1 de Agosto 2012 Ano XI n.º 263 Quinzenal Preço 0.70 €
Directora n Aliette Martins
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Director-adjunto n Marcos Leonardo
...à espera de 17 médicos cubanos
44 mil utentes sem médico de família O Director Executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral, Paulo Espiga, afirma que não pode avançar com qualquer data para a colocação dos 17 médicos cubanos na região
Autarcas “indignados” com a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz
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Os cinco presidentes das câmaras municipais do Litoral Alentejano queriam debater o encerramento dos tribunais de Alcácer do Sal e Sines
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Directo ra Aliette Martin s Directo Marcos r-adjunto Leonar do Ed Joaqui itor m Bern ardo
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Alentejo Litoral à espera de 17 médicos cubanos Propriedade
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44 mil utentes sem médico de família O Director Executivo do Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Litoral, Paulo Espiga, avançou ao programa Pontos no is, emitido pela Rádio Sines, que não pode avançar com qualquer data para a colocação dos 17 médicos cubanos na região. Gisela Benjamim giselabenjamim@gmail.com Estes profissionais vêm substituir os 12 médicos da mesma nacionalidade que deixaram de exercer no nosso país. Entretanto 44 mil utentes não têm médico de família o que levou já ao encerramento de extensões de saúde. O concelho de Santiago do Cacém é o mais problemático com 16 mil pessoas afetadas. Em Odemira na freguesia de São Teotónio, o encerramento da extensão obriga as populações a deslocarem-se quilómetros para obterem uma receita. Como se chegou a esta situação de 44 mil utentes não terem médico de família no território do Alentejo Litoral? Paulo Espiga – Nos últimos três anos na região do Alentejo litoral, há excepção dos 16 médicos cubanos que chegaram em 2009, tivemos apenas a entrada de um único médico português. Há muitos anos que não entram médicos para os quadros, a este facto juntam-se ainda as situações de reforma. O que tem vindo a acontecer é que ao longo da última década não se tem conseguido repor os profissionais que têm saído. Este cenário levou a esta situação muito complicada. Mas a situação que se vive actualmente deve-se a que factores? A actual situação deve-se sobretudo à saída dos médicos cubanos que colaboravam connosco. Depois, por razões sobretudo de ordem burocrática na relação com a ordem dos médicos, alguns dos novos médicos não conseguiram em tempo oportuno fazer as provas exigidas. Não se tendo conseguido conjugar a saída dos médicos que cá estavam com a chegada dos novos médicos. Neste momento estamos a
aguardar a qualquer altura a chegada dos novos médicos. Alias, seis desses novos médicos já cá estão há cerca de um mês, no entanto, não exercem porque estão a aguardar que a ordem dos médicos emita as cédulas profissionais. Faltam ainda mais 11 médicos que esperamos que possam o mais breve possível fazer as suas provas de admissão na ordem e começar a trabalhar connosco. Houve alguma razão para que os médicos que já cá estavam não terem continuado nas funções visto que já tinham ultrapassado todos os trâmites legais, e que já estavam adaptados ao país? Os médicos cubanos estão cá no âmbito de um protocolo entre o estado português e o estado cubano, são uma empresa como qualquer outra. As razões que levaram a que estes saíssem sem primeiro serem substituídos são para nós desconhecidas. Mas não deixamos de ter muita pena que se tenham ido embora porque são excelentes profissionais e
“
Para Paulo Espiga “...o que tem vindo a acontecer é que ao longo da última década não se tem conseguido repor os profissionais que têm saído”
enquanto Agrupamento de Centros de Saúde não somos a entidade que contrata, nós apenas recebemos os médicos. Pode avançar com uma data para a entrada destes novos médicos ao serviço? Não tenho mesmo qualquer informação sobre esse ponto. A nossa espectativa é que os seis médicos que já cá estão sejam colocados o mais rapidamente possível, basta emitir a cédula e eles trabalham no dia seguinte, quanto aos outros não posso avançar com qualquer data.
desta situação com os médicos cubanos. Cerca de 16 mil dos seus utentes não têm médico de família. A seguir o concelho de Odemira, Grândola, Alcácer do Sal e Sines que actualmente é o menos afectado. No entanto, quer em Odemira como em Sines este problema tende a agudizar-se pois há dois profissionais que vão reformar-se até ao final do ano, que já desde o ano passado têm o pedido de aposentação, mas esperamos que entretanto venham os médicos cubanos
que fiquem, que não sejam apenas temporários mas que fiquem cá e façam o seu projeto de vida no Alentejo Litoral. Mas como todos sabemos o número de médicos no nosso país ainda não é o necessário porque estamos numa transição geracional grande. Os próximos quatro a cinco anos serão complicados mas temos de arranjar soluções, o processo ainda não é tão rápido como as pessoas necessitam e nós gostaríamos.
ou mesmo portugueses. Gostaria de salientar que o Ministério da Saúde não esta parado em relação a esta questão, embora estas acções não se vejam, mas a informação que temos é que estão a desenvolver esforços em várias frentes para garantir a vinda médicos
de médicos levou a que recorressem a empresas externas para colmatarem as necessidades dos serviços? É uma das soluções imediatas que estamos a trabalhar para que se concretize. Enquanto não houver a possibilidade dos médicos cuba-
Esta situação de carência
Quantos médicos são esperados, e de forma serão distribuídos?
Não podemos aceitar que sejam prescritos tratamento em que não há uma linha de informação clinica sobre o porquê daquela prescrição estavam perfeitamente integrados. Nas zonas mais rurais as populações estavam muito agradadas, não só por terem médico mas também pela sua prestação. Mas estamos confiantes que os novos médicos tenham o mesmo desempenho. Mas o que é que falhou no processo, para acontecer este atraso? Não lhe consigo responder a essa questão, porque
”
No total serão 17 médicos. Vão distribuir-se da mesma forma que tínhamos anteriormente, ou seja, três em Alcácer do Sal, dois em Grândola, cinco em Santiago do Cacém, cinco em Odemira e dois em Sines. Quais são os concelhos mais afectados por esta falta de médicos? O problema é geral, mas neste momento o mais afectado é o de Santiago do Cacém, que já o era antes
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nos começarem a trabalhar ou outros, que como disse o Ministério da Saúde esta a tentar colocar de forma
definitiva no agrupamento, a solução seria minimizar a situação com o recurso a empresas. Mas há um problema de base, nós queremos médicos de medicina geral e familiar e as próprias empresas têm dificuldades em arranjar profissionais até para as urgências básicas.
“
vindo. Através da empresa não podem vir, a lei não permite que médicos que se refor-
maram antecipadamente vão trabalhar para o serviço nacional de saúde através de empresas. A contratação de serviços externos também se estende à enfermagem? Não só aos serviços médicos. Nós ao nível da enfermagem já tivemos uma situ-
Nós demoramos em média 20 dias a responder, houve processos um pouco mais demorados mas já estão ultrapassados
E sentimos essas dificuldades já quer em Odemira como em Alcácer do Sal, onde se recorre a empresas há vários anos, pois seria
impossível garantir os serviços. Ponderam também recorrer a médicos reformados? Dos nossos médicos reformados não houve nenhum que quisesse voltar, mas se algum o fizer será bem-
”
ação muito complicada mas nos últimos dois anos conseguimos colocar no agrupamento cerca de 20 enfermeiros, entretanto saíram cinco
ou seis. Temos um saldo muito positivo, com excepção do centro de saúde de Sines que esta com uma situação muito complicada ao nível de enfermeiros. Esperamos resolver o problema até ao final do ano, mas entretanto já consegui-
mos reforçar este serviço com um enfermeiro, mas faltam mais três.
Para se obter o pleno ao nível de médicos no Alentejo Litoral de quantas profissionais estamos a falar? Essa pergunta tem alguma dificuldade de resposta, porque os médicos têm dois tipos de horários diferentes, ou 42 ou 35 horas. Grosso modo, as listas de utentes para 35 horas, que é o horário normal para os médicos, são de 1550 utentes por lista, ora com 20 a 25 médicos conseguiríamos que as listas fossem um pouco maiores. Seria o ideal mas tal não é possível, e por isso não vamos estar a criar espectativas as pessoas. Esta situação de substituição de médicos está a afectar os serviços? Temos alguns problemas sendo os mais significativos, pela dimensão das localidades, os de São Teotónio, Cercal do Alentejo e o Torrão. Depois temos um conjunto de extensões rurais que não têm médico neste momento. Sendo que algumas destas extensões viviam numa situação de falta de médico antes dos profissionais cubanos chegarem. O que tentamos fazer para minimizar esta questão, que esta a ser agravada por nos encontrarmos numa altura de férias é organizar os serviços. Com a ajuda dos médicos, que desmarcaram as suas férias e estão a ir a essas unidades uma tarde ou uma manhã, estamos atentar dar os cuidados mínimos às populações. O funcionamento das uni-
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dades móveis também ficou comprometido? Não estão minimamente afectadas. Temos duas unidades móveis de saúde, uma em Odemira outra em Santiago do Cacém, que funcionam com base em enfermeiros mas também com outros técnicos das autarquias tal como das duas misericórdias locais. Muito em breve vamos colocar em funcionamento outra unidade móvel em Grândola, também numa parceria com a câmara. Têm surgido críticas em relação à passagem de credencias para os tratamentos de fisioterapia, fala-se em demasiado tempo de espera, limitação do número de sessões o que é que se passa? O serviço nacional de saúde é sustentado por todos nós e o nosso dever é cumprir a lei. O que se passa é que durante anos a questão das credências da medicina física e de reabilitação eram passadas com pouco respeito pelas normas instituídas, quer administrativas como técnicas. Não podemos aceitar que sejam prescritos tratamento
em que não há uma linha de informação clinica sobre o porquê daquela prescrição. Não podemos, por outro lado, admitir que existam pessoas que estão há dois e três anos a fazer tratamentos sem existir qualquer nota por parte da clinica onde os fazem sobre o potencial de recuperação da pessoa ou sobre a necessidade do tratamento, ou seja nós limitávamo-nos a pagar. Nós demoramos em média 20 dias a responder, houve processos um pouco mais demorados mas já estão ultrapassados. Os casos mais demorados desde que em Outubro começamos a fazer esta
monitorização diminuíram drasticamente, porque quer os nossos profissionais como as entidades privadas perceberam que existem regras e que bastam cumpri-las. Consideramos este um prazo razoável atendendo a que se as pessoas estão em seguimento têm de vir ao médico, não depois de fazer os tratamentos mas antes. Porque muitas vezes recebíamos credências respectivas a tratamentos por vezes até um ano atrás.
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foi feita com um fundamento técnico errado é só demonstrarem-nos, que nós mudamos no momento a nossa decisão. Mas sendo estas credencias definidas para tratamentos de reabilitação e não para a manutenção da qualidade de vida, para onde podem ser encaminhadas estas pessoas que precisam de fisioterapia para não se tornarem, por exemplo, acamadas?
...enquanto Agrupamento de Centros de Saúde não somos a entidade que contrata, nós apenas recebemos os médicos
”
Actualmente e atendendo aos sistemas informáticos isso é impossível, não podemos fazer coisas para trás. O que nós exigimos é fundamentação clinica, e não nos podem apontar qualquer limitação ao acesso de tratamentos a quem necessita. Apanhamos muitas situações em que as necessidades eram mais de socializar, mas há outros espaços para isso que não são as unidades de
Esse tipo de fisioterapia continua a ser prescrito, não pode é ser consecutivo tem de ter pausas. O que não podemos é ter situações em que as pessoas andam anos a fio em tratamentos com melhorias zero. A culpa não é dos utentes, que ficam sentidos com toda a legitimidade perante a situação em que por um lado alguém lhes diz para fazer e outros dizem que não.
fisioterapia.
Mas ainda no seguimento do que me perguntou, nós estamos a dinamizar em Santiago do Cacém, Vila Nova de Santo André, São Domingos e Vale d’ Água, e ainda em Odemira e Alcácer actividades de promoção do movimento para os mais idosos, desenvolvidas com os enfermeiros.
Mas há limitações no número de sessões? Por lei existe essa limitação, por cada credencial apenas se pode dar 20 sessões, chegando ao final a unidade que presta o tratamento deve informar o médico de família se vale a pena continuar os tratamentos, e então define-se mais um conjunto de sessões e de que tipo. Algumas críticas são, de que esta é uma actuação economicista? Essas críticas não têm cabimento, a decisão é puramente técnica. Mas se alguma prescrição
Detectaram muitas situações que se podem classificar de irregulares? Detectamos algumas tentativas, porque quando começamos a ver as credencias aquelas que não estavam conforme não se concretizaram, se antes acontecia não lhe conseguimos dizer.
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Gaivotas “dominam” ilha do Pessegueiro O crescimento da população de gaivotas na ilha do Pessegueiro, em Sines, tem vindo a levar à redução de gralhas no local, bem como tem contribuído para a degradação dos vestígios arqueológicos lá existentes, situação que se pode vir a agravar a longo prazo, se nada for feito. Ângela Nobre a.v.nobre@gmail.com Ser “recebido” na ilha do Pessegueiro por centenas de gaivotas “aos gritos” é algo “intimidante”. É certo que os visitantes, curiosos relativamente às estruturas romanas ou ao forte da ilha, chegam “sem ser convidados” pelas “habitantes locais”, que se têm vindo a multiplicar ao longo dos anos. Segundo o concessionário turístico e também guia que
“dominando” agora a ilha, de onde têm “expulsado” a “gralha”. Nos arbustos espalhados pela pequena ilha, são às dezenas os ninhos nesta altura do ano, onde se podem observar ovos e mesmo exemplares “recém-nascidos”. A acidez dos dejectos da gaivota é algo “preocupante” para Joaquim Matias, bem como para Rui Fragoso, arqueólogo local que pre-
faz a visita ao local, Joaquim Matias, o número de gaivotas terá mesmo “triplicado” nos últimos anos,
side à associação ArqueoMuseum, uma vez que contribui para a degradação dos vestígios arqueológicos
descobertos na ilha, que permanecem a céu aberto e sem manutenção. “Ao longo dos anos isso tem vindo a danificar as estruturas arqueológicas, por causa do aumento
Contudo, sublinhou, isso seria de lamentar, por se “perder um valor turístico local”, já que os vestígios da época romana, além do forte do século XVII, são visitados todos os anos por cente-
(ICNF), contactado pelo jornal Litoral Alentejano, esclareceu, numa resposta remetida por e-mail, que está “a par de que o número de gaivota-de-patas-amarelas (Larus michahellis) a nidi-
prever-se alguns impactes futuros no coberto vegetal relacionado com os dejectos ácidos das gaivotas que poderão vir a introduzir alterações na composição do solo”.
dos dejectos e, como não há lá qualquer trabalho de manutenção e conservação, essa degradação é acentuada”, disse.
nas de turistas. Do ponto de vista do coordenador do litoral alentejano da associação ambientalista Quercus, Dário Cardador,
ficar na ilha do Pessegueiro tem vindo a aumentar nos últimos anos”. Reconhecendo que há um impacto que incide “sobretudo na
Para resolver a situação, embora sem especificar quais as medidas concretas que está previsto implementar, o ICNF indica que tem
“Era importante fazer uma limpeza e algum trabalho de consolidação das estruturas”, defendeu, considerando ainda necessário o “restauro e a conservação de forma contínua”. Outra solução para a protecção das estruturas, embora não defendida por Rui Fragoso, seria enterrá-las.
seria importante que as entidades governamentais responsáveis pelo sector “estudassem o fenómeno”, que não é único no país, para poder encontrar a “melhor forma” de controlar a proliferação de gaivotas, sem prejudicar outras espécies. O Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas
população de gralha-denuca-cinzenta (Corvus monedula)”, que tem “o estatuto de ameaça de Pouco Preocupante (Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal, 2005), nomeadamente sobre a população de juvenis”. Além disso, informou o ICNF, “podem igualmente
previstas “intervenções de controlo de densidade populacional de gaivotade-patas-amarelas, que permitam reduzir os impactes sobre os juvenis de gralha-de-nucacinzenta e sobre o coberto vegetal”.
CÂMARA DOS SOLICITADORES CONSELHO REGIONAL DO SUL
Anúncio Vem o Conselho Regional do Sul da Câmara dos Solicitadores, nos termos do art.º 152 nº 1 do Estatuto da Câmara dos Solicitadores (Dec. Lei 88/2003 de 26/04 com as alterações introduzidas pelo DL 226/2008 de 20/11), publicitar que à Solicitadora Ana Vilhena, com a cédula profissional nº 3670, com último domicilio profissional conhecido na Rua Camilo Castelo Branco, 33, 7640-148 Santiago do Cacém foi aplicada a pena disciplinar de expulsão da actividade de Solicitador por acórdão da Secção Regional Deontológica do Sul em 04.04.2011 transitada em julgado em 07.12.2011 e ratificada pelo Conselho Superior em 09.01.2012. Por Delegação do Presidente Regional do Sul (Dr. João Aleixo Cândido) Vice-presidente em Exercício
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“No Caminho sob as Estrelas – Santiago e a Peregrinação a Compostela” O Dia do Município de Santiago do Cacém foi oficialmente comemorado no passado dia 25 com o lançamento e a apresentação pública do catálogo “No Caminho sob as Estrelas – Santiago e a Peregrinação a Compostela” editado pela câmara municipal e pela diocese de Beja, incluindo o primeiro estudo sobre a sua irradiação no Baixo Alentejo e no Alentejo Litoral. O auditório municipal António Chainho recebeu várias entidades e personalidades convidadas que assistiram à apresentação da obra editada pela autarquia com o apoio de vários mecenas e empresas.
O Presidente da câmara municipal de Santiago do Cacém, recebeu os convidados e após o agradecimento pela presença na cerimónia disse que “a apresentação pública de tão valiosa obra constitui um motivo de profunda satisfação para todos aqueles como o município de Santiago
do Cacém, o Senhor Bispo de Beja e o Departamento do Património Histórico e Artístico da Diocese tanto se empenharam para materializar algo que nos faltava”. Após a intervenção do pre-
sidente da câmara municipal, foi transmitida uma declaração do director do Centro Nacional de Cultura, Guilherme de Oliveira Martins que considerou a obra sob orientação do Dr.º José António Falcão como sendo uma grande referência sobre o tema porque encontramos nos dois volumes do catá-
Lusco-Fusco Distância
Verissimo Dias
Grita. Grita à vontade, desde que não seja pelo Paraíso! Caminha. Caminha à vontade, desde que não seja pelo chão. Diz. Diz tudo, desde que não seja em nome do Mar. O Paraíso abarrota de pecadores; o Chão farta-se de gretas; o Mar fechou-se aos rios. Resta-nos a distância, menor e maior do que tudo o resto!
logo, “grande riqueza de estudos, mas também o património construído e o património imaterial”. “Falar do tema que aqui temos, é invocar a importância do acto de peregrinar”, referiu também na intervenção. A mesma opinião foi partilhada pela directora do Gabinete de Estudos sobre a Ordem de Santiago (câmara municipal de Palmela), Dr.ª. Isabel Cristina Ferreira Fernandes para quem “as mais de 500 páginas dos dois volumes da obra ultrapassa todas as expectativas porque para além de ter um conjunto de estudos introdutórios de vários especialistas, apresenta a visão histórica, o poder espiritual do Santuário Jacobeu, o mundo etnográfico de Santiago Apóstolo, Santiago Peregrino e o Santiago Cavaleiro”. José António Falcão, Direc-
tor do Departamento Histórico e Artístico da Diocese de Beja emocionado agradeceu à câmara municipal, à diocese e aos patrocinadores o esforço feito para o lançamento do catálogo. Lembrou ainda o apoio das autoridades da Junta da Galiza que acompanharam o desenvolvimento da obra. Segundo José António Falcão “era bom que este trabalho pudesse ser continuado e abrisse novas
investigações porque o grande objectivo é obter o reconhecimento da presença histórica do Caminho de Santiago no sul e no Alentejo”. A encerrar a apresentação, o bispo de Beja, D. António Vitalino Dantas recordou a vida do Apóstolo lembrando que “a fé ajuda-nos a correr muitos caminhos do bem, da mudança, da fraternidade sendo pos-
sível viver hoje de acordo com o Evangelho”. A cerimónia de lançamento do Catálogo “No Caminho sob as Estrelas – Santiago e a Peregrinação a Compostela” encerrou com a atuação do Coral Harmonia que interpretou a Missa Anima e o Cancioneiro de Belém sob a direcção Musical de Fernando Malão, maestro do Coral Harmonia desde 1992.
“O Esquecimento” é o tema do 5º concurso nacional de fotografia O Município de Odemira e a Associação “Sopa dos Artistas” vão promover a quinta edição do Concurso Nacional de Fotografia. O tema do concurso é “O Esquecimento”, aquilo que caducou, que ninguém fala o que passou, sempre com base no concelho de Odemira, sendo que o prazo de recepção dos trabalhos termina no dia 17 de Agosto. Podem participar fotógrafos amadores e profissionais, com um máximo de 3 fotografias por concorrente, a
cores ou preto/branco. Os trabalhos poderão ser realizados no formato analógico ou digital, sendo que para uma melhor avaliação os trabalhos digitais terão que ser também entregues em CD-R, num tamanho único de 20 por 30 cm, e entregues com identificação no verso do pseudónimo do concorrente, título, data e o local onde a fotografia foi realizada. O vencedor receberá o prémio no valor de 500,00 €, o segundo classificado rece-
berá 350,00 € e o terceiro 200,00 €, sendo que o 4º e o 5º classificado receberão 100,00 € e 50,00 €, respectivamente. Os melhores trabalhos serão reunidos em exposição, que irá estar patente na Biblioteca Municipal a partir do dia 15 de Setembro. Os concorrentes deverão enviar os seus trabalhos para Concurso Nacional de Fotografia – Divisão de Cultura, Desporto e Saúde da Câmara Municipal de
Odemira, Praça da República, 7630-139 Odemira. O regulamento poderá ser consultado em www.cm-odemira. pt Para este 5º Concurso Nacional de Fotografia, o Município de Odemira e a Associação “Sopa dos Artistas” elegeram como júri Pedro Prista, em representação da Município de Odemira, Thomas Wimmer, em representação da Associação “Sopa dos Artistas”, e o fotógrafo profissional Luís Pavão.
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Alentejo e Algarve
Associação quer promover cultivo da figueira-da-índia Fruta, sumo, farinha, corantes, óleo, produtos cosméticos e forragem para o gado são alguns dos bens que podem ser produzidos a partir do cultivo da figueira-da-índia, que em Portugal só há muito pouco tempo começou a ser feito e está ainda a dar os primeiros passos. Ângela Nobre a.v.nobre@gmail.com Onde alguns acham que está um simples cacto, outros vêem uma matéria-prima por explorar, seja para produção de bens alimentares, seja para outros fins como, por exemplo, a construção civil. Com características que permitem um cultivo em terrenos arenosos, com calor e pouca água, a figueira-daíndia pode ser quase toda usada para diversos fins, desde a palma, ao fruto e à flor. A recém-criada Associação de Profissionais de Figo da Índia Portugueses (APROFIP) pretende precisamente
contribuir para que mais produtores agrícolas se interessem pela produção de figo da índia, bem como criar uma fileira do fruto, à semelhança do que já acontece com a pêra rocha ou com a cereja do Fundão. Nos supermercados portugueses, observou José Alves, engenheiro agrónomo, membro da direcção da associação, estão à venda actualmente figos da índia como “fruta exótica” importada de Marrocos, Itália, Espanha ou da Colômbia, com preços entre os 9 e os 12 euros por quilo. “Há necessidade de Por-
tugal estar a importar esse produto, quando temos aqui as condições ideais de clima e solo, temos terrenos abandonados no Alentejo e no Algarve, que é onde se dá melhor”, questionou. Nesta altura, o figo da índia já está a ser produzido em Sesimbra, Arraiolos, Alcoutim, Portalegre e Beja, havendo também projectos dedicados à transformação do produto, para extraír polpa do fruto e óleo a partir das sementes. Mas é preciso mais para que a produção nacional se possa afirmar no país e principalmente exportar. “No mercado nacional o escoamento não é muito, o que interessa mais é a exportação”, adiantou José Alves, argumentando que em Portugal “é muito difícil escoar o produto”, em grande parte devido aos hábitos de consumo dos portugueses. “Em Portugal já há à venda frutos, mas importados e num volume que não é considerável”, disse, calculando que “um produtor actualmente só conseguiria vender no país
cerca de 30 por cento do fruto produzido”, o que seria insuficiente para que a produção fosse rentabilizada.
gens deste tipo de cultivo são que a figueira-da-índia pode “funcionar como barreira corta-fogo” e ainda é uma “mais-valia” para o ambiente, já que “retira quantidades de dióxido de
cola) ”. A somar a tudo isso, da figueira-da-índia “só não se aproveita a raiz”, assegurou o mesmo responsável. A palma da figueira pode ser usada como alimento, seja
Da planta “só não se aproveita a raiz”
carbono muito elevadas (cerca de 16 vezes mais do que qualquer outra frutí-
confeccionada, seja transformada em pickles, ou em farinha (que abre portas na
Embora não seja uma planta tradicionalmente cultivada em Portugal, há inúmeras vantagens na sua produção, segundo a APROFIP, que destaca a fácil adaptação em solos arenosos, em zonas com calor, bem como o baixo consumo de água. O próprio solo beneficia da produção. “O que a planta extrai do solo não é muito, permite mesmo a recuperação de solos para posterior plantação hortícola”, destacou José Alves, adiantando que, após dez anos, o terreno está preparado para receber outros tipos de produção. Outras vanta-
A Associação “A APROFIP nasceu porque os figos da índia existem em Portugal nas limitações dos terrenos, nos valados que delimitavam as propriedades, mas praticamente as pessoas não lhes davam mais utilização nenhuma a não ser a de alimento para os animais”, disse José Alves, explicando que a intenção é dar apoio técnico, jurídico e comercial aos associados, que tanto podem ser produtores como transformadores. Actualmente, a associação conta com 19 membros fundadores, mas espera até Setembro conseguir chegar aos 300, que ficam isentos do pagamento da jóia, caso adiram até essa altura. Embora a APROFIP se considere uma associação de âmbito nacional, focaliza-se no sul do país, no Alentejo e no Algarve, já que são as regiões com melhores condições para a cultura da figueira-da-índia.
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área da pastelaria), ou então também para forragem para integrar a alimentação de animais, em substituição ou misturada com cereais. Além disso, pode ainda ser extraída da planta uma matéria que tem aplicação
durabilidade. Do fruto, simples ou transformado em sumos, licores ou compotas, pode ainda ser obtido um óleo a partir das sementes, “riquíssimas em Omega 3 e Omega 6” e em “aminoácidos”, sendo
nésio, vitamina A, C e B1 e é benéfico ainda para quem tem colesterol alto. “As flores são comestíveis, mas há quem as seque e faça chá, bom para quem tem diabetes ou problemas diuréticos”, acrescentou o mesmo representante e membro fundador da associação. Mas ainda há mais. Da “cochonilha”, um insecto que é considerado “uma praga” na figueira-da-índia, pode ser usado para extraír “um pigmento” que dá origem ao corante natural E120.
APROFIP procura mais terrenos para figo da índia
na tinta para construção civil, que tem características que impedem a oxidação, permitindo assim uma maior
“usado também na indústria cosmética como antirugas”. O figo da índia é ainda rico em potássio, mag-
Para incentivar o cultivo da figueira-da-índia, a APROFIP está a criar um “banco de terras”, para o qual já conta com cerca de 80 hectares, mas o objectivo é conseguir muito mais. O litoral alentejano é uma das zonas onde a associação gostaria de conseguir terrenos para disponibilizar a potenciais produtores.
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“Os terrenos que as pessoas têm parados, que não estão a ser cultivados e dos quais não estão a tirar rendimento nenhum” podem ser disponibilizados à associação, mediante um “précontrato”, que funciona como “mediadora” entre proprietários e arrendatários. “Quem tem um terreno e não o quer cultivar, mas quer tirar dali algum rendimento, através da associação pode arrendá-lo”, disse José Alves, que explicou que, dessa forma, “qualquer associado que não tenha terrenos já tem aí uma ferramenta para poder cultivar a sua produção”. A zona do litoral alentejano é “interessante” para
a plantação de figueira-daíndia, porque tem “bom clima”, “terrenos francoarenosos” e está “perto do mar”, pelo que o ar tem “mais humidade”, ou seja, “não é necessário dar toda
a água através da rega”. Por isso mesmo, a APROFIP procura, no mínimo, 10 hectares de terreno para começar a promover a produção na região. “Portugal está cheio de terras abandonadas e se as pessoas começarem a olhar para esta cultura como uma alternativa rentável e começarmos a ter produtores para atingir um volume maior de fruto, já começamos a olhar para este tipo de produção de outra maneira”, acrescentou.
Origem da Figueira-da-índia A figueira-da-índia veio para Portugal na época dos Descobrimentos, trazida da américa central. A sua utilização, explicou José Alves, já remonta ao tempo dos Aztecas, 1700 anos A.C. Embora não haja muita documentação sobre a utilização dada à figueira-daíndia nessa altura pelos portugueses, é certo que começou a ser usada para delimitação de propriedades e como forragem para animais.
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Autarcas contestam encerramento dos Tribunais de Sines e Alcácer do Sal
Ministra da Justiça não recebe presidentes de câmara Os cinco presidentes das câmaras municipais do Litoral Alentejano protestaram contra a recusa da ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz em receber a Comunidade Intermunicipal (CIMAL) que representam para debater o encerramento dos tribunais de Alcácer do Sal e Sines. Helga Nobre helga.nobre@gmail.com Em conferência de imprensa, no passado dia 21 de Julho, na Casa do Alentejo, em Lisboa, os cinco presidentes dos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Odemira, Santiago do Cacém e Sines, assumiram uma posição conjunta, tendo em conta a decisão da governante de não dialogar com os autarcas de “uma das regiões mais promissoras para o desenvolvimento do país”, considerou Carlos Beato, presidente da CM de Grândola.
“É lamentável que um membro do Governo não esteja disponível para reunir com cinco autarcas de uma região e considero mesmo que é uma falta de respeito do poder central para com o poder local e os mais de 100 mil habitantes que representamos”. O também presidente da CIMAL, Carlos Beato diz que este “não é o melhor caminho para tornar mais coesos os diversos agentes do Estado” e acusou Paula Teixeira da Cruz de contribuir para a falta de diálogo e desunião. “A ministra diz que não recebe ninguém sob pressão, mas a verdade é que não fizemos pressão junto
da ministra. Apenas enviamos uma carta a solicitar uma audiência com carácter de urgência”, adiantou o edil que quer ser esclarecido sobre o encerramento dos tribunais. Por isso, os cinco autarcas, solidários para com os municípios de Sines e Alcácer do Sal, que perdem Tribunais a propósito da reforma do mapa judiciário, decidiram integrar a comissão tri-partida da Associação Nacional de Municípios, Ordem dos Advogados e o Ministério Público, e avisam que vão participar na manifestação agendada para Outubro. “Concentração é o mínimo porque nos últimos tempos temos assistido a reacções de entidades com as quais nem sempre estamos de acordo, mas é bom que quem tem mais responsabilidade saiba conduzir as coisas”, sublinhou Carlos Beato que não desiste de “lutar por uma justiça igualitária e para todos”. Apesar de indignados com a recusa da ministra da justiça, os autarcas querem ser ouvidos por um membro do Governo e reiteraram o pedido de uma reunião urgente com Paula Teixeira da Cruz. “Reiteramos esse propósito”, garantiu o presidente da CM de Sines, Manuel Coelho secundado por Vítor Proença, autarca de Santiago do Cacém que se recusa “a pedinchar um encontro” com a titular da pasta e, alerta, que os autarcas não se “afastarão um milímetro” no que respeita “à defesa dos interesses dos cidadãos”. A conferência de imprensa realizou-se à mesma hora em que os autarcas deveriam ter sido recebidos pela Ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz. Recorde-se que, no âmbito da reforma do mapa judiciário, o Ministério da Justiça
anunciou o encerramento do Tribunal de Trabalho e Família e Menores de Sines e do Tribunal Judicial de Alcácer do Sal.
José Alberto Guerreiro
CM de Odemira “Não estamos de acordo com esta forma de avançar para esta reforma do mapa judiciário e da forma como tem sido tratada relativamente às forças da região.
Esta reforma atira-nos para a comarca do distrito de Beja sem auscultarem aqueles que directamente intervém nos processos dos tribunais e ainda mais indignados ficamos quando a ministra se recusa a ouvir os autarcas da região. Há muito que Odemira reclama pela reavaliação deste processo e sempre entendemos que qualquer processo-piloto deve ter os ajustamentos necessários.
Não percebemos porque razão, em matéria de processos de trabalho, passamos do Tribunal de Sines para Beja aumentando as distâncias da justiça à população”.
sendo que a maior parte destas vítimas vão desistir dos processos pelos encargos excessivos. É a chamada insensibilidade e uma atitude antidemocrática”.
Manuel Coelho
Vítor Proença
CM de Sines
“Há um empobrecimento da comarca do Litoral Alentejo e a forma autoritária como a ministra está a tratar deste processo traduz-se num desrespeito pelos presidentes dos municípios que têm o dever sagrado de defender os direitos da população, nomeadamente o acesso à justiça.
Em 2010-11 estiveram em Sines mais de cinco mil trabalhadores, a maior parte, precária, uma situação que gera processos que exigem resposta imediata. A deslocalização do tribunal de trabalho para Setúbal vai obrigar as pessoas a percorrerem 120 km
CM de Santiago do Cacém
“É inacreditável aquilo que está a acontecer em matéria desta pseudo-reforma judiciária que pretende afastar as pessoas da justiça.
A atitude da ministra é uma manifestação de autismo e anti-democrática àqueles que foram eleitos directamente. Em substância, a chamada reforma do mapa judiciário não tem como grande objectivo aquilo que os portugueses mais desejam: uma justiça rápida, célere, equilibrada e equitativa. É uma reforma que assenta
fundamentalmente no encerramento e esvaziamento dos tribunais. Que se desenganem aqueles que julgam que vão ganhar competências, porque vão perde-las a médio prazo”.
Pedro Paredes CM de Alcácer do Sal
“Uma coisa é poupar dinheiro, outra é desmantelar a máquina do Estado. No limite em Alcácer do Sal continuamos a ter um mapa para desmantelamento dos tribunais, dos equipamentos de saúde, das escolas, das freguesias, das repartições de finanças e das instalações da GNR, no limite não temos onde pôr a Bandeira Portuguesa. Trata-se de um problema nacional e de uma cegueira absoluta em relação às populações do interior”.
1 de Agosto/12 Ano II • n.º 63 •
Directora Aliette Martins Director-adjunto Marcos Leonardo Editor Joaquim Bernardo
Com 16 anos e natural de Santiago do Cacém
Ana Filipa Santos é um dos grandes valores do Ténis Nacional A jovem tenista Ana Filipa Santos, natural e residente em Santiago do Cacém, atleta do Clube de Ténis de Santo André, está a representar a seleção Nacional de Ténis no Campeonato Europeu Individual U16, que está a decorrer em Moscovo, Rússia. No inicio de agosto, vai estar em Inglaterra no Campeonato Europeu de Equipas U16. Ana Sofia Santos, esteve entre 7 e 15 de julho, em Mafra, a participar nos jogos da CPLP onde obteve a Medalha de Ouro, em representação da seleção Nacional de Ténis U16. Ana Filipa, atualmente com 16 anos e a frequentar o 11º ano, começou a praticar Ténis ainda na Escola Primária, depois de um convite do seu atual treinador que viu nela uma jovem com muito talento para a modalidade. Inicialmente os resultados não foram os esperados, mas com o apoio da família e o gosto pela modalidade levaram a jovem santiaguense a trabalhar cada vez mais, a acreditar nas suas qualidades e os resultados rapidamente apareceram. Se na primeira partida realizada os nervos impediram que conseguisse vencer, a partir daí as vitórias foram aparecendo e hoje é umas das principais atletas da sua idade. Ana Filipa Santos, foi in-
ternacional ao serviço da seleção portuguesa, o que para ela “é um motivo de grande orgulho representar Portugal e conseguir bons resultados contra os outros países”. A tenista do Clube de Ténis de Santo André pretende chegar ao mais alto nível da modalidade, sou ambiciosa e pretende ser cada vez melhor, gostava de um dia po-
der jogar nos grandes torneios internacionais e defrontar as principais tenistas internacionais. É para isso que trabalhos todos os dias”. Ana Filipa Santos, representa o Clube de Ténis de Santo André único clube que conheceu até hoje e treina nas excelentes instalações que o clube tem na cidade de Vila Nova de Santo André.
O objetivo, agora no Campeonato Europeu Individual e de equipas é “ganhar experiência internacional e naturalmente conseguir bons resultados para Portugal”. Aos 16 anos, Ana Filipa Santos é considerada uma das grandes esperanças portuguesas no Ténis.
Teresa Fernandes fez a “dobradinha”
Atleta Odemirense conquistou a Taça e o Campeonato Nacional de BTT XCO
A atleta odemirense Teresa Fernandes fez a “dobradinha” ao conquistar o título de Campeã Nacional de XCO, na categoria de veteranas femininas, no Campeonato Nacional de BTT, que decorreu no dia 15 de julho, em Rio de Mouro, um mês depois de ter vencido a Taça de Portugal. Em declarações ao nosso jornal, Teresa Fernandes afirmou que “estou muito satisfeita por mais esta vitória. A prova de Rio de Mouro foi bastante exigente, tanto técnica como fisicamente, nos 5 km de difícil percurso, mas eu tenho treinado bem e senti-me bem ao longo da prova e venci
com alguma vantagem em relação às minhas adversárias. Foi uma época que me correu muito bem, consegui os objetivos, agora vou descansar alguns dias e depois volto aos treinos para preparar a nova época que começa já em setembro. A 17 de junho, a atleta sagrou-se Campeã Nacional de Cross Country (XCO), na Taça de Portugal, na última etapa que decorreu em Cucos, Torres Vedras. A atleta tem 32 anos e é licenciada em Educação Física pela Universidade do Algarve. Participa em competições pelo Clube Xelb/G-Ride, de Silves,
mas a sua equipa local chama-se “Duraizos”, a Secção de BTT da
Associação Cultural Recreativa e Desportiva da Longueira.
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Futebol - Distrital de Setúbal da Juniores
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Basquetebolista sineense que representa o SL Benfica Sub-16
Vasco convidado para Gonçalo Naves Campeão disputar a 1ª divisão Nacional pelo Benfica
A equipa de juniores do Vasco da Gama de Sines foi convidada pela Associação de Futebol de Setúbal para ocupar uma vaga no Campeonato Distrital da 1ª divisão. Depois de terminar no 3º lugar da 2ª divisão na época anterior, o clube pode agora disputar a 1ª divisão se a direção do clube aceitar o convite. A equipa sineense vai ocupar a vaga deixada pelo
Montijo que aceitou o convite para disputar o Campeonato Nacional da 2ª divisão. Depois de uma vaga deixada em aberto na competição, e decorrente do convite por parte da A.F. Setúbal e Federação Portuguesa de Futebol, à equipa que na última época terminou no 2.º lugar do Campeonato Distrital de Juniores da 1ª divisão, atrás do Barreirense.
União Sport Clube de Santiago
Fábio Faustino reforça equipa técnica O União de Santiago do Cacém completou a equipa técnica da equipa de futebol sénior com a contratação de Fábio Faustino, que treinava as camadas jovens do Vasco da Gama de Sines. Fábio Faustino já tinha trabalhado com João Direito na equipa sénior do Vasco da Gama de Sines. Fábio Faustino é um jovem técnico com
formação na área da preparação física. O União de Santiago do Cacém contará assim na época 2012-2013 com João Direito como treinador principal, Jorge Pereira como adjunto, Fábio faustino preparador físico e Paulo Freitas que acumula a função de jogador e de treinador de guarda-redes.
O basquetebolista sineense Gonçalo Naves, que representa o Sport Lisboa e Benfica, sagrouse campeão nacional do seu escalão (Sub-16). Gonçalo Naves, até à época 2010/2011 representou o CAB de Grândola, tendo sido campeão nacional em 2009/2010 pela seleção de Setúbal e conseguido o 3º lugar pela mesma seleção em 2010/2011, nos campeonatos inter - associações distritais que decorreram em Portimão. Em 2011/2012, com apenas 14 anos e após difícil ponderação familiar, o jovem Gonçalo transferiu-se para o Sport Lisboa e Benfica, abraçando assim o seu sonho de jogar basquetebol a um nível cada vez mais exigente. Foi um ano difícil, com os treinos diários e por vezes bi-diários do S.L. Benfica, e ainda com a necessidade de se movimentar num meio muito diferente daquele que estava habituado em Sines. Foi um ano de grande aprendizagem e ganho de maturidade, em que o grande apoio foi a avó paterna, com quem o Gonçalo passou a viver durante a época desportiva e letiva. Não foi o facto de ser
sub-16 de 1ª época que impediu o Gonçalo de ser convocado para a equipa principal de sub-16 do Benfica. Apenas ele e outro colega eram sub-16 de primeiro ano. Em Fevereiro sagraram-se campeões distritais de Lisboa, era a primeira conquista da época. O esforço foi grande mas valeu a pena, a equipa
apenas perdeu um jogo em toda a época regular, tendo vencido todos os jogos na “Final Four”. Neste torneio final, para decisão do campeão nacional o Benfica venceu o F. C. Porto, o Ginásio Figueirense e o Basket Almada Club, conquistando assim o título de Campeão Nacional de sub-16.
Futebol - Campeonato Distrital de Setúbal da 2ª divisão
Juventude Melidense foi promovido à 1ª divisão distrital
Clube Praia de Milfontes
Fernando Candeias vai continuar
Fernando Candeias, de 35 anos, natural de Santiago do Cacém, vai continuar como treinador da equipa sénior do Clube Praia de Milfontes. Fernando Candeias orienta a equipa de Milfontes desde a época 20052006. O técnico de 35 anos, tem o Curso UEFA B nível 2. Quanto a jogadores o clube vai manter a estrutura do ano passado onde se
sagrou vice-campeão distrital de Beja, a melhor classificação de sempre na história do clube. O clube está a preparar a nova época desportiva onde o objetivo passa por lutar pelos primeiros lugares no Campeonato Distrital de Beja da 1ª divisão. David Campos vai continuar como treinadoradjunto.
A equipa de futebol sénior do Juventude Melidense vai pela primeira vez na sua história disputar a 1ª divisão distrital de Setúbal. A Associação de Futebol de Setubal convidou a equipa do concelho de Grândola para ocupar a vaga existente na 1ª divisão devido à subida ao campeonato nacional da 3ª divisão, por parte do Amora que aceitou o convite endereçado pela FPF. Bruno Costa, presidente do Melidense, contactado pelo nosso jornal confirmou que, “sim aceitámos o convite e já estamos
a trabalhar com vista à formação de um plantel que nos permita realizar um campeonato tranquilo, sabemos que vai ser difícil, mas queremos dignificar a nome do nosso clube e da nossa terra”. Fernando Encarnação continuará como treinador e os jogadores serão divulgados dentro de alguns dias.” O Melidense vai realizar todos os jogos no campo pelado do Castelo e para isso o clube pretende “realizar pequenas obras que melhorem as condições das equipas e do público que assiste aos jogos”.
Recorde-se que o convite dirigido ao Juventude Melidense que foi 3.º classificado na última edição da 2ª Divisão Distrital, fica a dever-se à garantia de participação da equipa do Amora, 3.º classificado no Campeonato da 1ª Divisão Distrital em 2011/12 no campeonato da 3ª Divisão, depois do Vasco da Gama de Sines, que foi 2.º classificado, ter declinado a possibilidade de participar na prova nacional. Do LitoralAlentejano vão participar na 1ª divisão distrital, o Vasco da Gama de Sines, Grandolense e Juventude Melidense.
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Canoagem: Atleta do Clube Naútico de V. N. Milfontes
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BTT - Em Vila Nova de Santo André
Prova de BTT Inês Esteves em 7º lugar no Campeonato da Europa ajudou os Bombeiros
A atleta Inês Esteves, do Clube Náutico de Milfontes teve uma brilhante participação no Campeonato da Europa de Canoagem que decorreu em Montemor – o – velho, onde obteve um brilhante 7º lugar. Inês Esteves tem 22 anos, é natural de Vila Nova de Milfontes onde começou a praticar a canoagem, primeiro para ocupar o tempo livre como o irmão, e depois descobriu o gosto pela modalidade e começou a treinar mais regularmente e a participar em provas. A jovem atualmente com o estatuto de alta competição, treina diariamente e divide os treinos entre o Rio Mira e a Pista de Canoagem de Montemor-o-Velho. A zona da Foz do Rio Mira é considerada um dos melhores locais a nível nacional e internacional para a prática da canoagem, é uma zona muito procurada por seleções internacionais para treinar. Inês Esteves é uma das principais atletas nacional na sua especialidade e em declarações ao nosso jornal afirmou que “a participação no Campeonato da Europa foi muito bom, correu-me muito bem, não
esperava conseguir este resultado, mas senti-me bem, fruto do trabalho que tenho efetuado consegui o sétimo lugar o que é muito bom.” O grande sonho da Inês é participar nos Jogos Olímpicos, o que deve acontecer em 2016, no Brasil. Nesta edição de 2012 em Londres, foi suplente da seleção Portuguesa.
De 19 a 22 de julho, Inês Esteves sagrou-se campeã nacional de k1 200 metros e k1 500 metros e vice campeã nacional de k2 200metros e medalha de bronze no k2 500 metros. Por equipas, o Clube Náutico de Milfontes terminou no 8º lugar, entre 41 clubes participantes.
17ª Edição da Corrida da Lagoa de Santo André
Alberto Chaíça e Vera Fernandes os vencedores
Alberto Chaíça em masculinos e Vera Fernandes em femininos, foram os vencedores da 17ª edição da Corrida da Lagoa de Santo André, prova que contou a participação de 574 atletas. Alberto Chaíça (Amigos Parque) foi o mais rápido, triunfando com uma ligeira vantagem sobre Miguel Marques (Quinta da Lomba) e sobre Luís Almeida (B.V. Montemor -o- Novo). No setor feminino, Vera Fernandes foi a mais forte, vencendo com uma pequena vantagem sobre Ana Margarida do “Alvitejo” que tinha vencido no ano passado. Principais resultados de cada escalão: 1º Alberto Chaiça Amigos do Parque - 1º Sénior; 2º Miguel Marques - Quinta da Lomba - 1º Júnior; 7º António
César - Alturense - 1º M40; 12º Alexandre Soares - Leões Porto Salvo - 1º M50; 13º Fernando Alves - Mafra - 1º M45; 60º Vera Fernandes - Bela Vista - 1ª Sénior; 95º Orlando Figueiredo - C.G.D.
1º M60; 103º Chantal Xhervelle - Casal Figueiras - 1ª F40 e 177º Bernardino Pereira - C.G. D. - 1º M65. Os B. V. Montemor - o Novo venceram por equipas com 50 pontos.
Futebol - Campeonatos Nacionais de Futebol
Federação Portuguesa de Futebol já marcou os sorteios
Depois de muitas dúvidas e incertezas no que respeita aos campeonatos nacionais de futebol, a Federação Portuguesa de Futebol marcou finalmente a realização dos sorteios das várias competições. Assim, na próxima quinta-feira, dia 2 de Agosto, terá lugar o sorteio da primeira eliminatória
da Taça de Portugal, campeonato nacional da 2.ª e também da 3.ª divisão, campeonato nacional de futebol feminino e campeonato nacional de Iniciados. No dia seguinte, sexta-feira, dia 3, será a vez dos sorteios referentes aos Campeonatos Nacionais de Futsal da 1ª, 2ª e 3ª Divisões, bem como
da 1.ª eliminatória da Taça de Portugal da modalidade. Da parte da tarde, proceder-se-á aos sorteios dos Campeonatos Nacionais de Juniores da 1ª e 2ª Divisão, seguindo-se o Campeonato Nacional de Juvenis.
O Kotas Bike Team, os Papaléguas e a Associação Litoral Aventura organizaram, dia 22 de Julho de 2012, uma prova de BTT e uma caminhada, que teve como objetivo a angariação de fundos para os Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Santo André. A prova de BTT contou com a participação de 59 atletas. Na prova de 15 quilómetros, os mais rápidos foram Diogo Teixeira, seguido de David Fragoso e
Augusto Cerveira. Na prova de 40 quilómetros, Hélder Silva foi o primeiro a chegar, seguido de Fernando Silva e Pedro Trindade. Na prova de 60 quilómetros, a que apresentava mais dificuldades, o primeiro a chegar foi Rui Rodrigues, seguindo-se Pedro Jacob e Cláudio Reis. No setor feminino, Madalena Tareco foi a primeira a cortar a linha da meta seguida de Cátia Rodrigues e Marisa Ferraz.
Por empréstimo do Nacional da Madeira
Márcio Madeira no Portimonense
O futebolista sineense Márcio Madeira vai atuar no Portimonense, da 2ª Liga Nacional durante a época 2012-2013. Vai atuar em Portimão por empréstimo do Nacional da Madeira, com o qual Márcio Madeira mantém contrato profissional. Márcio Madeira era um “namoro” antigo da direção do Portimonense que em janeiro último esteve perto de ingressar na formação algarvia, por empréstimo, mas as negociações acabaram por não chegar a bom porto. Márcio Madeira, na formação passou pelo Vasco da Gama de Sines, Benfica e Vitoria de Setúbal, como sénior atuou no Vasco da Gama de Sines, União Micaelense,
Juventude de Évora e Nacional da Madeira, onde atuou na 1º liga nacional. Márcio Madeira é filho do antigo futebolista sineense Vítor Madeira.
Camp. Distrital de Setúbal – 2ª divisão
Alcacerense acabou com a equipa sénior
O Atlético Alcacerense que desceu da 1ª para a 2ª divisão distrital anunciou que na próxima época não vai participar no Campeonato Distrital de Setubal da 1ª divisão. O presidente da direção, Carlos Amaral, informou que “o clube não vai ter equipa de seniores porque neste momento não estão reunidas as condições necessárias para que o clube consiga participar na competição.” Três anos depois de ter regressado ao futebol sénior, o clube de Alcácer do Sal regressa apenas ao futebol de formação. O Atlético Alcacerense conta na
sua história com varias passagens pelo Campeonato Nacional da 3ª divisão e pelas competições seniores da AF Setúbal. Depois da anunciada desistência do Luso do Barreiro, esta é a segunda baixa no Campeonato Distrital da 2ª divisão. Do litoral alentejano vão participar na competição, o União de Santiago do Cacém e o Estrela de Santo André. O Atlético Alcacerense mantem todos os escalões de formação em competição, desde os juniores aos benjamins.
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Atletismo: Ultra Maratona Melides - Troia
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Eusébio Rosa foi vencedor absoluto da competição Eusébio Rosa em masculinos e Gema Borgas em femininos foram os grandes vencedores da Ultra Maratona Melides – Troia, que decorreu no dia 22 de julho. Disputada na distância de 43 quilómetros, percorridos ao longo das praias do concelho de Grândola, com partida em Melides e chegada a Troia. A prova é considerada uma das provas mais duras realizadas em Portugal que obriga a um grande esforço físico e mental dos atletas. De ano para ano, tem aumentado o número de participantes. O veterano Eusébio Rosa (U. Caparica) foi o vencedor absoluto da prova, com o tempo de 2 horas, 46 minutos e 30 segundos. Partiram 390 atletas de Melides e 365 concluíram a prova em Troia. Classificações por escalões: Seniores Masculinos: 1º Luís Barbosa (Oriental) e 2º Rafael Gomes (Sporting). Seniores Femininos: 1ª Gema Borgas (Salamanca) e 2ª Ana Bela Gomes (Águias Unidas). Veteranos Masculinos 1: 1º Custódio António (São Mamede) e
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Natação - Jogos do Sado 2012
Rodrigo Costa conquistou o 1º lugar no Escalão B Os atletas do Clube de Natação do Litoral Alentejano estiveram em destaque na Travessia do Sado a Nado (2,3 Km entre a Praia da Gávea e o Parque Urbano de Albarquel, dia 21 Julho), integrada nos Jogos do Sado 2012. Os atletas do CNLA conseguiram os seguintes resultados: David Gorgulho foi segundo e Rogério Tavares terceiro classificado no Escalão A, 18-30 anos e Rodrigo Costa foi primeiro no Escalão B, 31-40 anos. Ainda no
CNLA, Hugo Correia teve uma boa estreia nos Campeonatos Nacionais de Infantil-B, que decorreram no Complexo Olímpico de Rio Maior. O jovem sineense alcançou o 7º lugar do seu
escalão nos 100 Mariposa (1:09.65) e obteve o mesmo posto nos 200 Mariposa (2:37,69), melhorando significativamente as suas marcas em ambas as distâncias.
Natação - Dia 5 de Agosto em Sines
2º Paulo Marques (Praças da Armada). Veteranos Masculinos 2: 1º Eusébio Rosa (Caparica) e 2º Mário Casaca (Oeiras). Veteranos Masculinos 3: 1º Alexandre Canal (Alto do Moinho) e 2º António Silvino (São Mamede). Veteranos Masculinos 4: 1º João Gomes (Amieirinhense) e 2º Fernando Santiago
(Individual). Veteranos Masculinos 5: 1º Herculano Pereira (Lebres do Sado) e 2º Fernando Batista (Monte da Caparica). Veteranos Femininas: 1ª Lídia Pereira (Mangualde) e 2ª Chantal Xhervelle (Casal Figueiras). Por equipas, o São Mamede conquistou o primeiro lugar, seguindo-se o Águias Unidas e o Oeiras.
9ª Prova de Mar “Baía de Sines” em natação
A 9ª Prova de Mar “Baía de Sines”, organizada pelo Clube de Natação do Litoral Alentejano (CNLA), realizase no próximo dia 5 de Agosto (domingo), a partir das 10horas e promete, uma vez mais, um grande espetáculo desportivo e momentos de convívio inesquecíveis, à semelhança
das edições anteriores. A competição mantém o figurino do ano passado e conta com três distâncias: prova oficial de 2500m (nascidos em 1998 e mais velhos - atletas Federados portadores de licença FPN de Águas Abertas, ou Master de Águas Abertas), 1000m e 400m (ambas Provas de
Divulgação), distâncias, essas abertas a toda a população com idade igual ou superior a 14 e 10 anos, respetivamente, naquilo que a organização pretende que seja “uma grande festa da natação e do desporto em Sines e no Alentejo Litoral”.
Possuis o 9º ano e tens mais de 23 anos ou tens mais de 18 anos e gostarias de o completar? Então valoriza-te e inscreve-te nos Cursos de Educação e Formação de Adultos da
Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Grândola Técnico de Jardinagem e Espaços Verdes (nível 4) (se tens o 9º ano completo) Este curso habilita-te: Diploma do 12º ano e Diploma Profissional de Técnico de J. e Espaços Verdes Bolsa de Formação/subsídios
Operador Agrícola (nível 2)
(se tens o 6º ano ou frequência do 7º ou 8º ano) Este curso habilita-te: Diploma do 9º ano e Diploma Profissional de Operador de Máquinas Agrícolas Habilitação para condução de máquinas agrícolas/carta de tractorista Bolsa de Formação/subsídios
Contacta: EPDR Grândola tel 269441222 fax 269441223 Email: epdr.grandola@drealentejo.pt WWW.ep-agricola-grandola.rcts.pt
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Faceco resiste à crise com menos visitantes A nova imagem institucional do município, a renovação do sítio na internet e a apresentação do futuro Museu, foram as principais novidades lançadas pela Câmara Municipal de Odemira, no decorrer da FACECO Feira das Actividades Culturais e Económicas do concelho de Odemira, que se realizou entre 20 e 22 de Julho, em São Teotónio. Helga Nobre helga.nobre@gmail.com Apesar desta aposta, acrescida da oferta cultural, exposições de gado e da mostra de produtos no pavilhão do artesanato, a organização não conseguiu vencer a crise, que afecta a maioria das famílias, e o tempo que
forma vem ao encontro da nossa antevisão, porque o tempo afastou as pessoas de saírem à rua, principalmente à noite”, reconheceu o presidente da CM de Odemira, num balanço do certame. A crise teve refle-
mostrou-se satisfeito com a adesão dos artesãos que tem
se fez sentir durante os três dias, que afastou boa parte dos habituais visitantes do recinto da feira [menos 15 por cento do que no ano
xos também ao nível da restauração/comércio e “isso notou-se na feira, apesar dos incentivos dados pelo município”, acrescentou
vindo a crescer, ano após ano. “Este ano o pavilhão de artesanato demonstra que há um empreendedorismo jovem neste conce-
passado], segundo dados da organização. “Tivemos um decréscimo em número de visitantes o que de certa
José Alberto Guerreiro. Os números revelaram um decréscimo de visitantes, mas ainda assim, o edil
lho e posso dizer que tivemos, pelo menos, 10 por cento de novos expositores. Temos muitos estran-
geiros a viver no concelho de Odemira que apostam nestas técnicas artesanais, quando estamos interessados em mostrar aquilo que é genuinamente do concelho de Odemira”, sublinhou José Alberto Guerreiro que se mostrou ainda satisfeito com o volume de negócios e de gado transac-
cionado durante o certame, afirmando a fileira de gado limousine como uma referência internacional e contribuindo para a valorização do tecido económico da região. “Neste momento, os melhores exemplares de gado limousine estão vendidos para os Açores e Espanha, com uma valorização incrível de animais, cujo valor ultrapassa os 15 mil euros”, revelou. Ao encerrar as portas de mais um certame, o autarca aponta baterias para o próximo ano e equaciona já uma aposta em sectores como as pescas e a horto- florícultura. “Embora não tenha a mesma expressão que o
sector agrícola, as pescas têm muita representatividade no nosso concelho, assim como o sector hortofloricola que movimenta mais de 60 milhões de euros de produção nacional, e que serão as principais apostas no próximo ano, para poderem mostrar o seu potencial”, adiantou.
Autarca pede ‘empurrão’ para o POLIS O presidente da CM de Odemira aproveitou a presença da presidente do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), Paula Sarmento, na inauguração da FACECO, para apelar à “influência directa e indirecta” daquela responsável na implementação de toda a acção do POLIS Sudoeste, prevista para os próximos dois anos, em toda a costa alentejana. “Temos de valorizar em definitivo a nossa costa, recuperando paisagisticamente algumas
zonas degradadas, dando um certo dinamismo às nossas praias e portinhos de pesca, acabando com situações que duram há várias décadas e catapultando o litoral alentejano para valores mais elevados de desenvolvimento”, frisou. Na presença desta respon-
sável, o autarca lembrou a contestação do poder local e entidades regionais à revisão do Plano de Ordenamento do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina e mostrou vontade de unir esforços com vista “a manter os valores da natureza” e “definir o uso com regras em pról de usos turísticos e agrícolas que permitam tirar partido” destes valores. “Temos regras que ainda nos atrapalham e que surgem, no dia- a- dia, como pedras no passado”, acrescentou. No uso da palavra, Paula Sarmento lembrou que a implementação do futuro POLIS do Sudoeste é uma oportu-
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Litoral Alentejano – Quarta-feira, 1 de Agosto de 2012
O presidente de Odemira aproveitou a presença da presidente do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), para apelar à “influência directa e indirecta” daquela responsável na implementação de toda a acção do POLIS Sudoeste. Paula Sarmento lembrou que a implementação do futuro POLIS do Sudoeste é uma oportunidade “para tentar potenciar os recursos endógenos a bem do desenvolvimento económico da região”
nidade “para tentar potenciar os recursos endógenos a bem do desenvolvimento económico” da região e “ultrapassar o desafio” de “tornar verdade que através dos recursos naturais também é possível gerar riqueza e potenciar o desenvolvimento económico”. No actual contexto de desenvolvimento sócioeconómico em que Portugal está mergulhado, a responsável destacou a valorização das áreas classificadas como uma das principais missões daquele organismo. “Espero que, dentro de dois anos, seja possível ligar as actividades económicas ao património florestal e ao sector primário”.
Possuis o 9º ano? Inscreve-te num dos Cursos Profissionais prioritários no desenvolvimento do país:
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Nova imagem ‘Odemira’ apela à identidade “A nova imagem quer expressar ambição, afirmação e alguma modernidade em tempos de grande desafio”, sublinhou o presidente da CM de Odemira durante a apresentação pública da nova imagem institucional do município, no âmbito do projecto de modernização administrativa, que está a ser implementado pela autarquia. “É um projecto que vem criar novas dinâmicas no concelho de Odemira”, adiantou José Alberto Guerreiro. A nova imagem “Odemira”, apela à identidade para com o território, reforça a tradição e singularidade daquele concelho e aposta na modernidade, enaltecendo as cores tradicionais do mar, da serra e da planície. “Esta imagem é feliz porque na verdade tem o azul do mar do litoral e o amarelo e o verde dos campos, ou seja também aqui provamos que somos capazes de ser alentejanos do litoral e do interior”. A nova imagem surgirá em toda a comunicação municipal, sendo também lançado o novo site institucional, que incorpora o site do Balcão Único Virtual (dedicado ao relacionamento entre os munícipes e empresários com os serviços municipais) e um site específico para o Turismo em Odemira (com informações úteis ao turista, desde o alojamento, restauração e animação turística, ao que visitar).
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A Euroace debateu a Ligação Ferroviária de Mercadorias Sines – Caia - Madrid - Paris A EUROACE, com a colaboração da Câmara Municipal de Vendas Novas, reuniu no Auditório desta Autarquia, um conjunto de especialistas e autoridades regionais que justificaram, do ponto de vista da infraestrutura portuária de Sines, na óptica do desenvolvimento regional do corredor ferroviário que atravessa as regiões e alberga as plataformas logísticas existentes e a criar e no contexto empresarial que se lhe encontra associado que a ferrovia
para mercadorias que ligue o maior porto de águas profundas da Europa ao interior da Península e daí para o resto do Continente é uma condição fundamental para
o progresso e o desenvolvimento económico Ibérico e uma mais-valia de extrema importância para os territórios Euroace e para a Europa em geral. O Fórum de debate, que contou com excelentes apresentações a cargo da Administração do Porto de Sines, da Sociedade Portuguesa de Inovação, do grupo empresarial Pragosa e de especialistas da CM de Palmela, promoveu ainda a primeira apresentação pública em Portugal do estudo de Aná-
lise da Procura de Transporte Ferroviário de Mercadorias no Eixo Sines/AlgecirasMadrid-Paris e Travessia Central dos Pirinéus que foi encomendado pelo Governo
de Aragão no quadro do projecto Interregional PIRENE IV e elaborado pela empresa CONSULTRANS, especializada em estudos de transportes. O responsável pela
apresentação, e co-autor, foi Marcos Dominguez Sánchez, consultor de transportes. Destacam-se da sessão de apresentação a participação dos responsáveis pela coordenação da Euroace por parte das regiões do Centro, Alentejo e Extremadura que descreveram o processo de criação e afirmação desta comunidade de cooperação transfronteiriça e do seu papel no reforço da capacidade de afirmação deste vasto território do sudoeste da Península, no qual a infraestrutura ferroviária em análise se demonstra como estruturante e fundamental para o seu desenvolvimento, aspecto muito acentuado pelo Director General de Acción Exterior de Extremadura, Enrique Barrasa,
que se referiria ainda à ocorrência do Congreso del Eje 16, recentemente celebrado em Badajoz. O Presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, Dr. José Figueira, anfitrião e moderador dos painéis e do debate, enalteceu também a importância deste corredor ferroviário no que ele pode significar para o desenvolvimento do seu concelho e para o progresso do Alentejo. Estas temáticas seriam retomadas na sessão de encerramento do Fórum, no decurso do qual o Director General de Ordenación del Território do Governo da Extremadura, Miguel Ángel Rufo, afirmaria que “estamos envolvidos num projecto de transcendência europeia e sobretudo peninsular”. Adiantaria
ainda que as comunidades autónomas em Espanha travam uma verdadeira luta pelos corredores Atlântico e Mediterrâneo. Por isso, a Extremadura deve lutar pelo corredor central a que se deve associar também o Alentejo. Na mesma sessão, Roberto Grilo, Vice-Presidente da CCDR Alentejo, reiteraria o interesse e empenhamento da região Alentejo em promover a modernização e construção dos troços em falta na zona alentejana que concretizem o corredor ferroviário de mercadorias Sines-Caia-Madrid-Europa, incrementando o tráfego de mercadorias que atravesse os Pirinéus com origem em Sines, actualmente com fraca expressão.
Porto de Sines regista melhor semestre de sempre
Exportações crescem 48%, Contentores 28% e Mercadorias 22% O Porto de Sines registou o melhor semestre de sempre na tonelagem de carga movimentada, totalizando 14.281.697 toneladas nos primeiros seis meses de 2012, que corresponde a um crescimento homólogo de 22% face ao ano transacto. Para este excelente resultado contribuíram todos os segmentos de carga, com crescimento nos Granéis Líquidos, Granéis Sólidos e Carga Geral. O segmento de carga que mais cresceu foi o de Granéis Sólidos que registou um resultado excepcional, com um crescimento global de 73%, correspondendo a 2.839.748 toneladas. Neste segmento, o carvão foi o tipo de carga que esteve mais em
alta, crescendo 75%. A Carga Geral registou um movimento total de 3.231.745 toneladas de mercadorias, destacando-se neste segmento a Carga Contentorizada, com um crescimento de 38% nas mercadorias movimentadas por contentor. Já na contabilidade em número de contentores, foram movimentados no Porto de Sines 260.354 TEU nestes primeiros seis meses
do ano, correspondendo a um crescimento homólogo de 28% e, igualmente, ao melhor semestre de sempre. De facto, o TXXI teve um excelente desempenho em todos os meses do 1.º semestre e registou o seu melhor mês de sempre em Abril passado, com 52.619 TEU movimentados neste mês. Os Granéis Líquidos registaram um crescimento de 6%, com um total de 8.210.204 toneladas movimentadas, onde se destacaram as Ramas que aumentaram 18%. O crescimento neste segmento só não foi ainda mais acentuado devido à quebra na movimentação de GNL – Gás Natural Liquefeito, em consequência dos preços anormalmente inflacionados deste produto que têm vindo a registar-se no
mercado internacional. As Exportações no Porto de Sines continuam também a registar subidas muito significativas, com um crescimento neste semestre de 49% face a igual período de 2011, registando-se um total de 3.324.110 Ton de
mercadorias exportadas. De realçar neste segmento o crescimento do tráfego para países fora da União Europeia, representando já 71% do volume total das exportações. O número de navios entrados nestes primeiros seis meses
cresceu mais de 3%, destacando-se, ainda, o incremento do porte dos navios em 14%, em linha com a vocação natural do Porto de Sines para a recepção dos maiores navios em operação no shipping mundial.
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Ciência e Religião
O ser humano misterioso
Carneiro
Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 31 Carta Dominante: 4 de Copas, que significa desânimo. Amor: Lute pelos objetivos que pretende atingir. Dê mais importância ao presente, esqueça as situações negativas do seu passado. Saúde: Período calmo, sem preocupações. Dinheiro: Seja prudente nos seus gastos. Números da Sorte: 1, 18, 22, 40, 44, 49 Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.
Touro
Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 32 Carta Dominante: 10 de Paus, que significa Sucessos Temporários. Amor: O seu poder de atração vai abalar muitos corações. Encare a vida de uma forma otimista e verá que tudo corre melhor! Saúde: Prováveis dores de dentes. Dinheiro: Não gaste aquilo que tem e o que não tem! Números da Sorte: 3, 11, 19, 25, 29, 30 Pensamento positivo: Estou atento a tudo o que se passa à minha volta.
Gémeos
Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 33 Carta Dominante: A Temperança, que significa Equilíbrio. Amor: Não espere que o amor vá ter consigo, procure ser você a distribuir amor pelas pessoas que o rodeiam. Que o seu sorriso ilumine todos em seu redor! Saúde: Não esteja à espera de se sentir mal para ir ao médico, faça um exame completo. Dinheiro: fase favorável para pedidos de empréstimo, mas seja prudente. Números da Sorte: 19, 26, 30, 32, 36, 39 Pensamento positivo: Eu tenho Fé para ultrapassar todos os momentos.
Caranguejo
Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 34 Carta Dominante: Rainha de Espadas, que significa Melancolia. Amor: Para gostarmos dos outros temos que primeiro saber gostar de nós próprios. Saúde: Procure com mais regularidade o seu médico de família. Dinheiro: Este é um período favorável para fazer algumas renovações no seu guarda-roupa. Números da Sorte: 5, 9, 17, 33, 42, 47 Pensamento positivo: Tenho cuidado com o que digo e com o que faço para não magoar as pessoas que amo.
Virgem
Leão
Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 35 Carta Dominante: Rainha de Paus, que significa Poder Material. Amor: Deixe o orgulho de lado e dê o braço a torcer, pois não tem razão para ter ciúmes! Saúde: Recomenda-se repouso e relaxamento. Dinheiro: Este é um período favorável. Números da Sorte: 8, 9, 22, 31, 44, 49 Pensamento positivo: Eu sei que mereço ser feliz.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 36 Carta Dominante: 8 de Ouros, que significa Esforço Pessoal. Amor: Dê um pouco mais de atenção às pessoas mais velhas da sua família, verá que ainda aprenderá muito com elas. Saúde: Não tente ser mais forte do que realmente é, para não vir a sofrer fisicamente com isso. Dinheiro: Tente poupar um pouco mais, pois avizinham-se períodos menos favoráveis. Números da Sorte: 2, 8, 11, 28, 40, 42 Pensamento positivo: Dedico-me às pessoas que amo.
Balança
Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 37 Carta Dominante: O Diabo, que significa Energias Negativas. Amor: Dê mais atenção à sua família. Saúde: Cuidado com os excessos alimentares. Dinheiro: Possível aumento do seu rendimento mensal, que poderá estar relacionado com uma promoção no seu local de trabalho. Números da Sorte: 7, 19, 23, 42, 43, 48 Pensamento positivo: Eu valorizo os meus amigos.
Escorpião
Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 38 Carta Dominante: 10 de Espadas, que significa Tristeza. Amor: Procure ser justo com as pessoas que mais ama. Saúde: Poderá andar um pouco indisposto, consulte o seu médico. Dinheiro: Andará mais responsável nos seus gastos. Números da Sorte: 2, 4, 22, 36, 47, 48 Pensamento positivo: Vivo cada momento com felicidade.
Sagitário
Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 39 Carta Dominante: 3 de Ouros, que significa Poder. Amor: Há tendência para uma melhoria afetiva neste período. Saúde: Não surgirão surpresas nesta área. Dinheiro: Trabalhe com mais afinco para atingir os seus fins. Números da Sorte: 3, 24, 29, 33, 38, 40 Pensamento positivo: A alma não tem idade, jamais envelhece!
Capricórnio
Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 40 Carta Dominante: 2 de Espadas, que significa Falsidade. Amor: Seja prudente na forma como fala com a sua cara-metade. Saúde: Esteja atento para evitar quedas. Dinheiro: Pense bem, tenha cuidado para não se endividar. Números da Sorte: 4, 11, 17, 19, 25, 29 Pensamento positivo: Procuro manter-me sereno e ouvir a voz de Deus!
Peixes
Aquário
Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 41 Carta Dominante: O Sol, que significa Sucesso. Amor: Deixe que o seu coração fale mais alto do que a razão, e não se arrependerá. Saúde: Faça exercício físico ao ar livre. Dinheiro: A estabilidade reina nas suas economias. Números da Sorte: 5, 17, 22, 33, 45, 49 Pensamento positivo: O meu coração está disponível para o Amor.
Horóscopo Diário Ligue já! 760 10 77 42 Carta Dominante: 6 de Espadas, que significa Viagem Inesperada. Amor: O Cupido poderá invadir o seu coração, esteja à espreita. Saúde: Nada o preocupará. Dinheiro: Tenha cautela, não gaste de mais. Números da Sorte: 2, 8, 11, 25, 29, 33 Pensamento positivo: Eu venço os meus medos!
A obra-prima deste mundo é o ser humano. É este ser humano que tem como futuro viver eternamente na companhia de Deus, após um breve período de provação (“nascimento”), que é a sua estadia nesta terra. Relativamente ao corpo humano «ainda não houve um sábio que encontrasse em nosso corpo normal um osso que talvez ficasse melhor em outro lugar, que atuasse melhor em outra conformação; ou um só músculo que devesse ocupar um lugar mais apropriado» (1). Da língua humana, afirmava um sábio anatomista: «Dai-me a língua de um ateu, e demonstrarei por cada uma de suas fibras, que (o ateísmo) é uma terrível mentira». E Felipe Aquino: «O espermatozoide que te gerou “concorreu” com 360 milhões de outros, chegando em primeiro lugar ao óvulo. Cada um de nós foi uma simples célula, mas hoje temos 60 triliões delas. O nosso corpo tem 200 ossos, 560 músculos, mais de 8 quilómetros de fibras nervosas, 4 milhões de estruturas sensíveis ao tacto; o nosso sangue percorre 270.000 km/ dia, percorrendo mais de 70 mil veias, artérias e vasos capilares, para que a vida aconteça. O coração num único dia bate mais de 103.000 vezes, cerca de 36 milhões de batidas por ano. Os nossos olhos possuem mais de 100 milhões de recetores que nos dão a possibilidade de discernir as cores, o dia da noite, e contemplar a beleza da natureza. A nossa pele renova-se sem cessar a cada micro de segundo, sem alterar a sua forma. Os nossos ouvidos possuem 24 mil fibras que vibram a cada som, cada palavra. O nosso cérebro tem mais de 10.000 km de fios e cabos; 13 biliões de células nervosas e pode processar até 30 biliões de “bits” por segundo (um computador inimaginável!). O nosso sistema nervoso contém cerca de 28 biliões de neurónios, sendo cada um deles um minúsculo computador autossuficiente capaz de processar 1 milhão de bits». «A anatomia demonstra que o homem é o último termo de uma série, além da qual não há materialmente mais progresso possível no plano em que se cumpre o reino animal inteiro» (2). O corpo humano é de barro (matéria), mas um barro ao qual Deus concedeu uma maravilhosa perfeição e beleza. O ser humano acaba por
ser um mistério para ele mesmo… E a sua mente revela-se de uma riqueza inacreditável. É por isso que há pessoas que se interrogam sobre aquilo que pode realizar a força da sua mente. É claro que «O termo “força da mente”, é genérico: a adivinhação do pensamento, a adivinhação do futuro, a movimentação de objetos, a produção de fogo, etc., podem ser considerados como atividades da força da mente. Nos dois últimos exemplos (movimentação de objetos e produção de fogo), há a ação e exteriorização de uma força corporal, chamada telergia (que só pode agir sobre objetos, animais pequenos e plantas, nunca sobre outra pessoa). É importante ressaltar que a manifestação de telergia não se dá quando a pessoa quer que aconteça. Todos os fenómenos parapsicológicos são espontâneos e incontroláveis (e nunca se devem fomentar sob pretexto algum. Todos eles têm a sua origem no inconsciente. Querer desenvolvê-los é deixar o inconsciente tomar conta da personalidade humana… Pelo contrário, deve-se desenvolver a atividade humana o mais possível no terreno do consciente. Essa será a melhor maneira de colocar a força da mente trabalhando em nosso favor). Certamente, muitos leitores podem estar a pensar que conhecem casos de pessoas que, pela ação da imposição das mãos, rezas, etc., ficaram curadas. Mas, a explicação é outra, tratava-se de pessoas supersticiosas ou histéricas, que somatizavam os seus problemas com manifestações físicas, apresentando sintomas de origem psíquica… Nestas condições, por acreditarem na força da cura por rezas, curandeiros, etc., a pessoa tem uma “auto – cura”. Quem realizou a “cura”, foi o próprio doente e não a força de qualquer natureza do curandeiro. É todo um processo de sugestão e autossugestão. Mas “curar” o sintoma, não é curar a doença, nem a causa da doença. Um simples tique nervoso de origem psicológica, quando “curado” sem curar a causa, pode acabar até no “sintoma” de uma paragem cardíaca!» (3). Portanto nunca se deve recorrer ao curandeirismo, esoterismo, espiritismo, videntes, bruxos, etc., pois isso significa desenvolver a sensibilidade para a sugestão e acaba-se por se ser vítima dos mais variados transtor-
nos psíquicos e físicos… Pode acabar em tragédia. Quando é necessário deve-se consultar, isso sim, o médico ou o psicólogo, psiquiatra, parapsicólogo universitário, o sacerdote. Além disso, os seis melhores médicos são: o sol (sem exagerar), a água, o ar puro, o exercício físico moderado, a dieta bem orientada, a esperança (nunca dar lugar ao desânimo). E viver a vida com amor, confiança e alegria, será o melhor remédio para ter saúde e vida longa. É assim que o nosso psiquismo – força da mente
Custódio Rodrigues – bem orientado, fará maravilhas. Enfim, podemos admirar a imensa variedade e riqueza espalhada pelo universo, mas o ser humano tudo supera. Tudo tão bem feito, tão bem organizado, até numa gota de água podemos descobrir um microcosmos, mas só o ser humano é capaz de ter consciência de tudo isso. «Uma vez que o ser humano é a obra-prima da criação, pode-se afirmar, ser a alma humana a manifestação de Deus mais bela que existe. A alma humana com suas alturas e profundezas, com seus segredos e com sua quase infinita riqueza em valores. Deus também se revela, mediante nossa alma, nos olhos brilhantes, nas mãos incansáveis, no coração bondoso de uma pessoa humana, e de uma maneira eminente, de uma pessoa santa. Constitui ela melhor imagem de Deus que todos os sóis e constelações do universo, melhor que todas as maravilhas espalhadas pela Terra. Se já as criaturas nos podem fascinar com suas perfeições fragmentárias, com sua pequenez, perfeições em infinita miniatura, como será Ele mesmo, o Deus de infinita perfeição?!» (1). (1) Edvino Friderichs. (2) Agassiez. (3) Oscar Quevedo.
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Fórum Luísa Todi em Setúbal (re)abre portas a 15 de Setembro O Fórum Municipal Luísa Todi, com renovadas condições para a realização de espectáculos variados, entra na fase final de acabamentos e experiências técnicas em meados de Agosto, abrindo portas, segundo garantia da presidente da câmara, a 15 de Setembro Dia da Cidade de Setúbal. “A renovação do Fórum Municipal Luísa Todi representa uma vitória de toda a população”, afirmou a presidente da câmara municipal de Setúbal, Dores Meira, numa visita às obras de ampliação e modernização do equipamento. O conjunto de intervenções executadas, do reforço estrutural do edifício à reformulação e criação de novas áreas, dota o Fórum Luísa Todi das mais modernas condições de conforto para os espetadores e para a realização de uma maior variedade de iniciati-
remodelada e forrada a madeira para um melhor aproveitamento acústico. A plateia, com inclinação de piso mais acentuada, fica dotada de acessos a pessoas com mobilidade reduzida. A sala principal dispõe de 645 lugares, 409 distribuídos na plateia e 236 no balcão. Uma nova régie e quatro cabinas de tradução, para apoio à realização de eventos internacionais, fazem também parte da sala renovada, com o tecto original restaurado e dotada de sistema de climatização.
grande janela virada a sul, que permite aproveitar a magnífica vista sobre o estuário do Sado e a península de Troia, e uma varanda a poente, para a Arrábida, tem
pessoas deste equipamento cultural. Uma exposição alusiva a todos os sítios onde a diva setubalense Luísa Todi actuou forra as paredes do foyer, espaço com uma área de cafetaria renovada, na localização antiga. Já as placas comemorativas do Festroia são reorganizadas cronologicamente e colocadas nas paredes dos acessos à plateia e ao balcão. Casas de banho adaptadas a pessoas com deficiência foram igualmente criadas, assim como uma pequena zona com artigos para venda ao público, anexa à zona interior da bilheteira do equipamento, e um espaço playground, com activida-
ral e antissísmico de todo o imóvel”, explicou Paulo Ramos, um dos arquitectos responsáveis pelo projeto de modernização. As inovações introduzidas no edifício do Fórum Municipal Luísa Todi não se cingem ao interior. A fachada norte, a principal do imóvel, onde estava localizada a entrada, está agora totalmente forrada a pedra, com vitrinas de exposição novas. Por cima, numa zona confinada numa estrutura metálica discreta, fica localizada a principal zona técnica do imóvel. No alçado poente, além da bilheteira e da entrada principal, um elevador pano-
vas culturais. “O maior equipamento cultural de Setúbal abre brevemente. Os trabalhos da obra estão bastante avançados e prevemos que as cadeiras da plateia e balcão [uma das últimas ações a executar no âmbito do projeto] entrem na primeira quinzena de Agosto”, reforçou Dores Meira. “Depois temos cerca de um mês para testes do equipamento”. Elementos da arquitetura original do edifício estão em harmonia com soluções de construção modernas, respeitando as exigências legais para a realização de espectáculos culturais. A entrada, agora no alçado poente, local onde também fica instalada a bilheteira, tem acesso direto à sala de espectáculos, totalmente
Já o palco cresceu quase dez metros em profundidade, ficando com 20,5 metros de largura, 16,8 de profundidade total e 14 de altura. Na frente, um fosso de orquestra com capacidade para 55 músicos permite a realização de géneros de espectáculos que antes das obras não era possível. Uma área de chão amovível dá acesso a um subpalco, para outro tipo de soluções cénicas. Nas traseiras do palco, a porta de cargas e descargas foi também ampliada. Com o alargamento da área de palco foi possível reformular a zona de camarins e salas administrativas, distribuídas ao longo de quatro pisos, e criar, no último andar, uma sala polivalente para espetácculos de menor dimensão. Esta nova área, com uma
uma lotação de 60 lugares na configuração de caféconcerto e 132 em plateia. A sala polivalente, a que se pode aceder por um elevador interno, inclui um pequeno espaço café-pastelaria, proporcionando uma utilização diária pela população com o objectivo de aproximar as
des lúdicas e educativas para crianças durante os espectáculos. “Apesar de esta ser uma obra de renovação, este era um edifício com enormes debilidades a vários níveis, pelo que foi necessária uma complexa intervenção de reforço estrutu-
râmico permite o acesso a todos os pisos da sala de espectáculos. Nesta área, existirá um arranjo urbanístico que faz lembrar um pequeno anfiteatro com um espelho de água com a função de sala de espera. Já no lado nascente foram criadas duas escadas exte-
riores independentes para saída de emergência da sala polivalente e acesso a zonas técnicas. O contorno luminoso da volumetria do exterior do edifício, anteriormente a néon, solução arquitectónica muito utilizada neste tipo de equipamentos nas décadas de 50/60 e uma das imagens de marca do Fórum Municipal Luísa Todi, é mantido, agora com recurso a tecnologia LED. “A obra de modernização vai buscar muitos elementos às raízes de construção do edifício, em 1960. É um misto de passado e presente para projectar uma cultura de futuro”, sublinhou Maria das Dores Meira. A autarca aproveitou para afirmar que, com as obras de modernização, “as condições de utilização do Fórum Municipal Luísa Todi deixam de ser uma desculpa para que o Estado não subsidie os eventos culturais” a realizar, tecendo elogios ao novo director da sala de espetáculos, João Pereira Bastos: “É uma excelente escolha”. O projeto “Ampliação e Modernização do Fórum Municipal Luísa Todi”, do Programa ReSet – Regeneração Urbana do Centro Histórico de Setúbal, representa um investimento global de 4 milhões, 279 mil e 461,71 euros, montante comparticipado com uma taxa de 65 por cento por fundos comunitários canalizados através do PORLisboa – Programa Operacional Regional de Lisboa, no âmbito do QREN – Quadro de Referência Estratégico Nacional.
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Uau, Sou Avô! A decrescente natalidade, no nosso país, faz com que os avós sejam uma “espécie em vias de extinção”.
Por isso, ser “avós” é hoje uma alegria e um sentimento semelhante àqueles quando fomos pais, se não mesmo maior, porque é a realização dum sonho, por vezes julgado quase impossível de realizar, nos tempos modernos, onde a materni-
dade/paternidade deixou de ser um desejo ou prioridade natural dos jovens adultos casados ou “acasalados”. Muitas são as razões, mas, acima de tudo, a maternopaternidade retira-lhes a liberdade de usufruírem de outras “realizações modernas” numa escala de valores muito egoísta e muito materialista. Assim, o sonho de ser “avós” reforça-se porque entretanto decorreram muitos anos entre a “paternidade” e a “avosidade” e o desejo de rever a vida humana, desde o nascimento, dum ser tão belo e tão frágil. “Poucos mas bons”, poderá dizer-se agora dos avós, porque várias são as razões para que estes desempenhem, hoje, um papel algo diferente daquele de há algumas décadas atrás. Com maior longevidade, mais capazes, mais livres e dispo-
níveis, e desde que vivam por perto dos seus filhos/ netos, - infelizmente a geografia urbana “dividiu” as gerações e as famílias - é crescente o número daqueles que tomam conta dos netos, desempenhando, assim, um importante papel social e familiar. A crise actual e os erros cometidos acabam por obrigar a geração dos avós a “tomarem também conta” dos seus filhos (pais dos seus netos) e, nas famílias ainda com quatro gerações, a cuidarem também dos seus próprios pais. Super avós, aqueles que assumem este papel, apesar dalguns se demitirem dessa tarefa? Nalguns casos sim, pois eles são o pilar dalgumas famílias, por vezes semi-desfeitas. Porque vêem na “avosidade” a realização daquilo que não fizeram na paternidade, por razões várias, acabam por dar aos netos
Litoral Alentejano – Quarta-feira, 1 de Agosto de 2012
Crónicas de Lisboa
muito mais do que deviam e nem sempre bem doseado. Por vezes, estragam-os com excesso de mimos, permissões e dádivas materiais em excesso, contribuindo para uma certa formação egoísta e materialista das personalidades em construção. E depois, quando os netos crescem e “partem para outras vivências”, dispensando o papel dos avós, o que recebem estes em troca? Infelizmente, muitos recebem ingratidão e esquecimento, ainda mais se forem “depositado em lares”. Estudo recente, concluiu que a maioria dos jovens vêem os avós como pessoas queridas, simpáticas e bem-dispostas, mas, mais de metade dos inquiridos, admitiu que visitam pouco os seus avós. Os responsáveis políticos e os economistas vão dizendo que a baixa natalidade porá
Histórias do Ciclismo XV
em causa a sustentabilidade do modelo da nossa sociedade e da economia, baseada no equilíbrio intergeracional. É um facto matemático e sociológico e preocupante, mas alem disso, é muito triste verificar que muitas famílias se vão (estão a) extinguir por falta de linhagens descendentes. Assim, a uma velhice sem a alegria de verem a sua descendência, triste será que acabem por nem ter um familiar para os acompanhar à sua última morada, na morte. Nesta sociedade em crise e da qual a família é também vítima, valeria a pena pensarmos nos elos e nas intergerações familiares, onde avós, pais, filhos e netos se podem mutuamente ajudar e , acima de tudo, contribuírem para a felicidade humana. A incomensurável alegria de ser pai, sinto-a eu de novo através da minha
neta de poucos meses. O meu grande objectivo de vida é, assim, partilhar da vida dela e com ela viver esta sublime sensação da “avosidade”. Presenciar o desabrochar duma flor, “transfigurada” numa criança, é uma sensação algo indescritível. Obrigado à minha neta por ter nascido e permitir a realização deste meu sonho. Agora, já tenho motivos para celebrar o “Dia dos Avós” - 26 de Julho, mas, para mim, cada dia é dia do avô. P.S.- A “avosidade” é uma função intimamente ligada à maternidade ou paternidade, das quais se diferencia, mas que como aquelas, tem um papel determinante na estruturação psíquica e na socialização dos netos. *Economista
Pedalar com ritmo Pedalar com ritmo – Críticas – Alves Barbosa. Nos anos 50, Alves Barbosa mostrava, em cima da bicicleta, como se vencia uma Volta a Portugal. Se fosse camisola amarela na terceira etapa da Volta, controlava, com os meus companheiros, os mais directos adversários e, atacava nas alturas certas. Seria essa a estratégia de Alves Barbosa, uma figura que marcou a história do ciclismo português nos anos 50, vencendo por três vezes a Volta a Portugal em Bicicleta, uma das quais, envergando a camisola amarela da primeira à última etapa. No entanto, o ciclista, admite que “ser líder desde muito cedo, numa etapa tão longa, pode ser desconfortável”. Alves Barbosa, que agora viaja na caravana da Volta, defende que, o erro do
ciclismo Nacional está na estratégia: “o calendário velocipédico nacional assenta em prova por etapas. Os ciclistas portugueses estão habituados a delinear toda uma estratégia baseada nesse tipo de provas. Isso leva-os a imprimir um ritmo irregular. Tanto rolam a 20 como a 50 Km/hora”. Também no trabalho táctico das equipas, Alves Barbosa utilizava um esquema diferente: “As equipas deveriam imprimir um ritmo alto, do princípio ao fim. É assim que fazem no estrangeiro. Todas as equipas na cabeça do pelotão, se entreajudam, imprimindo
Um erro é prosseguiram uma fuga sozinhos Outro dos erros que encontra em alguns ciclistas portugueses, são da parte dos ciclistas que prosseguiram uma fuga sozinhos: “Um erro porque, ficam logo condenados a ser apanhados a uns quilómetros mais à frente” Também neste capítulo dá-se o exemplo do que se passa no estrangeiro: “Quando fogem é para ganhar a etapa. Não prosseguem fugas sozinhos e, uma vez apanhados, dividem esforços”. uma velocidade muito alta. Então, quem quiser escapar, vai ter que o fazer a uma alta velocidade. Os menos capazes ficam pelo caminho. Feita a triagem e, na altura certa, atacam, mas fazem-no, para vencer
a prova. No nosso País, as equipas mais fracas empurram para as mais fortes o comando das operações e, depois, sobre elas, lançam-se corredores isolados”, afirma.
Alves Barbosa recorda outros tempos A antiga gloria do ciclismo português recorda, que: “noutros tempos, havia uma proximidade maior entre o ciclista nacional e o
Manuel dos Santos estrangeiro. Nesse aspecto regredimos nos últimos anos. Quando fui ciclista no estrangeiro, encontrei um ciclista completamente diferente do ciclista português. Nessa altura, a nossa metodologia de treino estava mais próxima do que aquela que se fazia no estrangeiro do que agora está”.
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