Georgina Lyn Christine OBE Heloisa Calmon Souza Organizadora: Terezinha Candieiro
Manual de Educação Ambiental
“Cumprindo nossa missão, alcançamos nossa visão” ABIAH – JMM – JMN
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Manual de Educação Ambiental
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Christine, Georgina Lyn Manual de educação ambiental. Georgina Lyn Christine, Heloisa Calmon Souza; Terezinha Candieiro, (organizadora). – Osasco, SP: Ed. do Autor, 2010. Bibliografia 1. Ecologia - Aspectos religiosos. 2. Educação ambiental. 3. Estudos ambientais. 4. Meio ambiente - Atividades, exercícios, etc. 5. Meio ambiente - Ensino bíblico. 6. Meio ambiente - Estudo e ensino. 7. meio ambiente - Preservação. I. Souza, Heloisa Calmon. II. Candieiro, Terezinha. III. Título.
10-13742 CDD-304.2 Índices para catálogo sistemático: 1. Bíblia e meio ambiente: Educação 304.2
Georgina Lyn Christine OBE Heloisa Calmon Souza Organizadora: Terezinha Candieiro
Manual de Educação Ambiental
Pepe-Network ABIAH – JMM – JMN
“Cumprindo nossa missão, alcançamos nossa visão”
Sobre as autoras: Georgina Lyn Christine OBE, Mestre de Artes em Educação Internacional, com especialização em curriculum e formação de professores na Sussex University. UK . Formada em pedagogia com especialização em ciência pela Worcester College - University of of Birmingham-UK. Certificada em movimentos com música para ensinar aeróbica na Royal Society of Artes e YMCA, Kids Fitness YMCA especialização em exercício para o envelhecimento. TESOL,TEFL (qualificações no ensino de Inglês como Língua estrangeira). Fundadora do PEPE, Consultora do PEPE Network. Heloisa Calmon Souza, médica veterinária graduada na UNISA - SP, pós graduada em Gestão Ambiental pelo SENAC - SP e pós graduanda em Missão Integral e Gestão de Programas Sociais em parceria com Renas, Visão Mundial, Vale da Benção e Betel Brasileiro - SP. Participou da primeira turma do projeto Radical Latino, hoje Voluntários Sem Fronteiras, com a Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira.
Organizadora: Terezinha Aparecida de Lima Candieiro, mestre em Artes no Programa de Desenvolvimento Integral da Criança pelo Malaysia Baptist Theological Seminary; Licenciatura plena em Pedagogia com especialização em Magistério e Orientação Educacional pelas Faculdades Campos Salles – SP; Bacharel em Teologia com especialização em Educação Religiosa pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo; Consultora do Programa Claves Brasil de Prevenção contra a violência sexual de crianças e adolescentes. Atualmente é a coordenadora do PEPE internacional na Junta de Missões Mundiais da CBB.
Revisão de textos: Telia Camargo, Fernanda Kivitz e Carmem Lucia Purens Sarkovas.
Ilustrações: Rosimar Santos Criação original do Pepito: Samuel J. Christine Projeto Gráfico: Equipe de Criação da JMM / Eliene de Jesus Bizerra Parceiros promotores do PEPE: ABIAH - Associação Brasileira de Incentivo e Apoio ao Homem JMM - Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira JMN - Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira © PEPE NETWORK/ABIAH - Associação Brasileira de Incentivo e Apoio ao Homem, 2013. Todos os direitos reservados. Fica proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa e por escrito dos parceiros promotores do PEPE. ABIAH - Associação Brasileira de Incentivo e Apoio ao Homem Escritório: Rua André Saraiva, 783 - Vila Sônia - São Paulo - SP - Brasil CNPJ 64.032.584/0001-60 CEP 05626-001 - Telefones: 55 (11) 3739 0302/ 3749 1205 www.pepe-network.org - www.abiah.org Impresso no Brasil - Printed in Brazil 6 • Manual de Educação Ambiental
PREFÁCIO “Ao Senhor pertencem a terra e tudo o que nela existe, o mundo e os que nele habitam” (Salmo 24.1). É com muita alegria que apresentamos esta obra preparada para ajudar educadores/facilitadores a compreenderem os conceitos teóricos básicos na temática do meio ambiente e oferecer-lhes sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas com crianças. O livro está dividido em duas partes: a primeira introduz os fundamentos bíblicos para a Educação Ambiental e conceitos teóricos básicos com sugestões de cooperação com a preservação do Meio Ambiente. A segunda parte apresenta sugestões de atividades individuais e em grupo com crianças na faixa etária de 4 a 6 anos e que podem ser realizadas com materiais simples do dia-a-dia. Diante do cenário de Crise Ambiental e Mundial, desejamos contribuir para a sensibilização das crianças, famílias e comunidades no cuidado do meio ambiente, a fim de que tomemos responsabilidade e cuidemos deste mundo criado por Deus, e que deve ser mantido por nós. Esta é uma das nossas tarefas enquanto cooperadores do PEPE – programa missionário que promove o desenvolvimento da criança nas comunidades desfavorecidas ao redor do mundo, através de atividades de Educação Infantil. O conhecimento e o cuidado com a natureza fazem parte do currículo do Pepe e têm como objetivo formar na criança, a partir do Evangelho de Jesus, uma atitude de interesse pelo mundo em que vive. Esperamos que este seja mais um recurso útil e abençoador no cumprimento da missão da Igreja, “levando o evangelho todo ao homem todo”, em todo o mundo, em todo tempo e de todas as formas possíveis. Terezinha Aparecida de Lima Candieiro
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Índice
Prefácio.............................................. 5 Marco Conceitual ...................................................9 Fundamentos Bíblicos para Educação Ambiental......................................... 11 Ações humanas e processos da natureza ...........................................14 Poluição do Ar.................................. 17 Poluição das Águas........................... 20 Poluição do Solo............................... 23 Destruição da Biodiversidade............. 26 Legislação Ambiental Brasileira........... 29 Sites Relacionados ao Assunto............ 30 Glossário.......................................... 30 Informações Úteis........................................... .33 Símbolos da reciclagem..................... 35 Tempo de decomposição .................. 36 Materiais Não Recicláveis.................. 37 Atividades para crianças de 4 a 6 anos ........39 Cuidando da Criação........................ 41 Cuidando do Ar................................ 46 Cuidando das águas ........................ 48 Cuidando dos animais e das matas .... 52 Manual de Educação Ambiental •
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Como cuidar das plantas?................. 55 Cuidando de onde nós moramos........ 59 O clima............................................ 62 Coisas que eu posso fazer para ajudar o mundo/terra........................ 64 Bibliografia....................................... 65 Anexos ............................................................ 67 Anexos retirados do projeto “Meio Ambiente” – PePe Brasil........... 69 Reciclando........................................ 70 Reciclagem e tempo de decomposição.............................. 71 Reprodução das moscas.................... 73 Erosão: como evitar........................... 75 Jardim Portátil................................... 78 Plantando o feijão............................. 79 O lixo que pode não ser lixo.............. 80
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Marco Conceitual Heloisa Calmon Souza
Fundamentos Bíblicos para Educação Ambiental
Quem ama valoriza e protege. Não há como amar sem valorizar e proteger toda a criação. Na Bíblia, percebemos o amor e o cuidado de Deus com a natureza desde o início da criação, nas formas em que se manifesta ao homem através da natureza e nas mais diversas orientações deixadas para o seu povo em relação ao cuidado que deveríamos ter com ela. Em Gênesis, capítulo 1, vemos o relato da criação do mundo. Através da palavra, Deus deu forma, criou, organizou toda a natureza e a cada estágio admirava tudo e dizia que “era bom” (Gênesis. 1.10). Em Gênesis 1. 26-31, lemos que Deus terminou sua criação no sexto dia criando o homem de uma forma especial. Deus nos formou a partir da terra, à sua própria imagem e semelhança (Brito e Mazzoni, 2006). A história da Criação enfatiza a obra soberana de Deus ao criar a terra dentro do universo e enchê-la de vida. É neste ambiente abundante que o homem foi colocado como parte integrante do conjunto, com ordem para frutificar, multiplicar, encher a terra, dominá-la e dominar também sobre todos os outros seres vivos (Nichols, 1983). Nós fomos formados a partir do solo, extraímos nosso alimento do solo, e, no fim, voltaremos para o solo (Jones, 2008). Em Gênesis 2. 7-17, o significado de “dominar” fica mais claro. Diz o texto que Deus plantou um jardim e pôs ali o homem para lavrar e cuidar (Gênesis 2.15). A seguir estabelece algumas regras – o que poderia ser usado e o que não poderia. A humanidade recebe de Deus a ordem de agir como seu representante sobre a terra e suas criaturas. Assim, devemos tratar a criação da mesma maneira que Deus o faria. O jardim não deve ser possuído pelo
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ser humano, pois “do Senhor é a terra e a sua plenitude, o mundo e aqueles que nele habitam”, Salmo 24.1. Nós não somos nem proprietários nem hóspedes, mas guardadores da criação que existe para refletir a glória de Deus. É importante ler com atenção Gênesis. 1. 31, que diz: “viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom”. Não somente o homem era muito bom, mas todo o conjunto da obra. Havia harmonia e interdependência entre todos os elementos criados e o Criador. Mas não foi só a criação que teve início em Gênesis, houve também o primeiro pecado, a quebra da regra estabelecida por Deus. O resultado do pecado é a terra amaldiçoada. Adão, formado do pó da terra e chamado para servi-la, descobre que seu pecado traz como consequência a devastação da terra: “Maldita é a terra por tua causa”, Gênesis. 3.17 (Jones, 2008). Por causa do pecado e da desobediência, o homem se viu distanciado de Deus. Como consequência, houve a quebra das demais relações harmônicas: do homem consigo mesmo, do homem com seu semelhante e do homem com a criação (Brito e Mazzoni, 2006). A Bíblia nos mostra que a natureza sofre por causa da transgressão espiritual do homem. O texto de Isaías 24.5 diz: “Na verdade, a terra está contaminada por causa dos seus moradores, portanto transgridem as leis, mudam os estatutos e quebram a aliança eterna”. A Bíblia sempre relata a reação da natureza contra o homem por causa da sua desobediência; podemos notar isso claramente no texto de Amós 4. 6,7,9-13. Jesus Cristo - a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda criação, porque Nele foram criadas todas as coisas que há no céu e na terra... tudo foi criado por ele e para ele e nele todas as coisas subsistem (Colossenses 1. 15,16 e 17b) - veio ao mundo com toda simplicidade, agindo com o mesmo cuidado que o Pai em relação à natureza e reafirmando nossa posição de cuidadores de toda a criação através do seu exemplo (Brito e Mazzoni, 2006). Jesus nasceu em uma estrebaria, lugar humilde, em meio aos animais, cena que até hoje nos leva a refletir sobre sua simplicidade e harmonia com a natureza. O Reino que Jesus inaugura é aquele onde o céu finalmente descerá à terra, onde seja feita a vontade do Pai, assim na terra como no céu, como Ele nos ensinou a orar. Observando seu ministério através dos evangelhos, vemos que a natureza é sempre parte integrante de vários momentos destacados. O mar, os campos e montanhas participam como cenário e atores
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para a manifestação do Filho do Homem, como o próprio Jesus se denominou. Por várias vezes, elementos da natureza são usados como exemplo e Jesus nos exorta a observá-los e aprender com eles como fez no Sermão do Monte: “Olhai pra as aves do céu que nem semeiam nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?... E quanto ao vestido porque andais preocupados? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem: não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles...”(Mateus 6.26,28, 29). O ministério de Jesus Cristo sempre esteve intimamente ligado à terra. Ele sabia que, por sua missão, não iria perder nada do que lhe foi concedido. A terra anseia por libertar-se da maldição em Gênesis e, de alguma forma, sabe que sua redenção está ligada à redenção e libertação dos filhos de Deus, por meio da morte e da ressurreição de Cristo Jesus que nos libertou. O apóstolo Paulo fala da “ardente expectativa da criação” (Romanos 8.19-22), fala que, em Jesus, serão reconciliadas todas as coisas, “tanto as que estão na terra como as que estão nos céus” (Colossenses 1.19-21). Esta redenção será completa no fim de todas as coisas, com a volta de Cristo e com o estabelecimento de novos céus e da nova terra. Mas, enquanto isso não acontece, o ser humano precisa se reconciliar com Deus para voltar a ter harmonia com o meio ambiente. Precisamos ser guardadores do Jardim do Senhor: o Meio Ambiente. A lição Bíblica é clara: Deus criou primeiro o ecossistema com todos os seus elementos e estabeleceu o homem no seu contexto com a missão de cuidar dele. A criação de Deus é marcada por rica abundância e diversidade, e Ele quer que seus recursos sejam cuidadosamente administrados e partilhados. Se formos mordomos infiéis, deixando de conservar os recursos finitos da terra, de desenvolvê-los ou de distribuí-los com justiça, tanto desobedecemos a Deus como afastamos as pessoas de seu propósito (Nichols, 1983). As mudanças climáticas provocadas pelos seres humanos representam uma grande ameaça ao bem comum, especialmente para os pobres, os vulneráveis e as gerações futuras. Ao comprometer a diversidade biológica da terra, as mudanças climáticas provocadas pela humanidade degradam a criação de Deus (Jones, 2008). Veremos a seguir como isso tem acontecido.
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Ações humanas e processos da natureza
A terra é um planeta singular entre os demais do sistema solar. Tem características ótimas que permitem a existência das mais diferentes formas de vida. Possui uma distância do sol ideal para conservar muitos elementos e impedir que a água evapore. Se estivesse mais perto, como o planeta Vênus, o calor seria insuportável. Se estivesse muito longe, como Júpiter e Saturno, sua composição seria fundamentalmente de gases hidrogênio e hélio. Não haveria densidade dos elementos necessária para permitir a formação da atmosfera, dos oceanos e rios e do conjunto de fatores que compõem a biosfera – o espaço próprio da vida nas suas múltiplas formas (Boff, 2009). O teólogo R.L. Sarkar reflete sobre a interdependência dos elementos que compõem a terra dizendo: Toda vida na terra é parte de um grande sistema, interdependente. Ela interage com os componentes não-vivos do planeta e depende deles: atmosfera, oceanos, fontes de água doce, rochas e solo. A humanidade depende totalmente dessa comunidade de vida – essa biosfera – da qual somos parte integrante.
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A partir do momento que compreendemos esta relação de interdependência entre todos os elementos que compõe a terra não podemos mais viver sem refletir sobre como nossas ações interferem no equilíbrio de tudo que nos cerca. Antigamente, as ações humanas contra os processos dominantes da natureza eram triviais. Hoje, isso não acontece mais. Agora, a espécie humana influencia os processos fundamentais do planeta. A destruição da camada de ozônio, a poluição do planeta e as alterações climáticas são testemunhas de como nossas ações interferem nos ciclos naturais da terra (Jones, 2008). O crescimento da população e a grande concentração de pessoas em cidades estão provocando a redução da qualidade de vida e a degradação crescente e acelerada do meio ambiente, resultando em efeitos diversos que são nocivos à saúde, podendo ser observados mais acentuadamente nas grandes cidades: poluição do ar, água, solo, sonora, visual, esgotamento dos recursos naturais, violência, miséria, ausência de condições sanitárias mínimas, de habitações dignas e serviços indispensáveis à vida; levando o nosso planeta a um estado de degradação terrível. O avanço da ciência e da tecnologia no último século e o estímulo ao consumo permitiram ao homem maior conforto e melhores condições de vida. Por outro lado, introduziram uma prática de destruição progressiva dos ecossistemas, baseada na ideia de que tudo o que a Terra nos oferecia era inesgotável. Como consequência, ocorre a aceleração do processo de extinção em massa de espécies vivas, e constantes transtornos climáticos causados por gases do efeito estufa que estão afetando sensivelmente a terra. Com uma média de 267 nascimentos e 108 mortes a cada minuto, a população mundial chegaria a 7 bilhões de pessoas no ano de 2011, segundo projeção do grupo de pesquisa Population Reference Bureau. Até 2050, o planeta será a casa de mais de 9 bilhões de pessoas. Existem recursos naturais em abundância e mais que suficientes para suprir as necessidades de todos. Porém, boa parte da população mundial não consegue nem comer, apesar de produzirmos o dobro do que realmente precisamos. A crise
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mostra que o consumismo individualista tem custado um alto preço à natureza, pois sua devastação ultrapassou em 30% a capacidade de regeneração da terra. Instalou-se uma insustentabilidade generalizada que nos obriga a encontrar um outro padrão de produção e de consumo, um novo estilo de vida. Vejamos agora os principais fatores que têm afetado a harmonia do planeta terra e o que nós podemos fazer para mudar este quadro.
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Poluição do Ar
Você pode ficar muitas horas sem beber água. Pode também ficar até alguns dias sem comer nada. Mas não aguentará ficar por mais de algumas dezenas de segundos sem o precioso ar. O mesmo acontece com os bichos e com as plantas. Atualmente, o ar poluído mata três milhões de pessoas por ano. Pode-se considerar poluição do ar ou poluição atmosférica qualquer contaminação do ar que seja causada por desperdício de gases, líquidos, sólidos ou outros produtos que podem colocar em risco a saúde humana, animal ou vegetal. A atmosfera tem certa capacidade de limpar-se que, em condições naturais, garante a eliminação dos materiais nela descarregados pelos seres vivos. O desequilíbrio deste sistema natural, causado pelo homem, conduz à acumulação de substâncias nocivas à vida. Os principais fatores que contribuem para o aumento da poluição do ar são: — Atividade Industrial que lança para o ar gases e poeiras em quantidades superiores à capacidade de absorção do meio ambiente.
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— Circulação de veículos motorizados que liberam gases e substâncias químicas derivadas de combustíveis fósseis, como o petróleo. — Desmatamento: a destruição das florestas para fins da agricultura, pecuária, as queimadas, ou ainda a própria decomposição das árvores, liberam para o ar a maior parte do carbono nelas armazenada.
Consequências: — O Smog: é a elevada concentração de fumaça no ar responsável pelo aumento da temperatura durante o dia e frio à noite. Causa asma, bronquite, problemas respiratórios e cardíacos. — Chuvas ácidas: provocam a acidificação dos solos, prejudicando a agricultura e as espécies de árvores e plantas que nascerão. Além da destruição da vegetação e a contaminação da água. — Efeito Estufa: O aquecimento da atmosfera terrestre é um fenômeno natural resultante da troca de radiação entre o Sol e a Terra. Os poluentes gerados pelo homem formam uma barreira que impede a dispersão desta radiação, provocando o aumento da temperatura da terra, também conhecida como Aquecimento Global, que tem derretido o gelo polar, aumentado o nível dos oceanos e causando várias alterações climáticas. — A Destruição da camada de ozônio: O ozônio é uma camada de proteção indispensável para a terra, pois nos protege do excesso de radiação ultravioleta emitida pelo sol. A destruição da camada de ozônio provocada pelo CFC (cloro flúor carbono) leva a variações do clima (aquecimento global) tornando cada vez mais difícil a vida na terra.
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Como eu posso ajudar? • Utilize transporte público; caminhe, quando a distância for curta, ou vá de bicicleta; • Plante uma árvore. Ela absorverá 1 tonelada de dióxido de carbono durante toda a vida; • Evite ações que destruam as florestas; • Denuncie queimadas ilegais.
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Poluição das Águas
A água desempenha um papel essencial em quase todas as funções do corpo humano e nos ciclos de vida que ocorrem na natureza. O corpo humano e o planeta Terra são compostos de 70% de água. Da quantidade de água presente no nosso planeta, 97% são água salgada e 2% estão concentrados nas geleiras e nos pólos, restando somente 1% somente para a utilização humana. Na natureza, a água se encontra em contínua circulação, fenômeno conhecido como ciclo da água:
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A água dos oceanos, dos rios, dos lagos, da camada superficial dos solos e das plantas evapora/ transpira pela ação dos raios solares. O vapor formado vai constituir as nuvens que, em condições adequadas, transformam-se em chuva, neve ou granizo. Parte da água da chuva infiltra-se no solo, outra parte escorre pela superfície até os cursos de água ou volta à atmosfera pela evaporação, formando novas nuvens. A porção que se infiltra no solo vai abastecer os reservatórios de água subterrânea que, por sua vez, alimentarão os rios e lagos. A água é essencial no nosso dia-a-dia para beber, tomar banho, produzir energia, transporte, recreação, criação de peixes, preservação da fauna e flora. Algumas das principais fontes de poluição das águas são: — Resíduos industriais: fábricas que lançam seu esgoto nos rios, sem tratamento. — Resíduos rurais: o uso de produtos químicos na agricultura que acabam por ser transportados pela chuva para as águas dos rios e mares, contaminando-os e pondo em perigo toda a fauna e flora. — Resíduos domésticos: a deposição de lixos domésticos nas águas dos rios ou mares, e o esgoto de casas construídas em áreas sem infraestrutura que despejam seu esgoto diretamente nas águas.
Consequências: Os poluentes representam grande ameaça à qualidade da água, à saúde e ao meio ambiente, pois são capazes de provocar enormes danos aos organismos vivos e, consequentemente, à cadeia alimentar e à nossa saúde.
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Como eu posso ajudar? • Não tome banhos demorados; • Escove os dentes com a torneira fechada; abra apenas para enxaguar; • Não use o vaso sanitário como lixeira, nem acione a descarga à toa; • Conserte os vazamentos assim que eles forem notados; • Ao lavar a louça feche a torneira enquanto estiver ensaboando, abra somente para enxaguar; • Use um regador para molhar as plantas em vez de utilizar a mangueira; • Não jogue lixo na rua; fatalmente ele irá parar em um córrego, poluindo a água e podendo provocar enchentes.
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Poluição do Solo
O solo é a camada mais superficial da crosta terrestre, é um recurso finito, limitado e não renovável. O solo, ou a terra, como também é chamado, é composto de quatro partes: ar, água, matéria orgânica (restos de pequenos animais e plantas), e parte mineral, que veio da alteração das rochas, ou seja, a areia da praia, o barro que gruda no sapato e o limo que faz as crianças escorregarem. Estes quatro componentes do solo se encontram misturados uns aos outros. A matéria orgânica está misturada com a parte mineral e com a água. O solo é muito importante para a nossa vida e também para a vida dos animais e das plantas, pois fornece alimento e atua como suporte à água e ao ar. Seu mau uso tem aumentado as taxas de degradação de forma muito rápida nas últimas décadas e, por isso, a contaminação dos solos é hoje um tema de grande importância, principalmente nas áreas urbanas, onde existe a grande dificuldade de dar um destino final adequado para seus resíduos sólidos, gerados em quantidade crescente, problema que é agravado pela multiplicação dos chamados lixões ou aterros clandestinos e pela saturação dos aterros sanitários. As principais fontes de poluição dos solos são: — O uso de fertilizantes e inseticidas na agricultura para o combate às
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pragas, e também a queima da vegetação, comumente efetuada antes de iniciar-se a plantação. — O lixo, devido à sua grande quantidade e composição (como é o caso dos aterros sanitários). — O Desmatamento, que causa erosão do solo.
Consequências: O uso de fertilizantes e inseticidas prejudicam o solo, a vegetação e os animais. Com a queima da vegetação, o terreno fica exposto ao sol e ao vento ocasionando a perda de nutrientes e a erosão do solo. Uma área de disposição de resíduos contamina o terreno, podendo até contaminar os lençóis de água subterrâneos. Pode gerar ainda outros impactos associados com a contaminação do solo: odores, gases tóxicos, chorume (líquido resultante da decomposição do lixo), fauna nociva (proliferação de ratos, baratas, insetos), além do quase inevitável impacto visual negativo. Em muitos casos se torna inviável habitar nas proximidades destes locais.
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Como eu posso ajudar? • Preserve as plantas; • Plante uma árvore; • Reduza a produção de lixo, não desperdice; • Reutilize produtos e materiais, aumentando seu tempo de duração. Doe roupas, brinquedos, móveis, aparelhos domésticos, livros, etc. Use embalagens retornáveis; • Recicle os produtos de forma viável, dê nova vida aos materiais a partir de sua transformação em um novo produto (Fig. 1 e 2); • Repense, mude seus hábitos de consumo; • Recuse, exija qualidade e durabilidade dos produtos; • Use bolsas ecológicas reduzindo a quantidade de plástico jogada em aterros; consuma menos embalagem; • Utilize o verso da folha de papel nas impressões e cópias; • Use o verso de papéis já utilizados para rascunho; • Produza adubo em casa com resíduos orgânicos de folhas do jardim e do lixo da cozinha. Lembre-se: tudo o que consumimos vem de algum lado e vai parar em outro, constituindo um ciclo de produção-consumo-resíduos, que determina seu impacto real e extremamente negativo no ambiente (fig. 3).
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Destruição da Biodiversidade
O termo biodiversidade ou diversidade biológica é utilizado para descrever a enorme variedade de vida no planeta, assim como os genes contidos em cada indivíduo, e as inter-relações, ou ecossistemas, na qual a existência de uma espécie afeta diretamente muitas outras. Um número surpreendente de 1,8 milhões de espécies diferentes foi identificado e classificado pelos cientistas. Contudo, ainda não sabemos realmente quantas espécies existem no mundo. Simplesmente, não existem pesquisadores suficientes para descrevê-las, e a espécie humana é apenas uma em meio a milhões de espécies de vida. A Terra funciona como uma máquina incrivelmente complexa onde não existem partes desnecessárias. Cada espécie - do mais simples micróbio aos seres humanos - desempenha seu papel em manter o planeta funcionando normalmente. Se muitas destas partes, de repente, desaparecerem, a máquina - a Terra - não conseguirá funcionar da maneira devida. Por exemplo: sem as minhocas para fornecer nitrogênio ao nosso solo, nossas colheitas sofreriam; as plantas verdes no solo e as plantas microscópicas nos oceanos produzem o oxigênio que respiramos.
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Dependemos da biodiversidade para o nosso alimento, os nossos medicamentos, o nosso abrigo, para muitos produtos industrializados, tais como a madeira e a borracha, os cosméticos e muitos outros. À medida que perdemos espécies, estamos, também, perdendo novos possíveis medicamentos e alimentos, que podem ser necessários para dar continuidade à vida humana na Terra. Porém, a ação humana tem provocado o desaparecimento de espécies animais e vegetais no planeta. A mudança no clima vem alterando o ciclo de vida de animais e plantas e pode provocar a extinção de milhares de espécies nos quatro cantos da Terra. O desmatamento, causado pela expansão da agricultura e da pecuária sobre as regiões de floresta, destrói o solo, mata as plantas e os animais, altera o regime de chuvas e, indiretamente, afeta o clima. As cidades, com seus carros, fábricas, poluição, sujeira e consumo excessivo, degradam a natureza e diminuem o número de espécies vivas. A produção e o uso de energia, principalmente não-renovável (petróleo, carvão e gás natural); que se tornou um dos bens de consumo mais fundamentais para a sociedade moderna, causam um grande impacto sobre o meio ambiente destruindo o habitat natural de muitas espécies. Entre as principais causas da perda de biodiversidade, podemos citar: — Destruição e diminuição dos habitats naturais; — Introdução de espécies exóticas e invasoras; — Exploração excessiva de espécies animais e vegetais; — Caça e pesca sem critérios; — Tráfico da fauna e flora silvestres; — Poluição do solo, água e atmosfera; — Ampliação desordenada das fronteiras agropecuárias dentro de áreas nativas; — Mudanças climáticas e aquecimento global.
Consequências: Com a perda da biodiversidade as populações humanas sofrerão uma queda significativa da qualidade de vida, que refletirá diretamente em pontos como o suprimento de alimentos
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e manutenção da saúde, a vulnerabilidade a desastres naturais, redução e restrição do uso de energia, diminuição da oferta e distribuição irregular de água potável, aumento de doenças e epidemias, instabilidade social, política e econômica, entre outros.
Como eu posso ajudar? Além de todas as dicas dadas até aqui, você pode: • Poupar energia desligando as luzes que não precisa utilizar: abra a janela e aproveite a luz do sol; • Desligar a televisão quando não estiver assistindo, não a deixando em “stand-by”; • Desligar o monitor do seu computador sempre que ficar vários minutos sem utilizá-lo, desligue totalmente o seu computador sempre que não for mais utilizá-lo; • Comprar apenas lâmpadas e aparelhos eletrônicos de baixo consumo energético, pois são mais econômicos, eficientes, duráveis e amigos do ambiente (fig. 4); • Utilizar energias alternativas como: solar, eólica (vento), hidroelétrica (de pequena escala), biomassa (feita de plantas ou resíduos – biocombustíveis), das marés ou outros tipos de energia menos prejudiciais ao meio ambiente. Devemos preservar a biodiversidade por sua importância e pela beleza e prazer que ela tem. Este seria um mundo sem graça se não houvesse as flores e os pássaros que cantam à nossa volta, as baleias no mar e os magníficos animais nas planícies da África. A educação ambiental é um instrumento importante para a transformação deste quadro de destruição que vemos atualmente. É um processo informativo e formativo dos indivíduos, visando melhoria da qualidade de vida de todos os membros da comunidade. Com a Educação Ambiental, podemos incorporar
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conceitos de Sustentabilidade e de Conservação Ambiental no dia-a-dia da comunidade, levando pessoas à identificação dos efeitos ambientais causados por suas atividades, facilitando sua sensibilização para participarem da solução do problema.
Legislação Ambiental Brasileira — Política Nacional do Meio Ambiente (Lei 6.938, de 17/01/1981) - A mais importante Lei ambiental; — IBAMA (Lei 7.735, de 22/02/1989) - Criou o IBAMA, incorporando a Secretaria Especial do Meio Ambiente — Código Florestal (Lei 4771 de 15/09/1965) - Determina a proteção de florestas nativas e as define como áreas de preservação permanente (onde a conservação da vegetação é obrigatória). — Área de Proteção Ambiental (Lei 6.902, de 27/04/1981) - Lei que criou as “Estações Ecológicas” (áreas representativas de ecossistemas brasileiros, sendo que 90% delas devem permanecer intocadas e 10% podem sofrer alterações para fins científicos). — Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 12/02/1998) - Reordena a legislação ambiental brasileira no que se refere às infrações e punições;
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Sites Relacionados ao Assunto http://tilz.tearfund.org http://www.cnps.embrapa.br http://www.wwf.org.br http://planetasustentavel.abril.com.br http://www.mma.gov.br http://www.arocha.org
Glossário Biodiversidade: variedade de vida, as diferentes formas de vida que existem na terra. Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas da Terra. Camada de Ozônio: frágil camada de um gás chamado ozônio (O3) que envolve a Terra e protege animais, plantas e seres humanos dos raios ultravioleta emitidos pelo Sol. CFC ou Cloro Flúor Carbono: gás de efeito estufa, utilizado em produtos como refrigeradores e aerossóis, que tem a propriedade de destruir a camada de ozônio. Comunidade: conjunto de todos os organismos vivos, de todos os tipos, que habitam um determinado ecossistema. Conservação: aproveitamento e controle dos bens e recursos que constituem o ecossistema, em um ritmo que permite sua recomposição, de forma induzida ou inteiramente natural. Ecologia: estudo das interações dos seres vivos entre si e com o meio ambiente. A palavra tem origem no grego “oikos”, que significa casa, e “logia”, que significa estudo, reflexão. Ecossistema: conjunto formado por todos os fatores bióticos (vivos) e abióticos (não-vivos) que atuam simultaneamente sobre determinada região. Educação Ambiental: ramo da educação cujo objetivo é a disseminação do conhecimento sobre o ambiente, a fim de ajudar à sua preservação e utilização sustentável dos seus recursos. Fauna: termo coletivo para a vida animal de uma determinada região ou período de tempo.
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Flora: conjunto de plantas características de uma região. Habitat: local onde seres humanos, animais e plantas podem conviver de forma sustentável. Lixo: sujeira, coisas inúteis, sem valor, tudo que não presta e se joga fora. Poluição: Substâncias ou energia introduzidas direta ou indiretamente pelo homem no ambiente, que provocam efeito negativo em seu equilíbrio, causando danos na saúde humana, nos seres vivos e no ecossistema. Preservação: critério de intocabilidade da natureza e do ecossistema pelo homem, acreditando-se que uma vez rompido o equilíbrio pre-existente, este nunca mais se reconstituirá. Reciclar: utilizar um resíduo para uma nova finalidade. Resíduos: materiais decorrentes da atividade humana, como sobras de processos ou substâncias que não podem mais ser utilizadas com a finalidade para a qual foram produzidas. Reutilizar: utilizar o resíduo com mesma utilidade. Sustentabilidade: conciliação entre a sociedade, crescimento econômico e preservação ambiental.
Bibliografia • Biblia Sagrada. Versão Revista e Corrigida, da tradução de João Ferreira de Almeida. • Brito, Paulo R. B. de; Mazzoni-Viveiro, Solange C., orgs. “Missão integral: ecologia e sociedade”. São Paulo, SP: W4 Editora, 2 006. • James Jones; tradução de Meire Portes Santos. “Jesus e a Terra”. Viçosa, MG: Ultimato, 2 008. • Boff, Leonardo. “A Opção Terra: a solução para terra não cai do céu”. Rio de Janeiro: Editora Record, 2 009. • Peter Harris; tradução: Marcos D. S. Steuernagel “A Rocha: uma comunidade evangélica luta pela preservação do meio ambiente”. São Paulo: ABU Editora, 2 001. • Valle, Cyro Eyer do “Qualidade ambiental: ISSO 14 000”. 6ª Ed. Ver. Atualiz. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2 006
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Informações Úteis
Símbolos da reciclagem
Fig. 1— Símbolos da reciclagem
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Tempo de decomposição
Vidro: Indeterminado
Pneus: 600 anos
Fralda descartável comum: 450 anos
Tampas de garrafa: 150 anos
Plástico: 100 anos
Embalagens longa vida: até 100 anos
Copos de plástico: 50 anos
Nylon: mais de 30 anos Lata de aço: 10 anos
Isopor: 8 anos
Chicletes: 5 anos
Toco de cigarro: 20 meses
Fralda descartável biodegradável: 1 ano
Pano: 6 meses a 1 ano Palito de madeira: 6 meses
Papel: 3 a 6 meses
Fig. 2 — Tempo de decomposição
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Materiais Não Recicláveis
Materiais Não Recicláveis
Papel Vidro Metal Plástico
Papel carbono Espelhos Clips Fotografias Vidros planos Esponjas Papéis sujos Pirex de aço Papel toalha Tubos de tv Grampos Papel higiênico Cerâmica Etiquetas e Porcelanas e fitas adesivas Vidros Papéis contaminados metalizados ou plastificados
Cabos de panela Tomadas Embalagens de biscoito Balas e doces
Fig. 3 — Materiais Não Recicláveis
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Atividades para crianรงas de 4 a 6 anos Georgina Lyn Christine
Cuidando da Criação
Alvo Ajudar as crianças a pensar e entender sobre a mudança do clima e o meio ambiente, e descobrir de que maneira podem ajudar. Este material abrange atividades individuais e em grupo. Perguntas (P) e respostas (R) para usar na Roda de Conversa, com algumas explicações. As crianças devem fazer um livro de desenhos sobre como cuidar do mundo, usando as instruções dadas no projeto “Meio Ambiente”.
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Na roda de conversa (P) O que vocês sabem sobre a Terra e o Sol? Discutir com as crianças as coisas que elas já sabem sobre a Terra. Usando uma bola e fotos, o educador/facilitador pode ajudar as crianças a entenderem que a terra é redonda.
Você deve ajudá-las a entender, uma vez que elas precisam construir o conhecimento sobre este tema.
Atividade individual: Materiais Papel Lápis Lápis de cor 44 • Manual de Educação Ambiental
1. Fazer um livro sobre “cuidados com o mundo” para cada criança, registrando as atividades efetuadas; 2. Nas primeiras páginas, as crianças podem desenhar o que elas pensam sobre o mundo e como ele lhes parece; 3. Desenhar os seres que vivem na Terra.
Atividade em grupo: Materiais Balão ou bola (vários) Lanternas (várias) 1. Deixar as crianças brincarem com a lanterna e as bolas; 2. Explicar como o sol traz a luz para a terra e como acontecem o dia e a noite.
Juntos, na roda de conversa Discutir sobre a noite e o dia com as crianças. (P) Como vocês sabem que o sol está em seu lugar no espaço? (R) Nós podemos vê-lo. (P) O que o sol faz? (R) O sol dá luz e calor.
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Atividade Individual: Desenhar ou pintar um grande sol.
Juntos, na roda de conversa Deus fez o mundo e disse que o homem deveria cuidar da terra. Como é possível cuidar da Terra e não estragar o mundo bonito que Deus nos deu? (P) Imagine que você fez uma bagunça com seus brinquedos ou outras coisas, você os deixa assim? (P) O que você faz? Deixa os brinquedos no meio da casa para sempre?
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(R) Não, você os coloca em ordem, junta os brinquedos e os guarda; se não for você, sua mãe ou uma outra pessoa fará isso. É a mesma coisa com o nosso mundo! Não é possível deixálo uma bagunça e não fazer nada. O mundo precisa de ar puro para os seres humanos respirarem, água limpa, terra onde os animais selvagens possam viver, e lugares onde as pessoas possam viver sem sujeira.
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Cuidando do Ar
Vamos pensar sobre o ar poluído. (P) Como devemos cuidar do ar ? (R) Não o deixando ficar sujo. (P) O que faz o ar ficar sujo?
Atividade com Facilitador: (Só poderá ser feita pelo facilitador ou outro adulto). Materiais Velas Fósforos Papel Acender a vela e colocar o papel por cima dela, em distância suficiente para aquecê-lo sem queimar. (R) O papel deverá ficar sujo e quente.
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Juntos, na roda de conversa Refletir sobre como o fogo e a fumaça esquentam e sujam o ar. Acender a vela e colocar o papel por cima dela, em distância suficiente para aquecê-lo sem queimar. (P) Quais as coisas que causam esta sujeira? (R) Carros, ônibus, caminhões, fogo, fábricas, queimadas nas matas. (P) Como nós podemos ajudar a cuidar do ar? (R) Usar menos o carro, filtrar a fumaça, acender menos fogos, etc.
Atividade individual: Materiais Papel Lápis, lápis de cor e tinta Cola Tesouras Pedaços de tecido, lã, papel de balas, corda etc.
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1. Fazer uma colagem sobre ar poluído. 2. Fazer um desenho que demonstre ar limpo, despoluído. 3. Colocar no livro.
Cuidando das águas
Atividade em grupo: Material Terra 2 Copos de vidro Água. 1. Colocar água limpa em um copo. 2. Em outro copo, colocar água, terra e sacudir para misturá-las. Deixe as crianças verem a diferença. (P) Qual água você prefere beber ? (R) Água limpa. (P) Qual água os animais selvagens preferem beber? (R) Água limpa. (P) De onde vem a nossa água?
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(R) Só dos rios.
Atividade individual: Material Papel Lápis de cor 1. Pintar ou desenhar um rio bem limpo. 2. Colocar no livro que as crianças estão fazendo.
Juntos, na roda de conversa (P) Como podemos deixar nossos rios limpos? (R) Não colocando lixo e sujeira dentro da água. (P) Alguém mora perto de algum rio que está sujo? (P) Como está a sua aparência? (P) Como é o seu cheiro? (R) Ruim. (P) Você gostaria de beber da água deste rio sujo? (R) Não. (P) Peixes podem viver em um rio sujo? (R) Não, eles morrem. (P) Como nós podemos ajudar? (R) Não jogando lixo dentro da água, não colocando sujeira de esgoto dentro da água.
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Atividade em grupo: Material Papel grande para parede em 5 pedaços Papel Lixa limpa Tinta e pincéis Cola Lápis de cor Canetas Tesouras 1. Deixar as crianças trazerem lixo “que não é lixo”, por exemplo: papel, garrafas plásticas, caixas de papelão, etc., para usar.
Atividade em grupo: Dividir as crianças em 5 grupos; Cada grupo fará uma parte da colagem utilizando o “lixo que não é lixo” para representar um rio poluído e sujo; Juntar as 5 partes e colocar na parede.
Atividade Individual: 1. Em outro papel, as crianças farão outra colagem representando um rio sujo. 2. Esta colagem deverá ser colocada no livro de cada um.
Juntos, na roda de conversa
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Discutir com as crianças sobre nossa água limpa. (P) Como nós temos água limpa? (R) Alguém limpa a água. (P) Como a água é limpa? Com grande filtros que usam energia, etc. para chegar às casas. É preciso cuidar da água e não jogá-la fora, sem usar. (fechar a torneira quando estiver escovando os dentes).
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Cuidando dos animais e das matas
Juntos, na roda de conversa (P) Alguém conhece ou já visitou uma mata ou um campo? (P) O que vive dentro do mato? (R) Animais e plantas (P) Se estes animais não têm mato onde viver, o que acontece com eles?
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(R) Se eles não têm um lugar para viver, talvez eles acabem morrendo. (P) Como nós podemos cuidar destes animais? (R) Tentando ajudar a preservar os lugares onde eles vivem, para que não desapareçam. Obs.: Seria bom se as crianças pudessem visitar uma mata ou floresta. (P) Vamos pensar nas coisas que os animais precisam para viver? (R) O mato, água mais ou menos limpa e comida. Então, precisamos cuidar das águas; não colocar sujeira nos rios; não sujar o ar; não fazer mal às terras onde eles vivem; não queimar o local em que eles vivem e não colocar lixo e sujeira. O mundo não existe somente para nós, mas também para as plantas e os animais. Eles também vivem aqui na Terra. As árvores também nos ajudam a ter um ar limpo. Então, se cortarmos as plantas e as árvores, estragaremos a terra. Precisamos cuidar do campo, das matas e de nossas árvores. [Ver atividade na pág 84]
Atividade em grupo: 1. Fazer um painel com desenhos de animais que correm risco de extinção em seu país. (Veja exemplos nas fotos abaixo). 2. Dividir a classe em grupos. Cada grupo irá colorir e desenhar um animal. 3. Montar o painel com os desenhos dos grupos.
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Preguiça
Peixe-boi
Mico Leão
Jaguar
Anta
http://pt.wikipedia.org/
Atividade individual: 1. Deixar as crianças desenharem seu animal favorito, que corre o risco de ser extinto; 2. Colocar no livro.
Ideias de mais atividades. Criar oportunidades para as crianças treinarem o cuidado com os animais: Exemplos: — Na sala de aula, montar um aquário com um ou mais peixinhos para que as crianças tenham oportunidade de alimentá-los e limpar o ambiente em que vivem. — Cuidar de lagartas até que virem borboletas; — Em um tanque ou outro ambiente preparado para esta finalidade, cuidar de lesmas, formigas e minhocas. — Trazer um hamster ao PEPE para as crianças cuidarem por alguns dias.
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Como cuidar das plantas?
Cortando as matas, não só destruímos o lugar onde os animais vivem, mas também destruímos as árvores e as plantas. (P) Árvores e plantas são importantes para o mundo? (R) Sim. (P) Por que elas são importantes? (R) As árvores ajudam a limpar o ar e também produzem mais ar para respirarmos. Também ajudam a cuidar da terra. (P) O que acontece se pararmos de respirar? (R) Morremos. Árvores e plantas são muito importantes para o Árvores e plantas são muito importantes para o mundo e precisamos cuidar delas!
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(P) Como é possível cuidar das plantas? (R) Não cortando as matas; não destruindo plantas; deixando as árvores crescerem. As plantas ajudam a terra a ficar firme e a não deslizar pelos morros, como acontece quando chove demais. [Ver atividade na pág. 84]
Atividade em grupo: Esta atividade é para ajudar as crianças a entenderem melhor como cuidar de plantas e a descobrir do que uma planta precisa para viver. A. Materiais copos plásticos terra sementes de laranja semente de abacate
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Preparar uma experiência para cada criança. 1. Colocar terra dentro dos copos plásticos. 2. Enterrar uma semente na terra. 3. Molhar com um pouco de água. 4. Ensinar as crianças a cuidarem de suas sementes até que brotem. Depois, cada criança poderá levar sua plantinha para casa e transferi-la para outro local. B. Materiais jarras de vidro algodão feijão 1. Coloque algodão dentro da jarra. 2. Coloque o feijão em cima do algodão. 3. Molhe com um pouco de água, observando todos os dias até que brote.
Juntos, na roda de conversa Discutir com as crianças onde elas devem colocar os jarros e os copos com as sementes e como elas devem cuidar deles.
(P) O que as plantas precisam para crescer e não morrer? (R) Água, luz, ar. (P) Quando vocês devem dar água para as plantas? O que acontece se vocês esquecerem? (R) Um pouco a cada dia, se estiver quente, e, se esquecerem, as plantas morrerão.
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[Ver o anexo “Plantando o feijão”] Explicar sobre as partes da planta: folhas, raízes, etc.
Juntos, na roda de conversa Discutir sobre os cuidados que se deve ter com os animais em casa. (P) O que nós precisamos fazer para cuidar dos cachorros?
(R) Dar água, comida e um lugar para dormir. Deixá-los limpos; por isso, de vez em quando, devemos dar-lhes banho.
Cuidar para que eles não sejam atacados por bichos, como pulgas, e tratar deles se ficarem doentes.
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Cuidando de onde nós moramos
Juntos, na roda de conversa (P) Como nós podemos produzir menos sujeira e lixo? (R) Reciclar o lixo, não deixá-lo em qualquer lugar, não deixá-lo caído no chão. (P) Quais as coisas que nós podemos reciclar? (R) Papel, plástico, cartolina, vidro, sacos plásticos, latas, caixas de leite.
Se deixarmos estes materiais jogados, produzimos muita sujeira que pode machucar animais ou plantas.
(P) O que acontece com estas coisas que nós reciclamos? (R) Nós podemos vendê-las para reciclagem (como papel e vidro). Vamos guardar estes materiais!
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Atividade em grupo: Material Caixas de papelão
Tinta,
Papel grande
Pincéis
Cola
Papel e tesouras
1. Cobrir as caixas com o papel grande - 1 para cada grupo. 2. Dividir as crianças em 5 grupos:
Grupo 1: papel e cartolina
Grupo 2: vidro
Grupo 3: plástico
Grupo 4: caixas de leite e suco
Grupo 5: latas
3. No papel, as crianças deverão desenhar figuras que representem o material de seu grupo (por ex: o Grupo 2 deverá desenhar objetos de vidro como garrafas, copos, etc.; o Grupo 5 poderá desenhar uma lata de sardinhas ou uma lata de refrigerante) 4. Depois, elas deverão recortar os desenhos e colá-los na caixa do seu grupo.
Atividade Individual: Copiar um desenho de cada uma das caixas para colocar no livro. (A criança também poderá criar um desenho diferente, desde que represente o material da caixa). [Ver atividade na pág 78]
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Atividade em grupo: Levar as crianças para um passeio no bairro. Deixá-las observarem o seguinte:
ITEM
Quantidade
Cor
Lugar
Lixo Sujeira Plantas Árvores Carros Caminhões Ônibus Animais (As crianças pequenas deverão fazer uma marca quando elas virem um dos itens. As maiores, depois que voltarem para a sala, poderão desenhar e colorir, com lápis de cor, o que elas viram e onde elas viram).
Juntos, na roda de conversa Discutir com as crianças como elas podem ajudar a melhorar seu bairro.
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O clima
Juntos, na roda de conversa Muitas vezes, ouvimos os adultos dizerem que o clima está mudando. (P) Alguém pode dar alguns exemplos? (R) Chuvas em regiões do país onde sempre tinha seca. (P) Por que isto está acontecendo? (R) Por causa das coisas das quais nós já falamos: sujeira no ar, calor que sai dos carros, queimadas, indústrias soltando fumaça e outras coisas.
Atividade em grupo: 64 • Manual de Educação Ambiental
Materiais Papelão Canetas Tinta/ pincel Papéis para desenhar, na quantidade exata do tamanho do papelão, de forma que, quando unidos, formem um pôster. Tesouras 1. As crianças desenham elementos que se referem ao clima nos papéis. Ex. Sol, nuvens, chuva, calor, neblina e garoa. 2. Usar estes desenhos para decorar o papelão:
a) para fazer um pôster,
b) para demonstrar o tipo de clima. Mostrar o clima a cada dia. 3. O pôster deve ter títulos como:
“Dia, mês, ano”; “Clima do dia:”
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Coisas que eu posso fazer para ajudar o mundo/terra: • Reciclar lixo, papel, plástico, vidro, lata e cartolina. • Minha família pode reciclar também. • Colocar o lixo na lixeira. • Desligar as luzes quando eu não estiver usando e estimular as pessoas de minha família a desligarem também. • Fechar a torneira quando estiver escovando meus dentes. • Cuidar das árvores e plantas no meu bairro. • Cuidar dos animais que eu tenho.
Juntos, na roda de conversa Para terminar o projeto, aproveite o momento da roda de conversa para recapitular tudo o que elas aprenderam. • Como cuidar do nosso mundo? • Como cuidar do ar? • Como cuidar da água? • Como cuidar das matas e animais? • Como cuidar das árvores e plantas? • Como cuidar de onde nós moramos? • E por que é importante cuidar das coisas maravilhosas que Deus nos deu?
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Bibliografia • Christine, G.L. & Reis M. e Coordenadores. Revisão (2008). “Projeto Número 4 - Meio Ambiente” PePe Brasil. Published by ABIAH. • Woodward. J., (2008), Eyewitness, Climate Change, Dorling Kindersley, London, UK.
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Anexos
Anexos retirados do projeto “Meio Ambiente” – PEPE Brasil
Tem comprador de papel Velho
Tilim, tuim... Tilim, tilim... Tocando o sininho por toda a cidade roda, roda a carrocinha. Comprando notícias velhas, coisas vistas e revistas. Caixas vazias de todas as formas: redondas, quadradas, compridas, que já embalaram brinquedos, sapatos, bombons e camisas.
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Reciclando Reciclando, você pode ajudar a preservar o meio ambiente. Reciclar é separar as embalagens que podem ser reaproveitadas, evitando que elas poluam o nosso planeta. Podemos reciclar plástico, vidro, metal e papel. Para isso, existem coletores diferentes para cada material: o amarelo para metais, o vermelho para plástico, o azul para papel e o verde para vidro. Separe o seu lixo e ajude a salvar o meio ambiente.
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Reciclagem e tempo de decomposição
Já está na hora de aprender a viver no planeta Terra. Pequenas atitudes podem contribuir para a preservação e até mesmo para a melhoria do ambiente em que vivemos.
Água: economize sempre que possível. • Não desperdice água. Apertar a descarga do banheiro por muito tempo é um exemplo de desperdício. • Feche bem as torneiras. • Esteja sempre atento aos vazamentos, pois a água é um precioso recurso natural.
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Energia elétrica: não desperdice. • Não deixe aparelhos elétricos ligados sem necessidade, pois, com o alto consumo de energia, novas usinas hidrelétricas precisarão ser construídas e re-giões inteiras alagadas.
Lixo: aprenda a fazer a coleta seletiva. • Não jogue fora todas as coisas que ainda tiverem utilidade para outras pessoas: doe! • Separe do lixo todo material reciclável e procure locais onde ele pode ser reaproveitado.
Produto
Tempo de decomposição
Borracha
Tempo indeterminado
Goma de mascar
Até 5 anos
Lata de alumínio
Mais de 100 anos
Pano
6 meses a um ano
Papel
3 a 6 meses
Plástico
100 anos
Tampa de garrafa
150 anos
Vidro
10.000 anos
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Reciclar o lixo é fazer com que ele volte a ser matéria-prima, substância principal com que é fabricado um produto. Papel, plástico, vidro, latas e metais são materiais recicláveis. Empresas de reciclagem e sucateiros compram esses materiais e ganham dinheiro com isso.
Reprodução das moscas
Material: • um frasco transparente de boca larga (um vidro grande de maionese, por exemplo) • um pedaço de banana madura ou apodrecida • um pedaço de gaze (de tamanho maior que a boca do frasco)
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• fita adesiva • lupa 1. Amasse a banana e coloque no frasco. 2. Deixe o frasco destampado, durante três dias, perto de um lugar onde existam moscas. 3. Depois de três dias, tampe o frasco com um pedaço de gaze. 4. Faça observações, utilizando uma lupa, a cada três dias.
O que você observou nos primeiros três dias? As moscas vinham, pousavam sobre a banana e se alimentavam. Após o quinto ou sexto dia de experiência, você conseguiu perceber alguma alteração dentro do frasco? Utilize a lupa. Sim. Começaram a aparecer pequenas larvas sobre a banana.
O que você concluiu sobre essas alterações? As larvas são provenientes das moscas. Como se chama o processo de transformação pelo qual as larvas passam até se tornarem moscas? Metamorfose. Depois de observar o que aconteceu, você acha que os alimentos
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podem ficar descobertos ou destampados? Por quê? Não, pois, se os alimentos ficarem descobertos ou destampados, as moscas podem contaminá-los com seus ovos ou com outras impurezas, sem que se perceba. E, através dessas impurezas, as pessoas podem contrair algum tipo de doença.
Erosão: como evitar
Material três bandejas de alumínio terra fofa mudas de grama e sementes de alpiste ou feijão um copo de plástico água 1. Forre uma das bandejas com terra e plante nela
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mudinhas de grama, sementes de alpiste e de feijão. 2. Espere a grama crescer um pouco e as sementes germinarem para continuar a experiência. 3. Forre com terra o fundo de outra bandeja. 4. Coloque a bandeja que ficou vazia sobre a mesa. 5. Usando um suporte, posicione a bandeja com grama dentro da bandeja vazia, levantando-a 10 cm. (Conforme a ilustração). 6. Posicione a bandeja que só possui terra da mesma maneira.
7. Encha o copo com água e despeje vagarosamente sobre a bandeja com grama, mantendo o copo 15 cm distante da bandeja. 8. Repita o processo na bandeja que só possui terra. 9. Compare a quantidade de terra que escorreu de cada bandeja. A quantidade de terra que escorreu das duas bandejas é a mesma? Não.
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Qual das duas bandejas deixou escorrer mais terra? A bandeja que não possuía grama ou plantas. Como você explica o que aconteceu? Quando a água cai no solo que não tem a proteção das plantas ocorre o deslizamento da terra. Essa experiência mostra, resumidamente, a erosão nos solos desmatados e mal cuidados.
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Jardim Portátil Material Adubo; terra; uma colher pequena; sementes ou mudas de plantas; embalagens e cascas de ovos; tinta guache. 1. Juntar doze cascas de ovos, quebradas somente na parte de cima (conforme o desenho); 2. Misturar a terra com o adubo e rechear as cascas de ovos com esta mistura. 3. Plantar as sementes ou mudinhas nos ovos. 4. Pintar a parte de baixo da embalagem dos ovos com guache de cor bem forte. Depois da tinta secar, colocar as cascas com as sementes na embalagem. 5. Regar diariamente com pouca água. Logo você verá o seu jardim portátil crescendo. [Erika B. Barbosa - Revista Nosso Amiguinho”]
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Plantando o feijão Material Um recipiente de vidro de boca larga sem tampa (por exemplo, um vidro vazio de maionese); Uma vasilha com água; Vários guardanapos de papel; Alguns grãos de feijão.
1. Deixe os grãos de feijão mergulhados na água durante a noite; 2. Enrole diversos guardanapos de papel ou outro tipo de papel poroso e coloque-os dentro do vidro. 3. Vá colocando, separadamente, os grãos de feijão entre o papel e a parede do vidro. Tome o cuidado de deixá-los bem pressionados, para que não caiam no fundo do vidro. 4. Despeje, no vidro, água suficiente para umedecer os guardanapos de papel. 5. Observe a cada dois dias o que aconteceu com o grão de feijão.
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O lixo que pode não ser lixo
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Tudo o que a gente joga fora pode se transformar em algo novo e todos podem contribuir para a reciclagem. Reciclar o lixo é fazer com que ele volte a ser matéria-prima: substância principal com que é fabricado um produto. Papel, plástico, vidro, latas e metais são materias recicláveis. (...) Empresas de reciclagem e sucateiros compram esses materiais e ganham dinheiro com isso. (...) Além de economizar espaço, a reciclagem ajuda muito na preservação da natureza, economizando recursos naturais e energia. [Estadinho, 15/03/1997, Suplemento de O Estado de S. Paulo]
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Anotações:
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ABIAH – JMM – JMN
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