Newsletter Ano 1 / Nº 1
Mensagem dos editores
Apresentação
Estamos lançando a primeira edição do Newsletter do Centro de Economia e Estatística Aplicada – CEEA. Com periodicidade mensal, essa Newsletter contempla uma análise atualizada da conjuntura econômica mundial e brasileira, considerando os principais indicadores econômicos, de mercado e cotações, estatísticas, projeções. Ela é composta das seguintes seções: Conjuntura, Atividade econômica; Emprego; Juros; Câmbio; Crédito; Inflação; Investimento; Indústria e Indústria da construção civil, entre outros. O Centro não é a fonte primária das informações disponibilizadas nesta Newsletter. O CEEA apenas consolida e organiza as informações econômicas a partir de informações e dados de conhecimento público, cujas fontes primárias são órgãos, agentes, e instituições autônomas, públicas ou privadas e veículos de comunicação.
Nessa edição, a Newsletter do CEEA traz uma análise atualizada da conjuntura econômica mundial e brasileira, considerando os principais indicadores econômicos, de mercado e cotações. A economia mundial apresentou um cenário relativamente neutro ao longo dos últimos dois meses. Do ponto de vista do crescimento e da atividade econômica, o quadro é de recuperação moderada nos EUA vis-à-vis o fraco desempenho do primeiro trimestre; de manutenção de uma trajetória de expansão também moderada na Área do Euro; e de incertezas na China. Quanto ao Brasil, a atividade econômica, em particular na indústria, vem dando sinais cada vez mais claros de recuperação. A confiança de empresários e consumidores vem subindo nos últimos meses. O crescimento da economia a partir do segundo semestre deste ano pode ser maior que o esperado. Por outro lado, o mercado de trabalho deve continuar em deterioração ainda por vários meses, devido às defasagens com que reage à atividade econômica. As contas públicas continuam com tendência de deterioração, que só deverá ser revertida em caso de aprovação das reformas estruturais. Quanto a inflação, mantem-se a projeção para a inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para este ano em 7,2%. Apesar da maior pressão dos preços de alimentos na margem, acreditamos em moderação ao longo do segundo semestre. Em relação aos juros, pode-se dizer que existe uma expectativa de que o BC iniciará o ciclo de corte de juros em outubro. O BC vem focando a convergência da inflação em 2017, o que não permite corte de juros.
Expediente Newsletter do Centro de economia e estatística aplicada - CEEA Produção - Equipe de pesquisa de preços Equipe Coordenador e editor - José Henrique S. Jr Colaboração – Ana Paula Venturini Bolsistas – Maria Eduarda Voluntários – Iane Rodrigues e Pedro Brant Charge – José Fiuza
Design Gráfico - Romeu Rodrigues Pereira Revisão – Silvia Fiuza
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Conjuntura econômica
Atividade econômica
A confiança de empresários e consumidores surpreendeu positivamente em julho, com alta disseminada. Outros indicadores antecedentes também sugerem que o segundo semestre pode ser melhor que o esperado. Os indicadores de atividade econômica, baseados em índices contemporâneos de difusão e momento, corroboram a visão de que a economia estaria próxima do início de uma retomada. Por enquanto, mantem-se as estimativas de queda de 3,5% do Produto Interno Bruto (PIB), em 2016, e crescimento de 1,0%, em 2017. À medida que as reformas fiscais avancem, deve incorporar ao cenário o viés positivo sugerido pelos indicadores antecedentes e contemporâneos de alta frequência – a revisão de cenário irá incorporar também as informações derivadas da divulgação, no fim do mês, do PIB do segundo trimestre. Entretanto, o mercado de trabalho deve continuar em deterioração devido às defasagens com que reage à atividade econômica. Espera-se taxa de desemprego de 12,5%, para o fim deste ano, e de 13,0%, em 2017. Cabe ressaltar que a combinação de indicadores positivos e negativos de atividade, com grande heterogeneidade setorial, é típica de momentos de transição no ciclo econômico.
O PIB retraiu 0,6% no segundo trimestre de 2016 na comparação com o trimestre anterior, após ajuste sazonal. O resultado é próximo da mediana das expectativas de mercado (-0,5%). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a contração foi de 3,8%. A herança estatística para o restante do ano passou a ser de -3,1%, isto é, caso o PIB fique estável no nível atual, haverá queda de 3,1% da atividade econômica em 2016 ante 2015. Apesar de negativo, o resultado indica que a contração do PIB vem se atenuando nos últimos trimestres. Os indicadores antecedentes, contudo, sugerem um ritmo de atividade econômica melhor nos próximos trimestres do que temos atualmente em nosso cenário base. Os indicadores coincidentes sugerem nova contração no terceiro trimestre de 2016. Para além do trimestre atual, no entanto, os indicadores antecedentes já sugerem um nível de atividade econômica mais forte do que temos atualmente em nosso cenário base. O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e serve para medir o comportamento da economia brasileira.
Inflação Os economistas consultados pelo Banco Central (BC) no Boletim Focus preveem inflação menor e corte de um ponto percentual na taxa básica de juro neste ano. A mediana das projeções para o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) recuou pela sétima semana consecutiva, de 7,08% para 6,98% de aumento, ficando abaixo da marca de 7% pela primeira vez desde 8 de janeiro. A projeção, contudo, segue acima do teto do intervalo de meta para a inflação estipulado para o ano, de 6,5%. A expectativa para 2017 também caiu, pela terceira vez, de 5,93% para 5,80%, afastando-se um pouco mais do teto definido para o calendário, de 6%. Entre os analistas Top 5, que mais acertam as projeções, a mediana das estimativas para a alta do IPCA em 2016 teve pequena alteração, de 7,06% para 7,05%. Para 2017, passou de 6,20% para 6%. As projeções para a Selic seguiram em 13,38% e 12,25% em 2016 e 2017, respectivamente.
Emprego Os indicadores relativos ao mercado de trabalho da Fundação Getúlio Vargas (FGV) trouxeram, em agosto, mais sinais de que o emprego ainda deve enfrentar uma deterioração de curto prazo antes de esboçar uma retomada mais clara. O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp) subiu pela sexta vez consecutiva, com elevação de 1,1 ponto no oitavo mês deste ano, e chegou a 90,2 pontos, o maior patamar desde maio de 2011. De acordo com FGV, tal resultado reforça a tendência de uma perda menor de empregos para os próximos meses. Em contrapartida, o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) recuou 1 ponto em agosto, para 95,8 pontos, sugerindo que o otimismo em relação à criação futura de novas vagas ainda não se reflete no mercado de trabalho atual. As mais fracas intenções para contratação continuam no setor da construção, que tem índice de -24%. Esse resultado significa um aumento de 5 pontos percentuais na variação trimestral e queda de 4 pontos em relação ao mesmo período do ano passado. Pág. 2
Juros
Câmbio
O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, por unanimidade, manter a taxa Selic inalterada em 14.25% a.a. Em linha com as expectativas dos analistas, mas diferentemente do esperado pelo consenso do mercado, o comitê decidiu alterar o conteúdo do comunicado de maneira relevante, retirando a frase que ”não há espaço para flexibilização da política monetária”. Em vez disso, o documento listou diversas condições das quais dependerá a flexibilização monetária (diminuição da taxa de juros): que a persistência de choques nos preços de alimentos seja limitada, que componentes do IPCA mais sensíveis à política monetária e à atividade (ou seja, os serviços) apresentem desinflação em velocidade adequada, que diminua a incerteza em relação à implementação do ajuste fiscal (elevações de preços induzidas por impostos claramente não ajudariam neste momento). Na opinião do mercado financeiro, essa decisão é consistente com a expectativa de início dos cortes de juros pelo Copom na reunião de outubro, com uma redução de 0,25 p.p. e com a Selic terminando o ano em 13,5% a.a.
A taxa de câmbio flutuou em torno dos 3,30 reais por dólar ao longo de todo o mês de agosto. A perspectiva de que a nova alta de juros nos Estados Unidos fique para dezembro, ou mesmo para 2017, deu sustentação ao real e a outras moedas emergentes. Internamente, as perspectivas de maiores ajustes no cenário doméstico (com propostas de reformas para o controle de gastos públicos) também ajudaram. O Banco Central diminuiu sua intervindo no mercado cambial. Mantem-se as projeções de taxa de câmbio em 3,25 reais por dólar, ao fim de 2016, e 3,50 reais por dólar, ao fim de 2017. Os juros ainda baixos nos Estados Unidos e ainda altos no Brasil por um período maior de tempo, bem como o maior consenso em torno de reformas fiscais, contribuem para um real mais apreciado.
Inadimplência Com o mercado de trabalho ainda desfavorável, a inadimplência das famílias em agosto atingiu o pior nível em quase seis anos. É o que mostrou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic). Pelo levantamento, 58% das famílias se declararam endividadas, taxa acima de julho (57,7%), e inferior à de agosto do ano passado (62,7%). Entre as famílias endividadas, no entanto, 24,4% informaram débitos em atraso, a maior fatia desde novembro de 2010 (24,8%). A parcela também ficou acima das apuradas em julho (22,9%) e em agosto do ano passado (22,4%). O cartão de crédito continua como o vilão da maioria (76,5%) das famílias endividadas, conforme a pesquisa da CNC. Os carnês ocupam a segunda posição no ranking da principal dívida, apontado por 15,3% dos entrevistados. Em seguida vem o financiamento de carro (11,1%).
Intenção do consumo Pela primeira vez em seis meses a Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou aumento na comparação mensal: 0,9% entre julho e agosto. Numa escala de 0 a 200, a ICF alcançou 69,3 pontos, puxada pela variação positiva em todos os sete componentes do índice. Na variação anual, porém, houve um recuo de 15,3% e o resultado ainda evidencia uma percepção ruim, uma vez que está bem abaixo da chamada zona de indiferença, de 100 pontos. “Mesmo com a perda da força da inflação e seus impactos favoráveis nas vendas, a confiança do consumidor ainda segue fragilizada por causa do encarecimento do crédito e da instabilidade no mercado de trabalho”, explica Juliana Serapio, assessora Econômica da CNC. Com 44,2 pontos, o Nível de Consumo Atual subiu 0,5% em relação ao mês anterior. Na comparação anual, houve uma queda de 29%. A maior parte das famílias declarou estar com o nível de consumo menor do que no ano passado: 66%. Impactadas pelo elevado custo do crédito, o alto nível de endividamento e o aumento do desemprego, a intenção de Compras a Prazo caiu 20,9% na comparação com agosto de 2015. Com 64 pontos, o componente apresentou uma elevação de 1,1% em relação a julho.
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Atividade industrial A produção industrial teve leve aumento em julho, melhor do que o esperado pelo mercado. O resultado representou a quinta alta mensal consecutiva do setor. Acredita-se que a tendência positiva continuará nos próximos meses, impulsionada pela melhora da confiança dos empresários e da retomada da demanda industrial. A produção industrial cresceu 0,1% em julho frente a junho, após ajuste sazonal. O resultado ficou um pouco acima da projeção dos especialistas (-0,2%) e das expectativas de mercado (0,0%). Em relação ao mesmo mês de 2015, houve queda de 6,6%. Considerando a variação mensal, dentre as grandes categorias econômicas, houve alta bens intermediários (1,6%) e de consumo duráveis (3,3%). Bens de capital (-2,7%) e bens de consumo semi- e nãoduráveis (-2,7%) tiveram contração no mês. Com exceção desta última, todas as categorias apresentam crescimento no trimestre encerrado em julho. Em agosto, a confiança na indústria e a demanda industrial permaneceram em trajetória de alta. Ademais, os estoques voltaram a recuar. Dessa forma, reforça-se a visão de que a produção industrial deve continuar a se recuperar no segundo semestre deste ano. Essa visão corrobora com o viés de alta para o PIB neste ano e no próximo (atualmente projeta-se contração de 3,5% em 2016 e alta de 1,0% em 2017).
A construtora Camargo Corrêa está à venda e a gigante China Communications Construction Company (CCCC) já foi sondada. Sem nenhum encaminhamento concreto, existe ainda potencial interesse de outros grupos estrangeiros, entre eles franceses e espanhóis. O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou indícios de irregularidades em 34% dos doadores nas eleições municipais de 2016. No primeiro cruzamento feito pelo TCU e entregue para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram identificados 38.985 com indícios de irregularidades - em uma base de 114.526 doadores, entre eles segundo TCU encontra-se até mortos entre doadores.
A Construção civil O Índice de Confiança da Construção (ICST) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) subiu 1,8 ponto em agosto, alcançando 72,5 pontos – o maior nível desde julho de 2015. Após a segunda alta consecutiva, o índice acumula ganho de 5,9 pontos desde o mínimo histórico de fevereiro. Embora o índice continue muito mais próximo do registro mínimo que da média histórica e mostre uma evolução em 2016 menos favorável que a de outros segmentos produtivos acompanhados pelo FGV/IBRE, a tendência de redução do pessimismo já parece evidente. “O empresário da construção começou a sinalizar que não está apenas com expectativas menos negativas. A percepção dominante é de que a atividade lentamente começa uma retomada, o que já está se refletindo no indicador de mão de obra prevista. Nos últimos três meses, os empresários passaram a apontar maior intenção de contratar”. Os indicadores de nível de atividade e de expectativas de novos empreendimentos, bem como os de compra de insumos e matérias primas e de emprego têm mantido tendência de melhora desde janeiro deste ano no setor da construção.
A produção brasileira de grãos deverá cair 11,1% em 2016 em relação ao ano anterior, e alcançar 186,1 milhões de toneladas, contra 209,4 milhões de toneladas em 2015. A estimativa faz parte do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de dezembro, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O movimento no Dia dos Pais foi insuficiente para dar fôlego adicional ao comércio varejista em agosto. O setor teve retração de 0,9% na comparação com julho, descontados os fatores sazonais, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio.
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A demanda por veículos novos continua baixa. Em agosto, foram licenciados em todo o país 183,8 mil unidades, uma queda de 11,3% ante o mesmo mês do ano passado, segundo dados da associação nacional (Anfavea). No acumulado do ano, as vendas recuam 23,1% em comparação com o período de 2015. Apesar da retração, que coloca o mercado brasileiro no do que era em 2006, agosto foi o melhor mês do ano.
O presidente Michel Temer declarou que a reforma trabalhista está entre as prioridades de seu governo e que esta incluirá a flexibilização das regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), com ênfase na terceirização e nos acordos coletivos. A Fecomércio-SP apoia que tal reforma ocorra o mais breve possível, pois a medida é essencial para a geração de empregos e a retomada da economia no País.
Segundo a imprensa divulgou, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, cancelou um encontro previsto para terça-feira, 06/07 no Laos com o presidente filipino Rodrigo Duterte, que na segunda-feira o chamou de "filho da puta". Os dois governantes se reuniriam durante o encontro de cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que acontece em Vientiane.
Bota gente nisso. De acordo com a consultoria Axiom Capital Management, via Bloomberg, o jogo Pokémon teria alcançado, entre 15 e 17 de julho de 2016, um pico de 45 milhões de usuários em todo o mundo. Por mais que esse número já tenha diminuído, ele continua bastante eloquente ao revelar o tremendo sucesso que o jogo de realidade aumentada, desenvolvido em parceria pela Niantic, Inc, a Nintendo e a The Pokémon Company, vem fazendo.
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A troca de comando no segundo maior banco privado do país vai demorar mais para acontecer. O conselho de administração do Bradesco anunciou ontem à noite que vai submeter à assembleia, convocada para outubro, proposta em que altera a idade limite para ocupar a presidência do banco de 65 anos para 67 anos. A mudança fará com que a saída de Luiz Carlos Trabuco Cappi da presidência do banco ocorra apenas em 2019, e não no ano que vem, como se previa originalmente. Hillary chega à reta final favorita, mas sem liquidar Trump de vez. Desta forma a campanha presidencial de 2016 nos USA, entra em sua reta final e segundo os indicadores habituais resultados de pesquisas, captação de recursos, equipe de campanha - Hillary Clinton é a candidata a ser derrotada. Mas, em uma campanha que contestou a "sabedoria convencional" a cada passo no caminho, imprevistos potenciais mantêm até mesmo os democratas mais otimistas em guarda. Segundo o autor e palestrante Eugênio Mussak, professor da Integração Escola de Negócios e da FIA (Fundação Instituto de Administração), a competitividade exigida para ter sucesso na carreira envolve, sim, superação — desde que o parâmetro de comparação seja você mesmo, e não os demais. Para ele, um profissional que tenta sempre ser melhor do que os outros será um eterno frustrado. Se essa moda pega: pesquisadores do Centro de Interação entre Seres Humanos e Animais, da Universidade da Comunidade de Virgínia (VCU, na sigla em inglês), concluíram que a presença de cães no escritório gera um amplo leque de benefícios tanto para os donos dos animais quanto para os colegas sem bichos de estimação. A pesquisa concluiu que os funcionários que levavam seus cachorros para o trabalho tinham níveis de estresse significativamente menores durante a jornada de trabalho e que uma parte considerável dos colegas que não tinham bichos de estimação.
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