresponsabilidade. O evento é voltado para gestores gerais, auxiliar com função pedagógica e administrativo-financeira, e estudantes.

www.iema.ma.g ov.br


Estudantes utilizam poder argumentativo na Copa Iema de Debates

Ao fim do evento, o reitor do Instituto, Jhonatan Almada, teve um momento de perguntas e respostas com estudantes onde debateu sobre política, metodologia do Iema, encontro de líderes e a associação dos egressos do Instituto. No momento

seguinte, a autoridade máxima do Iema conversou com os gestores das treze unidades plenas acerca das deliberações resolvidas durante a iniciativa, quando abordarem temas como avaliação do primeiro semestre, calendário acadêmico e eventos científicos.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 31 |


Rede PEA / Unesco

Programa está presente atualmente em 185 países O Iema é a primeira escola pública do Maranhão associada à Unesco

C

om 65 anos de existência, o Programa de Escolas Associadas (PEA) da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), é quase tão antigo quanto a própria instituição, que conta com 72 anos de criação e atuação. O PEA foi formado para expandir os princípios e objetivos da Unesco para o âmbito da educação, dentre eles contribuir para a construção da paz, a erradicação da pobreza, o desenvolvimento sustentável e o diálogo intercultural por meio da educação, das ciências, da cultura, da comunicação e da informação. O objetivo principal do Programa de Escolas Associadas é criar e interligar uma rede internacional de escolas que trabalhem pela cultura da paz. Desta forma, o Programa realiza um estímulo a projetos ligados a um tema central, que é o Ano Internacional proposto pela Unesco, ou simplesmente dirigidos à ampliação da consciência de cidadania. Toda escola que se associa ao programa recebe um certificado internacional de escola membro e tem o direito de utilizar a logomarca

| 32 | Revista Somos Iema

do Programa de Escolas Associadas e também do Ano Internacional do ano corrente, podendo receber ainda materiais produzidos pela Unesco, além de participação em concursos e eventos de âmbito internacional. As escolas que desejam fazer parte do programa precisam preencher um formulário, que tem como requisito estar em dois idiomas, além do português, que é obrigatório. A escola candidata deverá escolher o inglês, espanhol ou o francês. Os formulários seguem para avaliação na Coordenação Nacional e, em seguida, para a sede em Paris. O diretor de Ensino do Iema, Elinaldo Silva, explicou os trâmites adotados pelo Iema para participar da ação. “Quando conhecemos o Programa de Escolas Associadas da Unesco realizamos uma pesquisa para verificar como funcionava a iniciativa e quantas escolas do Maranhão participavam e constatamos que não havia nenhuma escola pública, apenas uma privada. Entramos em

www.iema.ma.g ov.br


contato com a Unesco no Brasil e candidatamos o Iema para ser uma escola associada, começamos esse trabalho no fim de 2016. Durante esse período acompanhamos o processo. No segundo semestre de 2018 recebemos a notícia de que nossa escola foi contemplada com a candidatura e passará a ser uma escola associada da Unesco”, explicou. Atualmente, o Programa conta com cerca de 11.000 escolas em 185 países ao redor do mundo. As escolas associadas ao programa trabalham na promoção de projetos em um tema central como o Ano Internacional das Organizações das Nações Unidas (ONU). No Brasil, a coordenação da Rede de Programa de Escolas Associadas trabalha os quatro pilares da educação (aprender a conhecer, a fazer, a ser e a viver juntos) em 365 escolas associadas. O estado de São Paulo possuí o maior número de instituições de ensino pertencentes à Rede, contando com 153. Os estados que possuem menos escolas associadas são Amapá e Tocantins, com apenas uma.

O Maranhão entrou para a seleta lista do Programa de Escolas Associadas da Unescocom a participação do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema), única escola pública do estado. Ainda de acordo com o diretor de Ensino, pertencer ao PEA tem grande representatividade. “Como um dos nossos princípios é a corresponsabilidade, sabemos que não conseguimos fazer educação de qualidade sozinhos, precisamos de parcerias, esta é uma marca muito forte do Iema. Temos diversas parcerias regionais, nacionais e agora internacional. É muito importante essa troca, pois os princípios que a Unesco tem são muito próximos dos valores do Iema, e existe uma correlação forte entre o que as escolas associadas da Unesco buscam e o que o Iema busca. Para nós, é um reconhecimento internacional que engrandece a instituição e a equipe porque é algo extraordinário para nós tornar uma escola pública associada da Unesco”, concluiu.

“Para nós, é um reconhecimento internacional que engrandece a instituição e a equipe porque é algo extraordinário para nós tornar uma escola pública associada da Unesco.” Elinaldo Silva Diretor de Ensino

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 33 |


Iema Vocacional

Cursos FICs do Iema transformam vidas de milhares de jovens e adultos no Maranhão Os cursos FICs chegaram ao Maranhão para transformar a vida de milhares de jovens e adultos que se encontravam sem perspectiva nenhuma de futuro

O

s cursos de Formação Inicial e Continuada (FICs), na modalidade presencial, ofertados pelo Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) tiveram início no Maranhão a partir do ano de 2015, com 2.880 vagas que inicialmente contemplavam 13 municípios. Já em 2016, foram ofertadas mais de 13 mil vagas atingindo 65 municípios. Atualmente, estão sendo oferecidos mais de 100 cursos em 90 municípios do estado. Até o final do 2018, cerca de 15 mil alunos serão certificados. Os cursos atendem pessoas da maioria das regiões do Maranhão, inclusive dos 30 municípios maranhenses com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Com essa iniciativa, o governo do estado promove a formação profissional de jovens e adultos, articulada com as demandas dos setores produtivos locais e regionais. De acordo com o reitor do Iema,

| 34 | Revista Somos Iema

Jhonatan Almada, os cursos FICs são fundamentais para a democratização do acesso à educação profissionalizante no Maranhão. “Eles atendem às demandas dos arranjos produtivos locais, que são muito próximas da realidade, das necessidades das pessoas. Nós oferecemos uma média de 100 diferentes cursos FICs, alcançando 90 cidades do Maranhão e 12.819 pessoas qualificadas no ano de 2017. Esse número certamente será atualizado e nós estimamos chegar aos 15 mil maranhenses capacitados até o fim de 2018, isso significa mais pessoas com condições técnicas, habilidades para ingressar no mundo do trabalho, abrir seu próprio negócio e conseguir melhores condições de vida e dignidade”, ressaltou o reitor. Inicialmente alguns dos cursos oferecidos foram agricultura familiar, cabeleireiro assistente, auxiliar em eletroeletrônica de manutenção, ajudante de pedreiro, empreendedorismo, programador de web e atendimento ao turista. www.iema.ma.g ov.br


Transformação de vida Os cursos FICs chegaram ao Maranhão para transformar a vida de milhares de jovens e adultos que se encontravam sem perspectiva nenhuma de futuro e que atualmente estão no mercado de trabalho e vivem do ofício que aprenderam no Iema. As unidades contribuem para o acesso ao mercado de trabalho mediante uma formação profissional técnica, além de desenvolver o empreendedorismo e fomentar a geração de renda. Muitos jovens e adultos tiveram de volta o brilho no olhar e esperança de dias melhores após as formações. “É uma área que eu gosto, me identifico e hoje sou capacitada para atuar. Sou proprietária do Viveiro Planalto, onde produzo mudas e faço as minhas vendas. Tudo aqui é fruto da dedicação e resultado dos conhecimentos assimilados durante os cursos realizados por mim no Instituto. O Iema mudou a minha vida completamente”, concluiu.

Há casos de estudantes que conseguiram emprego durante e após a realização do curso, e também casos de quem se tornou empreendedor. Uma delas é Joselene Marinho, da unidade vocacional de Imperatriz. Ela realizou no Instituto os cursos de paisagismo, horticultura, produção agroecológica, viveirista e jardinagem.

empreendedora profissional. “Com os cursos, eu descobri o que realmente queria para minha vida. Hoje eu produzo mudas e vendo, além de elaborar consultorias e projetos de paisagismos para meus clientes”, contou Joselene ao ressaltar ainda que o Iema foi fundamental para a abertura do seu próprio negócio. “É uma área que eu gosto, me identifico e hoje sou capacitada para atuar. Sou proprietária do Viveiro Planalto, onde produzo mudas e faço as minhas vendas. Alcançar meu empreendimento é fruto da dedicação e resultado dos conhecimentos assimilados durante os cursos realizados no Instituto. O Iema mudou a minha vida completamente”, concluiu.

Brenda Kayllana Porto Evangelista, também fez o Curso de Agricultura Orgânica em São Mateus

Joselene contou que, ao iniciar o curso de viveirista, conseguiu vislumbrar o futuro como uma

Joselene Marinho Proprietária do Viveiro Planalto – Imperatriz - MA

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 35 |


| 36 | Revista Somos Iema

www.iema.ma.g ov.br


Resultados Além dos cursos oferecidos nos 30 municípios maranhenses com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), existe também o projeto ‘Iema nas Comunidades’, que leva os cursos profissionalizantes de Formação Inicial e Continuada (FICs) para 42 comunidades de São Luís e região metropolitana, composta pelos municípios de São José de Ribamar, Raposa e Paço do Lumiar. Dentre as formações estão artesão em trabalhos manuais, mecânica de motocicleta, operador de caixa de supermercado, informática, eco design e eletricista predial. A carga horária varia entre 80h e 160h. No mês de agosto de 2018 houve uma certificação coletiva no Multicenter Sebrae, em São Luís, onde foram certificados 2.646 alunos beneficiados pelo ‘Iema nas Comunidades. De acordo com o secretário-adjunto de Educação Profissional e Inclusão Digital, André Bello, a certificação coletiva é o resultado de uma educação no caminho certo para o desenvolvimento do estado. “A capacitação de quase três mil alunos é de grande importância para a transformação do Maranhão. Reunir alunos, professores, supervisores e toda a equipe do Iema é a confirmação de que estamos no caminho

certo. Estes alunos estão sendo qualificados para o mercado de trabalho, muitos já estão trabalhando, outros tornaramse empreendedores. O Iema tem esse papel de qualificar, capacitar os alunos para que possam ser inserido no mercado de trabalho. O progresso passa pela educação e o Iema hoje representa isso”, pontuou o secretário-adjunto. A instrutora de artesanato da comunidade Abdala I, Vera Lúcia Fernandes, disse que participar do projeto foi de grande importância para o crescimento profissional. “É gratificante ter o reconhecimento das alunas, agradecendo pelas técnicas passadas e ter conhecimento de que algumas já estão gerando renda com o aprendizado repassado. Não tem preço, é a sensação de missão cumprida”, disse a instrutora. A aluna do curso de artesanato Jacielma Caldas Cunha contou que foi muito importante participar do curso e agora ter uma profissão. “Eu aprendi diversas técnicas, e como resultados já estou criando produtos para a venda. Gostei, principalmente, da confecção dos produtos como chaveiro com as miçangas, que estão sendo bastante encomendados. Gostaria que mais cursos fossem oferecidos na comunidade”, falou a aluna.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 37 |


Fórum Global de Educação

Iema é apresentado ao

mundo

D

esde que foi criado em 2015 pelo Governo Flávio Dino, o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) vem galgando uma escala ascendente de sucesso que torna a escola ainda mais ampla. Em junho, uma das atividades nesse sentido foi a participação do Iema na XIX edição do Encontro

| 38 | Revista Somos Iema

Internacional Virtual Educa (Fórum global de educação e inovação) que aconteceu em Salvador (BA) de 4 a 8. Na oportunidade, o reitor do Instituto, Jhonatan Almada, falou sobre a cooperação público-privada na educação, um dos pilares para o sucesso da escola pública maranhense.

www.iema.ma.g ov.br


O reitor pontuou que o Iema é a primeira rede de educação profissional e tecnológica de tempo integral do Maranhão e deixou claro que a Rede resulta de uma parceria bem-sucedida entre o poder público e o privado. “Tem um aporte de R$ 240 milhões do BNDES que é aplicado na infraestrutura educacional. Estamos reinventando a educação pública porque acreditamos nela. O governo constrói uma estrutura educacional que não existia no Maranhão.” Ao mapear a atuação do Instituto, Almada citou as 27 unidades (entre plenas e vocacionais) da Rede e destacou dezenas de polos educacionais distribuídos pelo estado e que foram implantados por meio de parcerias com governos locais, associações, sindicatos e igrejas. Parte da metodologia da escola, a oferta de cursos pelo Iema leva em consideração o que a sociedade e ou a comunidade tem como necessidade. Ela é pensada para atender à demanda, e os cursos produzem grande impacto no arranjo produtivo local, o que pode muito bem ser uma das razões do sucesso de uma escola tão nova. O reitor apresentou em Salvador alguns casos que garantem o êxito do Iema, tais como a parceria com o ICE, com a Vale e o polo de couro (Iema de Ribeirãozinho). A respeito do ICE – Instituto de Corresponsabilidade Educacional – contou que é o criador da tecnologia de gestão para implantar escola de tempo integral. “Criamos um termo de cooperação com o ICE sem nenhum custo para o Governo do Maranhão. O grande diferencial dessa parceria é que houve transferência de conhecimento.”

A ideia é que o Maranhão seja projetado para o Brasil inteiro. Para além dos números, Jhonatan Almada disse nomes como o de Ângelo – da robótica de Pindaré -, o Cícero – medalhista de bronze na Olimpíada de Matemática –, e o Cassiano – curso de panificação em Caxias. Indicadores como o da frequência escolar, que é motivo de orgulho para o Instituto – 97% de frequência escolar -, 91% de aprovação escolar, e 0.78% de evasão escolar também foram apresentados. “Por tudo isso que acreditamos que uma escola pública de excelência é possível. É com muita alegria e dedicação que estamos fazendo esse trabalho”, concluiu o reitor. Gerente de Negócios do Sebrae Bahia, Cecília Miranda, que acompanhou com atenção a apresentação do reitor do Iema, ficou encantada com o que viu. A gerente afirmou que estava encantada com os resultados que o Iema alcançou em tão pouco tempo. “Muito boa a ideia de mostrar que o poder público pode oferecer educação de qualidade em parceria com o privado. O que o Iema faz é dar oportunidade para pessoas que nunca imaginaram que poderiam fazer algo diferente”, comentou Cecília ao destacar que gostou do fato de o Iema não apresentar números, mas pessoas. “Ao mostrar os resultados, ele não mostrou números, mas pessoas. Isso é mais importante porque, se pensarmos política pública visando números, não teremos bons resultados. Mas se pensarmos política pública visando as pessoas e como elas podem ser impactadas e impactar seus mundos, aí sim, teremos resultados melhores”, afirmou.

“Acreditamos que uma escola pública de excelência é possível. É com muita alegria e dedicação que estamos fazendo esse trabalho”, concluiu o reitor. Jhonatan Almada Reitor do Iema

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 39 |


Escola Associdada

Uma escola pública de

excelência é possível!

| 40 | Revista Somos Iema

www.iema.ma.g ov.br


O

bjeto de desejo de quase todas as escolas mundo afora, a inclusão no Programa de Escolas Associadas (PEA) da Unesco é uma realidade para o Iema – Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão. O Instituo recebeu a boa notícia da aprovação em meados de agosto, menos de um ano após a sua candidatura. Em setembro, mais exatamente no dia 11, durante o Encontro Nacional do Programa de Escolas Associadas da Unesco em Salvador, o Iema foi autorizado a utilizar o logotipo da Rede PEA. Durante o evento, o Iema recebeu da coordenação nacional brasileira da Unesco as informações necessárias inerentes a uma escola associada. Na opinião do reitor do Instituto, Jhonatan Almada, que participou do Encontro Nacional da Rede PEA em Salvador, o selo é o atestado de que uma escola pública de excelência é possível. Almada destaca que, por estar vinculado à organização internacional, o Programa das Escolas Associadas da Unesco goza de destacada credibilidade, o que eleva ainda mais o nome do Iema. O reitor lembra que o Maranhão tinha apenas uma escola particular com esse selo de reconhecimento. “Desde que nos candidatamos passamos pelo crivo do processo seletivo da Unesco, pois são bem rigorosos. O que obtivemos é o reconhecimento internacional ao trabalho de toda a nossa equipe professores, estudantes e gestores-,

mas sobretudo ao governador Flavio Dino, que tem priorizado a educação em seu mandato.” O diretor de Ensino do Instituto, Elinaldo Silva, que esteve em Salvador, conta que tudo começou com a candidatura realizada em 2017. Ele explica que, enviada para São Paulo, a inscrição seguiu para Paris, onde está a sede da Unesco que trabalha com educação. “Ficamos muito emocionados quando recebemos uma correspondência informando que a certificação havia sido deferida pela coordenação internacional da Rede PEA, em Paris”, afirma o diretor pontuando que a correspondência ressaltava o caráter excepcional do deferimento. “Afirmava que foi feito em caráter excepcional ao Brasil e explicava que normalmente é realizado apenas com o certificado físico assinado pela autoridade da Unesco.” Em São Luís, ao conceder entrevista a uma rádio local, Jhonatan Almada explicou que a Unesco reconhece os patrimônios da humanidade e que, da mesma forma que reconhece São Luís como patrimônio da humanidade, a organização agora está dizendo que o Iema é um patrimônio educacional do Maranhão e que merece figurar na sua seleta lista de escolas associadas. “É um reconhecimento extremamente importante, que referenda, legitima e consolida o nosso lugar como a instituição educacional que deseja ser a melhor escola pública do Brasil.”

“Temos ainda projetos importantíssimos como o Iema Café, a Copa Iema de Debates, o Iema nas Comunidades. Creio que todos são fundamentais para que o Iema seja realmente visto como uma escola pública de excelência” Jhonatan Almada Reitor do Iema

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 41 |


Para o reitor, todo o conjunto de trabalho desenvolvido pela Rede Iema e a dedicação de seus colaboradores – estudantes, professores, gestores e diretores – contribuíram para a inclusão do nome do Instituto na lista seleta do programa da Unesco. Almada enumerou algumas das atividades desenvolvidas pela escola que contribuem para o seu desenvolvimento. Exemplificou com a Rede Bandeira Tribuzi de Bibliotecas, a Rede Maria Aragão de Educação em Saúde, o Geração 21 (que visa formar uma nova geração de maranhenses para o século XXI proficiente em português, matemática e inglês), o Podium 21 (que promove

| 42 | Revista Somos Iema

estudos intensivos em português e matemática aos sábados), as Oficinas de férias (a Souzinha, de Matemática; a Gonçalves Dias, de Português; e a Jane Austen, de Inglês), o IEMA Bilíngue (Programa de certificação de proficiência em inglês), e o Iema no Mundo (programa de ensino médio no exterior). “Temos ainda eventos importantíssimos como o Iema Café, a Copa Iema de Debates, o Iema nas Comunidades. Creio que todos são fundamentais para que o Iema seja realmente visto como a referência que é atualmente em educação pública de excelência”, concluiu o reitor.

www.iema.ma.g ov.br


Educação inclusiva É em 2015, na gestão do Governo Flávio Dino, que os maranhenses passam a contar com uma política de governo da educação inclusiva. Nesse sentido, o programa Escola Digna é um grande exemplo para o Brasil. O Escola Digna visa o fortalecimento do ensino médio (uma política de educação integral e integrada), formação continuada dos profissionais da educação, regime de colaboração com municípios, gestão educacional, avaliação institucional e da aprendizagem e valoriza a pesquisa, ciência e tecnologia. No contexto do Eixo Ensino Médio Integrado em Tempo Integral nasce

o Iema – Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão -, com o propósito de ampliar a oferta de educação profissional técnica de nível médio no estado. O objetivo é oferecer educação pública, gratuita e de qualidade, buscando o desenvolvimento social, tecnológico e econômico do Maranhão. Quando uma unidade do Iema é instalada, ela oferece à sociedade infraestrutura, equipamentos e pessoal para o desenvolvimento de cursos técnicos integrados ao ensino médio, respeitando as necessidades locais e as prioridades estratégicas do Maranhão.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 43 |


Organizado em unidades plenas e unidades vocacionais, o Iema nasce como uma rede – a Rede Iema de Educação Profissional, Tecnológica, integral e integrada ao ensino médio. Oficialmente, o Iema foi criado no dia 2 de janeiro de 2015. A escola é uma instituição de ensino cuja finalidade é ofertar educação profissional e tecnológica de nível médio e superior no estado do Maranhão em todas as modalidades, sendo-lhe asseguradas as condições pedagógicas, administrativas e financeiras para a oferta de ensino médio técnico e outras modalidades de preparação para o trabalho. As primeiras unidades plenas a entrarem em funcionamento foram as de Bacabeira, Pindaré-Mirim e São Luís. A unidade plana do Iema de São Luís está instalada onde funcionou, há muitos anos, o Colégio Marista, no Centro Histórico da capital maranhense. O prédio passou por ampla reforma, com várias adequações, tudo para poder receber os alunos e ofertar os cursos de eventos, informática, meio ambiente e serviços jurídicos. Com aula magna proferida pelo então ministro da Educação, Aloizio Mercadante, e presença do governador Flávio Dino e do então secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, Bira do Pindaré, essa unidade foi inaugurada dia 7 de março de 2016. Principal responsável pela implantação do projeto no estado, ao inaugurar a unidade plena do Iema de São Luís, o governador Flávio Dino falou sobre a importância do Instituto para | 44 | Revista Somos Iema

os maranhenses e do projeto de expansão. Dino disse que aquele ato significava o início de uma nova fase, um novo modelo na educação maranhense, uma vez que é uma escola que junta duas características importantes: tempo integral, e o acesso ao ensino médio e à educação profissional. Inicialmente, o projeto previa que o Iema chegaria a 23 cidades do estado até 2018. Entre unidades plenas e vocacionais, atualmente 27 unidades funcionam plenamente hoje em dia. Depois de São Luís, o Governo do Maranhão inaugurou unidades em Bacabeira e Pindaré-Mirim. www.iema.ma.g ov.br


Em Bacabeira, os estudantes têm curso de mineração, administração e logística, no total de 198 vagas. A unidade de Pindaré-Mirim ofertada 120 vagas para os cursos de recursos pesqueiros, agropecuária e serviços jurídicos. Em seguida vieram as unidades de Axixá, Coroatá, São José de Ribamar e Timon. Em 2018, São Luís ganhou mais uma unidade plena, instalada agora em uma das regiões mais populares da capital maranhense, a área Itaqui Bacanga. Os municípios de Brejo, Santa Inês, Matões, Cururupu e Presidente Dutra também ganharam unidades do Iema.

A expansão continua com as atividades realizadas nas unidades vocacionais instaladas em Açailândia, Barra do Corda, Bequimão, Carolina, Caxias, Codó, Imperatriz, Pedreiras, Ribeirãozinho, São Luís Estaleiro Escola, Praia Grande, Escola de Cinema e Engenho Central. Então candidato à reeleição, Flávio Dino anunciou que em seu plano de governo está a ampliação do número de unidades do Iema. Ele planeja chegar a 100 unidades em funcionamento até o final de 2022.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 45 |


Modelo pedagógico e modelo de gestão Bem diferente dos institutos federais, o Iema é integrado por duas bases fundamentais: o modelo pedagógico e o modelo de gestão (que é tecnologia de gestão educacional), e tem por objetivo formar jovens autônomos, solidários e competentes. A tecnologia de gestão educacional é administrativa e trabalha com foco em resultados, o que decorre do uso de instrumentais como plano de ação, agenda e monitoramento. A tecnologia de gestão educacional ocorre de maneira concomitante ao modelo pedagógico. O diretor de Ensino do Instituto, Elinaldo Silva, conta que a centralidade do modelo pedagógico é o jovem e seu projeto de vida. “Para alcançar seu projeto de vida, o estudante precisa ter excelência acadêmica, formação para a vida e formação de competência para o século XXI.” De acordo com Elinado, esse é um modelo inovador, que agrega competências e habilidades para que os jovens sejam fonte de compromisso, iniciativa e

| 46 | Revista Somos Iema

liberdade. “O mais importante é que esse modelo integra a base nacional comum, a parte diversificada e a base técnica”, pontua o diretor. Menos de um ano de sua implantação, já em 2015 os alunos do Iema se destacavam em competições nacionais como olimpíadas de Conhecimento e torneios de robótica. Jovens que antes eram incapazes de dizer uma palavra ao colega, ao final do primeiro semestre falam em público, leem em voz alta, escrevem corretamente. Quando iniciou em duas unidades do Iema, ninguém imaginou que a robótica educacional poderia crescer tanto a ponto de ser aprovada e vir a fazer parte grade curricular do Instituto. Nessa modalidade, grupos de alunos já participaram de torneios estaduais, nacionais e internacionais. Recentemente, um grupo participou em Taiwan, província da China, do FIRA Robot World Cup – Copa do Mundo de Robótica.

www.iema.ma.g ov.br


‘Reitora Por Um Dia’ empodera meninas do Iema

É através do empoderamento feminino que diversas mulheres estão vencendo barreiras impostas pelos padrões sociais e ocupando espaços de direito. Dentro dessa linha, o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) estimula através de atividades, projetos e ações, as jovens das unidades plenas no processo de ocupação de cargos importantes dentro do Instituto, para que futuramente, prossigam confiantes em suas carreiras profissionais. Nathalya Alves, com apenas 15 anos de idade, ocupou o cargo mais alto do Iema. A aluna da

unidade plena do Itaqui-Bacanga foi a ‘Reitora Por Um Dia’ de 2018, uma ação em comemoração ao Dia Internacional da Menina que foi institucionalizado pelo Iema desde 2017, tornando alunas líderes institucionais no dia 11 de outubro. O Dia Internacional da Menina é reflexo da campanha internacional “Por Ser Menina” (“Because I’m a Girl”) criada pela organização sem fins lucrativos Plan International em 2011. A iniciativa evidencia as situações de violência e preconceito vividas por meninas ao redor do mundo e foi oficializada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2012.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 47 |


Na ação ‘Reitora Por Um Dia’, a escolha das gestoras e da reitora é feita por meio de um concurso de redação que, este ano, teve como tema “Mulheres na Ciência”. A menina com melhor desempenho na redação entre as 13 unidades é escolhida para exercer o cargo de reitora. É sabido que a desigualdade de gênero afeta não só a percepção sobre a identidade e individualidade de meninas e meninos, mas também a educação e os referenciais que elas recebem do que “podem” ou não fazer de acordo com o que o ideal social de feminilidade e masculinidade espera. Segundo a Fundação Malala, quase um bilhão de meninas não têm acesso ao ensino profissional e cerca de 60 milhões não têm sequer o direito de ir à escola. Quando o assunto é a escolha de uma profissão, não seria diferente, e é comum que meninas se afastem de suas reais áreas de interesse por receio de sofrerem preconceito, daí a importância de estimular o contato com a diversidade.

“Colocar meninas no patamar de gestoras é um grande diferencial, quase não vemos mulheres em cargos importantes e o Iema tá de parabéns por estimular justamente isso”

“Isso é uma evolução! Eu sempre digo que o Iema ‘tá’ no topo”, declarou a nova reitora ao falar da iniciativa do Instituto de estimular meninas a preencherem cargos importantes. “Colocar meninas no patamar de gestoras é um grande diferencial, quase não vemos mulheres em cargos importantes e o Iema tá de parabéns por estimular justamente isso”, destacou.

Nathalya foi empossada pelo reitor do Instituto, Jhonatan Almada. Ela conheceu os setores da reitoria do Iema, assinou e despachou documentos, participou de reuniões e realizou uma certificação dos cursos Formação Inicial e Continuada – FICs em jardinagem e barbeiro que foram oferecidos pelo Instituto aos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa no Centro Socioeducativo de Internação Masculina do bairro Vinhais, em São Luís. Com o título “Lugar de mulher é onde ela quiser: inclusive na ciência”, a nova reitora contou o que a estimulou escrever a redação. “Infelizmente vemos que as mulheres, desde criança, são orientadas a ocuparem lugares que melhor convém à sociedade, isso acontece quando as meninas recebem kit de cozinha como brinquedo, induzindo-as a serem mães ou donas de casa, enquanto que os meninos ganham brinquedos que estimulam o raciocínio lógico como legos e jogos de estratégia. Escrevi essa redação pensando que as mulheres devem ocupar os lugares que elas quiserem.” Em 2017, a reitora por um dia foi Franciele Lima, da unidade plena de Bacabeira, que discorreu de forma objetiva e sucinta sobre o questionamento “Por que quero se gestora?”, tema do concurso.

Nathalya Alves Estudante do Iema

| 48 | Revista Somos Iema

www.iema.ma.g ov.br


De acordo com o reitor do Iema, Jhonatan Almada, a ação é importante para incentivar nas alunas a visão do poder feminino nas ciências. “É o segundo ano consecutivo que o Iema comemora essa data, que foi instituída pela ONU, especialmente atenta à questão da vulnerabilidade das meninas em nossa sociedade, entre elas a gravidez na adolescência e o casamento infantil. Para prevenir esses problemas e estimular as meninas a ocuparem espaços de poder e seguirem carreiras científicas, que o Iema criou o concurso de redação que este ano teve como tema “Mulheres nas ciências”, considerando que ainda existe um significativo déficit de participação feminina em carreira científica e na produção do conhecimento”, enfatizou o reitor.

O concurso classificou a seguintes alunas ao cargo de gestora por um dia: Kecy Emanuelle Pereira, gestora por um dia da unidade plena de Coroatá; Jhully Cristhina Sampaio, gestora da unidade plena de Bacabeira. Em Pindaré-Mirim, a gestora por um dia é a estudante Elaine Sousa Benicio; Timon teve a aluna Amanda Cauane Fonseca dirigindo o ambiente escolar; em São José de Ribamar, a gestora por um dia foi Beatriz Lisboa; a unidade plena de Axixá contou com a estudante Maria Manoele Cardoso como gestora por um dia; em Brejo, Rayanara de Sousa; na unidade plena de Presidente Dutra, Jordania Monteiro; em Cururupu, Táyla Regina Gomes; a gestora por um dia da unidade plena de São Luís é Mayrla Fernanda Alves; em Matões, Ayla Kéviny Trindade. A unidade Itaqui-Bacanga foi dirigida pela aluna Lucyellen Ferreira.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 49 |


Robótica educacional

Alunos da robótica educacional garantem mais uma vaga em competição nacional

M Equipes do Iema conquistaram onze medalhas de ouro e estão classificadas para a etapa nacional na Paraíba. Competição instiga raciocinio lógico, senso cognitivo e trabalho em grupo.

| 50 | Revista Somos Iema

ais do que aprender nomes e definições, os estudantes de hoje necessitam desenvolver competências e aprender a fazer; precisam ter habilidades que lhes possibilitem trabalhar em equipe, planejar e executar projetos de trabalho, além de saber utilizar tecnologias de informação para realizar registros e interpretar dados. A robótica educacional está entre os métodos que ajudam os alunos nesse processo de ensino e aprendizagem. Por isso, o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) sediou pela terceira vez a etapa estadual do Torneio Juvenil Robótica (TJR) e garantiu um saldo positivo na competição. Ao todo, os alunos do Instituto saíram vitoriosos em 21 níveis das sete modalidades do torneio com medalhas de ouro,

prata e bronze. Os medalhistas de ouro conquistaram uma vaga na etapa nacional que acontece nos dias 6, 7 e 8 de dezembro, em João Pessoa, na Paraíba. O torneio, que tem por objetivo difundir a robótica no ambiente escolar - da educação básica até a educação superior aconteceu durante os dias 17 e 18 de agosto na unidade plena do Iema em Matões. Mais de 300 estudantes interessados no mundo da robótica participaram dessa competição que instiga o raciocínio lógico, o senso cognitivo e o trabalho em grupo. Além do Iema, participaram do torneio a Universidade Federal do Maranhão (Ufma), o Instituto Federal do Maranhão (Ifma), o Colégio Militar 2 de Julho (CMCB), o Colégio Adventista, o Colégio Batista e o Colégio Sagres.

www.iema.ma.g ov.br


Modalidades da competição Os alunos competiram em sete modalidades. A primeira modalidade é a Viagem ao Centro da Terra, na qual o robô de resgate detecta o objeto e o retira do ambiente. Na modalidade Dança, as equipes criam uma coreografia e o robô interage com os participantes. A terceira modalidade é o Cabo de Guerra, ela contém duas plataformas e dois robôs, o vencedor é o robô que puxar com mais força. Na quarta modalidade, os competidores programam o robô para retirar o oponente da arena, a categoria é chamada de Sumô. A modalidade Resgate de Alto Risco é quando o robô entra em dois planos e retira o objeto do segundo plano. Na competição de Resgate no Plano, os robôs devem percorrer

as linhas que definem o caminho e buscam nos ambiente explorado os objetos alvos que deverão ser colocados nos lugares de destino. Por fim, a modalidade de Registro Multimidiático, que é a cobertura em áudio e vídeo da competição editada pelos participantes.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 51 |


Classificação

“A robótica educacional é uma marca importante do Iema e fruto do trabalho de todas as escolas, sejam elas públicas ou privadas, afinal a robótica educacional estimula o aprendizado por desafio.” Jhonatan Almada Reitor do Iema

| 52 | Revista Somos Iema

Dois dias de competição, com 65 equipes almejando uma vaga para a etapa nacional do torneio. O Iema conquistou 21 premiações divididas em níveis diferentes das sete modalidades, cinco equipes galgaram a medalha de ouro e representarão o Instituto em João Pessoa.

O Ifma, campus Açailândia, foi campeão no nível três da modalidade de Resgate de Alto Risco. A Ufma saiu vitoriosa no nível quatro da competição de Dança. Já o clube de robótica da prefeitura de PindaréMirim, implantado pelo Iema, galgou o primeiro lugar no nível dois de Sumô.

O Iema, no âmbito de suas unidades plenas de São Luís, Pindaré-Mirim e Timon, foi premiado com medalhas de ouro nas modalidades Cabo de Guerra - nível três, Sumô - níveis três e quatro, Dança - nível três, Resgate no Plano - níveis dois e três, Resgate de Alto Risco - níveis dois e quatro, Viagem ao Centro da Terra - níveis três e quatro, e, por fim, Registro Multimidiático - nível três.

Durante a premiação, o reitor do Iema, Jhonatan Almada, agradeceu a participação dos alunos, professores e equipe organizadora do torneio no Maranhão. “Agradeço a todos por terem participado da TJR, esse é um momento de celebrar o trabalho em equipe. É motivo de muita alegria ver estudantes participando e compartilhando aprendizado. A robótica educacional é uma marca importante do Iema e fruto do trabalho de todas as escolas, sejam elas públicas ou privadas, afinal a robótica educacional estimula o aprendizado por desafio”, enfatizou Almada.

A equipe de robótica com alunos do Colégio Militar 2 de Julho e Escola Adventista conquistou o primeiro lugar em Cabo de Guerra e Viagem ao Centro da Terra no nível dois.

www.iema.ma.g ov.br


www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 53 |


“A credito que a gente vai alcançar cada vez mais êxito em outras competições” Mickaele Cunha Lima Estudante premiada no TJR

“O Iema sediou o evento pela terceira vez e o saldo da competição foi extremamente positivo. O bom resultado é consequência de um trabalho feito em cada uma das escolas e que envolve componentes curriculares como a física e a matemática, permite o raciocínio lógico e trabalha a programação. Para o próximo ano, a expectativa é ampliar o número de equipes participantes da etapa estadual do TJR”, contou o diretor de Pesquisa e Extensão do Iema, Dario Soares.

O aluno do curso de informática da UP São Luís Railson Seguintes foi o programador do robô que conquistou o primeiro lugar na modalidade Dança. A equipe dele levou para dançar frevo a robô que chamam, carinhosamente, de Meg. “Quando a minha equipe começou a trabalhar a robótica no ano passado ficamos sem saber o que fazer e pensamos em trabalhar a cultura nordestina dentro da robótica. Tentamos desenvolver coreografias do xote, em seguida pesquisamos sobre o frevo, um ritmo típico de Pernambuco, programamos uma coreografia e gostamos do resultado. Estamos felizes com a conquista e pretendemos ganhar a etapa nacional do TJR”, contou o aluno, feliz com a medalha de ouro da equipe. “Eu fiquei extremamente feliz com o resultado e acredito que a gente vai alcançar cada vez mais êxito em outras competições”, afirmou a aluna Mickaele Cunha Lima, do curso de recursos pesqueiros da UP de Pindaré-Mirim, que conquistou a medalha de prata no nível três da modalidade Registro Multimidiático.

| 54 | Revista Somos Iema

www.iema.ma.g ov.br


Cresce participação de escola pública no TJR No mesmo ritmo que aumentaram a quantidade de equipes maranhenses no TJR, cresceu o número de unidades plenas do Iema interessadas na robótica educacional e, consequentemente, em eventos da área. Em 2016, os estudantes das unidades de Pindaré-Mirim e São Luís levaram a robótica do Instituto para o TJR. No ano seguinte, além das unidades já citadas, entraram no torneio as UPs de Axixá, Bacabeira, Coroatá, São José de Ribamar e Timon. Neste ano, algumas das novas

unidades também se engajaram. Os alunos de Brejo, Cururupu, ItaquiBacanga e Santa Inês competiram em diversas modalidades e tiveram a primeira experiência em um torneio de robótica. Além das novas unidades, estavam presentes as crianças e adolescentes dos clubinhos de robótica implantados pelo Iema nos municípios de Alto Alegre, Cantanhede, Coroatá, Codó, São Mateus e Caxias. Os clubinhos de robótica surgiram com a consolidação e sucesso da robótica do Instituto e já levam conhecimento para crianças em 33 municípios maranhenses.

Na primeira edição do evento, organizada pelo Iema, participaram da competição 12 equipes maranhenses. Em 2017, o número pulou para 52 equipes. Neste ano foram 65 equipes competindo na etapa estadual do TJR.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 55 |


CampeĂľes se despedem do iema

| 56 | Revista Somos Iema

www.iema.ma.g ov.br


Com a aproximação da conclusão do ensino médio, para alguns alunos do Iema a etapa estadual do torneio foi uma despedida da robótica educacional, enquanto que para outros é o começo de uma jornada. Ana Célia, 18 anos, do curso Técnico em Meio Ambiente está entre os jovens que se despedem da robótica da instituição. Antes do Iema, Ana teve uma vida bem corrida, morou em vários lugares, estudou em diversas escolas. Depois que entrou no Instituto, passou a ter um lugar fixo e, com ele, vieram as responsabilidades, as oportunidades, o aprendizado e novas habilidades. Ela finaliza seu ensino médio e curso técnico na unidade plena de São Luís no final deste ano. Ana adquiriu uma extensa bagagem de conhecimento e conquistou importantes premiações na área da robótica, dentre elas troféu de primeiro lugar no Torneio Internacional de Robótica, medalha de ouro e prata na etapa estadual e troféu de primeiro lugar na etapa nacional do TJR de 2017. A estudante, que pretende graduar-se em oceanografia, foi incentivada pela robótica na busca de seus sonhos. Ela conta sobre suas experiências e perspectivas futuras. “A robótica me incentivou a estudar e a ter responsabilidades. Estou finalizando o ensino médio e os sentimentos que ficam são os de tristeza - eu amo a robótica e não é fácil se despedir dessa rotina de satisfação, pois ajudei no desenvolvimento e no investimento da robótica no Maranhão - e, por fim, de orgulho - afinal trabalho com profissionais e colegas de

turma excelentes. Pretendo continuar a desenvolver projetos na área de robótica durante o percurso acadêmico dentro do curso que escolhi”, contou feliz a jovem Ana, que conseguiu a medalha de ouro na modalidade Cabo de Guerra na etapa estadual do TJR 2018. O jovem Miguel Arcângelo também fez da robótica uma experiência exitosa. Antes de entrar no Iema queria apenas finalizar o ensino médio e não tinha perspectiva de abraçar caminhos como a graduação. Concluindo o curso técnico de agropecuária na unidade plena de Pindaré-Mirim, ao longo do seu trajeto no Instituto ganhou prêmios no TJR, na Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR), na RoboParty e na Fira World Cup. Ao falar sobre sua trajetória nessa área de conhecimento, Miguel conta que, após o Iema, quer se profissionalizar na área da robótica. “Após ingressar no Iema, vi que posso bem mais que concluir o ensino médio. Com esforço, boa estrutura educacional e dedicação conseguimos o que almejamos e até mais que isso. Estou realizado por participar de um projeto iniciado na UP de Pindaré-Mirim com o professor Fábio Aurélio. Depois da robótica houve uma notória melhora no meu rendimento escolar na área de exatas e inglês, visto que são matérias que compõem a base do ensino da robótica. Deixarei a robótica com o sentimento de serviço cumprido e de que as pessoas às quais ensinei continuarão o serviço de disseminação da robótica na educação básica”, contou Miguel, que levou o primeiro lugar na modalidade Viagem ao Centro da Terra.

“Deixarei a robótica com o sentimento de serviço cumprido e de que as pessoas às quais ensinei continuarão o serviço de disseminação da robótica na educação básica” Miguel Arcângelo, da UP. Pindaré-Mirim

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 57 |


Robótica educacional na grade escolar A robótica educacional surgiu na rede Iema para agregar mais valor à formação integral dos estudantes. Para tanto, em 2016, houve um investimento inicial em capital intelectual e, posteriormente, em capital material e físico. De lá para cá, o Instituto passou a colecionar conquistas. Os alunos participaram da sua primeira competição em 2016 na etapa estadual da Olimpíada Brasileira de Robótica, sendo a UP de PindaréMirim a vencedora. Posteriormente, a UP de Pindaré-Mirim e São Luís conseguiram as primeiras posições na etapa estadual do Torneio Juvenil de Robótica.

| 58 | Revista Somos Iema

Com o resultado alcançado na etapa estadual do TJR de 2016, estudantes da UP de Pindaré e de São Luís participaram da etapa nacional do TJR no Rio de Janeiro, onde a equipe foi vice-campeã. Em função dessa colocação na competição, o Iema obteve o direito de participar da RoboParty, em Guimarães, Portugal. E pelo fato de ter se tornado a melhor equipe estrangeira na RoboParty, a equipe do Iema obteve o direito de participar da Robocup, em Nagoya, Japão, oportunidade em que se posicionou entre as dez melhores equipes do mundo.

www.iema.ma.g ov.br


Em 2017, o Iema organizou na UP São José de Ribamar a etapa estadual da OBR, oportunidade em que estudantes das UPs de São José de Ribamar e Pindaré-Mirim foram campeões em algumas modalidades da robótica.

A equipe da robótica do Iema finalizou o ano passado com as unidades plenas de São luís, Bacabeira e Pindaré-Mirim sendo premiadas em primeiro lugar nas modalidades Resgate de Alto Risco, Resgate no Plano, Viagem ao Centro da Terra, Dança e Cabo de Guerra, e em segundo lugar nas categorias Sumô e Dança. Neste ano, além do TJR, houveram conquistas no Torneio Internacional de Robótica, realizado em São Paulo. O resultado garantiu vaga no campeonato mundial em Taiwan, na China, onde os alunos garantiram medalha de bronze. Eles também participaram do Torneio de Robótica First Lego League, em Salvador, e alcançaram o prêmio PIT Destaque. Por fim, na RoboParty, em Portugal, ganharam a quarta colocação na modalidade Dança de robôs, e quinto lugar na categoria Corrida.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 59 |


Feirão das eletivas

Disciplinas eletivas ampliam e enriquecem aprendizagem dos jovens protagonistas

D

esenvolver habilidades além daquelas oferecidas pelas disciplinas tradicionais: esse é o objetivo das disciplinas eletivas. Atividades envolvendo música, dança, teatro, cinema, literatura, saúde, meio ambiente e tecnologias são conteúdos das disciplinas optativas escolhidas pelos alunos durante o Feirão das Eletivas do Instituto de Educação Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema).

ciências, história, educação física, artes e língua estrangeira, mais de três mil estudantes matriculados no Iema têm oportunidade de optar por uma disciplina eletiva no início de cada semestre para enriquecer, ampliar e diversificar conteúdos, temas ou áreas da Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

Muito comum em cursos de graduação, as eletivas foram integradas à grade curricular do Iema. Com o Feirão, além de português, matemática, geografia,

| 60 | Revista Somos Iema

www.iema.ma.g ov.br


Representando uma forma de complementar os estudos, essas disciplinas buscam contemplar diferentes aspectos de desenvolvimento do ser humano em suas dimensões pessoal, profissional e social. Por isso, no Feirão do segundo semestre de 2018, que aconteceu durante o mês de setembro, os professores das treze unidades plenas do Iema expuseram propostas de matérias optativas e os alunos escolheram

quais lhe interessavam de acordo com os seus objetivos de vida. “O Feirão das Eletivas é extremamente importante porque implica na construção do currículo por parte dos estudantes. É uma inovação que chamamos de parte diversificada do currículo do Instituto e que estimula os estudantes e os professores a serem criativos e inventivos no ponto de vista curricular”, enfatizou o reitor do Iema, Jhonatan Almada.

“O Feirão das Eletivas é extremamente importante porque implica na construção do currículo por parte dos estudantes.” Jhonatan Almada Reitor do Iema

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 61 |


Pertencimento ao ambiente escolar e fortalecimento e autoestima Além de atrair a atenção dos estudantes, as disciplinas eletivas trazem outros benefícios para o ensino. A sensação de pertencimento ao ambiente escolar, de liberdade de escolha, fortalecimento da autoestima e a contribuição para a sondagem de aptidões estão entre os principais pontos positivos de se adotar as disciplinas eletivas no currículo escolar.

De acordo com o diretor de Ensino do Iema, Elinaldo Silva, o Feirão é um marco inicial que resulta na interação entre todos os alunos através das eletivas. “As eletivas começam com o Feirão, ele é o marketing no qual o professor faz a propaganda e vende sua eletiva. Essas disciplinas pertencem ao currículo do Iema no que diz respeito à parte diversificada e são interdisciplinares porque os professores da Base Nacional Comum Curricular e da Base Técnica trabalham em conjunto. O resultado é um aprendizado lúdico, criativo e atrativo com interação entre os alunos de todas as turmas”, explicou Elinaldo. Sandra Morreira, gestora geral da UP de Santa Inês, considera as eletivas uma abordagem importante para o processo de ensino. “Trabalhamos uma pedagogia de projeto otimizando o ensino, na perspectiva de atrair a atenção do aluno com abordagem lúdica, mas sempre com o planejamento do efetivo ensino. A eletiva é uma forma dinâmica de trabalhar o conteúdo e todo trabalho pedagógico que é dinâmico tem um efeito positivo. Aqui em Santa Inês os alunos optaram por diversas eletivas, ‘Saúde é o que interessa: o resto não tem pressa’, e ‘Formando cidadãos do futuro - Robótica’ estão entre elas”, declarou a gestora.

| 62 | Revista Somos Iema

www.iema.ma.g ov.br


A turismóloga Elizabeth Abreu, professora do curso de guia de turismo da unidade de São José de Ribamar, destaca as peculiaridades do evento na UP. “O Feirão das Eletivas deste ano foi bem diferenciado porque proporcionou aos alunos outro formato de evento. Na UP de São José de Ribamar decidimos fazer vídeos atrativos e ao mesmo

tempo fixamos um mural com fotos das eletivas sem apontar qual professor era responsável, isso instigou os alunos ainda mais na escolha. Algumas das disciplina são ‘Beleza Pura’ que critica o padrão de beleza imposto socialmente e a “Gingado Maranhense” que objetiva valorizar a cultura popular do Maranhão”, explicou Elizabeth.

Novas experiência Com características práticas, elas abrem espaço para o desenvolvimento de competências e habilidades por meio da experiência em áreas atrativas. Com a robótica, por exemplo, os estudantes podem aprender sobre programação, melhoram o censo cognitivo e raciocínio lógico, já com a fotografia eles conhecem a história da fotografia, técnicas fotográficas e sua aplicação em disciplinas da BNCC. É a segunda vez que o Feirão acontece na UP de Santa Inês. Para a aluna Ana Flávia, do curso de registros e informações em saúde, a oportunidade de escolher as disciplinas faz com que todo o processo seja mais atrativo. “O Feirão das Eletivas foi uma nova experiência, pois em outras escolas que já estudei não tinha eventos nessa linha. Escolhi a eletiva de robótica educacional porque me identifico com a área de estudo e é uma nova forma de aprender”, contou a aluna Ana. Nair Colins é aluna de administração

da UP de Bacabeira. Ela já participou de diversas eletivas, e uma delas foi a ‘Cinerama’, uma disciplina que tinha como proposta mostrar o cinema e fotografia artesanal como instrumentos de ensino multidisciplinar a partir da câmera escura e que depois foi aprovada para apresentação de banner na SBPC que ocorreu na Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Nair conta sobre o Feirão e como ele instigou sua escolha de eletiva para o segundo semestre de 2018.

“O Feirão trouxe uma eletiva que está realizando meu sonho de ter uma editora, sempre gostei muito de livros e escrever é maravilhoso.” Nair Colins Estudante do Iema

“Tive afinidade com a eletiva ‘Soulvenir, uma breve história do tempo’, gostei dela porque o objetivo é contar através de fotografias, entrevistas e documentos, a história na unidade de Bacabeira e ao final produzirmos um livro. O Feirão trouxe uma eletiva que está realizando meu sonho de ter uma editora, sempre gostei muito de livros e escrever um é maravilhoso. Essa eletiva une fotografia, livros, entrevistas com meus companheiros de curso, algo que adoro!”, disse Nair, animada com a eletiva.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 63 |


Centro de Educação Científica

Educação científica para crianças

Com capacidade para 400 alunos, o projeto oferece oficinas que fomentam o estudo das ciências

C

riado com objetivo de promover a educação científica para os estudantes do ensino fundamental da rede pública, propiciando o ensino das ciências e a produção do conhecimento, o Centro de Educação Científica (CEC) de Caxias do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) vem desenvolvendo uma educação científica e tecnológica com crianças da região do leste maranhense. O CEC trabalha promovendo a ciência, a produção de conhecimentos, a criação e o desenvolvimento de experimentos, visando a socialização, difusão e popularização; além de fomentar uma formação continuada de professores nas escolas públicas parceiras, promovendo a troca de experiências, reflexões e a melhoria da qualidade do ensino e aprendizagem das crianças de 12 a 14 anos, que cursam do 6º ao 9º ano na rede pública de ensino. “Estamos caminhando no rumo certo, na direção da educação científica. Criamos o CEC com o objetivo de aliar o trabalho que já realizamos na Rede do Iema com as unidades plenas e vocacionais a um trabalho com crianças e adolescentes que em algum momento irão para esta Rede ou outra, mas que precisam ir mais preparados e dominando as lacunas

| 64 | Revista Somos Iema

que historicamente o Brasil tem nas áreas de português, matemática e ciências”, frisou o reitor do Instituto, Jhonatan Almada. O Centro tem capacidade para 400 alunos e abre novas vagas de dois em dois anos. Os matriculados podem escolher entre duas das quatro oficinas ofertadas: ciência e robótica, ciência e história, ciência e tecnologia e ciência e ambiente. www.iema.ma.g ov.br


www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 65 |


Estudantes participam de oficinas no CEC

Ao fim de cada semestre, os alunos, em conjunto com os professores, realizam uma mostra com os resultados e aprendizados alcançados ao longo do ano.

“Criamos o CEC com o objetivo de aliar o trabalho que já realizamos na Rede do Iema com as unidades plenas e vocacionais a um trabalho com crianças e adolescentes que em algum momento irão para esta Rede.” Jhonatan Almada Reitor do Iema

| 66 | Revista Somos Iema

Em uma das mostras semestrais, a aluna Sthéfany Paixão apresentou um trabalho destacando o ambiente e suas tecnologias. “Construímos uma maquete para expor a construção de casas retratando o uso da energia elétrica e como ela chega a nossas casas, também aprendemos a fazer os cálculos de consumo da energia”, disse a estudante, acrescentando que os conhecimentos estão presentes em tudo que faz. “Desde o momento que saio de casa vou explicando tudo aos meus pais, estudei em robótica que os postes de rua possuem eletrodos que quando os raios solares os atingem ficam desligados, mas sem luz solar eles são ativados fazendo assim a iluminação pública. É muito bom aprender tudo isso”, ressaltou. O reitor Jhonatan Almada explica que no Centro existem quatro turmas compostas por

25 alunos que podem participar de duas oficinas diferentes em dias alternados da semana. “As aulas acontecem às segundas e quartas, e terças e quintas. As turmas são dividas entre os turnos da manhã e da tarde. As oficinas de ciências têm atualmente 200 crianças atendidas no turno matutino e o mesmo número no vespertino. Em cada turma há um professor coordenador de oficina didática e um professor assistente de coordenação de oficina didática atuando em suas respectivas áreas. A ideia é desenvolver a dimensão científica que geralmente é ignorada pela base nacional comum curricular e pelas disciplinas que compõem essa base”, destacou. A aluna Ana Beatriz Vieira destacou que o CEC é muito importante em sua vida, pois é uma oportunidade de obter novos conhecimentos. “Tem coisas que eu não pensava que um dia poderia aprender, e hoje sei e estou apresentando para as pessoas. No CEC temos a chance de aprender cada vez mais sobre robótica e tecnologias. www.iema.ma.g ov.br


Agora manuseamos objetos e aprendemos de verdade o uso. É inacreditável ver o tanto de conhecimento que adquiri aqui. Ano passado quando entrei não tinha noção do que estava me esperando, hoje aprendi na prática e ensino aos meus colegas da escola sempre que me relatam alguma dificuldade”, contou a aluna ressaltando que para os pais é motivo de orgulho o aprendizado alcançado no CEC. O CEC se vincula à Diretoria de Pesquisa e Extensão do Iema. O projeto pedagógico do centro se alinha à proposta desenvolvida pelo Instituto Santos Dumont (ISD), fundado pelo neurocientista Miguel Nicolelis. Portanto, o CEC Caxias é o quarto do Brasil neste modelo, somando-se aos centros existentes em Macaíba e Natal, no Rio Grande do Norte, e Serrinha, na Bahia. O primeiro Centro do Iema foi implantado na cidade de Caxias, localizado no Centro de Cultura do Município na praça do Pantheon Centro, em fevereiro de 2017.

“É um projeto incrível que transforma a vida das crianças do nosso município. Hoje em dia é impossível pensar em Caxias sem o CEC. É um Centro muito diferente, que oferece uma educação inovadora. Que instrui os jovens para a vida.” Luciane Texeira cordenadora pedagógica do CEC

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 67 |


“Eu amo as aulas práticas do CEC, pois nós aprendemos na teoria, mas as aulas práticas facilitam na compre ensão dos conteúdos. Hoje eu sou uma pessoa mais educada, tenho mais facilidade em resolver os problemas e elaboração de hipóteses. A cada dia que passa eu descubro coisas novas no CEC que vão me ajudar bastante na minha vida pessoal e profissional. Fico feliz de ter o privilégio de estudar no CEC”. Pedro Kauê Estudante do CEC

| 68 | Revista Somos Iema

Mudança de vida Outra vertente do CEC é envolver a comunidade e família dos estudantes nas atividades que os alunos desenvolvem ao longo do ano, fazendo com que todos façam parte da escola. Na última reunião realizada no Centro, os pais disseram que houve uma melhora expressiva no ensino regular dos estudantes depois que iniciaram suas atividades sobre ciência e tecnologia, ciência e robótica, ciência e ambiente, e ciência e história dentro do CEC. Segundo a coordenadora pedagógica do CEC, Luciane Teixeira, as reuniões têm como foco apresentar aos pais o trabalho e resultados obtidos. “Recebemos mais de 300 pais para a reunião, algo expressivo, visto que temos hoje uma média 400 alunos frequentando as aulas. Essas reuniões servem para firmarmos uma parceria com os pais, para que eles possam valorizar esse projeto de inclusão social. Para isso, fizemos que entendam os pressupostos e importância da educação científica na vida de uma criança”, afirmou a coordenadora acrescentando que o CEC educa para a vida. “É um projeto incrível que transforma a vida das crianças do nosso município. Hoje em dia é

impossível pensar em Caxias sem o CEC. É um Centro muito diferente, que oferece uma educação inovadora. Que instrui os jovens para a vida, pensando em valores”, acrescentou. Lardiane Silva, mãe da aluna Kauane Silva, destacou na reunião sobre melhora nas habilidades da filha após a entrada no Centro de Educação Científica. “Depois das aulas no CEC, minha filha passou a buscar mais informações, ela está mais curiosa com a pesquisa, pergunta mais e tira suas dúvidas comigo e também com os professores. Agradeço ao Iema pela iniciativa e aconselho aos pais que coloquem seus filhos em alguma unidade ou projeto do Instituto”, disse. O pai do aluno Edvanilson Pereira, Raimundo Pereira, também percebeu melhoras no desenvolvimento do filho e contou sobre isso no encontro. “Houve uma grande diferença na percepção dele sobre o estudo, ele está mais dedicado, sociável, e até faz experiências que aprendeu na escola em casa. Acredito que a chegada do CEC em Caxias foi muito bem-vinda”, afirmou o pai.

www.iema.ma.g ov.br


PRAÇA IEMA DA

CIÊNCIA SE DIVERTE APRENDENDO CIÊNCIA APRENDE NA PRÁTICA AS TEORIAS CIENTÍFICAS AJUDA O MEIO AMBIENTE

“O IEMA É UMA CONQUISTA DO POVO DO MARANHÃO!”

WWW

www.iema.ma.gov.br

@iema_oficial

@iema_oficial

@iemainstituto

iemaoficial_ma

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 69 |


Praça da Ciência

Aprender ciência de forma bem mais divertida

Instituto implanta Praça Iema da Ciência em municípios do Maranhão. Projeto incentiva a educação científica entre crianças, jovens e adultos..

| 70 | Revista Somos Iema

J

á imaginou como seria massa aprender ciência brincando? Pois foi pensando nisso que o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) implantou a Praça Iema da Ciência, que é um equipamento público instalado em espaços públicos de municípios do Maranhão para que crianças, jovens e adultos possam aprender princípios científicos de maneira mais divertida. Atualmente, já existem duas pracinhas em pleno funcionamento: uma no município de Coroatá, no bairro Trizidela; a outra em São Luís, situada no bairro Vila Embratel. A inspiração veio da Bahia, que já possui mais de 40 pracinhas espalhadas pelo estado, e do Espírito Santo, que também

investiu nesse projeto. O sucesso dessa iniciativa instigou a diretoria do Iema a implantar um modelo semelhante em municípios do Maranhão já que, de acordo com dados do Pisa 2015, que realizou um comparativo de desempenho entre 14 países em educação científica, o Brasil ocupa o 12º lugar, classificação considerada inferior se comparada a países como Finlândia, Canadá e Coreia do Sul, que ocupam o pódio da aprendizagem em ciências. O Programme for International Student Assessment – Programa Internacional de Avaliação de Estudantes – (Pisa) avalia estudantes matriculados a partir do 7º ano do ensino fundamental na faixa etária dos 15 anos. www.iema.ma.g ov.br


Para o reitor do Iema, Jhonatan Almada, é evidente o déficit em educação científica no Brasil e no Maranhão, daí a necessidade de mudar essa realidade. “Em face disso, pensamos em um projeto que pudesse colocar a ciência em um local de circulação pública e que tornasse a interação atrativa para as pessoas que quisessem aprender conceitos científicos de forma divertida. A partir disso, houve a iniciativa de trazer o projeto da Praça Iema da Ciência para o estado. Realizamos uma licitação e conseguimos implantar duas unidades em municípios onde já temos unidades plenas do Iema funcionando e que poderiam dar suporte ao trabalho da Praça da Ciência”, afirmou. O principal objetivo da praça, que já tem assíduos frequentadores, é contribuir para a popularização da ciência de modo que as pessoas se interessem pela educação científica, além de desmistificar a ideia de que lugar de ciência é no meio acadêmico e mostrar que, ao contrário, pode ser apreendida pela comunidade também. Garantir que a população tenha acesso à educação científica significa contribuir na melhora dos indicadores educacionais do Maranhão e do conhecimento sobre ciência, tecnologia, inovação e o apoio aos investimentos em pesquisa. A implantação da praça estimula, também, a interação entre escolas municipais e a formação de professores para que usem de maneira mais eficaz os equipamentos disponibilizados no local. Cada praça terá monitores

que serão responsáveis por garantir que os brinquedos sejam utilizados de maneira adequada, dessa maneira os usuários poderão contar com o apoio de um agente capacitado para auxiliar no uso dos equipamentos. Algumas regras e idades mínimas são necessárias para a utilização de cada equipamento como forma de garantir a segurança dos usuários e de orientação quanto ao conteúdo que é proposto pelo equipamento, dessa forma os experimentos podem ser trabalhados de maneira mais eficiente. Com o investimento orçado em aproximadamente R$ 165 mil, a iniciativa científica conta com os brinquedos: ‘alvo giratório’, ‘gerador humano de energia’, ‘levante-me se puder’, ‘princípios da bailarina’, ‘quem vai subir?’, ‘telefone sem fio’, ‘tubos musicais’, ‘tubo em eco’ e ‘relógio de sol’.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 71 |


Gerador humano de energia Experimento que permite a aplicação dos princípios que regem qualquer mecanismo de geração de energia.

Alvo giratório Permite a experimentação do aluno para compreender o conceito de composição.

Quem vai subir? Permite que os usuários movimentem um ao outro, independente de sua massa. Neste equipamento uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando uma força aplicada em um outro corpo provoca o deslocamento desse corpo.

Telefone sem fio Permite a propagação de ondas sonoras a grandes distâncias sem outras tecnologias permitindo um envio e um retorno de som. | 72 | Revista Somos Iema

www.iema.ma.g ov.br


Pêndulos humanos Equipamento destinado ao estudo do movimento oscilatório na física mecânica ondulatória.

Tubos musicais Essa experimentação permite ao usuário compreender conceitos básicos de acústica, em especial de produção de sons em condutos abertos.

Tubos em eco O eco ocorre quando o som refletido chega aos nossos ouvidos após 0,1s. Sendo assim, o equipamento permite distinguir o som emitido do som refletido.

Princípio da bailarina Equipamento permite compreender o princípio de conservação do movimento angular.

Levante-me se puder O experimento permite compreender um dos conceitos básicos da mecânica: a força.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 73 |


Ieminha:

Mais um aliado para a educação científica maranhense

A proposta é promover e incentivar o conhecimento científico de maneira lúdica e interativa, desenvolvendo a curiosidade de crianças e adolescentes.

D

esde a sua criação, em janeiro de 2015, o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) tem sido inovador e implementado iniciativas que fomentam a educação profissional e científica no Maranhão. A exemplo, podemos citar a criação das 13 unidades plenas, do Centro de Educação Científica, as 14 unidades vocacionais, a Praça Iema da Ciência e agora mais uma novidade: o Ieminha. Inaugurado no segundo semestre de 2018, o Ieminha é uma iniciativa que tem o objetivo de inserir alunos do ensino fundamental na educação científica por meio da robótica educacional. Estudantes da rede municipal que fazem

| 74 | Revista Somos Iema

parte dos Clubinhos da Robótica, uma outra ação do Iema que está presente em mais de 15 municípios, poderão ter práticas experimentais nos laboratórios disponibilizados no Ieminha. A nova unidade tem por objetivo facilitar o acesso dos estudantes aos cursos profissionalizantes da unidade vocacional, além de ser um espaço de encontro e de trabalho do clubinho de robótica da cidade. Além do apoio ao Clubinho da Robótica, o Ieminha também é um espaço para a oferta de Cursos de Formação Inicial e Continuada, os cursos FICs, para jovens e adultos interessados em receber uma formação profissional e, assim, terem mais oportunidades quanto à sua inserção no mercado de trabalho. www.iema.ma.g ov.br


O Ieminha é um projeto pioneiro e no segundo semestre de 2018 teve o primeiro modelo piloto instalado no município de Coroatá, onde já existem uma unidade plena, unidade vocacional e uma Praça Iema da Ciência. O espaço é equipado com laboratório de informática e laboratório de robótica. A proposta é promover e incentivar o conhecimento científico de maneira lúdica e interativa, desenvolvendo a curiosidade de crianças e adolescentes. Atualmente, mais de 30 alunos do ensino fundamental da rede municipal estão praticando a robótica educacional nos laboratórios do Ieminha. Os estudantes, sob a coordenação do professor de robótica responsável, executam atividades ligadas a programação, raciocínio lógico, montagem de robôs, além de colocarem em prática alguns fundamentos matemáticos e físicos. Filho de instalador de antenas e mãe desempregada, Caique Farias, 14 anos, viu na robótica a perspectiva de investir na área de programação. “Eu vejo a programação da robótica como o trabalho do futuro. Eu vi que estudar programação no Iema melhorou minhas notas em matemática, melhorou meu raciocínio lógico e crítico”, afirmou o estudante da Escola Municipal Novo Oreal, que fica em um dos

bairros mais carentes do município de Coroatá. O Iema tem projetos voltados para jovens, adultos e agora, com o Ieminha, crianças também poderão aproveitar as formações que o Instituto oferece. É o que afirma o reitor do Iema, Jhonatan Almada. “Percebemos que existia a necessidade de um local para que as crianças que estão no ensino fundamental pudessem treinar e aprofundar os conteúdos da robótica educacional. Isso inspirou a criação dessa instalação que contém um laboratório de informática e o espaço para treinamento, que também serve para que possamos ofertar, os cursos FICs na área de tecnologia da informação”, concluiu acrescentando que equipamento educacional também é mais um espaço para a oferta de cursos profissionalizantes. De acordo com Bismarck Santos, coordenador do Ieminha de Coroatá, são escolhidos alunos de bairros carentes do município para que estes possam ter uma oportunidade de investir na sua formação. As aulas acontecem de segunda à quinta-feira. No período da manhã funciona o curso de robótica educacional e no período da tarde o curso FIC em informática. Os dois cursos possuem carga horária de 160 horas e atendem a mais de 70 estudantes neste primeiro ciclo.

“O Iema é uma instituição que veio pra ajudar muito através dos cursos que oferece porque hoje em dia ninguém arranja emprego sem qualificação.” Ana Emanuelly Aluna do Ieminha

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 75 |


Festival de Matemática

Evento do Iema une diversão e aprendizado Vamos desmistificar a ideia de que matemática é assunto chato e difícil.

A

matemática está presente em diversas situações cotidianas e seu desenvolvimento está ligado à pesquisa, ao argumento, ao interesse por descobrir algo novo e na investigação de situações através do raciocínio lógico. O significado da matemática para o aluno resulta das relações que ele estabelece entre ela e o seu cotidiano, entre outras áreas de conhecimentos e por diferentes temas matemáticos.

| 76 | Revista Somos Iema

De acordo com dados de 2017 do movimento Todos pela Educação, o percentual de estudantes com aprendizado adequado no Brasil aumentou do ensino fundamental ao ensino médio. Persiste, no entanto, um gargalo em matemática, no terceiro ano do ensino médio. Ao deixar a escola, apenas 7,3% dos estudantes atingem níveis satisfatórios de aprendizado. O índice é menor que de 2013, quando essa parcela era 9,3%. www.iema.ma.g ov.br


Pensando em diminuir essa lacuna ao sair do ensino médio, o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) promoveu este ano o I Festival da Matemática nas unidades plenas de Axixá, Bacabeira, Coroatá, PindaréMirim, São José de Ribamar, São Luís e Timon. O festival apresentou de forma lúdica e interativa a matemática para que os alunos se sintam bem em estudá-la e concluam o ensino médio gostando da área de exatas.

Segundo o reitor do Iema, Jhonatan Almada, o festival fomenta o compromisso do Instituto com o ensino da matemática. “O Festival da Matemática é uma inovação muito importante no nosso calendário acadêmico, ele coloca uma disciplina que em geral é uma barreira para muitos no centro da discussão e traz novas formas de aprendê-la”, afirmou Almada, ressaltando ainda que o festival marca as comemorações do biênio da matemática no Brasil.

Programação diversificada Na programação das sete unidades foram desenvolvidas uma variedade de atividades. Dentre elas, mini desafios, oficinas para confecção de jogos e sólidos geométricos, palestras com professores de matemática, apresentações artísticas e exposição dos objetos produzidos nas oficinas. Na UP de Axixá, por exemplo, os alunos puderem participar de oficinas sobre confecções de jogos, maquetes, sólidos geométricos, pinturas, quadros decorativos, painéis. Também houve exibição de vídeo a respeito da história da matemática e palestra com o professor Samuel de Jesus Silva Lima, que dialogou sobre “A importância da Matemática em nosso cotidiano”. Apresentação de paródias, mostra das práticas laboratoriais, oficinas de tangram e sudoku, mini

desafios fizeram parte do evento na UP de Timon. Já na UP São Luís o destaque da programação foi o minicurso ‘Brincando e aprendendo: o lúdico como intervenção para o aprendizado da matemática no ensino médio’ com o professor Wanderlan Martins Souza. “A realização do festival foi de grande relevância ao ensino e aplicação da matemática nas vidas dos corpos professores e alunos. Realizamos atividades para tirar a complexidade da matemática e mostrar a todos que ela é mais importante nas nossas vidas do que imaginávamos. Como Galileu dizia, ‘a matemática é o alfabeto pelo qual Deus escreveu o Universo’. Eu estou feliz com o resultado do evento”, contou Alexandre Trindade, professor de matemática há mais de 19 anos e organizador do festival na UP de Bacabeira.

“O Festival da Matemática é uma inovação muito importante no nosso calendário acadêmico, ele coloca uma disciplina que em geral é uma barreira para muitos no centro da discussão” Jhonatan Almada Reitor do Iema

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 77 |


Matemática e o cotidiano Organizado pelos professores de matemática, o festival de cada unidade aconteceu em parceria com os gestores e equipe escolar. Para o professor da disciplina na unidade de Bacabeira Isael Correia, a matemática está presente desde o nosso nascimento. “Quase tudo no nosso cotidiano gira em torno de números, de forma direta ou indireta estamos constantemente fazendo o uso da matemática. Atualmente estamos presenciando uma grande evolução tecnológica, onde as transformações e evoluções estão diretamente ligadas ao uso da matemática, sendo assim, o Festival | 78 | Revista Somos Iema

da Matemática teve a primazia de demonstrar as inovações e a influência da matemática através da tecnologia utilizada no dia a dia”, contou o professor Israel. Na unidade plena de São José de Ribamar, o professor Victor Eduardo Ferreira explicou que o festival e as atividades implementadas buscam minimizar a margem de erros constatados durante a avaliação diagnóstica realizada pelo Iema. “Analisando o desenvolvimento dos alunos, constatei que mais de 75% deles erraram em fração. Por isso, www.iema.ma.g ov.br


buscamos fomentar a confecção de trabalhos manipuláveis dentro do festival, tais como dominó de frações, discos de frações e com o próprio tangram, na perspectiva da melhoria e otimização do raciocínio lógico e da capacidade geométrica e espacial de visualização dos alunos”, informou. Concordando com o professor Victor, a aluna Ana Luiza do curso de agricultura buscou a história e apresentou o banner “A Mesopotâmia dos mesopotâmios’, na unidade de São José de Ribamar. “Por meio do banner, pudemos apresentar a matemática criada e usada pelas civilizações antigas, além de buscar chamar a atenção para a importância desta

ciência exata, demonstrando e evidenciando o quão presente ela se faz em todas as coisas”, explicou a aluna. O aluno de serviços jurídicos da UP São Luís Bruno Costa concorda com a afirmativa e diz que participou da oficina de sólidos geométricos porque acredita que os objetos produzidos podem ajudar na fixação de conhecimentos. “As formas geométricas que estamos produzindo com isopor e papelão são quadradas, ovais, retangulares e triangulares. Elas servem para ilustrar como os utensílios que utilizamos e que observamos diariamente são figuras geométricas que aprendemos em sala de aula”, contou o aluno.

“Quase tudo no nosso cotidiano gira em torno de números, de forma direta ou indireta estamos constantemente fazendo o uso da matemática” Isael Correia Professor do Iema

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 79 |


CampSerrapilheira

Maranhão apresenta Rede Iema de Educação Científica e Tecnológica Durante quatro dias de “Camp Serrapilheira”, o Instituto apresentou a Rede Iema de Educação Científica e Tecnológica e suas ações no Maranhão.

O

Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, abriu as portas durante cinco dias para receber as maiores iniciativas de divulgação da pesquisa científica do mundo no evento “CampSerrapilheira”, realizado pelo Instituto Serrapilheira. O evento promoveu seu primeiro programa de apoio à divulgação científica abrindo chamada pública para inscrição de projetos exitosos em todo o mundo. Um evento para compartilhar ciência e aumentar seu impacto no Brasil. O Instituto buscou identificar iniciativas que propunham abordagens inovadoras de assuntos pertinentes à ciência, que busquem incentivar a formação científica de jovens brasileiros e formar pessoas capazes de analisar evidências e compreender o método científico. O objetivo da chamada pública foi mapear iniciativas existentes e identificar projetos a serem apoiados com recursos do Instituto. Durante o “CampSerrapilheira” foram reunidos divulgadores de diversas áreas do conhecimento para debater novas narrativas para

| 80 | Revista Somos Iema

a divulgação científica. Foram quatro dias de atividades no Museu do Amanhã, com debates, palestras e workshops sobre maneiras de compartilhar a ciência no Brasil. Ao todo foram 50 projetos aprovados nas diversas áreas: ciência, tecnologia e arte. Entre as propostas estava a do Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) que levou para o debate a Rede Iema de Educação Científica e Tecnológica (Recite) e todas as ações desenvolvidas no âmbito da rede, em especial o “Clubinho da Robótica”. A ação compreende uma Rede que, aliada aos municípios, promove ações voltadas para crianças do nono ano que fazem ensino fundamental na rede municipal de ensino e tem como objetivo divulgar a robótica em todo o estado. Atualmente, a Recite conta com 13 “clubinhos” espalhados pelo Maranhão nos municípios de São Luís, Caxias, São Mateus, Coroatá, Codó, Cantanhede, Pindaré-Mirim, Santa Rita, Rosário, Axixá, São Bento, Santa Luzia e Gonçalves Dias. Na oportunidade, os estudantes dispõem da mesma robótica www.iema.ma.g ov.br


Evento reúne divulgadores de pesquisa científica de vários lugares do mundo

educacional, matemática e ciências que é ministrada no Iema. A ação se assemelha a uma introdução ao modelo pedagógico do Iema. Cada clube recebe 20 alunos e dois professores. Os docentes participantes do projeto recebem formações pelo Iema. De acordo com o reitor do Iema, Jhonatan Almada, um projeto exitoso como os Clubinhos merece ser compartilhado. “O objetivo é que o projeto de robótica possa irradiar cada vez mais para as redes municipais de ensino e com isso possamos consolidar uma Rede com professores comprometidos na utilização da robótica educacional, que os kits sejam partilhados com esses professores em um projeto de Rede que irá desenvolver formação

continuada, competições e encontros de compartilhamento de experiências. Agora o estudante da escola pública pode sonhar mais alto e tem potencial para isso”, ressalta o reitor. Representando o Iema no evento, a coordenadora da Rede Iema de Educação Científica e Tecnológica Anna Paula Araújo destacou a importância da participação do Instituto em um evento de âmbito mundial. “Nossa proposta foi muito diferenciada das demais, porque trabalhamos em rede e nossa abrangência é muito maior. No evento também foram apresentadas muitas propostas voltadas para a educação científica aplicada ao ensino fundamental. Mas a nossa iniciativa é a que apresentou mais abrangência.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 81 |


Expliquei sobre os critérios de escolha da Recite e o que está sendo desenvolvido no Maranhão em termo de políticas públicas de popularização da ciência. Foi muito bem aceito e parabenizado”, destacou. “Nossa proposta foi muito diferenciada das demais, porque trabalhamos em rede. A nossa iniciativa é a que apresentou mais abrangência.” Anna Paula Araújo Co ordenadora da Recite

| 82 | Revista Somos Iema

O próximo passo acontece através de submissão de projeto ao Instituto Serra Pilheira, que por meio de dotação de recursos poderá apoiar projetos de pesquisa e divulgação científica. Esses recursos são oriundos de um fundo patrimonial de 350 milhões constituído pelo Instituto em 2016.

Instituto Serrapilheira O Serrapilheira é uma instituição privada sem fins lucrativos. Tem o objetivo de financiar pesquisas de excelência com foco em produção de conhecimento e iniciativas de divulgação científica, não em aplicações tecnológicas. O Instituto apoia os campos das ciências naturais (ciências da vida, geociências, física, química), da computação e matemática. Tem como objetivo incentivar a pesquisa de excelência no Brasil por meio de chamadas públicas, formação de jovens cientistas para a pesquisa científica de ponta, incentivos de intercâmbios com outros países, estimular o conhecimento científico no país para aumentar o interesse de jovens pela ciência, contribuir para a construção de uma cultura de ciência no país, promover

transparência das ações do instituto e na relação com os pesquisadores apoiados, além de incentivar a diversidade de raça e de gênero na ciência no Brasil.

www.iema.ma.g ov.br


Uma escola pública de excelência é possível!

WWW

www.iema.ma.gov.br @iema_oficial @iema_oficial @iemainstituto iemaoficial_ma

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 83 |


Feira do Livro do Iema

Incentivo ao hábito da leitura e da escrita

Evento promove o gosto pela leitura e conquista número cada vez maior de leitores nas unidades do Iema.

| 84 | Revista Somos Iema

P

esquisas atuais do Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf) apontam que o brasileiro lê em média 2,43 livros, o estudo revela ainda que 30% da população nunca comprou um livro. Indo na contramão do país, o Governo do Maranhão tem investido e incentivado cada vez mais os jovens a serem leitores em potencial. O Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) realiza pela segunda vez consecutiva a Feira do Livro do Iema, que tem como propósito fortalecer o exercício da leitura dos alunos do Instituto e aos demais das escolas estaduais e municipais.

A ‘Feira do Livro do Iema’ nestes dois anos de edições foi realizada em 13 unidades plenas e na unidade vocacional Praia Grande e atingiu um público de 7.275 pessoas com a apresentação de 168 atividades científicas e culturais. A programação é repleta de apresentações musicais, teatrais, literárias, dentre outras atividades. Um diferencial da feira de 2018 foi a presença de autores apresentando suas obras e também palestrando em oficinas e contribuindo para o hábito da leitura.

www.iema.ma.g ov.br


“A Feira do Livro do Iema é uma inovação que nós criamos a partir da Rede de Bibliotecas Bandeira Tribuzi e claramente tem o objetivo de estimular o hábito da leitura junto aos nossos estudantes, ao mesmo tempo o hábito da escrita, pois quando o aluno lê bastante tem uma boa escrita. Esse é o sentido principal de realizarmos a feira do livro e esse evento está em nosso calendário letivo. Pois é fundamental no mundo de hoje saber ler e escrever com criticidade, com compreensão, capacidade de reconstrução e reformulação do conhecimento”, disse o reitor do Iema, Jhonatan Almada. O diretor de Ensino do Iema, Elinaldo Silva, parafraseou o escritor Monteiro Lobato ao dizer que ‘o mundo se faz com homens e livros. “Nesse intuito, o Iema criou a Rede de Biblioteca Bandeira Tribuzi, a primeira rede pública do Maranhão, e essa rede desenvolve diversas atividades que têm como objetivo contribuir para o desenvolvimento da leitura e do comportamento dos alunos e até

mesmo das comunidades onde as unidades estão localizadas. A feira é uma das atividades da rede e tem como objetivo promover o livro e a leitura”, disse o diretor. De acordo com a coordenadora da Rede de Biblioteca Bandeira Tribuzi, Leryane Lima, a feira foi idealizada para aproximar os alunos dos livros e da prática de leitura. “Através de ações como as que as bibliotecas da Rede Bandeira Tribuzi promovem no cotidiano escolar - leituras públicas, clube do livro, leitor do mês, cinema na biblioteca e até os grandes eventos como a Feira do Livro cresce o interesse pela leitura. Esse evento traz uma gama de possibilidade para que o aluno possa perceber o quanto o universo literário pode ser de fundamental importância para sua vida acadêmica. Queremos que nossos alunos percebam que o ato de ler pode ser extremamente prazeroso, gerando maior capacidade de imaginação, aumentando o vocabulário e a criatividade na produção textual”, enfatizou a coordenadora.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 85 |


Potência olímpica

Êxito em competições consolida metodologia do Iema

Alunos do Instituto foram premiados em Olimpíadas do Conhecimento regionais, nacionais e internacionais.

E

m meados de 776 a.C., os gregos criaram os Jogos Olímpicos, originados em Olímpia, na Grécia Antiga, sendo a corrida o único esporte da competição. Apesar de bem diferentes dos primeiros jogos gregos, os jogos olímpicos acontecem ainda hoje entre países do mundo todo. Quando falamos em Olimpíadas de Conhecimento porém, o preparo exigido não é o físico, e os atletas envolvidos nem sempre estão em busca de uma medalha, mas de conhecimento e experiências capazes de levá-los cada vez mais longe, acarretando em um enorme crescimento pessoal e profissional. Inicialmente as olimpíadas concentravam-se em poucas áreas, como a pioneira matemática, mas hoje há disputas para todos os gostos, da astronomia à geografia. O que é cobrado também varia. Enquanto alguns alunos são submetidos a debates ou provas teóricas, outros fazem experiências ou apresentam trabalhos práticos. Dentro deste cenário, o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) se consolidou, em três anos de meio, como uma potência olímpica. Conquistas na Olimpíada Internacional de Matemática da Ásia (AIMO),

| 86 | Revista Somos Iema

FIRA RoboWorld Cup (FIRA), Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e Olimpíada Brasileira de Geografia e Ciências da Terra (OBG) evidenciam o sucesso da participação dos jovens protagonistas do Instituto em diversas competições que ocorreram em 2018. O reitor do Iema, Jhonatan Almada, cita quatro medidas fundamentais que tornaram o Instituto uma potência olímpica. “A primeira é a diretriz operacional que estabelece que a participação em olimpíadas do conhecimento tem autoridade pedagógica no Instituto; a segunda é o ‘aprender por desafio’ como elemento pedagógico no qual o aluno resolve problemas e encontra soluções; uma terceira medida importante é a criação dos núcleos de conhecimentos com o coordenador local em cada unidade e coordenação na reitoria do Iema com o objetivo de informar, mobilizar, inscrever e aplicar provas, competições e desafios das diferentes áreas de conhecimento; por fim, a medida fundamental é o apoio, o estímulo e o reconhecimento institucional que fazemos em relação a todas as conquistas que os estudantes obtêm com o auxílio dos professores e gestores”, contou Almada. www.iema.ma.g ov.br


Olimpíada Internacional de Matemática da Ásia O potencial olímpico que o Iema tem está na vontade de aprender dos alunos. Para conquistar um lugar no pódio da AIMO, por exemplo, os jovens protagonistas foram medalhistas de ouro na etapa nacional da Olimpíada Internacional de Matemática Sem Fronteiras (OIMSF).

UP de Axixá; Idarcilene Martins Ferreira e Yasmin Moraes Macedo, do curso de administração da UP Bacabeira; Thalyta Thais Rodrigues Diniz e Pedro Holanda Bastos, da formação em eventos da UP São Luís; e Eduardo Jorge Sousa da Silva, do curso de Informática UP de Coroatá.

A AIMO aconteceu em Bangcoc, na Tailândia, e trouxe de resultado para o Brasil quatro medalhas de bronze e dez menções honrosas.

A competição teve em torno de 13 países que incluem a Malásia, Singapura, Indonésia, Tailândia, Filipinas, Cazaquistão, Hong Kong, Taiwan, China, Macau, Coréia do Sul, Bulgária e Myanmar.

Os medalhistas de bronze foram Márcia Beatriz da Silva Santos, do curso serviços jurídicos; Ryan Jonas Rosa da Silva, de logística da UP Timon; Elaine Sousa Benício e Ágatha Bianca dos Santos Alves, do curso de serviços jurídicos da UP Pindaré-Mirim, e Gabriella Rosanne Sousa da Silva, da formação em informática da UP de Coroatá. Com honra ao mérito ficaram Diogo Brasil da Silva, Antônio Nascimento Melo Filho e Jéssica Santos Barrozo, do curso de serviços jurídicos da UP PindaréMirim; André Ribeiro Cantanhede e Valbenilson da Silva Teixeira, da formação em informática da

“A medida fundamental que consolida o Iema como potência olímpica é o apoio, o estímulo e o reconhecimento institucional que fazemos em relação a todas as conquistas que os estudantes obtêm com o auxílio dos professores e gestores” Jhonatan Almada Reitor do Iema

A professora de matemática da UP Timon Anna Thecya contou sobre privilégio de acompanhar os alunos na AIMO. “A experiência me proporcionou um sentimento de dever cumprido ao observar o meu trabalho diário de educadora garantindo conhecimento aos alunos que estavam competindo. Enquanto professora, orientadora e educadora vejo que as oportunidades dadas aos estudantes do Iema são realmente aproveitadas e que nossos alunos superam desafios que resultam em conquistas antes nunca almejadas”, contou a professora Anna.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 87 |


FIRA RoboWorld Cup Os estudantes Miguel Arcângelo, Matheus Cellen e Rafael Alves, acompanhados pelo professor de robótica Fábio Aurélio, representaram o Maranhão na FIRA Robot World Cup (FIRA). Eles competiram na categoria de City Racer e DRC-Explorer e chegaram ao pódio em terceiro lugar. Nesta categoria, a primeira missão do robô é cumprir metas que estão sinalizadas por cores em uma única pista. Na segunda, a missão é passar por um labirinto com obstáculos durante o percurso. Também conhecido como FIRA, o evento proporciona experiência em ciência e tecnologia para a geração jovem, além de promover o desenvolvimento do sistema robótico autônomo que pode cooperar entre si e | 88 | Revista Somos Iema

contribuir para o aprimoramento tecnológico. Miguel Arcângelo é do curso de agropecuária da unidade plena de Pindaré-Mirim, para ele as competições são importantes para que adquira experiências, conheça uma nova cultura e aprenda mais sobre a área da robótica. “Já participei de outras competições fora do país, dentre elas a RoboCup, que aconteceu no Japão. Essa nova competição foi interessante para mim porque trouxe novo desafio e novas experiências com pessoas de outros países”, contou o aluno animado, finalizando seu depoimento dizendo que a robótica o auxiliou bastante nas disciplinas e abriu portas, afinal ele nunca tinha imaginado viajar para o outro lado do mundo. www.iema.ma.g ov.br


O Torneio Internacional de Robótica (ITR) realizado no Centro Universitário ENIAC, em Guarulhos (SP), foi a competição que serviu de ponto chave para participação dos alunos do Instituto para a FIRA. Cento e quinze equipes de escolas de 15 estados do Brasil participaram da competição. Dez equipes representaram o Maranhão. O Iema levou estudantes de Bacabeira, Pindaré e São Luís, somando um total de 11 alunos. Cada uma das unidades escolares

do Iema conquistou um primeiro lugar: a UP São Luís conquistou em ‘Registro multimidiático’; a UP Pindaré-Mirim conquistou no ‘Resgate no plano’; e a UP Bacabeira conquistou o primeiro lugar em ‘Dança’. A equipe de Pindaré conquistou duas posições em segundo lugar: no Cabo de guerra e no Resgate de alto risco. A UP São Luís conquistou três posições de terceiro lugar: na Dança, no Resgate no plano, e no Cabo de guerra.

Astronomia e Astronáutica Cinco alunos também projetaram mais uma vez o nome do Maranhão para o Brasil garantindo medalhas de ouro, prata e bronze para o Instituto na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). A competição fomenta o interesse dos jovens pela astronomia, astronáutica

e ciências afins, promovendo a difusão dos conhecimentos básicos de uma forma lúdica e cooperativa. Os alunos de eletrotécnica Guilherme Souza Maciel, Adriano Gonçalves Ferreira e as alunas de informática Bruna Kelly do Nascimento Balata e Emilly Fernanda Cantanhede Santos levaram quatro medalhas para a UP de Axixá. Guilherme, com a medalha de ouro; e os outros medalhas de bronze. Já o aluno do curso de mineração Erick Roberto Mendes dos Reis garantiu a medalha de bronze na OBA para o UP de Bacabeira. E na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG), evento que acontece em paralelo à olimpíada, conquistou a medalha de prata.

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 89 |


Olimpíada Brasileira de Geografia e Ciências da Terra O Iema também alcançou o melhor desempenho na OBG, foram 98 equipes premiadas das 128 do Maranhão. Ao total, os jovens protagonistas trouxeram 19 ouros, 22 pratas e 57 bronzes. “Tínhamos começado as aulas há pouco tempo e logo de cara recebemos a notícia que iríamos participar da Olimpíada Brasileira de Geografia, o que foi uma alegria e honra para nós. Eu sempre gostei muito de geografia, então ter a oportunidade de participar de uma olimpíada nacional e ganhar medalha de bronze na primeira experiência foi de uma alegria sem tamanho. Com a olimpíada eu pude me

| 90 | Revista Somos Iema

aprofundar nos acontecimentos recentes do mundo todo e entendi mais sobre a complexidade da geografia humana. Gosto muito de estar conectada com os fatos da sociedade e com a comunicação. O Iema nos permite estarmos conectados com isso, então essas olimpíadas serão muito importantes para o meu crescimento intelectual e de todos os alunos que aqui estudam. Foi muito gratificante ter tido a oportunidade de participar da Olimpíada Brasileira de Geografia!”, contou a aluna do curso serviços jurídicos da unidade plena de Presidente Dutra, Emili Drabach Durante, de 15 anos, premiada na OBG.

www.iema.ma.g ov.br


Emili Drabach, medalhista da OBG

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 91 |


Rede Maria Aragão de Educação em Saúde

Número expressivo de atendimentos consolida projeto

Ações educativas senbilizam comunidade escolar sobre a importância da saúde.

O

fomento do conhecimento por meio de palestras e a busca por conscientizar os pais de alunos e as comunidades em torno de suas respectivas unidades foram algumas das atividades elencadas pelo Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema) que realizou ações educativas de prevenção e assistência em saúde em consonância e alusão ao Dia Mundial da Saúde criado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “A formação integral que o Iema desenvolve, pressupõe, também, o cuidado com a saúde. Essa é a grande contribuição da Rede Maria Aragão de Educação em Saúde. É fazer com que todos os estudantes

| 92 | Revista Somos Iema

do Iema possam cultivar hábitos saudáveis a fim de se desenvolverem de forma integral, ou seja, não somente no intelecto, no emocional, mas também no tocante ao físico”, destacou o reitor do Instituto, Jhonatan Almada. Em 2018, o tema escolhido para o Dia Mundial da Saúde foi “Saúde para todos”, o que resume o objetivo da OMS ao longo dos seus 70 anos de existência. Foram beneficiados cerca de 7.500 pessoas em nove unidades plenas do Iema: São Luís, ItaquiBacanga, Bacabeira, São José de Ribamar, Santa Inês, Axixá, Timon, Pindaré-Mirim e Coroatá. Na grade de programação, várias ações realizadas em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde

www.iema.ma.g ov.br


(Ses), Clínica Coife Odonto, Faculdade Santa Terezinha (Cest) - Liga Acadêmica de Nutrição em Diabetes e Hipertensão (Landh), Instituto Embeleze, Mary Kay, Escola Técnica de Comércio Santa Luzia - Santa Inês, secretarias municipais de Saúde, Universidade Uniceuma – curso de enfermagem, Faculdade Pitágoras curso de nutrição, Sesc saúde, Centro Universitário

população local e até mesmo mundial. Esse evento beneficiou toda a população que se mostrou atenta, receptiva e satisfeita com a programação e os ensinamentos que foram trabalhados ao longo dos dias da programação”, informou.

Santo Agostinho – curso de nutrição, Escola Técnica de Bacabeira, Centro de Saúde Maçaranduba, Centro de Testagem e Aconselhamento CTA; Secretaria de Serviço Social e Faculdade Uninassau.

tem diante da crescente incidência de doenças no estado e no mundo. “Abordamos em uma das palestras a tuberculose, que frequentemente e, infelizmente, ainda é vista como uma doença do passado. Mas que na verdade se trata de uma doença infecciosa que pode matar e que tem atingido a população de forma global. Abordou-se ainda o câncer de mama, que no Brasil representa a principal causa de morte por neoplasia maligna em mulheres. As palestras trouxeram ainda informações sobre algumas viroses, tais como a dengue, a zika e a chicungunha, apresentando características que diferenciam esses três tipos de viroses, além de falar também sobre saúde bucal, atingindo um número expressivo de ouvintes que, ao final da mesma, foram contemplados com kits de higiene bucal”, destacou.

Segundo a coordenadora da Rede em Saúde Iema Maria Aragão, Elaiane dos Santos Silva Halley, as atividades realizadas no Dia Mundial da Saúde nas unidades plenas foram foram abertas para todo o corpo discente e docente e comunidades adjacentes. “Buscamos trabalhar com foco na conscientização acerca da manutenção para um corpo e uma mente saudáveis. Falamos ainda sobre alguns problemas de saúde que têm acometido a

Ainda em depoimento, a coordenadora pontuou sobre palestras proferidas e da importância que a conscientização

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 93 |


Avaliação As ações desenvolvidas pela Rede de Educação em Saúde alcançaram grandes resultados durante o primeiro semestre letivo. As profissionais de enfermagem cumprem com a responsabilidade social de contribuir na promoção e prevenção da saúde através de ações educativas e prestação de primeiros cuidados. Os resultados alcançados pela rede evidenciam a importância de orientar com excelência.

Trabalhar, indagar, quebrar mitos e tabus que impedem diagnósticos mais prematuros de doenças, fortalecer boas ideias e garantir que os alunos desenvolvam o autocuidado em relação à saúde produziram resultados exitosos no Instituto. Dentre os trabalhos desenvolvidos estão a roda de conversa ‘diferença entre resfriado, gripe e H1N1’. Dentre as comemorações estão a do Dia Mundial da Água.

Números crescente No total foram 282 pessoas atendidas por meio de consultas médicas, 35 pessoas atendidas por psicólogos, 37 atendimentos de enfermagem, dez atendimentos fisioterápicos, 18 atendimentos por meio de terapeuta Ocupacional, 112 avaliações nutricionais, 16 atendimentos pelo programa hanseníase – avaliação dermatológica, 34 coletas de material para exame cito patológico, 471 pessoas vacinadas, 827 testes de glicemia | 94 | Revista Somos Iema

capilar, 1.019 aferições de pressão arterial, 70 exames de tipagem sanguínea, 384 testes rápidos entre HIV, sífilis, Hep.B e C; 672 atendimentos de saúde bucal profilática: orientações + aplicação de flúor, 16 avaliações físicas: aferição de percentual de gordura corporal e dobras cutâneas, 220 avaliações da circunferência abdominal associada ao risco cardiovascular; 250 avaliações do índice de massa corpórea (IMC). www.iema.ma.g ov.br


C PO

ZERO Adote essa ideia A NATUREZA NÃO É DESCARTAVEL

www.iema.ma.gov.br Revista Somos Iema | 95 |


Escola Associada da UNESCO | 96 | Revista Somos Iema

www.iema.ma.g ov.br


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.