A Colheita 51

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REMETENTE: JUNTA DE MISSÕES MUNDIAIS DA CBB Rua Senador Furtado, 71 - Praça da Bandeira Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20270-021

Revista de Conexão Missionária da JMM ANO X - N°51 MAIO / JUNHO 2013

ENTREVISTA: Mariana Duarte - Norte da África

ENVELOPAMENTO AUTORIZADO. Pode ser aberto pela ECT.



Perseguidos, mas não desamparados Você conhece alguém que perdeu o emprego por ter aceitado a Jesus? E alguém que foi desprezado pela família porque se converteu? Você conhece alguém que foi preso porque decidiu entregar sua vida ao Senhor? Casos como esses talvez não aconteçam no Brasil, mas em muitos países da Janela 10/40 a perseguição religiosa anda lado a lado com a fé no Filho de Deus. Esta edição de A Colheita apresenta uma realidade que você, leitor, sabe que existe, mas, às vezes, não tem ideia do que é sentir isso na pele: ser perseguido por ser cristão. A perseguição religiosa é o tema de uma reportagem especial (páginas 3 e 4) e da entrevista nas páginas 5 e 6 com a missionária Mariana Duarte, expulsa de um país no Norte da África no final do ano passado. A expulsão de missionários tem sido motivo de preocupação das agências missionárias. A Colheita também traz até você como foi a Campanha 40 Dias de Oração por Missões Mundiais, os congressos Conexão Missionária e os Acampamentos de Pastores e Promotores Voluntários de Missões, que incentivaram crentes de norte a sul do Brasil a mobilizarem suas igrejas em prol da Campanha 2013, com o tema Testemunhe às Nações pelo Poder do Espírito. Veja também as Notícias dos Campos, Espaço do Adotante, Igrejas que Amam Missões, Espaço FM e De Pastor para Pastor, e a estreia de duas novas seções: Até os Confins e Agenda. A partir de agora, o Diário de Oração, com pedidos de nossos missionários, passará a ser publicado separadamente da revista A Colheita. Boa leitura! Willy Rangel

A Colheita Diretor Executivo: Pr. João Marcos Barreto Soares Gerente de Comunicação e Marketing: Jaci Madsen Coordenação Editorial: Jaci Madsen Jornalista Responsável: Marcia Pinheiro (22582/DRT/RJ) Redação: Ailton de Faria Eliana Moura Willy Rangel Projeto Gráfico e editoração: Equipe de criação JMM Fotos: Arquivo JMM Tiragem: 153.000 exemplares Contato: redacao@jmm.org.br Rua Senador Furtado, 71 Praça da Bandeira Rio de Janeiro - RJ CEP 20270-021 jmm@jmm.org.br pam@jmm.org.br colabore@jmm.org.br Tel.: (21) 2122-1900 Fax: (21) 2122-1944 PAM: (21) 2122-1901 0800 709 1900

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Especial Igreja Perseguida

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Norte da África: A missão tem que continuar

Os limites da liberdade religiosa

Entrevista com Mariana Duarte

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PIM

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Espaço do Voluntário Diário de Bordo Até os Confins

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Valorizando a nova geração Acampamentos Conexão Com a palavra: nossos novos missionários Perfil Missionário Mobilizador

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Amor de mãe De Pastor para Pastor Espaço Radical PEM

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Com.Vocação JMM Jovem Espaço FM Espaço do Adotante Igrejas que amam Missões Agenda Entre Aspas

Oração por Missões

Notícias dos Campos PEPE Os desafios da África Ocidental

Viagens de Missões Mundiais - Sul da Ásia

Riedson Oliveira

Uma escola de missionários na Ásia

sumário

Editorial


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A igreja perseguida:

um cristianismo secreto, mas vivo no Espírito

apresentação

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are de ler neste momento. Olhe para dentro de si e admita que você é livre, mas que talvez sua liberdade nunca teve um significado que movesse seu coração em direção àqueles que são privados dela; estes que são privados da expressão de adoração ao Deus que restaurou suas vidas e levou salvação aos que creram no seu nome; aos que ouviram, mas que não podem falar. Aos que amam, mas que são impedidos de compartilhar que este amor é o testemunho do mover do Espírito Santo em suas vidas. E são as suas vidas que falam mais do que suas palavras. A intolerância religiosa não para de crescer em todo o mundo. A cada ano, morrem cerca de 1.000 cristãos, vítimas da perseguição. Organizações internacionais afirmam que 100 milhões de cristãos estão enfrentando hostilidade e perseguição religiosa, vinda de diferentes lados: autoridades, sociedade e família. Há pessoas em todo o mundo que perdem seus empregos, são expulsas de casa, são presas, agredidas, torturadas ou simplesmente hostilizadas porque são cristãs. Nem mesmo estas circunstâncias nos farão parar de avançar na evangelização do mundo. Ser privado de qualquer um de seus elementos de liberdade é, para um cristão, o nascimento de uma fé firmada no conhecimento do amor de Deus, vivida no coração de um servo; de uma fé que não se move apenas por memórias, mas pela comunhão com o Pai. Uma fé viva pelo poder do Espírito. O que sustenta a Igreja que sofre censuras no mundo é esta fé guiada pelo alto; seu coração de joelhos diante do Pai para que seu testemunho às nações seja o testemunho do nome que está sobre todo nome. O nome que dá liberdade mesmo a quem está preso; que concede caminhos abertos aos que são perseguidos; que dá alegria àqueles que poderiam desistir de tê-la.

Deus criou um mundo onde a morte presta serviço à vida. Uma planta que morre alimenta outra viva. Da mesma forma, a perseguição, como provação, produz a paciência, que produz a experiência e a esperança. “De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Timóteo 3.12). As perguntas da igreja perseguida são as mesmas de toda a humanidade: Como superar o caos? O mal? O mundo? Como obter a resolução? Como viver em paz com Deus e com os homens? A resposta é simples: o Reino de Deus está entre nós (Lucas 17.21). Está no vivo agir dos nossos pés, das nossas mãos, dos nossos corações que se doam, intercedem, mobilizam e vão aos campos. Missões Mundiais também está presente em campos hostis ao Evangelho. Temos atuado e servido com o que somos, com o que temos, com o que Deus já tem preparado para nós em cada um desses lugares. Estamos vencendo as barreiras da falta de liberdade. Nosso objetivo é viver uma vida espiritual de consequências. Deus está pronto para ouvir nossas orações pela igreja perseguida, pelos cristãos que se reúnem secretamente, alguns até em silêncio, no subterrâneo, onde encontram, dentro de si e uns nos outros, a força para serem testemunhas do amor de Deus por todas as nações. Continuaremos ampliando nossa atuação com esperança, intrepidez e a certeza de que estamos cumprindo a última ordem dada pelo mestre. A perseguição, a hostilidade e a intolerância com os cristãos não nos tirarão do foco que Deus plantou em nosso coração: ir por toda parte anunciar o Evangelho e o amor de Cristo. Atuaremos onde Deus nos mandar.

Pr. João Marcos Barreto Soares Diretor Executivo da JMM


especial igreja perseguida

O trabalho missionário

precisa continuar no Norte da África

E

m um país onde manifestar sobre a própria fé é considerado um ato normal, como no Brasil, é muitas vezes difícil mensurar os riscos que correm as pessoas que tentam fazer o mesmo em nações consideradas de risco à pregação do Evangelho. É na faixa do planeta conhecida como Janela 10/40 que falar de Jesus pode custar a própria vida. Essa região vai do oeste da África até a Ásia. Subindo, a partir da Linha do Equador, fica entre os graus 10 e 40, formando um retângulo. A região abriga 66% da população mundial, e ocupa 33% da área total do planeta, compreendendo 62 países. O desafio de testemunhar do Evangelho de Cristo no Norte da África, que também faz parte da Janela 10/40, tem sido maior a cada dia. Recentemente, obreiros de Missões Mundiais foram obrigados a se retirar de um dos países daquela região. Mais de 200 obreiros de diferentes nações e organizações missionárias também passaram por esta situação. Os projetos missionários foram interrompidos.

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4 É preciso fé, coragem e persistência para viver o Evangelho A independência da parte sul desse país, o 193º país reconhecido do mundo, consolidou um processo iniciado com uma guerra civil de meio século, que deixou 2 milhões de mortos. A briga pela divisão do país começou a se desenhar a partir da expansão árabe-islâmica, ocorrida no século VII. E só em 1955 começou no sul a guerrilha separatista contra o domínio muçulmano. Desde o referendo que separou o país de maioria muçulmana (71%) em norte e sul, a perseguição aos cristãos ficou ainda mais dramática. O ápice da repressão religiosa começou quando, recentemente, um líder muçulmano descobriu que sua filha havia se convertido ao Evangelho de Cristo (leia entrevista com a missionária Mariana Duarte nas páginas 5 e 6). Assim como acontece em todos os países de maioria islâmica, muçulmanos convertidos ao cristianismo são marginalizados pela sociedade e pela própria família e correm sério risco de serem presos, e até mesmo mortos. Com a saída de missionários estrangeiros, são os crentes locais os responsáveis por testemunhar o Evangelho àquele povo que tanto precisa conhecer a verdade. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8.32). Esse país é apenas um dos muitos do Norte da África onde a fé em Jesus Cristo, a coragem e o amor pelos per-

especial igreja perseguida didos são requisitos fundamentais para quem pretende perseverar e anunciar a Palavra de Deus no campo missionário. Na Tunísia, a Constituição prevê a liberdade de práticas religiosas. No entanto, é o islamismo a religião oficial por lá, e a Presidência do país só pode ser ocupada por um muçulmano. O proselitismo entre os muçulmanos é proibido; os que se convertem a outras religiões enfrentam o drama da exclusão social e familiar. No Egito, no encontro com a Ásia, a maioria da população tornou-se islâmica (87%), e muitos cristãos saíram do país. Os que ficaram vivem geralmente em estado de miséria. Muitos egípcios se dizem cristãos, mas pouco sabem sobre o Filho de Deus. A escassez de bíblias e discipulado facilita a influência de doutrinas islâmicas. A Líbia, apesar de ser um país laico, tem líderes que prestam grande respeito ao islamismo. O trabalho missionário é totalmente proibido no país. Apenas os estrangeiros podem se reunir para cultuar a Deus, contudo são monitorados. No Marrocos, os esforços públicos para o proselitismo são desencorajados pela sociedade, apesar de a livre expressão da fé islâmica e a discussão acadêmica e teológica de religiões não islâmicas serem aceitas na televisão e no rádio. A maioria dos cidadãos vê nesses atos ameaças provocativas à lei e à ordem num país majoritariamente muçulmano (99%). A Constituição do país proíbe a conversão de islâmicos a qualquer outra religião.

Poder para testemunhar em plena aposentadoria Servos bons e fiéis como o obreiro Jorge, de 70 anos, e sua esposa trabalham para escrever uma nova história para o povo do Norte da África. Como aposentados, eles poderiam ter optado por passar o resto da vida debaixo de “sombra e água fresca”, cuidando de netos, fazendo turismo... mas escolheram ajudar. Eles sonham em ver os árabes não alcançados do Norte da África e Oriente Médio crendo na Verdade que liberta: Jesus Cristo. Em 2005, o casal iniciou um trabalho de desenvolvimento de discípulos, a fim de ver o surgimento de um movimento de plantação de igrejas entre os povos árabes. Ele ajuda pessoas que querem aprender inglês ou espanhol, e sua esposa realiza trabalhos voluntários em uma clínica médica. O segredo para reunir forças para tantas atividades, Jorge faz questão de revelar. “Eu divido meu dia em quatro partes: uma para meu tempo pessoal com Deus. Às 6h já estou acordado. Levanto, faço meia hora de exercícios, tomo café da manhã, faço caminhada e fico pelo menos uma ou duas horas com o Senhor. Esse é o tempo de me alimentar da Palavra, de orar, de estudar. Depois ajudo em casa e só então começo a trabalhar (proclamar o Evangelho aos perdidos, discipular os novos crentes para que se multipliquem e mobilizar os latino-americanos para fazerem o trabalho de proclamação e discipulado)”, conta Jorge. As quatro partes do dia dele são: com ele próprio (exercícios, etc.), com Deus (orando e lendo a Bíblia), com a esposa (ajudando a cuidar da casa, etc.) e com o povo (sai para evangelizar). Um dos grandes desejos de Jorge é poder contar com o apoio de uma turma do Programa Voluntários Sem Fronteiras. O desafio já foi aceito pelo diretor executivo da JMM, Pr. João Marcos Barreto Soares. Apesar de tanta repressão, a Palavra de Deus não pode deixar de ser anunciada. Segundo a International Mission Board, existem em todo o mundo cerca de 3.800 povos que nunca ouviram o verdadeiro Evangelho. São os chamados povos “não alcançados”. Esse termo surgiu para definir um grupo de indivíduos no qual não há uma comunidade nativa de crentes capaz de evangelizá-los. Missões Mundiais convoca aqueles que vivem em um país livre para manifestar a sua fé para que formem um só clamor, a fim de que a graça do Pai seja manifestada aos povos não alcançados do Norte da África e até os confins da Terra. “Ore, oferte, mobilize e, se preciso for, seja um dos que vão até os confins da Terra para testemunhar as boas novas de salvação. Envolva-se com Missões Mundiais”, convida o Pr. João Marcos.

Por Marcia Pinheiro


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especial igreja perseguida

Norte da África:

a missão tem que continuar Entrevista com Mariana Duarte

U

m desejo não sai do coração da missionária Mariana Duarte: retornar ao Norte da África para anunciar ao povo daquela região que só em Jesus há verdade. Assim como outros cerca de 200 missionários que estavam no Norte da África, Mariana foi expulsa após passar por duros interrogatórios.

A Colheita: Durante quanto tempo você permaneceu no Norte da África? Mariana Duarte: Meu primeiro perío-

A Colheita: Quais foram as principais

dificuldades que você teve para realizar o trabalho missionário por lá?

do foi de julho de 2010 a dezembro de 2011. Em novembro do ano passado, retornei para um segundo período no campo, mas fiquei só dois meses. Minha primeira experiência como missionária foi em Angola, em 2001, por outra agência missionária. Lá eu permaneci por dois anos. Em 2005, fui para Moçambique como voluntária e só em 2010 que fui para o Norte da África como missionária da JMM.

MD: As dificuldades foram muitas.

A Colheita: Que trabalhos você desen-

A Colheita: Das mudanças ocorridas no

volvia no campo?

MD: Sou enfermeira e, no primeiro período, além de ajudar em um dos projetos de Missões Mundiais, atuando em uma escola, também trabalhei como voluntária numa clínica local.

Por ser um país islâmico, a gente não pode falar abertamente de Cristo. Minha meta inicial era conseguir desenvolver alguns relacionamentos. Tanto no primeiro período quanto nos últimos dois meses em que estive lá, investi tempo na construção de relacionamentos. A partir das mudanças políticas e nas leis do país, ficava cada vez mais difícil criar e manter relacionamentos com outras pessoas daquele local.

país, qual lhe pareceu mais difícil?

MD: As mudanças decorrentes do ple-

biscito para saber se o povo queria ou não a divisão do país, em 2011. Aquele foi um período de tensão e questionamento de como a situação iria ficar. Vários líderes de potências mundiais

estavam observando de perto o país, então o presidente teve que acatar o resultado da votação, que aprovou a divisão do país. A partir daí, problemas mais sérios começaram a acontecer.

A Colheita: Que tipo de problemas? MD: Meses atrás, uma moça conver-

tida ao cristianismo dois anos antes decidiu se batizar. A família dela descobriu e comunicou ao governo, que por sua vez mandou prender os dois sacerdotes que a batizaram. Por causa da perseguição religiosa, ela teve que fugir do país. Ao chegar a um país vizinho, foi interceptada por funcionários da Embaixada de seu país de origem, que a obrigaram retornar. Até mesmo a pessoa que vendeu a passagem para aquela moça foi presa, sob a acusação de ter facilitado sua saída do país. Este foi um dos motivos que provocou o aumento recente da perseguição a cristãos naquela região.


6 A Colheita: Você acredita que este

fato tenha contribuído para sua saída daquele país?

MD: Com certeza. E não apenas a mi-

nha saída, mas também a de centenas de outros obreiros que lá atuavam. A conversão, batismo e fuga daquela jovem foi encarada como consequência da influência de cristãos estrangeiros. Após aquele fato, iniciou-se um processo de rastreamento de tudo que fazíamos.

A Colheita: Como as autoridades localizaram os cristãos estrangeiros? MD: Ao retornar àquele país em no-

vembro de 2012, soube que um cristão americano, estudante da mesma escola que eu, havia ficado preso durante um mês, e foi liberto apenas após informar as senhas de seu computador. Com isso, conseguiram todos os contatos, e foi iniciado um grande processo de rastreamento. No dia 17 de dezembro de 2012, chegaram à escola onde eu e vários missionários estudávamos o idioma local. Após identificarem todos os estrangeiros, apreenderam nossos celulares e nos levaram para um local onde fomos interrogados exaustivamente. Eu me senti como se fosse uma criminosa. Eles só não nos algemaram, mas nos trataram como se fôssemos criminosos de alto risco. Pediram nossos passaportes, mas ninguém anda com passaporte na bolsa. Então um oficial me acompanhou até minha casa para buscar o documento. Na época, eu morava numa república de moças e falei que homens não podiam entrar. Ele desconsiderou o que eu falava e caminhou comigo até a porta do meu quarto, onde parou e me disse: “Seja rápida”. Voltamos para o prédio deles, e o oficial-chefe me fez uma série de perguntas. Após cinco horas de interrogatório, um obreiro alemão e eu fomos liberados. Devolveram os celulares, mas não os passaportes.

A Colheita: E você pôde continuar sua rotina de trabalho após isso?

especial igreja perseguida MD: Não. A escola foi fechada, e o diretor foi convidado a deixar o país, deixando para trás um trabalho realizado ao longo de 20 anos. Foram dias de muita tensão, principalmente depois que soube que um amigo, obreiro australiano, havia sofrido tortura física e psicológica, tendo sido obrigado a ficar olhando para o sol por quatro horas e também a andar por um pátio com uma arma engatilhada em suas costas, sendo ainda informado que receberia 100 chibatadas. Quando viram que ele estava abatido, começaram a rir falando que era brincadeira. No dia 27 de dezembro, fui novamente chamada para mais um interrogatório que tinha como objetivo rastrear a vida de outros estrangeiros. Após 45 minutos de perguntas sem interrupção, um homem deixou claro que havia investigado toda minha vida, informando, inclusive, que havia conversado com minhas amigas e que sabia da presença de outros cristãos brasileiros no país. Ao final de tudo, após reafirmar as boas relações de seu país com o Brasil, me disse que eu deveria sair daquela nação em três dias. A Colheita: Como foi o processo de saída do Norte da África? MD: Liguei para a sede de Missões

Mundiais, relatei o ocorrido, e a partir de então, todas as providências foram tomadas para que eu deixasse aquele país. Porém, poucas horas antes de meu embarque, meu advogado me ligou para informar que meu passaporte havia sido apreendido mais uma vez. Fiquei muito apreensiva e precisei recorrer à Embaixada brasileira. Finalmente, dia 31 de dezembro, meu passaporte foi devolvido e pude deixar aquele país rumo a outro na mesma região, com a esperança que aguardaria alguns dias até a situação se acalmar, e poder retornar. Lamentavelmente, a cada dia que passava, a realidade ficava cada vez mais difícil. Então, a JMM achou melhor que eu retornasse ao Brasil. Cheguei dia 26 de fevereiro.

A Colheita: O povo daquela região percebe a gravidade do que está acontecendo?

MD: Minha percepção é que perce-

bem a hostilidade que há contra o cristão, mas são tão acostumados àquele modelo repleto de restrições, que para a maioria, é apenas mais uma restrição. No geral, as pessoas são muito amáveis, e a maioria tem receio de manifestar o que pensa.

A Colheita: Como está a situacão da

igreja naquela região?

MD: Soube que as igrejas receberam

ordens para fechar suas portas. Elas têm autorização para funcionar apenas como casa de oração; as pessoas podem ir lá e orar, mas não podem promover cultos públicos. Antes, tínhamos permissão até mesmo para promover Marcha para Jesus. Hoje isso não acontece mais.

A Colheita: Para você, há esperança de o trabalho missionário ser retomado nessa região? MD: Tenho grande esperança de poder voltar. Não apenas eu, mas certamente os mais de 200 missionários que tiveram que sair, também gostariam de retornar e continuar o trabalho. Tenho certeza que tudo isso aconteceu porque estávamos trabalhando, alcançando vidas, e porque pessoas estavam sendo transformadas. Se eu pudesse voltar amanhã, voltaria. A Colheita: Gostaria de deixar alguma

mensagem ao leitor de A Colheita?

MD: Eu peço que os cristãos brasileiros levantem um clamor pelas igrejas do Norte da África, principalmente para que Deus fortaleça cada cristão daquela região nesse tempo de perseguição e intolerância. Recentemente, soube que foi iniciada uma perseguição aos obreiros nacionais ligados à JMM. Devemos orar para que Deus movimente a igreja do Norte da África, para que os pastores tenham forças, mantenham a fé e a esperança, e também sejam guardados pelo Pai.


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pim

Oração

por

Missões

Eu oro por Missões Mundiais Comentários sobre o Dia de Oração por Missões Mundiais, extraídos do Facebook da JMM.

D

e 6 de março a 14 de abril, crentes de norte a sul do Brasil se mobilizaram em torno de um só motivo: orar pela obra missionária transcultural. Ao longo de 40 dias, as igrejas evangélicas brasileiras se uniram em intercessão por nossos missionários e pela vida daqueles que ainda serão alcançados pelas boas novas. Foi uma grande mobilização do povo de Deus, unido em oração e amor, para que o Evangelho de Cristo chegue até os confins da terra.

“Sempre me lembro dos meus irmãos missionários. Oro sempre por aqueles que deixam o conforto de suas casas para ir ao campo e também por todos que promovem Missões no mundo inteiro. A JMM está de parabéns.” Rose Andrade “Vamos continuar orando pelos missionários e pelos povos que ainda não foram alcançados para Jesus.” Nelma Geane

A data de 6 de março, Dia de Oração por Missões Mundiais, marcou o início da campanha de 40 dias de oração. Por 24 horas ininterruptas, nossos missionários foram cobertos pelas orações dos crentes brasileiros. Diversas igrejas se envolveram e prepararam encontros de oração, vigílias e reuniões com objetivo de orar pelos missionários da JMM e pelos povos não alcançados.

“Estou na cidade de Taparuba/MG promovendo Missões Mundiais na Igreja Batista juntamente com as irmãs Alexandra e Daniela. Que Deus abençoe cada missionário em nome de Jesus.” Paula Giana Rodrigues

Quanto à campanha de 40 dias de oração, a principal ferramenta de mobilização foi a internet, através do Facebook da JMM: www.facebook.com/missoesmundiais, onde diariamente foram apresentados testemunhos enviados por nossos missionários, com histórias relacionadas ao cuidado de Deus e à transformação de vidas no campo missionário.

“Oremos pelos povos não alcançados. Oremos pelos pastores, oremos pelos missionários. Oremos para que Deus levante homens que façam a obra de Deus com amor. Ide por todo o mundo.” Djalma Silva

Essas histórias foram transformadas em um livreto, que teve uma página publicada a cada dia durante os 40 dias da campanha, e puderam ser lidas, compartilhadas e comentadas por milhares de pessoas de todo Brasil. A campanha acabou, mas a necessidade de orarmos por Missões Mundiais e pelos missionários permanece. Envolva-se com o Programa de Intercessão Missionária (PIM) e seja um intercessor ativo da obra missionária transcultural. Há diversas maneiras de participar: - acompanhe o Diário de Oração encartado em A Colheita - reúna amigos e familiares e participe das campanhas 10 Dias de Compromisso - visite periodicamente www.jmm.org.br e www.facebook.com/missoesmundiais para ficar atualizado com os fatos, necessidades e pedidos de oração. Por Willy Rangel

“Fizemos escala de oração de 24 horas para orar pelos missionários. Cada irmão orou 1 hora por Missões e assim por diante. Minha alegria foi ver que até os jovens quiseram participar. A Colheita nos auxiliou, pois para cada país tinha um pedido diferenciado. Oramos por todos, e a escala terminou à meia-noite. Deus, abençoe os missionários.” Cristiane Oliveira Silva, TIB Campo Grande/MS


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NOTÍCIAS DOS CAMPOS

C

ompartilhamos com você notícias sobre o que está acontecendo nos campos de Missões Mundiais. Ao lê-las, você ficará por dentro do que o Senhor tem feito no mundo através da vida e ministério de nossos missionários. Tudo isso só é possível porque você contribuiu, ofertou e orou para que cada vez mais pessoas fossem alcançadas pela mensagem da salvação em Jesus.

URUGUAI

Crescimento da obra

É

com muita alegria que o Pr. Daniel Duarte informa que a obra misionária no Uruguai está crescendo, especialmente a Congregação Batista Pueblo Nuevo, que em abril completou quatro anos. Em dezembro de 2012, foram realizados quatro batismos naquela congregação, que fica na cidade de Las Piedras, da qual ele e sua esposa, Clélia, continuam como conselheiros. Em Montevidéu, está sendo consolidado um bonito grupo que se reúne todos os domingos com os missionários. São 20 membros, e as reuniões têm sido bastante frequentadas. “Algo que nos tem surpreendido é o alcance de brasileiros que vêm ao país para trabalhar ou estudar. Sempre recebemos visitas de irmãos brasileiros nos nossos cultos e reuniões, como também temos a oportunidade de ministrar em suas vidas. Para as nossas reuniões dominicais, estamos usando o salão principal das instalações do Seminário Teológico Batista de Montevidéu,” disse o Pr. Daniel. Segundo o missionário, a capital uruguaia é a cidade mais secular das Américas. Para que sejam bem-sucedidos no trabalho de evangelismo, eles têm usado a estratégia de contato pessoal, através do convívio nas escolas, faculdades, comunidade, famílias, ação social, entre outras. No bairro de San Isidro, onde está sendo desenvolvido o projeto Minha Esperança. Esta é uma iniciativa da Igreja Batista de Las Piedras que em janeiro realizou uma campanha evangelística na qual 30 pessoas entregaram suas vidas a Cristo.

HAITI

Força de Paz no Haiti

O

casal missionário Pr. André e Verônica Bahia recebeu, no período de 21 de janeiro a 5 de fevereiro, a 6ª Caravana da Esperança – Tour of Hope promovida por Missões Mundiais. Esta foi a maior caravana da JMM que o Haiti já recebeu, composta por 58 voluntários. Eles se organizaram em três grupos: Amor, Esperança e Fé. Como fruto do trabalho, foram alcançadas 5.741 pessoas, em cinco comunidades. Duas dessas receberam apoio do 2º Batalhão Brasileiro de Força de Paz. Pelas manhãs, 221 líderes nas áreas de saúde, educação infantil, evangelização criativa e esporte foram treinados. À tarde, além de atividades evangelísticas e esportivas com 4.087 crianças e jovens, eles realizaram 1.433 atendimentos médicos. Nos domingos, visitaram oito igrejas e realizaram atividades em três orfanatos. O grupo Fé abençoou o PEPE (programa socioeducativo) de Cottard, construindo uma escada e uma rampa. “Oramos para que o Senhor abençoe a vida de cada voluntário que esteve aqui. Que você tenha a oportunidade de um dia vir também e testemunhar de Cristo, a esta nação, pelo poder do Espírito”, é o convite do missionário André Bahia.


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NOTÍCIAS DOS CAMPOS

GÂMBIA SENEGAL Construção de um templo em Joal

A

pós alguns anos de muita oração, os irmãos senegaleses da cidade de Joal conseguiram o terreno para construir o templo da congregação batista. A missionária Ivonete Reis conta que a bênção chegou em janeiro deste ano. “Com os papéis em ordem, começamos a construir o muro. Quando já tínhamos feito todas as valas, para jogar o concreto e os ferros, algo aconteceu! Dois homens conseguiram mobilizar alguns jovens para aterrar as valas que já tínhamos aberto. Entrei em contato com a prefeitura, e o chefe da brigada, constatando que todos os documentos estavam em ordem, disse: ‘Eles não têm o direito de tocar naquela construção. Se algo mais lhes acontecer, eles serão presos. Depois disso, demos continuidade à construção do muro. Infelizmente, tivemos que parar com a construção do muro, devido à pressão feita por um grupo de pessoas em frente à prefeitura”, informou a missionária. Ivonete crê que todo esse levante tem acontecido pelo fato de que ali será construído um templo aonde o nome do Senhor Jesus será adorado e engrandecido. Todo o plano de construção do templo já foi realizado e eles já receberam a visita de um técnico de urbanismo. Os irmãos de Joal já têm uma linda planta projetada, com quatro salas para multiministério e uma sala para a administração; essas poderão servir de alojamento para voluntários visitantes. Na parte de cima da sala administrativa, e no mesmo modelo, será construída a Casa Missionária. “O Senhor Jesus tem enviado pessoas para nos abençoar. Meu sonho é que, a partir do templo construído, possamos reunir muitas crianças, adolescentes, jovens e adultos na casa do Senhor para O adorar. A congregação ainda não tem um nome, porém um que tem tocado o meu coração é Eglise Baptiste Ker Yakaar (Igreja Batista Casa da Esperança). Esperança para esse povo que tanto necessita da salvação em Cristo Jesus! “ finaliza a missionária.

Crianças são tocadas pelo Evangelho

N

o mês de março, a missionária Edna Ferreira Dias estava em sua aldeia, em Gâmbia, pregando o Evangelho de Cristo. Ela realizou um piquenique com 27 crianças e adolescentes, e muitos foram tocados pelo Espírito do Senhor. Um deles, chamado Domingos, carregava um amuleto amarrado na cintura há muito tempo. Quando iam para o mar, depois de ouvir atentamente a história de Samuel, aquele menino arrancou o amuleto da cintura. Seus amiguinhos ficaram assustados, esperando o que ele iria fazer. Ele olhou para a missionária e perguntou: “Posso jogá-lo fora?” E a missionária perguntou-lhe: “O que você pensa?” Ele não respondeu, simplesmente rodou o amuleto no ar e o atirou bem longe; depois correu para o mar. Na Escola Bíblica Dominical, ao estudar a história “Um Milagre para Samuelito”, o Senhor falou muito ao coração das crianças. Job, um menino de 9 anos, compreendeu perfeitamente o plano de salvação e pôde contá-lo às outras crianças da classe. “Que neste período de Campanha de Missões Mundiais, nas igrejas batistas brasileiras, o Senhor fale ao seu coração despertando-o ainda mais para orar e contribuir. Saiba que, quando você ora e contribui, muitas coisas são realizadas nos campos e o nome do Senhor é engrandecido”, afirma a missionária.

Burkina Fasso

Conferência de mulheres

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missionária Cristiane Oliveira, além da campanha “Quem Ama Espera”, realizou, um estudo bíblico com moças e senhoras da Igreja Batista Wend Benedo no dia 9 de março. “No poder do Espírito, procuramos mobilizar as igrejas batistas locais, especialmente em Uagadugu, a capital do país. Também fui convidada para ser a preletora na Conferência Nacional das Mulheres Batistas de Burkina”. Esta conferência aconteceu entre os dias 25 e 29 de março, em Sanogo, numa região onde se encontra o povo bissa. A missionária agradece a todos que têm orado por seu ministério, especialmente pelo trabalho desenvolvido entre as mulheres burkinenses. “Graças a Deus e para a Sua glória, vidas foram salvas e muitas mulheres estão mais encorajadas com a Palavra recebida”, informa a missionária.


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NOTÍCIAS DOS CAMPOS

ÁSIA

SUL DA ÁSIA

O

O

IMB e JMM formam parceria diretor executivo da JMM, Pr. João Marcos B. Soares, e M. Kevin e o Pr. Guy Key (líderes da International Mission Board – IMB) visitaram campos no Sul da Ásia, onde atuam alguns de nossos missionários. Missões Mundiais recebeu um convite oficial de parceria daquela organização missionária, cujo objetivo é alcançar um povo no Sul da Ásia. A IMB já mandou quatro casais de missionários para aquele grupo, e devido às dificuldades encontradas, nenhum teve sucesso. Segundo o Pr. Guy, todos desistiram. A IMB está disposta a dar apoio ao trabalho de Missões Mundiais para que envie mais missionários a países do Sul da Ásia. “Para mim, foi um tempo de pastoreio junto aos missionários, que ficaram muito felizes com a presença do diretor executivo da JMM. Há uma grande possibilidade de enviarmos, em parceria, muitos missionários para o Sul da Ásia, onde as portas estão abertas para os brasileiros”, acrescenta o Pr. Guy.

Uma boa estratégia

missionário Martinho enfrenta o desafio de compartilhar sua fé em Cristo, através de uma escolinha de futebol, a jovens de classe média no Sul da Ásia. Ele está sempre orando e pedindo estratégias de Deus para desenvolver seu ministério. O missionário conta que, há algumas semanas, Deus lhe deu uma boa oportunidade! Em um torneio, ele conheceu uma ONG que trabalha com crianças pobres. Então, Martinho se ofereceu para dar aulas de futebol para aquelas crianças, em suas folgas. Foi naquele momento que Deus lhe deu uma grande ideia, falando ao seu coração: “Você não pode pregar o Evangelho na escolinha para os meninos de classe média, porém pode pregar para os meninos pobres”. A estratégia do missionário é que, todas as vezes que ele for para a ONG, levará um menino da classe média de sua escolinha para ser seu assistente e tradutor. “Logo, este menino também será evangelizado, e ninguém poderá reclamar de nada pois não estou falando para ele, e sim para os meninos pobres”, conclui Martinho.

PORTUGAL

ITÁLIA

Mantendo a chama do Evangelho acesa

P

r. José Calixto e Suely Patrício são missionários de Missões Mundiais em Vila Real, Portugal. Em agosto do ano passado, eles assumiram mais um compromisso: o projeto A Telheira. Trata-se de um projeto social para o qual o governo português oferece apartamentos a baixo custo para famílias que sobrevivem no limite da pobreza. O trabalho foi iniciado por irmãos presbiterianos da Irlanda do Norte, quando estiveram visitando a igreja em Vila Real. Atualmente existem 180 famílias beneficiadas pelo programa. Ali, os irmãos irlandeses conseguiram reunir 22 crianças com idade entre 8 e 14 anos que estão sendo cuidadas pelo nosso casal missionário. Pr. Calixto conta que, quando chegaram a Portugal, em outubro de 2010, a igreja contava com apenas quatro membros e mais cinco pessoas que participavam dos cultos aos domingos. Ao completar o primeiro ano, em dezembro de 2011, já contavam com um grupo de 18 pessoas. Hoje, 22 pessoas congregam na igreja. “Se somarmos às 22 crianças do projeto Telheira, com as quais trabalhamos, podemos dizer que já temos um grupo de 44 pessoas. Mesmo sabendo que nem todos ainda congregam conosco na igreja, podemos louvar ao Senhor”, disse o missionário.

Batismos em Mântova

O

missionário Fábio Pegas informa que o mês de fevereiro foi de muitas atividades na Igreja Batista de Mântova, Itália, onde ele e a esposa, Nathalia, exercem seus ministérios. Logo no primeiro dia do mês, eles começaram uma campanha de jejum e oração que durou 40 dias. No dia 17 de fevereiro, foram realizados mais três batismos na igreja. Na ocasião, foram batizados o irmão Marcelo (brasileiro) e duas irmãs italianas, Anna e Valentina. Outro trabalho que tem se destacado é o ministério de esportes. “Deus nos abençoou com um treinador formado em Educação Física, o irmão Matheus, que se converteu e será batizado em breve. Ele, juntamente com outros irmãos, tem desenvolvido um excelente trabalho”, disse o Pr. Fábio. Pr. Fábio destaca o caso de Michele (25 anos), um rapaz de Mântova e muito católico. Ele, muito desejoso de conhecer a Palavra de Deus, se aproximou da Igreja Batista através da internet e começou um estudo bíblico com o pastor e já realizaram vários encontros. Aos domingos, Michele tem frequentado a igreja e já levou até visitante. “Tenho certeza de que foi o Espírito Santo quem o aproximou da igreja”, finaliza o missionário.


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PEPE

Os desafios da

África Ocidental

PEPE é um programa socioeducativo que se preocupa não apenas com a implantação de novas unidades em contextos diversificados, como também propõe e age em favor de um desenvolvimento autossustentável. A sustentabilidade deve ser integral, ou seja, espiritual, física, material e financeira.

O

Como forma de promover o autossustento das unidades do PEPE, proporcionamos formação e informação aos coordenadores regionais, nacionais e missionárioseducadores. Para isso, um dos eventos organizados é o Encontro de Coordenadores do PEPE. Ele acontece uma vez a cada dois anos em uma das regiões onde o PEPE se encontra: América Latina e África. Em janeiro, estive em alguns países da África Ocidental e na realização de mais um destes encontros; desta vez no Senegal. Foram cinco dias de intenso trabalho, troca de experiências e capacitação dos coordenadores do PEPE em oito países: Senegal, Guiné, Mali, Guiné-Bissau, Cabo Verde, Gâmbia, Serra Leoa e Libéria. Graças a Deus, contamos com a organização do missionário José Ricardo Nascimento, que coordena o PEPE na região, e de todos os missionários daquela localidade. Ouvimos testemunhos lindos de como Deus tem operado para a salvação de vidas, proporcionando

acesso a uma educação de qualidade às comunidades atendidas. Os irmãos da Libéria disseram ter se identificado com o lema do PEPE: “Levando esperança ao coração da criança”. Para a reconstrução do país que viveu vários anos de guerra, eles anseiam por levar esperança às novas gerações. Após esse encontro, tive o prazer de, juntamente com o missionário José Ricardo, visitar o trabalho na Guiné. Que alegria foi chegar ao vilarejo de Katuruma, que tem apenas uma escola, uma mesquita e o PEPE! Além de ouvirmos os alunos do programa, ver o esforço do missionárioeducador para fazer o melhor por aquelas crianças, mesmo em meio a tantas dificuldades, também pudemos conversar com o líder da comunidade. Aquele homem, que também lidera a mesquita, agradeceu o trabalho do PEPE e pediu mais missionários-educadores. Pessoas de outros vilarejos têm enviado seus filhos para essa unidade. Ficamos alegres com a liberdade para pregarmos o Evangelho, porém há um grande desafio: não há liberdade para as pessoas aceitarem a Jesus. A influência islâmica é muito forte. Precisamos de muita oração e intercessão para o desenvolvimento deste ministério que integra educação e a Palavra de Deus. Em seguida, fomos a Guiné-Bissau,

onde encontramos uma realidade muito difícil. Guiné-Bissau é um dos países mais pobres do mundo, mas por lá também há crianças com um desejo enorme de ir à escola, aprender e crescer. Ali, temos 13 unidades do PEPE. Elas são apoiadas por diversas igrejas evangélicas. A coordenação é da missionária Adriana Justino. Tivemos ainda um tempo precioso de meditação na Palavra, quando o presidente da Aliança Evangélica da Guiné-Bissau afirmou: “Queremos seguir os ensinamentos bíblicos de valorização da criança e inclusão no ministério, ainda que nas culturas africanas a criança não seja tão importante”. Apresentamos os fundamentos do PEPE, e o missionário José Ricardo falou de aspectos práticos do desenvolvimento do programa. Por fim, houve o momento solene de assinatura da parceria entre o PEPE Internacional e a Aliança Evangélica de Guiné-Bissau. Foi um marco no encontro. Terezinha Candieiro coordenadora do PEPE Internacional


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ESPAÇO DO VOLUNTÁRIO

Número recorde de voluntários leva

esperança ao Haiti

E

m 12 dias, o Conexão Haiti levou esperança a cinco comunidades, atendendo três orfanatos repletos de crianças que perderam os pais no terremoto que em janeiro de 2010 devastou o país caribenho. A caravana alcançou 4.361 pessoas. Um desses voluntários é a promotora de Missões da PIB Bauru/SP, Vanessa Reis Barnes Bueno, de 26 anos, e que compartilha sua experiência de testemunhar o Evangelho de Cristo no campo: Desde 14 anos, tive minha vida envolta em Missões. Já fui Mensageira do Rei e hoje sou líder desta organização em minha igreja, além de ser promotora de Missões. O valor da viagem era, aos meus olhos puramente humanos, inatingível, mas Deus me queria lá! Ele moveu minha igreja e outras duas igrejas da minha cidade, que se engajaram na ideia e estavam me apoiando. Eu nem acreditava que meu sonho de conhecer e trabalhar no campo missionário estava

se concretizando. Deus estava todo o tempo no controle. Quando pisei no Haiti, senti meu coração pulsar forte. Ali há um povo sedento do amor de Deus. O campo missionário não é lugar de festa. A única festa que existe ali é quando um pecador se arrepende, porque os céus se alegram! E a festa nesse caso era contínua! Tive a oportunidade de conhecer crianças que não estavam somente com fome de comida. Estavam com fome de carinho, incentivo, atenção, abraços, de amor… Eu não falava crioulo, apenas algumas palavras em francês, e minha comunicação com essas crianças eram gestos que eu vi que fizeram toda a diferença! Todos da caravana ali estavam pelo mesmo propósito, que é apresentar o único caminho: Jesus Cristo. Deus tem um plano! E Ele quer que façamos parte do plano Dele. Não temos que ficar montando grandes estratégias, porque ele já está trabalhando. Apenas temos que nos dispor, e Ele irá nos usar! Por Willy Rangel

Seja um missionário voluntário A próxima caravana Tour of Hope Haiti acontece em outubro. Precisamos principalmente de voluntários nas áreas de saúde, ação social, educação, entre outras. Dedique parte de suas férias para servir ao próximo e compartilhar o amor de Cristo. Inscrições: tourofhope@jmm.org.br.

Inscreva-se já!

Ligue hoje mesmo para a Central de Atendimento:

2122-1901

(cidades com DDD 21) ou

0800-709-1900

(demais localidades) ou envie um e-mail para voluntarios@jmm.org.br.


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DIÁRIO DE BORDO

No meio da igreja perseguida iajando pelas montanhas de um país do Oriente Médio para gravar vídeos para uma das campanhas da JMM, o clima calmo e bucólico pouco lembrava que estávamos num campo onde a Igreja de Cristo é perseguida. Tudo parecia calmo, até que um dia, voltando de uma visita com o missionário local, a Polícia fez sinal e tivemos de parar o carro. O missionário foi até um homem fardado que queria saber quem éramos. A conversa foi pacífica e ele logo foi liberado. Na igreja que se reunia na casa do obreiro, começamos uma entrevista. De repente, um senhor entrou e se sentou no meio da sala. O pastor falou discretamente que se tratava de um espião e então paramos a gravação. Ele permaneceu conosco durante todo o culto. Olhava aquelas mulheres sentadas, com um véu na cabeça, e podia imaginar a luta delas para estarem ali. Depois da refeição, o casal de obreiros nos ofereceu um almoço simples composto basicamente de verduras. Todos nós comemos como se fosse um banquete. Havia tensão ao redor, mas o Senhor nos manteve em paz e segurança. O mesmo aconteceu em um país africano onde conseguimos entrar. A permissão para filmar levaria dias, então resolvemos alugar um carro e ir para o interior onde não havia vigilância. O obreiro local passou um dia tentando alugar um carro, mas como o valor era muito alto, tomamos um ônibus. Sentamos nos bancos de trás. Cercados de homens sérios, vestidos com seus enormes roupões, ficamos em silêncio. O povo era diferente, a língua desconhecida, e percebia o quanto destoávamos deles. Se fossem agressivos, o que seria de nós, estrangeiros e cristãos? Foi uma viagem curta e tensa. Nenhuma palavra, nenhum gesto brusco. Apenas orava para que Deus nos guardasse e chegasse logo a hora de descer daquele ônibus. A região era de refugiados, e pela paisagem que víamos da janela, constatávamos a miséria daquele povo. Ao pisarmos naquele solo seco, nos sentimos seguros. Estávamos em um campo de refugiados de guerra, mas

a paz dos irmãos nos tranquilizou. Visitamos pessoas, conversamos, vimos a maneira simples como as mulheres cozinham, e no final do dia retornamos. No dia seguinte, voltamos àquele campo de refugiados para uma viagem mais longa e dessa vez conseguimos alugar um carro. Depois de 50 minutos, chegamos. Havia montanhas de palhas amontoadas pelo caminho. O pequeno templo de barro estava cheio na hora do culto. Havia tambores e muita alegria durante os cânticos. Lá pelas três da tarde, depois da reunião e das entrevistas, fomos visitar as casas locais. Fomos andando a pé, e de repente o pastor local apareceu com um enorme guarda-chuva antes que desmaiasse naquele calor de mais de 45 graus. As casas eram de pequenos tijolos e os quartos geralmente sem teto porque ali nunca chove. Conversamos, gravamos imagens dos costumes do povo e atravessamos de volta pelo chão vermelho rachado pelo sol. Em pouco tempo chegamos ao templo. Exausta, vermelha, sentindo a pele pegar fogo, sentei-me numa cadeira e de novo o obreiro apareceu, e com um enorme papelão na mão, começou a me abanar. Pr. Ibrahim Baligh, missionário da JMM, e os irmãos que nos acompanhavam, riam e falavam em árabe sem que eu nada entendesse. Fiquei comovida com o cuidado daquele homem simples e sofrido, um refugiado de guerra, mas tão sensível e atencioso. A dureza da vida não atingiu seu coração. Tudo nele estava à disposição pra servir em nome do Senhor. Nosso contato com a igreja perseguida foi um bálsamo. Algo que jamais entenderei com minha mente humana. Nilcilene Figueira coordenadora do Setor Audiovisual da JMM


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ATÉ OS CONFINS

Viagens de

Missões Mundiais

SUL DA ÁSIA

K

atmandu, Calcutá, Nova Délhi… Pinturas vermelhas na testa dizem que as mulheres são casadas. Pulseiras de ouro e prata também são sinal do compromisso de um homem com uma mulher. Por toda a região, o trânsito é complicado, e as buzinas são constantes. As cidades são sujas em sua maior parte; os rios são extremamente poluídos e, por isso, a água potável é muito valiosa. Mas há algo de muito bonito que se pode descobrir, mesmo em meio a essa situação carente e triste: as pessoas são calorosas, tão calorosas quanto as pimentas típicas que se pode experimentar! Quando decidimos participar da missão de Deus no mundo, precisamos conhecer as necessidades das nações. Testemunhar pelo poder do Espírito aos povos é entender como o poder com o qual Deus nos reveste é ferramenta para servir ao próximo. Queremos buscar formas, parcerias, ideias. Queremos dar as mãos a quem, como nós, quer viver para servir. Em uma de minhas últimas viagens a serviço de Missões Mundiais, eu e Pr. Guy Key, amigo e missionário da International Mission Board (IMB) no Brasil, passamos por países que vão de 700 mil a 22 milhões de habitantes. Cidades que mesclam vilas, sem

planejamento e infraestrutura, com falhas de energia elétrica que duram, em média, de 10 a 14 horas por dia. Visitamos, por exemplo, uma favela que conta com uma escolinha de alfabetização cristã no meio da comunidade, mesmo nestas condições. Pude perceber que trabalhar com a comunidade é algo que dá certo nesta região. Ao mesmo tempo, vi meninos monges no Nepal jogando futebol com uma bola de plástico. Senti meu coração cheio de esperança por alcançar a geração destes meninos, imaginando suas vidas livres destes dogmas e vivendo uma infância feliz com Cristo. Sonhei um futuro para eles. Também sonhei com a JMM colaborando com um futuro melhor para as meninas que são tiradas do convívio de suas mães, as quais são envolvidas com prostituição. Há muitas delas que precisam ser resgatadas do tráfico humano e da moradia nas ruas. Só o amor de Cristo pode mudar o destino destas vidas. Tive a oportunidade de pregar na Igreja Good News Center, liderada pelo Pr. Daniel e sua esposa brasileira, irmã Eunice, que realizam um trabalham fantástico em West Delhi (4 milhões de habitantes), na área de plantação de novas igrejas. Em uma cidade próxima, encontrei nossos missionários da JMM que têm investido suas vidas no ministério

com esportes! É absolutamente incrível como Brasil e esporte são sinônimos de portas para receber missionários brasileiros em Calcutá, Paquistão, Índia e, também, em Bangladesh. Ouvi um apelo que tocou meu coração. Pediram-me para que o Brasil, por meio de Missões Mundiais, envie um casal de missionários para uma etnia do Sul da Ásia. São 10 milhões de vidas sem o Filho de Deus que, se não ouvirem sobre ele, não entenderão seu amor. As ideias para as outras regiões são diversas: podemos abrir restaurantes de comida brasileira – acreditem, é uma grande chance de falar do amor de Deus; podemos ainda mais: enviar técnicos de futebol para o Nepal, por exemplo. Futebol é o primeiro esporte do país e a população ama os jogadores brasileiros. Já pensou em um grupo de Voluntários sem Fronteiras para essa região? Meu coração tem sonhado e vislumbrado o amor de Deus alcançando nações por meio da simpatia e da graça da igreja brasileira. Visitar e conhecer estes lugares é entender suas necessidades e como podemos usar nossas habilidades através de Missões Mundiais para que o amor de Deus seja visto e vivido. Sonhe conosco. Venha conosco. Pr. João Marcos Barreto Soares Diretor Executivo da JMM


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CONVÍVIO

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nova geracao

Valorizando a

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econhecer que os que andam ao nosso lado são parte do nosso crescimento é saber o valor da convivência. Se procuramos conhecer e entender o outro, nos envolvendo com ele, vivendo um relacionamento de boas consequências, aprendemos a dizer e a sentir o que isto representa algo para nós; e se representa algo, tem valor! Pode ser bom! Valorizar a nova geração é nada mais do que repetir o que Jesus ensinou, pois a mensagem Dele é a mesma até hoje: amar uns aos outros. Significa dar espaço para que o outro exista. Missões Mundiais apoia e divulga o suporte que a Convenção Batista Brasileira tem dado a este assunto em 2013, que inclusive foi tema de sua 93ª Assembleia, em Aracaju/SE. Nós precisamos nos atualizar. O mundo tem mudado, e os nossos adolescentes (geração Z) demonstram comportamentos, habilidades e motivações diferentes das gerações anteriores. Para amá-los, conhecê-los e servi-los, precisamos conviver com eles. Em nossas igrejas, as gerações Y e Z (saiba mais a respeito em uma busca rápida na internet) têm esperado por um espaço de diálogo aberto e conectado, cada vez mais veloz e global, já que essa é a vida que levam de segunda a sexta-feira. Se pararmos para pensar com responsabilidade, perceberemos que os nossos adolescentes e jovens estão trazendo para a realidade da igreja uma forma que sugere, com mais intensidade, o que temos tentado tanto ao longo dos anos como cristãos: tornar real a verdade de que aquilo que vivemos no domingo deve ser uma

extensão do que vivemos durante a semana, e não o contrário. Por isso, o investimento em conhecêlos é urgente. Não há como a igreja “ser parte” do cotidiano da nova geração se ela não estiver presente (pense nas ferramentas para isso!). O dia-a-dia dos “novos jovens” tem habilidade e intimidade com tudo que é eletrônico; a velocidade da informação é algo natural. A “nova geração” é conectada, no sentido mais profundo que a palavra possa suportar. Tanta conexão, velocidade e acesso fazem com que a obsolescência seja muito comum: é possível esquecer o valor das coisas muito rapidamente, inclusive o valor de estar com o outro, já que a turma é incentivada, pelo seu contexto, dentre outros motivos, a menor interação social, com menos expressividade na comunicação verbal, sendo, também, ouvintes não tão bons quanto a geração anterior, a Y. Contudo, são rápidos pra pensar, não-lineares, criativos, donos de um conceito de mundo que não possui limites geográficos. Informação é o que não lhes falta. Imagine como esse pessoal pode transformar a maneira como vivemos em missão? A maneira como Missões Mundiais alcança povos não alcançados? A forma como comunicarão o Evangelho a toda criatura? Já pensou em como eles viverão com intensidade o sonho de que todos conheçam o amor da cruz de Jesus, se realmente experimentarem esse amor, sendo compreendidos pelas gerações anteriores? Valorizar a nova geração é saber que, independentemente das características de cada período que vivemos, de cada geração que

nasce e se consolida na sociedade, cada um, como filho de Deus, como comunidade de fé, como igreja, como pastor, como irmão, como pessoa, como gente, deve saber abrir espaço na sua vida e na sua história para que o “novo” não seja um obstáculo, para que a “mudança” não seja uma dificuldade, mas uma aliada. Uma maneira de viver o amor de Deus na sua plenitude. As ferramentas do nosso século podem tanto isolar quanto aproximar. Quem deve aprender a usá-las? Quem deve “ensinar a criança no caminho em que deve andar”? É hora de deixar a “nova geração” falar, manifestar a maneira como sonha a missão, a vontade e os meios que têm para se envolver com o que Deus está fazendo no mundo. Dê voz à nova geração. Dê vez à nova geração. Saiba quem ela é, como ela pensa, o que ela quer. Valorize-a, conhecendo-a. Como? Convivendo com ela. Eliana Moura líder de adolescentes


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ACAMPAMENTOS

Prontos para

TESTEMUNHAR Rio de Janeiro

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romotores voluntários de Missões e pastores de igrejas de todo o Brasil participaram de acampamentos organizados pela JMM. Histórias e relatos emocionantes sobre o campo, palestras e materiais exclusivos foram os destaques desses eventos, realizados com o objetivo de mobilizar as igrejas evangélicas brasileiras a participar da Campanha 2013, com o tema Testemunhe às Nações pelo Poder do Espírito. Nossos missionários também encorajaram pastores e promotores a desafiarem suas igrejas a contribuírem e orarem pelo trabalho missionário em áreas de risco, como o Oriente Médio e Norte da África, regiões em que missionários têm sofrido ameaças e até mesmo sido expulsos. O trabalho missionário precisa continuar nesses lugares do mundo, como destacou no acampamento do Pará a missionária Mariana Duarte, que recentemente precisou deixar o Norte da África e retornar ao Brasil (confira entrevista nas páginas 5 e 6).

Sobre os acampamentos, muitas foram as mensagens recebidas pela JMM através de seus canais de relacionamento (e-mail, redes sociais, telefone, entre outros), e vários desses contatos foram para elogiar e mostrar o desejo de participar dos próximos acampamentos. O primeiro acampamento de 2013 aconteceu no Ceará, ainda em fevereiro. Os promotores voluntários de Missões das igrejas cearenses se reuniram no Acampamento Peniel, em Fortaleza, para se inteirarem e ficarem a par de tudo o que Missões Mundiais preparou para mobilizar as igrejas a testemunharem o Evangelho de Cristo a todas as nações.

Ainda no Nordeste, foram realizados acampamentos no Maranhão e no Piauí. Pela página da JMM no Facebook, a promotora Josilene Vieira disse que teve o prazer de ouvir e conhecer os missionários Josué e Kely Pacheco (Níger). Também através da internet, Antonia Leite Facundes afirmou ter sido maravilhosa a experiência de participar e testemunhar o que Deus está fazendo no mundo.

Piauí

Ceará

Pará

oportunidade de ouvir e sentir Deus agindo”, acrescentou.

“Foi uma bênção o acampamento de promotores em nossa cidade”, diz Rui Freitas, da PIB José Walter, em Fortaleza. “Recomendo que os irmãos aproveitem essa

“Oremos para que mais pessoas participem dos encontros”, escreveu Antonia no Facebook de Missões Mundiais. “Parabéns à JMM, aos organizadores e missionários”, acrescentou. Também no Piauí, a promotora voluntária Alga Simone de Morais Nobre, da IB Centenário, em Teresina, disse ser grata a Deus por ter participado do acampamento realizado pela JMM.


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ACAMPAMENTOS “Mensagens e testemunhos que muito me edificaram e renovaram minhas forças, dando novo ânimo para os desafios a serem enfrentados este ano”, disse. No Sul do Brasil, o missionário mobilizador Claudio Andrade destacou a participação de um pastor no acampamento da região.

Sul do Brasil

“Ao final do acampamento, fui procurado por um pastor que, emocionado e com lágrimas nos olhos, me disse: ‘Este é o segundo encontro que eu venho, e como fui abençoado! Posso dizer que aqui Deus mudou minha vida e o meu ministério’”, conta o Pr. Claudio. “Agradecemos a Deus, pois nos dirigiu em tudo. Ao Senhor da seara, toda a glória e todo o louvor”, acrescenta o mobilizador para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Paraná

O acampamento de Missões Mundiais em Rio Bonito/RJ contou com a participação de mais de 450 promotores voluntários dispostos a mobilizarem suas igrejas em prol da Campanha Missionária.

Parabéns a todos que contribuíram para que esse evento se realizasse. Sei que a minha responsabilidade é grande”.

Rio de Janeiro

“A cada ano fica melhor. Que Deus abençoe a todos que trabalharam para que tivéssemos um acampamento abençoado”, escreveu Débora de Souza no Facebook da JMM. “Não consegui até agora descrever como foi esse acampamento: muito diferente de tudo, uma novidade maravilhosa, e só tenho que agradecer ao nosso Deus por tudo isso”, disse Joseli Barbirato na internet sobre o acampamento fluminense.

Espírito Santo

Espírito Santo, São Paulo e Pará também receberam acampamentos de promotores voluntários de Missões. Sobre o acampamento capixaba, a promotora Anazilda Bernardes disse o seguinte: “O acampamento foi especial para este ano. Que o Espírito Santo de Deus nos capacite a avançarmos no testemunho do Evangelho às nações”. Em Sumaré/SP, a promotora Suely Paulina Ferreira Galvão compartilhou: “Voltei impactada com o que vi e ouvi. Fui grandemente abençoada por minha igreja em poder estar lá.

São Paulo

Gleice Santos também participou do acampamento paulista e disse: “Foi a primeira vez que participei, e voltei ainda mais apaixonada por Missões. A visão que eu tinha era pequena diante das possibilidades que temos para fazer mais para a obra de Deus”. André Barros, mobilizador para os estados do Maranhão, Piauí e Ceará, destacou: “Deus fez valer todo o esforço de nossa equipe. Os promotores saíram mobilizados”. O missionário mobilizador para os estados do Pará e Amapá, Luiz Henrique Carvalho, enfatizou o tempo de comunhão durante o acampamento em Castanhal/ PA, e acrescentou: “Acredito que o melhor de Deus ainda está por vir quando colhermos os frutos desta mobilização. A Deus toda a honra e toda a glória”. Aos promotores voluntários de Missões, a JMM agradece o envolvimento e espera que os acampamentos deste ano tenham servido para abençoar a obra missionária e despertar cada vez mais as igrejas para a importância de testemunhar o Evangelho de Cristo a quem nunca ouviu falar em Jesus. Até 2014! Por Willy Rangel


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Conexão

Da igreja ao

campo missionário

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Conexão Missionária é a principal ferramenta de mobilização realizada por Missões Mundiais ao longo do ano. O congresso tem como objetivo despertar os crentes para a necessidade de evangelização do mundo, apresentando desafios e também o que Deus tem feito no mundo através dos missionários da JMM. Somente este ano, já foram realizados cerca de 100 congressos Conexão. Sob a coordenação do Pr. Adilson Santos e de uma equipe de missionários mobilizadores presente em quase todo o território nacional, o Conexão tem sido um poderoso instrumento de aproximação, unidade e mobilização durante o período da Campanha Missionária da JMM. De norte a sul do Brasil, vários são os relatos de pessoas e mobilizadores que participaram ativamente de um Conexão. A Igreja Batista Memorial de Brasília recebeu o Conexão em março. Ali, pastores e promotores voluntários de Missões de igrejas da capital federal tiveram a oportunidade de se conhecerem e trocarem ideias pessoalmente com os missionários. Naquela ocasião, a missionária Sônia Tomaz (Romênia) compartilhou seu testemunho, que muito impactou os presentes, segundo o missionário mobilizador Henrique Davanso, que também serviu por quatro anos como missionário no campo na Albânia.

“Todos puderam ver a provisão do Pai em todas as circunstâncias da vida da missionária”, contou Davanso. A missionária Lucimar Maria de Sousa também compartilhou seu testemunho. Ela atua no TimorLeste, país asiático onde o português é uma das línguas oficiais. Ainda há uma série de congressos Conexão por acontecer ainda este ano. Se você ainda não foi, não perca esta chance de ouvir de perto o relato de um missionário, os desafios no campo e histórias emocionantes de pessoas que entregaram sua vida ao Senhor. Participe do Conexão na sua cidade. Importese com quem nunca ouvir falar em Jesus. Confira semanalmente a agenda atualizada do Conexão 2013 em www.facebook.com/missoesmundiais, mobilize sua igreja ou associação para, juntos, despertarmos nos crentes brasileiros o desejo de orar, ofertar e cumprir a missão.


CUMPRINDO A MISSÃO

Com a palavra:

nossos novos missionários

“N

ão interessa o quanto a gente sabe. Interessa o quanto estamos dispostos a servir”. Com essa frase do executivo de Missões Mundiais, Pr. João Marcos B Soares, o semestre da turma de 25 novos missionários começou em fevereiro de 2013, no Centro de Capacitação Missionária da JMM/Rio de Janeiro. O que os motivou a ir com tudo para o campo transcultural? Enxergar uma necessidade no mundo pela qual se sentem responsáveis. As habilidades destes missionários serão tratadas, aperfeiçoadas e ainda mais desenvolvidas na vida que escolheram: uma vida de serviço. A Junta de Missões Mundiais envia ao campo aqueles que, sendo bênção perto de casa, serão bênção aonde forem, assim como também abençoaram Missões Mundiais durante seu tempo de treinamento, no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil. Nos meses em que frequentaram as aulas, os missionários puderam entender o sentido de cada palavra aprendida, de cada situação vivida, de ter amigos espirituais, da importância dos momentos de reflexão, de certezas, dos

livros que os acompanharam, do aconselhamento de seus professores e da saudade por um campo que, muitos, ainda nem conhecem. A turma superou a etapa de treinamento com a alegria de entender os objetivos esclarecidos pelo Pr. João Marcos na aula inaugural: 1) conhecer a visão de trabalho de Missões Mundiais; 2) compreender-se como parte de uma equipe, que é uma família missionária; 3) capacitarse, por meio do aperfeiçoamento e 4) praticar o desapego. Foi nos dias de convivência com os professores, funcionários e colegas de missão que cada um pôde perceber o sentido de estar em missão; missão como estilo de vida.

19 “Percebi que as ferramentas necessárias para a missão já estão disponibilizadas por Deus. A mim, cabe aprender como usá-las. Estou desenvolvendo um plano de extensão do PEPE (programa socioeducativo) na Bolívia e, durante o treinamento, encontrei ideias e norteadores para a execução desse projeto.” Larissa Borges “Espero contribuir para que pessoas tenham um relacionamento com Deus e, também, para a capacitação de pessoas envolvidas com obra missionária através de Jesus Cristo.” Cícera Soares “O treinamento foi um tempo novo. Vimos o cuidado da coordenação conosco. Os professores são pessoas totalmente comprometidas com o nosso preparo para a continuação da obra missionária através de nós.” Pr. Marco Antônio e Margarete “Minha expectativa é que Deus me dê sabedoria para administrar o conhecimento que adquiri no treinamento, para que eu seja canal de bênção, de forma prática, para servir e compartilhar o amor do Pai à nação onde for.” Maria Edna “Além das ferramentas que nossos professores nos deram, ganhei pessoas para andarem comigo. Colegas muito especiais e amigas-irmãs, no internato. Cheguei ao Centro de Capacitação com toda a minha vida entregue ao Pai. Sei que Ele mesmo me conduzirá em todas as coisas.” Hadassa Lewis

“Não interessa o quanto a gente sabe. Interessa o quanto estamos dispostos a servir.”

“O treinamento foi um excelente período de preparo, aprendizado, revisões, novas experiências com Deus e fortalecimento de relacionamentos. Quero exercer o chamado de testemunhar de Cristo às nações com humildade e gratidão e, assim, participar com Deus da missão Dele.” Juliana Mota

Fica para você, leitor de A Colheita, a palavra dos nossos novos missionários, capacitados para irem aos campos viver o amor que todos nós, em qualquer parte do mundo, devemos viver dia a dia:

“Posso definir o tempo que vivi no treinamento como um período de crescimento. Aprendi sobre temas que nunca havia ouvido falar antes! Aprendi a conviver e a aceitar as pessoas com as suas diferenças. Aprendi a dividir. Tenho a segurança de que Deus é o Senhor desse grande treinamento que é a vida.” Juliana Garcia


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Perfil Missionário Mobilizador

De promotor a

mobilizador Riedson Oliveira (30) é Riedson Oliveira

Os missionários mobilizadores são a extensão da Junta de Missões Mundiais por todo o Brasil. São eles que ajudam a mobilizar as igrejas, organizando eventos como o Conexão Missionária e os Acampamentos de Promotores e de Pastores. Cada missionário mobilizador tem suas características próprias. Mas todos têm um só objetivo: mobilizar mais e mais igrejas em favor da obra missionária. A partir desta edição de A Colheita, você conhecerá um pouco mais sobre um de nossos missionários mobilizadores.

um jovem pastor com muita experiência para contar. Ele já foi pastor auxiliar da Igreja Batista Monte Gerezim, em Salvador/BA, e também promotor voluntário de Missões Mundiais.

Ele começou a se envolver com Missões ainda na adolescência, quando já pensava em ir para o seminário estudar Teologia. “Foi na Igreja Batista Monte Gerezim que eu iniciei um trabalho com a juventude, enquanto cursava Teologia. Foi no seminário que eu conheci o Davi Pina, que mais tarde também veio a ser missionário mobilizador. Nós começamos ali a nos envolvermos com a obra missionária”, diz Riedson. Ele começou como voluntário nos eventos de Missões Mundiais. Sua experiência em informática o levou a ajudar nesta área e também nas de sonorização e mídia digital. E foi em um destes eventos, ao ouvir o testemunho do missionário Paulo Pagaciov, que Riedson viu que poderia

fazer muito mais por Missões Mundiais e decidiu avançar. Bagagem missionária não falta para Riedson. Ele atuou como promotor de Missões em sua igreja, foi consagrado pastor em 2007, e em 2011 foi convidado pela Junta de Missões Mundiais para ser missionário mobilizador em parte da Região Nordeste. E agora ele incentiva outras pessoas a também se doarem um pouco mais ao trabalho missionário por amor àqueles que ainda não tiveram a oportunidade de conhecer o verdadeiro Evangelho. “Eu deixo um recado para o promotor voluntário de Missões. Primeiro, é preciso ser apaixonado pelo que faz. As pessoas precisam sentir o amor que existe dentro de você, porque isso contagia e leva outros a se envolverem. Seja o primeiro a fazer o que é necessário. A urgência é grande, use a sua criatividade, seus talentos… Aperfeiçoe-se. Pegue tudo o que você tem de melhor e coloque à disposição da obra missionária”, conclui.



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AMOR DE MÃE

Testemunhar do amor de Jesus aos pequeninos: missão que requer fé, esperança e amor

A

través das iniciativas esportivas e socioeducacionais do projeto Oásis de Esperança, estou envolvida com cerca de 50 crianças do Norte da África. No orfanato, sou vista por aqueles meninos e meninas como alguém em quem eles podem confiar, receber atenção e carinho. Os de menor idade são os que mais se apegaram a mim, pois o tempo em que estou com eles, estou sempre jogando, rindo, abraçando e oferecendo carinho. Toda vez que preciso deixá-los, percebo o quanto aquele dia foi agradável para eles, e meu desejo é para que o tempo passe logo e eu possa retornar para estarmos juntos novamente. Durante os jogos e treinamentos, sempre tenho ao meu redor algumas meninas. Elas fazem um monte de perguntas e com aquele olhar carente por um abraço, um beijo ou um simples gesto de amor. Além de demonstrar afetivamente o que sinto por meus “filhinhos”, também os entrego constantemente diante do Pai: jejuando, orando e clamando pelo “futuro integral” de cada um deles. Ao longo dos anos, vivendo e ministrando entre não alcançados, aprendi que não posso mudar o início da história deles, mas tenho a convicção de que, pela graça e misericórdia de Deus, participarei da construção do futuro vitorioso desses tesouros vindos diretamente de Deus para mim. E vindos de Deus, mesmo não sendo gerados por mim, sei que eles são heranças do Pai: “Os filhos são herança do Senhor” (Salmos 127.3a). Rebeca Mubarak missionária no Norte da África Rebeca ainda não teve filhos legítimos, mas assim como muitas outras missionárias, ela dedica às crianças de seu campo missionário todo o seu amor de mãe. Até os confins da terra, nossas missionárias investem seu tempo e dedicação no cuidado de crianças que, em sua maioria, desconhecem o verdadeiro amor: Jesus Cristo.

A

qui em Guiné-Bissau atendo 320 crianças através do PEPE (programa socioeducativo). É uma alegria vê-las felizes com o cuidado, carinho e alimentação diária que recebem. Vejo no olhar de cada uma a gratidão pelo tratamento que recebem. Não tenho filhos, mas trabalho e ensino os educadores a tratarem bem as crianças, pois são bênção de Deus para nós. Adriana Justino missionária em Guiné-Bissau

S

ou ‘mãe’ de muitas meninas no Sudeste da Ásia. Ouço o que elas têm a dizer, ouço suas risadas, enxugo suas lágrimas. Quero que tenham uma vida feliz e sejam prósperas em tudo. Por elas eu choro, passo noites em claro e dias inteiros em alerta. Vou semeando a boa semente em seus corações e cuidando para que frutifique. É com os joelhos dobrados em oração que sigo gerando em Deus minhas filhas amadas. E quando elas enfim se rendem a Cristo, meu coração missionário exulta. E o coração de mãe… Ah, esse sabe que o trabalho só está começando. Mali missionária no Sudeste da Ásia


DE PASTOR PARA PASTOR

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Uma

geração de heróis D

esde o tempo de seminário, tenho ouvido que nossa geração não tem heróis. Confesso que a minha primeira reação a esta afirmação foi concordar, depois questionar, e hoje refletir. O que há de diferente nesta geração em relação às outras? Será mesmo que não temos referencial? Será que Deus não tem mais levantado homens e mulheres para marcar uma geração? Foi então que cheguei a minha própria conclusão: somos, sim, uma geração com heróis e de heróis também! Eu mesmo tive oportunidade de conhecer pessoas que marcaram e têm marcado nossa geração através do envolvimento com a obra do Senhor e, ainda mais, com o Senhor da obra. Nomes como Waldemiro Tymchak, Joed Venturini, Analzira Nascimento, minha avó, o meu pastor… São pessoas que inspiraram a minha caminhada com Cristo e o meu envolvimento com Sua obra. Passeando pelo Antigo Testamento descobri um relato fascinante: “E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo; depois tornava-se ao arraial; mas o seu servidor, o jovem Josué, filho de Num, nunca se apartava do meio da tenda” (Êxodo 33.11). Foi então que percebi que o segredo não está na idade, na função ou na formação, pois Josué era

um jovem, um simples auxiliar, e não passou pelas grandes universidades do Egito. Ele foi um escravo! A grande questão é que ele tinha o exemplo de Moisés, que falava face a face com Deus, e ele não se afastava da tenda, da presença do Senhor. Tenho certeza de que Deus continua chamando homens e mulheres, jovens e crianças para viver uma vida que O glorifique e, assim, marcar com o amor de Cristo esta geração, para serem heróis da fé dos quais o mundo não é digno, parafraseando o autor de Hebreus. Porém, é importante que nós, pastores, sejamos como Moisés, amigos de Deus. É importante que a nossa vida inspire aqueles que estão ao nosso lado. Que a relação íntima com Deus, que a conduta que O glorifique e que o testemunho às nações comece em nós. Que estejamos tão perto de Deus que os jovens que nos observam não desejem nunca se apartar da presença Dele. Assim, seremos e teremos uma geração de heróis na fé que testemunham às nações com suas vidas, tanto em Jerusalém, como na Judeia, ou mesmo em Samaria e até nos confins da terra.

Pr. Farley Filho Radical Ásia em treinamento

Que a relação íntima com Deus, que a conduta que O glorifique e que o testemunho às nações comece em nós. Que estejamos tão perto de Deus que os jovens que nos observam não desejem nunca se apartar da presença Dele.


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pem

Uma escola de missionários do

PEM na Ásia A

partir de uma escola de futebol criada em 2005 na Malásia, a Brazil Football Centre (BFC), toda uma geração de missionários do Programa Esportivo Missionário (PEM) tem sido preparada para alcançar países vizinhos, muitos deles inóspitos à presença de obreiros cristãos. Foi exatamente isso com que eu sonhava.

Ainda continuam em preparação na BFC em Kuala Lumpur, capital da Malásia, dois casais de missionários do PEM, enquanto a JMM aguarda a chegada de novos obreiros para o treinamento missionário em agosto. Três casais já estão confirmados, mas a expectativa do PEM é que outros missionários se apresentem a tempo de ingressarem no treinamento deste segundo semestre.

Com a chegada em 2004 de um missionário do PEM naquele país, começamos a visualizar esse local como um centro de formação de missionários do esporte. O motivo é a singularidade cultural desta nação, localizada no Sudeste da Ásia.

A Malásia é um lugar tão estratégico na preparação de missionários, que foi escolhida pela coordenação do Programa Radical para servir de base para a aculturação e o aprendizado do inglês do primeiro grupo do novo projeto Radical Ásia, que seguirá para o continente em 2014.

A Malásia, uma ex-colônia britânica, é um país onde os três maiores grupos religiosos não cristãos – o budismo, o islamismo e o hinduísmo – convivem em harmonia. Assim, missionários enviados à Malásia, além de capacitados no uso do esporte como ferramenta de evangelização, poderiam se aculturar em meio a estes três grupos religiosos, preparando-se para servir em nações vizinhas onde um destes grupos predomine como religião do país. A estratégia deu certo, e oito anos depois, sete casais de missionários do PEM foram enviados e preparados na BFC, sendo que três deles já estão servindo em países vizinhos, um deles com predominância hindu, outro com domínio muçulmano e um terceiro com maioria budista. Nos próximos meses, voltarão à Ásia outros dois missionários do PEM que estão no Brasil visitando igrejas em período de promoção: um casal para um outro país de maioria budista e um casal para o maior campo missionário da região.

Se você deseja ter mais informações de como participar do PEM ou conhece alguém que tenha o perfil para servir através do ministério esportivo no campo missionário transcultural, entre em contato com Missões Mundiais através do e-mail crh@jmm.org.br. Pr. Marcos Grava coordenador do PEM/Tour of Hope


A gente faz parte P

ra você que acompanha o Com.Vocação JMM Jovem, a notícia não é nova: Deus está em missão no mundo e a gente não quer ficar de fora. Se você é novo por aqui, faça parte dessa ideia. Estamos viajando pelo mundo, levando o amor de Deus a gente como nós que, muitas vezes, só precisa ser ouvida, abraçada. Entre os dias 9 e 24 de fevereiro, mais uma destas viagens aconteceu. Foi o intercâmbio internacional no Uruguai. Foram mais de 80 inscritos de todas as regiões do Brasil, sendo 18 deles selecionados para dedicarem vida, tempo e talentos em outro campo missionário. Andrés e Esther Durán, que atuaram como missionários do projeto Radical Latino na Colômbia e no Peru, são os colaboradores no trabalho missionário do Uruguai há um ano. A turma do Com.Vocação viveu com eles a realidade de um povo fechado ao Evangelho, que é contra qualquer tipo de igreja. A maior parte da população é formada por ateus que se orgulham de viver assim. A liberdade de pregar o Evangelho nem sempre é possível. Quem já teve uma experiência missionária no campo sabe que o quebrantamento do coração é inevitável. Quem vai nunca volta o mesmo. Olha só o que nossos voluntários contaram sobre essa experiência: “Ser crente na igreja é fácil; precisamos ter uma vida integralmente dedicada a Deus. Não existem duas esferas na vida, mas apenas uma. E nela Deus deve ocupar o primeiro lugar”. “Deus falou claramente comigo sobre o que Ele deseja para minha vida. Me sinto feliz por descobrir o que o Senhor quer de mim. Pude ouvi-lo e dizer ‘sim’ para o Seu chamado”. “Mudei a visão que eu tinha sobre Missões. Essa é uma forma muito melhor, porque utiliza os talentos dos missionários e não se limita ‘à pregação’. A meu ver, essa forma é muito mais eficaz, e me faz querer me engajar mais no trabalho missionário”.

Fazer parte do que Deus está fazendo no mundo é o nosso objetivo. Durante os dias na cidade uruguaia de Minas, a galera Com.Vocação trabalhou em diversas atividades, como o dia da beleza, oferecendo limpeza de pele, maquiagem, massagens, tratamento das unhas das mãos e pés, cabelo… Mas uma das atividades em especial trouxe uma alegria incontida para o grupo: a convivência com as crianças do orfanato da cidade. A equipe dedicou amor, carinho, brincadeiras, cuidado e também foi muito amada por cada pequenino ali. Na despedida, músicas, danças, peças de teatro, entrega de presentes, lanches, muito amor e alegria fizeram a festa ficar muito mais divertida! É claro que, por ser despedida, toda a turma terminou o dia chorando… Foram lágrimas de alegria, saudade e gratidão a Deus pela obra assombrosa que seu Espírito manifestou no Uruguai. Nossos jovens deram de si àquela comunidade e seus corações voltaram transformados, com a visão da vida e da missão de Deus renovadas. Fazer parte do que Deus está fazendo no mundo é o objetivo da equipe. Não fique de fora! Faça parte das próximas viagens do Com.Vocação JMM Jovem. Por Eliana Moura


espaço

fm

filhos de missionários

Este é um espaço dedicado aos filhos de missionários, conhecidos como FMs, e para os adotantes do PAM Kids e Teen.

Uma família MISSIONÁRIA

N

Os FMs falam de Jesus aos amigos através do testemunho e apresentando o Evangelho a colegas não crentes aproveitando as oportunidades que aparecem.

facebook.com/fmradicais

ão apenas porque o Pr. César Corsete e sua esposa, Eliane, são missionários da JMM em Portugal, mas os filhos do casal, Matheus (18 anos) e Laísa (15) vivem e respiram Missões em tudo o que fazem. Em apenas dois anos no campo, o envolvimento e compromisso desses FMs em testemunhar o Evangelho de Cristo aos portugueses é notável. “Ambos são convictos da fé em Jesus e da necessidade de darem bom testemunho na escola”, conta o Pr. César Corsete. “Eles participam de praticamente todos os trabalhos que realizamos”, acrescenta a missionária Eliane. Matheus, que é estudante de Psicologia, toca violão e lidera o ministério com jovens e adolescentes na igreja em Portimão. Laísa canta, ajuda no ministério com jovens e colabora nas programações especiais. “Eu também considero minha a missão dos meus pais, pois estou junto com eles em tudo”, diz Laísa. “Meus pais investem em vidas, ajudando as pessoas no que for preciso”, completa a FM. Matheus conta que ser missionário é algo que requer muita coragem de pessoas que, como seus pais, receberam o chamado e decidiram obedecer ao ide de Jesus. Os FMs falam de Jesus aos amigos através do testemunho e apresentando o Evangelho a

fmradicais@gmail.com

colegas não crentes aproveitando as oportunidades que aparecem. É o que Matheus tem buscado fazer na faculdade, onde deseja começar, com colegas crentes, uma atividade evangelística. Recentemente, Matheus teve a oportunidade de se reunir com amigos para orar durante alguns minutos, o que despertou a curiosidade de quem passava pelo local. “Foi um começo, e peço a Deus que tenha continuidade para que muitos outros jovens conheçam Jesus. Foi muito simples, mas realmente uma bênção”, diz Matheus. Quando perguntados sobre se desejam ser missionários no futuro, os FMs dizem que essa possibilidade está nas mãos de Deus. “Quanto a isso, que o Senhor cumpra na minha vida a vontade Dele”, diz Laísa. “Tenho colocado isso em oração diante de Deus, e estou disponível para fazer a vontade de Deus”, conclui Matheus.

fmsradicais.bligoo.com


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ESPAÇO DO ADOTANTE

Q

uando alguém apoia uma causa, existe uma entrega. Uma entrega de coração, de mente, de vida. Ao ser parte de Missões Mundiais, você ora, mobiliza, vai e oferta, e envolver-se com uma causa que é maior do que você mesmo é uma maneira de tornar sua vida cada vez mais digna da cruz de Cristo. Gente pelo Brasil e pelo mundo tem olhado para a cruz do Salvador e decidido ser mais do que um espectador do que Deus está fazendo no mundo. É preciso se aproximar, fazer parte. Vale a pena. Promotores voluntários e adotantes têm sido respostas às orações ao redor do mundo, promovendo, através dos missionários e projetos de Missões Mundiais, melhoria de vida a todas as nações.

Conteúdo relevante Não posso deixar de fazer um elogio, mais uma vez, a esse trabalho jornalístico que vocês da JMM realizam. Estão de parabéns pelos belos documentários, pelas belas imagens. Que Deus abençoe a todos!

Nathalia Soares de Oliveira sobre a série de vídeos “Enquanto você orava”, via Facebook

Saber viver Se tem uma coisa que eu aprendi é que, se você pode crescer mais, cresça... Mas não por você e, sim, para abençoar a vida de outras pessoas. Tenho aprendido isso cada vez mais com Missões Mundiais, principalmente agora, com a campanha “Testemunhe às nações pelo poder do Espírito”, com a qual eu aprendi que, como filha de Deus, o que faz sentido na minha vida é que as pessoas possam ver isso em mim, o poder do Espírito Santo que me move a trabalhar com missões, a viver uma vida que glorifique ao Senhor! Eu mobilizo a juventude da minha igreja por esta causa, porque essa é a minha vocação. Andreza Lourenço 18 anos, IB Redenção, Goiânia/GO

Envolvimento já! A campanha de Missões Mundiais 2013 na minha igreja tem sido muito boa! Estamos cantando o hino oficial, falamos tema e divisa, assistimos aos vídeos dos testemunhos... Enfim, tem sido muito inspirador e, com certeza, uma bênção! Deus tem falado aos nossos corações para cada vez mais nos envolvermos! Edigleide Souza via Facebook

Sou feliz por ser adotante! Como me senti realizada ao ver o vídeo do PAM e saber que, de certa forma, eu estou em missão através da contribuição, não importa o valor. Já tem vários anos que me tornei adotante e faço isso mensalmente, com muita alegria. Contribuo e oro. Não só pelo missionário que adotei, mas por todos eles. Sou feliz por isso! Anna Penina Oliveira via Facebook

Faço parte! Faço parte do PAM e me sinto muito feliz por contribuir mensalmente. Todos os dias oro pela Junta de Missões Mundiais e nossos missionários, para que Deus possa abençoá-los e capacitá-los para o trabalho do Senhor. Rachel Silveira Motta Observação: Os depoimentos contidos nesta página refletem a opinião de seus autores.


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IGREJAS QUE AMAM MISSÕES

Lançamento da Campanha

Daquilo que vimos e ouvimos

A PIB de Copacabana/RJ dedicou a manhã do dia 10 de março para o lançamento oficial da Campanha 2013 de Missões Mundiais. O Pr. Vítor Manoel Valente alertou para o risco de se “terceirizar” a obra missionária. “Não basta ofertar para que outras pessoas ‘façam’ Missões. É preciso se envolver integralmente em favor da salvação dos povos”, disse o pastor. A ministra de Missões da igreja, irmã Ana de Ava, falou sobre alguns desafios missionários e chamou a igreja a participar da campanha Testemunhe às Nações pelo Poder do Espírito. O boletim informativo da igreja trazia um cartão com pedidos de orações de missionários da JMM. Um estande com material informativo de Missões Mundiais está à disposição dos irmãos na recepção da igreja.

A turma ensina o hino da campanha, prega, monta o coral, organiza a comunicação interna, realiza o almoço missionário, vende doces, faz revezamento na cantina, usa recursos com ideias criativas no computador, realiza torneios de futebol missionários... É muita criatividade, não é?! São Marcilene, Denisia, Walquíria e Osmar que promovem Missões Mundiais em sua igreja, a Batista de Parque Santa Cruz/Campos São Fidelis/RJ. A equipe que se sente responsável por comunicar à sua comunidade de fé a importância de estar em missão, envolvendo desde as crianças até os mais idosos. Eles admitem que, às vezes, de tão cansados pela correria, pensam em desistir, mas no ano seguinte lá estão eles, servindo com todo o coração, pois fazem aquilo de que gostam. Os promotores participaram do Acampamento de Promotores Voluntários da JMM em Rio Bonito/RJ e contam: “Voltamos cheios de ideias! Foi tremendo! Entendemos que somos missionários aqui onde estamos e estamos trabalhando para que a igreja possa entender isso também. Quando falamos do que vimos e vivemos tudo se torna mais fácil para contagiar a igreja! Nosso pastor é nosso maior aliado e motivador”.

Investindo em vidas A campanha da JMM 2013 chegou com tudo à Goiânia/GO. A Igreja Batista do Parque Santa Cruz, que tem missões como o mover do seu coração, demonstrou isto de maneira muito forte no culto de abertura da “Testemunhe às nações”. O mais bonito não é perceber grandes estruturas, mas investimentos de vidas que nasceram para testemunhar do amor de Deus e que querem despertar a igreja para isso. Mais do que palavras, a alegria de viver em missão emocionou uma das representantes do Com. Vocação JMM Jovem, que compareceu a este culto. “Ver o que Deus mostra aos corações da JMM quando elabora as campanhas anuais tornar-se a vida da igreja com tanta intensidade é comovente e empolgante!”.

Integralmente ligados à missão

Uma missão inclusiva

Na PIB de Campo Acima, em Itapemirim/ES, a campanha “Testemunhe às nações pelo poder do Espírito” não é apenas um banner pendurado na parede! A igreja tem dado ênfase aos pilares de 2013 propostos pela JMM, intercedendo em pequenos grupos e incentivando todos, também, a mobilizarem-se, sendo adotantes do PAM – Programa de Adoção Missionária. Paramos por aqui? Não! A igreja tem entendido o verdadeiro sentido de oração e tem clamado ao Pai pelas histórias missionárias que Missões Mundiais publica através dos livretos de oração, disponíveis no Facebook, no site da JMM e que também chegam até a casa de cada adotante, junto com A Colheita.

A Missão Batista em Libras em São José do Rio Preto/SP está totalmente envolvida com a Campanha Testemunhe às Nações pelo Poder do Espírito. A irmã Rosana Dogani nos escreveu para dizer que a igreja fez cofrinhos para que cada irmão junte suas moedas e ao final da campanha o valor total seja enviado para Missões. “Este trabalho da Missão em Libras começou, também, através de um projeto missionário apoiado pela PIB Norte em São José do Rio Preto. Desde então tenho ensinado a eles a importância de se envolver com todas as campanhas missionárias, sabendo que tudo que fizermos para o reino de Deus não é em vão”, diz Rosana.

Se a sua igreja ama Missões, mande o seu depoimento para a Redação de A Colheita para que outras igrejas sejam impactadas e levadas a testemunhar do Evangelho pelo poder do Espírito Santo. E-mail: redacao@jmm.org.br


A partir desta edição, Missões Mundiais dedicará uma seção para você ficar por dentro de eventos que contribuirão para seu crescimento intelectual e espiritual. Programe-se e participe!

MAIO 24 a 26 – 2º Congresso Nacional da Família do Homem Batista Guarapari/ES A União Masculina Missionária Batista do Brasil (UMHBB) realiza no SESC Guarapari/ES o 2º Congresso Nacional da Família do Homem Batista, com o tema “Valorizando a Nova Geração” e divisa em Provérbios 22.6. Os preletores oficiais são o Pr. Oliveira Araújo (PIB Vitória/ES e ex-diretor executivo da JMN) e Pr. José Francisco Veloso (doutor em estudos sobre dependência química, ph.D. em Religião e Ética, pósgraduado em Psicanálise Clínica e autor de vários livros sobre drogas). Interessados devem entrar em contato pelos telefones (21) 2298-1258 e (21) 2298-1262 ou acessar www.umhbb.com.br.

JUNHO 10 a 13 – Congresso da Família Pastoral Gramado/RS A serra gaúcha recebe de 10 a 13 de junho o Congresso da Família Pastoral, no Hotel Continental, em Gramado/RS. O diretor executivo da JMM, Pr. João Marcos B. Soares, é um dos oradores do congresso, que também conta com a participação dos pastores Israel Belo, Luís Sayão, Fernando Brandão, Éber Silva, Hernandes Dias Lopes e Edison Queiroz. Inscrições em www.opbb.org.br.

JULHO 17 a 20 – Despertar Belém/PA Jovem, essa é pra você. De 17 a 20 de julho, a cidade de Belém recebe o Despertar 2013, uma realização da Juventude Batista Brasileira (JBB). O tema deste ano será “Coram Deo

– Diante da Face de Deus” com uma programação para nos inspirar e encorajar a viver uma vida inteira na presença de Deus. Convidados: pastores Russell Shedd, Tercio Ribeiro, Alexandre Robles, Henrique Araújo, Washington Pereira Vianna e Ministério Vineyard Rio. Informações e inscrições: www.juventudebatista.com.br.

SETEMBRO 12 a 15 – 15º Congresso Nacional da Terceira Idade e Capacitação Bento Gonçalves/RS Você que tem mais de 60 anos, é membro de qualquer igreja evangélica do Brasil ou é líder e trabalha com essa faixa etária nas igrejas e em comunidades está convidado a participar do 15º Congresso Nacional da Terceira Idade e Capacitação, que acontece de 12 a 15 de setembro na cidade de Bento Gonçalves/RS, na serra gaúcha. O evento é promovido pela União Feminina Missionária Batista do Brasil (UFMBB) e Convenção Batista Brasileira (CBB). Informações em inscrições no site www.ufmbb.org.br e pelos e-mails eventos@ufmbb.org.br e promocao@jmm.org.br.

NOVEMBRO 14 a 17 – Congresso da União Feminina Missionária Batista da América Latina Foz do Iguaçu/PR Mulheres cristãs latino-americanas se reunirão de 14 a 17 de novembro no Rafain Palace Hotel, em Foz do Iguaçu/PR, para o Congresso da União Feminina Missionária Batista da América Latina, evento realizado a cada cinco anos. O congresso terá como objetivo transmitir através de mensagens, estudos bíblicos e palestras o que Deus está fazendo no mundo através da atuação da mulher. Na programação haverá tempo para adoração, capacitação, confraternização e trocas de experiências com representantes da União Feminina de vários países. Informações e inscrições: www.ufmbb.org.br.


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ENTRE ASPAS

Frases ditas em momentos específicos que resumem um pouco do que Deus está fazendo no mundo e o muito do que ainda precisamos fazer para que o Evangelho chegue até os confins da Terra.

Voltei impactada com o que vi e ouvi. Fui grandemente abençoada por minha igreja em poder estar lá. Parabéns a todos que contribuíram para que esse evento se realizasse. Sei que minha responsabilidade é grande. Me aguarde, igreja! Suely Paulina Ferreira Galvão participou do acampamento de promotores em Sumaré/SP

Foi um final de semana muito edificante, no qual mudei totalmente minha visão e vi que posso fazer muito mais, que o mundo precisa de nossa colaboração. Uma bênção mesmo. Agora temos que compartilhar.

Foi um tempo de muita comunhão para todos nós. Acredito que o melhor de Deus ainda está por vir quando colhermos os frutos desta mobilização. A Deus toda a honra e toda a glória. Luiz Henrique Carvalho missionário mobilizador para os estados do Pará e Amapá

Foi maravilhoso ver um pouco do que Deus está operando no mundo inteiro. Oremos para que mais pessoas participem dos encontros. Parabéns à JMM, aos organizadores e aos missionários. Antonia Leite Facundes participou do acampamento de promotores em Teresina/PI

Ellen Cristina Souza Hel participou do acampamento de promotores em Viana/ES

O Sul do Brasil está se unindo, se mobilizando, despertando e partindo para o cumprimento da missão. Por isso, o coração está cheio de alegria e gratidão. Agradecemos a Deus, pois nos dirigiu em tudo. Claudio Andrade missionário mobilizador para a Região Sul

Deus conta conosco em Sua grande obra. O acampamento nos permitiu aprendizado, renovação de forças, ampliação da visão e fortalecimento do compromisso com grandes causas. Juntos somos mais fortes, e fazer Missões não tem limites de espaço, tempo e lugar. Siga o que Deus direcionar!

Éden Felipe participou do acampamento de promotores em Rio Bonito/RJ




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