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REVISTA

ANO 20 nº105 JAN/FEV/MAR 2017

CIÊNCIA DO AUTOMÓVEL Oliver Schulze, da SAE, fala sobre “Investigação Avançada de Acidentes de Trânsito”

ANTIBATIDA

Saiba como funciona o AEB – sistema para frenagem autônoma de emergência

SE G F U in un R ve da A st c N de e n ión ÇA a M

ENTREVISTA

tr e A V ân du P IÁ si ca FR R to ç E IA ão

Conheça os mais novos estudos apresentados por centros de pesquisa membros do RCAR


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S

O QUE TRANSFORMA O NOSSO MUNDO

e o ser humano hoje tem uma expectativa de vida muito superior à de nossos avós, é por causa da ciência. Também coloque na conta do desenvolvimento científico o fato de termos mais alimento no mundo do que todas as pessoas do planeta seriam capazes de consumir (se há fome, é um problema de má distribuição, guerras e injustiças, não de escassez generalizada de matéria-prima). A ciência produziu remédios revolucionários, métodos de agricultura e pecuária muito mais eficientes e produtivos, tecnologias de comunicação que transformaram a interação entre as pessoas e a própria face da sociedade. (Quem se lembra de como era a vida pré-internet?) Assim como em todos esses setores, o universo do automóvel não poderia passar ileso pelos avanços científicos. Pelo contrário: a indústria automobilística já nasceu como fruto direto de experimentos tecnológicos sofisticados. E, desde a invenção do primeiro motor a combustão, da primeira linha de montagem, nunca parou de dar saltos de aprimoramento graças a estudos e pesquisas de engenheiros brilhantes. Hoje, grande parte desse foco está voltado para a segurança viária e veicular, a reparabilidade dos automóveis e os mecanismos

Presidente: Wilson Toneto

antifurto. Como membros do RCAR, um conselho internacional de centros de pesquisa automotiva, o CESVI BRASIL tem sido testemunha privilegiada desses avanços – mais do que testemunhas, somos agentes da mudança, já que temos toda uma história de estudos próprios relacionados a esses temas. Aqui na revista, nossa responsabilidade é a de compartilhar os ganhos que companhias de seguros, oficinas, montadoras de veículos e, principalmente, motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres terão no futuro próximo com os estudos automotivos mais extraordinários dos últimos tempos. E é justamente o que você verá em nossa matéria de capa desta edição, que dá destaque a trabalhos apresentados na última conferência do RCAR. É ciência pura, aplicada ao automóvel – e inventada para, direta ou indiretamente, melhorar a sua vida.

Tenha uma ótima leitura. Almir Fernandes Diretor executivo

Direção de arte e diagramação:

Diretor executivo: Almir Fernandes

Yes+ Comunicação Djone Pereira, Eric Kawahata e Silvana Tai.

Conselho Editorial: Almir Fernandes, Fernando Garrido,

Tiragem: 3.800 exemplares.

Marcus Silva, Carolina Circelli, Alexandre Carvalho dos Santos, Emerson Feliciano e Roberto Barroso.

Editor: Alexandre Carvalho dos Santos (Mtb.

44.252) acarvalho2802@gmail.com

Imagens: Luciana Ruffato Colaboradores desta edição: Alessandro

Rubio, Alexandre Martins Xavier, Denis Peres, Emerson Farias, Emerson Feliciano, Gerson Burin e Rodrigo Hernandes.

Publicidade: Fone: (11) 3948-4800 E-mail: revista@cesvibrasil.com.br

Assinatura e números atrasados: Anderson Souza

Redação: Av. Amador Aguiar, 700

City Empresarial Jaraguá CEP 02998-020 - São Paulo, SP Fone: (11) 3948-4800 - Fax (11) 3948-4848 E-mail: revista@cesvibrasil.com.br www.cesvibrasil.com.br


Matéria de capa

NOVOS ESTUDOS INTERNACIONAIS

Entrevista

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OLIVER SCHULZE, DA SAE BRASIL

Tecnologia

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SISTEMA AEB É FRENAGEM AUTÔNOMA DE EMERGÊNCIA

Segurança viária

06 NÚMEROS

Aumentos e quedas da indústria automobilística em 2016, principalmente na produção e venda de veículos.

18 CAMPEÕES DA REPARABILIDADE

Prêmio CAR Group apontou os veículos mais fáceis e baratos de reparar – uma seleção de modelos que deve chamar a atenção de consumidores e seguradoras.

30 GAMES DE CARROS

Do ancestral “Enduro” à febre do “Gran Turismo”, velocidade e adrenalina continuam por trás do sucesso dos videogames.

26

FUNDACIÓN MAPFRE: CULTURA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES

34 REGULAÇÃO DE SINISTRO MAIS EFICIENTE

Órion Peças e um novo módulo de Revistoria de processos são recursos para otimizar e tornar mais ágil o trato dos sinistros de veículos.

38 AVAL CESVI

Os sistemas de bloqueio e rastreamento aprovados pelo CESVI.

40 PAINEL

Euro NCAP completa 20 anos de uma história de crash-tests, classificação da segurança dos carros e dezenas de milhares de vidas salvas.

Legendas Conteúdo digital

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NÚMEROS

A GANGORRA DA PRODUÇÃO E VENDA EM 2016

M

ais uma vez, o balanço da indústria automobilística foi negativo – ainda um reflexo da crise econômica generalizada que atinge o país nos últimos anos. Mas note que nem tudo foi notícia ruim dessa vez. E, mesmo diante de um cenário sombrio, que ainda passa pela instabilidade política, as montadoras estão mais confiantes quanto ao desempenho de seus produtos em 2017. Porém, isso ainda é especulação – mesmo que positiva. Por enquanto, vamos ver como foi o resultado final dos números da indústria no ano passado.

Alexandre Carvalho dos Santos Eric Kawahata

COM CRISE, PARTICIPAÇÃO DE IMPORTADOS NAS VENDAS DIMINUI PRODUÇÃO DE VEÍCULOS

2015

2.429.421

2015 2016

2.157.379

QUEDA LADEIRA ABAIXO NAS VENDAS DE VEÍCULOS NOVOS*

6

2016

EM COMPARAÇÃO COM 2015

3.498,0

2014 2015

DE 20,2%

3.767,4

2013

*Em milhares de unidades.

17,6%

2014

2016

QUEDA DE 11,2% NO ANO

18,8%

2013

2.568,9 2.050,3

16,1% 13,2%


MENOS GENTE EMPREGADA NA INDÚSTRIA*

2016

EXPORTAÇÕES TÊM MELHOR DESEMPENHO

QUEDA DE 7,1% NO ANO

DESDE 2013*

565,1

2013 334,2

2014 2015

417,3

2016

520,2

ALTA DE 24,7% EM RELAÇÃO AO ANO PASSADO

VENDAS POR MOTORIZAÇÃO Flex e gasolina tiveram quedas expressivas, mas híbridos/elétricos e diesel aumentaram as vendas.

DEZEMBRO

FLEX

FOI O MELHOR MÊS DE VENDAS*

250

2015 – 2.194.020 2016 – 1.750.750 204,3

GASOLINA

2015 – 136.150 2016 – 80.493

200

HÍBRIDO/ELÉTRICO 2015 – 846 2016 – 1.091

150

DIESEL DEZ

NOV

SET

JUL

JUN

MAI

ABR

FEV

100

OUT

2015

121,2

AGO

2014

130,5

MAR

2013

144,5

JAN

157,0

2015 – 149.513 2016 – 156.259

Revista CESVI

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ENTREVISTA

INVESTIGAÇÃO AVANÇADA DE ACIDENTES DE TRÂNSITO UMA COISA É VOCÊ SABER QUANDO ACONTECEU O ACIDENTE E QUANTA GENTE MORREU. OUTRA COISA É SABER POR QUE O ACIDENTE ACONTECEU – REALMENTE IR FUNDO NAS CAUSAS, PARA COM ISSO TER INFORMAÇÕES QUE GEREM AÇÕES CORRETIVAS

Oliver Schulze,

chairman da Comissão Técnica de Segurança Veicular da SAE

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Alexandre Carvalho dos Santos

Alexandre Martins Xavier


pioneiro na América Latina em termos de levantamento de dados sobre a violência das nossas vias: é a Investigação Avançada de Acidentes de Trânsito (IAAT). O trabalho consiste no acompanhamento e reconstituição de acidentes de trânsito reais, por enquanto na cidade de Campinas, com padronização no tratamento desses dados. E o objetivo é ambicioso: apontar aos órgãos públicos as causas dos acidentes no âmbito de seus três fatores principais – a via, o veículo e o condutor. Se esse trabalho atingir suas metas, logo as autoridades de trânsito não terão mais a desculpa da falta de informações confiáveis para tomar as medidas de que o Brasil tanto precisa. Conheça todos os detalhes sobre esse importante projeto nesta entrevista exclusiva do chairman da comissão da SAE responsável pelo IAAT: Oliver Schulze, gerente sênior de engenharia de desenvolvimento de produto da Takata.

Como nasceu a ideia desse projeto?

U

m dos problemas crônicos do Brasil no combate aos acidentes de trânsito é a falta de estatísticas confiáveis. Há diferenças importantes nos resultados apresentados dependendo da fonte dos dados, da forma como cada Estado trata essas informações, de o envolvido num acidente ter morrido no local da ocorrência ou semanas depois, no hospital. Essa falta de informações precisas tem uma consequência nefasta: desestimula ações efetivas das autoridades para reduzir os acidentes. Sem um direcionamento consistente sobre como e onde agir, fica mais difícil convencer um governo a fazer investimentos em prol da segurança no trânsito – isso sem entrar na questão do desinteresse político. Mas dá para ter esperança de um futuro melhor. Um convênio de empresas capitaneado pela Comissão Técnica de Segurança Veicular da SAE Brasil (Sociedade de Engenharia da Mobilidade) está desenvolvendo um projeto

Cerca de 50 mil pessoas morrem por ano no Brasil em acidentes de trânsito, o que é um número inaceitável. Uma das ações que nós, na SAE, já vínhamos discutindo há algum tempo é a pesquisa de acidentes. Por que pesquisa de acidentes? Porque você só consegue tomar ações para melhorar uma situação que está ruim no trânsito a partir do momento em que sabe como são e onde estão os problemas. Sem saber isso, fica muito difícil fazer qualquer coisa realmente efetiva. Então conseguimos, no final de 2015, firmar um convênio entre a SAE e a Emdec [Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas], que trata do trânsito em Campinas, para iniciar esse projeto que começou entre março e abril do ano passado. O objetivo é justamente este: entender o que está acontecendo para tomar as ações necessárias.

Onde está sendo feito esse levantamento de dados? A Emdec é uma empresa de trânsito urbano. Ela não abrange estradas, portanto não posso entrar com esse trabalho nas rodovias. Por uma questão de estrutura, nesse primeiro momento estamos trabalhando num raio de 5 quilômetros ao redor da Emdec, que fica no centro de Campinas. Nesse espaço, acontecem muitos acidentes. Por enquanto, é importante que a distância seja razoavelmente

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ENTREVISTA

conseguir números de acidentes e de vítimas mais detalhados que a média. Mas eu diria que é só a pontinha do iceberg. Uma coisa é você saber quando aconteceu o acidente, quais os veículos envolvidos e quanta gente morreu. Outra coisa é saber por que o acidente aconteceu. O veículo tinha ABS? ESP? O pneu estava careca? Chovia no local? Havia neblina? Realmente ir fundo nas causas, para com isso ter informações que gerem ações corretivas depois.

Em que ponto o projeto está?

próxima porque a rapidez da operação é fundamental. Quando acontece um acidente, a comunicação com a equipe tem de ser muito ágil para que as pessoas que vão fazer a coleta de dados cheguem ao local quase que imediatamente.

Que tipo de dados vocês levantam ali? Imagine dois carros batendo num cruzamento. É importante eu conseguir fotografar o trajeto percorrido pelos dois carros, entender a perspectiva de cada motorista, a infraestrutura viária nesse trecho – se havia sinalização ou se um arbusto estava escondendo uma placa, se tinha buraco na via... E aí analisamos também o ponto inicial de colisão, que é o ponto exato no qual os carros se chocaram, e também o ponto final da colisão, onde os carros pararam depois do impacto da batida. Tudo isso é levantado na reconstituição. Além disso, é importante que eu entenda quais deformações ocorreram no carro, a gravidade dos ferimentos das vítimas, e até fazer um acompanhamento dessas pessoas nos hospitais durante algumas semanas...

Acho importante você explicar a diferença desse levantamento de dados para o que existe atualmente. O Estado de São Paulo tem feito um bom trabalho de

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No momento, está em fase de renovação. Acredito que a partir de março possamos retomar e firmar um convênio por quatro anos. Digo quatro anos porque é o tempo em que permanece uma prefeitura, o mesmo secretário de trânsito... Após esse período, teremos realmente dados estatísticos que nos darão a possibilidade de trabalhar com profundidade. Nós já fizemos um levantamento de dados entre abril e dezembro de 2016, antes disso foi a documentação e o treinamento, e nessa fase nós já coletamos mais de 80 dados de acidentes, e hoje temos 25 reconstituições. Nossa meta para a próxima etapa é, todo mês, coletar 12 casos e fazer 5 reconstituições. Também pretendemos fazer uma análise tanto da sinalização vertical quanto da horizontal, com o apoio da 3M, que vai entrar nesse nosso convênio.

Esse projeto contou com expertise internacional? Isso mesmo. A Idiada, que é uma empresa de engenharia espanhola, coopera fazendo as reconstituições dos acidentes, e contamos com especialistas da Bosch vindos da Alemanha. Eles já visitaram Índia e China, os piores países do mundo em termos de acidentes junto com o Brasil, e implementaram programas nesses países. Agora vieram ao Brasil para fazer o treinamento da equipe do IAAT. Inclusive os formulários para coleta de dados em campo são os que a Bosch já tem. É importante ainda falar que existe um programa internacional chamado IGLAD [Initiative for Global Harmonisation of Accident Data], que visa a uma coleta de dados de acidentes mundo afora de uma maneira padronizada. Espero que, já com os dados de 2016, consigamos ingressar no IGLAD. Eu vou poder comparar o que acontece aqui em Campinas com o que acontece na Índia, com o que acontece na Áustria, nos Estados Unidos, e assim por diante. Realmente queremos algo de nível internacional. É um esforço que se soma ao que temos feito aqui com a participação da Bosch e do Mackenzie


em Campinas, a Takata em Jundiaí, a Idiada em São Paulo, os membros da comissão da SAE em parceria com a Emdec.

Quais as limitações atuais do projeto? Como eu disse, estamos limitados a um perímetro urbano. Precisaríamos abranger também estradas, o que necessitaria de uma outra autoridade envolvida. Além disso, hoje ainda trabalhamos das 8h às 17h nos dias de semana, mas muitos acidentes acontecem à noite. Quando, na retomada deste ano, os trabalhos já estiverem fluindo bem, vamos buscar uma metodologia para levantar dados também de final de semana e períodos noturnos. Então a meta para médio prazo agora é estender os horários, abranger também estradas e, quem sabe, levar o modelo desse projeto para mais lugares. Sei que é impossível fazer no país inteiro, mas, se fizermos em algumas cidades, isso pode servir como uma base importante. Na Alemanha temos o GIDAS [Banco de Dados de Acidentes da Alemanha], e ele está em Dresden e Hannover, duas cidades. Só pelo exemplo saído dessas duas bases, o governo alemão já consegue tomar ações importantes.

Você citou diversas empresas empenhadas nesse projeto. O que a iniciativa privada ganha com esse envolvimento? Por meio da pesquisa de acidentes, essas empresas ficam sabendo, em primeira mão, o que elas precisam desenvolver. Por exemplo, a Takata criou um airbag específico para evitar o choque entre motorista e passageiro dentro do veículo. Como essa ideia surgiu? Por meio do conhecimento de pesquisas de acidentes, identificamos que há ferimentos causados por esse tipo de choque entre as pessoas no interior do carro. Uma empresa como a Bosch, se descobrir pela investigação de acidentes que acontece muita, vamos supor, colisão contra poste afetando o ocupante traseiro...

O BRASIL É REALMENTE UM DESAFIO, TANTO PELO COMPORTAMENTO DAS PESSOAS QUANTO PELA ESTRUTURA VIÁRIA. UM BURACO NA ESTRADA AQUI É DIFERENTE DE UM BURACO NA ALEMANHA: LÁ É UMA IRREGULARIDADE NO PISO, E AQUI É UMA CRATERA

Ela vai procurar desenvolver um sistema de segurança que evite ou minimize os efeitos desse impacto. Para a indústria, é muito importante entender o tipo de acidente que mais acontece para desenvolver novas tecnologias.

Trabalhar com segurança viária no Brasil é mais difícil? O Brasil é realmente um desafio, tanto pelo comportamento das pessoas quanto pela estrutura viária. As empresas tentam desenvolver tecnologias para preservar o pedestre, mas muitas vezes aqui o pedestre reage à proximidade rápida de um carro de maneira mais “criativa” que a de um europeu, atravessando fora da faixa. Um buraco na estrada aqui é diferente de um buraco na Alemanha: lá é uma irregularidade no piso, e aqui é uma cratera. As lombadas não são padronizadas, você encontra lombadas que parecem o pico do Everest de tão elevadas. Então não adianta pegar uma solução de tecnologia enlatada de fora e querer aplicar aqui. É preciso observar todas essas particularidades, e uma pesquisa séria sobre acidentes pode ajudar nessas questões.

Falta sensibilidade do poder público para as mortes no trânsito? Vou dar um exemplo: aqui cai um avião, e o país inteiro fica sensibilizado. Com toda razão, porque é uma tragédia. Mas morrem 100, 200 pessoas nesse tipo raro de acidente, enquanto que no trânsito é como se caísse um avião todo santo dia no Brasil. E as pessoas não ficam escandalizadas. Falta realmente uma mobilização, porque a questão nem é econômica. Um projeto como o nosso tem um custo para o órgão público muito baixo. Falta é coordenação política e ter as pessoas técnicas trabalhando, gente que entenda realmente do assunto, e não políticos. De uma forma generalizada no Brasil, quando entra um novo gestor do poder executivo, ele se vê pressionado a dar secretarias e cargos para aliados políticos, e aí a gestão de trânsito vai para a mão de uma pessoa que nunca trabalhou com engenharia de trânsito, não conhece a realidade da violência do trânsito, desconhece as boas práticas de outros países. Mas não acho que seja hora de criticar, porque problema é o que não falta no nosso país. A hora é de arregaçar as mangas. Acabamos tendo de nos envolver um pouco na política porque se torna necessário para que nosso projeto siga adiante. Mas o nosso objetivo é fazer um programa muito bom, de nível internacional. E que traga, de fato, uma contribuição efetiva para a redução das mortes no trânsito brasileiro.

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MATÉRIA DE CAPA

NOVOS ESTUDOS INTERNACIONAIS CONHEÇA OS DESTAQUES ENTRE OS TRABALHOS DE CENTROS DE PESQUISA DO MUNDO TODO: SÃO NOVÍSSIMOS ESTUDOS SOBRE SEGURANÇA VIÁRIA, REPARAÇÃO AUTOMOTIVA, COMPORTAMENTO DO MOTORISTA E VEÍCULOS ELÉTRICOS Alexandre Carvalho dos Santos

E

ngenheiros e pesquisadores do mundo todo têm sido os principais agentes de mudança no que diz respeito à segurança no trânsito e à reparação automotiva – os dois principais focos de trabalho do CESVI BRASIL. E, uma vez por ano, o conhecimento agregado a essas atividades dá um salto importante graças a uma palavra que está cada vez mais popular nestes tempos de mídias sociais: compartilhamento. A diferença é que estamos falando de um compartilhamento de informações que acontece off-line mesmo, olhos nos olhos, quando especialistas de todos os cantos do planeta se encontram na conferência anual do RCAR (Research Council for Automobile Repairs), um conselho internacional de centros de pesquisa com as mesmas características do CESVI, e do qual o centro brasileiro se orgulha de fazer parte. No ano passado, o encontro se deu na Coreia do Sul, em Seul, no fim de setembro. Foi quando pesquisadores e gestores dos centros de pesquisa de diversos países trocaram experiências e boas práticas – e apresentaram o que de mais novo e sofisticado existe no trato científico de tecnologias e informações relacionadas à segurança e a reparação. Selecionamos alguns dos mais interessantes, que você precisa conhecer. Porque eles podem, em algum momento, vir a transformar a forma como trabalhamos, vivemos e nos relacionamos com o automóvel.

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REPARAÇÃO DE FIBRA DE CARBONO Sim, as montadoras têm experimentado cada vez mais em termos de novos materiais utilizados em sua carroceria e peças. Um exemplo é a fibra de carbono, material mais fino que um fio de cabelo e mais resistente que o aço. Apesar do custo alto de se trabalhar com o material, logo as reparadoras poderão receber veículos com esse tipo de carroceria. Em 2013, a BMW anunciou a produção em massa de carros feitos com fibra de carbono. Mas e se chega um BMW, feito com o material, na porta da oficina? Como reparar as chapas desse carro? A questão motivou um estudo desenvolvido pelo CESVIMAP, da Espanha. O objetivo da pesquisa foi investigar o processo de fabricação da fibra de carbono, suas principais características, a incorporação do material em veículos convencionais e, por fim, a reparabilidade das peças danificadas. Além de estudar o reparo da carroceria de um BMW i3, o CESVIMAP pesquisou a reparação de peças estruturais de uma bicicleta – outro tipo de veículo que costuma usar a fibra de carbono. Foram feitos ensaios de impacto e testes de fadiga dos materiais. Esses testes identificam quebras tanto na região do reparo quanto em áreas mais distantes do ponto a ser reparado. O estudo concluiu que a reparação feita, seguindo padrões internacionais para reparo automotivo, consegue bons resultados com a fibra de carbono. Mas o CESVIMAP não quer parar por aí. A intenção do centro de pesquisa agora é levar o estudo adiante, de modo a criar um protocolo padrão para o reparo de fibra de carbono, para que todas as oficinas executem o trabalho de acordo com as características do material. E os próximos passos do estudo envolvem análises econômicas, de segurança e qualidade do processo.

ELÉTRICOS x CONVENCIONAIS DO PONTO DE VISTA DO SEGURO Um estudo apresentado pelo IIHS, dos Estados Unidos, fez uma comparação muito interessante: quais as diferenças entre os sinistros de um veículo elétrico para um convencional? Foram escolhidos para essa comparação os seguintes veículos: Ford Focus (versões a bateria e a gasolina), Nissan Leaf (elétrico) e Nissan Versa (gasolina), e Tesla S (elétrico), que foi comparado com dados de veículos de luxo com motorização convencional. Em todas as coberturas analisadas, a frequência de

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Divulgação

MATÉRIA DE CAPA VEÍCULOS ELÉTRICOS SÃO PROTAGONISTAS DE DIVERSOS ESTUDOS NOVOS – PROVA DE QUE A TENDÊNCIA VEIO PARA FICAR

No estudo do IIHS, elétrico Tesla S apresentou uma frequência de indenizações maior

indenizações foi inferior para o Focus elétrico e o Nissan Leaf em comparação com seus pares convencionais. No que diz respeito à colisão e responsabilidade por danos materiais, o Tesla S teve uma frequência de indenizações maior. De um modo geral, a sinistralidade para o Tesla foi superior em todos os tipos de cobertura. Por outro lado, o Nissan Leaf teve sinistralidade mais baixa. Os veículos elétricos com versões a gasolina tiveram sinistros mais expressivos de colisão, mas menor responsabilidade por danos materiais.

CERTIFICAÇÃO DAS LUZES DO CARRO O Centro Zaragoza desenvolveu um sistema de certificação de faróis e lanternas do carro. A certificação garante a todos os envolvidos que o processo produtivo usado na fabricação da peça é apropriado, e que a peça possui as especificações técnicas necessárias – informações valiosíssimas tanto para as montadoras quanto para as oficinas. E para o consumidor também – quem já teve um farol falhando precocemente numa rodovia à noite entende a importância desse tipo de trabalho. Os critérios da certificação pelo centro de pesquisa são os seguintes: - Regulamentações: As luzes do carro (faróis, setas, lanternas...) precisam ter todas as documentações associadas à homologação ECE (importante padronização europeia das regulamentações de veículos). - Testes do Centro Zaragoza: É necessário que as peças passem por provas de qualidade no que diz respeito ao material usado na fabricação, funcionalidade (a iluminação propriamente dita), revestimentos e impermeabilidade.

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Quanto à qualidade das peças, o centro de pesquisa realiza testes de resistência ao calor, resistência ao impacto (tanto em temperatura normal quanto em baixas temperaturas). A aparência externa também é critério de certificação: a geometria, o acabamento e o revestimento refletivo da peça são analisados. No exame de funcionalidade, o Centro Zaragoza faz uma inspeção visual em sala escura do faixo de luz emitido pelos faróis, sua intensidade e cor. Além disso, são feitos controles adicionais, como um teste de lavagem em alta pressão e um de resistência à vibração, para analisar como as peças resistem ao estresse gerado durante os deslocamentos do veículo. Algo que seria muito bem-vindo no Brasil, onde há tantos pisos irregulares.

QUER CORRER COM O CARRO? PAGUE MAIS NO SEGURO É possível transformar o comportamento do motorista por meio de incentivos econômicos para quem corre menos no trânsito? Segundo um estudo do Folksam, centro de pesquisa sueco, é possível, sim. A pesquisa foi feita com mais de 200 motoristas. Nos carros de parte deles, havia um dispositivo que informava sobre o limite de velocidade em cada trecho percorrido e emitia um alerta visual quando o carro passava desse limite. Toda a variação de velocidade ficava registrada, para análise do centro de pesquisa. Outro aspecto interessante é que um aplicativo permitia que o motorista acompanhasse seus registros de direção e quanto de desconto estaria recebendo até o momento – sabendo em tempo real como seu comportamento estaria


SEGURO DE DRONES

CHINA ESTUDA REDUÇÃO DE EMISSÕES Centro de pesquisa chinês, o CIRI (China Insurance Research Institute) apresentou no RCAR um programa a respeito dos veículos com novas tecnologias de energia, cuja disseminação tem sido estimulada pelo governo a fim de reduzir a emissão de poluentes – um problema crônico e grave na China. O estudo refere-se a três tipos de veículos: os puramente elétricos, os híbridos (combinam bateria e gasolina) e os elétricos movidos por célula de combustível. O programa apresentado pelo CIRI tem duas fases e almeja acelerar a maturidade dessas tecnologias, dos

Divulgação

Neste universo de estudos voltados aos automóveis, o CESVIMAP, da Espanha, inovou: apresentou um trabalho que é um primeiro passo na investigação do que está envolvido no seguro de drones – veículos aéreos não tripulados e controlados remotamente. Afinal, trata-se de um produto que, em pouco tempo, passou de uma mera curiosidade para um artigo bastante procurado no mercado. Versátil, pode filmar um jogo de futebol em ângulos diferentes, fazer a segurança de edifícios, filmar locais de acesso perigoso (uma região passando por terremoto, por exemplo) ou simplesmente servir de brinquedo. Essa expansão do uso levou o centro de pesquisa a uma indagação: como o custo de um drone costuma ser elevado (com exceções dos extremamente simples), o que deve ser levado em consideração num eventual seguro do aparelho? O projeto do CESVIMAP tem como objetivo proporcionar informação técnica para questões ligadas ao seguro: avaliações de risco, gestão de sinistro, entre outras. A tarefa inclui a classificação dos drones (levando-se em conta sempre o produto para uso profissional e com peso inferior a 25 kg – 90% deles pesam menos de 5 kg), a precificação, sensores e carga útil, usos não recomendados, colisões e dispositivos de segurança. Os riscos identificados pelo centro de pesquisa incluíram: quedas, colisões (com paredes, muros, árvores, postes, etc.), perda de controle de rádio, quebra dos propulsores, enguiço quando operando em temperaturas muito baixas e até perda de controle por ventos fortes. Há também riscos associados a usos específicos: por exemplo, drones utilizados no combate a incêndios podem ser danificados pelo contato com o fogo. Os testes já desenvolvidos pelo CESVIMAP contaram com quatro modelos diferentes de drones. Desde um mais simples (DJI Phantom 2), com preço de mercado de 759 euros, até um mais sofisticado (DJI S 1000), que custa 5.500 euros. Foram realizados testes indoor e outdoor. Nos testes externos, os drones subiam a uma altura de até 25 metros e tinham sua força desligada, caindo no asfalto. Nos internos, os aparelhos também subiam a essa altura, mas em seguida eram colididos contra uma parede antes de cair num piso de concreto. Em seus estudos, o CESVIMAP concluiu que, entre as peças mais danificadas dos drones, estão as hélices, a câmera e o trem de pouso. O centro de pesquisa também identificou que, geralmente, quando há ruptura ou deformação do chassi por conta de uma colisão, a consequência é uma quebra de componentes internos. E, quando isso acontece, o custo do reparo acaba sendo maior do que a aquisição de um novo.

influenciando no preço do seguro que teria de pagar. Como incentivo, uma oferta de até 30% de desconto no preço do seguro para os motoristas que não passassem de 1% de seus deslocamentos acima das velocidades máximas permitidas. Resultado geral: mais de 50% de redução nas velocidades praticadas. O centro sueco estimou que, caso todos os veículos do país contassem com esses estímulos, haveria 20% de redução nas mortes no trânsito. Outras conclusões positivas foram um potencial de redução nas emissões de gás carbônico, nos custos do seguro para o segurado, e quase nada de diferença nos tempos considerados em cada deslocamento. Ou seja, quando você corre muito no trânsito, não chega muito antes que as pessoas que tratam o acelerador com mais consciência. O estudo abre possibilidades para um perfil do condutor muito interessante para a cultura do seguro em qualquer país do mundo – inclusive do Brasil. Quem corre mais no trânsito, aumentando assim os riscos de um sinistro, deveria mesmo pagar mais.

Poluição é problema grave na China, e projeto tenta estimular compra de veículos não poluentes

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MATÉRIA DE CAPA comercialização de elétricos e híbridos saltou de tímidos 8.159 unidades, em 2011, para 331.092, quatro anos depois. E a China tem metas ambiciosas para o futuro próximo: quer que, em 2020, haja 5 milhões de elétricos e híbridos circulando no país – e, principalmente, substituindo veículos movidos a gasolina, que estão entre os grandes vilões da emissão de poluentes. Agora o CIRI quer investigar o impacto desse aumento da presença de elétricos e híbridos na frota para o mercado segurador. Atualmente, as seguradoras quase não têm um histórico de indenizações para esses tipos de veículos, não há coberturas específicas para eles, faltam padrões de reparação de elétricos e até de informações sobre os riscos associados ao uso da bateria no carro. Por isso, o centro de pesquisa pretende investigar a reparabilidade e a segurança de elétricos e híbridos, os fatores de risco associados a esses veículos e, uma vez da posse dessas informações, investir em treinamento para oficinas, peritos e profissionais da área de sinistro das seguradoras.

RCAR

veículos envolvidos e do próprio mercado para aceitar os carros “ecológicos”. A primeira fase do programa já começou – em 2009, conduzido pelo Ministério da Ciência e Tecnologia – e tem como objetivo superar barreiras tecnológicas a fim de desenvolver veículos de alta qualidade – compatíveis com seus pares movidos a combustão. O governo subsidiou a produção de veículos elétricos e híbridos, além de ter encorajado empreendimentos em pesquisa e desenvolvimento associados a baterias de última geração, motores elétricos modernos e controladores de alta voltagem. A segunda fase do programa tem a ver com uma mudança de cultura no país, e ainda está em curso: promover o uso disseminado de veículos elétricos e híbridos tanto entre os carros particulares quanto nas empresas frotistas. Um conjunto de fatores-chave, que incluiu, além dos incentivos, desenvolvimento tecnológico, aceitação de mercado e capacidade produtiva, resultou num boom de vendas de veículos de novas energias em 2015. A

REUNIÃO ANUAL DE PESQUISADORES Todos os estudos que você viu nesta matéria foram apresentados na conferência anual do RCAR realizada em setembro do ano passado, na Coreia – um evento organizado pelo centro de pesquisa local, o KART (Korea Automobile Insurance Repair Research and Training Center), que é membro do conselho internacional desde 1994. Todos os anos, representantes de centros de pesquisa especializados em segurança viária e reparação automotiva, do mundo todo, se reúnem para apresentar seus estudos mais recentes. E não apenas isso. Também apresentam um pouco da

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realidade de cada país, dados de mercado e fenômenos locais que podem ser reproduzidos em outras regiões do planeta. O objetivo principal do RCAR é reduzir os custos humanos e econômicos provocados pelos sinistros de automóveis. Isso é feito por meio do trabalho de seus membros em pesquisa para aprimorar a resistência dos veículos aos danos em colisões, sua reparabilidade e segurança. Participam desse conselho internacional 25 centros de pesquisa mantidos por empresas do mercado segurador (o CESVI BRASIL, pelo Grupo MAPFRE), de 20 países diferentes.


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CARRO

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OS NOVOS CAMPEÕES DA REPARABILIDADE PRÊMIO CAR GROUP APONTOU OS VEÍCULOS MAIS FÁCEIS E BARATOS DE REPARAR – UMA SELEÇÃO DE MODELOS QUE DEVE CHAMAR A ATENÇÃO DE CONSUMIDORES E SEGURADORAS Emerson Farias

M

ais uma vez, o CESVI BRASIL fez sua premiação dos melhores veículos do mercado brasileiro no que diz respeito à facilidade e ao custo do reparo – fatores muito importantes para quem tem o carro envolvido em uma colisão e precisa dos serviços de uma oficina. Em dezembro, o centro de pesquisa anunciou os vencedores do Prêmio CAR Group 2016, apontando os modelos com melhor avaliação em cada categoria. A Volkswagen foi o grande destaque desse ano, com cinco veículos premiados: up!, cross up!, SpaceFox, Saveiro Cabine Simples e Cabine Dupla. Foi a única montadora com mais de um modelo vencedor, reflexo da preocupação da empresa com o aspecto da reparabilidade. Mais que o devido reconhecimento, o Prêmio CAR Group também é uma forma de apontar ao consumidor final quais os modelos cujo reparo pesará menos no bolso – um critério cada vez mais levado em consideração na hora de escolher o carro novo.

OS PREMIADOS MODELO

HATCH COMPACTO

UP!

HATCH COMPACTO OFF-ROAD

CROSS UP!

HATCH MÉDIO

BRAVO

MINIVAN COMPACTA

C3 PICASSO

PICAPE COMPACTA CABINE SIMPLES

NOVA SAVEIRO CABINE SIMPLES

PICAPE COMPACTA CABINE DUPLA

NOVA SAVEIRO CABINE DUPLA

SEDAN COMPACTO

ETIOS SEDAN

SEDAN MÉDIO

SENTRA

SW COMPACTA

SPACEFOX

UTILITÁRIO ESPORTIVO

2008

UTILITÁRIO ESPORTIVO OFF-ROAD

JIMNY

MONTADORA

Luciana Ruffato

CATEGORIA

Revista CESVI

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VARIAÇÕES DE PREÇO AO LONGO DO ANO INFLUENCIAM NA MÉDIA QUE IRÁ DETERMINAR O CAMPEÃO DO PRÊMIO CAR GROUP

Divulgação

CARRO

ANÁLISE DOS MODELOS COM MAIOR POTENCIAL COMERCIAL Até a edição anterior do Prêmio CAR Group, era critério do CESVI avaliar o modelo de veículo em sua versão top de linha, aquela com maior conjunto de itens de série. Agora isso mudou. Na atual premiação, foram analisadas as versões que a montadora projeta como as que terão maiores vendas. Assim, os modelos estudados no CAR Group são exatamente aqueles mais procurados pelos consumidores e mais trabalhados pelas seguradoras, tornando esse índice cada vez mais um fator de decisão tanto para compradores de veículos quanto para companhias de seguros. Afinal, com essa avaliação do comportamento da estrutura do veículo numa eventual batida de trânsito, as seguradoras obtêm uma importante informação que irá auxiliá-las na precificação do

O “SEGREDO” DA VOLKSWAGEN Atualmente, o Prêmio CAR Group divide-se em 11 categorias. Das seis categorias de que a Volkswagen participa, seus modelos ficaram na primeira colocação em cinco. Um dos pontos fortes dessa montadora, no que diz respeito à premiação, é que, de modo geral, seus veículos têm componentes que trabalham na absorção da energia do impacto em colisões de baixa velocidade (absorvedores, crash-box, etc.). Com isso, em boa parte dos casos, os modelos da Volks conseguem ter menos danos em peças estruturais nessas batidas de trânsito, facilitando (e barateando) o reparo.

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seguro. Esses dados são ainda mais relevantes levando-se em consideração que os veículos estudados pelo CESVI geralmente estão em fase de lançamento – ou seja, a companhia ainda não tem um histórico sobre os modelos. Com o CAR Group ela fica sabendo quais tendem a dar mais e menos trabalho na oficina, o que impacta diretamente nos resultados da seguradora.

COMO É FEITO O ESTUDO O Prêmio CAR Group é um marco da atuação das montadoras no que diz respeito à reparabilidade de seus veículos, mas parte de um trabalho maior, que é o estudo cotidiano do CESVI BRASIL sobre essa característica dos mais diferentes modelos. Esse estudo é feito assim: tudo começa quando o CESVI recebe o veículo – antes de seu lançamento ou sob demanda do mercado –, analisa sua estrutura e realiza medições técnicas. A etapa seguinte é a que mais chama a atenção: crash-tests de baixa velocidade (15 km/h), com colisão de 40% da dianteira esquerda e 40% da traseira direita, de acordo com norma internacional do RCAR (Research Council for Automobile Repairs), um conselho internacional de centros de pesquisa automotiva. Depois de cada impacto, o veículo é levado a uma oficinamodelo, onde são estudadas a extensão dos danos e a facilidade do reparo. Também é feita uma análise individual das peças envolvidas com o objetivo de identificar quais poderiam ser reparadas por processo de funilaria e pintura, e quais aquelas que ficaram tão danificadas que precisariam ser substituídas (lembrando que a substituição sempre tem um custo mais alto que o reparo). O CESVI também avalia a estrutura do veículo e os componentes


que o modelo tem para minimizar os danos em partes estruturais. São itens como travessa com crash-box, absorvedores de impacto e peças com deformação programável. O uso de alguns desses componentes ajuda a preservar, por exemplo, as longarinas do veículo, uma peça importante para a segurança dos ocupantes em caso de acidente – e que eleva bastante o custo do reparo caso seja danificada. Para chegar ao índice CAR Group, o CESVI ainda faz um cálculo que considera os custos de mão de obra da reparação dianteira e traseira, os preços de cada peça que teve de ser substituída, os tempos de substituição e a cesta básica de peças.

PARA CHEGAR AOS VENCEDORES DO ANO O resultado do estudo que acaba de ser descrito é que o veículo obtém um índice CAR Group, que pode ser de 10

BRAVO vs. 308 Na categoria hatch médio, o Peugeot 308 permaneceu mais tempo à frente do Fiat Bravo ao longo do ano, o que dava a entender que seria o veículo com melhor CAR Group na premiação. Porém, nos últimos três meses do ano passado, o 308 teve altas significativas de preço, o que fez com que o valor médio do veículo aumentasse bastante, deixando, assim, o Fiat Bravo em primeiro lugar. Uma demonstração da influência que tem o acompanhamento de preços feito pelo CESVI ao longo do ano para o resultado final da premiação.

a 60, sendo que, quanto menor esse índice, melhor a sua classificação (um veículo com CAR Group 13, por exemplo, teve uma avaliação mais positiva que outro da mesma categoria que tivesse um índice 22). A partir daí, o veículo passa a ser acompanhado mensalmente pelo CESVI. Ao longo do ano, o centro de pesquisa analisa variações de valores que ocorrem no mercado e, caso haja alteração nos preços de peças desse determinado veículo, seu índice no CAR Group é atualizado. Após um ano, então, o CESVI faz a média do índice de cada veículo ao longo dos últimos 12 meses. Os modelos com melhores médias em suas categorias são os vencedores de cada edição do Prêmio CAR Group. Aqueles que você viu destacados nesta matéria, e que certamente vão receber uma atenção especial de consumidores e companhias de seguros por conta de sua reparabilidade.

CARRO MAIS BARATO NÃO SIGNIFICA CAR GROUP MELHOR Pode haver uma impressão de que, se o veículo tem um preço mais acessível, consequentemente terá um índice melhor do CAR Group, já que suas peças tendem a ser mais baratas. Mas nem sempre isso é verdade. Um exemplo disso acontece na categoria hatch compacto – a que tem o maior número de modelos concorrentes (14). O Novo Palio é comercializado no mercado por um preço mais acessível que o do up!. Porém, enquanto o carro da Volkswagen teve índice 10 (o melhor possível no CAR Group), o da Fiat teve 50 – indicando um custo de reparo bastante superior.

Revista CESVI

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TECNOLOGIA

SISTEMA ANTIBATIDA

FRENAGEM AUTÔNOMA DE EMERGÊNCIA, RECURSO CONHECIDO PELA SIGLA AEB, FAZ ALERTAS E AJUDA O MOTORISTA A EVITAR COLISÕES – SE FOR NECESSÁRIO, ATÉ PARA O CARRO SOZINHO Alessandro Rubio

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A

história da proteção aos ocupantes de veículos teve alguns marcos inesquecíveis. Um exemplo foi o surgimento do cinto de segurança, desenvolvido em 1959 pela Volvo, que quase imediatamente se tornou item obrigatório nos veículos produzidos no mundo inteiro. Sem dúvida nenhuma, outro acontecimento marcante nesse sentido foi o lançamento do controle de estabilidade (ESC – Electronic Stability Control), que consideramos o segundo equipamento mais importante para a segurança veicular e viária desenvolvido até hoje. Trata-se de um sistema que, analisando a velocidade das rodas e a direção imposta pelo motorista, evita derrapagens, corrigindo desvios bruscos de direção. A má notícia é que, apesar de muito importante, o ESC só terá instalação obrigatória no Brasil em 2022.


Além dos próprios benefícios que o ESC proporciona, esse sistema ainda serviu de base para o desenvolvimento de outro recurso revolucionário para a segurança: a frenagem autônoma de emergência (AEB – Autonomous Emergency Braking). Contando com componentes do ESC, o AEB analisa o trânsito à frente e alerta o motorista caso haja iminência ou risco de colisão. E o sistema vai além disso: ele também atua no freio do veículo, independente da ação do motorista, parando o carro, se for o caso, ou reduzindo sua velocidade. Essa atuação na frenagem depende da velocidade no momento do risco e também da tecnologia de cada modelo de veículo. Até determinada velocidade, o AEB é capaz de parar mesmo o veículo. Já se o automóvel estiver correndo demais, o sistema apenas diminui a velocidade, reduzindo a severidade do impacto.

LEVANTAMENTO A RESPEITO DO VOLKSWAGEN GOLF APONTA REDUÇÃO DE 45% DE ACIDENTES EM MODELOS COM AEB

TECNOLOGIAS POSSÍVEIS NO AEB Dependendo do custo e da tecnologia usada, o AEB pode apresentar características diferentes.

Lidar Tecnologia que faz varredura a laser para identificar a distância de objetos à frente. Esse sistema é mais usado para evitar colisões com velocidades de até 24 km/h e diminuir as lesões nos ocupantes e danos nos veículos em impactos de até

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TECNOLOGIA 18% no número de sinistros com terceiros em veículos equipados com a frenagem autônoma de emergência. A Thatcham também analisou alguns modelos específicos, como o Volkswagen Golf geração VII, identificando uma redução de 45% nos sinistros de terceiros em comparação com modelos sem a tecnologia.

Bosch

DIFÍCIL É ACHAR NOS CARROS DAQUI

40 km/h. Tem um custo mais baixo em relação às outras tecnologias usadas no AEB, e sua performance não é tão boa na detecção de objetos a longas distâncias.

Radar Detecta objetos por ondas de rádio, tendo mais eficiência na detecção de elementos parados ou em movimento a longas distâncias. Faz com que o veículo evite colisões em velocidades de até 48 km/h, por exemplo.

Câmera estéreo

De acordo com levantamento realizado pelo CESVI em 2016 sobre a disponibilidade de AEB no Brasil, Argentina e Equador, nosso país tem menos de 6,5% de versões de veículos com o equipamento de série. A Argentina possui pouco menos de 20% (19,7%) e o Equador, pouco mais (20,9%). Ou seja, em relação a esse importante recurso de segurança, estamos piores que argentinos e equatorianos. Na Europa e Estados Unidos, a situação é bem diferente. Os americanos fizeram um acordo com montadoras que prevê a inclusão obrigatória do AEB nos veículos a partir de 2022. Na União Europeia, já é mandatória a instalação de AEB para caminhões e ônibus desde 2015, porém não há obrigatoriedade para veículos de passeio. Só lembrando: no Brasil, não há qualquer previsão de obrigatoriedade de AEB nos veículos.

É composta de duas lentes que têm a capacidade de analisar a imagem à frente do veículo e detectar a distância dos objetos. Geralmente instalada no para-brisa, essa câmera tem boa performance na detecção de objetos e pedestres, mas seu custo é elevado.

Sistema dotado de câmera com uma lente somada à tecnologia do radar. Aí a performance fica bem melhor. E esse conjunto de tecnologias também faz outras funções, como aviso de saída de faixa de rolagem, alerta de colisão à frente e também controle de cruzeiro adaptativo.

Câmera estéreo + Radar É a tecnologia mais avançada que existe no momento – e também a mais cara. Assim como a tecnologia anterior, reúne recursos de frenagem autônoma de emergência, aviso de saída de faixa de rolagem, alerta de colisão à frente e também controle de cruzeiro adaptativo. Mas a capacidade de análise do trânsito com câmera estéreo, somada à precisão e distância alcançada pelo radar, proporciona o melhor desempenho disponível atualmente para esse tipo de item de segurança.

COMPROVADO: AEB REDUZ ACIDENTES De acordo com membros do RCAR (conselho internacional de centros de pesquisa automotiva), como a Thatcham, do Reino Unido, as seguradoras afiliadas a eles tiveram uma redução de 24

Bosch

Câmera + Radar

A RESPONSABILIDADE É SUA Como você viu, o sistema de frenagem autônoma de emergência (AEB – Autonomous Emergency Braking) alerta sobre a iminência de colisões traseiras, o que ajuda muito, mas muito mesmo, a evitar batidas de trânsito. Isso é ótimo. Mas a responsabilidade ainda é do motorista. Se você estiver a 200 km/h na estrada, dirigindo perigosamente, não há tecnologia que elimine completamente os riscos de um acidente. Mantenha sempre uma distância segura do carro à frente, não ultrapasse os limites máximos de velocidade permitidos em cada lugar e, sobretudo, dirija com prudência. A responsabilidade e o bom senso ainda são os melhores recursos de segurança viária que existem. Use sem moderação.


Com os mais avançados recursos tecnológicos, os agentes CINS otimizam a gestão de frotas para sua empresa alcançar a máxima eficiência operacional, agilizar o processo de sinistro, reduzir custos e potencializar resultados.

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SEGURANÇA VIÁRIA

POR UM MUNDO MELHOR FUNDACIÓN MAPFRE É MODELO DE ATUAÇÃO EM SEGURANÇA VIÁRIA, DISSEMINANDO UMA CULTURA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES E COMPORTAMENTOS POSITIVOS NO TRÂNSITO Alexandre Carvalho dos Santos

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omo leitor desta revista, você já sabe que o CESVI BRASIL pertence ao Grupo MAPFRE e tem um trabalho de mais de duas décadas voltado para a melhoria da segurança viária do país. Mas esse empenho associado à redução dos acidentes e das mortes no trânsito faz parte também de outra iniciativa sob a marca da mesma companhia: é a Fundación MAPFRE, uma instituição sem fins lucrativos criada em 1975 e presente em 30 países, inclusive o Brasil. A Fundación promove parcerias com entidades públicas e privadas, sempre visando ao desenvolvimento de ações que possam trazer benefícios para os cidadãos – uma atitude transformadora, que tem melhorado a vida de muita gente. “Com uma atuação marcante na Espanha e em diversos países da América Latina, entre eles o Brasil, a Fundación MAPFRE


Fundación MAPFRE

AS AÇÕES DA FUNDACIÓN MAPFRE VÃO ALÉM DA SEGURANÇA VIÁRIA. ENVOLVEM DESDE A CONCESSÃO DE PRÊMIOS CIENTÍFICOS ATÉ O APOIO A PUBLICAÇÕES, ESTUDOS, PESQUISAS, SEMINÁRIOS E CONFERÊNCIAS EM DIVERSAS ÁREAS

NA PISTA CERTA

materializa a contribuição social do Grupo MAPFRE para a sociedade, com o desenvolvimento de atividades em cinco áreas: Ação Social, Prevenção e Segurança Viária, Seguro e Previdência Social, Promoção da Saúde e Cultura”, explica Wilson Toneto, CEO da MAPFRE Brasil. “Em Segurança Viária, a Fundación virou referência para o setor, graças à realização de uma série de iniciativas voltadas a diferentes públicos e focadas em disseminar atitudes preventivas, promover hábitos sociais e conscientizar as pessoas sobre a importância da segurança viária.” De fato, com um objetivo de contribuir para o bem-estar dos cidadãos e de toda a sociedade, a Fundación desenvolve e apoia uma série de projetos distintos associados à redução de acidentes e mortes no trânsito, priorizando a educação e a conscientização de adultos e crianças. São esses projetos que você vai conhecer agora.

Completando 10 anos em 2017, o programa Na Pista Certa tem o objetivo de introduzir o conceito de educação viária logo na infância, desenvolvendo atividades voltadas para crianças de 5 a 9 anos. Trata-se de um espaço cenográfico que reproduz situações de trânsito, com estrutura modular e itinerante, onde meninos e meninas aprendem – enquanto brincam ao mesmo tempo – sobre regras de convivência entre veículos e pedestres. E também sobre valores como solidariedade, respeito, inclusão e gentileza. As ações são realizadas tanto nos colégios quanto em locais de grande circulação, como em praças e no Museu Catavento e no Parque do Ibirapuera. Em 2016: O programa aumentou o número de crianças e escolas impactadas em 48% e 21%, respectivamente, em relação a 2015. Resultado de um trabalho que envolveu parcerias com as Secretarias Municipais de Educação e Operação Na Pista Certa, na cidade de Suzano (SP)

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SEGURANÇA VIÁRIA

Capacitação de professores no programa Educação Viária é Vital

de Trânsito e Cidadania, que levaram o programa para 16 municípios de São Paulo. No total, foram 20 operações, com a participação de 23.681 crianças, de 180 escolas, além de 986 professores e 903 pais ou responsáveis.

EDUCAÇÃO VIÁRIA É VITAL Como a Fundación MAPFRE entende que, para promover a educação sobre o trânsito desde cedo, é preciso antes de tudo ter multiplicadores capazes de disseminar essas ideias, o programa Educação Viária é Vital, lançado em 2004, tem foco na capacitação de educadores dos ensinos fundamental e médio. A ação educativa ainda envolve os alunos em uma ampla pesquisa sobre as condições da circulação viária no entorno de suas escolas e nas comunidades próximas, incentivando-os a adotar atitudes que tornem essa circulação mais segura e eficiente. Até hoje, o programa já impactou mais de 100 mil educadores e aproximadamente 4 milhões de alunos de 9 mil escolas espalhadas pelo Brasil. Em 2016: O ano passado foi muito especial para o Educação

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Viária é Vital, pois contou com o lançamento de uma plataforma de ensino a distância, criada para incentivar discussões sobre o tema em sala de aula por meio de um ambiente virtual. Assim, o intercâmbio entre educadores e a equipe pedagógica da Fundación MAPFRE fica ainda mais dinâmico e estimulante. Nesse ano, o programa realizou 87 turmas de formação, com 1.838 professores capacitados, beneficiando mais de 15 mil crianças.

SEGURANÇA VIÁRIA NA EMPRESA Empresários e trabalhadores também são público-alvo da Fundación MAPFRE. Lançado em 2015, o Segurança Viária na Empresa busca sensibilizar esses profissionais quanto à questão dos riscos de acidentes em seus deslocamentos do dia a dia. O programa é viabilizado por meio de uma plataforma online, que dispõe de uma variedade de cursos gratuitos sobre segurança no trânsito. Para saber mais sobre esse programa inovador, acesse: http://segurancaviarianaempresa.com Em 2016: O programa atingiu 1.043 colaboradores de 91 empresas – um aumento expressivo em relação ao


Fundación MAPFRE

SEMANA NACIONAL DO TRÂNSITO

ano anterior, de 1.945% e 194%, respectivamente. Esse avanço se deu por uma série de ações para divulgar a plataforma, tanto via mídias sociais quanto por apresentações dentro das empresas.

Já é uma tradição: a Fundación MAPFRE faz questão de participar ativamente da Semana Nacional de Trânsito – uma iniciativa anual promovida sempre em setembro pelo Governo Federal, por meio do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), para a conscientização sobre os riscos da insegurança viária. Em 2016: A Fundación promoveu uma série de ações integradas de conscientização nesse período – algumas com alcance de massa entre a população. Foram sessões do programa Na Pista Certa, a veiculação de vídeos nas TVs internas do metrô de São Paulo (quase 9,5 milhões de pessoas atingidas) e anúncios sobre prevenção e segurança no jornal Destak, que é distribuído gratuitamente na capital paulista (impactando um público de 930 mil pessoas – 80% de motoristas e 20% de pedestres).

PARA ALÉM DO TRÂNSITO A segurança viária é um dos pilares do trabalho da Fundación MAPFRE, mas a instituição, no seu objetivo de contemplar benefícios para toda a sociedade, tem outras frentes de atuação. Em Ação Social, o trabalho é voltado para a melhoria das condições econômicas, sociais e culturais das pessoas, especialmente dos setores menos favorecidos da sociedade. Em Cultura, a Fundación estimula a difusão de ações culturais, das artes e das letras. Em Promoção da Saúde, o foco é o desenvolvimento de programas educativos destinados a promover a qualidade de vida das pessoas. Em Seguro e Previdência Social, são promovidas atividades de

formação e pesquisas em temas relacionados a esses setores da economia. Também há um trabalho de Prevenção, voltado à segurança das pessoas e de seus patrimônios. Esse fator está no mesmo pilar que abrange a segurança viária, mas que não se restringe a ela. Inclui, por exemplo, campanhas de prevenção de incêndios. Esse conjunto de trabalhos da Fundación MAPFRE é interdisciplinar e diversificado. Suas ações envolvem desde a concessão de prêmios científicos até a organização de exposições de arte, passando pelo patrocínio de publicações, estudos, pesquisas, seminários e conferências. Um universo de trabalhos criados por uma instituição que quer, acima de tudo, dar uma contribuição valiosa para um mundo melhor.

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MÁQUINAS POP

GAMES DE CARROS DO ANCESTRAL “ENDURO” À FEBRE DO “GRAN TURISMO”, VELOCIDADE E ADRENALINA CONTINUAM POR TRÁS DO SUCESSO DOS VIDEOGAMES

shutterstock

Gerson Burin

O

s videogames conquistaram crianças, adolescentes e adultos nos já longínquos anos 80. Desde então, os jogos de carros sempre estiveram entre os mais populares. Um clássico da época era o Enduro, do Atari. O jogador comandava um carro de corrida em meio a diversas situações de pista e de clima, incluindo trechos de gelo no piso – o veículo era pilotado via joystick, cujos movimentos determinavam aceleração, frenagem e direção. Na época, os games tinham poucos megapixels de resolução, e hoje um jogo como Enduro parece uma transmissão do começo do mundo perto da sofisticação das imagens dos games atuais. Além da computação gráfica, evoluíram os conceitos por trás desses games. Dependendo

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do jogo, o participante pode alterar a configuração do seu carro para melhorar o desempenho nas corridas, ou simplesmente para ter um modelo mais bonito à mão.

ARCADE E SIMULAÇÃO As plataformas de games se dividem basicamente nos modelos Playstation, Xbox e jogos para PC. O nível de realismo é que difere bastante: pode ir de configurações chamadas “arcade” até outras do estilo “simulação”. Nos arcades, o comportamento do veículo pode ser alterado para uma forma mais “indestrutível”: tudo é muito irreal, superlativo, como um filme de ficção científica e de fantasia. Os carros que você vê ali têm


superpoderes que não são deste mundo. Tem gente que adora e tem quem ache muito exagero. Já nos níveis de “simulação”, o comportamento do veículo se torna muito mais parecido com a prática real – dependendo do jogo escolhido. Aqui, os veículos geralmente se baseiam em referências de versões esportivas das principais marcas mundiais, demonstrando, por exemplo, os detalhes de motorização de cada modelo, tipo de tração, configuração de suspensão e amortecedores, pneus, transmissão, distribuição de freio e até mesmo itens ligados à aerodinâmica do carro (um exemplo: os ajustes de spoilers e aerofólios para proporcionar melhor aderência). Até as avarias são mais realistas nas versões de simulação, com danos em pneus, suspensão, motor e deformações na estrutura do veículo. Os danos realmente fazem o carro perder eficiência no game, chegando ao ponto de ficar impossível seguir adiante.

COM UM INVESTIMENTO MAIOR, DÁ PARA TER UM VERDADEIRO COCKPIT PARA JOGAR SEUS GAMES DE CARROS, COM VOLANTE EM TAMANHO REAL, FREIO E ALAVANCA DE MARCHAS

O jogador ainda tem a opção de acionar ou não sistemas de auxílio, como o controle de tração, freios ABS e trocas automáticas de marchas. Tanto nos games arcade quando nos de simulação, muitas vezes o jogador pode optar pela forma como visualiza a corrida: pode ser uma visão externa, só do carro correndo, ou na posição de motorista, com a visão do painel e do volante.

O “COCKPIT” A evolução nos videogames de carros vai além do design e do conteúdo dos jogos: alcançou o próprio equipamento que o jogador tem para comandar seus veículos virtuais. Os controles, por exemplo, variam desde os conhecidos (e até cultuados) joysticks, alguns com múltiplos botões, até modernas opções de minivolantes. Quem pode gastar mais tem a chance de adquirir verdadeiros cockpits – com volantes em tamanho real, pedais de embreagem, acelerador

GAMES: GRAN TURISMO Exclusivo para as plataformas PlayStation, o game ficou em primeiro lugar na lista de “50 melhores jogos de corrida da história” do programa Top Gear, da BBC. Apresenta ótima dinâmica de simulação para os veículos selecionados, podendo contar com fabricantes e modelos bem diversificados e conhecidos. O controle do volante é baseado nas impressões da vida real, os movimentos dos carros seguem de forma apurada os princípios da física e o som dos veículos tem base na gravação dos ruídos originais dos carros simulados. Tudo é extremamente realista, assim como as pistas de corrida. Com as vitórias, você vai ganhando dinheiro, que poderá ser usado para a melhoria ou aquisição de carros novos. Também é possível fazer corridas online com adversários do mundo todo.

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MÁQUINAS POP

GAMES: FORZA Produzido para jogar em consoles Xbox e também no Windows, este game permite escolher circuitos de rua ou mesmo pistas de corrida mundialmente conhecidas, como o autódromo de Nürburgring, com traçado completo de 22 km ou o reduzido, de 5,1 km por volta. Os carros podem ser selecionados por fabricante e modelo, com variação de cores, adesivos e até de regulagens de suspensão, freio, recursos eletrônicos, relação de marchas, etc. As corridas podem ser definidas por tempo ou colocação final – bons resultados desbloqueiam upgrades para os veículos ou até carros novos para o jogador. O gráfico é de grande qualidade, o estilo é de simulação e o comportamento dos veículos muda de acordo com as características de cada carro. Outro jogo que permite corridas online.

e freio, além de alavanca de marchas e até freio de mão. Algumas plataformas de games ainda possibilitam interpretar o movimento da cabeça do jogador por meio de sensores. Esses dispositivos captam os movimentos e alteram o ângulo de visão na tela, como se o jogador estivesse dentro do veículo, possibilitando olhar para os lados.

DETALHISMO NOS CENÁRIOS Nos games mais sofisticados, os cenários são muito realistas. Podem incluir circuitos e estradas que realmente existem, com detalhes excepcionais de zebras da pista, vegetação e arquibancadas ao redor. Você pode correr em circuitos da categoria norte-americana da Nascar, escolhendo a maioria das pistas ovais e mistas, ou correr no circuito de Interlagos em um jogo de Fórmula 1. Também compõem o realismo do cenário as condições climáticas e horários das corridas. Você pode tanto enfrentar chuva e granizo durante uma corrida, percorrer estradas com o sol de final de tarde ou se basear nos faixos dos faróis durante uma noite gráfica. As simulações de cenários são tão perfeitas que até mesmo os serviços de troca de pneus podem ser feitos nas paradas de box com detalhes dos mecânicos, velocidade diferenciada para evitar punições e marcações no solo para a correta parada. Os sons, então, são um capítulo à parte: extremamente

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realistas, reproduzem perfeitamente os ruídos característicos de cada carro. Também vão mudando conforme o comportamento do veículo na corrida: mudam em rotações diferenciadas, trocas de marcha, de acordo com a aderência dos pneus no solo, impactos e frenagens. Em corridas de rally, você consegue ouvir até mesmo a voz do navegador auxiliando o piloto (jogador) na tomada de decisão de marcha e na velocidade para os trechos à frente.

CORRER CONTRA RIVAIS DO MUNDO TODO Os games mais bacanas também permitem interação entre jogadores. E você não precisa mais correr sempre contra aquele seu vizinho que também adora games de carros. Hoje é possível enfrentar outros jogadores online – gente de carne e osso como você, e de qualquer parte do mundo. Com essa opção, que frequentemente inclui ranking de tempo ou de posições, é possível participar de campeonatos internacionais muito disputados. O difícil mesmo nesses games é... parar de jogar. Para quem gosta de carros (e, se você está lendo esta revista, certamente não é indiferente a eles), é fácil perder a noção do tempo diante do videogame – a ponto de esquecer um pouco a diferença entre o que é realidade e o que é o máximo de sofisticação que a computação gráfica é capaz de proporcionar ao seu entretenimento.


GAMES: CARMAGEDDON CARMAGEDDON ESTIMULA O ATROPELAMENTO DE PEDESTRES. O GAME FOI PROIBIDO NO BRASIL, APESAR DA CIRCULAÇÃO DE VERSÕES PIRATAS

Imagine um jogo totalmente contrário aos conceitos de segurança viária... Pior, ele até estimula o comportamento criminoso de motoristas no trânsito. Basicamente é um jogo de corrida de automóveis, sendo que o jogador tem de fazer a melhor corrida dentro do tempo estipulado para cada fase. O grande problema é a forma como você pode ganhar pontos e bônus de tempo: atropelando pedestres (robôs) e até mesmo cadeirantes. Além disso, você pode destruir os oponentes durante a corrida para se beneficiar. Matar robôs não é tão “divertido” assim? Em alguns países da Europa, o game possui uma senha que habilita uma versão em que os pedestres são seres humanos mesmo. Para tudo virar uma autêntica carnificina. A violência e o mau exemplo são tantos que o game foi proibido no Brasil – embora haja versões piratas sempre em circulação.

GAMES: NEED FOR SPEED Este clássico dos games desafia o jogador a participar de corridas em ruas e estradas, podendo haver disputas de igual para igual ou entre oponentes de níveis bem diversos, que levam em consideração a habilidade do motorista e as características

do veículo. Os carros são de marcas de renome mundial, com versões esportivas. Mas, atenção: durante o jogo, você pode ser surpreendido e perseguido pela polícia por excesso de velocidade ou manobras agressivas. Com o avanço e bom desempenho nas corridas, o jogador vai tendo desbloqueio de customizações que auxiliam cada vez mais na melhoria do carro para as corridas seguintes. Os gráficos são excelentes, mas muitos jogadores reclamam do game ser muito do estilo arcade (fantasioso), com menos simulação (que seria mais realista).

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REPARO

REGULAÇÃO T DE SINISTRO MAIS EFICIENTE

oda companhia de seguros, reguladora e oficina querem contar com recursos que proporcionem, com tecnologia de ponta e flexibilidade na integração com os sistemas dessas empresas, redução de custos e ganho de velocidade para suas decisões do dia a dia. É o que o Órion, sistema de gestão de sinistro do CESVI, visa proporcionar com seus diferentes módulos, que podem ser adquiridos separadamente, de acordo com cada necessidade. Duas ferramentas desse sistema que têm se destacado no sentido de aumentar a eficiência no trabalho de regulação de sinistro são o Órion Peças e o novo Revistoria.

ÓRION PEÇAS E O NOVO MÓDULO DE REVISTORIA DE PROCESSOS SÃO RECURSOS PARA OTIMIZAR E TORNAR MAIS ÁGIL O TRATO DOS SINISTROS DE VEÍCULOS ÓRION PEÇAS Rodrigo Hernandes

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Trata-se de um módulo 100% online, especializado no fornecimento de peças. O foco está no aumento de


produtividade, na redução dos custos administrativos, no aumento médio dos descontos de peças e, finalmente, na redução do custo médio com os sinistros. Todos os pedidos de peças são acompanhados em tempo real, de modo que, em um único portal, todos os envolvidos no processo têm o status atual do pedido: pendente, em processo de leilão, aguardando a entrega das peças na oficina ou já devidamente finalizado. O sistema possui diversas regras de negócios que podem ser configuradas por cliente, e alteradas a qualquer momento por quem operacionaliza a aplicação.

FUNCIONALIDADES Confira as diversas possibilidades agregadas ao Órion Peças. • Leilão com múltiplos fornecedores: a ferramenta

possibilita o cadastro de fornecedores para competição no processo de leilão, bem como de empresas mediadoras. Todos podem “brigar entre si” – ganha quem tiver o menor preço ou prazo de entrega. • Cidades de atuação: possibilita configurar a área de atuação dos fornecedores e mediadoras por cidade. • Marcas de atuação: permite configurar as marcas de veículo por fornecedor e mediadora. • Justificativa de atrasos: é possível configurar os motivos de atrasos, parametrizando as justificativas para todos os players envolvidos. • Confirmação de recebimento das peças: você pode inserir os dados de quem recebeu as peças na oficina, bem como sua data e horário.

Revista CESVI

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REPARO

• •

Notas fiscais: inclusão dos dados e imagens das notas fiscais pelos fornecedores. Relatórios: de qualquer informação que esteja na base do sistema, como quantidade de fornecimento por player, índice de economia atingido, controle de SLA, entre outros dados. Envio de e-mails: o módulo ainda envia e-mails automaticamente a todos os envolvidos em todos os estágios do processo – no momento em que o fornecedor foi contemplado como vencedor, ou como perdedor, quando há algum pedido em atraso, etc. Os fornecedores e mediadoras têm visualização de informações de suma importância para o processo, o que abrange: acesso a todas as peças com a respectiva descrição e part number (código da peça); acesso às fotos do orçamento elaborado pelo perito; visualização dos dados da oficina, útil para confirmar o local correto para envio das peças; possibilidade de cadastro de unidades de fornecimento, para clientes com grandes redes; extração de relatórios para auxílio na gestão de seus fornecimentos de peças. O cliente pode configurar a geração do pedido de peças para que um único fornecedor providencie todas as peças da cotação, ou para que vários fornecedores possam ganhar peças diferenciadas de uma mesma cotação.

INTEGRAÇÃO COM ÓRION ORÇAMENTOS É possível trabalhar com o Órion Peças tendo ou não o módulo de orçamentos do Órion. Isso porque é possível integrar ao Órion Peças os dados de vistoria gerados por

qualquer outro sistema de orçamentos. Já se você tem o Órion Orçamentos, é assim: a partir da inclusão da peça no sistema, definida como “fornecida”, gera-se a cotação no módulo Órion Peças. Mais simples, impossível.

QUEM ESTÁ USANDO No setor de seguros, o usuário atual com mais tempo de trabalho com o Órion Peças é o Grupo Segurador BB e MAPFRE, cuja operação contempla o módulo desde janeiro de 2013. Dois anos depois, foi a vez da Mitsui Sumitomo Seguros passar a trabalhar com o sistema. “O Órion tem se destacado como uma ferramenta confiável e que nos possibilita contratar os processos de vistoria de sinistros de forma segura, prática e ágil”, afirma Marcos Koji Akimoto, superintendente de sinistros da Mitsui Sumitomo Seguros. “Estamos satisfeitos com os resultados que a ferramenta tem nos proporcionado e com todo o suporte técnico e operacional que o CESVI BRASIL tem nos oferecido.” E, em setembro de 2016, foi a Tokio Marine quem começou a se beneficiar das funcionalidades do módulo. No curto tempo em que está com o sistema, esta seguradora já notou que o monitoramento em tempo real de todo o fornecimento das peças tem sido um diferencial importantíssimo. “Com o acompanhamento dos processos em tempo real pelo sistema, é possível identificar algum pedido atrasado e agir pontualmente com o parceiro responsável pelo serviço”, explica Ricardo Takahashi, superintendente executivo da companhia. Além das seguradoras, as mediadoras Prismatec, Inpart, Planetun e B2B já operam com o Órion Peças e estão integradas com o sistema. Também há mais de 900 fornecedores de peças ligados ao módulo.

REVISTORIA Uma novidade recente do sistema de gestão de sinistros do CESVI é o Órion Revistoria. A nova ferramenta, também 100% online, permite a realização de revistorias de processos, com o ajuste dos valores autorizados, possibilitando ainda a identificação de falhas e fraudes ocorridas ao longo da regulação do sinistro. A ideia é proporcionar um monitoramento mais

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completo de todo o trabalho. O módulo é voltado para reguladoras e peritos, com o objetivo de promover o aprimoramento dos próprios processos do usuário, além da redução de custos das companhias de seguros. Trata-se de mais um recurso do Órion para contribuir com o aumento da eficiência nas atividades do mercado segurador.



SISTEMAS DE BLOQUEIO E RASTREAMENTO

O

CESVI BRASIL realiza uma avaliação para apontar os sistemas de bloqueio e rastreamento de veículos que realmente cumprem o que prometem. Este estudo engloba diversas análises, como a estrutura da empresa que oferece o sistema, sua central de atendimento, a forma de comunicação usada, a qualidade da instalação e, é claro, a eficiência do produto. Todas as empresas e os sistemas que constam da relação que você encontra nesta seção foram devidamente testados e aprovados pela área de Operações do CESVI. Estas realmente oferecem a segurança que você busca para o seu patrimônio.

SISTEMAS DE BLOQUEIO E RASTREAMENTO DE VEÍCULOS EMPRESA

EQUIPAMENTO

TIPO

TELEFONE

SITE

3T Systems Alltech CEABS

3T CONTROLE Alltech CEABS GSM

Rastreador Rastreador Rastreador

GPS GPS GPS

GSM/GPRS GSM/GPRS GPRS/GSM

(11) 2185-8391 0800 604 6644 (41) 3535-7400

www.3tsystems.com.br www.alltechrastreamento.com.br www.ceabs.com.br

CELTEC CIELO TELECOM FOCLOG Rastreadores Golsat IRT Brasil Ituran Ituran KHRONOS Mirus POINTER Reforce Rastreamento Ltda SIMTRACK TotalSat Grupo Tracker Volpato Rastreamento

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LOCALIZAÇÃO COMUNICAÇÃO

AUTOCARGO

Rastreador

GPS

GSM/GPRS

(48) 3025-8700

www.autocargo.com.br

CIELOCEL GS11 FOCLOG GSM Golsat Car Módulo Onstar RASTREADOR E-GPRS

Rastreador Rastreador Rastreador Rastreador Rastreador

GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS

(54) 3312-3399 (51) 3720-4241 (43) 3315-9500 (11) 5185-9000 (11) 5189-9000

www.grupocielo.com.br www.foclog.com.br www.golsat.com.br www.irtbr.com.br www.ituran.com.br

LOCALIZADOR RF SMART

Localizador

Rádio Frequência

(11) 5189-9000

www.ituran.com.br

Khronos GSM/GPRS SKYPATROL TT8750 CELLO IQ

Rastreador Rastreador Rastreador

GPS GPS GPS GPS GPS Aproximação de Antenas GPS GPS GPS

GSM/GPRS GSM/GPRS GSM/GPRS

(48) 3381-9999 (12) 3307-2005 (11) 3660-5600

www.grupokhronos.com.br www.mirus.com.br www.pointerbrasil.com.br

MXT-140

Rastreador

GPS

GSM/GPRS

(67) 3326-5353

www.reforcerastreamento.com.br

SIM 300K TS Blocker 5000

Rastreador Rastreador

GSM/GPRS GSM/GPRS

(11) 2199-0701 (41) 2109-7709

www.simtrack.com.br www.totalsat.com.br

Tracker Auto

Localizador

Rádio Frequência

(11) 3506-5700

www.grupotracker.com.br

MXT 150/151

Rastreador

GPS GPS Aproximação de Antenas GPS

GSM/GPRS

(51) 3342-5551

www.volpatorastreamento.com.br


Confira empresas e sistemas aprovados pelo CESVI SISTEMAS DE BLOQUEIO E RASTREAMENTO DE MOTOCICLETAS EMPRESA

EQUIPAMENTO

Pósitron

Rastreador Selado GSM/GPRS

SEGMENTO CASCO =

CARGA =

TIPO

LOCALIZAÇÃO

COMUNICAÇÃO

TELEFONE

SITE

Rastreador

GPS

GSM/GPRS

(19) 3787-6320

www.pst.com.br

LOGÍSTICA =

SISTEMAS DE BLOQUEIO E RASTREAMENTO DE CAMINHÕES EMPRESA

TELEFONE

SITE

CEABS GSM

Rastreador

GPS

GPRS/GSM

(41) 3535-7400

www.ceabs.com.br

CIELOCEL GS12

Rastreador

GPS

GSM/GPRS

(54) 3312-3399

www.grupocielo.com.br

FOCLOG GSM

Rastreador

GPS

GSM/GPRS

(51) 3720-4241

www.foclog.com.br

Ituran

RASTREADOR GPRS-FULL

Rastreador

GSM/GPRS

(11) 5189-9001

www.ituran.com.br

Ituran

Localizador RF Smart

Localizador

GPS Aproximação de Antenas

Rádio Frequência

(11) 5189-9000

www.ituran.com.br

FLEETBOARD

Rastreador

GPS

GSM/GPRS

(11) 4173-0441

www.fleetboard.com.br

Rastreador Ni Mix

Rastreador

GPS

GSM/GPRS

(11) 2081-7130

www.nimix.com.br

CELLO IQ

Rastreador

GPS

GSM/GPRS

(11) 3660-5600

www.pointerbrasil.com.br

SIMTRACK

GV 300

Rastreador

GPS

GSM/GPRS

(11) 2199-0701

www.simtrack.com.br

Veltec

VELTEC

Rastreador

GPS

GSM/GPRS

(21) 2105-5000

www.veltec.com.br

CEABS Cielo Telecom Foclog Rastreadores

MERCEDES BENZ DO BRASIL NI MIX POINTER

EQUIPAMENTO

TIPO

LOCALIZAÇÃO COMUNICAÇÃO

Avalie seu sistema

Empresas interessadas em avaliar seu sistema com o CESVI BRASIL, obtendo um aval de qualidade para o seu produto, podem entrar em contato pelo e-mail negocios@cesvibrasil. com.br ou pelo telefone: 11 3948-4844

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Divulgação

PAINEL 20 ANOS DE EURO NCAP

É

um número impressionante: mais de 78 mil vidas foram salvas desde que os crashtests de segurança do Euro NCAP tiveram início, duas décadas atrás – aniversário que se deu em fevereiro. Essa estimativa, que leva em conta melhorias feitas nos veículos a partir das conclusões dos testes do Euro NCAP, são do próprio programa de segurança veicular, que foi fundado em 1997 pelo Transport Research Laboratory, para o Departamento de Transporte do Reino Unido, e hoje tem suporte da União Europeia. E os números não param por aí. Desde sua fundação, o Euro NCAP fez ensaios de impacto com 1.800 carros e publicou mais de 630 classificações de veículos quanto à segurança veicular. Já nos primeiros testes, 20 anos atrás, o programa expôs falhas de segurança em carros campeões de vendas, pressionando a indústria automobilística a repensar a forma como os veículos são fabricados – no que diz respeito à prevenção de acidentes. Hoje, nove de cada dez carros vendidos no mercado europeu têm uma classificação do programa. “O Euro NCAP deu informação a milhões de consumidores e também a confiança de se estar escolhendo os carros mais seguros”, afirmou o secretário geral do programa, Michiel

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van Ratingen. “Os últimos anos têm mostrado uma desaceleração nesse progresso, mas nós não podemos nunca ‘tirar o pé do acelerador’. Queremos assegurar que as estradas europeias fiquem ainda mais seguras nos próximos 20 anos, não apenas para os ocupantes dos carros, mas para todo mundo que participa de alguma forma do trânsito.” Ampliando a gama de aspectos analisados em suas classificações, o Euro NCAP pretende, em breve, testar sistemas que reconheçam a proximidade de ciclistas, para evitar uma colisão que costuma ser fatal. Mas nem sempre houve tanto reconhecimento assim da importância dessas análises. Primeiro presidente da história do Euro NCAP, Max Mosley lembra que, no começo, o trabalho do programa era um desafio e tanto. “No início, havia muita controvérsia, e o programa era rejeitado pelas montadoras, diziam que nossos padrões de segurança não eram realistas”, relembra. “Mas agora o Euro NCAP faz parte do universo do automóvel. Milhares de fatalidades foram evitadas, a exigência do consumidor por segurança está cada vez mais alta, as montadoras competem pelos melhores resultados nas classificações de segurança, e nossos padrões estão sempre sendo aprimorados.”


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USADOS MOVIMENTAM SETOR DE REPOSIÇÃO

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ALEMANHA MUDA LEI PARA AUTÔNOMOS PODEREM RODAR

O

Divulgação

governo da Alemanha aprovou em janeiro um projeto para que a lei permita que carros autônomos circulem nas estradas do país – o que não quer dizer que os motoristas ficarão isentos de qualquer responsabilidade caso haja um acidente. Segundo a nova lei, o piloto automático não substituirá o motorista. A pessoa “sempre terá a responsabilidade ao usar o computador de bordo”. O ministro dos Transportes do país, Alexander Dobrindt, apresentou a medida como a “regulação de tráfego mais moderna do mundo”, justamente por colocar no mesmo plano jurídico o motorista e o computador de bordo. Para identificar o culpado em caso de acidente, os veículos terão uma espécie de “caixa-preta”: um aparelho mostrará informações da viagem e permitirá esclarecer se houve falha humana ou unicamente técnica, da qual o motorista não pode ser responsabilizado.

shutterstock

queda na venda de carros novos não foi ruim para toda a indústria automotiva. O setor de reposição conseguiu manter o nível de atividade com o impulso dos carros usados. A venda de pneus permaneceu praticamente estável (queda de 1,6%) porque, sem a compra de carros novos, quem tem um usado precisou trocar o pneu. Assim, embora as vendas para reposição tenham recuado 1,8%, esse encolhimento foi muito menor do que o sofrido pelas vendas para carros novos, que caíram 9,2%, segundo dados da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip). Peças de reposição, em geral, passaram por movimento semelhante. Na linha leve, o faturamento do segmento cresceu 5,35% no acumulado de janeiro a outubro em comparação ao mesmo período do ano anterior.

PODE SER A HORA DE ABRIR UMA OFICINA

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uer abrir um negócio em tempos de crise? É necessário analisar bem os prós e contras do seu futuro empreendimento em meio ao cenário atual da economia brasileira. E o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) pode dar uma ajuda nesse sentido. Um estudo do Sebrae indicou que o melhor neste momento é focar em negócios que atendam às necessidades básicas das pessoas, que ofereçam serviços de reparação ou que reduzam custos de outras empresas. E, se o seu negócio é oficina, você está no caminho certo. Entre as opções de empreendimentos promissores, segundo o estudo, entram negócios de reparação e manutenção de veículos usados, manutenção de máquinas e equipamentos e comércio de peças e acessórios para veículos usados. A pesquisa leva em conta o perfil das novas empresas nos últimos anos e o comportamento da economia nacional.

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EVENTO DISCUTIU ROUBO DE CARGAS

E

Divulgação

mpresários e autoridades policiais reunidas no Fórum Permanente de Combate e Prevenção ao Roubo de Cargas, que foi realizado no começo de janeiro, decidiram que é necessário priorizar a repressão aos receptadores para reduzir o número de assaltos. “Ficou claro pela exposição daqueles que investigam esses crimes que as quadrilhas estão se especializando em grandes roubos que só são lucrativos com a venda da mercadoria a receptadores”, afirmou o deputado federal Hugo Leal (PSB/RJ), um dos coordenadores do fórum, acrescentando que o grupo vai convocar a ANP, responsável pela fiscalização da distribuição de combustíveis, e órgãos da receita e de fiscalização do comércio para participar do próximo encontro. Integrante da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, Hugo Leal informou ainda que a comissão aprovou no projeto de lei 1530/2015 dois dispositivos que coíbem a receptação. “Pelo projeto, o motorista preso em flagrante pela prática do crime de

Deputado Hugo Leal, coordenador do fórum

contrabando ou receptação terá o documento de habilitação recolhido e o direito de dirigir suspenso. Se for condenado, o motorista terá cassado seu documento de habilitação, podendo requerer sua reabilitação cinco anos após o cumprimento da pena”, explicou o parlamentar. No evento, as autoridades policiais destacaram o crescimento dos ataques a veículos de carga. O mês de novembro registrou o maior número de roubo de cargas da série histórica: 1.102 assaltos, número 66,7% maior do que registrado no mesmo mês do ano passado. O delegado Marcelo Martins, diretor do Departamento de Polícia Especializada da Polícia Civil, afirmou que, com a disputa entre grandes facções do crime, traficantes têm usado o roubo de cargas para financiar outras atividades criminosas. “Para combater os roubos de carga, é preciso focar no receptador”, disse. Opinião semelhante tem o delegado Maurício Mendonça, titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas. “Precisamos ter uma repressão aos receptadores com a participação dos órgãos de fiscalização para reduzir os assaltos a cargas”, enfatizou o policial. Na abertura do fórum, o presidente da Fetranscarga, Eduardo Rebuzzi, informou que as transportadoras passarão a cobrar uma taxa extra das empresas que usam seus serviços para cobrir as despesas com segurança. “É mais uma consequência nefasta dessa escalada dos roubos a cargas”, disse.

PLACA PERSONALIZADA

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ai comprar um carro novo? Saiba que você pode colocar nele uma placa personalizada. Para isso, basta solicitar o serviço ao Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) no momento do registro. A taxa para o procedimento custa R$ 97,07, além da taxa de emplacamento usual, que varia de acordo com o tipo de veículo. A lacração custa R$ 104,29 para motos, R$ 108,10 para reboque e semirreboque e R$ 125,53 para os demais veículos, como carros, caminhões e ônibus. O valor extra de R$ 97,07 só deve ser pago por quem quiser optar por uma combinação alfanumérica específica no momento de registro do veículo. A escolha pode ser feita de três formas: apenas letras, apenas números ou a placa completa. Cabe salientar, entretanto, que a personalização da placa pode ser feita apenas dentro das opções alfanuméricas disponíveis para o Estado de São Paulo, que atualmente vão de BGA 0001 a GKI 9999, desde que já não tenha sido utilizada em outro veículo.

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Cada Estado utiliza uma faixa específica de combinação de letras e números determinada pelo Denatran. Quem não desejar indicar números e letras personalizados, pode escolher entre 20 combinações alfanuméricas aleatórias fornecidas pelo sistema do Detran-SP, sem necessidade de pagar taxa extra. No caso de veículos já emplacados, não é possível solicitar a troca da placa para escolher letras e números específicos. A placa é a identificação do veículo e deve acompanhá-lo até a sua baixa definitiva, conforme prevê a legislação federal de trânsito. Essa possibilidade de escolher as letras e os números da placa no Estado de São Paulo existe desde o segundo semestre de 2016. O serviço foi regulamentado pela lei estadual nº 16.080, de 28 de dezembro de 2015, após aprovação de projeto sobre o tema na Assembleia Legislativa. Não há regulamentação federal para a personalização de placas, que fica a critério de cada Estado.


CADEIRA DE RODAS INTELIGENTE

A shutterstock

Ford Europa registrou a patente de uma cadeira de rodas elétrica que entra e sai sozinha, automaticamente, do porta-malas do carro, facilitando a vida dos cadeirantes. Feita de material leve, a invenção, chamada eChair, foi desenvolvida por engenheiros do campo de provas da Ford em Lommel, na Bélgica. A criação partiu da observação que as cadeiras de rodas podem ser dobradas, mas precisam ser colocadas e tiradas de dentro do carro, o que é geralmente um processo complicado para os cadeirantes. Com a eChair, o motorista só tem de apertar um comando na tela do celular, e a cadeira de rodas se guarda sozinha no porta-malas, usando uma plataforma e tecnologia de automação. Chegando ao seu destino, basta repetir o processo no sentido inverso.

TRANSPORTE DE PRANCHAS NO CARRO

Divulgação

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ai pegar uma onda no litoral? O transporte de pranchas é permitido na parte superior externa da carroceria do carro, presas a racks fixos, não podendo ultrapassar os limites frontais e laterais do veículo e tampouco impedir a visibilidade do motorista. Isso vale para todos os tipos de prancha, inclusive longboard e stand up paddle. É proibida a fixação das pranchas apenas com a “fita rack”, sem o rack fixo (bagageiro) devidamente instalado no teto do veículo. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), é permitido o transporte de cargas acondicionadas em bagageiros ou presas a suportes apropriados devidamente afixados na parte superior externa da carroceria, desde que a altura do bagageiro mais a da carga, a partir do teto, não seja superior a 50 cm. Além disso, a carga não deve ultrapassar o comprimento do veículo. Uma exceção a essa regra é para carga indivisível, como uma prancha de surf, que pode ultrapassar até um limite o comprimento do veículo, mas que deve estar bem visível e sinalizada, incluindo luz e refletor vermelho, caso seja transportada no período noturno. O artigo 231 do CTB no inciso II ainda prevê que, se a prancha se soltar e for lançada ou arrastada, é infração gravíssima, com multa de R$ 293,47, mais sete pontos na CNH e retenção do veículo para regularização.

NÚMEROS DO DPVAT

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faturamento do seguro DPVAT em 2016 chegou a R$ 8,693 bilhões, 0,5% acima dos R$ 8,654 bilhões captados no exercício anterior. Tal arrecadação injetou no Fundo Nacional de Saúde R$ 3,913 bilhões no ano passado e outros R$ 434,7 milhões no Departamento Nacional do Trânsito (Denatran), somando R$ 4,347 bilhões.

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MAIOR A DOSE, MAIOR O RISCO

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pesar das inúmeras campanhas a respeito dos perigos da combinação álcool mais direção, milhões de pessoas ao redor do mundo ainda tomam essa decisão equivocada. Quando você coloca a chave na ignição e dirige depois de beber, não coloca apenas sua vida em risco, mas também de todos que cruzarem seu caminho. O álcool altera nossa capacidade de julgamento, sendo fácil o motorista alcoolizado pensar que está dirigindo normalmente, quando na verdade não está. Segundo a Dirección General de Tráfico, da Espanha, a relação álcool-direção pode ser classificada em cinco etapas determinadas pela quantidade de álcool no sangue do motorista: INÍCIO DA ZONA DE RISCO (ATÉ 0,25 MG/L) • Excitação emocional; • Tolerância ao risco; • Subestimação da velocidade e aumento no tempo de reação; • Problemas de coordenação e alterações na precisão dos movimentos. O risco se multiplica em duas vezes. ZONA DE ALARME (0,25-0,40 MG/L) • Falsa sensação de segurança, agressividade; • Má percepção das distâncias, tendência ao deslumbramento;

• Alterações motoras e nas tomadas de decisões; • Mais erros de trajetória; • Sonolência. O risco se multiplica em cinco vezes. CONDUÇÃO PERIGOSA (0,40 – 0,75 MG/L) • Superestimação da capacidade, maior tolerância ao risco; • Graves alterações de atenção e na tomada de decisões; • Maior tempo de reação; • Problemas sérios de coordenação. O risco se multiplica em nove vezes. CONDUÇÃO MUITO PERIGOSA (0,75 – 1,25 MG/L) • Graves problemas de percepção; • Importantes dificuldades de atenção; • Graves alterações do controle e da coordenação motora; • Tomada de decisões gravemente afetada O risco se multiplica em vinte vezes. CONDUÇÃO IMPOSSÍVEL (MAIS DE 1,50 MG/L) • Embriaguez profunda; • Estado de torpor e inconsciência progressiva; • Possibilidade de coma (acima de 2mg/l); • Risco de morte (acima de 2,50 mg/l). O risco se multiplica em quarenta vezes.

IRLANDA VAI BANIR COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS

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parlamento irlandês aprovou lei para acabar com o investimento público em combustíveis fósseis. A legislação fará com que o carvão mineral, óleo e gás natural sejam banidos do Fundo de Investimentos Estratégicos da Irlanda, que conta com 8.6 bilhões de dólares, nos próximos cinco anos. O decreto ainda precisa passar por revisão e, se aprovado, transformará o país no

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primeiro do mundo a deixar de investir nessas fontes de energia não renováveis. Uma vez que a lei estiver em vigor, o país será obrigado a se desfazer de todos os seus investimentos em combustíveis fósseis. O governo também ficaria impedido de direcionar dinheiro público a companhias que comercializam essas fontes de energia no futuro.


DIVULGADO TEMA DO CONGRESSO SAE BRASIL

Divulgação

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mobilidade inteligente e a transição para o futuro” será o tema do 26º Congresso e Mostra Internacionais SAE BRASIL de Tecnologia da Mobilidade, que será realizado de 7 a 9 de novembro, em um novo local, o Pro Magno Centro de Eventos, no bairro da Casa Verde, em São Paulo. Dirigido a engenheiros, executivos, professores, consultores e estudantes do setor, o Congresso SAE BRASIL 2017 é presidido por João Carlos Pimentel, diretor de Operações da Ford Caminhões para a América do Sul. Este ano, o congresso terá três painéis-âncora: Engenheiroschefes, Internacional e Presidentes – e outros 14 painéis temáticos, nas áreas aeroespacial, caminhões e ônibus, duas rodas, educação de engenharia, ferroviário/integração de modais, manufatura e logística, máquinas agrícolas e de construção, motorsport, qualidade, segurança veicular, suprimentos, tecnologia da informação, veículos elétricos e

híbridos, telemática e infotainment. Ainda haverá uma Mostra Tecnológica com os mais recentes avanços e inovações apresentados pela indústria no Brasil. “O Congresso SAE BRASIL é o fórum ideal para a atualização do conhecimento técnico e das últimas tendências globais para o futuro da engenharia da mobilidade”, aponta João Carlos Pimentel.

VISÃO 360 GRAUS NA GESTÃO DE FROTA

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Divulgação

multinacional VIA Technologies está trazendo ao Brasil seu sistema VIA Mobile 360, uma plataforma que combina em tela imagens de seis câmeras de alta resolução simultaneamente. A ferramenta permite que gestores de frota tenham uma visão de 360° a partir do veículo, com o objetivo de proporcionar agilidade para a tomada de decisões, como alteração de rotas, e transmissão de orientações imediatas ao condutor. Já para motoristas, segundo a fabricante, o produto aumenta a segurança e facilita a direção. De acordo com Ubiratan Resende, da divisão de vendas e plataformas embarcadas da VIA Technologies no Brasil, “o sistema praticamente elimina a existência de pontos cegos, muito comuns quando o condutor dispõe de tecnologias de monitoramento 2D convencionais. Com maior visibilidade para a condução, seja em vias estreitas, em estradas ou ao estacionar, o veículo permanece maior tempo rodando”. As câmeras que integram o VIA Mobile 360 têm resolução de 2 megapixels. Com sistema NVR, possibilita armazenar imagens que mostrem as condições nas quais ocorreram episódios como acidentes e violações de segurança.

PAULISTANOS APROVAM AUMENTO DE VELOCIDADE NAS MARGINAIS

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egundo pesquisa Datafolha divulgada em fevereiro, 57% dos paulistanos aprovam o aumento do limite máximo de velocidade nas Marginais da cidade de São Paulo, medida da nova gestão da prefeitura que contraria orientação da Organização Mundial da Saúde. Para engenheiros de trânsito, a nova mudança pode elevar o número de mortes. As mudanças foram as seguintes: Em 2015, a gestão Haddad havia reduzido os limites para 50 km/h na pista local, 60 km/h na central e 70 km/h na expressa. Mas, em 25 de janeiro, o atual prefeito João Doria anunciou o programa “Marginal Segura”, em que as velocidades voltaram para 60 km/h, 70 km/h e 90 km/h, respectivamente. Apenas a faixa à esquerda da local foi mantida a 50 km/h. Ainda segundo a pesquisa Datafolha, os paulistanos continuam avaliando mal o trânsito da cidade: 70% acham ruim ou péssimo, mesmo índice da pesquisa de 2015 (71%).

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LAVAGEM DO MOTOR – PODE OU NÃO PODE?

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ocê sabe: brasileiro tem paixão pelo próprio carro. Por isso há sempre aquela ideia de mantê-lo com a aparência de zero-quilômetro. Por fora, a lavagem já dá uma boa aparência. Mas, e por dentro? Vem então a questão de lavar o motor. Tem gente que faz, tem gente que não faz. Saiba agora quais são os riscos envolvidos. Antigamente, o compartimento do motor era simples, contendo a bateria, cabos de vela, o distribuidor e poucos sensores elétricos. Hoje, essa realidade mudou. Os carros possuem sistema de injeção eletrônica com inúmeros sensores e atuadores que, para se comunicar com o módulo central, têm conectores elétricos que, apesar de blindados, exigem o cuidado de se evitar a projeção direta de água e produtos químicos usados na limpeza. Numa eventual lavagem do motor, esses conectores podem apresentar mau contato em função do acúmulo de água, o que acarreta problemas sérios no funcionamento do veículo, chegando ao ponto em que fica impossível dar a partida. Produtos químicos ou o uso de derivados do petróleo agridem as borrachas de vedação desses conectores, permitindo posteriormente a entrada de umidade. Correias e borrachas de mangueiras em geral também são danificadas por produtos à base de petróleo. Além disso tudo, as corrosões em peças de alumínio,

conhecidas como oxidação branca, são causadas pelo PH das soluções químicas utilizadas. E há quem use máquinas de alta pressão nessa lavagem. Além de molhar os conectores, essa prática danifica as aletas do radiador e do condensador do ar, dependendo do ângulo de projeção da água. Tem mais: um choque térmico pode acontecer durante a lavagem, enquanto o motor ainda está quente. Isso provoca trincas em alguns componentes, de acordo com a quantidade de água e as diferenças muito grandes de temperatura. Afinal, pode ou não pode? O correto para a limpeza do motor é apenas usar um pano úmido para a remoção da sujeira. Dá mais trabalho? Sim, mas evitará problemas ligados à projeção de água direta nos componentes.

Esta dica sobre manutenção foi originalmente publicada no Clube das Oficinas, o canal de comunicação do CESVI BRASIL especializado em reparação automotiva. Para ver outras dicas técnicas e informações sobre o tema, acesse www.clubedasoficinas.com.br

O QUE FAZER SE SEU VEÍCULO PARAR NO MEIO DA VIA

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o meio do trajeto, de repente, seu veículo fica imóvel na via ou você se envolve em uma batida e o carro não anda. Sabe o que fazer nessa situação? O Detran-SP alerta que em nenhum dos casos o motorista deve remover o veículo por conta própria do local por questão de segurança. Na noite de 31 de janeiro, duas mulheres morreram na rodovia Presidente Dutra, na Grande São Paulo, ao empurrar o veículo que havia ficado parado após supostamente ter uma pane. Um motorista que vinha atrás não conseguiu parar e atropelou as duas. O Detran-SP informa que, quando ocorrer uma situação de pane ou acidente sem vítima no qual o

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veículo fique impossibilitado de se movimentar, devem ser acionados os serviços de trânsito das prefeituras, se estiver em perímetro urbano, ou os rodoviários. Os guinchos deverão retirá-lo da via e remanejá-lo para locais que não ofereçam riscos de acidentes. É indispensável manter a calma e sinalizar o espaço ligando o piscaalerta e utilizando o triângulo em uma distância segura de no mínimo 30 metros a fim de evitar colisões. Em casos com pessoas acidentadas, é preciso acionar os serviços de emergência conforme a necessidade: Polícia Militar, ligue 190; Polícia Rodoviária Federal, ligue 191; SAMU, ligue 192; e Bombeiros, ligue 193.

O Detran-SP ainda lembra que outro ponto importante é preservar o local e não movimentar os feridos, pois um atendimento inadequado pode deixar graves sequelas. É preciso aguardar a chegada do socorro médico e da polícia, que fará registro do fato no próprio local ou em uma delegacia. Já em situações de acidentes sem vítimas em que o carro continue funcionando, é preciso retirar o veículo da via para não interromper o tráfego de momento e anotar informações para a elaboração – se preciso – de um boletim de ocorrência. Fotos dos danos, dados dos condutores e dos veículos envolvidos, além do endereço do local, dia e horário do ocorrido, são importantes informações adicionais.



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