Jornal Litoral Alentejano

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Apoia o desporto e a cultura na Região 15 de Julho 2011 Ano X n.º 238 Quinzenal Preço 0.50 €

Directora n Aliette Martins

m

Director-adjunto n Marcos Leonardo

Uma PAC mais justa

“Em Portugal toda a gente fala que não produzimos nada. Isso é muito injusto”, afirmou Capoulas Santos aos jornalistas portugueses presentes no PE, dando conhecimento dos principais valores da agricultura portuguesa”.

FACECO onde a Tradição é mais forte “A maior dificuldade não é tanto adaptarmo-nos à mudança que estes tempos trouxeram, mas sim adaptarmo-nos à velocidade a que ela tem acontecido”


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O Grande Certame de Odemira, uma Feira que marca encontr Propriedade

LitoralPress, Lda

Directora

Aliette Martins

Director Adjunto Marcos Leonardo

Redacção

Aliette Martins (aliette@sapo.pt)

Raul Oliveira Claúdio Catarino Angela Nobre

(a.v.nobre@gmail.com)

Rute Canhoto

FACECO onde a Tradição é mais forte A 21ª edição da FACECO – Feira das Actividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira – com o tema a “Floresta”, no âmbito do Ano Internacional da Floresta - vai ter lugar entre os dias os próximos 22, 23 e 24 de Julho, em S. Teotónio, uma iniciativa do Município de Odemira e da Junta de Freguesia local, constituindo-se, como sempre, num privilegiado ponto de encontro entre gerações.

(rutecanhoto@iol.pt)

Joaquim Bernardo

(joaqbernardo@gmail.com)

Helga Nobre

(helga.nobre@gmail.com)

Bruno Cardoso

(brunojpcardoso@gmail.com)

Cronistas

Francisco do Ó Custódio Rodrigues Serafim Marques Veríssimo Dias

Secretaria

Ana Cristina

Fotografia

Paulo Chaves Ana Correia Luís Guerreiro José Miguel Duarte Gonçalves

Publicidade

Marcos Leonardo Telem. 919 877 399

Paginação

ARTZERU, Lda. Telef. 265 232 387 geral@artzeru.com

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Colégio de S. José Rua do Parque, 10 7540-172 Santiago do Cacém Tel./Fax: 269 822 570 Telem. 919 877 399 litoralalentejano@sapo.pt

Delegação

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Membro :

Na nossa deslocação a Odemira, como tem acontecido e que cumpre uma regra anual, neste espaço da palavra, um encontro com o Presidente da Edilidade faz parte quase – diria - de um ritual, porque é preciso saber notícias da FACECO, uma Feira que cativa com a sedução da sua indesmentível autenticidade. Por ali passam os bons produtos de um Concelho que é, de facto, interessante em múltiplos aspectos. Com essa perspectiva, ainda que na limitação do grafismo da escrita – no negro das letras e no branco do papel – poderemos dizer sem receio de errar que, a FACECO, tem a multiplicidade de todas as cores destacadas nos produtos da terra que apresenta, também no artesanato genuíno que se mostra e, para além do mais, não esquece os seus artistas, desde os mais jovens, das bandas locais aos veteranos do Cante Alentejano. A FACECO é, uma Feira que se afirma por todo o relevo do recinto em que se desenvolve, repartido por múltiplas surpresas, onde pontilham restaurantes com a boa gastronomia regional onde, por exemplo, um “jantarinho de grão”, poderá fazer as delícias de qualquer forasteiro e não só… Para muitos, a Feira poderá oferecer também um momento de descoberta, de que é disso exemplo a destilação de aguardente, que se reflecte no Museu existente num dos seus recantos, onde é possível beber e apreciar um bom medronho e, faz-se, com uma regra assumida, a de encontros de amigos. Nesta peça, para falarmos um pouco da FACECO, sobretudo para que se possa reflectir para fora dos limites do seu território, também uma nota retrospectiva da “saúde” do Concelho de Odemira, o seu Presidente é que tem a palavra. Litoral Alentejano - Esta

nossa conversa terá – forçosamente - que começar pelo óbvio, a da preocupação dominante – a Crise no nosso País e no Mundo. Nesse sentido, que sentimento o assalta na gestão de uma Câmara como Odemira em tempo de crise profunda, como a que o País está a atravessar? Que preocupações destacaria? Carlos Alberto Guerreiro – Presidente da Câmara Municipal de Odemira –

mundo, hoje em dia, muda constantemente e, muda com alguma frequência, no sentido de crescimento económico ou numa ligação económica. Agora, o problema é que, este ciclo que aí está, acontece de forma imprevisível. Repare que há dois anos, os políticos nacionais diziam que o pior já tinha passado e que estávamos a voltar ao normal, quando afinal, ainda estávamos num decréscimo acentuado. Isso reflecte-se nas autarquias também. A actividade económica diminuiu; em Odemira bastante. As taxas e outras receitas do Município provenientes – por exemplo – quer do comércio, quer da construção civil - são significativamente mais baixas. Nós estamos com valores, relativamente a 2008. Representam cerca de 30% apenas, ou seja, há um considerável decréscimo das receitas.

do que tínhamos há um ano e meio, o que deu origem a algumas dificuldades nalguns serviços que não podem ser adiados. Reduzimos também na actividade normal da Câmara, tentando manter os níveis de qualidade que tínhamos: Os eventos, os apoios às iniciativas às colectividades, às Juntas mas, obviamente, todos temos que fazer sacrifícios. Os apoios financeiros a essas actividades Municipais foram reduzidos. O convívio com estas dificuldades não é apenas pelo facto de termos menos recursos, mas sim dessa redução ser imprevisivelmente reduzida no tempo e, de uma forma, muito acelerada, como lhe disse.

Ter a Câmara equilibrada do ponto de vista financeiro, é fundamental Litoral Alentejano – Permita-me que faça uma observação. Pelo que afirmou, a Câmara de Odemira já está - no terreno - a aplicar o Memorandum da Tróika. A redução dos seus colaboradores, é um dos exemplos que deu da consequência da crise. Aliás, pelo que entendi, a Autarquia assim procedeu, sem que tenha sido por imposição legal.

Está numa fase muito adiantada e, o seu cumprimento, passou também pela redução do pessoal, porque, efectivamente hoje há menos serviço em algumas áreas. Há menos procura. Chegávamos a ter mil e duzentos processos de obras para licenciamento e, hoje, temos menos de 50%. Temos que perceber que a essa redução do número de solicitações tem que corresponder, forçosamente, uma redução do número de colaboradores. Se não reduzíssemos o número de colaboradores, evidentemente, não estávamos a fazer uma gestão equilibrada. Qualquer autarquia, qualquer instituição ou empresa, hoje é gerida dessa forma, adaptando-se às condições do mercado. Nós tivemos que fazer igual. Entretanto, nalguns outros serviços anteviam-se crescimento de procura, facto esse que exigiu ajustamentos. A redução do número dos nossos funcionários passou por um esforço colectivo. Passou pelo esforço dos serviços, das freguesias, mas também por esta constatação de que, neste momento, há serviços que têm, forçosamente, menos procura. Essa parte, do lado da despesa, fizemo-la. Ajustamo-la em muito sectores às realidades que hoje temos e, no investimento, fizemos uma reformulação

“Não tenho muitas dúvidas em afirmar que, esta vai ser uma zona de Excelência nos próximos anos. Assim nós saibamos cuidar dela e promove-la”. Os tempos modificaram um bocadinho os objectivos da gestão de qualquer responsável político. Sem dúvida que houve sempre em Odemira uma gestão com algum cuidado e, houve sempre uma atenção especial à questão financeira, entretanto, o que agora acontece é que as coisas mudaram, mas mudaram muito rapidamente. A maior dificuldade não é tanto adaptarmo-nos à mudança que estes tempos trouxeram, mas sim adaptarmo-nos à velocidade a que ela tem acontecido porque, todos nós sabemos que o

A par disso, o Estado também foi obrigado a cortar nas transferências. Isso significa que estamos com cerca de 5 milhões de euros – por ano - a menos da receita normal que teríamos, o que fez com que tivéssemos que tomar algumas medidas, que passaram – obviamente – pelo aumento da receita em algumas actividades e, em alguns serviços prestados pelo Município em que éramos deficitários, mas também do lado da despesa, com a redução – significativa – do número de colaboradores. Neste momento temos menos 20% colaboradores

- Eu posso lhe dizer que, nós Câmara, há um cerca de um ano, um pouco mais até, aprovamos um conjunto de medidas internas que foram importantes e que se traduziram num “Plano Municipal de Consolidação Financeira” que actuou em várias frentes: Patrimonial, Financeira e, numa ainda em outra vertente, a Administrativa, no sentido de reduzir – o mais possível – esses custos estruturais e, no fundo, potenciar algumas receitas que se anteviam como possíveis. Esse Plano tem vindo a ser gradualmente aplicado.

do investimento previsto. Apostamos fortemente nas candidaturas ao Quadro Comunitário de forma a potenciar algumas obras que já tinha sido executadas ou que estavam a acontecer e, outras que irão acontecer brevemente. Conseguimos de facto, uma boa carteira de candidaturas e, estamos a perspectivar ainda de outras mais. Estamos consciente de que, nos tempos em que vivemos, ter a Câmara equilibrada, do ponto de vista financeiro, é fundamental e, cada vez vai ser mais. Potencia o aproveitamento


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ro com saberes e culturas dos fundos comunitários que exigem uma parcela do financiamento nacional. Esse esforço - apesar de as percentagens serem baixas, é cada vez mais significativo e muito exigente para quem está em dificuldades. Nós fizemos uma reestruturação Orgânica. Mudamos a forma de funcionar, mas também mudamos a estrutura dos serviços, o que acabou por ser determinante para nos voltarmos a assentar numa situação relativamente confortável. Hoje, o Município de Odemira, no total dos seus colaboradores - efectivos e contratados - está com quinhentos funcionários. Um Município que é, seguramente, o maior do Litoral Alentejano em termos de execução a par de Santiago do Cacém e que tem um conjunto de funcionários, que – proporcionalmente - em relação às outras Autarquias é, neste momento, abaixo. Digamos que estaremos mais preparados.

paragens, não só no País, mas no estrangeiro, e que, por esta altura, nas suas férias, fazem da FACECO um ponto de encontro dos seus saberes, das suas culturas e das amizades, o que é muito importante. Valorizamos muito o aspecto humano e, esse, é um aspecto muito importante na FACECO. Estou convencido de que, mesmo que não haja grandes novidades, muita gente já se habituou a vir à FACECO e encontrar nela os seus amigos. O tomar um copo com eles e, poder apreciar aquilo que se vai fazendo por cá, tem a dimensão da amizade e do encontro, como lhe disse.

O sector-florestal sustenta uma parcela muito importante da economia local Litoral Alentejano – Fale-me da escolha do tema deste ano da Feira.

Na FACECO um dos sectores fortes é o da Promoção Litoral Alentejano – Vamos entrar na FACECO procurando saber se a Feira para a Autarquia é um investimento ou um gasto? - Nós nunca vimos a FACECO como um gasto. A FACECO é um investimento. Claramente. É um investimento porque aposta na promoção dos produtos. Aposta na valorização dos produtos e dos serviços e, porque aposta também numa dinamização económica, aliás, se calhar esse factor poderá ser aquele que ainda terá menos expressão. Ainda não se faz muito negócio, mas na FACECO há um sector que é muito forte, o da promoção. Atraindo visitantes e, também com o ajustamento da data que fizemos, estamos convencidos que a FACECO constitui, não só uma Montra daquilo que aqui se faz, mas também, uma oportunidade de afirmação de atracção turística do Concelho de Odemira, o que é, cada vez mais importante nas economias locais. Isto por um lado. Por outro, é também um local de encontro entre não só as gerações que residem actualmente em Odemira, mas entre aqueles que tiveram que ir procurar outras

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expressiva – o poder que têm. Por exemplo, o sector agroflorestal é um deles, o hortícola também e, mesmo o florícola, estão representados através, como lhe disse, das suas associações. A verdade é que, muitas vezes, aqueles que são os grandes espaços de ocupação de Feira, não corresponderão à dimensão da actividade, mas cada vez mais, temos um sector nesta matéria, muito forte e, nos pequenos frutos também. Vamos tentar puxar por esses sectores para que eles sejam valorizados e para que a Feira possa ser, também ela, um ponto de encontro de negócios, no sentido de que possamos fazer com que venham a Odemira, entidades com quem troquemos experiências, através de colóquios e seminários, mas, também, de forma a potenciar o negócio. Fala-se muito agora no sector agrícola e também na valorização do mar e dos produtos do mar, evidente-

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nesse sentido, a FACECO se torna atraente porque faz essa dispersão dos públicos pelo seu espaço.

A FACECO continua fiel ao seu nascimento Litoral Alentejano – Concluo que a base que tem dado imagem à FACECO continuará a ser a mesma. Estou a recordar-me dos concursos. Este ano também vai haver concur-

é um dos sectores existentes em Odemira muito forte.

Lugar às Bandas emergentes Litoral Alentejano – Qual vai ser a oferta cultural da FACECO 2011? - Este ano o aspecto cultural da Feira será um bocadinho diferente do ano passado. Obviamente com contenção de custos. Tivemos que fazer essa

Nós não vamos por aí. Estamos sim, de facto, a fazer um trabalho e esforço com todos, exigindo a nós próprios esse esforço de contenção.

A Feira precisa ser melhorada e renovada Litoral Alentejano – Futuramente, a Feira poderá vir a ter novo figurino? - Em termos muito pessoais, devo dizer-lhe que, neste momento não, mas Feira terá que dar um “saltinho” em alguns aspectos, designadamente na circulação interior do seu recinto. A meu ver a Feira precisa de ser melhorada e renovada, o que, obviamente, requer investimento. Aliás, tivemos até um figurino pensado e já projectado, mas face ao investimento que será necessário, terá que aguardar, contudo, seguramente, numa das próximas edições vamos ter oportunidade de fazer algum desse acréscimo de qualidade.

FACECO e o artesanato genuíno Nós nunca vimos a FACECO como um gasto. A FACECO é um investimento. Claramente. É um investimento porque aposta na promoção dos produtos. - A FACECO este ano vai ter como tema a Floresta. A Floresta – como sabe é um tema muito forte, não só por ser sinónimo de biodiversidade, um grande potencial económico e ambiental, mas também porque, no Concelho de Odemira nós temos – desde há muitas dezenas de anos – muitas famílias que vivem exclusivamente do sector-florestal, que sustenta uma parcela muito importante da economia local. A Floresta tem muito a ver com a qualidade existente no Concelho de Odemira. Litoral Alentejano – Que mostras poderá destacar que formatam a FACECO 2011? - Devo dizer-lhe que há sectores que ainda não estão representados na FACECO com a força que eles têm no Concelho de Odemira e que, geralmente apresentam-se através das suas Associações. Ou seja, não mostram ainda – de uma forma muito

mente que teremos que considerar esses importantes sectores. Litoral Alentejano – Diga-me se, as ofertas – por exemplo – gastronómicas continuarão a ser ou um prato forte da FACECO? - Vamos ter a mesma base no sector da gastronomia. Vamos ter restaurantes típicos que estão um pouco dispersos pela Feira, contrariamente aqueles espaços que existem na maior parte das feiras, que concentram uma zona de restauração. A FACECO optou, desde sempre, por ter apenas um pavilhão com essa actividade e, depois ter pequenos restaurantes espalhados um pouco pela Feira, isto para que as pessoas não se concentrem na mesma zona e às mesmas horas, porque há essa tradição. Eu julgo que até nisto a Feira é agradável porque, como sabe, a Feira tem um relevo acentuado – os espaços são diversificados – e,

sos de gado? - Sem dúvidas. Os concursos de gado fazem parte da FACECO. Não nos podemos esquecer que a FACECO nasceu como Feira Agrícola e vai continuar a ter sempre essa Marca. Não a podemos perder de forma nenhuma. Este ano, como é habitual, vamos ter o tradicional Concurso Nacional de Gado de Raça Limousine e o concurso local da Raça Frízia. Este é um aspecto – o dos concursos – que nós não queremos perder nunca e, a sua realização, deverá ser sempre com a mesma dimensão. Se há sectores que não só apoiamos como continuamos a valorizar é exactamente este. É de destacar que temos tido sempre a parceria e apoio para a realização deste Concurso Nacional por parte da Caixa Agrícola, que este ano fez cem anos. Devo dizer-lhe que o gado

observação relativamente ao figurino do ano anterior, onde houve uma modificação significativamente do figurino da Feira relativamente a anos anteriores. Provocamos aqui alguns ajustamentos. Neste ano haverá uma variação no aspecto cultural, mas sem aquela expressão de que será uma Feira completamente diferente. Eu, relativamente a isso dizia-lhe que a Feira continua a ser o tal ponto de encontro de saberes e de culturas. Teremos bandas emergentes, o que será importante para que essas bandas possam afirmar-se. Cada vez mais teremos que trabalhar com grupos que tenham qualidade e que sejam mais baratos. Aliás, há muitos grupos que estão na praça que teimam em não perceber que estamos numa época em que temos dificuldades. Grupos esses que continuam a cobrar cachets exorbitantes.

Litoral Alentejano – O que é que caracteriza a FACECO no sentido apelativo. O que é que a distingue das outras todas que se fazem na região? - Eu conheço as Feiras do Sul do País praticamente todas, poder-se-á dizer que a FACECO não é um dos maiores eventos do Sul, mas – sinceramente – nenhuma das Feiras me atrai excepcionalmente, talvez a Ovibeja porque melhorou muito em termos de qualidade, agora a diferenciação relativamente à FACECO, é muito grande porque, diria eu, é muito menos virada para o showoff ou por levar em conta, por exemplo, o número de expositores. Nós temos uma Feira vocacionada para quilo que produzimos genuinamente no Concelho de Odemira. A FACECO é uma Feira que aposta nos sectores mais fortes no Concelho de Odemira, de que é exemplo o Artesanato que aqui se faz. Na maior parte das feiras não é artesanato o que se vê. É sim uma produção industrializada. É algo que tem aspecto de artesanato mas que não é genuinamente artesanato. Algumas das nossas preocupações, no que diz respeito


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«Não há outro nome dado aos homens» A história tem sido marcada por três círculos culturais. Na cultura ocidental tem predominado o pensamento greco – helenístico (racional – busca da essência), na cultura oriental encontramos o pensamento intuitivo (meditação) do taoísmo, budismo, bramanismo.

Custódio Rodrigues E na cultura bíblica hebraica encontramos o pensamento bíblico. «Na cultura bíblica hebraica, na qual a religião cristã tem a sua raiz, as respostas às perguntas exis-

tenciais surgem a partir de experiência de vida. Deus é conhecido através de acontecimentos concretos, dentro da história concreta» (Renold Blank). Podemos relacionar estes três círculos culturais ainda da seguinte maneira: o primeiro com o politeísmo, a cultura oriental com o panteísmo e a cultura bíblica com o monoteísmo. O politeísmo e panteísmo necessariamente estão errados. É que «pensar, mesmo que fosse em só dois deuses é contraditório, pois então nenhum deles seria Absoluto, Necessário…, contraditoriamente bastaria o “outro deus”. Igualmente contraditório é o monismo ou panteísmo, tudo é deus, pois confundem o Criador, o Absoluto…, com a criatura, o contingente…» (Oscar Quevedo). E Freud critica o panteísmo da seguinte maneira: «Esperar algo da intuição e do mergulho em si próprio não passa de mais uma ilusão que não nos pode dar senão informações – difíceis de interpretar – sobre a vida da

nossa própria psique». Uma simples e irrefutável conclusão destas considerações é a seguinte: toda e qualquer religião que não é monoteísta, não pode de forma alguma ter sido revelada por Deus! É por isso que os cientistas ateus, quando foram capazes de pensar, sempre se converteram ao monoteísmo, concretamente ao cristianismo, nunca a outras religiões. Só no monoteísmo podemos encontrar a religião revelada por Deus. Como afirma Barros de Oliveira, existem três grandes religiões monoteístas: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. «… O cristianismo, em termos de tipologia das religiões, é uma religião judaica, quanto ao seu início, mas também uma religião nova, que introduz variações específicas nas suas opções iniciais, provenientes da fase universal da religião judaica, em consequência da pregação e da figura de Jesus» (Karl – Heinz Ohlig). Portanto, de certa maneira, o judaísmo e o cristianismo

CÂMARA MUNICIPAL DE GRÂNDOLA EDITAL 174 PUBLICIDADE DAS DELIBERAÇÕES Carlos Vicente Morais Beato, Presidente da Câmara Municipal de Grândola, no uso da competência que lhe confere a alínea v) do nº 1 do artº 68º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro na redacção que lhe foi dada pela Lei 5-A/2002 de 11 de Janeiro, torna público que em reunião ordinária, não pública, de 30 de Junho de 2011 foram tomadas as seguintes deliberações com eficácia externa: Apreciação e eventual aprovação do pedido de isenção do pagamento do IMT, Imposto Municipal de Transmissões Onerosas de Imóveis, requerido por Andreia Sofia Pereira Pombinho: Deliberado, por unanimidade, aprovar a isenção do pagamento do IMT, Imposto Municipal de Transmissões Onerosas de Imóveis, requerido por Andreia Sofia Pereira Pombinho e remeter a mesma a apreciação e eventual aprovação da Assembleia Municipal, de acordo com a Proposta dos Serviços. Apreciação e eventual aprovação da Proposta de transferência de verba para a Junta de Freguesia do Carvalhal: Deliberado, por unanimidade, aprovar a transferência de verba no montante de €1.000,00 (mil euros) para a Junta de Freguesia do Carvalhal, de acordo com a Proposta dos Serviços. Apreciação e eventual aprovação da Proposta de celebração de Protocolo de Colaboração com o Rancho Folclórico 5 Estrelas de Abril: Deliberado, por unanimidade, aprovar celebração de Protocolo de Colaboração com o Rancho Folclórico 5 Estrelas de Abril, de acordo com a Proposta dos Serviços. Apreciação e eventual aprovação da Proposta de actualização anual de rendas apoiadas dos inquilinos que não apresentaram os comprovativos no período estipulado e cessação dos contratos de arrendamento: Deliberado, por unanimidade, aprovar, actualização anual de rendas apoiadas dos inquilinos que não apresentaram os comprovativos no período estipulado e cessação dos contratos de arrendamento, de acordo com a Proposta dos Serviços. Para constar se lavrou este e outros de igual teor os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume. Paços do Concelho de Grândola, 05 de Julho de 2011. O Presidente da Câmara, Carlos Beato

formam um só bloco. Resta o islamismo. Cristianismo ou islamismo? Um outro critério «para avaliar a veracidade e o valor duma religião é o seu fundador, donde deriva a natureza da sua doutrina e moral. Daí a sublimidade do cristianismo, que não sofre comparação com qualquer outra religião, mesmo monoteísta…» (Barros de Oliveira). Jesus é anunciado no Antigo Testamento, Maomé dá testemunho de si mesmo, surge isolado na história e impõe o seu credo «matando e fazendo matar», pregando a guerra “santa”, «ao passo que Jesus Cristo deixa matar os seus» e acabou por ser entregue nas mãos dos homens, que o mataram crucificando-o… A mensagem de Jesus é de amor, um amor radical: «Ouvistes o que foi dito: “Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo”. Eu (Jesus), porém digo-vos: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para serdes filhos de vosso Pai que está nos céus, o qual faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e chover sobre justos e injustos». O que vimos até aqui faznos concluir que, como refere Karl Barth, «Deus atingiu o mundo só em Cristo». Por isso, como diz a Bíblia, «Não há outro nome dado aos homens» «pelo qual possamos ser salvos». Assim se compreende porque «a Igreja não pede desculpa por querer que todos os homens conheçam a Jesus Cristo e o sigam. E também não se desculpa porque a sua atitude para com as outras religiões não pode ser diferente daquela testemunha

que aponta o Senhor Jesus como Senhor de todos os homens» (U. A. Vissert’t Hooft). Todos os raciocínios precedentes estão certos, são correctos, são válidos, mas por si só, de nada valeriam. Precisamos de mais. Mais do que raciocínios, precisamos de sinais (factos) claríssimos que nos iluminem totalmente o caminho. Factos acima de qualquer suspeita: acima de convicções, interesses, fanatismos, espertezas, acima de qualquer soberba humana. Esses sinais têm de vir do próprio Deus. Esses sinais

só podem ser os milagres divinos. «… Os verdadeiros milagres (todos eles, ao longo de toda a história, até aos nossos dias) são o único critério suficiente e necessário da única Religião que pode ter sido realmente revelada por Deus…» (Oscar Quevedo). Todas as afirmações devem ser justificadas, apresentando inclusive, exemplos bem concretos. Por isso no próximo artigo será apresentado mais um extraordinário milagre que, como todos os outros, mostra bem o caminho que Deus está indicando.

Imagem alusiva ao extraordinário milagre que será apresentado no próximo artigo. Todos os milagres estão bem documentados e este tem documentos de tal valor que quem rejeitasse a sua veracidade histórica, teria que pôr também em dúvida toda a história, incluindo os factos certos que estão mais comprovados. Não deixem de conhecer esta maravilha.

No interior odemirense

Freguesia de Sabóia aprova plano de incentivo à natalidade

A Junta de Freguesia de Sabóia, no interior do concelho de Odemira, aprovou em Assembleia de Freguesia, no dia 30 de Junho, uma proposta de incentivo à natalidade, através da atribuição de subsídio a jovens casais. O incentivo à fixação de população passa pela atribuição do valor de 500 euros a casais que residam há mais de um ano na freguesia, que estejam recenseados na mesma e que registem os seus filhos nesta freguesia do interior do concelho de Odemira. A freguesia de Sabóia depara-se com grandes dificuldades para atrair população, tendo perdido habitantes entre 2001 e 2011, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. Poucas oportunidades de trabalho e povoações muito envelhecidas são factores pouco atractivos para os jovens. Com a aprovação deste incentivo, a Junta de Freguesia pretende inverter esta tendência. Embora humilde, considera o apoio um incentivo para que jovens casais possam permanecer e ou procurar a freguesia para constituírem família. De salientar, que todos os casais que cumpram as exigências podem usufruir do apoio financeiro para o ano de 2011, desde o início do ano, sendo que receberão retroactivos os nascimentos que ainda não reclamaram o subsídio.


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FACECO onde a Tradição é mais forte aos eventos são os de trazer para a Feira, a produção própria dos eventos culturais e, com isso, dar possibilidade à nossa juventude local, que tem bandas interessantes, de aparecer, no sentido de afirmar-se e valorizar-se. Vamos apostar na nossa produção da Arte e do Saber, aliás, só por isso, acredito que vale a pena visitar a FACECO, uma Feira mais pequena, mais típica, não naquele aspecto tão mediático, mas com uma forma bem mais interessante a de feira tradicional, no que diz respeito à sua ligação a sectores que são, todos eles, sectores económicos de Odemira.

nosso País? Que preparação tem sido feita para o desenvolvimento dessa realidade? O Concelho de Odemira é muito visitado?

Posso dizer-lhe que, mesmo neste período de dificuldades temos – sucessivamente – melhores anos de turismo nesta zona do Alentejo e no Alentejo em geral, do que em

curarem devido sobretudo à diversidade da oferta que temos, desde o camping, o turismo rural, sectores que no nosso concelho são assinaláveis e com ofertas muito

Este ano, como é habitual, a FACECO vai ter o tradicional Concurso Nacional de Gado de Raça Limousine e o concurso local da Raça Frízia. Este é um aspecto – o dos concursos – que a FACECO não quer perder.

Promoção Turística numa zona de Excelência Litoral Alentejano - A encerrar, fechando o círculo aberto no início desta entrevista, a pergunta: Qual é a sua sensibilidade face ao turismo desenvolvido em Odemira, no momento em que, considerando que muitas pessoas possivelmente deixarão de ir para o outro lado do mediterrâneo, procuram o

mos que a Feira faça parte do programa das férias de alguns que nos procuram e dos nossos residentes, mas também o Festival Sudoeste que tem – cada

- Sem dúvidas nenhumas. O turismo é um dos sectores fortes em Odemira. Nós temos um sector turístico que tem vindo a crescer, o que estranhamente para alguns, mas para nós, nem tanto.

anos anteriores. Obviamente que, para que isso venha a acontecer, temos alguns factores muito fortes, desde logo a questão ambiental, a natureza e o gosto que as pessoas têm por nos pro-

FACECO Festa/Convívio O convívio, o ambiente de feira/festa, os petiscos, as amizades, a “família’ FACECO”, farão do Certame um momento único, com três dias intensos a não perder, na vila de S. Teotónio. A Animação será um dos pontos fortes do Certame. Nas noites da FACECO haverá espectáculos de música popular com a Banda 3G “3ª Geração” , com a banda pop/rock Os Golpes (que gravaram com Rui Pregal da Cunha, dos Heróis do Mar, o grande sucesso “Vá lá senhora”, e a fechar, no domingo, a Orquestra Chave D’Ouro (a banda que gravou a conhecida canção “Quem é o pai da criança?”). A FACECO contará com a participação dos diversos grupos de música tradicional do Concelho e Odemira, animação de rua, actividades desportivas e animação equestre. O público infantil terá à sua espera a Tenda Júnior, com um mundo de fantasia, jogos e pinturas, bem como os insufláveis gigantes. O Pavilhão do Artesanato voltará a surpreender com uma diferente perspectiva das artes tradicionais, este ano sob o tema “Têxteis”. Poderá ser apreciado ao vivo o trabalho de dezenas de artesãos do Concelho de Odemira. O sector pecuário terá sempre uma forte participação na Feira, com as exposições e concursos de gado. Destaque para a realização do 23º Concurso Nacional da Raça Bovina Limousine, para o 8º Concurso Regional da Raça Bovina Holstein Frísia, bem como do 16º Concurso Regional da Cabra Charnequeira.

interessantes. Lembrar-lhe ainda alguns eventos que marcam o período de Verão em que a própria FACECO se integra neste período dos eventos, aliás, nós pretende-

vez mais – um período de afirmação e que trás muita juventude. Lembrar-lhe ainda de uma outra questão que começamos agora a valorizar e que vai ter

impacto seguramente nos próximos anos, que é a da concretização de alguns investimentos na qualificação do litoral, designadamente os integrados no Programa Polis. O Polis é de facto uma aposta dos quatro Autarcas do litoral, embora haja algumas questões ainda por resolver, mas os projectos estão bastante acelerados. A primeira iniciativa de obra vai ocorrer agora, no Concelho vizinho, na Arrifana. Isso é um bom augúrio. Significa que, nos próximos anos vamos qualificar o nosso litoral e, também, algumas localidades deste mesmo litoral que, a par de alguns investimentos municipais vão de facto dar muita qualidade a esta zona e vão atrair para cá muito turismo. A sua promoção vai ser integrada não só na FACECO, como no Polis, e que - mais uma vez - vai estar com um stand na FACECO, mostrando não só aquilo que é o seu programa, mas o que já se está a fazer e que no próximo ano estará no terreno. Por isso, não tenho muitas dúvidas em afirmar que, esta vai ser uma zona de Excelência nos próximos anos. Assim nós saibamos cuidar dela e promove-la.

A MSC Portugal recruta, para o seu escritório em Sines: Transhipment Assistant (M/F) Função: Coordenar e controlar as ligações de transhipment entre navios, bem como a documentação relativa às mesmas. Estabelecer a ligação directa com todas as entidades envolvidas minimizando o tempo de permanência dos contentores em porto. Tarefas: Planear e coordenar as cargas esperadas, visando em conjunto com o Armador garantir a optimização de espaço (alocations) a bordo dos navios para os contentores locais e em Transhipment via Sines. Tratamento de vários ficheiros; Tratamento documental da carga em Transhipment – recepção, integração e difusão; Controlo de cargas Reefer; Ligação com Autoridades e Terminal; Controlar e coordenar o espaço a bordo – Report diário dos booking para todas as rotas; Elaboração do mapa estatístico referente à carga de Transhipment via Sines; Elaboração e envio de Preload files para todos os contentores; Coordenação e controlo do cumprimento dos deadlines de execução das tarefas. Perfil do(a) candidato(a) Formação superior na área de Logística Portuária (preferencial) Experiência em funções similares (preferencial) Bons conhecimentos da língua Inglesa, falada e escrita. Bons conhecimentos de Word, Outlook e Internet. Utilizador avançado de Excel. Resposta para o email msc.candidaturas@gmail.com até ao dia 31 de Julho de 2011. A partir desta data, não serão consideradas quaisquer candidaturas.


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Figuras de Ontem e de Hoje

Cármen Miranda, do estrelato ao mito De seu nome de baptismo Maria do Carmo, “Bituca” (como era chamada pela família) nasceu em 1909, no Marco de Canavezes.

No final desse ano, o pai – José Maria Pinto Cunha – decide mudar de vida e tentar a “sorte” no Brasil. Depois de instalado,

em humilde pensão familiar do Rio de Janeiro, José manda chamar a família. A jovem Maria do Carmo, começa a tra-

balhar aos 15 anos, para ajudar a humilde família, como costureira de chapéus e, um ano depois, torna-se vendedora de gravatas,

tendo por essa época conhecido o primeiro namorado, Mário Cunha, um ex-campeão de Remo. É também por esta altura que, já ambicionando uma carreira artística, a nossa “Bituca” muda o nome para aquele que a celebrizou em todo o mundo: Carmen Miranda. Foi descoberta por Josué de Barros, que nela reparou quando a “recém-baptizada” Carmen foi cantar numa festa do Instituto Nacional de Música. Barros, o seu padrinho artístico, levou-a a gravar o primeiro disco na Editora Victor. E é aí que surge o seu primeiro grande êxito, nomeadamente o tema “Tahi”. O colosso discográfico RCA repara também na jovem portuguesa, e assina com ela um contrato “milionário” para a época. A guerra na Europa não deixa o Brasil indi-

ferente, instalando-se o governo autoritário de Getúlio Vargas, que elege Carmen como sua favorita e a celebra como a voz do “novo Brasil” nacionalista. “Bituca” inicia-se na sétima arte, juntamente com a irmã Aurora, e o seu enorme sucesso chega à Argentina que se rende aos encantos das “Irmanas Miranda”. “Banana da Terra”, um desses filmes, inicia o mito de uma Carmen Miranda “baiana”, sem referências às suas origens lusas, que ainda hoje persiste em todo o mundo. Em 1939, estando a “baiana” a actuar no Casino Urca, do Rio de Janeiro, é apresentada a um dos Irmãos Schubert, conhecido empresário da Broadway. Assinado um contrato, inicia uma fulgurante carreira internacional que a leva aos palcos de Nova Iorque e ao reconhecimento do

público americano. Passado pouco tempo é Hollywood que se rende à sua voz, ao seu sotaque e aos seus encantos, levando Carmen a trabalhar para a “Century Fox”, adquirindo casa na elegante Beverly Hills. Foi na sua incursão pela sétima arte, que acabou por conhecer David Sebastian, aquele que veio a ser seu marido, embora contra a vontade da família. Os receios desta, em relação ao matrimónio, confirmam-se pelos piores motivos: David era um interesseiro, “era duro, ríspido e, quando estavam a sós, expressava o seu mau carácter com ela, agredindo-a fisicamente”. Desesperada pelos maus tratos conjugais – e pelo intenso ritmo de trabalho a que David a obrigava -, Carmen começa a tomar estimulantes e tem um grave colapso nervoso.

Os tratamentos de choque, em uso na época, tornam-na desorientada e prejudicamlhe a memória.

Orlando Fernandes

Amparada pela família e por amigos, começa a dar sinais de melhoras e regressa à estonteante vida nos palcos americanos. Em 1955, num programa de televisão de Jimmy Durante, “Cai de joelhos e quase não pode respirar”. Morreu nessa noite, aos 46 anos, no chão de seu quarto, com um espelho na mão. O mito Perdura!

Marco do Correio Lagoa de Santo André - um amor antigo, um desalento permanente. Primeiro é a beleza que entra pelos olhos dentro sem pedir licença mal a estrada começa a descer e o mar aparece. Beleza pura, daquelas sem adjectivos, que não há mais como qualificá-la. Beleza de dar graças a Deus. Azul, azul luminoso, cinzento, verde, verde-esmeralda, prata, paisagem de postal ilustrado, boa demais para ser verdade. E a gente extasia-se, e agradece por viver aqui neste País (com letra maiúscula que já nem sei se se usa...) nesta calma, neste oásis num mundo tão difícil, passe o lugar-comum. E penso, não com crítica maldosa, não, que nisto de dinheiros públicos que sabemos escassos, não me sinto com competência para julgamentos, mas

penso apenas, se quiserem, como dona de casa ciosa dos seus haveres, briosa a mostrar as suas riquezas, que podíamos alindar aquilo que temos, todos, vindo a estragar ao longo dos tempos... Há coisas que parece não carecerem de grande despesa ou burocracia para dar uma imagem de cuidado e respeito: a casa semi-construída (há quê? 50 anos?), será que há burocracias incontornáveis que impedem que se deite pura e simplesmente abaixo? O contentor amarelo, daqueles das obras, permanentemente cheio de detritos, colocado do lado direito da estrada de quem vai para a praia a seguir ao cruzeiro? Os caixotes do lixo amontoados e sujos um pouco por todo o lado?

Os quintais desleixados a olhar para quem passa rumo à praia? Os postes de madeira junto à praia que se estragam e não são reparados? As palmeiras que morrem e não são substituídas? O “Galeirão”, vendido e revendido: será que não é possível, seja lá quem for o actual proprietário, pôr aquilo a funcionar, nem que seja apenas um café com aquela admirável esplanada? Aquilo que foi em tempos um hotel e agora apodrece aos olhos de quem passa dando uma imagem de decrepitude, desmazelo, abandono, sujeira... não se pode obrigar o proprietário a fazer alguma coisa, nem que seja demolir? Engraçado, que tristeza surgirem tão mais rapidamente os adjectivos negativos...

Fiz uma pausa e reli o que escrevi, um texto que não é o que pretendia: tem demasiadas reticências e pontos de interrogação! Eu não mando nada, eu não sou ninguém, mas se mandasse gostava que as pessoas vivessem rodeadas de beleza e conforto. Claro, emprego, saúde, dinheiro. Com certeza! Mas isso só se consegue se todos estiverem motivados, se as pessoas que não mandam saibam que alguém se importa com elas: um muro arranjado, uma árvore plantada, uma casa caiada, uma estrada reparada parecem coisas simples e que se podem ir fazendo a pouco e pouco. Se vamos esperar por grandes planos, grandes investimentos, a Lagoa

será sempre não a praia mais bonita do litoral mas aquela onde apenas se vai ver o mar, estacionando de preferência de costas para tudo o resto. Isto escrevi eu aqui há uns fins-de-semana atrás. Chegava cansada e de repente... lá estava o mar, a Lagoa, o brilho, o azul, a promessa! Porque vos envio? Não sei... Será que se todos nos importarmos ainda é possível o sonho? Será que os jornais podem fazer a diferença? Será que ajuda a mobilizar as pessoas? Obrigada por me lerem, Melhores cumprimentos Maria de São Francisco Duarte


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Uma nomeação badalada O facto de Carlos Beato, presidente da câmara municipal de Grândola, ter nomeado Pedro Vicente Morais Beato para fazer parte do seu Gabinete de Apoio, foi notícia que alimentou alguma polémica e fez as delícias das conversas à mesa do café. Ora, longe vai a intenção do Jornal Litoral Alentejano em reproduzir factos que devem ser analisados – sobretudo - nos órgãos existentes para o efeito, embora a opinião popular seja soberana como se costuma dizer. Já não será tão interessante tudo servir para arremesso político, pondo em causa até mesmo a idoneidade das pessoas, nomeadamente as que têm dado provas de colocar o seu esforço ao serviço do bem comum. Mal iríamos se a Imprensa Regional se ocupasse das querelas que colocam os eleitos locais no centro da mal língua até mesmo nacional. Não subscrevemos tais atitudes, por isso, solicitamos ao Presidente da Câmara Municipal de Grândola, Dr. Carlos Beato, a resposta a três simples

perguntas que reflectem uma opinião pública generalizada, nomeadamente a que questiona se, a sua atitude ao nomear o seu filho para seu Adjunto, estará na base de lhe preparar a sucessão ao cargo de presidente. Ora a resposta foi clara por parte do Autarca. Aliás, a pergunta justificou-se plenamente porque, apesar de tudo, todos sabemos que as sucessões … em regime Republicano e Democrático não podem existir, mas será que essas preparações não se fazem? Há partidos políticos – uns mais do que outros - que são exímios nessa preparação, por isso, aqui fica o apontamento e nota de uma nomeação que, a seu tempo ditará a razão que Carlos Beato defendeu com a sua atitude e, em última instância, a soberania popular, através do voto, que ditará qual será o futuro autarca que quer para a Autarquia Grandolense. Litoral Alentejano - Que justificação dá o Senhor Presidente para ter colocado o seu filho a trabalhar na Câmara?

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- Gostaria, em primeiro lugar, de desfazer esse equívoco! Não é verdade que o meu filho tenha ido trabalhar para a Câmara! O que é verdade é que, nos termos da lei, o Presidente da Câmara tem direito a nomear alguém

para fazer parte do seu Gabinete de Apoio. Esse alguém não pode, nem deve, ser uma pessoa qualquer mas sim um quadro com formação adequada ao desempenho das funções junto do Presidente

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e alguém da sua confiança pessoal, profissional e política. Trata-se de uma pessoa que, a qualquer momento, pode ser demitida do cargo, sem direito a indemnização e que quando o Presidente

terminar o mandato também cessa as suas funções. Portanto é um lugar junto do Gabinete Político e Autárquico do Presidente e não um lugar no quadro de pessoal da Câmara.

Litoral Alentejano - Porque razão só agora nomeou um seu Adjunto? - Como é sabido eu desempenho outros cargos da maior importância para a nossa Região. Presido à Comunidade Intermunicipal. Presido ao Pólo de turismo do Alentejo Litoral e presido ao Conselho da Região Alentejo. Há cerca de 2 anos que não tenho nem Adjunto, nem Chefe de Gabinete, o que tem representado uma poupança muito significativa para os cofres do Município mas, em contrapartida, tem sido um grande esforço para mim e para os que trabalham directamente comigo. Neste momento a situação estava a atingir um ponto insustentável e precisava de alguém junto do meu Gabinete para assegurar a necessária retaguarda do trabalho autárquico. Essa escolha, feita ao abrigo da Lei, recaiu em alguém que a população conhece e estima e que tem qualificações superiores relevantes na área da Gestão, do Turismo e da Hotelaria, que constituem pilares determinantes da estratégia de desenvolvimento do Concelho de Grândola.

Foi uma escolha baseado no mérito e no valor e não um qualquer favor de circunstância pois, como já dei provas sobejas, essa não é a minha postura. Espero, desejo e acredito que o futuro irá demonstrar que a escolha do novo Adjunto do Presidente da Câmara foi uma decisão acertada, corajosa e responsável, feita exclusivamente em nome do Serviço Público Autárquico. Litoral Alentejano - Não receia que se possa pensar que esta nomeação seja o sinal de que o Senhor Presidente está a preparar a sua sucessão? O pensamento é livre e cada um pode pensar o que quiser. Mas quem não deve, não teme! Quanto à sucessão dir-lhe-ei que o nosso regime é republicano e não monárquico e portanto não há lugar a sucessões nem a dinastias. O que há, e eu tive o privilégio de ter sido, há 37 anos, um dos que colocaram em risco a sua Liberdade e a própria vida para conquistar estes direitos, é Eleições livres e democráticas onde o Povo – e especialmente o Povo de Grândola, é sempre quem mais ordena.


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Parlamento Europeu debateu

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Uma PAC mais justa Jornalistas da Imprensa Regional – portuguesa e espanhola - estiveram em Bruxelas no PE e na Comissão Europeia em dia de Cimeira, cumprindo o principal objectivo que os levou a Bruxelas, que foi o de participarem num Seminário sobre a Reforma da PAC. O Parlamento Europeu quer influenciar as propostas legislativas que a Comissão vai apresentar no Outono e que terão depois de ser negociadas entre o Parlamento Europeu e os Governos dos 27. Um grupo de 35 jornalistas do Alentejo (Portugal) e da Extremadura (Espanha) de que o Jornal Litoral Alentejano fez parte, estiveram em Bruxelas nos dias 21, 22 e 23 de Junho, para fazer parte de um seminário organizado pelos gabinetes do Parlamento Europeu em Portugal e em Espanha. A Reforma da Política Agrícola Comum (PAC) e os Fundos Regionais foram os principais temas agendados para os jornalistas que tiveram um encontro com os eurodeputados Nuno Teixeira (Partido Europeu, Portugal), Luís Capoulas Santos (Socialistas e Democratas, Portugal), Alejandro Cercas (Socialistas e Democratas, Espanha) e Pilar Ayuso (Partido Popular Europeu, Espanha), que falaram sobre a sobre os temas referidos, a que se somou – na parte da tarde deste primeiro dia de trabalhos, a sua participação num debate específico subordinado ao tema: “A Reforma da PAC – Perspectiva Política”, com os eurodeputados Albert Dess (PPE-AL) – Relator – Sphéfane Le Foll (S&D, FR), Relator Sombra – George Lyon (Liberais, Reino Unido), Relator Sombra – James Nicholson (ECR, UK), Relator Sombra e, Patrick Le Hayaric (GUE/ NGL, LV), Coordenador. Para além destas sessões – que na sua generalidade foram de grande interesse e abertas a todas as perguntas que quisessem colocar - os jornalistas tiveram ainda oportunidade de assistir à sessão plenária do Parlamento Europeu, bem como conhecer os serviços de informação da Instituição, contactar com a REPER - Representação de Portugal junto da UE e visitar a Comissão Europeia, onde assistiram ao “briefing”

diário para jornalistas, em dia da importante Cimeira Europeia. Para esta participação, por Portugal, foram jornalistas de todos os distritos do Alentejo, representando órgãos de comunicação

e dos blogs “Política Extremadura” e “Las Ideas”, entre outros. Refira-se que este foi o segundo ano que jornalistas dos dois países que se juntaram em Bruxelas num seminário regional organizado pelo PE, depois de, em 2010, se terem reunido 40 profissionais de comunicação social do Norte de Portugal e da Galiza. O Programa, foi cumprido na íntegra e, destacou – em primeiro lugar, na noite do dia 21 - um jantar que privilegiou a cozinha Libanesa – contando com a presença e companhia dos correspondentes em Bruxelas: Isabel Arriaga e Cunha, do Jornal Público e de Fernando de Sousa, da SIC. Foram bons momentos de confraternização e de troca de informações com esses conhecidos jornalistas.

Alejandro Cercas e Pilar Ayuso, os jornalistas tomaram os primeiros contactos com a matéria que ali os levou, com os temas previamente agendados em cima da mesa. Usou em primeiro lugar da palavra, o eurode-

grande austeridade e de cortes orçamentais”, sublinhando que, entretanto para si, “a UE faz com que todos os cidadãos possam ter as mesmas oportunidades, um aspecto cultural e preocupação dos Estados”.

que, entretanto a nossa vizinha Espanha, “por força da dimensão do seu território, tinha mais fundos comunitários e, a Grécia, era quem mais recebia”. Ou seja, “no passado eram as quantidades e, o produzir muito. A nova PAC é premiar a qualidade com base de natureza ambiental”.

Os 27 estão todos de acordo, mas não querem receber menos

social como a Rádio Voz da Planície, Diário do Sul, Notícias do Alentejo, Rádio Campanário, Diário do Alentejo, Rádio Portalegre, Linhas de Elvas, Litoral Alentejano, Rádio SIM, Diana FM, Jornal Brados do Alentejo, RDP, RTP, Rádio Sines, Rádio Miróbriga e Agência Lusa. De Espanha, da Extremadura, participaram jornalistas da TVE, Canal Extremadura TV, rádio COPE, Rádio Nacional de Espanha, das agências EFE e Europa Press, dos jornais La Crónica de Badajoz/El Periódico de Extremadura e Hoy

Dia 22 de Junho Encontro com eurodeputados. No PE foi sublinhada a necessidade de regulamentação destinada a combater a crise alimentar Na quarta-feira, dia 22, no encontro agendado com os eurodeputados portugueses e espanhóis: Nuno Teixeira e Luís Capoulas Santos, na primeira parte da manhã e, na segunda, foi a vez de

putado Nuno Teixeira, que se ocupou dos Fundos de Coesão, começando por referir-se à ideia generalizada sobre a UE, destacando que “é uma União de contrastes” para, de seguida, entrar no tema, falando do desenvolvimento que os Fundos Estruturais têm permitiram, dando exemplos da sua importância nos países europeus. No final da sua intervenção informativa, alertou para o facto de que, “neste momento os países estão todos na expectativa de regulamentos da política regional, em período de

A nova PAC vai ser mais justa Capoulas Santos, o segundo eurodeputado a comunicar com os jornalistas presentes no seminário, começaria por afirmar que a “reforma em curso da PAC é a mais profunda que conheceu e, que porquê? O que é que está em causa? Para responder que, “a nova PAC vai ser mais justa”, após referir-se ao exemplo do passado, em que Portugal estava numa posição muito desfavorecida, sublinhado

Capoulas Santos adiantou que, o PS pretende que as ajudas passem pelo sentimento de “boas práticas e o emprego, mas a aplicação destes critérios vai produzir uma batalha difícil. Estão todos de acordo, mas não querem receber menos”. - Qual foi o compromisso encontrado no Parlamento Europeu, questionou mais uma vez Capoulas Santos para responder: - Que nenhum Estado possa receber menos e não possa passar a receber mais. Vai ser uma discussão muito difícil”, diria. Entretanto, num tempo extra que o eurodeputado dispensou para responder a várias perguntas levantadas pelos jornalistas, as questões relativas às quotas do “sector do leite” também ali foi levantada bem como a o “direito de plantação de vinha”, etc., e a definição – por exemplo do que é um “agricultor activo”, que tem merecido uma discussão imensa por parte dos eurodeputados. - Alteração do paradigma na agricultura? - Vamos ficar reféns de quotas? - Teremos produção suficiente? Foram apenas duas das enumeras questões que


15 de Julho/11 Ano II • n.º 38 •

Directora Aliette Martins Director-adjunto Marcos Leonardo Editor Joaquim Bernardo

No Vasco da Gama Atlético Clube

Carlos Pereira foi reeleito presidente

10

anos

que mudaram a

Região

Revista a Cores Formato: A4 (210x297) Edição: 1 de Setembro Reserve já o seu espaço

919 877 399

Os sócios do Vasco da Gama de Sines elegeram no dia 8 de Julho, uma direcção para o biénio 20112013. Numa Assembleia Geral onde estiveram presentes cerca de 50 sócios, a lista vencedora, única concorrente, foi eleita por maioria, com duas abstenções. Foram eleitos: Assembleia Geral: Presidente – Albino Roque; Vice-Presidente – José Oliveira e Secretário – Maria Pereira. Conselho Fiscal: Presidente – José Sousa Martins. Secretario – José Sousa e Relator – João Direito. Direcção: Presidente – Carlos Pereira; Vice-Presidente – Guido Júnior e Jorge Pereira. Tesoureiro – João Campinhos. Directores: José Matias, José Carlos Lopes, Paulo Candeias, Nelson Guia e João Paulo Domingos. A direcção eleita explicou na

reunião de sócios que neste mandato, “o objectivo é colocar a equipa sénior na 2ª divisão B”, para o que conta com um forte

apoio do Clube Regatas Vasco da Gama do Brasil, com a cedência de jogadores e apoio financeiro. “Manter em actividade a equipa

de veteranos, assim como todas as equipas de formação, desde os juniores até Petizes, num total de sete escalões, três de futebol de onze e quatro de futebol de sete”. A direcção anunciou ainda durante a Assembleia Geral que “pretende adquirir uma carrinha para apoio ao futebol juvenil e pretende recuperar o 3º e 4º andar da Sede, com a construção de um pequeno Centro de Estágio para o clube”. Outro dos objectivos passa por “criar um site para divulgação do clube junto dos sócios e simpatizantes”. O departamento médico liderado pelo Vice-Presidente Guido Júnior, “pretende criar parcerias com Universidades para apoio à formação de jovens atletas, proporcionando estágios no clube para estudantes de fisioterapia e de enfermagem”.

Com o objectivo de subir à 3ª Divisão Nacional

Vasco da Gama com plantel formado Tendo como objectivo a subida à 3ª Divisão Nacional, o Vasco da Gama de Sines tem praticamente tudo preparado para o inicio da época 2011-2012. Segundo Carlos Pereira, presidente do clube, “este ano o objectivo é de novo a subida de divisão”, e para o conseguir o clube vai contar com seis jogadores cedidos

pelo Clube Regatas Vasco da Gama do Brasil e um treinador cedido pelo clube brasileiro, que trabalhará numa equipa técnica que conta ainda com João Direito, Aníbal Machado e outro treinador que não foi divulgado. O plantel contará com seis reforços contratados na região que são, Nuno Pinóia, Vítor Reis e Filipe

Sampaio (ex. União de Santiago), Luís Varela e Ruca (ex. Melides), Artur Marinho (ex. Castrense). Da época passada está garantida a continuidade de Mascarenhas, Cadú, Filipe Silva, Paulinho, Diogo Filipe (ex. júnior), Carlos Pereira (ex. júnior) Daniel Direito, Mikó e Idy. O plantel ainda não está fechado

e até ao inicio da época ainda devem ser apresentados mais alguns reforços. Ainda não foi divulgada a data do inicio da preparação da equipa sineense, o que deve acontecer a meio de Agosto, já que a competição tem inicio dia 25 de Setembro.

Reunião juntou meia centena de simpatizantes no Salão do Povo em Sines

Sportinguistas de Sines pretendem formar um Núcleo Sportinguista na cidade Um grupo de simpatizantes do Sporting Clube de Portugal esteve reunido no dia 27 de Junho, no Salão do Povo em Sines como objectivo de fundar um Núcleo Sportinguista em Sines. Neste primeiro encontro, que contou com a participação de cinco dezenas de simpatizantes, foi eleita uma Comissão Instaladora que ficou com a responsabilidade de preparar todo o processo de instalação do Núcleo. Os primeiros passos passam pela elaboração dos Estatutos e encontrar um espaço que possa funcional como Sede. Luís Rodrigues foi um dos organizadores desde encontro e explicou ao nosso jornal que

esta reunião surgiu “pela grande vontade que os Sportinguistas de Sines têm em formar um Núcleo. Durante algum tempo fomos falando através das redes sociais e agora decidimos que estava na altura de avançar. Estiveram aqui meia centena de pessoas, mas em Sines existem várias centenas de Sportinguistas, que queremos naturalmente que se juntem a nós na fundação do Núcleo.” Brevemente será realizada uma nova reunião de simpatizantes para votar os Estatutos, escolher o símbolo, preparar a entrada de sócios e decidir outros assuntos importantes para o futuro do Núcleo.


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Neste domingo com a participação de 240 atletas

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5º Grande Prémio de Atletismo Nª Sª Livramento

Carlos Lopes vai participar José da Luz venceu em São na Ultra Maratona Atlântica Francisco da Serra

O antigo atleta Olímpico Carlos Lopes marcará presença na 7ª Edição da Ultra Maratona Atlântica Melides – Tróia, que vai decorrer no próximo domingo, dia 17 de Julho. Estão inscritos 240 atletas, dos quais vinte são de nacionalidade estrangeira. Prova única em Portugal e na Europa, com 43 km de extensão e corrida na areia da praia, a Ultra Maratona

Atlântica Melides –Tróia, considerada de elite pela exigência que implica, é de novo apadrinhada pelo atleta olímpico Carlos Lopes, que acompanhará a prova ao longo de todo o percurso. Na Ultra Maratona Atlântica Melides -Tróia, que começa às 9 horas, na praia de Melides, os atletas vão passar à beira mar pelas praias da Aberta Nova, Galé, Pinheiro da Cruz, Pego, Carvalhal,

Comporta e Soltróia. O final está previsto para as 17 horas na praia Bico das Lulas, em Tróia.

Para além de uma forte componente desportiva e competitiva, a Ultra Maratona Atlântica Melides – Tróia, divulga a beleza da paisagem e as potencialidades turísticas da Frente Atlântica do Concelho de Grândola, a maior extensão de praia do País e a terceira maior do mundo.

Futebol - Distrital de Setúbal da 2ª divisão

Melides e Estrela preparam nova época

José da Luz, do GD São Francisco da Serra foi o grande vencedor do Grande Prémio de Atletismo Nossa Senhora do Livramento. Prova que decorreu no dia 2 de Julho, em São Francisco da Serra, Santiago do Cacém. O atleta foi o mais rápido entre os 82 atletas

com a direcção para formar o plantel que perdeu alguns elementos para o Melides. O plantel do Estrela, segundo apurámos deverá contar com alguns jogadores de Sines, e ex. juniores do clube. O Trafaria que disputava a 1ª divisão de Setúbal desistiu de participar na prova, onde será substituído pelo Luso do Barreiro. Se mais algumas equipas desistirem da 1ª divisão, o

Estrela e o Melides ainda poderão ser chamados a disputar a 1ª divisão. Recordamos que o Estrela de Santo André terminou o campeonato em 5º lugar e o Melides na 6ª posição. As competições da Associação de Futebol de Setúbal começam dia 25 de Setembro, com a realização da 1ª Jornada da Fase de Grupos da Taça do distrito.

a organização este ano conseguiu reunir apoios que lhe permitiu organizar a prova embora com um orçamento mais reduzido, mesmo assim foi uma prova importante para a promoção da modalidade no Litoral Alentejano.

Depois de três anos com bons resultados

Fernando Candeias continua no Milfontes

Depois de alguma incerteza, o Departamento de Futebol e Direcção do Praia de Milfontes, asseguraram a continuidade da equipa técnica liderada por Fernando Candeias, aos comandos da equipa sénior do Milfontes na época 2011/2012. Fernando Melides e Estrela de Santo André preparam a participação no Campeonato Distrital de Setúbal da 2ª divisão. Em Melides, Fernando Encarnação continua como treinador e segundo apurámos o plantel está praticamente fechado. Em Santo André, Mário João vai continuar como treinador da equipa e neste momento está a trabalhar em conjunto

gastando o tempo de 30 minutos e 30 segundos a percorrer os 9 mil metros do percurso. No segundo lugar ficou Custódio Antonio do Estrela de Vendas Novas e na 3ª posição foi Pedro Poeira de N.D. de Odemira. Depois de um ano de ausência por falta de apoios,

Candeias, conhecido no mundo do futebol por “Lelo”, conta com os adjuntos Sérgio Costa, Nuno Serralha e o treinador de guardaredes David Campos. Neste momento a equipa técnica em conjunto com a direcção está a contactar os jogadores para formar um plantel

que dê garantias de lutar pelos primeiros lugares da classificação da 1ª divisão de Beja. A actual equipa técnica está no clube há três épocas, onde o clube atingiu as suas melhores classificações de sempre e que culminou com a presença na final da taça do distrito na época transacta.

Hóquei - Camp. Nacional da 2ª divisão - Zona Sul

H.C. Vasco da Gama apresentou dois reforços

A direcção do Hóquei Clube Vasco da Gama que vai disputar o Campeonato Nacional da 2ª divisão de Hóquei em Patins, anunciou que chegou a acordo com

Paulo Pereira que aceitou continuar no clube e de Nuno Torpes que volta a jogar depois de três anos de ausência. A equipa orientada por Nuno Martins deve

regressar ao trabalho no final do mês de Agosto. Os Campeonatos Nacionais começam no dia 22 de Outubro.


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Ginástica - Campeonato Nacional de Infantis

Ruben Tavares conquistou três lugares no pódio

O Pavilhão Municipal de Sines, recebeu dia 3 de Julho de 2011 o Campeonato Nacional de Infantis nas modalidades de Trampolim individual, Trampolim Sincronizado e Duplo Mini Trampolim. Ruben Tavares subiu ao pódio nos três aparelhos, tendo ficado em 2º lugar no duplo mini trampolim, 2º lugar no trampolim sincronizado e 3º lugar no trampolim individual. Destacamos ainda o 2º Lugar por equipas em infantis masculinos conquistado pela equipa formada por Ruben Tavares, André Santos e João Raposo.

Resultados dos atletas da Academia de Ginástica de Sines: Duplo MiniTrampolim: Masculinos 2º Lugar - Ruben Tavares. Trampolim Sincronizado: Femininos - 13º Lugar Beatriz Raposo/Nicoleta Lascu; 19º Lugar - Érica Silva/Vanessa Francisco e 23º Lugar - Maria Joaquim/ Nicole Fernandes. Masculinos - 2º Lugar - João Gomes (CRDBR)/ Ruben Tavares (AGSI) - 68,20 Trampolim Individual: Femininos - 21º Lugar Beatriz Raposo; 24º Lugar - Nicoleta Lascu; 26º Lugar - Maria Joaquim; 37º Lugar

- Érica Silva; 38º Lugar - Vanessa Francisco; 40º Lugar - Filipa Valente; 46º Lugar - Miriam Borges e 47º Lugar - Daiane Oliveira. Masculinos - 3º Lugar Ruben Tavares; 11º Lugar - André Santos e 19º Lugar - João Raposo. Equipas – femininos: 7º Lugar - Érica Silva, Maria Joaquim, Nicoleta Lascu, Vanessa Francisco e 8º Lugar - Beatriz Raposo, Daiane Oliveira, Filipa Valente, Miriam Borges. Equipas – Masculinos: 2º Lugar - André Santos, João Raposo, Ruben Tavares.

Futebol - Distrital de Beja - 1ª Divisão

Odemirense prepara regresso ao distrital de Beja O Odemirense está a preparar a participação no distrital de Beja da 1ª divisão. Luís Miguel é o novo treinador do Odemirense e o avançado Zé Maria, que na última época jogou em São Teotónio, ao serviço do Renascente, está confirmado como primeiro reforço do Odemirense para a temporada 2011-2012. Odemirense que organiza a partir de 20 de Julho o Torneio de Verão 2011 nos escalões de seniores, veteranos, petizes/ traquinas, infantis/ iniciados e benjamins. O campeonato distrital da 1ª divisão de 2011-2012 vai começar a 25 de Setembro, anunciou a Associação de Futebol de Beja. No primeiro comunicado oficial da nova temporada, a direcção da AFB revela igualmente que

os sorteios do calendário das diversas provas distritais vai ter lugar a 24 de Agosto. De acordo com o mesmo documento, o prazo para filiação e inscrição em

provas para a época 20112012 decorre até ao dia 5 de Agosto, sendo que entre os dias 8 e 12 de Agosto a filiação terá um agravamento de 50% no seu custo.

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Natação - Campeonato Nacional de Masters

David Gorgulho Campeão Nacional nos 100 M costas

Decorreu entre os dias 1 e 3 de Julho, no Complexo Olímpico do Jamor (Oeiras), o Campeonato Nacional de Masters / Open de Verão, que reuniu um número recorde de 430 atletas. O Clube de Natação do Litoral Alentejano marcou presença no “evento do ano” para os Masters com quatro nadadores: Isabel Cansado, David Gorgulho, Ricardo Silvestre e Rodrigo Costa. A participação geral foi positiva, com destaque para

o título nacional alcançado por David Gorgulho nos 100 Costas - escalão 25/29 anos (1:05,03). O atleta viria ainda a conseguir o 2º lugar nos 200 Livres (2:06,99) e 400 Livres (4:40,12), alcançando ainda o 3º lugar nos 100 Livres (56.57). Também nos lugares de pódio, Rodrigo Costa sagrou-se por três vezes Vice-Campeão Nacional no escalão 35-39 anos: 100 Bruços (1:15,66), 100 Livres (59.39) e 200 Estilos (2:32,51),

completando um total de sete “lugares de honra” para o CNLA. Isabel Cansado (escalão 45-49 anos) fez a sua estreia em piscina de 50 metros com um conjunto de bons resultados: 5ª nos 200 Estilos, 8ª nos 50 Bruços, 9ª nos 100 Bruços e 11ª nos 50 Livres. Ricardo Silvestre também esteve próximo do seu melhor e foi 7º nos 200 Estilos, 12º nos 100 Bruços, 14º nos 50 Bruços e 17º nos 50 Livres.

Natação - Circuito de Cadetes em Sines

Piranhas passaram “exame” em Sines com distinção

As Piscinas Municipais Carlos Manafaia em Sines foram o palco do 6º Torneio Circuito de Cadetes organizado pela ANDS, no dia 2 de Julho. O CNLA marcou presença com 10 piranhas: Ana Sofia Nunes, Ana Sofia Sousa, Daniela Demian, Ana Catarina Nunes (femininos), David Borges,

Alexandre Ferreira, António Afonso, Hugo Correia, Nélson Malheiros e Rúben Aljustrel (masculinos). O “exame final” correu muito bem aos pequenos atletas, que se mostraram especialmente motivados por nadarem “em casa” e apresentaram melhorias significativas nas suas

marcas. Para alguns foi mesmo a última prova como Cadetes, pois já serão Infantis em 2011/2012. Entre alguns lugares de destaque e boas indicações nas diferentes técnicas de nado, as piranhas demonstraram que todo o trabalho efectuado ao longo da época deu resultados.


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16ª Corrida da Lagoa de Santo André

Manuel Ferraz e Ana Margarida foram os grandes vencedores

Manuel Ferraz do Alturense em masculinos e Ana Margarida do Alvitejo em femininos foram os vencedores da 16ª Corrida da Lagoa de Santo André. O primeiro a cortar a linha da

meta foi Manuel Ferraz do CR Alturense com o tempo de 31 minutos e 51 segundos, seguido do seu colega de equipa Paulo Soares. Em terceiro lugar ficou o atleta David Fernandes do

CDR Águias Unida. Nos femininos a vitória sorriu à atleta Ana Margarida do CCD Alvitejo. A prova que contou com a participação de 505 atletas decorreu na tarde

de sábado em Santo André em simultâneo com a 4ª Caminhada da Lagoa de Santo André. No final da prova realizouse uma sardinhada de convívio.

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Bairro do Olival tem nova direcção

Hélder Faustino continua no Bº Olival Foi eleita no dia 10 de Julho, a nova direcção do UFC do Bairro do Olival de Alcácer do Sal para o biénio 2011-2013. A única lista concorrente conta com os seguintes elementos. Direcção: Presidente António Danado; VicePresidente Flismino Coelho; Tesoureiro - Hélder Faustino; Primeiro Vogal Joaquim Pinto e Segundo Vogal - João Ângelo. Conselho Fiscal: Presidente - Florival Jesus; Primeiro Secretário António Santana e Vogal - Vítor Ângelo. Assembleia Geral: Presidente Henrique Lourenço; Secretário - Vítor

Nascimento e Vogal - Luís Pinto. Os cargos de direcção no que diz respeito ao desporto, equipa e INATEL continuam a cargo de Hélder Faustino e também de Joaquim Pinto.

Futebol - Taça do Inatel

Clubes preparam a nova época desportiva Os clubes que disputam a Taça do Inatel em futebol preparam a nova época desportiva que vai começar em Outubro. A viver com grandes dificuldades as direcções dos clubes prometem mesmo assim continuar a trabalhar para conseguir

apoios que garantam a continuidade das equipas de futebol. Num futebol totalmente amador, os clubes tem que arranjar vários milhares de euros para fazer face às inscrições das equipas e deslocações para os jogos. No distrito de Setúbal, a

aposta é na continuidade. Na Aldeia dos Chãos, o clube está a preparar a nova época e neste momento apenas se sabe que José Gamito, vai continuar como treinador. Quanto a jogadores o plantel deve ser muito idêntico ao do ano passado.

O Vale Figueira vai continuar a apostar no técnico Paulo Rola, quanto ao plantel deve ser o mesmo da última época, com alguns reforços. Na Sonega, Carlos Palminha deve continuar como treinador e pouco se sabe em relação aos jogadores

que vão representar o clube. O Bairro do Olival, segundo apurámos deverá apostar no mesmo grupo de trabalho, que será reforçado com alguns atletas da região que tornarão a equipa mais forte. Na Taça do Inatel de Beja, a equipa da Bemposta,

concelho de Odemira, contratou Miguel Ventura, guarda-redes que actuava no Boavista dos Pinheiros e Daniel Ventura que actuava no Castelão. No Luzianes-Gare o treinador Paulo Dias vai continuar mais uma época.


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Capoulas Santos não só levantou mas, respondeu dizendo resumidamente, qual o sentimento existente no nosso País: “(…) Em Portugal toda a gente fala que não produzimos nada. Isso é muito injusto”, fundamentando essa inversão da realidade com exemplos visíveis das quantidades e valores agricultura da agricultura portuguesa.

A Reforma da Política Agrícola Na segunda parte do dia 22, os jornalistas juntaram-se aos demais colegas dos vários países da Europa no PE, para participarem no debate sobre a PAC mas, na perspectiva política, ouvindo os oradores referidos e, colocando também questões relativas à “reforma” em curso. É ponto assente que os eurodeputados visam que a “Reforma da PAC deve torná-la mais justa e equitativa, com uma retribuição mais equilibrada dos meios financeiros entre os Estados-Membros e um sistema de ajudas directas aos agricultores baseado em critérios ambientais e sociais”. Assim, no debate que se realizou a um dia da votação do “Relatório Dess”, foram debatidos temas desse “Relatório”, que afirma que a PAC-2020 deverá “Responder aos desafios do futuro em matéria de alimentação, recursos naturais e territoriais”. As recomendações feitas no “Relatório Dess” dão visibilidade às questões que se referem ao aumento dos preços de bens alimentares, tendo os eurodeputados apelado à acção, centrando a discussão no que diz respeito à “Segurança Alimentar”, afirmando uma resolução que visa a necessidade de proteger os rendimentos das explorações agrícolas, no sentido de assegurar a produção alimentar na União Europeia e a nível global. Propuseram ainda um sistema mundial orientado para a constituição de reservas alimentares. Abordaram as preocupações relativas aos excessos especulativos e, exortaram o G20 (que neste período estava reunido em Paris), a coordenar a criação de mecanismos preventivos para conter a excessiva flutuação dos preços e a preparar regulamentação nesse sentido, destinada a combater a crise alimentar.

A Política Agrícola Comum serve 500 milhões de cidadãos. Diz respeito a todos - Como será a futura Política Agrícola Comum? A Comissão da Agricultura do Parlamento Europeu defende “a preservação de uma PAC forte, dotada de recursos suficientes, e uma distribuição justa dos recursos destinados ao primeiro e segundo pilares (ajudas directas e desenvolvimento rural), quer entre os Estados Membros, quer entre os agricultores de cada país”. Os parlamentares rejeitam um pagamento directo único a nível da União Europeia, “que não reflectiria a diversidade da Europa”, e querem que “(…) sejam tidas em conta as condições de produção específicas nos Estados Membros através de um sistema de pagamentos directos, mais orientado”. O Relatório advoga uma “distribuição justa”, propondo “que cada país receba uma percentagem mínima do valor médio dos pagamentos directos e que seja instituído um tecto máximo”. Uma das ideias-chave é a do “afastamento dos valores de referência histórica e individuais nos pagamentos directos e a transição para um prémio de superfície, regional ou nacional, dos pagamentos dissociados no próximo período financeiro”. Assim sendo, “O novo sistema de ajudas directas aos agricultores deve ser desligado da produção e baseado em critérios de natureza ambiental e social”. Os eurodeputados querem “que a Comissão pondere a introdução de um sistema degressivo dos pagamentos directos em função da dimensão das explorações agrícolas, que tenha em conta os critérios de emprego e de práticas sustentáveis”. Direitos de plantação da vinha A possibilidade de manutenção dos direitos de plantação da vinha após 2015 é um dos outros pontos de interesse para Portugal. Os eurodeputados pedem à Comissão que considere

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a possibilidade de que os direitos de transplantação do sector vitivinícola se mantenham para além de 2015 e que tenha em conta este facto no seu relatório de avaliação, a apresentar em 2012, sob a reforma da COM do vinho. Vegetais e azeite O Relatório propôs o reforço dos sistemas de gestão nos sectores dos frutos e vegetais (citrinos

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O Parlamento Europeu quer influenciar as propostas legislativas que a Comissão vai apresentar no Outono e que terão depois de ser negociadas entre o Parlamento Europeu e os Governos dos 27.

Dia 23 de Junho Visita à REPER Pela manhã do dia 23, foi tempo de visitar a REPER

com a presença de Pedro Passos Coelho, Primeiroministro de Portugal e de Durão Barroso, Presidente da Comissão Europeia, antes do início da Cimeira Europeia, que decorreu nesse mesmo dia e que teve como pano de fundo, a crise grega.

Uma Cimeira Europeia refém das pulsações da crise grega? Depois do terror que os parceiros europeus ouviram da Grécia, da Cimeira ficou a opinião generalizada, de que, “Portugal, onde Passos Coelho marcou pontos porque, a primeira impressão deixada contrastou – em termos relativos – com a impressão deixada pela Grécia e, em termos absolutos, deixou boas expectativas”. Para os parceiros, Pedro Passos Coelho, na sua estreia em Bruxelas como Primeiro-Ministro de Portugal, o balanço da sua intervenção foi positivo, até por

contrastar com a posição da Grécia porque, Portugal apareceu em Bruxelas com um Governo novo e uma maioria. Apareceu com um acordo com o principal Partido da oposição e, apareceu com vontade de antecipar privatizações e, antecipar cortes e medidas. Nota Final No encerramento desta jornada levada a cabo pelos jornalistas portugueses e espanhóis dos órgãos de imprensa referidos nesta peça, uma palavra final para Teresa Coutinho que, para além do seu desempenho, enquanto Assessora de Imprensa do Parlamento Europeu em Portugal, a quem coube a tarefa de antecipar todos os requisitos desde os convites à programação com tudo que a envolve até ao total cumprimento do programa estabelecido, deixou um legado de simpatia que nos sensibilizou. Este, para nós, é o momento de lhe deixarmos – publicamente - um abraço de reconhecimento e agradecimento.

Ditos no debate do dia 23 PE sobre a PAC

e outros), vitivinícola e do azeite, um fundo de crise mais eficiente no sector dos frutos e produtos hortícolas, uma melhor gestão das crises no sector vitivinícola e um sistema actualizado de armazenamento privado no sector do azeite. Açúcar “O regime do mercado do açúcar deve ser alargado pelo menos até 2020 na sua forma existente”, dizem os eurodeputados, apelando a medidas para salvaguardar a produção de açúcar na Europa e para permitir ao sector, melhorar a sua competitividade. Regiões ultraperiféricas E, PAC deve ter também em conta a necessidade de mitigar as limitações específicas e os problemas estruturais com que se defrontam os sectores agrícola e silvícola das regiões ultraperiféricas da União Europeia, sublinha o Relatório.

(Representação Portuguesa junto à UE), num encontro com o seu presidente, com o conselheiro de Agricultura e com a portavoz da REPER, que fizeram a apresentação daqueles serviços que contam com 50 técnicos para o seu funcionamento.

Em dia de Cimeira Europeia com a presença de Passos Coelho Primeiro Ministro de Portugal No dia 23, para todos jornalistas do nosso Grupo, a manhã começou com uma visita à Comissão Europeia, com Leonor Ribeiro da Silva, porta-voz do presidente Durão Barroso e, pelas 11h00, participaram ainda no briefing diário da Comissão. Entretanto, cerca das 13:30 horas, os jornalistas ainda participaram no briefing que se realizou

“Que custos poderiam ter uma Não Pac?” “Sem a PAC não poderíamos garantir a alimentação da população Europeia”. “Temos que garantir a segurança alimentar. “Temos que conseguir uma “Marca Europeia” com normas de qualidade muito especificas ao consumidor”. “Na Europa não devemos de ter receio de aumentar a produção”. “Segurança Alimentar” em tempo de crise: “Poderão ser as Nações Unidas a ter um controle no armazenamento – maior transparência (quem é o proprietário) - e uma melhor gestão? Em tempo de crise quem é que deverá ter as reservas alimentares? “ “Na Europa a tendência não é o aumento, mas sim a segunda geração dos biodisel”. “Na Europa podemos fazer as duas coisas: Segurança alimentar e biodísel”. Ainda sobre o biodísel, contestando: “(…) um produto que deveria estar na mesa das pessoas – alimentar as pessoas - como é que se compreende que se subsidie combustíveis para motores? Reformas na Pesca? Também haverá reforma no que diz respeito à pesca, contudo, formalmente as propostas ainda não são conhecidas. Sabem-se porém algumas tendências: Amigos do Norte Uma das tendências dos países do norte, vai no sentido da defesa dos “peixinhos”. Dizem que “há pesca a mais e, barcos a mais. É preciso abater”, etc, etc... Amigos do Sul Os países do Sul são pela pesca. Portugal é o único país que continua a falar em quotas.


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Biblioteca na praia - a leitura à beira mar Melides e Carvalhal são as praias do concelho de Grândola que recebem ao longo mês de Julho e Agosto a Biblioteca na Praia, que funciona de segunda a sextafeira, entre as 10h e as 17h.

A Biblioteca de Praia, é uma extensão itinerante da Biblioteca Municipal de Grândola, que se traduz num serviço gratuito de cultura e informação, ao dispor de todos os veraneantes, promovendo a leitura em tempo de férias. Diariamente são disponibilizados para consulta e

empréstimo na praia, livros, jornais diários e semanários, revistas, pequenos contos, banda desenhada e alguns livros úteis. A iniciativa destina-se a adultos, jovens e crianças

e funciona de uma forma muito simples: para requisitar um livro ou qualquer outra publicação, basta apresentar e deixar no local um documento de identificação. Novidade este ano é a colaboração do Centro de Ciência Viva do Lousal - Mina da Ciência que levará muita ciência e diversão às praias

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de Melides e Carvalhal. Os dias 22 e 29 de Julho e 4 e 11 de Agosto prometem muitas surpresas e descobertas. Medir a salinidade da água, construir um destilador solar ou desvendar

o segredo dos protectores solares são algumas das actividades. A Biblioteca na Praia é um projecto que nasceu na década de 90, e que este ano reúne um conjunto de 500 livros, que são renovados quinzenalmente.

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Cavaco Silva visita Tróia A convite do Presidente da Câmara de Grândola, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, esteve em Tróia onde aproveitou para conhecer o projecto do Tróiaresort tendo ficado agradavelmente surpreendido com a evolução verificada nos

últimos anos. O Presidente visitou a Marina, o Centro de Congressos e o Casino, tendo aproveitado para conhecer em pormenor os projectos de desenvolvimento para aquele território. Seguidamente o Presidente da República teve oportunidade de conhecer outros projectos turísticos da Frente Atlântica do Concelho de Grândola, tendo tomado contacto com alguns produtos da Região, nomeadamente o arroz e o vinho.


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Mãe e recém-nascido escaparam sem ferimentos

Bombeiro de Grândola morre após parto na sua ambulância Na madrugada do passado dia 11 um Bombeiro de Grândola morreu após uma colisão entre a ambulância que conduzia e um veículo ligeiro. O acidente causou ferimentos em mais três pessoas, que foram assistidas no Hospital de São Bernardo. Leonel Parreira, bombeiro de 1ª classe, morreu na madrugada do passado dia 11 depois da ambulância que conduzia ter chocado com um carro à entrada de Setúbal. Tinha acabado de ajudar uma mulher a dar à luz antes de se dar o acidente. A ambulância saiu de Grândola às 2.40 para transportar uma mulher em trabalho de parto para o Hospital de Setúbal. Sensivelmente a meio do percurso, a tripulação da ambulância optou por parar o veículo na estação de Serviço de Alcácer do Sal para proceder ao parto. De seguida a ambulân-

O condutor foi projectado e teve morte imediata”, adiantou uma fonte da PSP, acrescentando que, “apesar do capotamento, a senhora que tinha dado à luz na ambulância e a bebé eram as únicas que estavam bem”. Segundo foi apurado, a cia retomou o percurso mãe terá protegido muito em direcção a Setúbal. bem a menina. Foi no cruzamento junto Segundo Ricardo Ribeiro, do hipermercado Jumbo comandante dos Bombeique a tragédia se deu. “A ros Voluntários de Grânambulância ia na A12 dola, a bombeira de 22 e, à entrada de Setúbal, anos que realizou o parto, uma viatura ligeira vem sofreu “ferimentos com do lado esquerdo e há alguma gravidade na um choque no meio do cara”, tendo sido hospitacruzamento. lizada “em estado grave, A viatura bateu na latemas sem perigo de vida” ral esquerda da ambue, as duas mulheres alegalância”, explicou a um damente de nacionalidade jornal diário, fonte do estrangeira, que seguiam Comando Distrital de no automóvel ligeiro, Operações de Socorro foram transportadas para de Setúbal, frisando que o Hospital de S. Bernardo o acidente ocorreu perto com pequenos ferimentos das 4 horas. e tiveram alta ao início da “Devido ao embate, a tarde do passado dia 11. ambulância capotou As causas do acidente várias vezes.

Lusco-Fusco Moody’s

Verissimo Dias

O bando chegou de noite, meio escondido; entrou-nos no quintal, urinou no fundo, rapou uma rosa. Não dissemos nada. Não fizemos nada. Tempos volvidos, o bando veio às descaradas; entrou-nos no quintal, matou os cães, destruiu o jardim, pisou tudo, defecou na horta; o quadrilheiro-mor, com o contrafio de um facalhão, decepou as patas da nossa catatua de estimação e, sem a apanhar, partiu, feliz, com os seus comparsas. Não dissemos nada. Não fizemos nada. Até que um dia, o mais frágil membro do bando, conhecendo-nos o medo, entra-nos sozinho no país, arranca-nos da garganta a voz, rouba-nos a claridade, nega-nos o futuro, embrulha tudo, e diz: sois lixo! Que dizer? Que fazer?

ainda estão por apurar. “Ainda não temos dados sobre se houve infracção e quem a cometeu. Sabemos que a ambulância vinha em marcha de urgência, mas não como se deu o acidente”, precisou a PSP.

Quando as primeiras equipas de socorro que chegaram ao local, a recémnascida foi a primeira a ser levada para o Hospital, tendo o transporte sido assegurado imediatamente por um carro da PSP. Segundo fontes hospitalares, no momento desta

reportagem, tanto a bebé como a mãe estavam livres de perigo, tendo permanecido internadas para observação. Segundo foi possível saber, é a segunda vez que a parturiente em causa dá à luz numa ambulância. O bombeiro que morreu, Leonel Joaquim Parreira, de 57 anos de idade, considerado pelo seu comandante, como “um homem experiente, com uma grande competência e um grande equilíbrio”. O comandante Ribeiro

sublinhou ainda que a vítima “já há muitos anos que era funcionário dos bombeiros e que era um elemento de muita lucidez, que valorizava o perigo. Nada fazia acreditar que esta situação fosse acontecer”, lamentou. Leonel Joaquim Parreira era casado e deixa duas filhas adolescentes. À família enlutada o Litoral Alentejano apresenta as mais sentidas condolências.


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Crónicas de Lisboa

Por que não se calam?

Carneiro

Touro

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 31 Carta Dominante: 4 de Espadas, que significa Inquietação, agitação. Amor: Poderá sofrer uma grande desilusão com alguém que lhe é muito próximo. O pensamento positivo é o melhor remédio para qualquer mal! Saúde: Faça algum tipo de exercício de relaxamento. Dinheiro: Não se distraia. Números da Semana: 1, 3, 24, 29, 33, 36 Pensamento positivo: Vivo o presente com confiança!

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 32 Carta Dominante: 7 de Copas, que significa Sonhos Premonitórios. Amor: Não seja tão impulsivo, só tem a perder com isso. Se quer ser verdadeiramente vitorioso, vença-se a si próprio! Saúde: Cuide do seu aspecto físico. Dinheiro: Não pense que o dinheiro estica, se não for você a controlar-se, ele não se controla sozinho. Números da Semana: 7, 11, 18, 25, 47, 48 Pensamento positivo: Eu tenho pensamentos positivos e a Luz invade a minha vida!

Gémeos

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 33 Carta Dominante: A Temperança, que significa Equilíbrio. Amor: Se não controlar as suas emoções poderá sofrer com isso. Utilize a sua força de vontade conscienciosamente e de modo sábio. Saúde: Dê atenção aos seus dentes. Dinheiro: Período favorável. Números da Semana: 4, 6, 7, 18, 19, 33 Pensamento positivo: procuro ser compreensivo com todas as pessoas que me rodeiam.

Caranguejo

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 34 Carta Dominante: 4 de Ouros, que significa Projectos. Amor: Alguém que lhe é muito especial vai preparar-lhe uma surpresa. Cultive a alegria no seu coração e ela dar-lhe-á frutos de Paz. Saúde: Não pense que Deus está muito longe, ele está dentro de si. Dinheiro: Cuide mais do seu bolso pois se não for você a cuidar ninguém cuidará. Números da Semana: 9, 11, 25, 27, 39, 47 Pensamento positivo: O Amor invade o meu coração.

Leão

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 35 Carta Dominante: 8 de Copas, que significa Concretização, Felicidade. Amor: Não deixe que terceiros se intrometam na sua relação afectiva. Siga a sua intuição, siga o caminho do amor! Saúde: Dê mais atenção à sua saúde, pois na verdade mente sã, corpo são. Dinheiro: Período pouco favorável a grandes investimentos. Números da Semana: 10, 20, 36, 39, 44, 47 Pensamento positivo: Eu sei que posso mudar a minha vida.

Virgem

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 36 Carta Dominante: Valete de Paus, que significa Amigo, Notícias Inesperadas. Amor: Seja prudente na forma como fala com quem gosta, pois às vezes quando não pensamos naquilo que dizemos ferimos sem querer as pessoas de quem mais gostamos. Saúde: O pensamento positivo é o melhor remédio para qualquer doença! A saúde é o espelho da nossa alma, nunca se esqueça disso. Dinheiro: A sua vida financeira está a passar por um período negativo, mas não se preocupe, pois a tendência é para melhorar. Números da Semana: 7, 18, 19, 26, 38, 44 Pensamento positivo: Sou optimista, espero que me aconteça o melhor!

Balança

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 37 Carta Dominante: Ás de Espadas, que significa Sucesso. Amor: Estará muito carente, procure ser mais optimista quanto ao seu futuro sentimental. A esperança é uma energia da sua personalidade. Desenvolva-a! Saúde: Tendência para alguns problemas digestivos. Dinheiro: Período positivo para colocar projectos em marcha. Números da Semana: 1, 8, 42, 46, 47, 49 Pensamento positivo: Eu tenho força mesmo nos momentos mais difíceis!

Escorpião

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 38 Carta Dominante: 8 de Espadas, que significa Crueldade. Amor: Sentir-se-á um pouco sozinho no mundo, mas não é bem assim, afinal tem tanta gente que gosta de si. Permita-se a si próprio a visão da alegria e sinta-a diariamente. Saúde: Poderá ter algumas dores de ouvidos. Dinheiro: Não desista de lutar, pois a vida nem sempre nos sorri quando queremos, e o seu projecto terá tempo de vingar e dar lucros. Números da Semana: 4, 9, 11, 22, 34, 39 Pensamento positivo: Eu acredito que todos os desgostos são passageiros, e todos os problemas têm solução.

Sagitário

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 39 Carta Dominante: 3 de Paus, que significa Iniciativa. Amor: Procure ser mais extrovertido, só tem a ganhar com isso. Cultive o relacionamento interpessoal e verá que obterá benefícios. Saúde: Possíveis dores nas articulações. Dinheiro: Esta é uma óptima altura para tentar reduzir os seus gastos. Números da Semana: 1, 2, 8, 16, 22, 39 Pensamento positivo: O Amor enche de alegria o meu coração!

Capricórnio

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 40 Carta Dominante: O Julgamento, que significa Novo Ciclo de Vida. Amor: Alguém para quem você é muito importante vai dar-lhe um bom conselho. Que a clareza de espírito esteja sempre consigo! Saúde: Tendência para dores musculares. Dinheiro: Possível aumento. Números da Semana: 7, 13, 17, 29, 34, 36 Pensamento positivo: Vivo de acordo com a minha consciência.

Aquário

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 41 Carta Dominante: 9 de Paus, que significa Força na Adversidade. Amor: A sua capacidade de entrega e sensualidade estarão melhores do que habitualmente. A força do Bem transforma a vida. Que o amor esteja sempre no seu coração! Saúde: Sentir-se-á muito dinâmico e com um acréscimo de força de vontade. Dinheiro: Será ajudado na sua profissão. Números da Semana: 7, 11, 19, 24, 25, 33 Pensamento positivo: O meu único Juiz é Deus.

Peixes

Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 42 Carta Dominante: A Torre, que significa Convicções Erradas, Colapso. Amor: Poderá apaixonar-se ou aumentar o seu interesse por alguém. Dê tempo ao tempo e acredite que é possível ser feliz. Saúde: Tenha muito cuidado com a sua alimentação. Dinheiro: Os seus negócios têm a possibilidade de dar certos. Números da Semana: 5, 25, 33, 49, 51, 64 Pensamento positivo: Esforço-me por dar o meu melhor todos os dias.

Se bem se lembram, numa cimeira ibero-americana, realizada há poucos anos, o rei de Espanha Juan Carlos, virou-se para o presidente da Venezuela Hugo Chávez e disse-lhe; “Por que não te calas?” O rei tomou a esta deselegante atitude e, de certo modo, violando o protocolo, perante o presidente venezuelano, dado que este, como é seu timbre, a todos atacava com o seu radicalismo e verbalismo e anti-americanismo e seus “aliados”, mesmo ali em plena cimeira de chefes de estado e de governo. Lembro-me, frequentemente, deste episódio, ainda mais porque, segundo a imprensa, Hugo Chávez estará com problemas de saúde grave, porque no nosso país há muita gente que passa o tempo a dizer mal, isto é, faz da maledicência o seu passatempo favorito. Se ao “portuga sabe tudo e de tudo gosta de opinar” ainda se perdoa, já aos profissionais da política e aos “opinion makers”, alguns pagos pelos jornais e demais imprensa, o recato, o rigor e a oportunidade deveriam fazer parte da sua conduta cívica. Veja-se o exemplo recente do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa que anunciou o nome de um Secretário de Estado, sem que a lista oficial tivesse sido tornada pública, criando um problema porque este acabou depois por ficar de fora do governo! Porque dizer mal , apenas para marcar posição ou “botar figura”, em nada favorece a formação e a atitude cívica dos portugueses, muitos deles com défice de conhecimentos de causa e que ouvindo ou lendo esses “protestantes profissionais” acabam por ficar baralhados e a animosidade perante os políticos aumenta, em nada favorecendo a“união” desejada e a conjugação de esforços para que possamos vencer a crise que nos foi legada pelos diversos governos anteriores. O tempo é de grandes desafios e esses exigem que haja contenção e recato nas críticas destrutivas. Será que não nos libertamos desta tão nossa característica de estarmos sempre do contra, como se a política e a vida do país fosse uma espécie de “clubite/campeonite”, e cultivarmos a maledicência, quase que revelando, desse modo, uma dose elevada de inveja e ciúme? Compete às elites dar o seu contributo na formação dos cidadãos para que a nossa atitude e consciência cívica seja engrandecida, porque uma democracia adulta exige que essas duas

caracteristica sejam elevadas. Aos políticos, incluindo os da oposição, considerando também alguns militantes do PSD e do CDS que não fazem parte do governo ou deputados, que gostam de “mandar umas bocas”, exige-se que “não falem de mais” e, acima de tudo, que as suas palavras não sejam o “rastilho” para inflamar e radicalizar posições do povo. Por exemplo, o líder da CGTP Carvalho da Silva, fez, há dias e perante os trabalhadores dos estaleiros de Viana do Castelo (EVC), um discurso fortemente agitador e cito e em síntese: “O Presidente da República, que tem apregoado que o mar é um objectivo de fundamental importância para o nosso país, perante a situação de ameaça de desemprego para estes trabalhadores, o homem fica calado e adquire uma figura seráfica”, cheirando a hipocrisia as palavras proferidas nos discursos oficiais”. Aquele sindicalista, homem cuja bagagem cultural foi adquirida a pulso e estando muitos furos acima nos conhecimentos do sindicalismo e da “economia do trabalho”, conceito este de que não gosta muito, sabe que o seu discurso poderá gerar atitudes irracionais, (“perdido por cem perdido por mil”), daqueles trabalhadores e que sentem os seus postos de trabalho ameaçados. Mas sabia e sabe também que não é ao PR que compete “governar” e resolver os problemas dos EVC, pois estes problemas já vêm de longe e cujo défice de exploração está a ser pago pelos nossos impostos. De quem é a responsabilidade pelo estado a que os EVC chegaram? Ao povo é que a responsabilidade não cabe mas é a este que se pedem que “pague a conta”, pois os EVC são uma empresa pública, o que não impediu que o governo regional dos Açores recusasse receber um barco ali encomendado e construído e que terá um “pequeno defeito”! Será justo? A solidariedade tem limites. Aos novos governos é usual atribuir “um estado de graça”, mas a este parece que nem isso lhe queremos conceder, como lhe fossem imputáveis as (maiores) culpas pelo estado a que o nosso país chegou. Olhemos, porque as imagens que nos chegam são “inimagináveis” para o berço da democracia, para o (mau) exemplo da Grécia onde os radicalismos estão a agravar as terríveis condições a que o país chegou e cujos

estilhaços podem atingir o nosso país. Será que destruir a “coisa pública” é uma “luta justa e correcta”, embora nos pareça que é obra de “agitadores profissionais”, mas que têm suporte em classes que beneficiavam da política do desgoverno ali reinante? As histórias que se contam sobre o “funcionalismo público grego” parecem surrealistas! “Em tempo de guerra não se limpam armas”, - diz o povo e que os militares bem conhecem dos teatros de guerra, sendo que esta frase se aplica, nos tempos actuais de crise, em não usar as armas da destruição (greves, manifestações, “não pagamos”, etc), mas sim colocar de lado, enquanto durar a crise, as divergências que existem em todas as classes/países.

Primeiro, temos que evitar que o barco se afunde e depois então teremos condições para lutar pelos nossos direitos, incluindo-se o direito à divergência de opinião. Obviamente que “estado de graça” não significa suspender a democracia e a livre opinião, mas apenas que as divergências sejam bem geridas por nós e obedeçam a uma certa contenção nos discursos e nas atitudes. “Por que não se calam”, apetece-mo tantas vezes pedir, como o fez o rei atrás citado. Em Portugal e não só, diz-se mal dos políticos e, em muitas situações se calhar com razão, mas ser político nos tempos de crise é um acto de coragem, ainda mais porque a “democracia os derruba” facilmente. Este governo está cheio de pessoas que deixaram, ainda que temporariamente, as suas cómodas vidas profissionais para aceitarem este enorme desafio que o país atravessa e que não pode falhar. Louvemos-lhes a coragem e desejemos-lhes o maior sucesso, para bem de todos nós.

*Economista lusitano.ser@gmail.com


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Orçamento Participativo de Odemira

Apresentadas 60 propostas pela população No primeiro ano de lançamento, o Orçamento Participativo de Odemira superou todas as expectativas, tendo sido apresentadas cerca de 60 propostas pela população local, através do site ou nas seis Assembleias Participativas. Sendo um projecto novo de participação pública, é de registar a adesão e o bom acolhimento. Agora em fase de análise, as propostas selecionadas serão colocadas a votação durante o mês de Outubro. As propostas vencedoras serão incluídas no Orçamento Municipal de 2012. Através do Orçamento Participativo, a autarquia odemirense pretende incentivar a participação dos cidadãos, de uma forma dinâmica e construtiva, baseada nos princípios de proximidade e transparência, contribuindo para uma maior aproximação entre a gestão pública e os cidadãos, na procura

de soluções para melhorar a qualidade de vida no concelho. Este é um processo através do qual os cidadãos

podem, propor e votar investimentos, projectos e acções de interesse colectivo, num montante global de 500 mil

euros, que serão integrados no orçamento municipal do próximo ano. Durante os meses de Maio

e Junho, foram promovidas Assembleias Participativas em Santa Clara-a-Velha, Vila Nova de Milfontes, S.

Luís, S. Teotónio, Colos e Odemira, com a participação de cerca de 240 pessoas, com o objectivo de apresentar propostas. O site na internet, criado exclusivamente para o projeto, em www.op.cm-odemira. pt, recebeu cerca de três mil visitas e 64 registos. Foram ainda realizadas 16 apresentações do projecto em escolas e instituições públicas locais. A análise técnica das propostas, e consequente admissão ou exclusão, decorrerá entre Julho e Setembro. A votação das propostas através da página do município na internet ou no Edifício dos Paços do Concelho acontecerá em Outubro. A última fase será a apresentação pública dos resultados, entre Novembro e Dezembro, sendo que as propostas mais votadas serão incorporadas no orçamento municipal de 2012.

Odemira estabiliza população

Dados do INE apontam menos dois habitantes no maior concelho do país

O concelho de Odemira estabilizou a população entre 2001 e 2011 e contraria a tendência verificada na generalidade dos municípios alentejanos, com perda de habitantes. O concelho de Odemira tem agora 26104 habitantes, apenas menos dois do que em 2001, de acordo com os resultados preliminares dos Censos, apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística. Nos últimos dez anos, o concelho de Odemira estabilizou a sua população, grande parte devido à dinamização do sector

agrícola no litoral. Odemira tem mais famílias (de 10416 passou para 11561), mais alojamentos (de 18450 subiu para 21041) e mais edifícios (tinha 16217 e agora tem 18543).

ganharam população, enquanto que as restantes perderam.

No maior concelho em área do país, com 1720 km2, verificou-se a tendência nacional de diminuição da população das freguesias do interior e maior fixação no litoral.

De realçar que nos censos de 2011 as freguesias de Boavista dos Pinheiros e Longueira/Almograve, as mais recentes do concelho de Odemira, não foram recenseadas como freguesias, tendo a sua população integrado as freguesias de onde o seu território foi destacado (das freguesias de S. Salvador e Santa Maria).

As freguesias de S. Teotónio, Vila Nova de Milfontes e Zambujeira do Mar, no litoral odemirense,

Nos 14 concelhos do Baixo Alentejo, apenas Odemira manteve população, todos os outros perderam.


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Cláudio, o “cínico” dinâmico No princípio da manhã, Cláudio estava bebendo café e lendo “O Correio da Manhã”, no café dos Crespos, em Alcácer do Sal.

François Baradez Cláudio Almeida Pires – que se apresentou logo como combatente do ex-Ultramar – nasceu em Alcácer do Sal no dia 3 de Novembro de 1949 (indicando que foi por mal dos seus pecados); dezassete anos após António de Oliveira Salazar (1889-1970) ter vindo a ser Presidente do Conselho de Ministros de Portugal, cargo em que esteve durante trinta e seis anos. Um mês antes, o chefe do partido comunista chinês Mao Tsé-Tung (1893-1970) tinha proclamado a República Popular da China. Sete meses mais tarde, as tropas norte-coreanas desencadeariam a guerra da Coreia. Nascido em Grândola, o seu pai era trabalhador rural como o era a sua mãe, nas-

cida em Alcácer do Sal. Estudou até ao primeiro ano do liceu. Foi à tropa, durante três meses, a partir de 1970, no Regimento de Engenharia Civil de Lisboa e, depois no Ultramar, participou na guerra colonial, em Luanda e Cabinda, no norte de Angola, durante vinte e sete meses. “Aquilo foi uma guerra de interesses. Não gostei da tropa. Muitos militares morreram lá. Os generais estavam em Luanda com as esposas. Para o mato só ia a tropa”. Começou a trabalhar aos 17 anos de idade – já tendo carta de condução – conduzindo carrinhas de transporte: “Era a minha vida. Tinha de gostar. Trabalhei em muitas empresas de construção civil. Gostei porque era a minha especialidade na tropa. Reformei-me aos 62 anos. Agora é… esperar”. É esposo de Maria, oriunda de Alcácer do Sal, doméstica, que lhe deu um filho, Pedro, de 37 anos, que tem um café na Rodoviária, em Alcácer do Sal. É, ademais, o avô de André, de 7anos e que é estudante. Quando lhe pedi para me dizer se gosta de comer bem, respondeu logo:

“Quando o comer é bom, toda a gente gosta”. Sabe cozinhar “assim assim”. O prato que prepara melhor é o de ovos estrelados. Como “gourmet” (gastrónomo) o seu prato de predilecção é o cozido-à-portuguesa. Cláudio detesta a televisão: “Só falam de política de dia e noite. Detesto e odeio os políticos e os partidos. Nunca votei ”. Os seus lazeres preferidos são os de jogar futebol e o de ler tudo, nomeadamente José Maria Eça de Queirós (1845-1900); o filósofo francês Jean Paul Sartre (1905-1980) e, Fernando Namora (1919-1989). O escritor francês Charles de Secondat, barão de Montrsduieu) (1885-1970) confessava: “Nunca tive pesar que uma hora de leitura não tenha dissipado”. Segundo François Mauriac (1885-1970), igualmente escritor francês: “A leitura é uma porta aberta sobre um mundo encantado”. “Detesto os políticos. São todos corruptos. Os partidos deram cabo do país. Todos!”, afirmou Cláudio. Solicitado a dizer, por ele próprio, qual é a sua maior qualidade, declarou que é a de ser “recto”. Solicitado a dizer, com a mesma franqueza, qual é o seu maior defeito, declarou: “que é o de ter ajudado muita gente e, depois levado facadas nas costas”.

ALCÁCER dos cinco sentidos Ver, provar, cheirar, escutar, tocar. Numa palavra: SENTIR Alcácer do Sal. Este é o mote do programa turístico “Alcácer dos Cinco

Sentidos”, uma iniciativa do município destinada a atrair visitantes e dar a conhecer este imenso território entre o oceano e a planície. É agora conhecido o programa para o 2º semestre. Aventurar-se em paisagens arrebatadoras e conhecer

monumentos repletos de traços de diferentes culturas. Descobrir tradições milenares e desvendar uma natureza ora selvagem ora

tranquilizadora, mas sempre plena de vida. Saborear uma gastronomia ímpar onde os sabores alentejanos são enriquecidos pela brisa costeira. Estas são as propostas traduzidas em actividades que se prolongam até Novembro. A partir de Julho, estão

agendadas as seguintes acções: “Canoagem na barragem do Pego do Altar” (dia 9), “Observar Flamingos e outras aves da Reserva Natural do Estuário do Sado” (dia 23); em Agosto, “O Sal de Alcácer do Sal” (dia 20); em Setembro, “Workshop de Birdwatching” (dia 3) e “Trilhos do Vinho” (dia 24). Já para Outubro, está previsto o passeio de BTT “Trilhos sadinoa” (dia 23) e, em Novembro, o percurso temático “A oliveira e o azeite”, (dia 12). Integrado no “Alcácer dos Cinco Sentidos”, decorre “Sabores de Alcácer”, uma mostra gastronómica, com 9 restaurantes aderentes, onde para além das ementas habituais, se podem conhecer em Setembro e em Outubro “Sabores da Caça”, com os paladares da caça neste concelho alentejano, das aves aos mamíferos.

“O dia mais triste da minha vida foi quando fui para a guerra e o mais feliz foi quando sai”. No seu “Diálogo dos Mortos”, o prelado e escritor francês Fénelon (1651-1715) está certo ao qualificar a guerra de “mal que desonra o género humano”. Requisitado a dizer, se admite, hoje em dia, ter feito qualquer lastimável erro, indicou: “Sei lá! Deixa lá ver, o de ter saído da tropa que eu detestava”. Orgulha-se muito também de ser Alentejano, pois diz: “Todo o Alentejano deve orgulhar-se de ser Alentejano. É a mais bela região do país. É bonita e o ar é bom”. O que mais desejaria que acontecesse neste Mundo seria “que não houvesse tanta fome nem tanta miséria e que não houvesse tantos políticos filhos da puta”. Em “A Bagaceira”, o escritor brasileiro José Américo (1882-1980) salientou que: “Existe uma miséria que é a de morrer de fome no deserto. É a de não ter comida na Terra de Cannã”. O sítio do Globo onde teria gostado muito de morar se tivesse tido oportunidade, seria a Grécia. “Fui lá em 1978. Adorei os monumentos”. As personalidades pelas quais tem a maior consideração são: - O autor dramático alemão Bertolt Brech (1898-1956):

“Tudo aquilo que escreveu foi nos piores momentos”. - O político britânico Sir Winston Churchill (18741965): “que conseguiu acabar com a guerra”. - A personalidade que detesta é o nazi Adolf Hitler (18891945): “Ele criou uma força política só para matar, a Gestapo, comparada à PIDE, em Portugal. A palavra da língua portuguesa que acha a mais bela é “amizade”. A palavra da língua de Camões que acha a mais feia é “crise”. O emprego que teria preferido praticar a qualquer outro, se possível, teria sido o de “piloto de aviões para bombardear a … Assembleia da República”. O ofício que teria categoricamente recusado praticar seria o de ser polícia “porque a polícia só chateia os mais pequenos”.

Para ele “para ser feliz é preciso ter muito dinheiro para gozar a vida”. “A maioria dos infelizes o são, porque não têm dinheiro para viver”. Tendo 62 anos de idade, Cláudio Almeida Pires é um combatente que não tem papas na língua. A sua maneira de expressar-se sobre qualquer assunto é uma espécie de fogo-deartifício e uma corrida de velocidade. Ele gosta de mostrar-se cínico. Segundo o escritor inglês Oscar Wilde (1854-1900): O cínico é um homem que conhece o preço de cada coisa e o valor de nenhuma”. Tendo participado na Guerra Colonial, Cláudio detesta a guerra. Num dos seus sermões, o celebra humanista Padre António Vieira (16081697) qualificou a guerra de “calamidade composta de todas as calamidades”.

Do vinil ao Megabite Vinte e seis anos de rádio ao serviço da cidade e do distrito. A Rádio Azul continua diariamente com vinte e quatro horas de programação a defender a cidade e os setubalenses. A Rádio Azul de Setúbal cumpriu este fim-de-semana mais um ano de vida. Foi no inicio de Julho de 1985 que surgiu no “éter” uma rádio com cariz profissional no distrito. A ligação de alguns dos fundadores a meios de comunicação social nacional, cedo marcou a diferença na “desordem” que então se vivia. Passando por altos e baixos, transitando de mãos, a Rádio Azul chega a 2011 completando 26 anos de vida. O actual projecto que completa em breve sete anos de vida, tenta manter uma linha de informação local e regional. Apesar dos escassos meios técnicos

e humanos a rádio ainda promove o debate político, os colóquios e as entrevistas a personalidades locais e nacionais com interesses para a região. No desporto

mantém a cobertura do clube de futebol da cidade, o Vitoria de Setúbal. Produz ainda um programa semanal de análise desportiva. A música seleccionada preenche momentos agradáveis que levam muitos a seguirem a sua programação. O futuro a

Deus pertence, mas para já comemoram-se 26 anos de vida desta que já foi exemplo para muitas rádios locais. Vivam as Rádios Livres!


Tel./Fax: 269 822 570

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Câmara de Sines já tem ao dispor terreno para novo centro de saúde Autarquia reitera importância do equipamento face às “condições deficientes” do actual. CDU diz que contrato com promotor é areia para os olhos da população.

do Alentejo (ARSA), há dois anos atrás, ainda mexe”. Francisco do Ó Pacheco

do novo centro de saúde de Sines em 2010, a sua adjudicação durante o ano de 2011 e a sua conclusão

dispor da ARSA um terreno ao seu dispor, tal como previsto inicialmente, pelo que é de

a necessidade de o investimento avançar assim que possível, tendo em conta que as actuais instalações

recorda que o protocolo entre a câmara municipal e a ARSA previa o lançamento do concurso

até ao ano de 2013. “Nestes dois anos de protocolo, a câmara municipal nunca colocou ao

supor que essa situação veio agora dar origem a este protocolo”, reitera. O autarca acrescenta que este contrato de planeamento “não estipula prazos, nem diz quando é que o terreno estará ao dispor, muito menos quando é que a autarquia terá o plano de pormenor pronto”. Já um dos vereadores socialistas na Câmara Municipal de Sines, Idalino José, continua a dizer que o “centro de Sines é importante para a população do concelho, tendo em conta o facto de o actual funcionar sem as mínimas condições”. O vereador do PS sublinha o facto de agora existir “uma oportunidade para levar a cabo a construção do equipamento, caso o novo Ministro da Saúde, Paulo Macedo, mantenha a filosofia de construir o novo centro de saúde”. A vereadora Carmen Francisco reafirma assim

do centro de saúde “são insuficientes e deficientes há algum tempo”, uma situação que diz estar a agravar-se tendo em conta o aumento da população no município. “É preciso mais condições para os utentes e para os profissionais, bem como mais espaço para actividades, como a preparação do parto, que actualmente não ocorrem no centro de saúde”, sublinha. O terreno onde será construído o novo centro de saúde de Sines está situado junto do quartel dos bombeiros, numa zona de entradas e saídas da cidade. Até ao fecho desta edição, a ARSA, que já tem aceite junto da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo uma candidatura para apoio do projecto com fundos comunitários, não prestou esclarecimentos sobre este assunto ao ‘Litoral Alentejano’.

Bruno Cardoso brunojpcardoso@gmail.com A Câmara Municipal de Sines assinou um contrato de planeamento com a empresa J. Silva Lobo Construção Civil Lda. que define os termos e as condições que permitirão ao município dispor, finalmente, de uma parcela de terreno para a construção do novo centro de saúde da cidade, na área do Plano de Pormenor da Zona de Expansão Norte da Cidade de Sines. Em declarações ao ‘Litoral Alentejano’, Cármen Francisco, vereadora na autarquia com a pasta da Gestão Territorial, refere que o contrato estipula que a construção do

centro de saúde poderá avançar mesmo que a operação urbanística em que está integrado não avance, embora “o desejável fosse que ambas avançassem em simultâneo”. “A empresa tem vontade de avançar com o loteamento, mas está dependente do financiamento da banca”, acrescenta. O vereador da CDU na câmara de Sines diz, por seu lado, que este contrato de planeamento é a forma de a autarquia “dizer à população que o protocolo que estabeleceu com a Administração Regional de Saúde


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