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Figura 02 – ÁREA LOBO
6. REFERÊNCIAS............................................................................................... 94
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1. INTRODUÇÃO
A neurociência vem sendo aplicada em diversas áreas para entender o funcionamento do cérebro e assim compreender a reação das pessoas em diversas situações, através de estímulos gerados pelo cérebro. Na arquitetura ela nos mostra como uma simples mudança nos ambientes podem trazer grandes benefícios para quem utiliza aquele espaço, melhoria de pacientes em hospitais, a evolução de um aluno na escola. Não é somente em ambientes empresariais que a neuroarquitetura atua, em residências já é bem comum ser utilizado, principalmente nesse momento de pandemia, que muitas pessoas começaram a trabalhar em casa, alunos estudando de forma remota.
A arquitetura junto com a neurociência traz estudos de como o ambiente pode melhor a autoconfiança de uma pessoa ou deixar ela mais ou menos concentrada, como resolver problemas da saúde mental através desde pequenas interferências até grandes construções.
Atualmente o termo neuroarquitetura vem sendo muito utilizado por profissionais da arquitetura, a discursão sobre o assunto é importância do bem-estar que tem sido a principal característica dentro de um projeto. Por se tratar de uma matéria interdisciplinar, a neuroarquitetura, envolve diversas áreas de estudo que juntas desenvolvem métodos que mostram o quanto é importante se sentir confortável no ambiente em que vivemos. O estudo da forma, das cores, da iluminação, influencia diretamente nos benefícios que uma arquitetura bem projetada pode trazer.
Com os estudos do cérebro apresentados, o trabalho vai trazer o entendimento da mente através de pesquisas sobre o comportamento do humano dentro do espaço construído. Entender como a emoção e o sentimento são reações de tudo o que vemos e como elas transpassa para nosso comportamento. Como a imagem é gerada e como ela influencia na satisfação de estar em determinado lugar.
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1.1. OBJETIVOS
OBJETIVO PRINCIPAL
Entender como nosso corpo funciona em relação ao ambiente construído e que sensação pode trazer e como ele poderá afetar as pessoas que frequentarão o espaço. Com base nos estudos apresentados, utilizando instrumentos da neuroarquitetura para realização de um projeto de uma residência unifamiliar.
OBJETIVO SECUNDÁRIO
Para chegar ao objetivo principal do trabalho, será necessário compreender alguns atos específicos, como:
1. Compreender o funcionamento do cérebro, através da neurociência; e entender as reações que o nosso corpo pode ter.
2. Conceituar imagem, sentimentos e emoções e suas aplicações na arquitetura.
3. Conceituar neuroarquitetura, mostrando as vantagens para os usuários.
4. Estudar como as cores, a escala, a luz podem influenciar nas sensações.
5. Desenvolver projeto de acordo com estudos.
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2. NEUROARQUITETURA
2.1. NEUROCIÊNCIA E O COMPORTAMENTO DO CORPO - CÉREBRO
O nosso cérebro é composto neurônios, eles que fazem nosso sistema processar informações e estimular o corpo humano, interagindo com as células gliais que protegem e sustentam os neurônios. A neurociência explora a estruturação, com esse estudo conseguimos entender o funcionamento do nosso sistema nervoso.
A neurociência para Robert Lan (2008), é uma ciência que junto a outras disciplinas estudam o sistema nervoso em conjunto com o cérebro, trazendo informações de como é o funcionamento do nosso organismo, como é transmitido as informações das nossas ações. Esse sistema é composto por: encéfalo sendo o ponto central, a medula espinhal e os nervos.
Dentro do campo da neurociência temos algumas subdivisões: a Neuropsicologia, na qual estuda a ligação entre o cérebro e o comportamento humano, a Neurociência cognitiva que estuda a parte mental, o aprendizado, a inteligência, ela não corresponde somente ao sistema nervoso, mas também a experiências sensoriais adquiridas com os anos de vida, ainda temos a Neuroanatomia que seria a parte de como o sistema nervoso se organiza, a Neurofisiologia estuda cada função do sistema nervoso, as células, órgãos e por último a Neurociência comportamental, compreende como o nosso organismo (corpo) as condições do nosso interno, ou seja, como nosso corpo reage a emoções, os nossos sentimentos.
Damásio (2011), afirma que o corpo está totalmente ligado ao cérebro, se interage um com o outro de forma natural através da rede sanguínea, ou pelos nervos periféricos que estão diretamente ligados a nossa face, além da nossa medula espinhal, ou seja, todos os nossos atos e emoções, são sentidos e transmitidos por meio desta conexão.
Quando afirmo que o corpo e o cérebro formam um organismo indissociável, não estou exagerando. De fato, estou simplificando demais. Considere que o cérebro recebe sinais não apenas do corpo, mas, em alguns de seus setores, de partes de sua própria 18
estrutura, as quais recebem sinais do corpo! O organismo constituído pela parceria cérebro-corpo interage com o ambiente como um conjunto, não sendo a interação só do corpo ou só do cérebro. Porém, organismos complexos como os nossos fazem mais do que interagir, fazem mais do que gerar respostas externas espontâneas ou reativas que no seu conjunto são conhecidas como comportamento. Eles geram também respostas internas, algumas das quais constituem imagens (visuais, auditivas, som, atos sensoriais) que postulei como sendo a base para a mente. (DAMÁSIO, 2011, p. 107).
O espaço onde estamos ou passamos, pode ser marcado por um detalhe podendo ser um mobiliário, ou um monumento, por milhares de formas. Essas lembranças podem ser trazidas através do cheiro, do toque, do paladar, do olhar, além de sinais das terminações nervosas que são captadas pela pele e levadas para o cérebro.
2.1.1. IMAGENS
O cérebro forma imagens a partir do vivemos, vem à lembrança quando passamos uma determinada situação, ele tem a capacidade de formar uma cena com base do que estamos sentindo, do perfume, da textura, assim como já havia dito. As sensações são formadas em nosso córtex cerebral, nele é dedicado cerca de 30% para o processamento de imagens, é uma das regiões mais importantes, é nele que desenvolvemos nossa sensibilidade, além de ser responsável por interpretar as informações recebidas em nosso dia a dia.
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