Código de Ética no Design

CÓDIGO DE ÉTICA NO DESIGN

Sumário 04.

introdução

05.

parte i

os deveres fundamentais

10.

parte ii

a relação com os clientes

13.

parte iii

usuários e impacto social

17.

parte iv

impácto ambiental

Introdução O código a seguir fornece um conjunto de diretrizes éticas projetadas para melhorar a qualidade da profissão de design gráfico, tendo por objetivo indicar normas de conduta que devem orientar suas atividades profissionais regulando suas relações com a classe, clientes, sociedade e o meio ambiente.

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Parte I os deveres fundamentais Em relação às suas funções o designer deve: 1. Se interessar e se dedicar ao máximo em seu trabalho, com conhecimentos e experiência particular, com finalidade, não somente para a conclusão de um projeto, mas para a contribuição à sociedade em um todo.

2. Procurar soluções inovadoras para seus projetos, buscando utilizar técnicas atípicas, para alcançar resultados singulares.

3. Procurar entender possíveis consequências que o trabalho de design pode desencadear e prevenir ao 5

máximo um resultado que possa ou vá prejudicar o cliente, os usuários ou terceiros.

4. Analisar o lado pluridisciplinar do design na realização de um projeto e fazer pesquisas relacionadas, conhecendo seu usuário e buscando não destoar de um tema específico.

5. Considerar, antes de analisar a questão financeira, projetar para os prováveis usuários que possuem alguma limitação física ou mental, PCDs, idosos e crianças, buscando analisar e remover todos os casos que o projeto possa prejudicá-los de alguma forma.

6. Respeitar os valores ambientais, culturais e sociais do país ou região específica em que atua.

Juntos aos colegas o designer deve: 1. Respeitar todos independentemente de condição social, 6

raça, gênero, orientação, nacionalidade, opinião política ou qualquer outra multiplicidade.

2. Zelar por um ambiente pacífico, sem abordar um, ou um grupo, de maneira injusta no âmbito profissional, nem permitindo tal abordagem entre colegas.

3. Acolher um campo de trabalho diversificado, considerando e respeitando todos os diversos profissionais, incluindo, principalmente, outros designers.

4. Não realizar ou aceitar produzir trabalhos concebidos à outras áreas profissionais.

5. Não intervir ou opinar o ofício de outros profissionais sem que seja solicitado, nesse caso evitar desavenças ou críticas depreciativas.

6. No caso de críticas, busque fazê-las de forma que traga resultados construtivos, de forma educada, transparente, buscando evitar desentendimentos.

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7. Não se aproveitar do trabalho dos colegas ou descreditar o ofício de um num trabalho em grupo, além de evitar que essa situação ocorra com outros no ambiente de trabalho.

8. Não alterar ou tentar corrigir o trabalho de outro profissional de design, sem o seu consentimento.

Reconhecer mérito alheio.

9. Não assumir tarefas ou trabalhos sem a condição de realizá-los, podendo desencadear consequências negativas para colegas e outras pessoas.

10. Estar a disposição para ajudar outros profissionais, no que for direito de direito e justiça Junto a classe; 1. Não estimular concorrência desleal, fazendo propostas

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com preços que desvalorizem a classe do designer gráfico.

2. Difundir a importância do design, buscando valorizar, em outros polos de trabalho, a profissão e o profissional.

3. Não apoiar ou participar de projetos que mancham a imagem do profissional de design.

4. Facilitar a fiscalização da atividade do ofício de design.

Apoiar a concorrência limpa e transparente, baseado na mérito e qualidade profissional de outros designers.

O designer nunca deve praticar plágio ou fazer o uso inapropriado de qualquer imagem, obra de design ou qualquer material, além de esforçar-se para evitar essa ocorrência nos campos de interesse e influência.

7. Manter-se em dia com a discussão e as alterações da legislação vigente, que dizem respeito à profissão e sua atuação.

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Parte II a rela ç ão com os clientes No que diz respeito aos direitos e deveres do designer; 1. O designer não deve se submeter a realizar trabalhos que ferem seus valores morais e éticos, ou àqueles que possam provocar alguma infração ou crime.

2. Preferencialmente, o designer deve produzir um contrato escrito, com todas as especificações de trabalho que achar necessário antes de realizar algum projeto.

3. O designer não deve assumir nenhum trabalho em que não haja concordância de ambas as partes em relação a

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prazos, pagamentos e afins.

4. Antes de estabelecer um preço, o designer deve considerar a complexidade e o tipo de projeto, condição financeira do cliente, tabelas ou recomendações de entidades de classe, e carga de trabalho.

5. Não participar de projetos que estabelecem pagamento após aprovação, retirando a garantia financeira do trabalho do designer.

Em relação ao cliente, é função do designer: 1. Dialogar com o cliente ou empregador para que o trabalho do designer tenha a menor impacto negativo nos seus arredores, considerando ambiente, colegas e usuários.

2. O designer deve dar ao cliente o máximo de sua 11

capacidade técnica e profissional, auxiliando-o nas obtenções de seus objetivos.

3. Garantir-lhes sigilo, caso solicitado em um trabalho específico, não divulgando alguma etapa ou resultado antes de aprovação ou sem consentimento.

4. É obrigação do designer cumprir prazos e tarefas préestabelecidas e acordadas em contrato.

5. O designer deve fornecer ao cliente todas as informações e todo conhecimento necessário para realização do trabalho de design e compreensão, antes, durante e depois da produção.

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Parte III usuários e impacto social O designer é um agente atuante na comunicação e interação social, e como tal produz determinados impactos nas pessoas que entram em contato com seu trabalho. O efeito que seu trabalho terá no tecido social ao seu redor deve sempre ser um ponto chave a ser considerado em seus projetos. Tendo isso em vista é indispensável que se leve em consideração os múltiplos tipos de usuários possíveis e seus respectivos contextos histórico-sociais, quanto a isto o designer deve:

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1. Interessar-se pelo bem público, subordinando seu interesse particular ao da sociedade; 2. Reconhecer e contribuir para o bem estar social, individual e material do público em geral; 3. Defender e considerar cuidadosamente as necessidades de todos os usuários em potencial, incluindo aqueles com diferentes habilidades físicas ou cognitivas; 4. Atentar-se para questões de saúde e segurança em seus projetos e não agir de maneira prejudicial ou perigosa ao bem estar geral; 5. Compreender e explorar culturalmente o contexto em que está inserido ou aquele para qual seu trabalho se destinará; 6. Não aceitar trabalhos que possam prejudicar, discriminar ou assediar em qualquer instância alguém ou um agrupamento social, especialmente no caso de 14

minorias étnicas e sociais; 7. Sempre que possível, atentar-se para a representatividade e inclusão de grupos historicamente segregados da sociedade; 8. Não reproduzir conceitos, ideais pejorativos ou discriminatórios em seus trabalhos; 9. Não reproduzir ou propagar estereótipos de gênero; 10. Não propagar ódio ou incitar à violência sob qualquer circunstância; 11. Não reforçar preconceitos ou marginalizar diferentes grupos religiosos, independente de suas crenças pessoais; 12. Levar em consideração o uso que seu trabalho terá no mercado e na sociedade uma vez que implementado; 13. Assumir a responsabilidade pelo seus atos no caso de produzir algum trabalho que venha a ferir alguém em qualquer forma, seja física, moral, pessoal ou psicológica; 15

14. Conhecer e respeitar a legislação dos países, estados e municípios nos quais seus projetos serão produzidos e implementados.

15. Atentar-se para a inclusão do público infanto-juvenil projetando de forma acessível e compatível com esses indivíduos na sociedade e ainda respeitar o estatuto da criança e do adolescente e à resolução nº 163 do CONANDA;

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Parte IV impacto ambiental Designers devem adotar os seguintes princípios de gestão ambiental: 1. Estar a par com a legislação ambiental dos países, estados e municípios nos quais seus projetos serão produzidos e implementados; 2. Fazer uso sustentável de recursos naturais e minimizar a liberação de qualquer poluente que possa colocar em risco a vida, o ar, a água ou a terra; 3. Procurar minimizar ao máximo o desperdício, devendo considerar a durabilidade, adaptabilidade, 17

aproveitamento de recursos, reparo, reciclagem e descarte em seus projetos; 4. Advocar com seus clientes o desenvolvimento de ambientes, paisagens, produtos, comunicações e embalagens que minimizem os danos ambientais.

5. Compartilhar informações que possam auxiliar nas escolhas de melhores materiais e processos no que tange a sustentabilidade com seus colegas e com a comunidade.

6. Sempre que possível, escolher fontes de energia ambientalmente seguras e adotar meios de produção e operação de conservação de energia.

7. Considerar o impacto que seus projetos possam ter na vida de animais silvestres e jamais colocá-los em perigo; 8. Analisar cuidadosamente o uso de tecnologias em seus projetos considerando os recursos físicos e digitais atentando-se para o impacto ambiental e a obsolescência tecnológica.

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material produzido por: fábio beifuss e jéssica mastrela para a disciplina de ética e legislação, ministrada na faculdade de artes visuais, universidade federal de goiás, novembro de 2018.