TFG Centro de Educação Ambiental - Parque Roberto de Mello Genaro //Juliana Bailo

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UNIVERSIDADE PAULISTA ARQUITETURA E URBANISMO

Juliana Roldão Nonato Bailo

CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Parque Roberto de Mello Genaro

Ribeirão Preto 2019 1


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Juliana Roldão Nonato Bailo

CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL Parque Roberto de Mello Genaro

Trabalho Final de Graduação apresentado na Universidade Paulista Orientadora: Prof.ª Mestre Norma Fonseca Vianna Martins

Ribeirão Preto 2019 3


CIP - Catalogação na Publicação Bailo, Juliana Roldão Nonato Bailo Centro de Educação Ambiental Parque Roberto de Mello Genaro / Juliana Roldão Nonato Bailo Bailo. - 2019. 69 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) apresentado ao Instituto de Ciência Exatas e Tecnologia da Universidade Paulista, Ribeirão Preto, 2019. Área de Concentração: Ecoarquitetura. Orientador: Prof. Me. Norma Fonseca Vianna Martins Martins. 1. Centro de Educação Ambiental. 2. Estratégia Sustentável. 3. Parque Roberto de Mello Genaro. I. Martins, Norma Fonseca Vianna Martins (orientador). II.Título.

Elaborada pelo Sistema de Geração Automática de Ficha Catalográfica da Universidade Paulista com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).

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Agradecimentos Agradeço ao corpo docente, meus professores, a todos os ensinamentos que me proporcionaram ao longo desses anos, pelo exemplo profissional, em especial agradeço a minha orientadora, Norma Fonseca Vianna Martins, por todo apoio e paciência durante o processo. Aos meus amigos de faculdade, que me acompanham nessa jornada ao longo desses cinco anos, sempre com a troca de ideias, ajuda e companheirismo, a vocês desejo sucesso nos anos que virão, em especial agradeço a minha amiga querida Isadora Corrêa, parceira de trabalhos que tanto me ajudou durante esses anos e todos aqueles que de alguma forma acrescentaram alegrias e ensinamentos durante as minhas manhãs. Aos meus amigos, agradeço pela compreensão e apoio diário, aos de longa data agradeço ao carinho e exemplo, em especial minhas amigas Clara Maria Vasconcelos e Beatriz Huber, que sempre estiveram ao meu lado nos momentos de tristezas e alegrias. Aos Amigos da Associação Phoenix que me viram crescer e torcem por mim, agradeço em especial a Silvana Silveira e sua família por terem me acolhido e pelo carinho cultivado. Aos meus pais Júlio Bailo e Rosana Roldão, agradeço eternamente, por me darem a vida, por serem exemplo de força e honestidade, por terem me propiciado todas as oportunidades necessárias para alcançar meus objetivos. Vocês me ensinaram valores que levo comigo em cada passo, a vocês dedico esse e muitos outros trabalhos que virão, obrigada pelo amor incondicional que eu recebo, por me ensinarem que posso tudo, basta querer, fazer com amor e respeitar a todos, princípios estes que me formaram como ser humano. Agradeço principalmente a Deus, a Jesus Cristo pelo maior exemplo que passou pela face da Terra e aos Mestres que me guiam para o meu real Objetivo de Vida. Agradeço a meu Mestre Dr. Celso Charuri, que me deu a oportunidade de receber conhecimentos Absolutos, pela oportunidade do autoconhecimento. Por fim agradeço o processo, por ter chego até aqui com a sensação de dever cumprido, pelos Amigos verdadeiros e sempre estar rodeada de muito amor, que eu possa sempre servir ao próximo, dentro e fora da profissão.

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Resumo Este trabalho consiste na implantação de um Centro de Educação Ambiental (CEA) no Parque Roberto de Mello Genaro, localizado na cidade de Ribeirão Preto, promovendo assim a conscientização da população e região sobre as questões da educação ambiental, integrada a um espaço de lazer e cultura. O projeto propõe uma edificação que conecte os diferentes acessos do Parque com o entorno urbano, apresentando uma breve discussão teórica a respeito do papel desse equipamento, análise de seu entorno e diagnóstico da área. Palavras Chave: Centro de Educação Ambiental, estratégia Sustentável, Parque Roberto de Mello Genaro

Abstract This work consists of the implementation of an Environmental Education Center (CEA) in Roberto de Mello Genaro Park, located in the city of Ribeirão Preto, promoting public awareness and the region on the issues of environmental education, integrated into a leisure and culture. The project proposes a building that connects the different accesses of the Park with the urban environment, presenting a brief theoretical discussion about the role of this equipment, analysis of its surroundings and diagnosis of the area. Keywords: Environmental Education Center, Sustainable strategy, Roberto de Mello Genaro Park

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Sumário 01. 02. 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 2.6 2.7

Análise Urbana pág. 19

Mapa de Uso e Ocupação do Solo pág. 22 Mapa do Gabarito pág. 24 Mapa da Hierarquia Viária Física pág. 26 Mapa da Hierarquia Viária Funcional pág. 28 Mapa de levantamento dos Pontos de Ônibus pág. 30 Mapa Síntese de Dinâmicas e conflitos pág. 32

O Parque pág. 35

Características e Condições do Terreno pág. 36 Diagnóstico da área pág. 38 Legislação Urbana pág. 40

04. 4.1 4.2 4.3 4.4

05.

Estado da Arte pág. 13

Localização do Parque Roberto de Mello Genaro pág. 20

03.

3.1 3.2 3.3

Introdução pág. 09

Leituras Projetuais pág. 41

Centro Ambiental Pedreira do Riacho pág. 42 Biblioteca Parque Leon de Grief pág. 44 Complexo Cultural Luz pág. 45 Eco-Parque Ostim pág. 46

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5.1 5.2 5.3 5.4 5.5 5.6

O Projeto pág. 47

Programa de Necessidades pág. 48 Organograma pág. 49 Fluxograma pág. 50 Plano de Massas pág. 51 Memorial Justificativo pág. 54 Desenhos técnicos pág. 59


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Introdução

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O trabalho de conclusão de curso consiste na implantação de um Centro de Educação Ambiental (CEA) no Parque Roberto de Mello Genaro, localizado no setor Centro-Sul (S1) da cidade de Ribeirão Preto, tendo como justificativa principal a implementação e desenvolvimento do projeto da lei complementar nº 496, aprovada 11 de outubro de 1995, processo 02.95.032944.0, já descrito no artigo 1, que teve como objetivo: “A criação do Parque Roberto de Mello Genaro, a recuperação da área degradada pela exploração da antiga pedreira existente no local, a promoção de programas de conscientização ecológica e de educação ambiental e a garantia do lazer à população pela integração de atividades culturais.” A idealização de um Centro de Educação Ambiental neste espaço viabiliza os objetivos iniciais ao qual o parque foi destinado para, como isso, propor soluções arquitetônicas que reflitam na conscientização da população às questões ambientais, tão importantes e discutidas desde que o homem percebeu os impactos causados por si perante ao ecossistema. A edificação deste centro trará à tona os conflitos

gerados pela importância da mudança do pensamento linear para o pensamento cíclico, presentes em ações sustentáveis, que nos leva para a mudança dos níveis básicos das necessidades do homem, sendo elas; o habitar, o trabalhar e se alimentar, que são possíveis graças à utilização dos recursos naturais existentes no meio ambiente. Os passos seguintes presentes ao longo deste trabalho caminham para o encontro da formulação de um CEA, inserido dentro de uma classificação tipológica especificada em manual, para garantir um projeto eficaz em conjunto aos objetivos descritos para a concepção dos centros de educação ambiental. As etapas consequentes visam compreender as diretrizes necessárias para a implementação de um Centro de Educação Ambiental na área escolhida, que seja capaz de solucionar os conflitos existentes no local. Para isso, será necessário analisar a área do parque, seu entorno e necessidades encontradas, executar levantamentos capazes de trazer clareza aos conflitos do espaço, seus problemas sociais e de impacto causados ao meio em que está inserido, bem como promover

Figura 1: Imagem da localização da cidade de Ribeirão Preto Fonte: Produzido pelo próprio autor.

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diretrizes arquitetônicas que desenvolvam estratégias sustentáveis que viabilizem o projeto arquitetônico. Os principais objetivos estabelecidos pelos CEA são práticas de conscientização aplicadas em um entorno equipado, dispondo de políticas pedagógicas que são solucionadas por estratégias sustentáveis, sendo estas, focadas na comunidade local. Para tais objetivos serem contextualizados, iremos evidenciar o histórico do Parque Roberto de Mello Genaro, os porquês da importância de sua reocupação junto a um centro educativo , a necessidade de um local com práticas voltados para a educação ambiental e as suas influências relacionados ao entorno imediato. Este caderno é dividido em capítulos, sendo o primeiro o esclarecimento da importância da educação ambiental, as diferentes tipologias e estratégias existentes nos CEAs, as dificuldades encontradas e seu papel abrangente como equipamento educacional de práticas pedagógicas. O segundo capítulo desenvolve a análise do terreno e mapas, elucidando o entendimento do entorno, para traçar diretrizes condizentes com as necessidades

do parque, asim como a identificação dos problemas e potencialidades existentes. O terceiro abrange as características e condições do terreno do Parque, diagnóstico da área junto ao entorno imediato e a legislação urbana da zono em que o mesmo se encontra. O quarto capítulo contempla a análise projetual de CEAs já existentes ou de equipamentos que abordam soluções semelhantes às encontradas no local escolhido, para que seja desenvolvido um projeto de diretrizes sustentáveis, isto é, um equipamento com o mínimo impacto ambiental e estratégias de conforto, capazes de se adaptarem conforme a necessidades de uso. O quinto e último capítulo resulta na elaboração de um programa de necessidades, organograma e fluxograma que ajudaram na formulação de um plano de massas, culminando em um memorial justificativo contendo a análise do projeto proposto e exposição dos desenhos técnicos do projeto do Centro de Educação Ambiental. Figura 2: Foto da vista do parque Roberto de Mello Genaro Fonte: Produzido pelo próprio autor.

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01. Estado da Arte

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Ao longo do trabalho o termo que será de maneira mais incisiva repetido é, de fato, o nome dado a tipologia da edificação proposta, que se denomina como Centros de Educação Ambiental. Esta tipologia, apesar de não comum entre os meios populares da educação como um todo, vem sendo explorada e ganhando tal importância ao longo dos anos, como se deve observar ao longo da dissertação deste capítulo, que tem como objetivo principal conceituar o que são os CEAs (Centro de Educação Ambiental), quais são suas estratégias de implementação e a análise críticamente o centro educacional escolhido para que, com isso, possam se desenvolver as próximas etapas de projeto. Com as atuais aspirações para as mudanças dos hábitos na sociedade, falar de educação ambiental é um dos caminhos escolhidos como forma de conscientizar o homem sobre o meio ambiente que ele mesmo usufruiu e retirou recursos para seu autodesenvolvimento, para que com isso entenda o seu papel social na preservação da relação entre si e a natureza. O homem, desde o êxodo rural, vem perdendo a relação com o meio ambiente, entendendo o meio urbano como seu ambiente principal e mais importante. As relações com a natureza deixaram de serem vistas como parte do ciclo de vida da existência do mesmo, e o homem começa a ser visto apenas como receptor de seus recursos. Desta maneira, para que não se perpetue o pensamento antropocêntrico tem-se como importância a introdução do centros, sejam eles nas cidades ou em áreas rurais, que viabilizem o acesso a informação, a reflexão crítica sobre os problemas ambientais e a ressignificação dos valores com a prática ao contato com a natureza. Tais centros, são capazes de criar um meio que promova programas de atividades, ampliando a possibilidade da conscientização das novas gerações que não tiveram o contato com a natureza. Os CEAs se caracterizam por serem locais de estratégias na área da educação ambiental que englobam diversos setores e instituições incentivadores da produção ligadas a estes conhecimentos, temos como

exemplos as segmentações governamentais, representadas pelos órgãos estatais, federais, fundações e secretarias. No setor privado, as pequenas e grandes empresas, os bancos e outras instituições privadas também incentivam essas práticas; órgãos do terceiro setor como ONGs, associações e os centros de pesquisas, bem como as Universidades e faculdades públicas ou privadas. Tipologias mistas são segmentos que mesclam a administração e recursos, por mais de um desses setores. As primeiras publicações que demonstram o incentivo para a criação dos CEAs no Brasil foram realizadas pelo (MEC) Ministério da Educação, tendo-se como objetivos e suas estratégias à junção do conhecimento científico ao conhecimento popular, centralizando um local capaz de envolver a comunidade aos conhecimentos e práticas ambientais.

“Os centros de educação ambiental não seriam escolas ecológicas, mas sim centros geradores ou captadores de idéias e propostas. (...) A proposta é (...) utilizar o ensino formal que já temos, não criar nenhuma disciplina, com uma abordagem inter e multidisciplinar, e abrir a porta da escola (...) para envolver a comunidade (...). Nesse sentido, a idéia dessa proposta pedagógica do Centro de Educação Ambiental seria utilizar o programa curricular oficial e transcender o banco escolar, quer dizer, envolver o saber popular e complementar com a proposta curricular. Envolvendo o saber popular e o saber científico, o Centro seria catalizador e difusor desses conhecimentos” (Brasil, 1992, p.102).

Ao decorrer da criação dos centros, a concepção do tema começou a ganhar forma e permitir explorar seus valores idealizados por práticas concretas, buscando desenvolver abordagens ligadas as necessidades a nível de Brasil. Muito do que se foi utilizado para conceituar este termo vem das referências espanholas, como o documento Estratégia Andaluza de Educação Ambiental, que caracteriza os centros como instalações próprias ou sediadas que possuem uma equipe de profissionais pedagógicos especializados em educação

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ambiental e relacionam ao entorno em que foi implantado, ganhando uma identidade própria estabelecida pelas necessidades do meio em que está inserido. Fábio Deboni (2004) em sua dissertação de mestrado sobre os CEAs no Brasil e no mundo,buscou sintetizar em um único esquema a essência de qual deve ser as iniciativas para se gerir um Centro de Educação Ambiental, que pode ser observado na Figura 1 abaixo: Espaço Físico, Equipamentos e Entorno

projeto sustentável, desde a concepção dos materiais empregados como também aos estudos do impacto ambiental gerado pelo centro edificado. Os locais e entorno escolhidos não necessariamente são localizados em um ambiente rural, pois seu potencial de ação está ligado a um ambiente rico no ponto de vista pedagógica, portanto ambientes degradados são excelentes focos de inserção dos CEAs e ativos, do ponto de vista socioambiental, complementando as justificativas do local escolhido no presente trabalho. No Brasil existem mais de uma centena de Centros de Educação Ambiental, por mais que o tema não seja muito discutido ou reconhecido a nível popular, os primeiros CEAs do Brasil foram concebidos a partir da demanda do setores públicos. Nos anos de 1976 e 1978 respectivamente, sendo estes os pioneiros no Brasil a Unidade de Conservação de São Paulo (Núcleo Perequê, situado no Parque Estadual da Ilha do Cardoso) e o outro ligado à Unidade Federal do Rio Grande do Sul (Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos – CECLIMAR), apesar de terem esse mérito, pode-se observar no Brasil iniciativas adotadas semelhantes aos programas dos CEAs, em Jardins Botânicos, Museus e Parques. Estas propostas ambientalistas criadas na década de 70 podem ser compreendidas pela preocupação do poder público a respeito dos problemas socioambientais e ao decorrer dos anos com o processo de formação de grupos ambientalistas para a problemática da proteção ambiental no desenvolvimento econômico. Dentre as necessidades das tipologias do CEA, começa-se a partir de análise dos critérios dos conjuntos de mostras que dividem as tipologias em 8 classes distintas, sendo os conjuntos avaliados desde sua localização no entorno, espaço e equipamentos, recursos disponíveis, o caráter da gestão do CEA, duração das atividades, atendimento e objetivos da missão proposta para atingir os projetos pedagógicos. Estas classes são classificadas em 8 grupos diferentes, sendo eles respectivamente: G1, que disponibilizam informações; G2, sensibilização, reflexão e revisão de Valores; G3, atividades de formação; G4,

Equipe Educativa

CEA

Estratégias Sustentáveis

Projeto Político Pedagógico

Figura 3: Esquema das diretrizes para um Centro de Educação Ambiental. Fonte: Produzido pelo própria autora.

Com isso pode-se observar que as tipologias arquitetônicas seguem muito as necessidades do entorno em que se encontram, priorizando equipamentos com diversos formatos e funções, esquematizados por uma equipe educativa pedagógica especializada na área ambiental, mesclando com projetos políticos e pedagógicos voltados à comunidade. As estratégias sustentáveis citadas nada mais são que o reflexo exemplificado dos programas propostos, voltados a uma edificação que siga as linhas de um

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atividades de interpretação; G5, delinear e implementar projetos, consultorias, eventos; G6, articular para potencializar ações; G7, lazer, ócio, lúdico-cultural; G8, desenvolver projetos de pesquisa.

Grupos G1 G2

G3

G4

G5 G6 G7 G8

Figura 4: Tabela das classificações tipológicas dos CEA’s. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Características Principais

Funções Disponibilizar Informações

A maioria vinculados ao setor privado, atividades em produção e/ou disseminação de informações ambientais. Não oferecem cursos e oficinas.

Sensibilização, Reflexão e Revisão de Valores

A maioria funciona aos finais de semana, suas principais atividades não se restringem às trilhas. desenvolve atividades de produção de materiais, palestras, oficinas e visitas orientadas. Localizam-se, fundamentalmente, em áreas urbanas, fusão entre G1 e G4.

Atividades de Formação

Localizados tanto em áreas urbanas quanto rurais. Produzem e/ou disseminam informações e desenvolvem ações de vocação formativa, como cursos e oficinas de de longa duração. A maioria dos CEAs apresenta aporte financeiro de procedência mista (setor público e privado). Atividades de curta duração, como as trilhas interpretativas voltadas ao público escolar e estão localizados em Unidades de Conservação – são os chamados “Centros de Visitantes”. A maioria vinculado ao setor público promotoras de CEAs. Grande maioria funciona aos finais de semana.

Atividades de Interpretação

Vinculados ao setor público,surgem a maioria no início dos anos 90, como: NEAs do IBAMA, núcleos de universidades e de ONGs. Oferece atividades de longa duração, constituindo-se em um dos grupos onde os CEAs mais dispõem de Projetos Políticos Pedagógicos.

Delinear e implementar projetos, consultorias, eventos

Articular para potencializar ações

Vinculados ao setor privado. As ONGs constituem-se em metade das Instituições promotoras de CEAs deste grupo. É um dos grupos onde os CEAs mais dispõem de Projetos Políticos Pedagógicos.

Lazer, ócio, lúdico-cultural

Verifica-se a parceria de pelo menos 2 (duas) instituições promotoras dos CEAs. São CEAs que surgiram mais recentemente (meados dos anos 90), principalmente em áreas urbanas. Apresentam certa vinculação com Parques Urbanos e áreas verdes.

Desenvolver projetos de pesquisa

Maioria dos CEAs vinculados ao setor público (Universidades, fundações, centros de pesquisa, prefeitura). Verifica-se 2 (duas) instituições promotoras em cada CEA deste grupo (leiam-se parcerias).

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A partir da análise feita durante a explanação do presente trabalho, optou se por utilizar a classe do grupo G7 para a implementação da tipologia proposta, pois encaixa conforme as características do terreno escolhido, sendo o mesmo um parque abandonado e em processo de degradação. Ao reabitar o espaço para que promova funções de lazer e práticas lúdicoculturais, os ócios e projetos pedagógicos entram como incentivo às práticas educacionais ambientais capazes de desenvolver a conscientização da comunidade, o partido e demais diretrizes para a consolidação de uma edificação funcional estarão pautadas nas estratégias sustentáveis, assim como desenvolvida perante as necessidades de seu entorno.

FIgura 5: Imagem do Centro de Referência em Educação Ambiental (CEREA) no Parque Villa-Lobos. Fonte: JOANA FRANÇA. Centro de Referência em Educação Ambiental (CEREA) no Parque Villa-Lobos. 2014. Dísponível em: < https://www.joanafranca. com/decio-tozzi.html> Acesso em: 10 de abril 2019.

Um dos exemplos de CEAs no Brasil é o Centro de Referência de Educação Ambiental localizado no Parque Villa-Lobos. O centro foi concebido pelo arquiteto Decio Tozzi em 2009 e inaugurado em 2013, foi construído na área onde antes funcionava um depósito de lixo a céu aberto. Após sua abertura recebeu uma reformulação em sua função, pois a Secretaria de Estado do Meio Ambiente de São Paulo nunca chegou a ocupar plenamente o edifício. O mesmo foi destinado como biblioteca parque, recebendo adequação para seu uso. A edificação mesmo não sendo utilizada como um CEA nos dias atuais, procurou em seu programa de necessidades utilizar estratégias sustentáveis, revitalizando a área, apesar disso por não promover projetos pedagógicos e não possuir uma equipe educativa perdeu a titularidade de CEA e passa a ter um papel social como um equipamento cultural. Apesar de ser um exemplo mal sucedido de um Centro de educação, serviu para entender que o incentivo de órgãos, sejam de setores públicos ou privados, são de extrema importância para o funcionamento dos CEAs no Brasil.

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02. Anรกlise Urbana

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2.1 Localização do Parque Roberto de Mello Genaro

QUADRILÁTERO CENTRAL

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Av. C

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Figura 6: Fotografia do entorno do parque visto de cima. Fonte: Produzido pela propria autora.


O Parque Roberto de Mello Genaro fica localizado na cidade de Ribeirão Preto, no interior do estado de São Paulo. A análise Urbana foi efetuada em um raio de 1000m em relação ao ponto central do terreno, para que o entendimento e caracterização do mesmo seja efetuado de forma à elucidar os problemas e potencialidades da área escolhida. O Parque fica localizado no setor Sul, subsetor S1, no bairro Jardim Sumaré, entre as vias, Rua Rafael Pilegi e a Av. Santa Luzia, proximas a Av. Caramuru. Teve seu projeto finalizado em 2007, pela arquiteta Rita Maria de Martin, da divisão de Planejamento e Projetos de Obras Públicas da Prefeitura de Ribeirão Preto, foi inaugurado em 2010 e interditado em 2013 após deslizamento de parte da pedreira, encontra-se fechado desde então, sendo ocupado por usuários de drogas.

Figura 8: Foto da lagoa localizada no Parque Roberto de Mello Genaro. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

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Av. Santa Luzia

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A área do terreno tem 11.668,82m² e, era destinado à extração de basalto, mas foi desativada após atingir o lençol freático, assim transformando seu uso em um Parque. O parque é adensado em grande parte por sua vegetação original. O projeto do parque procurou priorizar a visualização do lago que se formou próximo à pedreira, garantindo espaços de descanso e apenas uma edificação para o uso de sanitários, assim como caminhos e equipamentos para uso dos visitantes. Apesar de ter uma ótima localização, o parque tem seus acessos limitados, sem existir eixo de ligação das ruas que cruzam o parque, para o projeto do parque foi concebido escadas para o acesso dos pedestres. O objetivo principal é dar a área escolhida um novo uso, por um Centro de Educação Ambiental que possa recuperar o processo de degradação que o mesmo se encontra e promover espaços informais de lazer. O acesso ao terreno será explorado por mais de um eixo de ligação para promover o uso do espaço.

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RuaElisseu Guilherme

ara Av. C

Figura 7: Planta baixa do projeto do Parque Roberto de Mello Genaro. Fonte: Produzido pelo próprio autora.

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2.2

Mapa de Uso e Ocupação do Solo

22 0

50 100

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Figura 9: Mapa de Uso e Ocupação do Solo. Fonte: Produzido pela propria autora.


A área do terreno está localizada em um entorno predominantemente residencial e de comércio. O uso e ocupação do solo foi feito por predominância, permitindo entender o entorno da área do parque que fica inserido próximo ao quadrilátero central. As principais quadras mais a oeste e norte são predominantemente de uso residencial. O entorno apresenta um grande número de áreas verdes, equipamentos urbanos e intitucionais assim como hospitais e escolas públicas e privadas, o terminal rodoviário é um ponto de referência da paisagem, por estar inserido próxima aos bairros do início da formação da cidade de Ribeirão Preto. A escolha do terreno foi pensada por este local ter um grande fluxo de veículos e pedestres transitando próximo a área, pois mesmo o parque estando desativado, tem vias e serviços diversos e uma área verde com potencial a ser explorado dentre as caracteristicas do terreno e de seu entorno. Uso Misto

Figura 10: Foto de uma residência proxima ao Parque. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Vazio Urbano

Residencial

Comércio

Área Verde

Institucional

Figura 11: Foto de um comércio proximo a entrada do Parque. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Posicionamento de onde foram tiradas as fotos próximo ao parque:

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10 Figura 12: Foto do Hospital São Paulo Fonte: Produzido pelo próprio autor.

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2.3

Mapa do Gabarito

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200

Figura 13: Mapa de Gabarito Fonte: Produzido pela propria autora.


O levantamento do gabarito por predominância, permite compreender o entorno de forma significativa ,que demonstra em sua maioria um gabarito em torno de 1 á 2 pavimentos. As edificações de 3 ou mais pavimentos são de uso residencial inserido no quadrilátero Central. Já o gabarito próximo a zona oeste da cidade são de conjuntos habitacionais (HIS) que estão ocupados por moradores de baixa renda. O local em que o terreno está inserido é uma zona de urbanização preferencial (ZUP), portanto permite ultrapassar o gabarito básico, já outras áreas como os limites do quadrilátero central não podentem ultrapassar os 10m de piso a piso. De forma geral a inclinação do terreno e seus usos permitem a diversificação do gabarito mas compreendem as restrições da legislação das zonas em que estão inseridos.

Figura 14: Foto de um edifício residencial próxima ao Parque. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

De 1 a 2 Pavimentos De 3 ou mais Pavimentos

Figura 15: Foto da Rua José Bernardino Ferrador. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Posicionamento de onde foram tiradas as fotos próximo ao parque:

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14 Figura 16: Foto da escada que dá acesso aos pedestre da Rua Rafael Pilegi para a Academia Brasil Fitness Ribeirão. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

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2.4

Mapa da Hierarquia Viária Física

26 0

50 100

200

Figura 17: Mapa de Hierarquia Viária Física Fonte: Produzido pela propria autora.


As vias ao entorno da área de estudo são, em sua maioria, eixos de ligação feitos pelas principais vias expressas, que ligam as zonas da cidade ao quadrilátero Central. Sendo as vias expressas, portanto Avenidas como a Av. Caramuru, Av. Nove de Julho, Av. Indepêndencia, Av. do Café, Av. Presidente Vargas, Av Jerônimo Gonçalves, Av. Bandeirantes e a Av. Patriarca. As demais são vias coletoras, por serem ligadas diretamente as vias expressas, e as locais são as vias que dão acesso as coletoras respectivamente. O terreno está inserido entre vias expressas de grande fluxo de veículos, principalmente nos horários de pico (12h e as 18h). A Av. Santa Luzia é utilizada como caminho para o acesso ao fim da Av. Nove de Julho e a Av. Caramuru representa uma via expressa de grande fluxo de veiculos de uso coletivo por culminar na Av Jeronimo Gonçalves onde se encontra o terminal rodoviário.

Figura 18: Foto da Avenida Caramuru. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Vias Expressas Vias Coletoras Vias Locais

Figura 19: Foto da Rua Eliseu Guilherme. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Posicionamento de onde foram tiradas as fotos próximo ao parque:

18 20

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Figura 20: Foto da Avenida Santa Luzia. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

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2.5

Mapa da Hierarquia Viรกria Funcional

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50 100

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Figura 21: Mapa de Hierarquia Viรกria Funcinal. Fonte: Produzido pela propria autora.


As vias expressas são, em sua maioria, alargadas e de maior fluxo, a Av. Caramuru, Av Nove de Julho, Av Independência e a Av. Presidente Vargas representam entre elas as vias de maior fluxo de veículos, por serem os principais eixos de ligação entre as zonas da cidade. As vias coletoras de maior fluxo tem ligação com ao tráfego de carros e as rotas do transporte público da cidade que são as vias que interligam as rotas de ônibus até a Praça XV de Novembro e a Praça das Bandeiras, ao lado da Catedral, como a Rua Visconde de Inháuma e a Rua Barão do Amazônas. As Ruas Américo Brasilience e Florêncio de Abreu também são eixos de intenso fluxo de transporte público. A Av. Santa Luzia, culmina no final da Av. Nove de Julho com a Arnaldo Bueno o que facilita o acesso ao centro da cidade. Todas as vias que possuem um fluxo intenso são devido a proximidade do centro, que é onde se localizam os comercios e serviços diversos que atendem Ribeirão e região.

Figura 22: Foto do cruzamento entra a Avenida Santa Luzia e a Rua Eliseu Guilherme. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Vias Expressas de Maior Fluxo Vias Coletoras de Maior Fluxo

Figura 23: Foto da Rua Sem saida Rafael Pilegi Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Posicionamento de onde foram tiradas as fotos próximo ao parque:

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Figura 24: Foto da Entrado Parque Roberto de Mello Genaro. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

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2.6

Mapa de levantamento dos Pontos de Ônibus

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50 100

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Figura 25: Levantamento dos Pontos de Ônibus. Fonte: Produzido pela propria autora.


A partir do levantamento dos pontos de ônibus no entorno do local, podemos observar que a maioria dos pontos encontram-se próximos às principais avenidas como a Av. Caramuru e Av. Nove de Julho. No jardim Sumaré, bairro onde encontra-se o Parque, não existe nenhum ponto de ônibus que dê diretamente acesso ao tereno, mas sim próximo ao local. Na zona oeste da cidade apresenta uma quantidade consideravel na Vila Virginia e próxima ao centro. No centro da cidade existem uma grande quantidade de pontos de ônibus, com rotas que interligam às diversas zonas das cidades, assim como o terminal Rodoviário.

Figura 26: Foto do ponto de ônibus em frente a Brasil Fitness na Avenida Caramuru. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Vias de Maior Fluxo de Ônibus Pontos de Ônibus Rotas Diurnas Terminais Rodoviários Pontos de Ônibus Rotas Noturnas

Figura 27: Foto do ponto de onibus na Rua Visconde de Inhaúma. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Posicionamento de onde foram tiradas as fotos próximo ao parque:

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28 27 Figura 28: Foto do ponto de onibus na Avenida Caramuru. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

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2.7

Mapa Síntese de Dinâmicas e Conflitos

32 0

50 100

200

Figura 29: Mapa Síntese de Dinâmicas e Conflitos. Fonte: Produzido pela propria autora.


O mapa sintetiza algumas dinâmicas da região assim como os conflitos existentes. Pode-se observar que o entorno tem muitos equipamentos institucionais, como escolas e hospitais. O tráfego de veículos é muito intenso, nos principais pontos nodais que ligam as avenidas, principalmente na Av. Nove de Julho. A área do quadrilátero Central tem uma grande importância na dinâmica diurna pela predominância de comércios e serviços encontrados na área. Já o bairro onde fica inserido o terreno escolhido, está próximo de áreas com uma dinâmica noturna, que evidencia a existencia de serviços como bares e casas notunas. Na região central a uma intensificação da quantidade de transeuntes, principalmente no calçadão e próximo a escolas. O centro possui um grande número de estacionamentos horizontais e além disso a maioria das linhas de ônibus da cidade fazem o seu trajeto pelo centro, próximo à Catedral.

Figura 30: Foto cruzamento entre a Rua Eliseu Guilherme e a Avenida Santa Luzia. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Pontos de Maior Trafêgo de carros

Raio de Maior Fluxo de Pedestres

Área de dinâmica Noturna

Hospitais ou postos de saúde

Área do Quadrilátero Central

Educacional

Figura 31: Foto do Estacionamento MoviPark na esquina da Rua Altíno Arantes. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Posicionamento de onde foram tiradas as fotos próximo ao parque:

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31 Figura 32: Foto da fachada da Academia Fitness Brasil. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

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03. O Parque

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3.1

Características e Condições do Terreno

Av.

uru

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In

r Ve

R. Eliseu Guilherme

Rua Conde Afonso Celso

ão

o on ut

O

a/

er av

im

Pr

Av. Santa Luzia

Figura 33: Entorno imediato ao Parque. Fonte: Produzido pela propria autora.

36 0

10

50

100


O Parque está localizado entre as vias Rafael Pilegi e a Av. Santa Luzia, seus acessos se dão por uma via de ligação pela Av. Caramuru onde encontra-se a entrada principal do parque e dois outros acessos para pedestres, uma escada metálica que fica na Rua semsaída Rafael Pilegi e outra na Av. Santa luzia. Mesmo desativado, ainda possui estruturas preservadas, como um quiosque onde se encontram dois sanitários, uma paginação de piso e uma guarita localizada na entrada principal. Além disso, possui elementos naturais característicos, que incluem uma lagoa e a vegetação local. O vento predominante vem da direção sudeste, isto é, da parte mais alta do terreno em direção a mais baixa, o terreno se caracteriza como um fundo de vale, possuindo desnível de 9m entre o acesso da Av. Santa Luzia e o parque. Há incidência solar intensa na fachada norte durante a maior parte do ano. A fachada oeste é a mais prejudicada pela maior exposição solar no período vespertino. Os cheios e vazios junto a topografia do terreno prejudicam a visibilidade do parque, que apenas se faz aparente pela perspectiva da Av. Santa Luzia. Desta forma o potencial do parque como área verde inserida em espaço urbano, não tem sido adequadamente explorado, sendo o objetivo do presente trabalho justamente favorecer a utilização e o funcionamento apropriados do local.

Sanitários

Escada

Árvore

Sol Nascente

Guarita

Sol Poente

Lago

Acesso carro/ pedestre

N

Figura 34: Imagem da Maquete Topográfica, com seus acessos Fonte: Produzido pelo próprio autor.

N

Figura 35: Imagem da maquete topográfica com a direção dos ventos predominantes. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Direção dos Ventos Predominantes

Figura 36: Foto da vista do Parque pela Avenida Santa Luzia. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

37


N

Figura 37: Imagem da maquete topográfica. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

Figura 39: Escada Metálica que dá acesso ao parque pena Rua Rafael Pilegi. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

N Figura 38: Imagem da maquete topográfica com corte esquemático. Fonte: Produzido pelo próprio autor. Figura 40: Foto da Vista do Parque Roberto de Mello Genaro. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

ATERRO

38


3.5

Diagnóstico da Área Problemas

Potencialidades

Parque em processo de degradação pelo descaso com o espaço;

Muito bem localizado, seu entorno é próximo a pontos importantes da cidade, como o quadrilátero Central;

Difícil acesso pois não estimula acessos visíveis, possui somente escadas para as entradas na parte mais alta de sua encosta;

Próximo a vias que servem como eixos de grande fluxo de veículos como a Av. Caramuru e a Av. Santa Luzia;

Não possui pontos de ônibus próximo ao local, apenas em vias ao entorno;

Grande área verde de preservação, vista para outros pontos da cidade, parque urbano com poucas intervençães em sua topografía;

Pouca iluminação no período noturno;

Lei complementar de incentivo a ocupação e revitalização da área;

A ocupação ao entorno do parque é em sua maioria de uso residencial, com poucos comércios e serviços, que desestimulam a passagem de pedestres;

Potencial de exploração volumétrica para eventuais ocupação para edifícios com mais pavimentos, devido ao seu terreno de fundo de vale;

Calçadas estreitas e ruas sem saídas não facilitam o acesso de pedestre e nem de veículos;

Potencial de lazer e cultura ligados ao meio ambiente;

Av. Santa Luzia

9m

Figura 41: Corte Esquemático do Parque Roberto de Mello Genaro. Fonte: Produzido pelo próprio autor.

0

39

10

25

50


3.3

Legislação Urbana A taxa de ocupação é de

80% e o coeficiente de

aproveitamento é 5 vezes a área do terreno. Densidade Populacional Líquida Máxima de 2.000 hab/ ha. A porcentagem do total do sistema de áreas verdes, admitida como Sistema de Lazer Recreativo é de 25% (vinte e cinco por cento) nas Zonas de Urbanização Preferencial.

Figura 42: PLANO DIRETOR DE RIBEIRÃO PRETO. Mapa atual do macrozoneamento Urbanístico. 2018. Dísponível em: < https://planejamentourbanoribeiraopreto.wordpress.com/ > Acesso em: 05 de maio 2019.

Lei de Uso de Ocupação do Solo O terreno está inserido na zona de uso disiplinado 1 (ZUD), que se caracteriza por ser uma área onde o uso e a ocupação devem ser diciplinados, em prol de reduzir o número das enchentes urbanas. a ZUD 1 compreende a área de formação Serra Geral (basalto) que engloba o anel viário. Na lei de macrozoneamento o parque encontra se inserido na Zona de Urbanização Preferencial. O gabarito nesta zona pode ultrapassar o gabarito básico de 10 metros caso respeitei o coeficiente de aproveitamento, taxa de ocupação e recuos minímos previsto na lei.

40


04. Leituras Projetuais

41


4.1

Centro Ambiental Pedreira do Riacho Local: Contagem - Minas Gerais Ano: 2011 Área: 65.021,75m² Arquiteto: Proposta e Partido Entorno e acessos

Bernardo Horta

Figura 43: Imagem do Centro Ambiental da Pedreira. Dísponível em:<https://bernardohorta.com.br/Centro-Ambiental-da-Pedreira> Acesso em: 03 de maio 2019.

Figura 45:Imagem do Bairro Riacho das Pedras localização da Pedreira desativada com acesso pela Av. Rio Branco. Fonte: Produzido pela própria autora.

A proposta é recuperar a área da Pedreira do Riacho que fica em Contagem (MG), a cidade faz parte da região metropolitana de Belo Horizonte pelo processo de conurbação entre as cidades. A área estava abandonada à mais de 40 anos e tem potencial para a criação de um espaço público e de lazer. O projeto tem como foco a requalificação da área, usando a predominância da paisagem com a relação dos usuários pelas diferentes distâncias e jogos da volumetria do edifício, busca estimular a entrada dos visitantes ao seu interior. O edifício portanto, apresenta uma relação continua entre os espaços, facilitando seu acesso de forma a não ser um obstáculo a seus usuários.

Seu único acesso é pela Av. Rio Negro, está inserido no meio urbano, se caracterizando como um vazio em um entorno próximo a edifícios de uso residencial, industrias e de uso institucional.

Volumetria Quando a volumetria trata-se de um prisma com pátio no meio, cortado em seu eixo horizontal, afundado no terreno, com a criação de rampas que permitem o acesso da cobertura pelo nivél zero do edifício, permitindo não interromper o desenho da paisagem vista das diferentes distâncias pelo observador.

Estrutura Foi feita uma malha estrutural de 13x12, em laje nervurada para vencer grandes vãos.

Figura 44: Malha estrutural do projeto. Fonte: Produzido pela própria autora.

Figura 46: Desenho esquemático da evolução volumétrica. Fonte: Produzido pela própria autora.

42


Topografia

Estudo de Insolação

O edifício fica inserido no terreno de forma a valorizar a paisagem do entorno.

A cobertura é feita em balance, para dar maior sombreamento durante o dia e durante a noite, as aberturas permitem a disperção do calor por efeito chaminé.

Figura 47: Desenho esquemático da Topografia. Fonte: Produzido pela própria autora.

Materiais Esquadrias em alumínio e vidro, assim como guarda-corpo. Estrutura mista de concreto e vigas metálicas.

Figura 48: Desenho Esquemático do estudo de Insolação. Fonte: Produzido pela própria autora.

Setorização

Área de exposição e atendimento Exposição Permanente Exposição Temporária Auditório 220 lugares Ateliê de ciências Hall

Área de acesso livre; Sanitários Enfermaria Biblioteca Arquivo Café/Restaurante Atendimento Biblioteca audiovisual

Área técnica; Armazenamento de materiais expositivos Almoxarifado Oficina Multiuso Carga e Descarga Sala de Maquinas Sanitários para Público Depósito

Área administrativa; Circulação Acessos Figura 49: Imagem da Setorização do projeto. Fonte: Produzido pela própria autora.

Sala de Diretoria Sala de Reunião Sala de Administração Serviços e Educação Projetos e produção Cozinha Refeitório Depósito

Área externa. Pátio Estacionamento Auditório

43


4.2

Biblioteca Parque Leon de Grief Ano: 2008 Área: Local: Medellín - CO Proposta e Partido

Figura 50: Parque Biblioteca León de Greiff Dísponível em: <https://www.arthitectural.com/giancarlo-mazzanti-leon-de-greiff-library-la-ladera-parque-biblioteca/> Acesso em: 03 de maio 2019.

6.800m2

Arquiteto:

Giancarlo Mazzanti

Hall

Circulação Vertical

Serviços

Circulação Horizontal Figura 52: Imagem da planta-baixa setorizada. Fonte: Produzido pela própria autora.

A proposta buscou intervir no espaço trazendo conectividade entre o espaço público e o equipamento. O projeto do centro Cultural também é conhecido como La Ladera pois as edificações inseridas na topografia de forma a utilizar a circulação e criação de espaços públicos. No nível de entrada o acesso é dividido em 3 setores diferentes, de volumetrias similares que se conectam por dentro por um túnel entre os blocos e por fora em um deck localizado na entrada principal da edificação.

Topografia A volumetria foi inserida apoiada na topografia que foi reforçada com uma estrutura nas lateriais da edificação, para que a vista da paisagem a e conecção entre os diferentes niveis fosse priorizada.

Setorização Biblioteca

Entrada/ Administração

Auditório

Figura 51: Blocos volumétricos setorizados. Fonte: Produzido pela própria autora.

Figura 53: Encaixe dos blocos na topografia. Fonte: Produzido pela própria autora.

44


4.3

Complexo Cultural Luz Ano: 2009 Local: São Paulo - Brasil Proposta e Partido

Área: 18.256m² Arquiteto: Entorno e acessos

Figura 54: Imagem do Complexo Cultural Luz Dísponivel em: <https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/herzog-de-meuron-centro-cultural-sao-paulo-23-05-2012> Acesso em: 03 de maio 2019.

Herzog & De Meuron

Figura 55: Diretrizes urbanas e eixo dos equipamentos. Dísponível em: <http://vgnweb.publica.sp.gov.br/StaticFiles/SEC/edital/ Apresenta%C3%A7%C3%A3o%20do%20Complexo%20Cultural%20Luz_ R10_2013.08.20_.pdf> Acesso em: 03 de maio 2019.

O projeto faz tem como objetivo trazer a integração entre os pontos do complexo da Luz. A transparência e a permeabilidade do conceito arquitetônico foram os partidos utilizados para a elaboração de um centro cultural, servindo de eixo de ligação dos diferentes pontos importantes dessa região, além de trazer uma resolução utilizando lajes livres e distribuindo os diferentes usos contidos no edifício, o projeto ainda não foi executado.

Setorização

Os espaços são divididos em 5 usos diferentes: Teatros Áreas Públicas Companhia de Dança Escola de Música Áreas de Apoio

Volumetria

Figura 56: Setorização volumétrica do Complexo da Luz. Dísponível em: <https://www.arcoweb.com.br/projetodesign/arquitetura/herzog-de-meuron-centro-cultural-sao-paulo-23-05-2012> Acesso em: 03 de maio 2019.

45


4.4

Eco-Parque Ostim

Local: Ancara - Turquia Proposta e Partido

Ano:

Área: 85.000m² Topografia

2015

Arquiteto: ONZ Architects

O terreno sofreu o minimo de intervenção. O parque funciona como eixo de ligação pelos platôs que seguem a topografia original do terreno.

Ostim é uma zona industrial localizada em Ancara na Turquia. Um Eco-Parque para pesquisa de tecnologia sustentáveis ​​afim de promover as partes o desenvolvimento das mesmas.

Figura 57: Imagem esquemática do locação do Eco-Park no terreno. Dísponível em: <https://aasarchitecture.com/2014/01/ostim-eco-park-by-onz-architects.html/ostim-eco-park-by-onz-architects13/> Acesso em: 03 de maio de 2019.

Setorização A setorização se baseia na visibilidade do parque por todos os ambientes do mesmo, a valorização do espaços verdes em detrimento da composição da volumetria edificada como que inserida na topografia de forma a promover a interação entre o espaços.

As áreas de esposição e comuns servem de pontos de circulação entre as ligações dos ambientes, como também servem de acessos pelos platôs da descida do parque.

Escritório Áreas Comuns Área para Exposição

Café Sala para conferências Acessos Figura 58: Imagem do Eco-Park. Dísponível em: <https://aasarchitecture.com/2014/01/ostim-eco-park-by-onz-architects.html/ostim-eco-park-by-onz-architects13/> Acesso em: 03 de maio 2019.

46


05.

47

O Projeto


5.1

Setor

Cultural

Administração

Informação

Alimentação

Programa de Necessidades

Ambiente

Biblioteca Espaço de leitura

Educacional

I I/E

Caracterização

Mobiliário

Lugar onde se guardam livros. Local destinado a leitura e permanência do público que acessa o acervo da biblioteca.

Prateleiras

Sala onde fica a direção educacional do centro de educação ambiental. local de armazenamento de comida e descanso dos funcionários.

mesa,cadeiras,armários, prateleiras, computador mesas, cadeiras geladeira, pia, microondas, bebedouro, cafeteira

mesas, cadeiras, poltronas

Quantidade (un)

Área (m²)

1

170

1

30

1

9

1

25

Sala da Direção

I

Copa

I

Sanitários

I

Sanitários destinado ao administrativo e professores.

2 sanitários, 2 pias

2

16

Recepção

I

sala de espera com local para secretária

Mesa, cadeiras, computador

1

16

Divulgação

I

1

25

DML

I

Sala destinada a equipe de divulgação dos trabalhos feitos no Centro de Educação Ambiental Depósito destinado ao armazenamento de produtos de limpeza

1

5

Cabine de Informação

I

1 bancada, 2 cadeiras

1

10

Lanchonete

I

Frízer, geladeira, pia, chapa, balcão, armário

1

40

Sanitários

I

2

36

1

360

1

100

Praça de Alimentação

Lazer

Interno (i) Externo (e)

I/E

Guichê para informação ao público. Local para atendimento ao público do Parque Sanitários destinado ao público e para atender aos visitantes do parque Local para permanência destinado ao consumo de alimentos vendidos pelos estabelecimentos

2 mesas, 4 cadeiras, 2 computadores 1 tanque, 1 prateleira

4 sanitários, 4 pias. mesas, cadeiras, lixeira, bancos

Horta comunitária

E

Parquinho Área para caminhada

Canteiros destinados ao plantio de mudas de pequeno porte para uso do público do parque e dos alunos do Centro de Educação Ambiental Canteiros, plantas

E

Equipamentos para o uso do público infantil

*

1

50

E

Pavimentação própria para caminhadas

*

1

3000

Sala de Oficinas

I

Local para a confecção de materiais e instrução dos alunos do Centro de Educação Ambiental

4

200

Laboratório

I

2

50

Sala de Ciências

I

4

140

Sanitários

Laboratório destinado a pesquisa voltada para a educação ambiental Ambiente com caracter instrutivo, destinado ao compartilhamento de conhecimento sobre educação ambiental

I

Sanitários aos alunos e visitantes do parque

4 sanitários, 4 pias, 1 chuveiro

4

40

E

Local para apreciação da vista do parque com espaço comtemplativos.

mobiliários urbanos

1

300

Contemplativo Mirante

bancadas, cadeiras, mesas, pia, armários. bancadas, cadeiras, mesas, pia, armários, prateleiras, equipamentos de laboratório

carteiras, projetor, lousa e palco.

Total (m²)

200

96

10 436

3150

430

300 4622

TOTAL

Figura 65: Tabela Programa de Necessidades. Fonte: Produzido pela própria autora.

48


5.2

Organograma

Contemplativo

Cultural

Educacional

Administrativo

Informação

Alimentação

Lazer

Figura 66: Organograma Fonte: Produzido pela própria autora.

49


5.3

Fluxograma

Acesso Av. Santa Luzia

Mirante Sala de Ciências

Biblioteca Espaço de Leitura

Sala de Oficinas Sanitários DML Sala da Direção Copa

Cabine de Informação Praça de Alimentação

Recepção

Sanitários

Lanchonete

Divulgação

Area de Caminhada

Horta Comunitária

Acesso Parque

Parquinho

Figura 67: Fluxograma. Fonte: Produzido pela própria autora.

50


5.4

Plano de Massas Térreo - Parque

ru

u ram

Ca Av.

Ádministrativo Lazer Alimentação Informativo

i

l

e afa

eg Pil

Ru

aR

aR

Ru

Av. Santa Luzia 10

el

Pil

eg

i

Figura 68: Plano de Massa nível térreo Fonte: Produzido pela propria autora.

51 0

afa

50

100


5.4

Plano de Massas 1ª Pavimento

ru

u ram

Ca Av.

Educativo Cultural

i

l

e afa

eg Pil

Ru

aR

aR

Ru

Av. Santa Luzia

afa

el

Pil

eg

i

Figura 69: Plano de Massa nível Intermediário Fonte: Produzido pela propria autora.

52

0

10

50

100


5.4

Plano de Massas 2ª Pavimento (Av. Santa Luzia)

ru

u ram

Ca Av.

Educativo Cultural Comtemplativo

i

l

e afa

eg Pil

Ru

aR

aR

Ru

Av. Santa Luzia

afa

el

Pil

eg

i

Figura 70: Plano de Massa nível Av. Santa Luzía. Fonte: Produzido pela propria autora.

53 0

10

50

100


5.5

Memorial Justificativo

Conceito

Partido

O conceito do projeto está interligado com a ideia de adaptabilidade e flexibilidade dos espaços. Sendo a função proposta como um Centro de Educação Ambiental inserido em um parque, em meio à malha urbana, é possível entender este equipamento como passível de mudança, uma arquitetura reversível que acompanhe as necessidades do local em que ela está inserida, mas que ao mesmo tempo permita voltar os olhares da comunidade às questões ambientais. Desta maneira a edificação permitirá criar diferentes ambientes dependendo da necessidade, sendo os mesmos modulares. Outro conceito está na valorização da interação dos transeuntes com o parque, para que isso ocorra será feito a continuação da Rua Rafael Pilegi, atualmente sem saída, para a via que dá acesso a Av Caramuru. Além disso o equipamento inserido serve de eixo de ligação entre o parque e as duas avenidas existentes, que proporciona um acesso em dois níveis diferentes da topografia do terreno. Sendo estes, o acesso pela Av. Santa Luzia (acesso pelo mirante) e no nível do parque o acesso pela Av. Caramuru (entrada principal). O CEA servirá como a circulação vertical entre esses acessos, permitindo também a visibilidade da paisagem natural do parque em meio a área urbana.

O conjunto de diretrizes e parâmetros que são levados em conta na realização deste equipamento são as estratégias sustentáveis, sendo respectivamente:

Implantação O equipamento está inserido de forma a ter o menor impacto possível no terreno, por se tratar de uma área verde e ter um volume edificado verticalizado, proporcionando assim uma menor ocupação do terreno.

Figura 60: Implantação com área permeavel do térreo do Parque. Fonte: Produzido pela própria autora.

Circulação e Acessos O acesso ao Parque se dão por duas escadas e elevadores nas extremidades do equipamento. A circulação horizontal fica a critério da readequação da circulação pré-existente no terreno do parque, complementada com diferenciação de pisos entre a funcionalidade dos espaços. Sendo estes o piso intertravado entre os espaços de passagem e permanência, piso drenante nas áreas contemplativas, piso emborrachado para a pista de caminhada, areia na área do parquinho e nos diferentes níveis o piso de concreto nas áreas de sala de aula e biblioteca.

Figura 59: Implantação com indicação dos acessos e contunação da Rua Rafael Pilegi. Fonte: Produzido pela própria autora.

54


Estratégias de Conforto Ambiental Dentre as estratégias de conforto ambiental utilizadas estão os brises, voltados principalmente para a fachada oeste, a ventilação cruzada por venezianas fixas no entre forro e pelas janelas dos ambientes, a permeabilidade do terreno com sua ocupação de menor impacto na vegetação pré-existente e as duas coberturas independentes, um teto verde impermeabilizado sobre a biblioteca e o a cobertura de concreto com a colocação de argila expandida na área de sombreamento das salas de aula e sanitários.

Figura 61: Implantação com marcação dos elevadores e escadas. Fonte: Produzido pela própria autora.

Estrutura

A estrutura utilizada são lajes protendidas de cordoalhas engraxadas, que tem como vantagem a capacidade de vencer grandes vãos utilizando pequenas espessuras, por usarem materiais de alta resistência, cordoalhas que possuem maior módulo de elasticidade. Como são protendidas não possuem vigamentos, as amarrações entre os pilares são feitas através de um conjunto de cordoalhas engraxadas, permitindo o deslocamento dos pilares, que é de extrema importância devido a escolha de uma laje sinuosa com diferentes vãos. Outra grande vantagem das lajes protendidas é a execução de pisos de grande comprimento sem juntas de dilatação, pois a pré-compressão introduzida pela protensão combate a fissuração devido a retração do concreto. A simplicidade de execução da fôrma plana, a facilidade de fixação das ancoragens individuais e de baixo peso. O aspecto econômico a ser considerado é a durabilidade das lajes protendidas. A espessura da laje é de 30cm, com pilares de 40cm distribuidos de 7,5m a 9m entre vãos.

Veneziana Fixa Laje

Forro Laje Figura 63: Corte esquemáticos dos ambientes com ventilação cruzada. Fonte: Produzido pela própria autora.

Teto Verde Reservatório de água

Argila Expandida

Figura 62 : Maquete com lajes e marcação dos pilares da edificação. Fonte: Produzido pela própria autora.

Figura 64: Desenho da Cobertura com indicações. Fonte: Produzido pela própria autora.

55


5.5

Memorial Justificativo

Setorização O térreo é onde encontra-se o parque Roberto de Mello Genaro. Há uma praça de alimentação com lanchonete e sanitários, que serve de apoio tanto aos transeuntes do parque como para o centro de Educação. Além disso, temos espaços contemplativos, pista de caminhada, parquinho e o setor administrativo com uma cabine de informação destinada as questões ligadas ao CEA.

uru

ram

Ca Av.

Lanchonete Administração Cabine de Informação Sanitários Circulação Vertical

Figura 65: Planta Baixa do Térreo do Parque setorizada Fonte: Produzido pela própria autora.

56


Setorização O pavimento intermediário (+4,50m) em relação ao parque e ao acesso da Av. Santa Luzia, é onde encontram-se as salas de aula, Biblioteca e sanitários de apoio. A biblioteca possui um pé direito duplo, permitindo a amplitude do espaço.

uru

ram

Ca Av.

R. gi

ile

lP

fae

Ra Salas de Aula Circulação Vertical Sanitários Figura 66: Planta Baixa do pavimento Intermediário setorizada Fonte: Produzido pela própria autora.

Biblioteca 57


5.5

Memorial Justificativo

Setorização O pavimento de acesso pela Av. Santa Luzia (+9,00m) é onde encontram-se o restante das salas de aula, sanitários e o mirante, que proporciona aos transeuntes a visibilidade total do parque, assim como o acesso a circulações verticais de escada e elevador que dão acesso ao mesmo.

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ram

Ca Av.

R. gi

ile

lP

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Ra l

R.

Salas de Aula Circulação Vertical Sanitários

Av .S

an

ta

e afa

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R

Lu

zia

Biblioteca

Figura 67: Planta Baixa do Pavimento acesso Av. Santa Luzia setorizada Fonte: Produzido pela própria autora.

58


Materiais Nas paredes dos ambientes foram utilizados painéis modulares pré-moldados para o fechamento dos mesmos, o guarda corpo é de madeira laminada colada, as esquadrias das janelas, brises e guarda corpo das escadas são metálicos, as portas são de madeira, as lajes e pilares são de concreto e a estrutura de sustentação do mirante é de treliça metálica.

Fachada Norte

Fachada Sul

Fachada Oeste

Corte AA

Corte BB

Figura 68: Cortes e Fachadas Fonte: Produzido pela própria autora.

Corte CC 59


5.5

Memorial Justificativo

Volumetria Volumetria do CEA é composta por dois platôs e duras coberturas em diferentes níveis. Ao longo destas lajes são distribuídos os volumes das salas de aula, sanitários e a biblioteca, que possui um pé direito duplo. A circulação vertical se localiza nas extremidades do equipamento. No térreo é onde encontra-se o setor administrativo, a cabine de informação e a lanchonete. As lajes sinuosas em contraste com as volumetrias geométricas dão a sensação de modularidade, o que se permite a adaptabilidade dos ambientes junto à uma edificação coberta, dando novas possibilidades de uso.

Cobertura Verde Cobertura Salas de Aula Biblioteca Laje/Circulação Horizontal Cabine de Informação Lanchonete Circulação Vertical Sanitários Administrativo

Figura 69: Volumetria Explodida Fonte: Produzido pela própria autora.

60


Considerações Finais Conclui-se que o seguinte projeto de graduação propõe, através de um projeto de um Centro de Educação Ambiental, desenvolver um espaço capaz de integrar o meio urbano da cidade de Ribeirão Preto à uma grande área verde atualmente abandonada, o Parque Roberto de Mello Genaro. Desta maneira, o projeto cumpre a função de parque urbano, pois traz qualidade de vida para a população, proporcionando o contato com a natureza, além de incentivar a conscientização sobre as questões ambientais através de um espaço educativo e cultural, com a qualidade de um ambiente adequado e atrativo para a realização de atividade física e de lazer. O desenvolvimento do projeto leva em conta que a função dos edifícios pode mudar com o tempo; os ambientes projetados são mutaveis. Observa-se que, na conjuntura do mundo atual, é necessário conscientizar e reeducar os cidadãos sobre as mudanças ambientais, desta maneira justifica-se a implementação de um Centro de Educação Ambiental.

61


Bibliografia

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Proposta para implantação de centro de Educação Ambiental. Brasília, 1991. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP). Centros de Educação Ambiental. Brasília, 1992. (Série Encontros e Debates) BUSSMANN, A.C. O projeto político-pedagógico e a gestão da escola. In: VEIGA, I.P.A. (Org.). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas: Papirus, 1999. CARVALHO, I.C.M. As transformações na cultura e o debate ecológico: desafios políticos para a educação ambiental. In: PÁDUA, S.M. (Org.). Educação Ambiental: caminhos trilhados no Brasil. Brasília: IPÊ, 1997. DEBONI, F.S. Centro de Educação Ambiental no Brasil: Manual de Orientação. Brasília: DF. Ministério do Meio Ambiente, 2004. SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Coordenadoria de Educação Ambiental. Manual de implantação de Centros de Educação Ambiental. São Paulo: SMA/CEA, 2013. SORRENTINO, M. Educação Ambiental: avaliação de experiências recentes e suas perspectivas. In: PAGNOCCHESCHI, B. (Coord.). Educação Ambiental: experiências e perspectivas. Brasília, 1993. KAMIYAMA, A. Cadernos de Educação Ambiental: agricultura sustentável. São Paulo: SMA, 2011. Disponível em: https://www.ambiente.sp.gov.br/cea/2014/11/19/13-agricultura-sustentavel/. Acesso em: 18 fev. 2019. VAIDYA, P. KEELER, M. Fundamentos De Projeto De Edificações Sustentáveis. São Paulo. Editora: Bookman, 2010.

62


5.6

Desenhos TĂŠcnicos

63


Perspectivas

Figura 70: Vista do Parque com o Centro de Educação Ambiental Fonte: Produzido pela própria autora.

64

Figura 71: Vista fachadas Leste Fonte: Produzido pela própria autora.


Figura 72: Acesso ao CEA pelo mirante localizado na Av Santa Luzia. Fonte: Produzido pela prรณpria autora.

65

Figura 73: Vista do Parque do mirante. Fonte: Produzido pela prรณpria autora.


Perspectivas

Figura 74: Vista das salas de aula, lado externo. Fonte: Produzido pela própria autora.

66

Figura 75: Vista do Centro de Educação Ambiental Fonte: Produzido pela própria autora.


Figura 76: Vista do Centro de Educação Ambiental Fonte: Produzido pela própria autora.

67

Figura 77: Vista da Praça de Alimentação e lanchonete Fonte: Produzido pela própria autora.


Perspectivas

Figura 79: Vista da parquinho e pista de caminhada. Fonte: Produzido pela prรณpria autora.

Figura 80: Vista da รกrea administrativa. Fonte: Produzido pela prรณpria autora.

68


Figura 81: Vista da fachada Oeste. Fonte: Produzido pela prรณpria autora.

Figura 82: Vista da fachada Sul. Fonte: Produzido pela prรณpria autora.

69


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