Pepe formação continuada

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Georgina Lyn Christine OBE

Manual de Formação Continuada Programa de Educação Pré-escolar

“Cumprindo nossa missão, alcançamos nossa visão” Manual de Formação Continuada – 1

ABIAH – JMM – JMN


2 – Manual de Formação Continuada


Manual de Formação Continuada para Missionários Educadores/Facilitadores


Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Christine, Georgina Lyn Manual de formação continuada para missionários educadores/facilitadores / Georgina Lyn Christine. – Osasco, SP: Ed. do Autor, 2013. Parceria: Pepe-Network. Bibliografia. 1. Crianças de comunidades carentes 2. Educação de crianças 3. Educação religiosa 4. Educadores - Formação 5. Igreja - Trabalho com crianças 6. Missionários I. Título. 13-04120

CDD-306.43 Índices para catálogo sistemático:

1. PEPE : Programa de Educação Pré-Escolar – Manual de formação continuada para missionários educadores/facilitadores – Sociologia educacional 306.43


Georgina Lyn Christine OBE

Manual de Formação Continuada para Missionários Educadores/Facilitadores

Pepe-Network ABIAH – JMM – JMN

“Cumprindo nossa missão, alcançamos nossa visão”


Sobre a autora Georgina Lyn Christine OBE - Mestre de Artes em Educação Internacional, com especialização em curriulum e formação de professores, na Sussex University. UK . Formada em pedagogia com especialização em ciência pela Worcester College - University of of Birmingham-UK. Certificada em movimentos com música para ensinar aeróbica na Royal Society of Artes e YMCA, Kids Fitnesse YMCA - especialização em exercício para o envelhecimento. TESOL,TEFL (qualificações no ensino de Inglês como Língua estrangeira). Fundadora do PePe, Consultora do PEPE Network.

Organizadora Terezinha Aparecida de Lima Candieiro - Mestre em Artes no Programa de Desenvolvimento Integral da Criança pelo Malaysia Baptist Theological Seminary; Licenciatura Plena em Pedagogia com especialização em Magistério e Orientação Educacional pelas Faculdades Integradas Campos Salles; Bacharel em Teologia com especialização em Educação Religiosa pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo; Curso de consultoria do Programa Claves Brasil de Prevenção contra a violência sexual de crianças e adolescentes. Atualmente é a coordenadora internacional do PEPE na Junta de Missões Mundiais da CBB.

Revisão de textos: Carmem Lúcia Purens Sarkovas Criação original do Pepito: Samuel J. Christine Projeto Gráfico: Eliene de Jesus Bizerra Desenhos: Marcos Dias Alves

Parceiros promotores do PEPE ABIAH - Associação Brasileira de Incentivo e Apoio ao Homem JMM - Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira JMN - Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira

© PEPE NETWORK/ABIAH - Associação Brasileira de Incentivo e Apoio ao Homem, 2012. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, por qualquer meio, sem autorização expressa e por escrito dos parceiros promotores do PEPE. ABIAH - Associação Brasileira de Incentivo e Apoio ao Homem Escritório: Rua André Saraiva, 783 - Vila Sônia - São Paulo - SP - Brasil CNPJ 64.032.584/0001-60 CEP 05626-001 - Telefones: 55 (11) 3739 0302/ 3749 1205 www.pepe-network.org - www.abiah.org Impresso no Brasil - Printed in Brazil

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Sumário Introdução para o Manual de Formação Continuada.................................... 6 1. Eu e Minha Identidade......................................................................................... 9 2. Como as crianças podem se proteger................................................................. 15 3. Como Visitar..................................................................................................... 24 4. Como viver uma vida saudável........................................................................... 29 5. Desenvolvimento Cognitivo................................................................................ 37 6. Desenvolvimento Social, Emocional e Linguagem................................................. 44 7. Emília Ferreiro................................................................................................... 53 8. Desenvolvimento da Linguagem.......................................................................... 58 9. Ciência nos PEPEs............................................................................................. 67 10. Desenvolvimento Físico e Sensorial nos PEPEs.................................................... 84 11. Aprendendo Brincando no PEPE........................................................................ 96 12. Primeiro dia no PEPE...................................................................................... 114 13. Exposições/Murais/Cartazes no PEPE.............................................................. 122 14. Proteção à criança nos PEPEs......................................................................... 129 15. Artes Visuais no PEPE..................................................................................... 138 16. Paulo Freire, Montessori, Reggio Emilia........................................................... 146 17. Educação Cristã............................................................................................ 157 18. Cuidando dos cuidadores.............................................................................. 164 19. Matemática................................................................................................... 175 20. Brinquedos.................................................................................................... 186 21. Jogos e Atividades para ajudar a aprender a ler e a escrever............................ 193 22. Formatura das crianças do PEPE..................................................................... 203 Bibliografia............................................................................................................. 211 Anexos..................................................................................................................... 215


Introdução para o Manual de Formação Continuada O curso de formação inicial dado aos ME/MF (Missionários educadores/Missionários facilitadores) é apenas o princípio do preparo que eles devem receber. Há mais material a ser apresentado e apreciado pelos ME/MF antes que eles cheguem a ser considerados obreiros do PEPE, completamente capacitados. Muito deste conhecimento pode ser adquirido com o mentoreamento do seu coordenador, na sua atividade como ME/MF em seu próprio PEPE. A outra fonte principal será através do Manual de Formação Continuada apresentado pelos coordenadores do PEPE nos encontros de formação continuada. O Manual foi preparado para ajudar os coordenadores na realização do Curso de Formação Continuada, oferecendo material de alta qualidade que o coordenador pode utilizar no preparo de cada encontro. Cada capítulo é completo em si para que a sequência da apresentação do material fique a critério de cada coordenador, de acordo com o que acha mais apropriado ao seu grupo.

A organização do manual Cada capítulo se divide de acordo com o esquema a seguir. Este tem o intuito de ajudar o coordenador na apresentação de cada matéria. Quebra gelos: Para ajudar os alunos a se sentirem mais à vontade e a conhecerem um ao outro. Identificação: Faça crachás com o nome de cada um para que todos possam se conhecer. Introdução dos Objetivos: Objetivo do treinamento. Introdução do Programa: Explicar aos ME/MF a matéria que eles vão conhecer durante o treinamento. Introdução do Palestrante: Para que os alunos adquiram confiança em quem está falando. Pequenos grupos: Para ajudar a refletir sobre o que o aluno já sabe. Plenário: Para apresentar o principal material de treinamento. Pequenos grupos: Para as atividades. Cada capítulo termina com um formulário de autoavaliação que o coordenador deve usar após cada seção. Ao final do Manual se encontram anexos contendo: • Formulário de planejamento do programa. • Suporte logístico necessário ao programa. • Formulário de avaliação do programa para o uso dos coordenadores. • Formulário de avaliação para o próprio uso dos ME/MF. 8 – Manual de Formação Continuada


Educação para adultos Ensinar adultos é totalmente diferente de ensinar crianças. O aluno adulto é mais vivido, portanto, tem muito mais conhecimento e experiências de vida que uma criança. Desta forma, o professor deve tomar como ponto de partida a experiência e o conhecimento que o grupo já possui. Como guia geral, o coordenador deve levar em consideração as seguintes orientações: 1. O aluno deve sentir-se à vontade. Trabalhe para que no ambiente de aprendizagem ele se sinta em casa. a) Ele deve se sentir apreciado. b) Ele deve se sentir parte do grupo. c) Ele deve se sentir seguro e protegido. d) Ele precisa saber que suas necessidades físicas são satisfeitas, por exemplo, onde estão os banheiros, qual o horário do almoço, etc. 2. O aluno precisa sentir-se motivado a participar do treinamento e sentir que valeu a pena o esforço por ter chegado ao local de aprendizagem. 3. O aluno precisa ter uma ideia do que ele vai aprender, e saber a rotina do que vai acontecer. O adulto já está acostumado com a organização do tempo. 4. O aluno precisa entender que o que vai aprender é relevante. 5. O aluno adulto precisa ter tempo para refletir e pensar sobre o material que vai aprender. É necessário dar-lhe tempo para se lembrar do que ele já sabe e discutir a evolução desse conhecimento. 6. O estudante deve estar pronto para receber novas informações que serão baseadas no conhecimento do que ele se lembrou. 7. Depois que o novo material for apresentado, o professor precisa dar tempo ao aluno para aplicar o que acabou de conhecer em seu próprio contexto. O professor não pode criar uma situação, mas pode dar aos alunos a oportunidade de pensar e discutir sua própria situação, analisando como eles poderiam aplicar seus novos conhecimentos.

Depois da aplicação do material, o aluno precisa refletir sobre o que aprendeu e a sua relevância.

8. Também deve haver um momento de autoavaliação, quando o aluno poderá verificar o que aprendeu. 9. Deve haver uma ficha para o aluno avaliar o treinamento do qual participou. Adultos aprendem de forma mais eficiente pelo gradativo acúmulo de informações, com atividades práticas, para que haja aprendizagem ativa e não passiva.

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1. Eu e Minha Identidade Lembrete: Quebra-gelos:

Fazer quebra-gelos, principalmente se o grupo não se conhece, e também para facilitar o relaxamento, se a situação for de tensão.

Nome:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Programa:

Explicar para os ME/MF o que irão fazer durante o treinamento.

Introdução:

Apresentação do palestrante.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MF aprendam? Ensinar as crianças a se protegerem de várias maneiras. Ajudá-las a entenderem melhor os seus sentimentos e enfatizar que elas são muito especiais, principalmente para Deus.

Introdução Toda criança é vulnerável, especialmente as do PEPE. O ME/MF deve protegê-la e ensiná-la sobre os possíveis perigos e como fazer para evitá-los. Para começar, o ME/MF deve relembrar os assuntos que a criança já estudou no Projeto “Eu e Minha Identidade”, especialmente os tópicos: “Eu sou especial” e “Meus sentimentos”. Pequenos grupos 1. Refletir como eu estou me sentindo hoje. 2. De que forma o seu grupo sabe como você está se sentindo sem que você lhe tenha contado? 3. Como as crianças mostram seus sentimentos. Grande Grupo 1. Discutir as respostas. 2. Discutir de que forma as pessoas mostram como estão se sentindo: a) o rosto; b) a linguagem do corpo. Pequenos grupos Dar a cada grupo 2 ou 3 atividades relacionadas abaixo, a fim de serem preparadas e apresentadas aos outros grupos.

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1. Como eu me sinto hoje? Materiais: • desenhos de rostos mostrando emoções diferentes; • recortes de revistas; • desenhos no quadro-negro; a) apurar se a criança pode reconhecer qual emoção cada rosto representa; b) pedir à criança que mostre, com o seu rosto, as emoções: alegria, tristeza, cansaço, braveza, perplexidade, medo, surpresa, vergonha e ciúme (pode-se usar o recurso do espelho para ajudá-la nesta demonstração); c) pedir que demonstre, através de linguagem corporal, o frio, o calor e o medo. 2. Fazer um rosto. 1. Dar a cada criança um pedaço de papel cortado em círculo. 2. Cada criança deve desenhar seu rosto nele. 3. Colocá-los na parede ou fazer um mobile. 3. Dança Coloque música apropriada para fazer movimentos a) alegria b) tristeza c) medo d) surpresa e) braveza g) ciúme f) cansaço 4. Eu sou especial Pedir a cada criança para observar em si mesma e em seus colegas: a) o que eles têm em comum. Ex.: número de olhos, braços, pernas (seja sensível e cuidadoso (a) caso haja crianças deficientes na classe); b) o que a criança tem de diferente em relação aos seus colegas Ex.: tipo e cor do cabelo, nariz, altura, cor da pele, tipo de lábios. 5. Quem é? Atividade para fazer durante a roda de conversa O ME/MF deverá providenciar um cobertor, lençol ou toalha grande de mesa; a) escolha uma criança e cubra os seus olhos; b) enquanto a primeira criança estiver de olhos fechados, escolha outra criança e a esconda embaixo do cobertor; c) ao sinal do ME/MF, a primeira criança abrirá os olhos e adivinhará quem está embaixo do cobertor; d) as outras crianças podem ajudá-la, dando-lhe dicas. Ex.: tem olhos azuis, está usando sapatos azuis, etc.; e) quando a primeira criança adivinhar, a outra sairá do seu esconderijo. f) O ME/MF escolherá outras duas crianças para continuar a brincadeira e, assim, sucessivamente. 6. Meu nome é especial a) b) c) d)

Coloque o alfabeto na parede ou escreva-o no quadro-negro. Escreva somente a primeira letra dos nomes das crianças da classe. Faça uma revisão dos sons das letras. Dê a cada criança uma placa com o seu nome (caso a criança já saiba escrevê-lo, deixe que o faça); e) Peça a cada criança que identifique a primeira letra do seu nome no quadro-negro e pendure a placa com seu nome embaixo dela. 12 – Manual de Formação Continuada


Continuando, mas integrando matemática. 1. Quantos nomes estão embaixo de cada letra? 2. Quantas letras têm só um nome? 3. Qual letra tem mais nomes? 4. Qual letra tem menos nomes? 7. Bater o ritmo do seu nome 1. 2. 3. 4. 4.

Falar o nome e bater a sílaba: Ex.: Jo-sé = 2, Ma-ri-a = 3; Colocar o número no quadro ou levantar o número; Dar vários exemplos e bater a sílaba; Perguntar quem tem o nome que contém 1 sílaba, 2, 3 ou 4 Pedir a cada criança que bata o seu nome.

8. Ritmo com instrumentos 1. Fazer instrumentos musicais (utilize materiais recicláveis como copos de plástico ou papel, latinhas de refrigerante, pequenas garrafas pet ou outro material disponível; coloque feijão ou arroz dentro deles e tampe bem); Podem ser usados outros instrumentos ou os que já estão prontos (ver Projeto Natal - ideias); 2. Usá-los para bater as sílabas; 3. Fazer cartões que indiquem o número de sílabas das palavras escolhidas e mostrá-los às crianças enquanto fala cada palavra.(Ex: Palavra escolhida: “Ca-sa” – o ME/MF mostrará um cartão com o nº 2); 4. As crianças usarão os instrumentos para bater as sílabas, falando-as em voz alta ao som das batidas. 9. Mãos e pés 1. Coloque as crianças sentadas em grupos (os grupos não precisam ter o mesmo número de crianças). 2. Peça que levantem as mãos. 3. Cada grupo deve contar quantas mãos estão levantadas. 4. Peça a resposta de cada grupo. 5. Solicite para uma criança baixar uma das mãos. 6. Pergunte quantas mãos estão levantadas. 7. Agora peça para a mesma criança baixar as duas mãos. 8. Pergunte: quantas mãos ainda estão levantadas? 9. As crianças colocam suas mãos para baixo. 10. Movimento com as mãos 1. Peça para as crianças observarem como podem utilizar suas mãos. 2. Fale que as mãos são muito especiais. 3. Enumere os tipos de movimentos. Ex.: dedos para cima e para baixo, de um lado para outro, cruzar os dedos, remexer, dobrar, imitar tesoura e andar. 4. Como podem movimentar o polegar. Ex.: levantar, dobrar, movimentar de lado a lado, remexer, etc. 5. Dê objetos para levantar/pegar com uma mão. Ex.: Lego, bola (pequena), palito, lápis, tesoura, feijão, ervilha, anel, alça de uma bolsa, etc. 6. Desafie-as a pegar alguma coisa sem usar o polegar. 7. Deixe-as tentar. 8. Coloque uma meia na mão e faça o teste de novo. Manual de Formação Continuada – 13


11. Impressão das mãos 1. Faça uma impressão da mão de cada criança. 2. Escreva o nome da criança na folha da impressão. 3. Usando a impressão, faça desenhos (ex: árvore, a juba de um leão, etc). 12. Impressões de dedos 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Peça às crianças para olharem os dedos. Pergunte-lhes o que elas podem ver na pele do dedo. Explique que esta impressão é única. Explique que esta impressão faz com que cada criança seja muito especial. Coloque tinta nos dedos. Peça às crianças para fazerem impressões de dedos. Depois, faça desenhos com as impressões dos dedos. Ex.: flores, lagartas, etc.

Grande Grupo Os pequenos grupos podem trocar os trabalhos.

Autoavaliação - Eu e minha identidade 1. Por que é importante que a criança aprenda sobre si mesma? 2. Dê exemplo de uma atividade que você pode fazer para ajudar a criança a estar atenta sobre como conhecer seus sentimentos. 3. Dê um exemplo de uma atividade que ajude as crianças a se sentirem especiais. 4. Liste os itens que ajudam a promover a resiliência. 1. 2. 3. 4. 5. Dê alguns exemplos de como você pode promover estes itens. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 14 – Manual de Formação Continuada


Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local:

Tempo

Tema

Recursos necessários

Como

Responsável

Café da manhã Devocional e orações Registro Introdução do treinador Resumo do dia Nomes Quebra-gelos

Usando quebragelos

Reflexão em grupo sobre a situação

Perguntas

Estudo Estudo em grupos Almoço Movimento ou atividade para acordar Reflexão

Usando sugestões do Manual de FC.

Apresentações dos grupos Projeto/planejamento de aulas Teste e avaliação

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2. Como as crianças podem se proteger Depois de cumpridas as atividades e as crianças demonstrarem que sabem ser especiais, o ME/MF poderá passar para a segunda parte. Pequenos grupos Os ME/MF devem discutir: 1. Quais são os perigos que as crianças encontram no PEPE; 2. Como os ME/MF podem ajudá-las a se protegerem dos perigos. Grande Grupo Discutir as ideias e ouvir as respostas

Aula do coordenador Quando as crianças estão no PEPE elas se encontram em ambiente seguro (DEVE SER!)? O ME/MF deve garantir que o ambiente seja seguro nos dois sentidos: físico e emocional. Neste ambiente seguro o ME/MF deverá ser um ponto de apoio. Elas aprenderão a se proteger se o ME/MF promover a resiliência. Isso dará às crianças, discernimento, autoestima, autoconfiança, os quais ajudarão no desenvolvimento de uma imagem e competência social para se protegerem. O ME/MF deverá também ajudá-las a entender o porquê deverão ficar atentas e informadas dos perigos em potencial. O que o ME/MF deve dar às crianças? a) Deve ajudá-las e também encorajá-las a conquistar a independência. b) Deve dar explicações junto com regras (leves) e disciplina. c) Deve aconselhá-las a aceitar que nem sempre conseguirão sucesso em tudo; ajudá-las a perceber que as coisas podem ser melhoradas. d) O ME/MF deve procurar dar às crianças conforto e encorajamento quando estiverem em situação difícil. e) Deve ajudá-las também a desenvolver a resiliência, isto é, capacitá-las a se protegerem. A habilidade resiliência facilita a recuperação, sem muitos traumas, de uma situação chocante ou depressiva. A resiliência provê a habilidade de se recuperar de situações difíceis. Resiliência é fundamental às crianças do PEPE para sobreviverem ao tipo de vida que levam.

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1. Promover resiliência Coisas que ajudam a promover resiliência: 1. independência; 2. capacidade de resolver problemas; 3. iniciativa; 4. humor; 5. criatividade; 6. moral; 2. Como fazer isso? 1. Fazer o Projeto “Eu e Minha Identidade”. O ME/MF deve: a) promover nas crianças o conhecimento do seu próprio corpo; b) ajudá-las a ter amor próprio; c) incentivá-las a reconhecer que são bonitas; d) fazê-las entender que são muito importantes para Deus. 2. Na sala de aula, o ME/MF pode ajudar das seguintes maneiras: a) promover o seu bem-estar, enquanto estiverem no PEPE, fazendo-as se sentirem importantes e amadas; b) antes de disciplinar, sempre respirar fundo e falar com calma; c) em situações difíceis, deve tentar promover confiança, otimismo e autoestima; d) ter regras bem simples na sala de aula, manter a disciplina sem inibir o espírito da criança; e) elogiá-las ao completarem seus trabalhos. Ex.: um bom desenho, o término de um quebra-cabeça, um bom comportamento, etc; f) ajudá-las a fazer tarefas de forma independente. Ex.: sendo o ajudante do dia limpando as mesas, colocando material em ordem, etc.; g) ajudá-las a se auto conhecerem. Ex.: se é quieto, se é barulhento, etc.; h) durante a Roda de Conversa, discutir sobre coisas desfavoráveis e de que forma elas podem se superar; i) levá-las a ter apreciação e simpatia umas pelas outras; j) ajudá-las a se comunicarem umas com as outras e pensar como resolver os problemas; k) encorajá-las a compartilhar sobre acontecimentos da sua comunidade e o que elas fizeram durante o final de semana; l) promover a responsabilidade para com suas ações e comportamento; m) dar a oportunidade de serem criativas. Estas oportunidades devem ser frequentes, permitindo às crianças fazer e criar; n) oferecer a oportunidade de iniciar coisas; o) encorajar o senso de humor. O humor e a facilidade de rir de si mesma ajudam a criança a ter mais resiliência; p) ensiná-las a identificar o que é certo e o que é errado; q) incentivá-las a buscar ajuda sempre que necessário. Isto também contribuirá a ter resiliência; r) ensiná-las a ter uma postura correta frente a empecilhos, ou seja, ser simpático ou invés de ficar bravo ou com medo; s) incentivá-las a dividir seus sentimentos com o amigo, ao contrário de guardá-los para si. 18 – Manual de Formação Continuada


Pequenos grupos 1. Dar a cada grupo 3 ou 4 itens daquilo que foi explicado na parte 2. O ME/MF pode discutir como isto pode ser promovido nos PEPEs e dar ideias. 2. Dar a cada grupo 1 ou 2 itens sobre resiliência; eles deverão ser discutidos para se descobrir de qual maneira podem ser promovidos nos PEPEs. Grande Grupo Discutir as respostas.

Pequenos grupos Cada grupo deverá receber uma atividade para preparar, a qual, quando pronta, deverá ser apresentada ao grande grupo. Atividades 1. Fósforo e fogo a) Numa roda de conversa, o ME/MF deve mostrar um desenho de uma criança com fósforos. b) Discutir com elas sobre este perigo. c) Falar sobre o perigo de fogo, balões. 2. O forno/fogão a) Mostrar como é perigoso ficar perto do fogão. b) Se houver um fogão no PEPE, utilize panelas para mostrar como as crianças podem se queimar. c) Discutir sobre queimaduras. Ex.: se alguém já se queimou; perguntar se doeu, etc. 3. Energia elétrica a) Explicar às crianças o que acontece quando se toma um choque. b) Instruí-las, explicando que a energia elétrica pode ser muito perigosa, chegando até, em alguns casos, a matar. c) Advertí-las a não tocar nas tomadas. d) Também explicar que fios de energia podem causar fogo. 4. Materiais de limpeza a) Desenhar uma casa com garrafas embaixo da pia. b) Perguntar-lhes o que acham que há dentro delas. c) Informar que em seu desenho as garrafas estão cheias de água sanitária, e que é uma das coisas perigosas para se colocar naquele local. d) Discutir com elas sobre os perigos de mexer com estes materiais. 5. Remédios a) Desenhar caixas e garrafas de remédios. b) Perguntar-lhes por que eles podem ser perigosos. c) Ensinar que alguns remédios são parecidos com balas ou sucos gostosos, sendo assim, elas nunca devem tomar qualquer coisa sem que saibam o que é. Manual de Formação Continuada – 19


d) Também explicar que existem remédios que são gostosos e despertam a vontade de tomar mais do que o necessário. Por isso, nunca deverão tomá-los por conta própria. Eles sempre devem ser ministrados pela mãe ou por uma pessoa responsável.

Faça um pôster ou desenho contendo esses perigos e deixe-as achá-los.

Fora de casa - Atravessando a rua a) Instruir as crianças sobre como fazer para atravessar a rua. b) Ressaltar que elas precisam sempre ficar perto da mãe ou da pessoa responsável. c) Dê uma lição prática de como atravessar a rua. O que fazer quando se está perdido 1. Ensinar o que pode acontecer quando se está perdido. 2. Explicar que existem algumas regras que a criança poderá seguir se estiver perdida. a) precisa saber seu nome completo e o endereço onde ela mora. b) caso se perca da mãe ou do responsável dentro de alguma loja, buscar socorro com um balconista. c) Se estiver perdida em outro local, procurar ajuda junto a uma pessoa de confiança como, por exemplo, uma mãe com filhos, um policial. d) Destacar que elas nunca deverão acompanhar pessoas desconhecidas para dentro de uma casa, espaço fechado ou carro. e) Enfatizar novamente que a criança nunca deve entrar no carro de pessoa desconhecida. Perto de água 1. Ensinar sobre o que pode acontecer se ela entrar em águas profundas. 2. Perguntar quais são as águas profundas perto de sua casa. Ex.: córrego, lago ou se ela vai a alguma piscina. 3. Falar sobre os cuidados que ela deve ter. Ex.: não andar ou brincar muito perto da água, especialmente se houver risco de enchentes. 4. Se for para uma piscina, deixar bem claro que deverá ir só com adultos ou com alguém responsável. Intimidação (Bullying) 1. Mostrar desenhos com exemplos de crianças puxando cabelo, batendo, mordendo, brigando, intimidando. 2. Enfatizar que este tipo de comportamento está errado. 3. Também explicar à criança que se alguém fizer este tipo de coisas com ela, deverá falar com a sua mãe ou com o(a) professor(a). Itens de higiene 1. Ensinar-lhe que o não lavar as mãos pode ser perigoso. 2. Ressaltar que nunca deverá comer coisas que estiverem caídas no chão.

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Os grupos pequenos podem trocar suas atividades.

Grande Grupo Fazer as atividades junto com o coordenador 1. Fazer uma roda de conversa. 2. Colocar um ursinho nesta roda e dizer às crianças que hoje ele vai participar dela também. 3. Começar a conversa dizendo o quanto é bom receber um abraço ou um beijo de alguém de quem gostamos e merece a nossa confiança. Perguntar: Quem gosta de receber cócegas? Levante sua mão. Quem não gosta de receber cócegas? 4. Dizer que o ursinho não gosta de receber cócegas. Ele também não gosta de receber abraços muito apertados. 5. Ensinar que o corpo delas é um presente de Deus e, se como o ursinho, elas não quiserem ser abraçadas ou receber cócegas ou serem tocadas de uma maneira na qual elas se sentirem constrangidas ou embaraçadas, deverão dizer NÃO. Ninguém deve tocá-las de uma maneira que elas não queiram ser tocadas. 6. Isto significa da cabeça até os dedos dos pés, ou seja, em qualquer parte do corpo. 7. Usando o urso, demonstre as modalidades de toque e as partes do corpo que são inadequadas para se deixar tocar. Por exemplo: tapa ou beliscão no bumbum. 8. Cantar o cântico com ações: “Cabeça, ombros, pernas e pé.” 9. Se o coordenador ou (ME/MF) achar necessário, pode continuar com a discussão, perguntando onde as crianças não gostam de ser tocadas. (Ex.: batida, puxão de cabelo, beliscão no bumbum), perguntando também qual a parte mais sensível para ela. 10. O ME/MF deve explicar que toques são errados porque assustam ou deixam a criança constrangida, magoada, prejudicada ou machucada. 11. Enfatizar que a criança deve dizer não quando estas coisas acontecerem. Explicar que é diferente quando é com um médico ou uma enfermeira. 12. Também explicar que as crianças têm o direto à privacidade; elas devem ir ao banheiro sozinhas; devem fechar a porta, mas não trancar, exceto se elas precisarem de ajuda ou se sua a mãe estiver por perto. O Coordenador deve dizer aos ME/MFs que ensinem estas regras às crianças Não tomar banho fora de casa onde possam ser vistas sem calcinha ou cueca por outras pessoas. 1. As crianças devem ir ao banheiro sozinhas; devem fechar a porta (não trancar) a não ser que estejam acompanhadas da mãe ou precisarem de ajuda. 2. Não se deixar tocar por ninguém se não quiser; Manual de Formação Continuada – 21


3. Lembrar que Deus lhes deu o corpo e ele é precioso; então devem cuidar bem dele; se alguém quiser tocá-lo sem que elas queiram, devem dizer NÃO! Grande Grupo Discutir sobre a última atividade: 1. O que você mais gostou neste material? 2. Qual a parte que você achou mais difícil? Estes são alguns indicadores comportamentais que podem trazer algumas informações; no entanto, se a criança apresentar uma destas indicações não significa , obrigatoriamente, que ela tenha sido vítima de violência. Indicadores de comportamento

Indicadores físicos

Indicadores Suspeitos

Físico Afastar-se de contato físico

Sempre com contusões

Frequentemente, e em lugares fora do comum

Mudanças de comportamento Comportamento agressivo

Queimaduras

Cauteloso com adultos

Fraturas

Medo de voltar para casa

Mordidas

Frequentemente e grandes

Queimaduras de cigarro

Frequente

Negligência Sempre com fome. Desenvolvimento atrasado.

Comida Insuficiente

Fome

Baixa Autoestima

Roupas sujas

Baixa concentração

Infecções respiratórias

Casa úmida

Sempre com gripe

Emocional Baixa autoestima

Acidentes indo para o banheiro

Problemas com dicção

Movimentos para frente e para trás

Batendo a cabeça

Dificuldades em brincar

Chupando o dedo Buscando atenção Frequentemente mentiroso

Violência Sexual Conhecimento sobre sexo muito Dificuldade para sentar ou para acima do que uma criança deve ter andar Faz xixi na cama

Dor na genitália

Baixa autoestima

Dor de cabeça

Mau comportamento

Dor de estômago

Dificuldades com adultos

Dor quando faz xixi

22 – Manual de Formação Continuada

Sugestões do assunto sexo nos desenhos


Bibliografia Box S. You are very Special. Lion Publishing plc. Oxford UK, 2000. Gorgal A. C. & Goyret M. E. Manos al Taller. CLAVES, Creagraf. Montevideo Uruguay SA., 1999. Grotberg E. A guide to Promoting resilience in Children. Early, 1995. Childhood Development; practice and Reflections n. 8, Bernard van Leer Foundation. Hague, Holland. Kotliarenco M. A., Caceres I, Fontecilla M. Estado del Arte en Resiliência, Organizacion Mundial de la salud. Publisher: Agencia Sueca. Suécia, 1997. Tassoni P. & Bulman K. Early Years Care and Education. Heinnemann Educational Publishers, Oxford, UK, 1999. Yates I. Learning in the Early years, Language and Literature. Publishers Scholastic, Leamington Spa. UK, 1998.

Outros recursos Galt. Child care and Educational Training Pack. Publisher NEED (Nursery Education for Employment Development) Cheshire UK, 1995. Nursery Education Magazine. Issue Number 66. October 2003 Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. Nursery Education Magazine. Issue Number 76. August 2004 Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. Nursery Education Magazine. Issue Number 82. February 2005 Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. Nursery Education Magazine. Issue Number 86. June 2005 Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. Nursery Education Magazine. Issue Number 111. July 2007 Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. Nursery Education Magazine. Issue Number 114. October 2007 Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. Mãos Dadas. Número 7. Novembro 2003. Viçosa/MG/ Brasil. Mãos Dadas. Número 16. Março 2007. Viçosa/MG/Brasil.

Manual de Formação Continuada – 23


Autoavaliação - Como as crianças podem se proteger 1. Explique como você vai abordar o assunto de como a criança pode se proteger.

2. Quais áreas você acha que são mais importantes?

3. Dê um exemplo de como você vai fazer isso.

24 – Manual de Formação Continuada


Como as crianças podem se proteger Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local:

Tempo

Tema

Recursos necessários

Como

Responsável

Café da manhã Devocional e orações Registro Introdução do treinador Resumo do dia Nomes Quebra-gelos

Usando quebragelos

Reflexão em grupo sobre a situação

Perguntas

Estudo Reflexão nos grupos Grande grupo

Perguntas, discussão Reflexão sobre as respostas

Almoço Movimento ou atividade Usando sugestões para acordar do Manual de FC Reflexão Preparação em grupos Apresentações dos grupos Projeto/planejamento de aulas Teste e avaliação

Manual de Formação Continuada – 25


3. Como Visitar Lembrete: Quebra-gelos:

Utilizar o benefício do quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MF vão aprender e o porquê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MF aprendam? 1. A fazer visitas para os pais ou responsáveis pelas crianças. 2. Estas visitas permitirão que os ME/MF se aproximem mais das famílias, cultivem amizade com elas, tragam-lhes apoio e falem de Jesus Cristo e de seu grande amor. Ter sempre em mente: Que estas visitas devem ser feitas no mínimo uma vez por mês, levando-se em conta que eles têm um dia livre a cada mês para cumprir este objetivo. Pequenos grupos Discutir: 1. Porque é importante visitar as famílias das crianças do PEPE. 2. Levando-se em conta que o corpo “fala” o que se sente, é importante cuidar para que as atitudes expressem sentimentos de amor, amizade e boa vontade. 3. Fazer uma demonstração desta atitude. Grande Grupo Discutir: 1. É importante visitar as famílias das crianças do PEPE porque: – ajuda a conhecer a realidade da criança; – auxilia entendê-la melhor, bem como à sua família; – facilita a criação de laços de amizade; – leva o amor de Jesus a este lar; – ajuda a levar a família a se interessar em conhecer Jesus; – permite ajudá-la nos problemas que surgirem; – dá-lhes a confiança de que elas e suas crianças são importantes e que poderão vir a ter uma vida de sucesso;. – aumenta a confiança dos pais ou responsáveis em participar das reuniões de pais no PEPE, bem como, no futuro, participar das reuniões na escola pública aonde a criança for estudar. 2. Discutir a linguagem do corpo. 3. Fazer uma demonstração da linguagem do corpo.

26 – Manual de Formação Continuada


Ensino dado pelo coordenador Relembrar sobre linguagem do corpo e do rosto; dar exemplos (Foi discutido na primeira aula de FCME). Antes de realizar uma visita, verificar se: – possui o endereço da criança; – tem informações sobre os nomes, número de crianças na família e, sendo possível, informações sobre grau de parentesco. Ex.: mãe, madrasta, pai, padrasto, avô, avó, etc.; – a família da criança tem ciência de sua visita; – está preparado sobre o que vai conversar e como fará isto; – não vai se atrasar. O ideal é que um membro da igreja acompanhe o ME/MF nesta visita, pois facilitará o trabalho e despertará mais o interesse da igreja em fazer parte do trabalho do PEPE.

1. A visita É imprescindível: – lembrar sempre da linguagem do corpo; – procurar deixar os participantes à vontade; – não ser dominante; fazer a visita com espírito de humildade, tendo em mente que sempre pode aprender com o próximo; – falar em voz agradável, com boa dicção e clareza; – tratar as pessoas com gentileza e cordialidade; – ser sempre simpático e atento. Manter uma postura de atenção; – atender cada pessoa com interesse e respeito; – estudar o ambiente, sem crítica, tentando conhecer mais sobre a família e sobre as coisas importantes para ela. Ex.: o cachorro, o gato, etc.; – observar as pessoas que está visitando, procurando detectar se elas estão tensas, tristes, agitadas, doentes, etc.; – respeitar as diferenças de cultura, religião, classe, etc.; – ser confiável; tomar cuidado com as fofocas; proceder com discrição e ser sigiloso com aquilo que lhe for confiado; – procurar formar um vínculo de confiança com os pais ou responsável; – ser bom ouvinte; deixar que a pessoa fale, interferindo somente no momento adequado, procurando entender tudo o que lhe for dito. Se necessário, anotar os pontos principais da conversa; – discutir coisas do interesse da família, não gastar tempo com assuntos irrelevantes; – nunca discuta sobre os seus problemas; – não se estenda demais na visita. 2. Observações sobre a visita É muito importante: – ter sempre em mente que quando você está ouvindo precisa mostrar interesse, simpatia, usando para isto a linguagem do rosto e do corpo; – ouvir atentamente porque, muitas vezes, as pessoas estão se sentindo sozinhas, aborrecidas, desanimadas, medrosas, necessitando de alguém para compartilhar seus sentimentos e assim encontrar uma solução. Manual de Formação Continuada – 27


Não raras vezes, estas pessoas só precisam de alguém para desabafar e aliviar suas tensões. Há ocasiões em que se necessita de um ombro amigo no qual se possa descansar. Ao oferecer o ombro, se estará dando uma ajuda inestimável àquele que se encontra necessitado. No entanto, há pessoas que não têm com quem compartilhar seus problemas, por isso, é bendito aquele que sabe escutar. Isto é o que chamamos de terapia de apoio! (PEPE VAI 2003). 3. Quatro verbos que devemos sempre observar: Ouvir, observar, falar e acompanhar. • Ouvir o que as pessoas falam. • Observar a situação. • Falar, quando necessário, para ajudar a deixar as pessoas à vontade e para mostrar interesse. • Acompanhar sempre que necessário.

Pequenos grupos Preparar uma pequena peça que demonstre uma visita bem feita e uma visita mal feita.

Grande Grupo Apresentação dos grupos

28 – Manual de Formação Continuada


Autoavaliação – Visitas 1. Por que é importante fazer visitas nos lares dos alunos do PEPE?

2. Quais linguagens do corpo você deve evitar?

3. Quais são os quatro verbos que você deve lembrar quando está fazendo visitas? 1. 2. 3. 4.

Manual de Formação Continuada – 29


Como visitar Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local: Tempo

Tema

Como

Café da manhã Devocional e orações Registro Introdução do treinador Resumo do dia Nomes Quebra-gelos

Usando quebragelos

Reflexão em grupo sobre a situação

Perguntas

Estudo Reflexão nos grupos Grande grupo

Perguntas, discussão Reflexão sobre as respostas

Almoço Movimento ou atividade Usando sugestões para acordar do Manual de FC Reflexão Preparação em grupos Apresentações dos grupos Projeto/planejamento de aulas Teste e avaliação

30 – Manual de Formação Continuada

Recursos necessários

Responsável


4. Como viver uma vida saudável Lembrete: Quebra-gelos:

Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MF vão aprender e o porquê.

Lembrar-se de que este treinamento é um pouco diferente do material de aulas e ideias para as crianças constantes no livro Saúde, escrito por Suzanna Greenwood.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MF aprendam? Aprendam sobre como ajudar as crianças a ter uma vida saudável, a usar o livro Saúde e a ministrar as aulas explicadas neste livro. Pequenos grupos 1. Discutir quais são os aspectos de uma vida saudável. 2. Como o ME/MF pode ajudar as crianças a terem uma vida saudável. 3. Como uma vida saudável ajuda a criança. Grande Grupo Discutir as ideias do mês.

Aula a ser ministrada pelo coordenador: Os itens necessários para uma vida saudável são: 1. nutrição saudável; 2. atividades físicas; 3. saúde; 4. segurança; 5. hábitos saudáveis; 6. bem-estar emocional. 1. Nutrição Problemas do Brasil na área de nutrição: – má nutrição e obesidade: Em 1996, a porcentagem de crianças abaixo de 5 anos com má nutrição era de 5,7%; de profunda má nutrição, 2,3%; e de crianças que não cresciam, 10,5%. A maior deficiência está na falta de ferro que é presente em todo o país, especialmente na idade da pré-escola onde o percentual atinge de 48% até 51%; – a obesidade já cresceu em todas as faixas etárias e em todas as classes sociais. 1 Quais são os alimentos mais saudáveis? Frutas, legumes, feijão, carne vermelha com pouca gordura, frango e peixe. Manual de Formação Continuada – 31


2. Quais são os alimentos não saudáveis? Balas, bolachas, biscoitos, bolos, comida com muito óleo, etc. 3. Quais são os alimentos mais ou menos saudáveis? Pasta, arroz e muita carne. 2. Atividades físicas Benefícios das atividades físicas: 1. ajuda no desenvolvimento e crescimento físico; 2. promove interação e cooperação social; 3. aumenta a auto-estima; 4. fortalece os músculos; 5. promove uma boa postura; 6. fortalece as articulações; 7. melhora a coordenação motora e o balanço; 8. aumenta e densidade dos ossos; 9. aumenta o apetite; 10. reduz o risco de doenças do coração em virtude dele pulsar mais forte, melhorando, desta forma, a oxigenação. 3. Saúde Doenças mais frequentes em crianças de baixa renda: – diarreia; – bronquite; – pneumonia. Doenças de maior incidência em crianças de 1 a 4 anos: – doenças transmissíveis (43%); – doenças respiratórias (8,2%); – diarreia (7%); – infecções respiratórias (7%). As infecções respiratórias (ARI) são as principais causas da mortalidade de crianças de 0-5 anos. Idade escolar Na idade escolar, o índice de mortes em virtude das causas acima atinge 6%; 46% das mortes são causadas por acidentes ou violência; 18% por doenças contagiosas e 13% por câncer. Adolescentes 47% de adolescentes entre 10-14 anos morrem de causas externas ou homicídios; 68% dos 15-19 anos morrem de causas externas e homicídios; 24% de todos os nascimentos vieram de mães em idade de 10 a 19 anos. Vacinas Em 1 997, ocorreram 53 664 casos de sarampo. Deste número, 61 ocorreram em jovens adultos, embora estivessem vacinados. Entre 1999-2000, os números ficaram abaixo de 95%, de 890 casos até 36. Os casos de rubéola nos anos 1 999-2 000 foram de 14 000/ano. O índice entre adultos de 20 até 29 anos sofreu um aumento de 5,7 por 100 000 em 1 999 e de 11,9 por 100 000 em 2 000. Em 1 989 ocorreram os últimos casos de poliomielite. 32 – Manual de Formação Continuada


Em 1 999, ocorreram 66 casos de tétano em recém-nascidos e 42 em 2 000; 56 casos de difteria em 1 999 e 54 casos em 2 000. HIV/AIDS Em 1 997 aconteceram 23 172 novos casos e 7 545 mortes Em 1 999, o número de casos masculinos versus femininos foi de 2 x 1. Abaixo segue o calendário básico de vacinação da criança no Brasil: IDADE

VACINAS BCG - ID

DOSES dose única

DOENÇAS EVITADAS Formas graves de tuberculose

Ao nascer

Vacina contra hepatite B

1ª dose

Hepatite B

1 mês

Vacina contra hepatite B

2ª dose

Hepatite B

Vacina tetravalente (DTP + Hib)

1ª dose

Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções

VOP (vacina oral contra pólio)

1ª dose

Poliomielite (paralisia infantil)

VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano)

1ª dose

Diarreia por Rotavírus

Vacina tetravalente (DTP + Hib)

2ª dose

Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções

VOP (vacina oral contra pólio)

2ª dose

Poliomielite (paralisia infantil)

VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) (4)

2ª dose

Diarreia por Rotavírus

Vacina tetravalente (DTP + Hib)

3ª dose

Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções

VOP (vacina oral contra pólio)

3ª dose

Poliomielite (paralisia infantil)

Vacina contra hepatite B

3ª dose

Hepatite B

2 meses

4 meses

6 meses

9 meses 12 meses 15 meses 4-6 anos 10 anos

Vacina contra febre amarela*

dose inicial

Febre amarela

SRC (tríplice viral)

dose única

Sarampo, rubéola e caxumba

reforço

Poliomielite (paralisia infantil)

DTP (tríplice bacteriana)

1º reforço

Difteria, tétano e coqueluche

DTP (tríplice bacteriana)

2º reforço

Difteria, tétano e coqueluche

SRC (tríplice viral)

reforço

Sarampo, rubéola e caxumba

Vacina contra febre amarela*

reforço

Febre amarela

VOP (vacina oral contra pólio)

* A vacina contra febre amarela está indicada para crianças a partir dos 9 meses de idade que residam ou que irão viajar para área endêmica (Amapá, Tocantins, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre, Roraima, Amazonas, Pará, Goiás e Distrito Federal), área de transição (alguns municípios dos estados: Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) e área de risco potencial (alguns municípios dos estados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais). Se viajar para áreas de risco, vacinar contra Febre Amarela 10 dias antes da viagem. Para maiores informações nos boletins epidemiológicos do Centro de Vigilância Epidemiológica: http://www.cve.saude.sp.gov.br/

Manual de Formação Continuada – 33


4. Segurança Ensinar a criança a se cuidar e a se proteger. Ver a primeira aula de FCME onde constam explicações sobre como ela deve proceder. Ter hábitos saudáveis Aprender: 1. limpeza pessoal: a) escovar os dentes; b) lavar as mãos; c) tomar banho; d) lavar o cabelo; e) informar sobre: pulgas, sarna, piolhos e dengue. 2. Limpeza na casa/na escola: jogando lixo fora, arrumando materiais, varrendo, etc. 3. Limpeza com comida: lavar verduras e frutas, ter as mãos sempre limpas, conservar a comida na geladeira ou lugar fresco e longe das moscas, preparar a comida num recinto limpo, etc. De que maneira estas medidas podem afetar as crianças: 1. Em seu desenvolvimento: – físico; – mental; – emocional. 2. Em sua saúde: – a criança fica mais saudável com: bom alimento, educação física, vacinas, bons hábitos de higiene, etc.

Explicação sobre o livro de Educação e Saúde As aulas podem acontecer a cada sexta-feira no final da aula, ou seja: uma aula por semana. Objetivo da aula: fazer as crianças pensarem; atividade; consolidar o conhecimento; fechamento e observação sobre a aula. Tema geral: explicar sobre o tema da aula. Assunto específico: explicar o assunto específico a ser discutido na aula. Objetivo da aula: explicar qual é o objetivo da aula. Fazendo as crianças pensarem: você encontra exemplos de como formular perguntas com o objetivo de fazer as crianças pensarem. Este exercício poderá ser feito numa roda de conversa. Atividade: atividades para o ME/MF fazer com as crianças. Consolidando o conhecimento: a discussão sobre o assunto. Fechamento: como encerrar.

34 – Manual de Formação Continuada


Observação sobre as aulas Pequenos grupos Cada grupo deve preparar e apresentar 2 aulas.

Grande Grupo Apresentar as aulas de Saúde.

Discutir e refletir sobre cada apresentação e responder: 1. Como o ME/MF pode enfatizar o assunto ensinado? 2. Como o ME/MF pode confirmar se as crianças estão praticando o que aprenderam? 3. Os ME/MF acreditam realmente que estas aulas serão úteis às crianças?

Bibliografia Christine G. L., Candeiro T. A. L, Silva I. M., Santos Lima F. F., Silva Diacov B. C. Treinamento dos Educadores - Módulo Básico. ABIAH, São Paulo, Brasil, 2007. Greenwood S.A. Educação em Saúde para pré-escolares. Fortaleza, Brasil, 2007. Galt. Child care and Educational Training Pack. Publisher NEED (Nursery Education for Employment Development) Cheshire UK, 1995. Nursery Education Magazine. Issue Number 82. February 2005. Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa Nursery Education Magazine. Issue Number 114. October 2007. Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. World Bank Statistics. www.world bank.com. 2007.

Manual de Formação Continuada – 35


Autoavaliação - Como viver uma vida saudável 1. Quais são os itens que ajudam a ter uma vida saudável? 1. 2. 3. 4. 5. 6. 2. Dê alguns exemplos de comidas saudáveis: 1. 2. 3. 4. 5. 3. Dê alguns exemplos de comidas não tão saudáveis: 1. 2. 3. 4. 5. 4. Como as atividades físicas podem ajudar uma criança a ser mais saudável? 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 5. Quais doenças dão mais problemas para as crianças de baixa renda. Coloque X na resposta certa. ( ) Diarreia, pneumonia, bronquite 6. Quais são as principais vacinas? 1. 2. 3. 4. 5.

36 – Manual de Formação Continuada

(

) Gripes, sarampo

(

) Indigestão


7. Quais assuntos sobre higiene pessoal você deve ensinar no PEPE?

8. Explique o que significa esta parte da aula de saúde: Fazendo as crianças pensarem.

Consolidando o conhecimento:

Manual de Formação Continuada – 37


Como viver uma vida saudável Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local: Tempo

Tema

Como

Café da manhã Devocional e orações Registro Introdução do treinador Resumo do dia Nomes Quebra-gelos

Usando quebragelos

Reflexão em grupo sobre a situação

Perguntas

Estudo Reflexão nos grupos Grande grupo

Perguntas, discussão Reflexão sobre as respostas

Almoço Movimento ou atividade Usando sugestões para acordar do Manual de FC Reflexão Preparação em grupos Apresentações dos grupos Projeto/planejamento de aulas Teste e avaliação

38 – Manual de Formação Continuada

Recursos necessários

Responsável


5. Desenvolvimento Cognitivo Lembrete: Quebra-gelos:

Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MF vão aprender e o porquê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MF aprendam? Que saibam mais sobre Psicologia Educacional e sobre os psicólogos educacionais mais utilizados e conhecidos. Que avaliem seus impactos na educação e como podem ajudar o ensino nos PEPEs. Pequenos grupos 1. Relacionar quais os nomes dos psicólogos educacionais já conhecidos. 2. O que conhecem a seu respeito.

Ensino – Piaget Jean William Fritz Piaget nasceu em Neuchâtel em 1896, na Suíça. Era um biólogo, filósofo e cientista estudioso do comportamento humano. Desenvolveu teorias em psicologia cognitiva. Criou a tese da Teoria do Conhecimento, de como a criança desenvolve um conhecimento do seu mundo e como a biologia faz parte neste processo. A teoria de Piaget é a de que a criança interage em seu ambiente por meio da adaptação mental. 1. A parte sensorial motora da faixa etária 0-2anos Faixa etária As ações são reflexivas.

Primeiras semanas

Começa a aprender a usar seus músculos. A inteligência é baseada nas atividades físicas e motoras. Começa a assimilar e acumular informação sobre aquilo que a rodeia. Percebe a existência de objetos mesmo que eles não estejam à sua vista.

7 meses

Começa a demonstrar inteligência. Uma criança quer determinado objeto que está em cima da almofada, então ela move a almofada para ajudar a alcançar seu objetivo.

Manual de Formação Continuada – 39


2. Pré-operacional da idade 2-7 anos. Faixa etária Nesta etapa, a criança mostra sua inteligência em diferentes formas e símbolos. Ex.: especialmente na maneira pela qual ela desenvolve a linguagem.

2+

Memória e imaginação começam a ser desenvolvidas. Nesta fase, a criança é mais egocêntrica, por isso, só entende as coisas sob sua perspectiva. Lida com um só problema por vez. Não consegue colocar coisas numa ordem lógica.

2-4 4-7

Estágio Pré-conceitual. As crianças continuam armazenando informações. Estágio Intuitivo. O processo do pensamento começa a aumentar.

3. Operações concretas 7-11 anos. Faixa etária Começa a mostrar a lógica integrada com o ato de pensar com inteligência.

7-11

Este é baseado na lógica e manipulação sistemática de objetos concretos. O comportamento egocêntrico começa a diminuir.

4. Operações formais 11-15 anos Faixa etária 11-15

As estruturas cognitivas são similares às do adulto. Pode demonstrar raciocínio conceitual.

Muitas crianças, todavia, não conseguem chegar a este último estágio criado por Piaget; por esta razão, essa teoria terminou recebendo muitas críticas nos últimos anos. Piaget, no entanto, não explicou como e por que uma criança passa de um estágio para o outro. Em estudos recentes, a faixa etária destas etapas varia bastante. Novas teorias, mais avançadas do que as de Piaget, têm surgido, a despeito de ainda usarem as etapas de Piaget como base. Alguns outros psicólogos o criticam por não levar em conta a maneira com que a cultura e a sociedade influenciam no desenvolvimento da criança.

Vygotsky Lev Vygotsky foi um psicanalista russo que nasceu em 1906, em Orsha Belarus, que pertencia ao Império Russo. Ele defendia o grande impacto que a sociedade e a cultura causam no desenvolvimento cognitivo. 1. Os 3 principais aspectos na área de desenvolvimento social são: 1. A interação social tem grande importância no desenvolvimento em relação a: como, quando e o quê está sendo aprendido. 2. O potencial para o desenvolvimento cognitivo está limitado a um potencial para cada intervalo de idade (ZDP - Zona de Desenvolvimento Proximal). 3. A maneira pela qual as pessoas aprendem. 40 – Manual de Formação Continuada


2. Tipos de função mental 1. Elementar - as funções com as quais a pessoa nasce. Ex.: fome – sensorial. 2. Superior - criação e uso de memória, atenção, pensamentos, linguagem. Vygotsky defendia que a transição de Elementar para Superior se dava por meio das ferramentas: cultura e símbolos. Cultura: tudo aquilo que se aprendeu ou se aprenderá. Ela prepara a pessoa para viver na sociedade a que pertence. O potencial de desenvolvimento Vygostsky acreditava que a criança podia alcançar um potencial mais alto se houvesse uma pessoa (adulto ou criança) que lhe mostrasse o caminho das ideias e conhecimentos. Vygotsky disse que havia 3 zonas: Nº 1. 2. 3.

Zona O que uma criança pode fazer sem ajuda. O que uma criança não pode fazer nem com ajuda. O que uma criança pode fazer se tiver ajuda.

Para o referido psicanalista, o nível de desenvolvimento potencial se encontrava onde a criança podia alcançar com ajuda. Nível de desenvolvimento potencial Quando tem ajuda.

Nível de desenvolvimento real Sem ajuda.

Uma criança desenvolve mais potencial se tem ajuda de um adulto ou de outra criança. Em casa, pode ser um membro da família, especialmente um irmão ou irmã. No PEPE, este pode ser um adulto ou outro aluno do PEPE.

Bruner Jerome Bruner nasceu em Nova York, nos Estados Unidos, em 1º de outubro de 1915. Ele muito contribuiu com a psicologia cognitiva e com a teoria cognitiva de aprendizagem para psicologia educacional e filosofia da educação. Sua teoria era: • que crianças aprendiam descobrindo por si mesmas; • que o desenvolvimento podia ser representado de três maneiras: 1. Enactiva - baseado em ações (sem necessidade de usar palavras técnicas para os ME/MF); 2. Icônica - baseado em imagens; 3. Simbólica - baseado em linguagem. Enactivo: São ideias desenvolvidas em experiências. Ex.: movimentos físicos. A criança precisa fazer para lembrar. Manual de Formação Continuada – 41


É também importante para adultos que acabam lembrando melhor se o fizerem. Icônica: Quando as informações são lembradas por uma imagem. Esta imagem pode estar baseada em cheiro, toque ou som. Por exemplo, uma música ou um cheiro podem trazer à memória algum acontecimento ou conhecimento. As imagens também podem ajudar a criança a lembrar. Ex.: um desenho no quadro pode ajudá-la a lembrar-se de uma história. Simbólica: Uma vez que nem todas as coisas podem ser lembradas por imagens, usamos a linguagem e os números como recursos para obter informações. Bruner sugeria que a criança da idade pré-escolar, escolar e também a de mais tenra idade tinham a capacidade de aprender, eficiente e efetivamente, se o material estivesse organizado de maneira apropriada para a sua idade. Isso representou uma abordagem diferente daquela que Piaget propunha, ou seja, a criança era limitada pela faixa etária em que se encontrava. Ele defendia que: • • • •

cada novo conceito deveria estar construído em cima do aprendizado anterior; a criança poderia aprender descobrindo; ela necessitava de experiências culturais e sociais para melhor entender o aprendizado; a cultura e a sociedade exerciam grande influência em seu desenvolvimento.

Algumas ideias de Piaget, de Vygotsky e de Bruner: Ideias Jean Piaget Lev Vygotsky Jerome Bruner

Teoria construtivista Estágios de desenvolvimento cognitivo Nível de desenvolvimento potencial Teoria socioconstrutivista ou Sócio Histórico cultural Aprendendo com descobrimento 3 maneiras de desenvolvimento: ações, imagens e linguagem

O que pode ser feito para ajudar no desenvolvimento cognitivo? Nome 1. Dê informações à criança de várias maneiras, não somente pela leitura e pela escrita, mas também usando o material constante na NeS, principalmente se houver elos com a família, comunidade e seu ambiente. 2. A criança pode aprender mais com a ajuda de outras crianças ou adultos. Então, uma criança de faixa etária diferente (ex.: 4, 5, 6) pode ajudar outra criança. Os adultos e crianças mais inteligentes podem ajudar aqueles que têm mais dificuldades. 3. A criança precisa receber informações para o aprendizado. Também pode aprender pelo descobrimento. Então, precisa ser ensinada através dos dois métodos. 42 – Manual de Formação Continuada

Piaget Estágios Préoperacionais 2-7 Vygotsky construtivista operacional. Bruner. Vygotsky

Bruner


4. Para aprender, assimilar e lembrar-se das informações precisa ser estimulada de várias maneiras, por exemplo: pelo tocar, sentir, cheirar, ouvir, saborear, ver. 5. O desenvolvimento da criança poderá ser melhorado utilizando as ideias de vários psicólogos.

Bruner

Ter sempre em mente que estas são teorias e que cada teoria tem sempre a criança que combina com ela. Não raras vezes, é a combinação de teorias que traz a melhor maneira de entender o desenvolvimento da criança. Pequenos grupos A tabela acima com título: “O que pode ser feito para ajudar no desenvolvimento cognitivo”, foi desenvolvida visando facilitar o aprendizado. Dar a cada grupo uma das 5 ideias ali colocadas e pedir aos ME/MF’s que a estudem e, logo após, façam as seguintes atividades: • Responder a pergunta: “o que pode ser feito para ajudar o desenvolvimento cognitivo?” • Baseado nas informações dadas, planejar uma atividade que possa ser utilizada no PEPE. Grande Grupo • • • • • •

Apresentações. Refletir sobre o que foi apresentado e ensinado. Avaliação. Teste. Confirmação do teste. Conclusão.

Bibliografia Cole M, & Cole S. R. The development of Children. Freeman & Company, New York, USA, 1996. Galt. Child care and Educational Training Pack. Publisher NEED (Nursery Education for Employment Development), Cheshire, UK, 1995. Hall P. Child development, Roles, Responsibilities, Resources. Prentice Hall, New Jersey, USA, 1990. Lutz S. T. & Huitt W. G. Connecting cognitive development and constructivism: implications from theory for instruction and assessment; Constructivism in the Human Sciences. 9(1) 67-90, 2004. Slavin R. E. Educational Psychology, Theory into Practice. Prentice Hall, New Jersey, USA, 1998. Tassoni P. & Bulman K. Early Years Care and Education. Heinnemann Educational Publishers, Oxford, UK. (1999). Wikipedia Jean Piaget. Wikipedia the free encyclopedia. encyclopeden.wikipedia.org/wiki/jean_Piaget Wikipedia Jerome Bruner. Wikipedia the free encyclopedia. en.wikipedia.org/wiki/Lev_Vygotsky Wikipedia Lev Vygotsky. Wikipedia the free encyclopedia. en.wikipedia.org/wiki/Jerome_Bruner

Manual de Formação Continuada – 43


Autoavaliação – Desenvolvimento Cognitivo a) Quais foram os nomes dos 3 psicólogos educacionais? 1. 2. 3. b) Cite uma teoria de cada um: 1. 2. 3. c) Por que elas são relevantes no ensino no PEPE?

d) Por que é importante usar as 3 teorias?

44 – Manual de Formação Continuada


Desenvolvimento Cognitivo Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local:

Tempo

Tema

Recursos necessários

Como

Responsável

Café da Manhã Devocional e orações Registro Introdução do treinador Resumo do dia Nomes Quebra-gelos

Usando quebragelos

Reflexão em grupo sobre a situação

Perguntas

Estudo Movimento ou atividade para acordar Estudo em grupos

Preparar uma lição

Almoço Apresentação dos grupos Reflexão sobre o material

Usando sugestões do Manual de FC

Projeto Teste e avaliação

Manual de Formação Continuada – 45


6. Desenvolvimento Social, Emocional e Linguagem Lembrete: Quebra-gelos:

Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MF vão aprender e o porquê.

Relembrar o que foi ensinado no último estudo.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MF’s aprendam? Que saibam mais sobre o desenvolvimento social, emocional e desenvolvimento da linguagem de uma criança. Depois, que reflitam e avaliem seus impactos na educação e como podem ajudar no ensino dos PEPEs. Pequenos grupos Discutir: 1. Como a família e o ambiente influenciam no desenvolvimento de uma criança na parte: a) social; b) emocional; c) na linguagem.

Ensino – Parte Social O desenvolvimento – Os estágios a) Cada criança deverá estar em nível diferente da outra por causa das seguintes razões: 1. influência de seus lares e contato com adultos; 2. a maneira pela qual elas desenvolvem a linguagem; 3. o modo como cada uma absorve o aprendizado, sendo que o ideal é o aprendizado gradual; 4. as normas e alvos que foram dados durante este desenvolvimento. b) Quais as razões que levam a criança a se desenvolver melhor: 1. estar em um ambiente que prima por um comportamento social aceitável perante a sociedade; 2. onde existem normas, regras e alvos; 3. onde ela convive com a linguagem que a ajuda em seu desenvolvimento social. Estas três influências são muito importantes para uma criança de baixa renda. Quando a criança não vive em ambiente estável, com regras, rotinas e normas, frequentemente não consegue desenvolver uma maneira aceitável de se comportar; não apresenta as boas maneiras requeridas pela escola. O PEPE tem o importante papel de ajudá-la a desenvolver habilidades socialmente aceitáveis. Vamos estudar estas partes juntos: 1. a faixa etária na qual a criança se desenvolve socialmente; 2. o que essa criança pode desenvolver; 3. os alvos de comportamento a serem alcançados; 4. como conseguir este comportamento. 46 – Manual de Formação Continuada


1. Faixa etária em anos 4

4 4

4 4 4-5 4-5 4-5

2. Estágio: o que a criança pode desenvolver Seguir regras simples, imitando outras crianças e adultos.

3. Os alvos de 4. Como conseguir este comportamento a serem comportamento alcançados; Seguir regras com a ajuda Elogiá-la e encorajá-la são de um adulto. atitudes que a ajudam a adquirir autoconfiança e, provavelmente, farão com que ela comece a apresentar melhoras. Boas maneiras. Aprender a dizer obrigado Explicar porque devemos ter e por favor. regras e boas maneiras. Gostar de brincar com Aprender a esperar a sua É necessário ter paciência com outras crianças. vez. a criança. Constantemente, ela precisa ser lembrada de que deve compartilhar e também esperar a sua vez. Brincar junto em Seguir instruções quando Precisa supervisão constante. cooperação. estiver brincando. Ex.: regras dos jogos. Gostar de ajudar adultos. Ajudar a arrumar a sala. Dar instruções e bom exemplo. Brincar com outras crianças sem a ajuda de um adulto. Gostar de ajudar os adultos. Entender boas maneiras e regras.

4-5

Imitar adultos.

5-6

Entender porque se precisa de regras em jogos. Entender a diferença entre certo e errado. Ter alguma autonomia como: se vestir, limpar coisas derramadas.

5-6 5-6

Ser capaz de considerar os É necessário ensinar a criança sentimentos dos outros. a compreender que ela precisa pensar nos outros. Dar-lhe oportunidades e tarefas para fazer e ajudar. Ser capaz de usar: por Explicações e exemplos de boas favor, obrigado, pedir maneiras mostradas pelo ME/ permissão para usar um MF. brinquedo ou outro item. ME/MF dar bom exemplo, brincar de teatro, imitação. Explicar o porque das regras quando se joga. Explicar o que é certo e o que é errado. Dar atividades para ajudá-la a obter estas habilidades. Dar responsabilidades e atividades para ajudar a criança a ser mais madura, mais responsável, confiante. Ex.: ser a ajudante do dia. Lembrar sempre de elogiá-la porque isto a ajuda a ganhar maior autoconfiança.

Habilidades sociais que a criança deve ter antes de deixar o PEPE 1 Vestir-se. 2 Ir ao banheiro sozinha. Limpar-se e lavar as mãos. Usar os talheres de forma apropriada ao se alimentar e aprender a comer uma dieta 3 normal (apropriada à sua cultura). 4 Saber o nome e endereço completos. 5 Brincar com outras crianças. 6 Ser capaz de se concentrar mesmo que por curtos períodos. 7 Pegar os materiais que forem pedidos para o exercício de alguma atividade. 8 Seguir instruções. 9 Adquirir autoestima, autoconfiança e autovalor. Manual de Formação Continuada – 47


Pequenos grupos 1. Planejar uma aula para o PEPE: a) para uma criança de 4 anos; b) para uma criança de 4-5 anos ou 5-6 anos; c) uma aula onde as crianças do PEPE aprendem uma habilidade.

Grande Grupo As apresentações das aulas.

Emocional — O desenvolvimento 1. As coisas que influenciam o desenvolvimento. 2. O que ajuda a criança a se desenvolver melhor. 3. As atividades que podem ajudá-la a se desenvolver melhor. 1. Em crianças, os sentimentos podem ser extremos. Por exemplo: Elas podem oscilar de desespero profundo até a completa alegria. 2. Em culturas diferentes, as famílias têm diferentes maneiras de se expressar e desenvolver suas emoções. 3. Crianças podem refletir suas emoções na linguagem corporal, nas expressões faciais, na linguagem e em seus movimentos. Em um dia, uma criança pode sentir-se: 1. alegre 2. quieta 3. triste

4. invejosa 5. tensa

6. barulhenta 8. medrosa 7. agressiva 9. saturada

10. brava 12. ciumenta 11. pensativa 13. tímida

O que ajuda a criança a se desenvolver melhor? • Encorajá-la a expressar seus sentimentos (usando a roda de conversa). • Respeitar seus sentimentos. • Respeitar sua intimidade. • Ajudá-la a se expressar usando desenhos, pintura e movimentos. • Respeitar as diferentes culturas. • Sempre valorizar e aceitar a criança como ela é e não como ela parece ser. • Se ela agiu de alguma maneira inadequada, você deve discipliná-la, dizendo-lhe que não gostou de sua atitude, porém, tome sempre o cuidado para que ela não se sinta rejeitada. O que deve ser pontuado é a atitude e não a criança. • Cumprir sempre suas promessas. • Elogiá-la e encorajá-la com frequência.

48 – Manual de Formação Continuada


Atividades/brincadeiras

Como pode ajudar

os sentimentos que parecem estar presos, especialmente o da raiva; Atividades físicas: correr, pular, Alivia dá oportunidade de soltar a adrenalina que é produzida em situações socar o ar, dançar. estressantes.

Brincar de imitar uma pessoa. Brincar de casinha.

Fazer uma representação de situações reais.

Pintura e desenho.

Ajuda a expressar aquilo que é impossível expressar em palavras faladas ou escritas.

Fantoches.

Faz o papel de uma terceira pessoa.

Massa de modelar, argila.

Facilita também soltar a agressão no momento em que ela estiver batendo na massa.

Histórias.

Pode promover e desenvolver novas ideias, especialmente durante a roda de conversa.

Histórias bíblicas.

Permite identificar o que é certo e o que é errado.

Roda de conversa.

Ajuda a analisar as emoções; deixar a criança trazer um objeto do qual ela goste e que a ajudará a melhor se expressar.

Exposições.

As exposições com nomes, fotos, desenhos das crianças; desenhos de coisas ajudam a criança a ficar alegre, triste, etc.

Ajuda a criança a expressar o tratamento que ela recebe em casa.

Pequenos grupos 1. Fazer uma representação de situações reais: a) mãe e pai ou coisas que acontecem em casa. b) uma aula para aliviar agressões.

Grande Grupo Apresentar as representações.

Linguagem — O desenvolvimento 1. Identificar os estágios; 2. Identificar quais são os recursos que ajudam o desenvolvimento da criança; 3. Identificar como podemos ajudar neste desenvolvimento. 1. Os estágios • Como a ciência já comprovou que a criança pode ouvir os sons ainda dentro do ventre de sua mãe, o desenvolvimento da linguagem começa antes do seu nascimento e continua após o parto e ao longo de sua vida. • No primeiro estágio do desenvolvimento da linguagem, a criança ouve, depois imita as palavras. Este estágio é maior durante os primeiros anos de vida.

Manual de Formação Continuada – 49


Estágio

Faixa Etária

Atividades que a criança consegue executar Choro.

0-3 meses

Conhece a tonalidade das vozes. Coos (arrulhos) e gurgles (gu).

Estágio Prélinguístico

Choro quando estressada. 3-6 meses

Babbles (balbucio) coos (arrulho). Pode começar sons mamama dadada. Começam os dadadada, mememememe.

6-12

Coloca vogais e consoantes juntas. Aos 10 meses, entende mais ou menos 17 palavras. Tem mais sons.

12 meses 15 meses

As primeiras palavras. Palavras com entonação. Mais ou menos 10 palavras que podem ser entendidas. Consegue colocar 2 palavras juntas.

18-24 meses

Aprende 10-30 palavras por mês. Com 2 anos já fala 200 palavras. Novas palavras aprendidas facilmente.

2-3 anos

Começa a usar plurais simples. Ex.: gatos. Começa a usar negativos: não tem gatos. Começa a fazer perguntas: onde gato? Imita coisas que adultos falam.

Estágio Linguístico

Pessoas estranhas entendem o que ela fala. Fala sentenças com 4 palavras ou mais e usa a gramática. 3-4 anos

Vocabulário maior. Faz erros de gramática. Gosta de fazer perguntas. Começa a aprender cânticos, poesias. 4 + anos têm maior desenvolvimento da linguagem. Erros gramaticais são menores. Gosta de usar a linguagem.

4-8 anos

Aos 5 anos, seu vocabulário já contém 5 000 palavras. Fala sentenças. Entende que a linguagem está representada pelos símbolos. 8 anos – a maior parte das crianças fala bem, lê e escreve em sua linguagem natal.

Com 4 anos a criança desenvolve maior vocabulário: • quanto maior for sua exposição às palavras e à linguagem, maior será o seu desenvolvimento do linguajar; • a partir das idades 4, 5 e 6 anos, a linguagem se desenvolve melhor e fica mais refinada. O PEPE tem uma importante influência no desenvolvimento da linguagem das crianças de baixa renda que o frequentam, porque, geralmente, elas não têm oportunidade de ouvir um vocabulário extenso em seu próprio ambiente, pois as pessoas não costumam falar muito com elas, nem ouvi-las; • estas crianças precisam ter mais contato com a linguagem do que as crianças com as quais normalmente trabalhamos nas igrejas; 50 – Manual de Formação Continuada


• elas precisam escutar, repetir e aprender a usar maior vocabulário. 2. Quais as atividades que podem ajudar a criança a melhor desenvolver seu vocabulário? Atividade

Como ajudar

Histórias Teatro Interpretando personagens Poesias, trava-línguas Cânticos Jogos com ações Jogos com ritmos Roda de conversa Conversações na roda Conversações na roda Desenhos e pintura que elas explicam Perguntas sobre as histórias Explanações

Escutando Usando vocabulário Usando vocabulário Escutando, repetindo e aprendendo Escutando, repetindo e aprendendo Escutando, repetindo, aprendendo e usando Escutando, repetindo, aprendendo e usando Escutando e usando vocabulário Usando vocabulário Escutando Usando vocabulário Escutando e usando vocabulário Usando vocabulário

3. Depois destas atividades podemos começar a desenvolver a leitura e, em seguida, a escrita. A) Aprendendo a Ler 1º) A criança precisa saber por que ela precisa aprender a ler. 2º) Ela precisa se esforçar em desenvolver o interesse pela leitura. Quanto mais a criança escuta histórias, mais cresce o seu interesse em ler; ela lê rótulos, etiquetas, nomes das ruas, etc. Quanto mais vê e ouve, mais ela entende que precisa aprender a ler. Como ajudá-la nesta etapa? • Fixar etiquetas sobre equipamentos e mobília da sala. • Pôster e exposições com letras e nomes das crianças. • Livros e revistas. • Exposições de etiquetas e rótulos de comida. • Aprendendo as letras de seu nome e os nomes das letras. Para aprender a ler, a criança precisa de uma mistura de palavras inteiras, dos nomes das letras e de uma ideia sobre fonética.

Manual de Formação Continuada – 51


B) Aprendendo a escrever Em primeiro lugar, a criança precisa fazer bastante: • desenhos; • pintura; • colagem; • escrita; • fingir que está escrevendo; • decoração com desenhos, motivos decorativos; • treino para começar a escrever seu nome. Depois, começar a escrever as letras que ela conhece e as palavras que estão no livro Maria e João. Pequenos grupos Preparar um pôster que você possa usar no PEPE e que ajude a criança a aprender a ler e a escrever. Preparar parte de uma lição na qual ajude a criança a ter interesse em ler. Grande Grupo Apresentar seu trabalho. Verificar eventuais dúvidas sobre o material. Checar se existem perguntas sobre o material. Teste Avaliação Confirmação do teste.

Bibliografia Galt. Child care and Educational Training Pack. Publisher NEED (Nursery Education for Employment Development) Cheshire UK, 1995. Tassoni P. & Bulman K. Early Years Care and Education. Heinnemann Educational Publishers, Oxford, UK, 1999. Yates I. Learning in the Early years, Language and Literature. Publishers Scholastic, Leamington Spa. UK, 1998. Zarra C. ’How children develop’. Web page: www.buzzle.com. 2002.

52 – Manual de Formação Continuada


Autoavaliação - Desenvolvimento Social, Emocional e Linguagem 1. O que pode influenciar o desenvolvimento de uma criança na parte social?

2. Dê 2 exemplos de situações que ajudam a criança a se desenvolver melhor na parte social.

3. Quais são as 9 habilidades sociais que a criança precisa aprender antes de deixar o PEPE?

4. Quais fatores podem influenciar o desenvolvimento da criança na parte emocional?

5. Dê 2 exemplos de situações que ajudam a criança a se desenvolver melhor na parte emocional.

6. Dê 3 exemplos de atividades que podem ajudar no desenvolvimento emocional.

7. Quais os fatores que influenciam o desenvolvimento da criança na parte da linguagem?

8. Dê 4 exemplos de atividades que podem ajudar no desenvolvimento da linguagem.

9. Dê 3 exemplos de atividades que podem ajudar a criança a aprender a ler.

10. Dê 3 exemplos de atividades que ajudam a criança a aprender a escrever.

Manual de Formação Continuada – 53


Desenvolvimento Social, Emocional e Linguagem Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local: Tempo

Tema

Como

Café da Manhã Devocional e orações Registro Introdução do treinador Resumo do dia Nomes Quebra-gelos/música Reflexão em grupo

Perguntas

Estudo: social Movimento ou atividade Estudo em grupos

Preparar uma lição/ atividade

Apresentação Reflexão e estudo: emocional Em grupos: preparar atividade Apresentação dos grupos Reflexão e estudo: linguagem Atividade em grupos Atividade manual (se houver tempo) Projeto Teste e avaliação Confirmação do teste Conclusão

54 – Manual de Formação Continuada

Recursos necessários

Responsável


7. Emília Ferreiro Lembrete: Quebra-gelos ou Utilizar o quebra-gelo para facilitar a comunicação e entrosamento entre os participantes. música: Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MF vão aprender e o porquê.

Entrosamento dos participantes

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MF aprendam? – sobre os métodos de aprendizado, da leitura e da escrita idealizados por Emília Ferreiro. – a aplicá-los nos PEPEs. Pequenos grupos (ou no grupo inteiro) Debate sobre Emília Ferreiro e a importância de conhecer mais sobre o seu trabalho.

Informação a ser transmitida Emília Ferreiro nasceu na Argentina. Obteve seu Doutorado na Faculdade de Genebra com a supervisão de Jean Piaget. Desde 1979, ela mora no México onde é professora no Centro de Estudos Avançados do Instituto Nacional Polytécnico. Doutora Ferreiro é conhecida internacionalmente por sua contribuição na área da pesquisa sobre alfabetização e letramento infantil (early literacy research). Ela é uma grande protagonista do construtivismo na educação. Por que é importante aprender sobre Emília Ferreiro? 1. Ela é mencionada muitas vezes no currículo nacional (de fato mais do que outros educadores). 2. Seu nome é frequentemente mencionado no mundo da educação, pois é impossível falar de alfabetização ou letramento sem mencionar Emília Ferreiro. 3. Ela é uma das poucas educadoras de renome internacional, da América Latina. 4. Ela é crítica quanto ao uso de “Cartilhas” na alfabetização de crianças no Brasil. 5. O estudo de suas ideias vai nos dar uma melhor base para decidir qual a maneira mais adequada de ensinar crianças a ler e a escrever nos PEPEs. Em resumo: Emília Ferreiro tem estimulado muitas discussões em várias áreas do processo de capacitação de ler e escrever. Ex.: letramento, alfabetização por fonética e sílaba, e construtivismo.

Manual de Formação Continuada – 55


O que significam estes termos? Letramento Processo através do qual algum adulto ou criança tem contato com letras, palavras, etc. e reconhece: • o que são; • para que se usa; • porque ler e escrever são coisas boas; • a importância de aprender a ler e a escrever. Alfabetização Processo através do qual algum adulto ou criança aprende a ler e a escrever. É comum observar que, mesmo quando as crianças estão despreparadas para a leitura porque tiveram muito pouco contato com a palavra escrita e ainda não entendem a necessidade de aprender a ler, professores insistem em ensiná-las queimando etapas do processo de aprendizagem. O Método de Alfabetização por Fonética O método de ensinar a ler e a escrever pelos sons das letras. O Método do Conhecimento dos nomes das letras Processo através do qual as crianças aprendem os nomes das letras e seus sons e, a partir deste conhecimento, começam a aprender a ler. Esta é uma forma muito importante, visto que em português os nomes das letras são similares aos sons delas. Cardoso – Martins (2002) fez um estudo com crianças da pré-escola e concluiu que aquelas que previamente aprenderam os nomes das letras tiveram mais facilidade em aprender a ler. O Método Silábico O processo de aprender a ler usando as sílabas de cada palavra. Este método, muitas vezes, se apresenta insatisfatório, porque, mais tarde, as crianças acabam mostrando dificuldades na leitura de palavras inteiras, bem como em saber o seu significado. Também podem ter dificuldades em colocar espaços entre as palavras. Ex: Maria gosta de gatos – Ex.: Maria gostadegatos. Construtivismo O construtivismo não é um método de ensino e sim uma filosofia, uma teoria. A teoria do Construtivismo diz que o aprendiz deve construir seu conhecimento. Muitas vezes, o Construtivismo é conhecido como aprendizado ativo, em contraste a um aprendizado passivo. O professor deve facilitar o aprendizado com atividades, conhecimentos, perguntas, trabalhos em grupos, etc. Ele deve guiar a criança a construir novo conhecimento a partir do que ela já conhece, usando coisas/materiais que serão pontes entre o mundo da criança e o novo conhecimento que ele deseja ensinar. (Ao ensinar a ler, o coordenador deve usar exemplos presentes no mundo dela. Ex.: ‘Mamãe’ ou o nome da própria criança.) 56 – Manual de Formação Continuada


Emília Ferreiro divide o processo pelo qual a criança aprende a ler em 3 etapas: 1ª) As crianças começam a aprender a diferença entre desenhos e a escrita. Ferreiro só aceita que apenas as palavras com 3 letras devem ser apresentadas à criança nesta etapa. Ela não aceita que palavras com 2 letras sejam uma representação da linguagem escrita nesta etapa. 2ª) Esta é a etapa quando as crianças podem distinguir o que é uma palavra, sua forma, o número de letras que existe nela e sua configuração. 3ª) Somente na 3ª etapa, as crianças começam a aprender que as letras têm som. A teoria de Ferreiro é que crianças não reconhecem que a letra só representa um único som; por exemplo: elas não aceitam que o som de ‘R’ é ‘rr’, mas sim que as letras representam o som fonético da letra + o som da vogal (elas creem que o som de ‘R’ é ‘ ri’ ou ‘ra’, um ‘r + uma vogal’). Há muita discussão sobre isso, mas as crianças muitas vezes escrevem usando uma combinação dos dois. Ex.: quando escreve MARIPOSA é comum ver crianças escrevendo MARPSA. A criança não coloca o I nem o A, pois pensa que o R representa RI e P representa PO. Este efeito foi observado nas línguas portuguesa, italiana e espanhola, mas não na língua inglesa. A conclusão de Ferreiro é que as diferenças são resultado da maneira diferente na qual o inglês é constituído. Há vários educadores brasileiros que questionam esta 3ª parte, porque não é conclusiva. Eles consideram como sendo a melhor opção quando as crianças aprendem os nomes das letras e seus sons. Os mais famosos defensores desta posição são Cardoso e Martins. Não há uma explicação bem clara. Mas a maneira ‘tradicional’ não é recomendada, especialmente com crianças que não têm muito contato com a linguagem escrita, como é o caso de muitas das crianças no PEPE. No decorrer deste processo os coordenadores devem fazer perguntas, dar exemplos e pedir exemplos dos ME/MF. Pequenos grupos Discussões. As perguntas devem ser feitas por escrito ou no quadro negro. 1. As crianças tinham bastante contato com a linguagem escrita antes de vir ao PEPE em que você atua? Discutir sua situação. 2. Na etapa 1 de Emília Ferreiro, você acha que só se deve usar palavras com 3 letras? E você já viu esta etapa em suas crianças? 3. Como você discerne que a criança está pronta para aprender a ler e a escrever?

Manual de Formação Continuada – 57


Autoavaliação: Emilia Ferreiro Perguntas 1-3: coloque um X na resposta certa 1. Onde nasceu Emília Ferreiro?

( ) Brasil

( ) USA

( ) Argentina.

2. Quem foi o supervisor do doutorado de Emília Ferreiro?

( ) Vygostsky

( ) Piaget

( ) Freire

3. Emília Ferreiro é famosa no Brasil em qual área?

( ) Matemática e ciência

( ) História e geografia

( ) Ler e escrever

4. Explicar as seguintes palavras: a) Letramento:

b) Alfabetização:

c) O método: Conhecimento dos nomes das letras:

5. Dê exemplos do que você faria no seu PEPE para ajudar as crianças a terem mais contato com as palavras escritas:

6. Como você vai mostrar que é importante ler e escrever?

7. Como você vai verificar que as crianças estão prontas para começar a aprender a ler e a escrever?

58 – Manual de Formação Continuada


Emília Ferreiro Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local: Tempo

Tema

Recursos necessários

Como

Responsável

Café da manhã Devocional e orações Registro Introdução do treinador Resumo do dia Nomes Quebra- gelos

Usando quebragelos

Reflexão em grupo sobre Perguntas a situação Reflexão sobre as Grande grupo respostas Estudo Almoço

Perguntas

Movimento ou atividade para acordar Reflexão em grupos

Do material

Projeto/planejamento de aulas Teste e avaliação

Manual de Formação Continuada – 59


8. Desenvolvimento da Linguagem Lembrete: Quebra-gelos ou Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes. músicas Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MF vão aprender e o porquê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MF aprendam? – maneiras de ensinar uma criança a ler e a escrever. – a aplicar o que foi aprendido nos PEPEs. Pequenos grupos (ou no grupo todo) 1. Como você pode ajudar uma criança a ter interesse em ler e em escrever? 2. Por que é necessário um ambiente de letramento? 3. Refletir sobre como criar um ambiente de letramento.

Grupo/Ensino Ambiente de letramento O ambiente de letramento deve ser bem alegre e com muito material. Este material deve estimular a criança a querer aprender a ler e a escrever. Por que é necessário um ambiente de letramento? 1. O ambiente de letramento ajuda a criança a entender que as letras e as palavras são símbolos. 2. Também ajuda a entender porque ela precisa aprender a ler e escrever. 3. Permite que a criança perceba que as letras representam sons. 4. Facilita o aprendizado da leitura. Onde fazer um ambiente de letramento? Poderá ser feito em um canto da sala de aula ou em toda a sala. O que o ambiente de letramento deve ter? 1. exposições de palavras 2. pôsteres com palavras 3. etiquetas nos objetos e materiais 4. livros, revistas, jogos e jornais 5. alfabeto afixado na parede 6. exposição dos trabalhos das crianças 7. árvore ou leão com desenhos das mãos das crianças e seus nomes 8. pôster com os nomes das crianças 9. pôster com os nomes dos aniversariantes e do ajudante do dia 10. rotina 60 – Manual de Formação Continuada


O PEPE deve reservar bastante tempo para estas atividades porque elas ajudarão a criança a ter mais contato com o vocabulário. Recordar o que foi aprendido na última aula • A linguagem se desenvolve e fica mais refinada a partir dos 4, 5 e 6 anos de idade. Como as crianças de baixa renda geralmente não têm oportunidades de ouvir um vocabulário mais apurado, o PEPE exerce grande influência no desenvolvimento da linguagem das crianças que o frequentam. Atividades que ajudam a ter um ambiente de letramento 1. ouvir histórias 2. responder perguntas sobre as histórias 3. poesias 4. trava-línguas 5. cânticos, por exemplo: fui na feira (mercado) e comprei feijão 6. movimentos com cânticos e poesias 7. tempo de conversar 8. tempo de perguntar 9. inventar histórias 10. usar a imaginação 11. imitar pessoas conhecidas 12. teatro 13. criar peças teatrais usando o recurso de fantoches 14. assistir teatro de fantoches 15. atividades que ajudem aprender a escutar 16. atividades para desenvolver o tato como “saco de sentir” 17. roda de conversa 18. jogos como: “Simão disse” ou “Meu olhinho está vendo uma coisa que começa com a letra b” 19. proporcionar oportunidade e ambiente adequado para que a criança possa conversar com um adulto, outra criança ou com um pequeno grupo 20. colocar os desenhos de uma história em ordem O ambiente e as atividades acima permitem ao PEPE ajudar a criança a aprender a ler e a escrever, bem como a entender o porquê da importância deste aprendizado. Fatores que facilitam o aprendizado da leitura e da escrita: • • • • • •

desenvolvimento físico; desenvolvimento cognitivo; desenvolvimento social e emocional; experiências com a linguagem; oportunidades para brincar, interesse em histórias, poesias, etc.; concentração, memória e habilidade em escutar.

Manual de Formação Continuada – 61


Antes de começar o ensino da leitura e da escrita, verificar se: 1. A criança pode ver e escutar sem problemas. 2. Consegue aprender e cumprir tarefas simples. 3. É capaz de cooperar com um adulto. 4. Consegue se concentrar em uma só atividade por um curto período. 5. Sua coordenação está adequada para a sua idade. 6. Gosta de manusear livros, de ouvir histórias, poesias, etc. 7. Demonstra interesse em desenhos, quadros e aprecia seus detalhes. 8. É capaz de contar uma história na ordem certa. 9. Consegue contar uma história usando desenhos, quadros ou fotos. 10. Identifica os sons das letras no começo da palavra. 11. Aprecia ler alguma palavra. Como ajudar a criança a ler? No PEPE, usamos duas maneiras: 1. Conhecer os nomes das letras. Esta é uma forma muito importante, visto que em português os nomes das letras são similares aos sons delas. Cardoso – Martins (2002) fez um estudo com crianças da pré-escola e concluiu que aquelas que previamente aprenderam os nomes das letras tiveram mais facilidade em aprender a ler. 2. Conhecer as palavras inteiras Quando a criança aprende a ler a palavra inteira consegue, no futuro, ler com maior interpretação. Jane Correa e Julie E. Dockrell desenvolveram estudo provando que a criança brasileira que escreve tudo junto, sem dar os devidos espaços, é porque não aprendeu, primeiramente, a palavra inteira.

Ideias para ajudar o ME/MF a ensinar a criança a ler 1. Conhecer os nomes das letras A) O ME/MF deve começar ensinando os nomes das letras. Na lousa, começar com os nomes das letras mais repetidas nos nomes das crianças. Ex.: Maria. Forme grupos com as crianças, de acordo com as letras do seu nome. Deverão permanecer no mesmo grupo: 1. Crianças cujos nomes começam com a mesma letra. ou 2. Crianças cujos nomes possuem letras similares (ex: Maria – Ana – Amanda; a letra “a” está contida nos 3 nomes). Tarefa: cada criança soletra o seu nome para as outras crianças. A criança que apresentar maiores conhecimentos poderá ajudar a que estiver com dificuldades. (Este recurso reafirma o que foi ensinado anteriormente: a criança mais apta pode ajudar seu colega a aprender e alcançar o seu potencial).

62 – Manual de Formação Continuada


B) Desenvolver várias atividades usando letras, tais como: a) jogos; b) bingo de letras; c) memória; d) jogos usando as letras - achar a primeira letra do seu nome; e) jogos com: “O meu olhinho está espiando alguma coisa que começa com a letra A”; f) montar livros usando recortes ou desenhos de objetos. Coloque a letra correspondente à primeira letra da palavra. Ex.: desenho de um gato - letra: g; g) cortar letras de jornais e revistas; h) cortar letras dos rótulos; i) pescar letras; j) construir letras usando cartolina em pedaços retos, semicírculo, etc.; k) achar a letra; l) brincar de amarelinha com as letras; m) utilizar bolsas contendo letras do alfabeto. 2. Conhecer as palavras inteiras A) Começar com palavras inteiras (que já devem estar na parede): 1. rótulos; 2. etiquetas; 3. rotina; 4. palavras de ações; 5. colocar a palavra no desenho; 6. bingo de palavras; 7. pescar palavras; 8. sons de animais; 9. achar a palavra; 10. ler um livro na roda de conversa com o ME/MF; 11. separar nomes em sílabas; 12. palavras no papel-manteiga: achar a palavra certa; 13. palavras na cartolina: juntá-las para fazer frases, ex.: eu gosto de gatos; 14. coloque a palavra faltando, ex.: eu gosto de... B) Mostrar as palavras “Maria” e “João” As palavras no livro “Maria e João”, que constam nos projetos pedagógicos do Brasil, somam com as palavras que as crianças já viram. C) Unir os dois métodos ensinados 1º) Livro 1. Usar a palavras: gato, bola. 2. Primeiro: ensinar às crianças os nomes das letras presentes nas palavras “gato” e “bola”. 1. o; 2. a; 3. g; 4. t; 5. b; 6. l. 3. Mostrar: 1ª) palavra: bola 2ª) palavra: gato As crianças precisam ouvir os nomes e os sons das letras e da palavra inteira. Elas precisam ser habilitadas a ler e não a usar somente o método. 4. Perguntar se elas conhecem alguma palavra similar. Ex.: pato, cola, bolo. Onde somente a 1ª ou a 2ª letra foi trocada. Manual de Formação Continuada – 63


2º) Livro Usando a palavra: casa. 1. Ensinar os nomes das letras 1. c; 2. a; 3. s 2. Mostrar a palavra casa. 3. Perguntar se elas se lembram de alguma palavra similar. Ex.: caso, cama, cana, etc. 4. Revisar as letras m, n. E assim, sucessivamente, usando novas letras. • Gradualmente, trazer mais palavras inteiras para ajudá-las a conhecer mais palavras. • Paulatinamente, os ME/MF devem ensinar os nomes das letras durante os dois anos no PEPE. Mostrar a forma da palavra. Algumas crianças aprendem com mais facilidade através da memória visual, ou seja, lembram-se da palavra pela forma e maneira com que é apresentada. casa bola Maria Malu meninos meninas banheiro elefante Pequenos grupos Dividir em grupos e dar uma atividade para cada grupo executar: 1. confeccionar livros que tenham recortes ou desenhos de objetos; 2. colocar a letra correspondente à primeira letra da palavra. Ex.: desenho do gato, letra: g; 3. etiquetas na sala; 4. um livro grande; 5. uma peça; 6. um saco de história.

Grupo grande: Apresentações das atividades dos grupos. Escrevendo Normalmente, as crianças começam a escrever com estas atividades. 1. Começar a atividade fazendo de conta que estão escrevendo. 2. Cada criança deve escrever seu próprio nome. Colocar os nomes das crianças na mesa permitindo que elas copiem. Atividades que as ajudam a começar a escrever As mais comuns são: 1. escrever o nome; 2. desenhar; 3. pintar; 4. tentar confeccionar livros usando desenhos e palavras ocasionais; 5. fazer livros; 6. fazer letras com massinha; 7. fazer letras na areia; 8. colocar a letra faltante; 9. inventar decorações com desenhos; 64 – Manual de Formação Continuada


10. fazer letras usando o próprio corpo; 11. fazer letras no ar; 12. fazer letras com tinta de dedo; 13. fazer letras com bolinhas, arroz, feijão; 14. correr em cima de letras desenhadas no chão (escritas com giz); 15. brincar de amarelinha com letras; 16. colar sucata; 17. fazer maquetes e modelos; 18. encaixar; 19. tecer; 20. montar lego, bloco; 21. fazer letras e cobri-las com bolinhas, feijão ou arroz; 22. escrever com o dedo em espuma, tinta. Estas atividades ajudam a melhorar a coordenação motora fina, não demandando horas copiando ou fazendo pontinhos. Em seguida, começar a escrever palavras que ela conhece. 1. nome da criança; 2. palavras: mamãe, papai, seu nome, PEPE; 3. palavras dos livrinhos Maria e João; 3. palavras dos projetos: Brasil, bairro; 4. frases eu gosto de... ; eu vou no... Em seu estudo, Yaden conclui que para se aprender a escrever leva tempo. É necessário trabalhar com muita coordenação e atividade cognitiva no aprendizado da escrita e lembrar que elas se desenvolvem em tempos diferentes. É importante criar um ambiente apropriado para o aprendizado; no entanto, isso é apenas um dos itens, uma vez que as crianças recebem muita influência da família, de sua formação. Ex.: na maneira como elas receberam a linguagem, as habilidades cognitivas, comportamento e a influência de adultos em suas vidas. Em virtude disso, os educadores de crianças pequenas têm uma grande responsabilidade nesta área. Devem ser pacientes, compreensivos e tolerantes com os resultados que nem sempre se apresentam satisfatórios ou certos. Pela soma destas atividades e com a direção dos educadores, a criança começará a entender a complexidade da linguagem escrita.

Manual de Formação Continuada – 65


Pequenos grupos Escolher uma atividade do item: “Atividades que ajudam a criança a começar a escrever”. Preparar a atividade para apresentar aos colegas. Grande Grupo Apresentação das atividades.

Bibliografia Baker C. Reading Through Play, the easy way to teach your child. Macdonald & Co. Publishers Ltd. London UK. 1987. Capovilla, A. & Capovilla, F. Alfabetização: Método fônico. Memnon, São Paulo, Brasil, 2004. Cardoso-Martins, C., Resende, S. & Rodrigues, L. Letter Name Knowledge and the ability to read by processing Letter-phoneme Relations in Words: Evidence from Brazilian Portuguese speaking Children in Reading and Writing. An Interdisciplinary Journal, (15) (pp 409-432), Netherlands Kluwer, 2002. Christine, G. An Evaluation of the PEPE (preschool education Programme) for children from Deprived Communities in Sao Paulo Brazil. Publ. for MA at Sussex uni, 2007. Correa, J.& Dockrell, J. E. Unconventional word segmentation in Brazilian children’s early text production. 13 July 2006 / Accepted: 20 December 2006. Published online: 11 February 2007, Springer Science + Business Media B.V., 2007 Gee, R. & Meredith, S. Entertaining and Educating your Preschool Child. Usborne Pub., London, UK, 1993. Kamen, T. Building blocks develop skills in the early years, Eye early years educator. Vol. 4 nº 9, Mark Allen Pub. Ltd. London UK, 2003. Noble, P. Teaching Reception, primary teacher yearbooks. Scholastic, Leamington Spa, UK, 1998. Tassoni P.& Bulman K. Early Years Care and Education. Heinnemann Educational Publishers, Oxford, UK, 1999. Yaden Jr. D, B. & Tardibuono J. M. The Emergent writing development of urban latino preschoolers development perspectives and instructional environments for second language learners, Reading & Writing Quarterly. Volume 20, Issue 1 January 2004, pages 29 - 61 Routledge, 2004 Yates I. Language and Literacy, Learning in the Early Years. Scholastic Leamington Spa UK, 2000.

66 – Manual de Formação Continuada


Autoavaliação - Ler e Escrever 1. Escrever 3 coisas que um ambiente de letramento deve ter. 1. 2. 3. 2. Citar 4 atividades que ajudam a ter um ambiente de letramento. 1. 2. 3. 4. 3. Quais são as duas maneiras de ajudar uma criança a aprender a ler? 1. 2. 4. Liste 5 atividades com letras. 1. 2. 3. 4. 5. 5. Liste 2 atividades com palavras inteiras. 1. 2. 6. Escrever 6 atividades que as ajudam a começar a escrever. 1. 2. 3. 4. 5. 6.

Manual de Formação Continuada – 67


Ler e escrever Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local: Tempo

Tema

Como

Café da manhã Devocional e orações Registro Resumo do dia Nomes Quebra- gelos/música Reflexão em grupo

Perguntas

Estudo: Emília Ferreira Movimento ou atividade Discussão em grupos

Perguntas

Reflexão conjunta sobre respostas e reflexão sobre ler/escrever Estudo ler e escrever Em grupos, preparar atividade Apresentação dos grupos Almoço Estudo escrever Em grupos, preparar atividade Apresentação dos grupos Confirmação do teste Conclusão

68 – Manual de Formação Continuada

Recursos necessários

Responsável


9. Ciência nos PEPEs Lembrete: Quebra-gelos ou Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes. músicas: Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MF vão aprender e o porquê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MF aprendam? Ajudar os ME/ MF a gostarem de ciência e descobrir o seu significado para as crianças.

Pequenos grupos 1. Quais experiências ou atividades de ciências você faz com as crianças no PEPE? 2. Em qual projeto e em qual área? 3. Ao ensiná-las, qual é o seu propósito? Quais resultados você espera atingir quando da aplicação destas atividades ou experiências no aprendizado das crianças? 4. Por que é importante fazer experiências com as crianças? Grande Grupo Discutir as respostas e explicar que a Ciência é importante porque: • a criança aprende de uma maneira ativa; • dá a ela a oportunidade de expor suas ideias e, depois, conferir seus resultados; • ao aprender ouvindo, vendo e fazendo, ela aprende mais e se lembra com mais facilidade o que foi ensinado; • a criança tem maiores condições de pensar sobre a situação ou o problema; • ela tem oportunidade de pensar e fazer outras perguntas; • possibilita a pesquisa à criança; • faz com que ela comece a aprender como resolver problemas; • ela aprende a observar o mundo à sua volta; • ela é estimulada a criar suas próprias experiências, pesquisas e observações; • ela aprende a ter responsabilidade. Nunca explicar ou dar os resultados, antes de elas mesmas os terem visto. Permita que as crianças sempre façam as experiências, exceto quando envolver perigo. Escreva em cartões as experiências explicadas a seguir, e junto a cada cartão coloque os materiais que os ME/MF vão precisar para a experiência.

Manual de Formação Continuada – 69


Pequenos grupos ­ Divida os ME/MF em pequenos grupos. • ­• Dê a cada grupo 1 ou 2 experiências. (os cartões e os materiais) • Cada grupo precisa montar suas experiências e responder às seguintes perguntas: 1. Ao ensinar, por meio de experiências, qual resultado pretende alcançar? 2. Por que é útil que as crianças conheçam este material? 3. Para que a criança tenha participação ativa na lição e não seja apenas uma assistente passiva, como devo planejá-la? ­• Cada grupo deve apresentar e explicar sua experiência. ­• Responder as perguntas. Ideias para sala de aula 1. Como o sabonete me limpa? 2. Por que uma toalha me seca? 3. Dentes. 4. Meus sentidos. 5. Cozinhando. 6. Telefone com barbante. 7. Boia e afunda. 8. Energia elétrica - para quê usamos? 9. Flores bebem? 10. Cuidando de plantas. 11. Cuidando de sementes. 12. Dia e noite. 13. Água fria e morna. 14. A terra e porque ocorrem os deslizamentos. 15. Bananas e drosophila (mosca de fruta). 16. Vinagre e experiências. 17. Ímãs. 18. Condensação e nuvens. 19. Cuidando de animais, lagartas, formigas, peixes, minhocas. 1. Como o sabonete me limpa. Minha Identidade. Materiais: • Sujeira; • Sabonete; • vasilha de água; • água numa garrafa; • óleo; • shampoo ou sabonete líquido. 1ª) Experiência: a) coloque óleo na garrafa de água; b) sacuda e deixe descansar; c) coloque shampoo ou sabão líquido dentro da garrafa; 70 – Manual de Formação Continuada


d) observe o resultado: a água fica nublada; e) incentive a criança a pensar no porquê do óleo ficar grudado no sabão. 2ª) Experiência a) coloque carvão nas mãos; b) tente tirá-lo com um pouco de água; c) veja o resultado: não sai fácil; d) agora lave com sabonete; e) verifique o que acontece; permita que as crianças descubram o resultado: a sujeira saiu mais facilmente; f) por que isto acontece? O óleo do sabonete gruda na sujeira; g) as crianças podem desenhar os resultados. Lembrete: Linguagem:

Usar as palavras: água, sabão, óleo.

Matemática:

Quantos esguichos foram necessários para tornar a água nublada?

N e S:

Explicação da experiência.

Artes Visuais:

Fazer desenhos com tinta e bolhas de sabão.

Movimento:

Movimentos imitando as ações: lavando os cabelos, lavando as mãos e tomando banho.

2. Por que uma toalha me seca? - Minha Identidade Materiais: • vasilha com água; • sabonete; • toalha; • réguas; • fita dupla face; • pedaços de algodão, toalha, saco plástico, pedaços de tecido, esponja e papel alumínio. 1ª) Experiência a) Lavar as mãos. b) Secar com toalha. c) Deixar as crianças observarem o resultado. d) As mãos ficaram secas. 2ª) Experiência a) Colar em réguas 1 pedaço de fita dupla face; b) Utilizando várias réguas, cole em cada uma delas um dos materiais acima citados: pedaços de algodão, etc. c) Coloque cada uma em cima da água que está na vasilha (somente o material deverá tocar a água). d) Verificar qual material absorve mais água. e) Fazer um cartaz com os resultados. f) Discutir os resultados. g) Por que a toalha e o algodão absorvem a água? h) A razão é que os laços da toalha estão cheios de ar. A água gruda nos laços e empurra o ar para fora. Então, a toalha fica molhada e você fica seco porque a água sai de você e gruda na toalha. Manual de Formação Continuada – 71


Lembrete: Linguagem:

Trabalhar com as palavras: toalha, água e ar.

Matemática:

Quantos pedaços absorveram a água e quantos não absorveram.

N e S:

A criança aprende quais materiais são absorventes.

Artes Visuais:

Fazer pintura ou desenhos com esponjas, algodão e tinta.

Movimento:

Imitando o ato de se secar.

3. Dentes - Minha Identidade Materiais: • jarras de vidro; • coca-cola; • cascas de ovos; • escova de dente velha; • pasta de dente; • pedaço de papel para servir como etiqueta. a) Discutir porque é muito importante escovar os dentes. b) Coloque as crianças em grupos pequenos. c) Dar a cada grupo uma jarra contendo um pouco de coca-cola, um pedaço de casca de ovo e um pequeno pedaço de papel. d) Pedir a elas que coloquem a casca de ovo mergulhada na coca-cola. e) Estas cascas devem estar identificadas com um pedaço de papel contendo os seus nomes ou um desenho. f) Colar com durex. g) Colocar as cascas na jarra para descansar em alguma prateleira por 24 horas. h) Depois das 24 horas olhar o resultado. i) Desenhar os resultados. j) Tentar escovar a casca. k) Discutir os resultados. Obs.: As cascas de ovo ficam descoloridas e a coca-cola começa a corroer a casca Cantar Usando a música rema, rema, rema seu barco: Escova, escova, escova seus dentinhos Escovar todos os dias Em volta, para cima, para baixo Para seus dentes ficarem bem limpinhos Lembrete: Linguagem:

Usar o cântico como uma poesia.

Matemática:

Contar o número de cascas de ovos, jarras, quantos dentes há na boca (usar a língua e um espelho para ajudar a contar).

N e S:

Discutir o que acontece se você não escovar os dentes.

Artes Visuais:

Fazer um dente com sucata.

Movimento:

Cantar com movimentos.

72 – Manual de Formação Continuada


4. Meus sentidos - Minha Identidade A) Audição Materiais: Fita ou CD com sons diferentes ou vários objetos sonoros escondidos dentro de uma caixa ou atrás de um quadro. Ex.: madeira, sino, metal, copo plástico - cheio de arroz e lacrado. a) Deixar as crianças escutarem os sons. b) Observar se elas podem identificar cada som. c) Repetir a atividade, porém, desta vez, emitindo o som de forma diferente: baixo e alto, alternadamente. d) As crianças devem desenhar os resultados. B) Paladar Materiais: Dar a elas alimentos doces, salgados e azedos para identificarem os vários sabores. Ex.: cebola, maçã, vinagre. a) b) c) d) e)

Discutir os sabores e suas preferências: do que elas gostam e não gostam. Colocar uma venda em seus olhos e pedir para taparem o nariz. Deixá-las experimentar cada sabor. Observar se elas podem identificar cada um deles. Verificar se, tendo o seu nariz tapado, conseguem diferenciar o sabor da cebola e o sabor da maçã. f) Discutir os resultados. g) Ver se elas distinguem qual parte da língua sente o salgado, o doce e o azedo. h) Desenhar os resultados, fazendo um cartaz. C) Olfato Materiais: Itens que têm cheiro e que se encontram dentro de jarras. Ex.: perfume, cebola, café, hortelã, alho, peixe, vinagre. a) Explicar-lhes que precisam ter cuidado em não cheirar muitas coisas ao mesmo tempo porque pode fazer mal, no entanto, os conteúdos de dentro das jarras elas podem cheirar. b) Deixá-las cheirar as jarras. c) Observar se elas conseguem identificar cada item ali colocado. d) Deixar que elas falem dos cheiros que elas gostam e dos que elas não gostam. e) Fazer um cartaz dos resultados destacando o que elas gostam e o que elas não gostam. D) Tato Materiais: Saco ou caixa; itens que as crianças possam sentir. Ex.: chaves, lego, animal de pano, bombril, coisas ásperas, lisas, moles e duras. a) Deixá-las colocarem as mãos dentro do saco ou caixa, com os olhos fechados. b) Observar se elas conseguem adivinhar o que tocaram. c) Verificar quantas delas adivinharam cada item.

Manual de Formação Continuada – 73


E) Visão Materiais: Binóculos, Cores, Lente de aumento. a) Explicar como usamos nossos olhos. b) Porque os olhos são importantes. c) O que não conseguimos fazer se não pudermos ver. d) Deixá-las identificarem as cores. e) Falar sobre o que uma lente de aumento faz. f) Se dispuser de um binóculo, permiti-las experimentá-lo. g) Explicar o que o binóculo faz. h) Quem usa binóculo e por que? Lembrete: Linguagem:

Discutir os sentidos e como usamos cada um.

Matemática:

Identificar quantos são os nossos sentidos e quais são: audição, olfato, paladar, tato e visão.

N e S:

Levá-las a pensar sobre eles e sua importância.

Artes Visuais:

Fazer uma exposição dos sentidos; fazer um binóculo.

Movimento:

Jogos. Ex.: De olhos fechados, as crianças devem tentar achar outra criança ou identificar os colegas que estão ao seu redor.

5. Cozinhando - Minha Comunidade Fazer uma pizza ou sanduíche (no caso de fazer pizza, é necessário forno). Materiais: Pão/pizza, queijo em fatias, tomates em fatias, presunto (se for possível), margarina (no caso de sanduíches), pratos e facas sem pontas. a) Mostrar como colocar o queijo, presunto e tomates nas pizzas; ou como fazer o sanduíche. b) Colocar as pizzas no forno. Lembrete: Linguagem:

Fazer uma dramatização sobre pizzaria ou sobre um ambulante vendendo sanduíches. Trabalhar com as palavras: pizza, pão(P).

Matemática:

Destacar as medidas ¼, ½ usando sanduíches ou (melhor) a pizza.

N e S:

Ensinar de quais países a pizza e o sanduíche se originaram (pizza da Itália/ sanduíche da Inglaterra, ideia de Lord Sandwich).

Artes Visuais:

Fazer uma pizza de cartolina ou papel e decorar com os alimentos que as crianças gostariam de comer.

Movimento:

Brincadeiras de rodas.

6. Telefone com barbante - Minha Comunidade Materiais: Latas de massa de tomate ou copos plásticos e barbante. a) Fazer um buraco suficientemente grande para passar o barbante (o ME/MF deve fazer para as crianças). b) Cada criança precisará de 3 copos ou latas. c) Passar o barbante pelos buracos. d) Fazer um nó nos dois finais do barbante. e) Esticar o barbante. f) Uma criança fala em uma das latas e a outra escuta na outra.

74 – Manual de Formação Continuada


Lembrete: Linguagem:

Trabalhar com as palavras barbante, telefone. Fazer/inventar um teatro sobre telefones.

Matemática:

Por que o som passa para a outra lata? Quantos telefones têm na classe? Identificar os números pares e ímpares nos números de telefones. Identificar, no aparelho, onde ficam os números do telefone;

N e S:

Discutir sobre telefones: como eles nos ajudam e quais os tipos de telefones existentes. Ex.: celular, orelhão, telefones fixos. Citar os números dos telefones de serviços de utilidade pública como bombeiros, polícia, etc. e explicar que só deverão ser usados em situação de emergência.

Artes Visuais:

Enfeitar o telefone de latas e barbante; fazer um celular de sucatas.

Movimento:

Imitar pessoas falando ao telefone e fazendo os gestos.

7. Boiar e afundar - Meio Ambiente Materiais: Uma vasilha cheia de água. Itens para testar: bola, balão (bexiga), brinquedo de plástico, chaves, madeira, pedra. a) Testar os itens, identificando seus resultados. b) As crianças podem desenhar os resultados. Lembrete: Linguagem:

Palavras: boiar, afundar, molhado, seco.

Matemática:

Grande, pequeno, número de itens que boiaram e que afundaram.

N e S:

Por que eles afundam? É por causa do tamanho?

Artes Visuais:

Fazer um peixe, maquete do tanque, cartaz dos resultados.

Movimento:

Imitar boiando, afundando, nadando, mergulhando.

8. Energia elétrica – para que a usamos – Minha Comunidade Materiais: ­Aparelho de som; um aparelho que possa ser usado com energia elétrica e com pilhas. a) Mostrar como o aparelho de som precisa de energia para funcionar e que a energia vem por cabos. b) Mostrar que a energia é necessária para acender a luz; ela pode vir por cabos ou por pilhas. c) Discutir sobre quais os aparelhos que necessitam energia para funcionar, tanto os de casa como os do PEPE. Ex.: TV, vídeo, DVD, geladeira, freezer, lavadora de roupas, rádio, luzes e computador. d) As crianças devem cortar, de revistas ou jornais de supermercados, fotos de aparelhos que necessitam de energia. e) Dividir as crianças em pequenos grupos – fazer conjuntos com os recortes. Ex.: sala, cozinha, quarto, banheiro. Lembrete: Linguagem:

Cabos, pilhas, TV, CD, DVD.

Matemática:

Quantas lâmpadas há no PEPE? e em casa?

N e S:

Por que a energia é útil? Como a energia nos ajuda? Como ela mudou a vida das pessoas?

Artes Visuais:

Fazer uma maquete de uma casa usando caixas de sapatos. Dentro da casa, coloque desenhos ou modelos de itens que usam energia elétrica.

Movimento:

Fazer movimentos: rápido, devagar, para frente, para trás, barulhento, silencioso.

Manual de Formação Continuada – 75


9. Flores bebem? Meio Ambiente Materiais: Flores; jarras com água; anilina ou tinta. a) Coloque a tinta ou anilina dentro da água. b) Coloque as flores dentro da água com tinta. c) Faça um desenho da flor, pintando-a com a mesma cor da flor verdadeira. d) Deixe as flores descansarem. e) Veja as flores após 24 horas. f) O que aconteceu com a flor? g) Desenhe a flor. Que cor ela tem agora? Mudou a cor? h) Perguntar às crianças se isto mostra alguma coisa. Lembrete: Linguagem:

Use palavras: azul, verde, flores, água.

Matemática:

Quantas pétalas há na flor? E quantas folhas?

N e S:

Mostre que a água penetra na flor pelo caule e vai até a flor. É possível verificar isto olhando a água colorida.

Artes Visuais:

Fazer uma flor.

Movimento:

Imitar a água indo para a flor.

10. Cuidando de plantas – Meio Ambiente Materiais: Várias plantinhas, etiquetas e caixa fechada. Coloque as plantas em ambientes diferentes, por exemplo: 1. Deixe uma planta sem água por uma semana, porém, com exposição normal à luz. 2. Prive uma planta da luz, porém dê-lhe água corretamente. 3. Deixe algumas embaixo da luz contínua, molhando adequadamente. 4. Deixe uma planta sem terra, só na água, com exposição correta à luz. 5. Deixe uma planta com água e luz, na medida certa, etc. Após observarem, comente com as crianças o que acontece com cada planta. Ensine que a planta precisa de água, terra e luz diurna. Lembrete: Linguagem:

Parábola do semeador.

Matemática:

Quantas plantas cresceram bem e quantas plantas ficaram fracas?

N e S:

O que as plantas precisam para viver?

Artes Visuais:

Inventar uma planta estranha.

Movimento:

Imitar plantas e sementes, árvores crescendo, no vento, numa tempestade.

11. Cuidando de sementes – Meio Ambiente Materiais: Sementes (pode ser feijão), jarras e algodão. 1. Coloque algodão dentro das jarras. 2. Molhe o algodão. 3. Coloque a semente no algodão. 4. Molhe regularmente. 5. Observe-a todos os dias. 6. Desenhe os resultados. 7. Faça um cartaz onde as crianças possam ver a anotação do número de vezes que molhou a planta e quantos dias ela precisou para crescer. 76 – Manual de Formação Continuada


Lembrete: Linguagem:

Fazer a parábola sobre o semeador.

Matemática:

Quantas sementes cresceram, quantos dias precisaram para crescer, quantos centímetros cresceram? Quais plantas são maiores e quais são menores?

N e S:

O que as plantas precisam para crescer? Elas crescem rápido?

Artes Visuais:

Desenhar uma planta. Inventar uma planta com cores e formas diferentes.

Movimento:

Com música - eu vou crescer.

12. Dia e noite – Meio Ambiente Materiais: Lanterna ou luz; globo/bola/ou bexiga cheia (desenhar os continentes). a) Deixe a sala meio escura. b) Ligue a lanterna. c) Posicione-a no globo. d) Vire o globo. e) Pergunte se elas veem diferença entre um lado e o outro. f) Explique onde está o Brasil e coloque um grande X. g) Virar o globo de novo. h) Deixe as crianças explicarem que um lado está escuro e outro com luz. i) Explique que a lanterna representa o sol. j) Um lado do mundo está no escuro (noite). k) O outro lado tem luz: sol (dia). l) Por causa disto existe o dia e a noite. Lembrete: Linguagem:

Palavras: dia e noite. Fazer uma história sobre dia e noite.

Matemática:

Número de continentes, número de horas no dia.

N e S:

Informações sobre dia e noite.

Artes Visuais:

Fazer um mundo de bexigas e jornais; quando secar, pintar os continentes.

Movimento:

Brincadeiras com bolas ou bexigas.

13. Água fria e morna – Meio Ambiente Materiais: Garrafa plástica (incolor) com água fria; garrafa plástica (incolor) com água morna; corante. a) Adicione algumas gotas do corante na água fria e deixe a água colorida. b) Coloque a água fria na garrafa de água morna. c) Deixe as crianças verem o que aconteceu. Obs.: A água fria vai para o fundo da garrafa de água morna porque é mais densa. Lembrete: Linguagem:

Palavras: frio, morno, água.

Matemática:

Número de garrafas na sala.

N e S:

A água morna é menos densa porque a água foi esquentada e as partículas ficaram mais distantes umas da outras.

Artes Visuais:

Desenhar os resultados.

Movimento:

Batata quente.

Manual de Formação Continuada – 77


14. A terra e porque acontece deslizamento – Meio Ambiente Materiais: 2 bandejas; terra; sementes de grama. a) b) c) d) e) f) g)

Coloque a terra dentro das bandejas. Semeie bastantes sementes em 1 bandeja para que elas cresçam juntinhas. Deixe as sementes crescerem. Faça um roteiro para que as crianças cuidem das sementes. Ex.: molhar. Levante as duas bandejas de um lado. Despeje a mesma quantidade de água sobre as 2 bandejas. Deixe as crianças observarem qual das bandejas perdeu mais terra e por quê.

Lembrete: Linguagem:

Palavras: sementes, histórias sobre sementes e plantas, figueira, semeador.

Matemática:

Quantas plantinhas há? muitas, menos, poucas?

N e S:

O que acontece quando se tira todas as plantas de um terreno? Por que acontecem deslizamentos? Como fazer para evitá-los?

Artes Visuais:

Pintura de um deslizamento.

Movimento:

Utilizando música apropriada, faça movimentos sobre água. Ex.: uma catástrofe, um deslizamento.

15. Bananas e drosophila (mosca de fruta) – Meio Ambiente Materiais: Bananas; jarras. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7.

Deixe as bananas expostas, pois elas atraem moscas pequenas. Tire a casca e deixe pequenos pedaços de banana na jarra. Deixe sem tampa por um dia. Coloque uma tampa de papel ou tecido com pequenos buracos. Deixe as crianças verificarem as jarras dia a dia, até verem algumas larvas. Discuta com as crianças de onde vieram estas larvas. O que elas aprenderam.

Lembrete: Linguagem:

Trabalhar com a palavra banana.

Matemática:

Quantas jarras e quantas bananas foram usadas na experiência?

N e S:

Discuta o que elas observaram. De onde vieram as larvas? O que elas aprenderam sobre o que fazer e não fazer com a comida?

Artes Visuais:

Faça uma larva de massa ou argila ou sucata.

Movimento:

Movimentar-se como uma larva e mosca.

16. Vinagre e experiências – Meio Ambiente Materiais: Passas, vinagre, vasilha, bicarbonato e água. 1. Encha uma vasilha com água (nível ¾). 2. Adicione 2 colheres (de sopa) de bicarbonato. 3. Coloque algumas passas. 4. As passas afundam e ficam paradas. 5. Acrescente 2 colheres (de sopa) de vinagre. 6. Deixe as crianças observarem e explique o que aconteceu e por quê. Obs.: O vinagre reagiu com o bicarbonato; bolinhas de ar levantam as passas. 78 – Manual de Formação Continuada


Lembrete: Linguagem:

Usar as palavras: vinagre, bolinhas.

Matemática:

Quantas passas estavam no fundo e, depois, quantas subiram?

N e S:

Informações sobre a reação do vinagre misturado ao bicarbonato.

Artes Visuais:

Desenhar a posição das passas antes e depois.

Movimento:

Imitando bolinhas, usando a música de bolinhas.

17. Ímãs – Meio Ambiente A) Ímãs e metais Materiais: Objetos de metal e de outros materiais; bandeja com areia suficiente para cobrir os objetos e o ímã. a) b) c) d) e)

Coloque os objetos dentro da areia. Cubra com areia (esconda-os das crianças). Observe se as crianças conseguem achar os objetos, usando o imã. Deixe-as observar quais foram os tipos de objetos atraídos pelo imã. Qual é a conclusão?

B) Ímã e pedacinhos de ferro Materiais: Ímã, papel e pedacinhos de ferro. a) b) c) d)

Coloque os pedacinhos de ferro no papel. Coloque o ímã embaixo do papel. Deixe as crianças observarem e explique o que aconteceu. Movimente o ímã.

Lembrete: Linguagem:

Usar as palavras: ímã, metal.

Matemática:

Quantos objetos o ímã achou?

N e S:

Discutir os resultados de como os ímãs atraem o metal. Onde elas acham ímãs em casa.

Artes Visuais:

Fazer um ímã para a geladeira.

Movimento:

Jogos.

18. Condensação e nuvens – Meio Ambiente A) Nuvens Materiais: Algodão; chaleira com água fervendo. a) Deixe a água ferver. b) Coloque o algodão na frente do vapor (cuidando para não se queimar). c) Deixe o algodão esfriar. d) Esprema. e) Deixe as crianças observarem o que saiu do algodão. f) Ensine que este processo é muito similar às nuvens e à chuva. g) As nuvens coletam a água do vapor. h) Depois elas soltam a água: chuva.

Manual de Formação Continuada – 79


B) Vapor Materiais: Chaleira com água fervendo; um espelho ou pedaço de vidro. a) b) c) d)

Deixe a água ferver. Coloque o espelho na frente. Deixe as crianças verem o que acontece. O que acontece quando o espelho esfria?

Obs.: O vapor volta a ser água. Lembrete: Linguagem:

História sobre Gideão e a pele da ovelha.

Matemática:

Contar quantas bolas de algodão são necessárias para absorver uma xícara de água fervida.

N e S:

Nuvens e chuva – importância.

Artes Visuais:

Fazer um desenho usando algodão como nuvens e papel brilhante, cortado, como gotas de água. Fazer uma cortina de chuva com papel cortado e colado em barbante. Cada criança faz um pedaço.

Movimento:

Imitar chuva, gotas de chuva, rios.

19. Cuidando de animais (lagartas, formigas, peixe, minhocas) Materiais: Lagartas, formigas, peixe, girino ou minhocas, jarras ou aquário, folhas, terra e comida para os animais. a) Monte o aquário ou jarra onde o animal vai viver. b) Faça um cartaz mostrando uma criança que tem a responsabilidade de dar comida e água limpa ao animal; desenhe ou fale na roda de conversa sobre o animal. c) Destaque qualquer diferença que acontecer com os animais. Lembrete: Linguagem:

História sobre os animais.

Matemática:

Contar o número de animais e quanta comida o animal come.

N e S:

Discutir na roda de conversa: 1. Como sabemos que o animal está vivo? 2. Qual a diferença entre coisas vivas e coisas mortas? 3. O que o animal precisa para viver? 4. Que tipo de comida o animal precisa?

Artes Visuais:

Desenhe ou faça um aquário de sucata.

Movimento:

Imite animais usando música.

80 – Manual de Formação Continuada


Pequenos grupos Apresentações das experiências. Respostas às perguntas.

Grande Grupo Discussão sobre ciência nos PEPEs. As dificuldades. Como as crianças podem aprender mais e começar a pensar mais.

Bibliografia Bradlay, C. & Fitzsimons, C. Outdoor Activities for Kids. Lorenz Books, London, UK, 1999. Grosso, A. B. Eureka! Práticas de Ciências para o Ensino Fundamental. São Paulo: Cortez Editora, 2005. Lobb, J. At Home with Science. Splish Splosh, Kingfisher London, UK, 2002. Nursery Education Magazine. Issue Number 86. Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa, 2005

Manual de Formação Continuada – 81


Autoavaliação: Ciência nos PEPEs 1. Explicar a importância de fazer ciência com as crianças.

2. Planejar uma aula usando uma experiência de ciências incluindo Linguagem, Matemática, N e S, Artes Visuais e Movimento, que podem ser encontradas no ‘Lembrete’ ao final de cada experiência.

82 – Manual de Formação Continuada


Ciência nos PEPEs Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local:

Tempo Tema

Como

Recursos necessários

Responsável

Café da manhã Devocional e orações Registro Resumo do dia Nomes Quebra-gelos/música Reflexões em grupo

Perguntas

Discussão sobre ciência Movimento ou atividade Trabalho em grupos

Perguntas

Apresentações Almoço Apresentação dos grupos Discussões sobre ciência nos PEPEs Projetos para o meio ambiente Confirmação do teste Conclusão * Entregar as autoavaliações antes dos estudos.

Manual de Formação Continuada – 83


Avaliação – Ciência nos PEPEs Data: Local: Assinale a sua opinião com um “X”. Tema

Foi útil

Não foi útil

Por quê?

Resumo do dia Nomes Quebra-gelos/música Reflexões em grupo Discussão sobre ciência Movimento ou atividade Trabalho em grupos Apresentações Apresentação dos grupos Discussões sobre ciência nos PEPEs Projeto para o Meio Ambiente Confirmação do teste Conclusão

1. Quando veio ao treinamento, o que você esperava alcançar?

2. O treinamento alcançou suas expectativas? De que maneira?

3. Houve alguma parte no treinamento que achou difícil de entender? Se sim, qual parte foi e por quê?

4. Quais partes do treinamento foram apresentadas de maneira interessante e relevante?

84 – Manual de Formação Continuada


5. Qual parte do treinamento você achou menos relevante?

6. Como as partes menos interessantes podem ser melhoradas?

7. Dê algumas ideias de como você pode ficar mais envolvido. Ex.: atividades, discussões, etc.

8. Na sua opinião, qual aspecto do treinamento lhe será mais útil a longo prazo?

9. Dê algumas ideias de como melhorar o curso:

10. Dê algumas ideias de matérias que não foram tratadas, mas que você gostaria de ver incluídas no programa.

11. Avalie o treinamento pontuando-o de 1 a 10 (sendo 10 a pontuação mais alta e 1 a mais baixa).

Manual de Formação Continuada – 85


10. Desenvolvimento Físico e Sensorial nos PEPEs Lembrete: Quebra-gelos ou músicas:

Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MF vão aprender e o porquê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MF aprendam? A entender melhor as maneiras através das quais as crianças se desenvolvem física e sensorialmente. Grande Grupo 1. O que afeta o desenvolvimento da criança? 2. Todas as crianças se desenvolvem da mesma maneira? 3. Como você pode ajudar no desenvolvimento físico de uma criança?

Estudo Desenvolvimento Físico Definição: a) Crescimento é o aumento na estrutura do corpo com um aumento de controle sobre o corpo. Controle do corpo é o desenvolvimento da coordenação motora fina e grossa. b) Desenvolvimento refere-se ao controle que uma criança tem sobre seus músculos: sua habilidade em sentar, ficar em pé, andar e correr. Também se refere à habilidade de manipulação. Quando a criança desenvolve novas habilidades passa a rejeitar as velhas habilidades. Ex.: o gatinhar é deixado para trás quando ela aprende a andar bem. a) O que afeta o desenvolvimento da criança? b) Quais são as etapas? c) O que ajuda a criança a se desenvolver melhor? 1. O desenvolvimento Cada criança desenvolve as etapas de modo diferente. 1. O crescimento e o desenvolvimento são determinados pelas seguintes razões: a) hereditariedade; b) nutrição; 86 – Manual de Formação Continuada


c) influências hormonais e emocionais. 2. O crescimento e o desenvolvimento são afetados por: a) dieta; e) clima; b) ambiente; f) hormônios; c) exercício; g) hereditário; d) doenças; h) atitude dos pais ou responsável. 3. As etapas - olhar o anexo. 4. O que ajuda a criança a se desenvolver melhor? O PEPE pode ajudar de inúmeras maneiras: 1. dieta: lanches e almoços saudáveis; 2. ambiente: oferecendo às crianças um ambiente saudável e higiênico; 3. exercício: aplicando-lhes muitos exercícios físicos; 4. atitude do responsável: ter atitudes que promovam na criança a sensação de se sentir amada, querida. Dar-lhe segurança, elogios e encorajamento. Nos primeiros 3 anos, a criança começa a desenvolver a parte de locomoção, o uso das mãos e movimentos do corpo. Esta parte pode ser melhor desenvolvida (se possível, verificar o papel anexo). As crianças precisam desenvolver a habilidade motora grossa e a habilidade motora fina. O que pode ser feito no PEPE para melhorar o desenvolvimento da habilidade motora grossa:

Habilidade motora grossa Grossa

Atividade

Novas Dança, ginástica. atividades Andar em cima de linhas (usar giz para desenhar no chão). Balançar em um Balanço só pé, pular em uma só perna, pular corda e amarelinha. Jogando, pegando, batendo, chutando bola, pulando, andando, correndo, Locomoção subindo, girando, pulando em um só pé. Manipulação Bolas, sacos de feijão. Manipulação Construindo modelos com argila e massa. Jogos De botão, bambolês, raquetes, boliche.

Manual de Formação Continuada – 87


Habilidade motora fina Fina Vestindo Tesouras Uso de lápis Jogos de mesa

Construindo

Atividade Abotoar a roupa, amarrar os sapatos, manusear o zíper. Cortando. Desenhando, colorindo. Quebra-cabeças, jogos de memória. Usando blocos. Costurando. Massa de argila. Pegando coisas pequenas. Fazendo bolinhas de sabão, jogando bolas de gude e enfiando linha na agulha. Arrumando. Montando, colando.

Desenvolvimento sensorial 1. O desenvolvimento Os bebês começam a desenvolver os sentidos antes de nascer, especialmente o sentido da audição. Quando nascem, precisam usar seus sentidos de tocar, ouvir, cheirar e ver, para ajudá-los a sobreviver. Ex.: achar comida, sentir calor e carinho, etc. Gradualmente, os bebês vão usando os sentidos para interação com o ambiente a fim de se desenvolverem. No primeiro ano, eles aprendem ouvindo - conhecendo muitas coisas pelo tom de voz das pessoas que cuidam deles; também começam a usar a voz para responder. Começam a usar os olhos para ver melhor e sentem muito prazer em serem tocados, em sentir carinho, etc. Os bebês usam o sentido do paladar para descobrir mais sobre um objeto. À medida que o bebê cresce, precisa ser estimulado nas áreas dos sentidos. Tocar Atividades que ajudam a criança no PEPE a melhorar o sentido de tocar: 1. Sacos ou caixas de tocar. Sacos e caixas contendo objetos nos quais as crianças tocam e precisam adivinhar que objeto é (não olhando, só usando as mãos). 2. Livros que contenham páginas com texturas diferentes. 3. Materiais para brincar e tocar, sentindo as diferenças entre as texturas. Ex.: se é grudento, frio, quente, etc. 4. Argila (massa de sal/farinha de trigo). 5. Polpa de papel. 6. Massa de pão. 7. Tinta de dedo, tinta com sabão em pó, tinta com maisena. 8. Texturas: grossa, lisa, áspera. Materiais: madeira, metal, tecido, bombril, plástico, porcelana, pedras, tijolos, esponja, cascalho e areia. 9. Temperatura: calor, frio, morno. 10. Água. 88 – Manual de Formação Continuada


Material

Argila

Massa

Polpa de papel Areia Material

Água

Pedras, etc. (não usar pedras muito pequenas)

Como usar Brincar, fazendo coisas com 3 dimensões. Usar ferramentas. Fazer impressões usando moedas ou garfos. Usar caixas e vasilhas para fazer formas. Água para mudar a consistência. Molhar a farinha de trigo para variar a textura. Adicionar cores diferentes, cheiros e glitter. Brincar de cozinhar. Fazer itens em 3D. Usar ferramentas. Fazer impressões usando moedas ou garfos. Usar caixas e vasilhas para fazer formas. Mexer para sentir a polpa. Usar para modelar. Sentir. Brincar fazendo castelos, etc. Colocar areia dentro de vasilhas (baldinhos, forminhas). Como usar Sentir: quente, morna e fria. Colocar em vasilhas. Lavar roupinha. Lavar louças. Fazer bolinhas de sabão. Boiar itens diferentes. Afundar itens e observar. Misturar com maisena, etc. Experimentar materiais com água para senti-los. Fazer barro, escorregar na lama e conhecer quais os materiais que absorvem a água. Sentir as pedras diferentes. Desenhá-las, contornando-as. Colocar papel em cima e fazer impressões, usando lápis de cera. Fazer desenhos com as pedras. Fazer itens criativos. Fazer colagem.

Manual de Formação Continuada – 89


Todas estas atividades vão ajudar as crianças.

Lembrete: Linguagem:

Discursando sobre o que elas sentem.

Matemática:

Colocando em ordem e contando os materiais.

N e S:

Aprendendo as transformações dos materiais, suas diferenças, etc.

Artes Visuais:

Usando a criatividade.

Movimento:

Os movimentos com as mãos ajudam no desenvolvimento motor fino e grosso.

Música:

Ao cantar sobre a água poderão perceber as bolinhas, calor e frio.

Saborear O PEPE pode ajudar a criança a melhorar o sentido do paladar dando-lhe, de vez em quando, comida diferente para saborear. Ex.: frutas, legumes, peixe, etc. Nas aulas, fazer experiências de saborear usando salgado, doce, azedo, comida crocante, apimentada, com ervas, etc. Experiências para ver se conseguem adivinhar a comida, sem olhar, usando o: cheiro, visão e audição.

Cheiro Fazer experiências nas quais elas possam sentir, pelo olfato, cheiros variados, mas adverti-las para não cheirar coisas que não sejam comidas, perfumes, flores e sabão. Materiais para cheirar: limão, pimenta-do-reino, vinagre, queijo, café, chá, flores, perfume e sabão. Explicar que o sentido de cheirar pode ajudar a identificar perigos como: cheirar fumaça quando um fogo começa.

Visão Ajudar a criança do PEPE a desenvolver sua visão: Explicar porque a vista é importante; Ajudá-la a ser mais observadora.

90 – Manual de Formação Continuada


O jogo do: eu espio com o meu olhinho.

Achar objetos começando com a letra.

Uma caçada de objetos.

Esconder itens para as crianças procurarem. Coloque objetos na bandeja.

Uma bandeja de objetos.

Fale o nome de cada objeto. Esconda a bandeja e dela tire um dos objetos. Mostre-a de volta para que as crianças identifiquem qual objeto foi tirado.

Observando animais/ plantas.

A transformação da lagarta a cada dia.

Olhando para o seu nome.

Fazer uma brincadeira de achar o nome dela ou o nome do colega.

Olhando para as letras.

Olhar para as letras na sala, nos livros, nas etiquetas, nos rótulos, nas revistas e nos jornais.

Pintura, desenhos.

Desenho livre, interpretação de uma pintura. Ex.: o girassol de Van Gogh.

A transformação na semente/planta a cada dia.

Arrume uma área com almofadas, livros e objetos. Deixe que as crianças observem bem.

Jogo: ver a diferença.

Tire um objeto e pergunte às crianças qual deles está faltando. Depois, coloque de volta o objeto e observe se elas identificam o que voltou. Pode-se fazer o mesmo tipo de brincadeira mudando um objeto de um lugar para o outro.

Audição Um dos sentidos que as crianças não desenvolvem tanto quanto antigamente é a audição. A televisão, os jogos de videogame e o computador tomaram o lugar das histórias e do rádio que eram ouvidos no passado. É muito importante que as crianças do PEPE aprendam a escutar.

Manual de Formação Continuada – 91


Ordens Ouvir música Fazer um passeio Cantar Ritmos Instrumentos Sons Músicas diferentes Atrás de você

Ouvir bem e cumprir as ordens Estimule-as a fazer movimentos que completem a música. Invente uma história que combine com a música. No passeio, incentive-as a ouvir os sons dos arredores. Ouçam e aprendam os cânticos. Ouçam e reproduzam o ritmo. Toquem e reproduzam o ritmo. Alto, baixo, barulhento, silencioso. Samba, sertaneja, popular, clássica, etc. Uma das crianças fica com os olhos cobertos. As outras crianças correm. Quando a música parar ou ficar lenta, estas crianças deverão correr para trás daquela que está com os olhos vendados, que deverá adivinhar quantas crianças estão atrás dela. Pequenos grupos Cada grupo deve planejar e apresentar uma aula abordando os assuntos: 1. Como ajudar a desenvolver a parte física: a) coordenação motora grossa; b) coordenação motora fina. 2. Como ajudar a desenvolver a parte sensorial. 3. O grupo deve explicar porque a aula ajuda nesta parte do desenvolvimento da criança no PEPE.

92 – Manual de Formação Continuada


Bibliografia Noble, P. Teaching Reception, Primary Teacher Yearbooks. Scholastic Leamington. Spa, UK, 1998. Tassoni P. & Bulman K. Early Years Care and Education. Heinnemann Educational Publishers, Oxford, UK, 1999. Nursery Education Magazine. Issue Number 114. Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. 10/2007.

Manual de Formação Continuada – 93


Autoavaliação — Desenvolvimento físico e desenvolvimento sensorial 1. Quais as causas que determinam o crescimento e o desenvolvimento da criança?

2. Quais as razões que podem afetar o crescimento e o desenvolvimento da criança?

3. Cite 4 atividades que ajudam no desenvolvimento físico da coordenação motora Grossa.

4. Cite 4 atividades que ajudam no desenvolvimento físico da coordenação motora Fina.

5. Quais são os 5 sentidos? 1. 2. 3. 4. 5. 6. Cite uma atividade que você pode fazer no PEPE usando cada um deles.

94 – Manual de Formação Continuada


Desenvolvimento físico e desenvolvimento sensorial Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local:

Tempo

Tema

Como

Recursos necessários

Responsável

Café da manhã Devocional e orações Registro Resumo do dia Nomes Quebra-gelos/música Reflexão em grupo

Perguntas

Estudos físico e sensorial Estudo Em grupos, preparar atividade Apresentação dos grupos Almoço Perguntas e discussão sobre o projeto/ planejamento das aulas Em grupos, preparar uma atividade sobre animais / uma aula Conclusão

Manual de Formação Continuada – 95


Avaliação – Desenvolvimento físico e desenvolvimento sensorial Data: Local: Assinale a sua opinião com um “X”. Tema

Útil

Não útil

Por que?

Nomes Quebra-gelos/música Reflexão no grupo Estudo: Desenvolvimentos físico e sensorial Em grupos: Preparar atividades Apresentação dos grupos Projeto Animais Perguntas e discussão sobre o projeto Em grupos: Preparar uma atividade sobre Animais Confirmação do teste Conclusão 1. Quando veio ao treinamento, o que você esperava alcançar?

2. O treinamento alcançou suas expectativas? De que maneira?

3. Houve alguma parte do treinamento que achou difícil de entender? Qual é ela e por quê?

96 – Manual de Formação Continuada


4. Quais partes do treinamento foram apresentadas de maneira interessante e relevante?

5. Qual a parte do treinamento que você achou menos relevante?

6. O que você sugere para melhorar as partes menos interessantes?

7. Dê algumas ideias de como você pode ficar mais envolvido. Ex.: atividades, discussões, etc.

8. Na sua opinião, qual o aspecto do treinamento lhe será mais útil a longo prazo?

9. Dê algumas sugestões de como melhorar o curso.

10. Dê sugestões de matérias que não foram tratadas, mas que você gostaria de ver incluídas no programa.

11. Avalie o treinamento pontuando-o de 1 a 10 (sendo 10 a pontuação mais alta e 1 a mais baixa).

Manual de Formação Continuada – 97


11. Aprendendo Brincando no PEPE Lembrete: Quebra-gelos ou músicas:

Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MF vão aprender e o porquê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MF aprendam? – que as crianças podem aprender brincando; – novas brincadeiras e a ter mais ideias de como brincar; – que para as crianças do PEPE, brincar é a melhor maneira de aprender. Pequenos grupos 1. O que é brincar? 2. Lembrar de alguma brincadeira e da maneira como você brincava na infância. 3. Porque a brincadeira ou a atividade foi boa? Grande Grupo Discutir os resultados.

Estudo: O que é brincar? Normalmente, a criança brinca todos os dias; é uma das maneiras que ela possui para se desenvolver. Os ME/MF do PEPE precisam entender o quanto o brincar e como o brincar podem ajudar no aprendizado. O brincar e o como brincar podem ser usados para ensinar a maior parte do currículo. Um bebê começa a brincar explorando os brinquedos com as mãos, boca e pés; à medida que ele cresce, o brincar fica mais elaborado, ou seja, ele começa a imitar os movimentos e a usar vários brinquedos. É uma das maneiras de se descobrir, de se comunicar e de se expressar.

98 – Manual de Formação Continuada


Físico

Desenvolvimento de coordenação

Social

Cognitivo

Aprende novas coisas sobre o mundo

Brincar

Linguagem Aprender a experimentar novas palavras

Experiências e comportamento que a sociedade antecipa

Emocional

novos papéis de adultos usando brincadeiras

Definição Brincar: divertir-se, recrear-se, distrair-se. Agitar-se alegremente, ocupar-se, entreter-se em jogos. É uma atividade que promove o prazer. Brincar é uma das primeiras necessidades da criança. É necessário para que ela se desenvolva e aprenda as habilidades que usará no futuro. O brincar normalmente é iniciado por elas mesmas. Ex.: imitar, pular na água, decidir do que gostam de brincar; no entanto, isto deve vir naturalmente, não forçado; deve ser espontâneo e voluntário. Brincar é fundamental em todo o desenvolvimento e aprendizagem das crianças. Por meio de brincadeiras, elas têm a oportunidade de explorar, examinar, investigar, resolver problemas e desenvolver ideias e experiências que as ajudarão a melhor entender o mundo. Ao praticar e construir ideias, habilidades e conceitos, elas aprendem a controlar impulsos e emoções. Aprendem também a necessidade de regras. O brincar ensina a brincar sozinha, mas também a socialização. Juntas, as crianças aprendem a colaborar, a falar, a se comunicar, a expressar sentimentos e até a expressar medos e ansiedades, se elas sentirem segurança em compartilhar. Com outras crianças, aprendem a: socializar, arriscar, errar, perder. Começam a usar a imaginação e a criatividade. Brincadeiras bem planejadas, dentro e fora da sala de aula, são recursos que os educadores podem usar para fazer com que as crianças aprendam com gosto, com prazer, mas também com desafio. Manual de Formação Continuada – 99


O psicologista Burghardt observou as seguintes características da brincadeira: 1. é comum em todas as crianças; 2. não é necessária uma razão para brincar; 3. é escolhida pela criança; 4. é espontânea; 5. só acontece efetivamente se houver uma atmosfera relaxada, sem intimidação ou medo; 6. sem sequências; 7. depende de estímulo para que tenha continuidade; 8. precisa ser ativa, e não passiva; 9. pode envolver o desenvolvimento e as habilidades de certos movimentos. Brincar é uma atividade comum em todos os países e culturas. Nas pesquisas, é revelado que todas as crianças brincam. A única exceção é quando as crianças são criadas em orfanato onde não existam adultos que brinquem com elas, especialmente joguinhos como “esconde-esconde”, e esconder o rosto e depois mostrar (peek a boo), ou não têm brinquedos que as ajudem a brincar. Também se descobriu que adultos que não brincaram quando crianças têm mais facilidade em desenvolver stress, depressão e tédio facilmente. O que é Brincar Livre? É colocar o material (lojinha, casinha, lego, pintura, etc.) à disposição das crianças e deixá-las decidir quando e com o que brincarão. Ex.: pintar. Como um adulto pode se envolver na brincadeira? As crianças não devem brincar sem que um adulto esteja assistindo, para dar suporte. Muitas vezes, a criança quer que o adulto brinque com ela. Ex.: a criança pede a um adulto que imite um médico visitando a casinha. Como um adulto pode ajudar na brincadeira? Pode ajudá-las: 1. a desenvolver a comunicação e a linguagem quando estiverem brincando; 2. escutando-as; 3. dando sugestões; 4. oferecendo oportunidades; 5. organizando e providenciando os equipamentos necessários para a brincadeira. E, sempre pensando em como ajudá-las, analisar, desenvolver e avaliar o progresso da criança (observar, escutar e avaliar) num ambiente onde elas se sintam valorizadas, importantes, bem cuidadas e estimuladas a acreditar que elas podem ser bem-sucedidas.

Desenvolvimento e aprendizagem pelo brincar Físico As brincadeiras físicas ajudam a melhorar: a respiração, o coração, os pulmões, a circulação, a digestão, a evacuação, além de fortalecer os ossos. Também tonificam os músculos, aumentam a energia e o apetite. Ajudam a ter uma boa forma física. Durante os movimentos, as crianças liberam-se do stress e das emoções negativas. Ao mesmo tempo, acontece a produção de hormônios, como a endorfina, que as ajuda a se sentirem melhor e mais felizes. Neste processo, as crianças aprendem a desenvolver a coordenação motora, a flexibilidade, o balanço e o ritmo. 100 – Manual de Formação Continuada


Também desenvolvem a parte social quando brincam. Aprendem a esperar a sua vez, a usar as regras, a entender a sua própria necessidade. Ajuda-as a terem mais disciplina. Este ambiente mais divertido facilita o aprendizado. Ex.: matemática, letras, linguagem, etc. Cognitivo As crianças desenvolvem e aprendem conceitos. Ex.: molhado, seco, formas, cores, e a resolver problemas. Novos conceitos podem ser introduzidos quando elas estão brincando: dentro, fora, para cima, para baixo, direito, esquerdo, etc. Linguagem As crianças usam a linguagem quando estão brincando por causa da interação com as outras crianças. As mais velhas podem explicar sobre a brincadeira para as mais jovens. Adultos podem ajudar no desenvolvimento da linguagem, introduzindo novas palavras ou explicando novas regras dos jogos. A linguagem também é bastante usada quando brincam de jogos de adivinhação, de imitar outra pessoa, mímica, teatro, etc. Emocional Crianças podem mostrar amor, afeição ou raiva com brinquedos ou quando estão imitando outra pessoa. Pode-se fazer uso de brinquedos ou de movimentos para aliviar a raiva de uma criança e não se deve interferir até que ela aprenda a controlar suas emoções. O brincar ajuda-as no aprendizado do controle das emoções. Social As crianças aprendem interação com outras, brincando. O brincar dá oportunidades para aprender as habilidades de relacionamento com adultos e crianças. Ex.: esperar a vez e dividir. Estágios de brincar Estágio Solitário Observando Paralelo Associado simples

Idade Explicação 0-2 A criança brinca sozinha; há, portanto, pouca interação. 2-2 ½ Fica observando as outras crianças, mas não participa. Brinca ao lado, sem se envolver diretamente com a outra 2½-3 criança. 3-4

Associado complexo

3-4

Cooperativo

4+ 5-6

Brinca de modo simples, cooperando com a colega. A criança já brinca de modo complexo cooperando com um ou mais colegas, começando a desenvolver amizade, brincando com meninos e meninas. As crianças brincam juntas e têm o mesmo objetivo. As brincadeiras podem ser complexas e elas dão suporte umas às outras. Começam a brincar com o mesmo sexo. Manual de Formação Continuada – 101


Tipos de brincadeiras e os seus valores Imaginativa As brincadeiras imaginativas são: fantasia, simbólica, faz de conta, imitação de pessoas. Usar a imaginação e o faz de conta permite às crianças pequenas aprenderem os aspectos diferentes da vida, como por ex.: brincar de casinha, de professor, etc. Vestir roupas diferentes ajuda a imaginação. Fantasia é comum entre 3 e 8 anos, por exemplo, elas gostam de se fantasiar de super-homem. Porém, esta brincadeira diminui com a idade e com o aumento do raciocínio. Simbólica É quando as crianças usam objetos como se fossem outras coisas. Ex.: Lego como arma, botões como moedas, ou quando colocam cadeiras em uma fileira e imaginam que é um ônibus ou um avião. As brincadeiras de imaginação ajudam a: • resolver problemas; • imaginar uma situação e o que pode acontecer; • experimentar novas ideias; • desenvolver habilidades sociais e a coordenação motora fina e grossa. Construtiva Crianças pequenas são mais interessadas no processo de construir e as crianças maiores são mais interessadas no produto final. Construção é bom para todas as idades. Podem ser blocos, quebra-cabeças, etc., e estes brinquedos ajudam as crianças na concentração e no desenvolvimento da coordenação motora fina e grossa. Criativa São chamadas de artes criativas: a dança, a música, o processo de criar alguma coisa, a arte de se expressar ou mesmo ao usar a sua própria personalidade. Muita coisa é aprendida através deste tipo de brincadeira, como: • aprende-se sobre materiais, estruturas, habilidades manuais; • aprende-se a descobrir. Ex.: misturando tintas, decidindo de que tamanho fará o trabalho, com que cor começar, etc. Os sentimentos também podem ser revelados pelas pinturas e pelos desenhos. O adulto não deve interferir no desenho, sugerindo que elas desenhem de outra maneira, mas deve dar a elas elogios ou, melhor ainda, expor o trabalho dela. Física Brincadeiras de atividades físicas podem ser jogos, danças; podem ser feitas dentro de um prédio ou fora dele, pode-se usar materiais. Ex.: Bolas, bambolês, sacos de feijão, etc. Elas podem pular, correr, andar, balançar, gatinhar, escalar. Estas atividades ajudam a saúde de várias maneiras: deixam a criança em boa condição física, desenvolvem a coordenação motora fina e grossa, o balanço, o controle de músculos, etc. Ajudam no aprendizado da percepção espacial, desafio, imaginação. 102 – Manual de Formação Continuada


Tipo de brincadeira Imaginação Construção Criação Jogos Livros Movimentos Música Teatro Brincadeiras de mímica Descobrindo o mundo Descobrindo materiais Descobrindo o meio Ambiente

Exemplos Usar a imaginação. Ex.: colocando roupas para brincar. Blocos de madeira, lego. Pintura, artes plásticas. Joguinhos, brincadeiras em grupos. Ouvindo a leitura, olhando livros. Dança, jogos, ritmos, ginástica. Imaginação com a música, movimentos, cânticos e movimentos. Mímica, montando peças de contos de fadas, inventando peças. Imitando em casa, professores, lojas. Experiências, cuidando de plantas e animais. Fazendo coisas com materiais, sucata; descobrindo ferramentas, tesouras, etc. Frio, quente, duro, mole, chuva, calor, por meio de fotos, de desenhos, etc.

Brincadeiras em questão Televisão O maior problema com a televisão é que ela dá às crianças experiências passivas, de segunda mão. Desta forma, as crianças não desenvolvem experiências ativas, por si mesmas. Olhar os animais na televisão não é a mesma coisa do que vê-los pessoalmente. Elas precisam experimentar certas coisas para depois poderem criar quando estiverem brincando. No entanto, o fato de terem que ficar certo tempo quietas e prestando atenção a um bom programa no vídeo ou na televisão traz benefícios também. Todavia, a quantidade de tempo assistindo televisão precisa ser limitada e complementada com brincadeiras ativas. Armas Pesquisas mostram que assistir a filmes, a jogos e a programas de TV envolvendo armas pode provocar agressividade. Entretanto, pesquisas também mostram que as crianças aprendem a distinguir o que é brigar de mentira e brigar de verdade. Não existe evidência de que brincando de guerra (entre outros) tenha qualquer efeito ou aumento de agressão e violência; parece que brinquedos de guerra estimulam brincadeiras de fantasia. Se os meninos não têm brinquedos de armas, eles a fazem com legos, madeira, etc. Contudo, não é o que se observa com as meninas.

Manual de Formação Continuada – 103


Computadores Suas vantagens As crianças: 1. aprendem a usar computadores; 2. podem trabalhar em seu próprio ritmo; 3. podem brincar sozinhas; 4. sentem-se desafiadas a resolver problemas sozinhas; 5. insistem em levar os jogos até o fim, apesar de serem repetidos. Se houver uma impressora, também será útil. Suas desvantagens: As crianças: • podem se viciar; • podem aprender coisas inadequadas porque muitos jogos não são educativos; • podem se acomodar, porque os computadores são muito passivos e elas precisam de movimentos e atividades físicas.

Ideias para brincar nos PEPEs Centros de interesse Massa

Materiais

Área

Argila, massa.

Água

Água, vasilhas, garrafas.

Artes visuais Matemática Movimentos

Casinha, bombeiro, hospital, loja, etc. Construção Construindo com sucata Jogos e brincadeiras Leitura Ciência

Cantinho com fogão, geladeira, berço (pode ser de caixas), bonecas, panelas.

Linguagem NeS

Blocos, lego.

Movimentos Artes Visuais Movimentos Movimentos Linguagem Linguagem NeS

Artes Visuais Imaginação Matemática Educação religiosa Cortando

Sucata, tinta, cola e papel.

Jogos, brincadeiras: damas, quebra-cabeça, etc. Livros, revistas, gibis. Experiências simples. Pintura com tinta, pintura de dedos, artes plásticas, montagem com sucata, desenhos, Artes Visuais maquetes, argila, massa. Para se vestir e fazer fantoches, roupas, óculos, Linguagem sapatos, etc. Jogos e atividades de matemática, medidas. Matemática Educação Bíblias, bandejas de areia com figuras. Religiosa Linguagem Revistas, jornais e tesouras. Movimentos

104 – Manual de Formação Continuada


Vamos estudar uma atividade em mais detalhes. Exemplo: o que uma criança pode aprender brincando com massa de modelar:

Matemática NeS

Mais, menos, leve, pesado. Círculo: maior.

Investigar materiais. Selecionar ferramentas.

Movimento

Desenvolvimento da habilidade motora grossa e fina. De controle: Uso de ferramentas.

Massa Artes Visuais

Linguagem

Cor, textura, forma espacial em 2 ou 3 dimensões. Sentidos: visão, olfato, tato, comunicar e expressar.

Comunicações com colegas; pensamentos.

JOGOS

1

2

Passeio no campo (ideia para brincadeira com a imaginação) Irei a um passeio no campo, então, precisarei: • aquecimento e alongamento, fazendo uso da imaginação; • levantar os ombros e movimentar-me imaginando que estou colocando a mochila nas costas; • movimentar o pé: colocando as botas; • movimentar a cabeça: colocando o chapéu de proteção; • andar entre as árvores olhando para os animais selvagens; • andar na ponta dos pés, bem devagar, no meio do capim alto; • colocar a mão no ombro da pessoa à minha frente para não me perder; • pisar forte nas águas cheias de lama; • imitar os animais que vi; • ficar na posição de guerreiro; • chegar ao acampamento e montar a barraca; • acender uma fogueira no acampamento para assustar os animais selvagens. Impressão dos pés Faça um par de pés na quantidade de crianças que participarão da brincadeira, menos uma. Espalhe-os pelo chão. Coloque uma música para todos dançarem. Pare a música. Neste momento, cada criança deverá achar um par de pés e ficar em cima dele. Como há um par a menos, a criança que ficar sem o par sairá da brincadeira. Tire um par de pés e volte a tocar a música, repetindo a brincadeira, até sobrarem 2 jogadores e 1 par de pés. O vencedor será aquele que conseguir ficar com o último par de pés. Manual de Formação Continuada – 105


3

4

5

6

7

Coelhinhos pulando Em times: • Forme dois ou mais times. • Cada time deverá formar uma fila, reservando um espaço entre cada criança e seu colega da frente. • A última criança da fila deverá pular, com uma bexiga entre seus pés, imitando um coelhinho, até o próximo colega da fila e colocar a bexiga entre os pés dela, sem usar as mãos. • A criança que recebeu a bexiga repetirá os movimentos, entregando a bexiga ao seu colega da frente, e assim, sucessivamente, até chegar ao primeiro colega da fila. • O primeiro time que chegar ao primeiro da fila ganhará o jogo. Passar o pacote com os pés Preparando a brincadeira: Faça um pacote embrulhado com diversas camadas de papel. Em cada camada, coloque um desafio (uma atividade para a criança fazer, ex: pular num pé só, esticar os braços num grande bocejo, dar uma gargalhada, etc). Brincando com as crianças: • tocar uma música; • enquanto a música toca, as crianças deverão passar o pacote entre elas, usando os pés; • parar a música; • a criança que ficou com o pacote deverá retirar uma camada do embrulho e fazer o que está solicitado no desafio; • recomeçar a música; as crianças voltam a passar o pacote até a música parar de novo e mais uma camada ser retirada do pacote; • a brincadeira terminará quando todas as camadas do pacote forem desembrulhadas e todos os desafios tiverem sido cumpridos. Achar os objetos O ME/MF poderá fazer esta brincadeira utilizando letras ou cores. Colocar uma música, enquanto as crianças observam o ambiente. Quando a música parar, o ME/MF falará uma letra (ou cor). As crianças deverão encontrar um objeto que comece com a letra proposta (ou que seja da cor proposta). O porco que grita As crianças deverão se sentar em círculo. Vendar os olhos de uma delas, a qual se sentará no meio do círculo, sobre uma almofada. O ME/MF deve girá-la 3 vezes, com delicadeza. Então, o ME/MF a pegará pela mão e a levará até outra criança. Ela dirá à outra criança: - ronque (squeak, squeak). A outra criança responderá: - oink, oink. Ela deverá adivinhar quem é a outra criança e dizer o nome dela. Se acertar, trocará de lugar com a outra criança, que irá para o meio do círculo, dando continuidade à brincadeira. Se errar, terá que repetir a brincadeira. Torres Distribuir blocos para as crianças. O ME/MF começa a construção da torre, que pode ser feita de 1 (ou 2, 3, etc.) blocos para cada andar. A cada rodada, as crianças deverão colocar um de seus blocos na torre. Enquanto o parceiro está tentando equilibrar o seu bloco, as crianças irão contando juntas, em voz alta. Quando a torre cair, deverão contar quantos blocos caíram e recomeçar o jogo.

106 – Manual de Formação Continuada


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Bish Bash Panela Coloque uma criança no meio da roda, com os olhos vendados, segurando uma colher de madeira. Ponha uma panela no chão perto dela. Ela precisa bater com a colher no chão, tentando encontrar a panela , até encontrá-la. Trocar a panela de lugar e repetir o jogo com outra criança. Repetir o jogo, porém com a panela colocada em outro lugar. O jogo do chocolate ou O jogo da moeda Coloque as crianças sentadas em círculo. No centro da roda, coloque os seguintes objetos: 1 chapéu, 1 óculos de sol, 1 par de luvas, 1 cachecol e 1 prato com chocolates (ou com moedas). As crianças lançarão um dado e aquela que conseguir o nº 6 deverá ir para o centro da roda e colocar o chapéu, os óculos, as luvas e o cachecol. Se ela conseguir, poderá pegar para si um chocolate (ou moeda) do prato. Ao terminar seu desafio, a criança retirará os objetos e os colocará no mesmo lugar. O dado deverá ser lançado novamente, para recomeçar a brincadeira. Trocar de lugar 1) Coloque as crianças sentadas em círculo. 2) Uma delas deverá sentar no meio da roda e seus olhos serão vendados. 3) Dê um número a cada criança da roda (menos para a que está no centro) 4) Gire 3 vezes a criança que está com os olhos vendados. 5) Depois disso, ela deve chamar 2 números. 6) As crianças que estiverem com estes números devem trocar de lugar sem fazer barulho. 7) Enquanto se movimentam, a criança que está no meio da roda deve tentar pegar uma delas. 8) Se conseguir, deverá trocar de lugar com a criança apanhada, do contrário, falará mais 2 números. Para continuar a brincadeira, recolha os números, escolha outra criança para ir para o centro, repita os passos de 2 a 8. 10 segundos As crianças sentam-se em roda; uma delas senta-se no meio. Ela tem 10 segundos para falar o maior número de itens do assunto que estiver sendo comentado. Ex.: animais, comidas, plantas, etc.; passados os 10 segundos, outra criança tomará o seu lugar. A criança que disser o maior número de itens será a vencedora. Tapinha na bexiga As crianças são colocadas numa fila, cada uma com uma bexiga. Elas precisam dar tapinhas em suas bexigas até chegarem ao outro lado da sala, sempre conservando a bexiga no ar. Se a bexiga tocar no chão ou se uma criança der um tapinha numa bexiga que não seja a sua, precisará começar tudo de novo. Achar um parceiro Fazer 2 rodas, uma roda dentro da outra. As crianças que estão na roda interna devem segurar a mão da criança que está na roda externa, à sua frente, para ser sua parceira. Quando a música tocar, as crianças soltarão as mãos; a roda interna deve girar para a esquerda e as crianças da roda externa devem girar para a direita. Quando a música parar, as crianças deverão achar suas parceiras e sentarem juntas.

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Desenhos e palavras Coloque diversos desenhos em vários lugares da sala. Ex.: nas cadeiras, mesas, paredes (coloque 2 ou 3 de cada assunto). O ME/MF deverá falar ou mostrar um objeto e elas precisarão achar os desenhos que estão associados com o item falado ou mostrado. Passar a bexiga Forme times equitativos com as crianças. Coloque-as enfileiradas (uma fila para cada time). Posicione uma bexiga entre os joelhos do primeiro membro da equipe, em cada fila. Eles deverão esperar, até que você posicione todas as bexigas. Ao seu sinal, passarão a bexiga para o próximo colega de equipe, sem usar as mãos e, assim, sucessivamente, até chegar ao último da fila. O time vencedor será o que terminar primeiro. Obs.: se a bexiga cair no chão, o time deverá começar de novo. Bola de papel Fazer uma bola de papel. Cada criança deve jogar a bola e depois medir a que distância caiu. Vence a criança que a jogar mais longe. Oscilar o peixe (Oscilar é fazer vaivém entre duas coisas) Cortar um peixe de papel para cada criança (as crianças podem decorá-los). Colocar as crianças em um lado da sala, com o peixe à sua frente e um rolo de jornal na mão. Elas deverão oscilar o peixe com o jornal (para cima e para baixo ou de um lado para o outro) empurrando-o até o outro da sala. A primeira criança a chegar com o peixe será a vencedora. Espelho mágico Dividir as crianças em pares. Uma criança é o espelho e seu par é o reflexo do espelho. O espelho faz movimentos ou caretas e o reflexo o imita. Só vale o movimento da cintura para cima. Depois, as crianças trocam de posição. Pode-se usar música. Ficar atolado na lama Uma criança é o pegador. Ela tenta pegar as outras crianças. A criança em quem ela tocar ficará “atolada” (imóvel). Bater a bola Numa roda, uma criança bate a bola no chão 1 vez. A segunda criança bate 2 vezes, a terceira bate 3 vezes, e assim por diante. Se a bola não for batida no número certo de vezes o jogo deve começar de novo. Ver a diferença Montar uma área com lugares para sentar, almofadas, livros, e vários outros objetos. Deixe as crianças olharem bem o ambiente. 1ª) Brincadeira - tirar um objeto. Perguntar às crianças o que está faltando. Repetir muitas vezes. Depois, colocar estes objetos de volta. 2ª) Brincadeira - em vez de tirar o objeto, mudar de objeto. Observar se as crianças conseguem notar a diferença.

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Itens dentro da jarra Colocar bolinhas de gude ou balas dentro de uma jarra e desafiar as crianças a adivinharem a quantidade de balas ou de bolinhas de gude que há dentro dela. Depois, contar as balas ou as bolinhas de gude. Vencerá a criança que conseguir acertar o número. Gigantes - Imaginação As crianças imaginam que elas se transformaram em gigantes. Deverão andar com passos enormes. Depois, devem parar e achar um parceiro/ajudante para auxiliar. Como andaram devagar, as crianças se tornarão sapos e farão movimentos iguais aos dos sapos. Então, devem parar e encontrar outro parceiro. Transformam-se em fadas ou príncipes/princesas, agem como fadas ou príncipes/ princesas. Jacaré e cordas Coloque 2 cordas no chão ou risque duas linhas com giz. As crianças correm pela sala com a música. Quando a música parar, a criança que estiver dentro destas duas linhas será comida pelos jacarés. Jogar os sacos de feijão Desenhar 3 círculos, um dentro do outro. Cada camada representa um número. As crianças esperam sua vez de jogar o saco de feijão. Após jogar, a criança deverá verificar em que número ele caiu. Ela deve falar o número. As crianças que alcançarem o número maior poderão jogar mais 2 vezes e adicionar estes números ao seu primeiro. Vencerá a criança que fizer o maior número. Macaco no meio 1ª. Brincadeira Grupo de 3 crianças em fila. As duas crianças que estão nas pontas deverão jogar a bola uma para a outra. A criança do meio tentará pegar a bola; se conseguir, trocará de lugar com a que perdeu a bola para ela. 2ª. Brincadeira As crianças ficam numa roda. Uma delas fica no meio. Elas jogam a bola umas para as outras. A criança do meio deverá tentar pegar a bola. Círculos de letras Entregue uma folha de papel e um lápis ou caneta para as crianças maiores. Para as crianças menores, faça um papel com as letras do alfabeto, deixando um bom espaço na frente de cada letra para fazerem marcações. Desenhe, com giz, 8 círculos no chão. Escreva letras dentro dos círculos. As crianças jogam sacos de feijão dentro dos círculos, tentando acertar as letras. Quando acertarem alguma letra: a) as crianças maiores a copiarão no papel que receberam; b) as crianças menores farão uma marcação na frente da letra, no papel que receberam. No final, as crianças contam: 1) quantas letras elas conseguiram acertar; 2) quantas vezes acertaram cada letra. Manual de Formação Continuada – 109


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A Cobra Desenhar uma cobra dividindo-a em 26 partes. Coloque uma letra em cada uma das partes: a) jogue um saco de feijão na cobra. b) uma criança deverá falar o som e o nome da letra em que caiu o saco de feijão; c) as crianças deverão pegar algum objeto e falar o nome deste objeto e a sua primeira letra; d) finalmente, deverão colocar este objeto na cobra, no local onde a letra se encontrar. Corrente Elétrica As crianças ficam numa roda, de mãos dadas. Uma delas fica no meio. Outra criança é escolhida para começar a brincadeira. Ela começa a passar a corrente elétrica apertando a mão de uma das crianças que está lhe dando a mão. A criança do meio precisa descobrir nas mãos de quem a corrente elétrica está passando. Se ela conseguir acertar, trocará de lugar com a criança que recebeu a corrente. Pares Mostre pares de objetos para as crianças, ex: garfo e faca, sapatos, meias, luvas, sal e pimenta, etc. Comece a brincadeira escolhendo uma criança para fechar os olhos (as outras poderão vigiá-la). Esconda um dos itens de um par em algum lugar da sala. Diga à criança escolhida para abrir os olhos e dê a ela o outro item do par para que ela o procure. Continue a brincadeira escondendo outros itens e escolhendo outras crianças para encontrar os respectivos pares. Corre e Pega As crianças ficam em uma roda. O ME/MF fala uma categoria e marca 30 segundos. Ex. sapato marrom. As crianças que estiverem usando sapatos marrons deverão correr em volta da roda até chegar ao lugar da outra criança que também está correndo. A criança que não conseguir chegar a tempo sairá do jogo. Guardião das chaves As crianças ficam em roda. Uma delas fica no meio, com os olhos vendados, guardando as chaves que estarão no chão, aos seus pés. Outra criança escolhida anda por fora da roda, entra na roda e tenta pegar as chaves, sem que o guardião perceba. Se ele perceber, a outra criança se tornará o guardião e ele voltará para a roda. Se ele não perceber, a criança voltará para a roda e outra criança será escolhida para ser o guardião. Sapatobol Divida as crianças em 2 ou 3 times. Coloque uma garrafa em cima de uma cadeira na frente de cada time. Uma de cada vez, as crianças deverão jogar um sapato na garrafa e tentar tombá-la. A primeira que conseguir será a vencedora.

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Pequenos grupos 1. Escolher uma brincadeira para apresentar. 2. Pensar no que a brincadeira ensina e em qual projeto ela pode ser usada. Grande Grupo Quando pronto, apresentar a brincadeira. Discutir a importância de brincar.

Bibligrafia Galt. Learning activities in Play Child care and Educational Training Pack. Need Cheshire UK, 1995. Kemp, J. & Walters, C. Party Games. Hamilyn, London, UK, 2003. Martin, M. H. Yoga for Kids, An Introduction to Yoga. Kimbo Educational UK, 2004. Tassoni, P. & Bulman, K. Early Years Care and Education. Heinnemann Educational Publishers, Oxford, UK, 1999. Tassoni, P., Hucker, K. Planning Play and the Early Years. 2nd edition, Heinemann, Oxford, UK, 2005. Tibbalis, G. The Best party Games Book Ever. Carlton Books Ltd. UK, 1997. Overviews found on the web site: <http://www.standards.dfes.gov.uk/primaryframework/downloads/PDF/Overviews_of_learning.pdf

Manual de Formação Continuada – 111


Autoavaliação – Aprendendo Brincando 1. Inventar uma atividade ou brincadeira para a criança aprender sobre direito e esquerdo.

2. Como elas podem aprender números, brincando, sem usar papel e lápis? Dê exemplos.

3. O que as crianças podem aprender através das seguintes brincadeiras: Atividade/brincadeira 1

Casinha

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Jogos em times

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Quebra-cabeças

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Teatro

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Pintando

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Massa ou argila

O que elas aprendem

*Entregar as autoavaliações antes dos estudos

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Aprendendo brincando nos PEPEs Formulário de Planejamento dos Coordenadores Data: Local: Tempo

Tema

Como

Recursos necessários

Responsável

Café da manhã Devocional e orações Registro Resumo do dia Nomes Quebra-gelos/música Reflexão no grupo

Perguntas

Discussão sobre aprender brincando Aula de aprender brincando Movimento ou atividade Trabalho em grupos: planejar uma brincadeira Apresentações de brincadeiras Almoço Apresentação dos grupos Discussões sobre brincadeiras nos PEPEs Projetos para o meio ambiente Confirmação do teste Conclusão

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Avaliação – Aprendendo brincando no PEPE Data: Local: Assinale a sua opinião com um “X”. Tema

Foi útil

Não foi útil

Por quê?

Resumo do dia Nomes Quebra-gelos/música Reflexão no grupo Aula sobre aprender e brincar Movimento ou atividade Trabalho em grupos Apresentação dos grupos Discussões sobre as brincadeiras nos PEPEs Projeto animais Confirmação do teste Conclusão

1. O que você esperava alcançar com este treinamento?

2. O treinamento alcançou suas expectativas? De que maneira?

3. Houve alguma parte do treinamento que achou difícil de entender? Qual foi e por quê?

4. Quais partes do treinamento foram apresentadas de maneira interessante e relevante?

114 – Manual de Formação Continuada


5. Qual parte do treinamento você achou menos relevante?

6. Como podemos melhorar as partes menos interessantes?

7. Dê algumas ideias de como você pode ficar mais envolvido. Ex.: atividades, discussões, etc.

8. Em sua opinião, qual aspecto do treinamento lhe será mais útil a longo prazo?

9. Dê algumas ideias de como melhorar o curso.

10. Dê algumas ideias de matérias que não foram tratadas, mas que você gostaria de ver incluídas no programa.

11. Avalie o treinamento pontuando-o de 1 a 10 (sendo 10 a pontuação mais alta e 1 a mais baixa).

Manual de Formação Continuada – 115


12. Primeiro dia no PEPE Lembrete: Quebra-gelos ou músicas:

Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MFs vão aprender e o porquê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MFs aprendam? Ajudar os ME/MFs, na preparação do primeiro dia de atividades no PEPE, para que seja gostoso e tranquilo. Pequenos grupos Por que o primeiro dia de aula é difícil para uma criança? Quais são os sintomas de angústia? O que você precisa preparar? Qual tipo de atividades você pode fazer? Grande Grupo Formar um grande grupo para discutir como deve ser o primeiro dia de aula. O coordenador agirá como facilitador, propondo perguntas, incentivando a participação ativa de todos os participantes. Mudança é uma coisa que afeta um grande número de pessoas. Pode ser mudança de escola, casa, emprego ou mudança na vida, por causa de circunstâncias como separação ou morte. Crianças reagem de maneiras diferentes à mudança; algumas são afetadas até se o melhor amigo mudar de casa. Um grande número de crianças leva o primeiro dia na escola sem problemas. Outras têm problemas como: • querem ficar perto da professora; • ficam irritadas; • tornam-se agressivas; • ficam tristes; • ficam ansiosas; • têm medo; • são menos sociáveis. Algumas podem regredir em atitudes como: voltar a molhar a cama ou a brincar com brinquedos que ela brincava quando era menor. Devagar, as crianças normalmente se ajustam à nova situação, especialmente se a mãe e a professora tentam ajudar.

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Professor/ME/MF

Pais

Deverá estar ciente de que estas reações são Deverão estar cientes de que estas reações são normais. normais. Deverá escutar a criança.

Deverão escutar a criança.

Deverá demonstrar amor, encorajar e dar Deverão demonstrar amor, encorajar e dar suporte. suporte. Mostrar entusiasmo sobre a ida para a escola. Deverão gastar mais tempo com a criança. Deverá discutir, na roda da conversa, sobre as mudanças que acontecem quando se vai para a escola. Deverá manter rotinas na escola.

Deverão manter rotinas em casa. Não deverão promover muitas mudanças na vida da criança.

Deverá falar sobre a família na roda de conversa.

Deverão falar sobre o (professor) ME/MF e a escola.

Deverá ser positivo.

Deverão ser positivos. Deverão ser firmes quando se despedirem das crianças ao deixá-las no PEPE.

Deverá planejar uma visita ao PEPE para as Deverão levar a criança para conhecer o PEPE novas crianças antes do primeiro dia de aula. antes do primeiro dia de aula. Na visita, deverá explicar um pouco sobre a rotina e localização da sala de aula, o banheiro, etc. Deverá fazer uma reunião com os pais para falar sobre o PEPE e informá-los sobre a rotina, entre outras informações, para que eles tenham tempo de conversar com as crianças. Deverão tentar encontrar uma criança que, provavelmente, frequentará a mesma classe. Não deverão chegar atrasados na primeira semana quando forem buscar a criança. Deverão deixar a criança decidir sobre o que ela vai usar para ir à escola e organizar a mochila. Enquanto você estiver dando instruções, lembre de verificar se as crianças entendem que você está dando uma instrução. As instruções devem ser claras, simples e curtas. Deve encorajar os pais para serem voluntários na escola ou em passeios. Manual de Formação Continuada – 117


Preparações para o primeiro dia de aula 1. Preparar atividades para o primeiro dia de aula que sejam apropriadas para a idade das crianças, divertidas, interessantes e que elas consigam fazer. 2. Montar um ambiente de letramento, rotina, calendário, tempo hoje, ajudante do dia, aniversariante, nomes. 3. Montar uma exposição de boas-vindas. 4. Montar uma área onde você irá expor o trabalho das crianças. 5. Preparar 3 centros de interesse. 6. Organizar as histórias que você vai ler, com ilustrações ou saco de histórias. 7. Colocar os nomes nas mesas. 8. Fazer os crachás. 9. Organizar o papel e apontar os lápis, etc. 10. Verificar todo o material. 11. Planejar os dias/atividades para a semana. 12. Tentar deixar o ambiente divertido, calmo e seguro. 13. Planejar como você agirá quando uma criança começar a fazer confusão. Começo do dia 1. Lembrar-se de manter a calma, mas permanecer firme para ajudar as crianças a se sentirem seguras e relaxadas. 2. O tom da sua voz deve ser calmo. 3. O volume da sua voz deve ser razoável, não alto, o mais semelhante à voz normal, e mais calma. 4. Planejar quais atividades fazer se as crianças começarem a ficar agitadas. 5. Sempre ter atividades ativas seguidas de atividades calmas. Ideias para manter a calma 1. Conhecer as coisas que lhe provocam stress ou ajudam a perder a paciência. 2. Quando sentir que a agitação vai tomar conta ou que a paciência está chegando ao fim, respire fundo e conte até 10. 3. Tentar colocar uma pausa entre o que está acontecendo e seu instinto de reagir. 4. Tentar não levantar a voz, mas usar uma voz sem emoções. Baixe o volume de sua voz, isto ajuda a ter autocontrole. 5. Manter um senso de perspectiva; muitas vezes, o problema é menor, logo, não haverá razão para o stress. 6. Achar alguma coisa que possa ajudá-lo a sorrir, pois, certamente, isso ajudará a aliviar a tensão. 7. Lembrar que as crianças estarão observando e elas vão aprender com você. Elas irão copiar o modo como você reage numa situação de tensão. 8. É possível manter a calma em qualquer situação. O cristão tem mais responsabilidade em ficar calmo do que pessoas que não são cristãs. 9. Lembrar-se de pedir a Deus para dar sabedoria e paciência com as crianças que são especialmente preciosas para Ele.

Plano do dia Entrada: Quando as crianças entrarem, dar um abraço apertado e pedir a ajuda dos pais para acomodá-las em seus lugares. Boas-vindas: Dar boas-vindas e indicar a localização do banheiro e as instruções sobre a sua utilização: as crianças deverão informar à professora quando quiserem usá-lo e deverão fechar a porta. Um cântico: Cântico do PEPE – Música. 118 – Manual de Formação Continuada


Atividade coletiva: Uma brincadeira simples – Movimento. Roda da conversa: Coloque as cadeiras numa roda – Movimento. Fazendo pedidos (Melhor sentar no chão). Falar sobre nomes: cada pessoa é especial e tem um nome diferente (NeS). Quantas crianças estão na sala (Matemática). Ouvir os nomes e dar um crachá a cada criança (Linguagem). Ler uma história (Linguagem). Fazer um fila para: Lavar as mãos (Saúde). Sentarem-se às mesas. Oração (Educação Religiosa). Lanche. Escovar as dentes (Saúde). Sentarem-se às mesas (obedecendo ordens). Atividade individual: Enfeitar o crachá (Artes Visuais). Atividade individual: Desenho livre: desenhar as coisas que gostam de fazer. Centros de Interesse: Ex.: casinha, pintura, livros, lego, garagem e carros.

Pequenos grupos A) O que você vai fazer se uma criança: 1. não parar de chorar; 2. fizer xixi nas calças; 3. ficar sentada e não quiser se levantar; 4. pegar o brinquedo da outra; 5. não obedecer depois de você falar com ela; 6. bater em outra criança. B) O que você vai fazer na seguinte situação? Primeiro dia na escola. Chorando, João pega sua mãe e a puxa para fora da sala de aula, implorando para que ela o leve para casa. Todo mundo tentou ajudar João a entrar na sala, até os colegas! Mas ele continuou a gritar: “Não me deixa, mãe!” A mãe desistiu e quis levar João de volta para casa. C) O que você vai fazer? Depois de algum tempo, João ficou mais calmo e deixou a mãe sair. Após algumas horas, ele ficou mais seguro e começou a aceitar os novos colegas e o novo ambiente. D) Planeje uma atividade na roda da conversa quando você for falar sobre comportamento e regras. E) Faça ou planeje um cartaz de Boas-vindas. Manual de Formação Continuada – 119


Bibliografia Nursery Education Magazine. Issue Number 74. Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. June 2004. Nursery Education Magazine. Issue Number 110. Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. June 2007. Nursery Education Magazine. Issue Number 122. Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. June 2008. Cohen M. O primeiro dia na Escolinha. Revista Meu Nenê. São Paulo: Símbolo Editora, 1999. NAEYC’S, ‘So Many Good-Byes,’ Brochure, NAEYC, 1509 16th St., NW, Washington, DC, USA. Jackson, M. ‘First day at school? Be positive,’ Education reporter, BBC News. Davis, L. J. ‘Overcoming First-Day Jitters, How to help your child through the first day of school’. WebMD. Feature Reviewed by Cynthia Dennison Haines, MD Adjust. <http://www.kidsource.com/kidsource/content3/back.school.p.k12.4.html>.

120 – Manual de Formação Continuada


Autoavaliação – Primeiro dia no PEPE 1. Quais são os problemas mais frequentes que acontecem no primeiro dia. 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 2. Explique 3 coisas que o ME/MF pode fazer para ajudar na adaptação. 1. 2. 3. 3. Explique 3 coisas que os pais ou o responsável podem fazer para ajudar na adaptação. 1. 2. 3. 4. Liste os preparativas que o ME/MF precisa fazer para o 1º dia.

5. Liste algumas ideias para ajudar o MF/ME a manter a calma.

Manual de Formação Continuada – 121


Plano para o Primeiro dia no PEPE Coloque as atividades que você vai usar. Entrada: _________________________________________________________________________ Cânticos: ________________________________________________________________________ Atividades coletivas: _______________________________________________________________ Brincadeiras: _____________________________________________________________________ Roda de conversa: _________________________________________________________________ Matemática: ______________________________________________________________________ Linguagem: ______________________________________________________________________ Ler uma história: __________________________________________________________________ Lavar as mãos: ____________________________________________________________________ Lanche: __________________________________________________________________________ Escover os dentes: _________________________________________________________________ Atividade individual: _______________________________________________________________ Artes/desenho: ____________________________________________________________________

Centros de interesse: 1. ______________________________________________________________________________ 2. ______________________________________________________________________________ 3. ______________________________________________________________________________ 122 – Manual de Formação Continuada


Primeiro dia no PEPE Formulário de Planejamento dos Coordenadores Data: Local:

Tempo

Tema

Recursos necessários

Como

Responsável

Café da manhã Devocional e orações Registro Introdução do treinador Resumo do dia Nomes Quebra-gelos

Usando quebragelos

Reflexão em grupo sobre a situação

Perguntas

Grande grupo

Reflexão sobre as respostas

Estudo Em grupos pequenos: fazer atividades Almoço Movimento ou atividade para acordar Apresentações dos grupos

Usando sugestões do Manual de Formação Continuada ou FC

Projeto/planejamento de aulas Teste e avaliação

Manual de Formação Continuada – 123


13. Exposições/Murais/Cartazes no PEPE Lembrete: Quebra-gelos ou músicas:

Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MFs vão aprender e o porquê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MFs aprendam? Ajudar a motivar os ME/MFs a promoverem exposições e cartazes nos PEPEs e também a pensar em sua relevância. Pequenos grupos 1. Por que promover uma exposição no PEPE? 2. Onde se pode promover uma exposição?

Grande Grupo Discutir as perguntas.

Por que promover exposições? a) Para as crianças: 1. estimula a curiosidade sobre o assunto; 2. ajuda na auto-estima, porque nesta exposição ela terá a oportunidade de apreciar o seu trabalho exposto, bem como se sentir parte da exposição, uma vez que ela ajudou a montá-la; 3. promove interesse no assunto que elas estão estudando; 4. desenvolve a criatividade; 5. incentiva-as a se dedicarem cada vez mais, tendo em vista que, se fizerem um bom trabalho, ele será exposto na exposição; 6. auxilia no aprendizado, uma vez que poderão ver os objetos de estudo afixados na parede ou em outro lugar; 7. ajuda a enfatizar o que está sendo ensinado; 8. facilita o aprendizado de ler e escrever e também a entender porque é importante saber ler; 9. ajuda no letramento; 10. cria um ambiente de alegria e de estímulo à aprendizagem; 124 – Manual de Formação Continuada


b) Reunião dos pais É importante que a exposição seja realizada por ocasião da Reunião dos Pais, pois nela: 1. os pais poderão ver os trabalhos de suas crianças expostos nas paredes; 2. os pais poderão ver o conteúdo dos projetos que as crianças estão fazendo; 3. ajuda a estimular os pais a terem mais interesse nos projetos e a colaborar com informações em casa. Ex.: lembrarem brincadeiras antigas, falarem sobre os costumes da região onde nasceram, etc. As exposições podem ser: 1. Permanentes 1. Letras 2. Matemática 3. 4. 5. 6.

Aniversariantes Tempo Rotina Ajudante do Dia

2. Não permanentes a) cartaz do trabalho das crianças; b) projetos: meu corpo, família, animais, etc.; c) vários cartazes de matemática; d) vários cartazes de Linguagem; e) experiências; f) histórias da Bíblia; g) Bem-vindos.

As exposições em uma só dimensão podem ser afixadas na parede ou em uma cartolina grossa. Sugerimos utilizar uma caixa de geladeira ou de fogão para o suporte, o qual poderá ser dobrado e guardado atrás de um armário. Como fazer uma exposição: 1. Elabore sempre um croqui do que você pretende fazer. 2. Decida qual o tipo de exposição. a) Estímulo: Ao aprendizado ou ao aperfeiçoamento do que já foi aprendido. b) Interativo: Quando se tem oportunidade de fazer coisas, de descobrir, de tocar. c) Mesa de exposição: Onde são colocados objetos que poderão ser tocados pelas crianças. 3. Planejar cuidadosamente o local onde a exposição será colocada.

Lembrar que as crianças precisam participar da construção da exposição. O ME/MF não deve fazer tudo. Ex: árvore de mãos: o ME/MF faz o tronco e as crianças fazem as folhas com as mãos. Como preparar a exposição: 1. 2. 3. 4. 5. 6.

Preparar o lugar onde haverá a exposição. Sempre usar papel ou cartolina para o fundo da cena. Valorizar os trabalhos das crianças, expondo-os com cuidado e capricho. Colocar etiquetas bem claras. Colocar sempre bordas; elas dão uma boa aparência ao trabalho. Fixar firmemente os cartazes.

Manual de Formação Continuada – 125


Como montar a exposição: Fundo da cena/pôster 1. 2. 3. 4.

Deverá ser de cartolina ou papel. As cores de fundo a serem usadas devem estar de acordo com o assunto que será abordado. Se o assunto for sobre algo frio, utilize as cores azul, branca e cinza. Se o assunto diz respeito ao calor, o fundo deverá ser de uma cor que represente o calor. Ex.: laranja, vermelho. 5. Se houver muitas etiquetas, o fundo deverá ser liso. 6. O fundo deverá fazer parte da cena. Ex.: céu, mar, grama. Etiquetas e letras 1. Devem ser claras. 2. Usar preto e branco, por serem cores que se destacam. 3. Fazer letras grandes e legíveis, usando letra de bastão. Bordas e margens 1. Uma exposição bem elaborada deverá ter sempre uma borda feita de papel. 2. Deverá ser enfeitada com pinturas de dedo, esponja, desenhos de rostos ou animais. 3. As bordas deverão ser montadas antes do cartaz. Montagem 1. Ter muito cuidado e capricho quando da montagem para não perder todo o trabalho. 2. Fixar bem. Exposições em 2D/3D: Podem ser montadas da seguinte maneira: 1. Em mesa feita com caixas ou tijolos, coberta com pano colorido; colocar a exposição em cima dela, em vários níveis. 2. Em cartolina dobrada. 3. Em mesas onde são montados objetos que poderão ser tocados pelas crianças, por ex.: livros, brinquedos, modelagem que as crianças fizeram. 4. Utilizando uma corda para pendurar os trabalhos. 5. Cubra os lados das caixas com um fundo de papel e cole fotos, desenhos, pinturas montadas, etc. 6. Montar a exposição em caixas de areia; este recurso é especialmente bom para histórias da Bíblia. 7. Rodar um filme (feito em rolo de papel) em uma televisão confeccionada em caixa de papelão ou similar. Onde colocar as exposições? 1. Planejar cuidadosamente sobre o melhor local. 2. Deverá ser colocada na altura da criança para que ela possa ver sem dificuldade. 3. Buscar posição de fácil acesso. 4. Ideias: a) sobre higiene: coloque perto do banheiro. b) sobre conduta na mesa: coloque perto do lugar onde as crianças tomam o lanche. 5. Exposições e cartazes podem ser usados para cobrir paredes e lugares feios da sala e também marcas na parede.

126 – Manual de Formação Continuada


Exemplos do Pepe Brasil 1 1º Dia 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37

Pôster de Bem-vindos ou de aniversariantes. Nomes e desenhos dos rostos das crianças (confeccionados 1ª Semana por elas). 1ª Semana Árvore ou leão com mãos e nomes das crianças. Nome do ajudante do dia. Normas para os PEPEs sugeridas pelas crianças. 1ª Semana Ilustrar usando os desenhos das crianças. a) Calendário Diário. 1ª Semana b) Com meses do ano. 1ª Semana Estações. Minha identidade Meu corpo. Desenhar em volta da criança. Comida que elas gostam e que não gostam. Minha identidade Coisas que elas gostam e que não gostam. Minha família; desenhos das crianças mostrando suas Minha identidade famílias. Regiões do Brasil Mapa do Brasil. Regiões do Brasil Exposições de diferentes costumes do Brasil. Regiões do Brasil Mapa de regiões do Brasil. Regiões do Brasil Maquete de uma aldeia de índios com oca. Minha Comunidade Maquete/exposição de coisas da comunidade onde vive. Minha Comunidade Profissões. Minha Comunidade Regras de trânsito. Meu Ambiente Diferentes vasilhas para metal, vidro, plásticos, papel. Meu Ambiente O que é vivo e não vivo. Meu Ambiente Maquete de uma Floresta: Amazônica ou Mata Atlântica. Cartaz com atividades referentes ao cuidado das plantas Animais/ Meu Ambiente e dos animais. Por exemplo: cuidar da comida, da água (para que fique limpa), etc. Matemática Exposição de objetos redondos. Matemática Exposição de objetos quadrados. Matemática Exposição de objetos nas cores vermelha/azul/branca. Matemática Exposição de objetos nas cores amarela/verde/preta, etc. Matemática Exposição de números. Matemática Régua ou cartaz para medir as crianças. Linguagem Exposição de histórias. Linguagem Exposição de palavras. Linguagem Exposição de letras com desenhos. Linguagem Exposição de tempo. Linguagem Exposição do livro Maria e João. Linguagem Exposição dos trabalhos das crianças. Educação Religiosa Exposição de Páscoa. Educação Religiosa Natal. Dias especiais Dia das Mães. Dias especiais Dia dos Pais.

Manual de Formação Continuada – 127


Pequenos grupos 1. 2. 3. 4.

Preparar uma exposição. Explicar porque esta exposição irá ajudar as crianças, etc. Onde deverá ser feita a exposição. Pensar em outras exposições que poderão ser realizadas.

Grande Grupo Apresentações dos grupos.

Bibliografia Andrew, M. Language in Colour. Twickenam, UK, Belair Publications Ltd., 1989. Doan, E. L. Make it yourself Visual Aid Encyclopedia. California, USA G. L. Publications, 1967. Evans, J. All about me Displays. Leamington Spa, UK, Scholastic Ltd., 2000. James, F. & Brownsword, K. A Positive Approach. Twickenham, UK, Belair Publications Ltd., 1994. Hume, B. & Barrs, K. Maths on Display. Twickenham, UK, Belair Publications Ltd., 1988.

128 – Manual de Formação Continuada


Autoavaliação para os ME/MFs - Exposições 1. Por que promover exposições no PEPE? a) Para as crianças: _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________

b) Para as reuniões dos pais: _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ 2. Listar 4 tipos de exposições: 1. _______________________________________________________________ 2. _______________________________________________________________ 3. _______________________________________________________________ 4. _______________________________________________________________ 3. Quais cores devem ser usadas para os assuntos: 1. calor: a) _____________________________________________________________________________ b) _____________________________________________________________________________ 2. frio: a) _____________________________________________________________________________ b) _____________________________________________________________________________ 4. Qual tipo de letra é ideal para usar? _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ 5. Faça um desenho da sala do seu PEPE, coloque etiquetas das exposições que você vai fazer e onde as colocará: _______________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________

Manual de Formação Continuada – 129


Exposições/Murais/Cartazes no PEPE Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local: Tempo

Tema

Como

Café da manhã Devocional e orações Registro Resumo do dia Nomes Quebra-gelos/música Reflexão em grupo Estudo, exposições e cartazes Em grupos: preparar atividade Apresentação dos grupos

Perguntas Estudo

Almoço Perguntas e discussão sobre o projeto Em grupos, preparar uma atividade sobre as regiões do seu país Conclusão

130 – Manual de Formação Continuada

Recursos necessários

Responsável


14. Proteção à criança nos PEPEs Lembrete: Quebra-gelos ou músicas:

Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MFs vão aprender e o porquê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MFs aprendam? Dar oportunidades para os ME/MFs refletirem sobre violência infantil e conhecer os regulamentos de proteção à criança no PEPE Network. Pequenos grupos O que é violência? Quais são os diferentes tipos de violência?

Grande Grupo Estudar o que é violência e os 4 tipos diferentes (bem breve). Usando a seção das normas de proteção nos PEPEs. Definição de Violência infantil “Abuso de crianças e maus tratos constitui todas as formas de maus tratos físico ou emocional, abuso sexual, negligência ou tratamento negligente ou comercial, ou outro tipo de exploração, resultando em atual ou potencial dano para a saúde da criança, sobrevivência, desenvolvimento ou dignidade no contexto da relação de responsabilidade, confiança e poder.” Como mencionamos antes, as crianças correm o risco de sofrer uma ou várias combinações de categorias de violência. As categorias estão definidas a seguir. Violência Física É um ato físico de agressão à criança, cometido por um adulto ou criança mais velha, que causa injúria, mesmo que não tenha havido a intenção. Este tipo de ato de agressão inclui: bater, chacoalhar, puxar, empurrar, jogar a criança no ar, queimar, sufocar, ou outro ato que cause dano físico para a criança. O impacto desta categoria de violência leva diretamente à dor e a danos neurológicos, à incapacidade ou à morte. Violência emocional É o mau-trato emocional da criança. Isto inclui: violência verbal; intimidação, xingamento, Manual de Formação Continuada – 131


fazer comparações negativas com outros, dizer à criança que ela não tem valor e culpá-la habitualmente, não dar atenção ou afeto, aplicar punição extrema (fazendo a criança sentir medo ou perigo), exploração. O impacto desta categoria de abuso pode levar a longos efeitos no processo de desenvolvimento da criança, promovendo baixo nível de afetividade e alto nível de crítica. Violência sexual É qualquer ato sexual entre um adulto e uma criança, ou entre uma criança maior e uma criança menor. A violência sexual envolve forçar a criança a tomar parte em atividades sexuais, como contato físico incluindo penetração, forçar uma criança a masturbar um adulto e fazer carícias, ou outros atos não físicos que violam sua privacidade: despir-se, espiar a criança, expor a criança à sexualidade do adulto ou materiais pornográficos, encorajar a criança a se comportar sexualmente de maneira inapropriada, como prostituição, tráfico ou para satisfação pessoal. O resultado deste tipo de abuso inclui dano próprio, comportamento sexual impróprio, tristeza, baixa autoestima. Negligência É o baixo padrão ou a falha em prover as necessidades básicas da criança, de tal modo que o seu bem-estar físico e/ou psicológico são prejudicados ou colocados em perigo. Nesta categoria de violência, os pais ou responsáveis deixam de cumprir com suas obrigações. Negligência de crianças inclui: 1. física: falha em prover alimentação adequada, roupas ou condições de higiene necessárias ao cuidado da saúde, abandono da criança, uso de substâncias tóxicas durante a gravidez; 2. educacional: falha em matricular a criança na escola; permitir/causar situações para que ela perca muitos dias de aula; 3. emocional: conforto, afeição ou suporte emocional inadequados; falha em intervir quando a criança demonstra comportamento antissocial; recusa ou demora em providenciar cuidado psicológico necessário. O resultado desta categoria de abuso está associado a prejuízos no crescimento e desenvolvimento intelectual da criança: físico, emocional, sexual.

Por que é importante aprender sobre proteção à criança? Pequenos grupos Dar a cada grupo uma história para estudar e responder às perguntas; depois, apresentá-la. Violência Física Maria chegou na escolinha com um grande corte e contusão embaixo do queixo. Ela estava se comportando de forma normal e mostrava ter orgulho de seus ferimentos. A mãe explicou que ela estava brincando no balanço do parque. Ela empurrou o balanço que, ao voltar, atingiu-a no queixo. Esta era a segunda vez que isso acontecia. Em outra semana, Maria apareceu com uma grande pancada no joelho. Ela disse que caiu sobre uma pedra no jardim. 132 – Manual de Formação Continuada


Você vai ficar preocupado com esta situação? Explique o porquê. Você acha que sentiria a mesma coisa se a mãe de Maria tivesse dito que havia batido na porta do quarto e Maria apareceu perturbada? E, além disso, você observasse que ela sempre ficava perto dos ME/MFs? José, de 4 anos, regularmente busca a atenção das professoras. Também fica bem perto delas como que buscando segurança. Você observou que quando brincava de casinha ele batia violentamente na boneca e, gritando, dizia: “Você está destruindo a minha vida” e “Eu nunca mais quero ver você de novo”. Mais tarde, você o encontrou no cantinho de livros, encolhido e chorando. Acha que é um bom motivo para preocupar-se? Por quê? Violência Emocional A mãe de João teve o quinto bebê e, pela primeira vez, trata-se de uma menina. No começo, João estava muito alegre com a sua nova irmã, ele desenhava bebês e falava muito sobre ela para os amiguinhos. Agora que o bebê tem 6 semanas, João está ficando muito quieto e começou a brigar com os amigos. Perdeu a concentração e, ocasionalmente, tem acesso de raiva quando não pode fazer o que quer. Além disso, ele começou a ir à escola com roupas sujas e, muitas vezes, é o seu irmão mais velho quem o busca na escola no retorno para casa. Você tem razões para se preocupar? Por quê? Negligência Isabel vai a escola há 3 meses. Sua família mudou para o bairro porque seus pais se separaram. Agora ela está morando apenas com sua mãe, que trabalha no colégio local. Isabel se adaptou rapidamente na escola. Mesmo tendo dificuldades em algumas matérias, ela fez vários amigos. Muitas vezes, ela apareceu sem o uniforme da escola e um pouco suja; outras vezes esqueceu-se de trazer a mochila, etc. Além disso, ela nunca traz coisas para mostrar aos colegas na roda de conversa, ou brinquedos para brincar nos dias em que são solicitados pelas professoras. Sua mãe não responde às cartinhas e, muitas vezes, chega atrasada para buscá-la depois das aulas. Mas a mãe sempre pareceu interessada nas coisas da escola e comparece às reuniões dos pais e mestres. Há motivo para se preocupar com a Isabel? Por quê?

Manual de Formação Continuada – 133


Violência Sexual Você está realizando uma roda de conversa e fazendo atividades como, por exemplo: “O que ajuda a me sentir feliz” ou “O que me faz sentir tristeza”, quando Lucas diz que ele se sente triste quando seu vizinho cuida dele, nos dias em que sua mãe está fora à noite e, algumas vezes, o machuca. O que você irá fazer sobre esta situação? Quem você irá informar? Dias depois, você vê Lucas brincando com 2 amigos; ele está agressivo e usando palavrões, palavras e expressões que você não imaginaria que uma criança em sua idade pudesse saber. Este não é o seu comportamento normal. O que você vai fazer?

Como responder a uma criança que fala com você sobre o fato de estar sofrendo violência. Quando uma criança falar com você direta ou indiretamente sobre violência, há 12 coisas a serem lembradas: 1. Permaneça calmo, mesmo que você fique chocado, com raiva ou desesperado; no entanto, não mostre estes sentimentos para a criança que você está tentando ajudar. Você precisa ter o controle da situação. 2. Mantenha contato pelos olhos; deixe que seus olhos fiquem no mesmo nível que os da criança. 3. Escute e permita que a criança se lembre dos detalhes espontaneamente. 4. Não faça perguntas à criança e nem peça detalhes. 5. Tranquilize-a, dizendo-lhe que ela agiu corretamente em falar com você. 6. Elogie-a por ter sobrevivido à violência. Explique-lhe que ela não teve escolha e que não deve se sentir culpada. 7. Explique que você vai precisar falar com outra pessoa sobre o ocorrido. 8. Não prometa que guardará segredo. Se você souber de alguma violência, você não tem escolha, precisa informar outras pessoas. 9. Não faça nenhum julgamento sobre a pessoa que cometeu a violência, porque talvez a criança ame essa pessoa. Você pode dizer que o agressor não fez uma coisa certa e talvez precise de ajuda. 10. Mostre que você acredita nela, mesmo que pareça impossível, pois é raro crianças mentirem sobre isso (todas as acusações devem ser levadas a sério). 11. Explique à criança o que você vai fazer, mas em uma linguagem simples. 12. Diga que você estará sempre disponível para escutá-la, se ela quiser falar.

Como você deve lidar com as reações emocionais que surgem por causa destes acontecimentos. É muito estressante tratar de um assunto de violência, especialmente se a criança falou pessoalmente com você. Você precisará falar com alguém sobre o ocorrido, entretanto, não deverá ser qualquer pessoa; terá que ser alguém ligado ao PEPE, por exemplo: o coordenador ou o Pastor. Não fale com outras pessoas; fofoca pode espalhar rápido. 134 – Manual de Formação Continuada


Falar com alguém poderá ajudar, principalmente, se você estiver se sentindo irado e perturbado. Se você comentar o assunto com outras pessoas, nunca use ou mencione nomes dos envolvidos, etc. E continue a ter um comportamento profissional com os pais ou responsáveis, mesmo que eles sejam os suspeitos. As Etapas Na primeira suspeita, o ME/MF deve anotar num caderno confidencial (que somente ele tenha acesso) o seguinte: a) o nome, a idade e o endereço da criança; b) os nomes dos pais; c ) a data do acontecimento, a hora e a circunstância; d) os detalhes que lembrar e que lhe preocupam, como: um corte ou reclamação de dor numa área sensível; e) os sinais físicos (poderá desenhar para mostrar onde estão os sinais);  f ) só os sinais físicos dos quais você não tem certeza; g) as mudanças no comportamento da criança; h) tudo o que a criança falou e que lhe preocupou; não anotar o que você acha ou o que você pensa que a criança quis dizer;  i ) o nome da pessoa a quem informou.

Como você deve selecionar pessoas para o PEPE Pequenos grupos Que tipo de pessoa deve trabalhar no PEPE? Que tipo de pessoa deve visitar o PEPE e quais precauções deverão ser tomadas quando elas estiverem visitando? Como você acha que as pessoas que trabalham no PEPE (voluntários, visitantes ou equipes) devem se comportar? Por que é importante aprender sobre proteção à criança? Grande Grupo Discutir os resultados e depois distribuir as cópias sobre proteção.

Pequenos grupos Em grupo, observar os casos abaixo e refletir: “Temos razões para nos preocupar? Por quê?”

1ª) Parte Negligência Cíntia tem quase 2 anos. Ela é filha única de Solange que tem 19 anos e é solteira. Solange trabalha à noite em uma loja e está tentando manter seu emprego. Manual de Formação Continuada – 135


Muitas vezes, Cíntia fica sozinha quando Solange não consegue achar uma pessoa para ficar com ela. Violência Física Jonathan tem 3 meses e sofre com cólica. A mãe de Jonathan fez uma visita para sua irmã enquanto o pai de Jonathan, Marcelo, ficou em casa cuidando dele. Jonathan chorava constantemente e Marcelo ficou muito irritado; pegou Jonathan, sacudiu-o e o jogou dentro do berço. Violência Sexual Todo domingo, a mãe de Maria visita sua avó doente e Maria fica com seu pai. Maria não gosta de ficar com ele. Reclamou para sua mãe que a parte do corpo perto de onde ela faz xixi está doendo e disse que o pai a machucou. Violência Emocional Felipe tem 6 anos e frequenta o PEPE. Normalmente, ele é muito difícil de controlar e é destruidor. Certa tarde, ele ficou muito agitado e, no fim, sujou suas calças. O ME/MF ficou frustrado e bravo e chamou Felipe de “menino sujo e fedido” na frente de todo mundo. Ele o colocou longe das outras crianças dizendo que não podia ter aquele “cheiro horrível” dentro da sala. 2ª Parte Negligência Daniel tem 3 anos. Ele mora com a mãe e o namorado dela numa casa bem apertada e úmida. Uma noite o namorado deixou sua mãe. A mãe de Daniel ficou muito triste e, enquanto ela chorava no quarto, Daniel teve sede. Ele foi até a cozinha e pegou uma garrafa de coca-cola. Entretanto, ao invés de conter refrigerante, a garrafa continha líquido para limpeza. Violência Física José, de 4 anos, regularmente busca atenção dos ME/MFs e também fica grudado neles. O ME/MF observou que quando brincava na casinha ele estava batendo violentamente em uma boneca, gritando: “Você esta destruindo minha vida” e “Eu nunca quero ver você de novo”. Mais tarde, você encontrou José no cantinho de livros, encolhido e chorando. Há motivo para se preocupar? Explique suas razões. Violência Sexual Durante a roda de conversa, quando as crianças estavam fazendo o exercício: “O que me faz sentir feliz” ou “O que me faz sentir triste”, Lucas disse que ele se sente triste quando seu vizinho cuida dele, enquanto sua mãe está fora à noite e que, algumas vezes, o vizinho o machuca. O comportamento de Lucas parece que mudou, e ele está ficando muito mais agressivo e usando palavrões, até palavras e expressões que você não imagina que uma criança na idade dele pudesse saber. Violência Emocional Letícia mora com o pai, a madrasta e os 3 filhos dela. Antes de ir para a escola, Letícia precisa limpar a casa, lavar as roupas, ajudar as crianças a se vestirem, dar 136 – Manual de Formação Continuada


o café da manhã e levá-las para a escola. Nos fins de semana, quando a família sai para passear, ela é deixada em casa para terminar suas tarefas de casa e da escola. Adicional Maria, que tem 4 anos, chegou no PEPE com uma contusão na bochecha. Ela estava se comportando normalmente, alegre, e tinha orgulho dos ferimentos. A mãe explicou que ela estava andando em cima de um muro e caiu. Esta foi a segunda vez que isso aconteceu. Na outra semana, Maria tinha uma grande pancada na testa. Ela disse que havia caído sobre uma rocha no jardim. O que você pensaria se Maria estivesse ansiosa e exageradamente carente da atenção dos ME/MFs? Anna estava exageradamente carente da atenção dos ME/MFs e muito perturbada no PEPE. Ela explicou para o ME/MF que seus pais estavam gritando um com outro e que o pai dela bateu na sua mãe. Ela explicou que ficou com muito medo e pensou que sua mãe iria morrer. A mãe de João ganhou seu quinto nenê, que foi a primeira menina. No começo, João estava muito alegre com a chegada da nova irmã; ele desenhava nenês e falava muito com os amigos sobre ela. Agora o nenê tem 6 semanas e João está muito quieto e brigando com os amigos. Perdeu a concentração e, ocasionalmente, tem acesso de raiva, quando ele não pode fazer o que quer. Além disso, ele começou a ir à escola com roupas sujas e reclamando de fome. Muitas vezes, é o irmão mais velho que vai buscá-lo depois das aulas em vez da mãe. Você tem razões para se preocupar? Explique suas razões.

Bibliografia Candieiro, Terezinha. Política de Proteção Infantil do PEPE. São Paulo, Pepe Network, 2007. Tassoni, P. & Bulman, K. Early Years Care and Education. Oxford UK, Heinneman Educational Pub., 1999.

Manual de Formação Continuada – 137


Proteção à criança Formulário de Planejamento dos Coordenadores Data: Local: Tempo

Tema

Como

Café da manhã Devocional e orações Registro/nomes Quebra-gelos/música Resumo do dia Reflexão em grupo

Perguntas

Estudo sobre Proteção à Criança Em grupos: trabalho sobre as histórias de acontecimentos com crianças Apresentação dos grupos Discussão e estudo: como falar com uma criança, etc.

Estudo

Almoço Em grupos: atividades; rever as normas Apresentações dos resultados Discutir as normas e verificar se há alguma parte que os ME/MFs não entenderam Projeto pedagógico Avaliação Notícias para passar ao ME/MF

138 – Manual de Formação Continuada

Recursos necessários

Responsável


Avaliação – Proteção à Criança Data: Local: 1. Assinale a sua opinião com um “X”. Tema

Foi útil? sim

não

Por quê?

Reflexão em grupo Estudo sobre proteção à criança Trabalho em grupo com histórias das crianças Apresentações dos grupos Discussão: como reagir e falar com as crianças Estudando as normas de proteção à criança Projeto pedagógico 2. Dê sua opinião sobre o treinamento de proteção à criança. ________________________________________________________________________________ 3. Houve alguma parte no treinamento que achou difícil de entender? Se sim, qual parte foi e por quê? ________________________________________________________________________________ 4. Quais partes do treinamento foram apresentadas de maneira interessante e relevante? ________________________________________________________________________________ 5. Qual parte do treinamento você achou menos relevante? ________________________________________________________________________________ 6. Como as partes menos interessantes podem ser melhoradas? ________________________________________________________________________________ 7. Na sua opinião, qual aspecto do treinamento lhe será mais útil a longo prazo? ________________________________________________________________________________ 8. Avalie o treinamento pontuando-o de 1 a 10 (sendo 10 a pontuação mais alta e 1 a mais baixa). ________________________________________________________________________________

Manual de Formação Continuada – 139


15. Artes Visuais no PEPE Lembrete: Quebra-gelos ou músicas:

Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MFs vão aprender e o porquê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MFs aprendam? Estimular os ME/MFs a conhecerem melhor, experimentarem o valor de fazer artes no PEPE e a descobrirem ideias que possam ser colocadas em prática. Pequenos grupos Por que a Arte Visual é importante nos PEPEs? Refletir e explorar as ideias que podem ser usadas pelo PEPE.

Grande Grupo Discutir as respostas.

Por que é importante ensinar Artes Visuais nos PEPEs? 1. ajuda as crianças a darem atenção a elas, a criarem senso de estética e a desenvolverem a arte visual; 2. ajuda a conhecer a arte, a arquitetura e o desenho; 3. permite que elas apreciem a própria arte e a das outras crianças; 4. ensina a arte do passado e a do presente; 5. também ajuda no conhecimento das cores, das linhas, das formas, da textura, da tonalidade e do motivo decorativo; 6. oferece às crianças a oportunidade de serem criativas; 7. ajuda na coordenação motora fina; 8. ajuda na coordenação motora grossa; 9. ensina a linguagem da arte: linhas, formas, cores, tonalidade e textura; 10. ajuda as crianças a serem expressivas – quando a criança não puder se expressar verbalmente ou na maneira escrita, poderá se expressar usando pinturas ou desenhos. Pequenos grupos Cada grupo terá um assunto (da lista abaixo) que deverá ser desenvolvido. Os assuntos deverão ser ensinados nos PEPEs e, depois, fazer as apresentações e dar as explicações. 140 – Manual de Formação Continuada


Os assuntos de arte Linhas Aprender que a linha é a mais usada em desenhos. Proceda da seguinte maneira: 1. deixe que elas façam a linha com: lápis, lápis de cor, caneta, canetinhas, giz, sticks, canudos ou tinta; 2. depois, discuta as linhas: reta, curva, grossa, fina, pontilhada; 3. fazer desenhos usando: lápis, tinta, etc, para fazer as linhas retas, curvas, grossas, finas, e outras. Cores Deixá-las trabalhar com tintas coloridas. Depois, discutir as cores: • amarela; • verde = amarela + azul; • vermelha; • roxa = vermelha + azul; • azul; • laranja = vermelha + amarela. Tonalidade — Pintar papéis mostrando as diferentes cores. Ensinar sobre o claro e o escuro das cores. Discutir: Qual é o mais claro? 1. Mostre 3 tipos de azul, 3 tipos de vermelho. Qual é o mais escuro? 2. Coloque em ordem crescente: do mais claro para o escuro. 3. O que precisa ser feito para uma cor ficar mais escura? 4. O que precisa ser feito para uma cor ficar mais clara? 5. Se a cor preta for misturada com estas cores, elas ficarão mais escuras? 6. E a cor branca, se for misturada com estas cores, elas ficarão mais claras? Deixe as crianças experimentarem. Textura Implica em 3 dimensões pela vista e pelo toque. 1. Coloque várias coisas com texturas diferentes dentro de um saco. Ao senti-las, a criança deverá descrevê-las. A textura do objeto: liso, áspero, bolinhas, linhas. 2. Com o objetivo de visualizar estas texturas, coloque um papel sobre um objeto (folha, cortiça, moeda, etc) e risque. Motivos decorativos/arranjos/rotinas O ME/MF pode fazer uma comparação entre as rotinas que as crianças têm na escola e na vida e os motivos decorativos, que também são um tipo de rotina, sequência, repetição. Os motivos poderão ser vistos nas peles dos animais, especialmente em gatos, tigres, onças, mas, também, nas paredes. Fazer alguns motivos decorativos. Formato/Forma É a maneira pela qual uma escultura mostra sua maneira, sua forma. 1. Deixe que as crianças façam algumas formas com massinha/argila: círculo, quadrado. 2. Achar formas nas revistas: círculos, quadrados, retângulos, triângulos. 3. Cortar formas em papel. Manual de Formação Continuada – 141


Pequenos grupos 1. Dar a cada grupo algumas ideias da linha de desenvolvimento para preparar e apresentar. 2. Apresentar outra ideia que não esteja presente na lista.

A linha de desenvolvimento de arte e ideias Tipo de arte

Ideias

1.

Rabiscos e garatujas

Desenhar no papel com canetas.

2.

Linhas

Fósforos, galho e tinta-relevo.

3.

Explorando tinta

Tintas, pincéis e papel.

4.

Motivos decorativos

Fazer motivos decorativos com lápis de cor.

5.

Explorando as cores

Com tinta e pincel, explorar a mistura de cores e notar como elas vão sendo formadas.

6.

Pintura com cola

Desenhar com cola grossa; quando secar, pintar em cima.

7.

Estampa

Usar cartolina como molde.

8.

Estampa

Com fitas adesivas como molde.

9.

Estampa

Com mão e dedos.

10.

Estampa

Com folhas/batatas.

11.

Pintura

Com cartolina no lugar de um pincel.

12.

Pintura

Com pincéis e tinta.

13.

Pintura

Com sal no papel.

14.

Pintura de dedo

Com sabão em pó dentro da tinta.

15.

Pintura

Com cola dentro da tinta.

16.

Pintura

Com esponja no lugar do pincel.

17.

Esfregadura

Com lápis de cera; usar sobre madeira/folhas, penas, etc.

18.

Lápis de cera

Usar lápis de cera para desenhar e pintar em cima.

19.

Lápis de cera

Cobrir o papel com lápis de cera em preto. Com um palito, desenhar no papel que agora está preto.

20.

Pintura com linhas, pontos

Pintura com pingos, pontinhas e linhas.

21.

Pintura

Usar todas as técnicas para formar uma pintura.

22.

Flores de papel

Dobradura e pintura.

23.

Colagem

Fazer um quadro com vários pedaços de material.

24.

Mosaicos

Mosaicos com pedaços de papel.

25.

Decorações com bolas Colocar bolas de tinta no papel e formar um quadro. de tinta

26.

Fazer murais/cartaz

Sobre assuntos nos projetos.

27.

Fazer cartões

Decorar com as técnicas aprendidas.

28.

Teia de papel

Usar pedaços de revista e jornais cortados em faixas.

29.

Fazer moldura de foCom cartolina e mosaico, pinturas, rolos de papel. tografia

142 – Manual de Formação Continuada


30.

Fazer colar e pulseiras Com rolos de papel, de revistas ou macarrão.

31.

Maquetes

Fazer com sucatas.

32.

Modelos

Fazer com sucatas e pintar.

33.

Máscaras

Fazer máscaras e pintar usando as técnicas aprendidas.

34.

Fazer livros

Desenhar um livro e enfeitar a capa.

35.

Fazer enfeites

Enfeites para o PEPE. Ex.: enfeites de Natal.

36.

Fazer peixes

Fazer em papel brilhante.

37.

Fazer chapéus

De papel e pintar. Fazer de cartolina.

38.

Fazer teias

Trançar papel ou cartolina fina.

39.

Fazer fantoches

Com sacos de papel e enfeitar. Caixas de leite. Tecido.

40.

Fazer fantoches de Enfeitar com cores fortes para que elas apareçam. sombras

41.

Fazer rostos

Fazer rostos em pratos de papel.

42.

Fazer um lagarto

Fazer um lagarto com rolos de cartolina.

43.

Fazer binóculos

Com rolos de papel.

44.

Fazer bandeiras

Com cartolina e tinta.

45.

Fazer borboletas

Colocar a tinta na cartolina e dobrar; a tinta fica com o efeito de espelho.

Procurar outras ideias de artes visuais nos materiais e projetos pedagógicos disponibilizados pelo Pepe Brasil. (O Pepe Brasil possui 6 apostilas com projetos pedagógicos elaborados para cada etapa do ano). Lembrar-se de que o ideal é sempre utilizar sucatas nas pinturas ou desenhos dos centros de interesse. Grande Grupo Apresentações dos grupos. Apresentações de algumas ideias da linha de desenvolvimento de artes visuais.

Bibliografia Bulloch, I. & James, D. Let’s Paint. London, UK. Two–Can Publishing, 1997. Gibson, R. What Shall I do Today. London, UK. Usborne Publishing Ltd., 1995. Pinnington, A. 10 Minute Activities Fun things to do for you and your child. New York USA, St. Martin’s Press, 2001 Roswell, G. Teaching Art in Primary School. Reprint, London UK, 1987. Bell & Hyman. Shephard, N. My Art Class. London, UK. Dorling Kindersley Ltd., 2003. Watt, F. Art Ideas. London UK Usborne Publishing Ltd., 2004. Wilkes, A. The Fantastic Rainy Day Book. London, UK Dorling Kindersley Ltd., 1995.

Manual de Formação Continuada – 143


Autoavaliação – Artes Visuais 1. Dê 5 razões do porquê a arte é importante no PEPE. 1. _____________________________________________________________________________ 2. _____________________________________________________________________________ 3. _____________________________________________________________________________ 4. _____________________________________________________________________________ 5. _____________________________________________________________________________

2. Quais são os 6 assuntos de artes visuais? 1. _____________________________________________________________________________ 2. _____________________________________________________________________________ 3. _____________________________________________________________________________ 4. _____________________________________________________________________________ 5. _____________________________________________________________________________ 6. _____________________________________________________________________________

3. Dê 10 ideias de artes visuais que as crianças podem fazer em seus PEPEs. 1. _____________________________________________________________________________ 2. _____________________________________________________________________________ 3. _____________________________________________________________________________ 4. _____________________________________________________________________________ 5. _____________________________________________________________________________ 6. _____________________________________________________________________________ 7. _____________________________________________________________________________ 8. _____________________________________________________________________________ 9. _____________________________________________________________________________ 10. ____________________________________________________________________________

144 – Manual de Formação Continuada


Artes Visuais Formulário de Planejamento dos Coordenadores Data: Local:

Tempo

Tema

Como

Recursos necessários

Responsável

Café da manhã Devocional e orações Registro Resumo do dia Nomes Quebra-gelos/música Reflexão em grupo

Perguntas

Estudo: Artes

Estudo

Em grupos, preparar atividade: linhas, texturas Apresentação dos grupos Discussão e Estudo: linha de desenvolvimento em arte Almoço Em grupos, preparar uma atividade + escolher uma da linha de desenvolvimento Apresentações Projeto pedagógico Teste e avaliação

Manual de Formação Continuada – 145


Avaliação – Artes Visuais Data: Local: 1. Quando veio para o treinamento, o que você esperava conseguir? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 2. O treinamento alcançou suas expectativas? De que maneira? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

3. Houve alguma parte do treinamento que achou difícil de entender? Qual parte foi e por quê? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 4. Quais partes do treinamento foram apresentadas de uma maneira interessante e relevante? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 5. Qual parte do treinamento você achou menos relevante? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 6. Como as partes menos interessantes podem ser melhoradas? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 146 – Manual de Formação Continuada


7. Dê algumas ideias de como você pode ficar mais envolvido. Ex.: atividades e discussões, etc. ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 8. Na sua opinião, qual aspecto do treinamento lhe será mais útil a longo prazo? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 9. Dê algumas ideias de como melhorar o curso. ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

10. Dê algumas ideias de matérias que não foram tratadas, mas que você gostaria de ver incluídas. ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

11. Avalie o treinamento pontuando-o de 1 a 10 (sendo 10 a pontuação mais alta e 1 a mais baixa) ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

Manual de Formação Continuada – 147


16. Paulo Freire, Montessori, Reggio Emilia Lembrete: Quebra-gelos ou músicas:

Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MFs vão aprender e o porquê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MFs aprendam? Ajudar os ME/MFs a pensar e a pesquisar sobre os pensadores que muito ajudaram na educação: Paulo Freire, Maria Montessori e, na Itália, Reggio Emilia. Pequenos grupos 1. 2. 3. 4. 5. 6.

Quem são Paulo Freire e Maria Montessori? Onde eles nasceram? Por que eles são famosos? O que você conhece sobre eles? Onde está Reggio Emilia? Por que este lugar é famoso?

Grande Grupo Discutir as respostas em grupos (em grupos pequenos). Dividir o material entre os grupos: • Freire (2 grupos); • Montessori (2 grupos); • Reggio Emilia (2 grupos). Os grupos devem preparar o material e apresentá-lo para o restante do grupo. Paulo Freire Nasceu em 19 de setembro de 1921, no Recife, Brasil. Morreu de enfarte no dia 2 de maio de 1997. Os pais eram de classe B/C, mas Paulo familiarizou-se com a fome e a pobreza durante a Grande Depressão de 1929. Estas experiências provocaram-lhe um estado de grande preocupação para com as pessoas que viviam na pobreza e isso o ajudou a construir os pensamentos educacionais. Em 1943, começou um curso de Direto na Faculdade de Recife com filosofia e psicologia da linguagem. Ele nunca trabalhou como advogado, mas trabalhou como professor de português. Em 1944, Paulo Freire casou-se com Elza Maria Costa de Oliveira, que também era professora. Os dois trabalharam a vida toda juntos; tiveram 5 filhos. Em 1946, foi diretor do Departamento de Educação e Cultura de ação social em Pernambuco onde se preocupou com as pessoas analfabetas. 148 – Manual de Formação Continuada


Em 1961, foi diretor do Departamento de Extensão de Cultura em Recife. Em 1962, aplicou suas teorias em 300 cortadores de cana-de-açúcar (boias-frias) e conseguiu ensiná-los a ler e a escrever em 4 dias. Em 1964, mudou-se para Bolívia, Chile e USA, depois para Genebra, Suíça, onde trabalhou para o Conselho Mundial das Igrejas, Em 1980, voltou para o Brasil, filiou-se ao PT e supervisionou a alfabetização para adultos. Em 1988, foi Secretário de Educação em São Paulo. Em 1986, Elza (sua esposa), morreu; mais tarde, casou-se com Maria Araújo Freire. Em 1997, Paulo Freire faleceu. Livros que escreveu: • A propósito de uma administração. Recife: Imprensa Universitária, 1961. • Conscientização e alfabetização: uma nova visão do processo. Estudos Universitários – Revista de Cultura da Universidade do Recife. Número 4, 1963: 5-22. • Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1967. • Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 1970. • Educação e mudança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1979. • A importância do ato de ler em três artigos que se completam. São Paulo: Cortez Editora, 1982. • A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 1991. • Pedagogia da esperança. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1992. • Política e educação. São Paulo: Cortez Editora, 1993. • Cartas a Cristina. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1974. • À sombra desta mangueira. São Paulo: Editora Olho d’Água, 1995. • Pedagogia da autonomia. São Paulo: Editora Paz e Terra, 1997. • Mudar é difícil, mas é possível (Palestra proferida no SESI de Pernambuco). Recife: CNI/ SESI, 1997-b. • Pedagogia da indignação. São Paulo: UNESP, 2000. • Educação e atualidade brasileira. São Paulo: Cortez Editora, 2001. Motivos pelos quais Paulo Freire ficou famoso: 1. Ele é mais conhecido pelas críticas que fez ao conceito de educação que ele chamou de “educação bancária”. Isto acontece quando o aluno é visto como uma vasilha vazia, e o professor precisa encher esta vasilha. Esta não foi uma crítica nova, pois Rousseau, um pensador suíço que viveu durante o século 16, já havia discutido sobre o conceito de que uma criança precisa ter uma aprendizagem ativa. Também o pensador Dewey, um americano que nasceu em 1859, disse que educação não é somente o professor dando fatos às crianças. 2. Paulo Freire disse que o professor pode apresentar os fatos, mas este precisa ser entendido pelos alunos por meio de discussões, de reflexões, de trabalho em grupos, etc. 3. A outra crítica de Freire foi sobre o relacionamento entre o aluno e o professor: Ele acreditava que tanto o aluno podia aprender do professor, como o professor podia aprender do aluno, e que o aluno também podia ensinar. 4. Paulo Freire também valorizou a cultura da criança e a ideia de que o aluno tinha muito para dar à aula; ele disse já ter sabido de muitas ocasiões em que o aluno e o professor aprenderam juntos. Manual de Formação Continuada – 149


5. Freire adotou essa ideia para ensinar a ler e a escrever: primeiro o professor precisa identificar as palavras-chaves do vocabulário dos alunos. Estas palavras se transformarão em Palavras Geradoras. Palavras Geradoras devem fazer parte da vida comum do aluno ou ser muito significantes para ele. Ex.: mamãe, casa... Depois, o professor deverá continuar a usar estas palavras para começar a ensinar o aluno a ler e a escrever. 6. Ainda pensando no mundo do aluno, Freire explica que o professor deve respeitá-lo e deve conhecer e ser consciente do mundo onde ele foi criado e formado. Sem esta informação o professor não terá a possibilidade de entender a maneira pela qual o aluno pensa, e o que ele sabe do mundo. 7. Também enfatizou que o professor não pode pensar que o aluno é inferior a ele; e que a maneira de agir, de pensar e de crer é boa, mas não deve ser julgada como sendo melhor do que a de outra pessoa. Freire explica que professores que trabalham nas áreas de baixa renda não devem pensar que eles são melhores que os alunos. 8. Freire explica que o professor deve ter humildade, deve ensinar com amor e ter respeito para com o aluno. Humildade ajuda a entender que ninguém sabe tudo e todo mundo sabe alguma coisa. Humildade ajuda a pessoa a estar sempre pronta a escutar outra de menor competência. 9. Para saber como reagir, o professor precisa aprender a ler o significado dos movimentos dos alunos, tais como: inquietação, surpresa, reações agressivas, etc. 10. O professor deve ajudar o aluno a pensar e a refletir e não somente a memorizar e copiar. Reformas que Freire fez quando foi Secretário de Educação em São Paulo • •

Entre 1988-1992, o número de crianças na escola cresceu em 15,59%. 77 novas escolas foram construídas. Muitas reformas foram feitas. 60.000 novas carteiras foram adquiridas. Equipamento e literatura foram comprados. O sonho de Freire era ter escolas cheias de alegria e criatividade, onde as crianças pudessem aprender, questionar e pensar. Ele queria que as escolas respeitassem as crianças pobres e suas experiências. • Ele começou a reformar o currículo para torná-lo mais adequado ao contexto da criança, ajudando-a a entender melhor o mundo à sua volta. • Ele usava interdisciplinaridade e temas. • Freire queria que os professores continuassem aprendendo, através de formação continuada. Ele cria que uma forma muito importante para melhorar o ensino nas escolas era ensinar os professores a terem um relacionamento diferente com os alunos e uma nova maneira de ensino.

150 – Manual de Formação Continuada


Prêmios • 1980, “King Baudouin International Development Prize” - Prêmio Internacional de Desenvolvimento Rei Baudouin. • Prêmio para Educadores Cristãos, junto com a esposa Elza. • UNESCO, 1986, prêmio para Educação para a Paz. Tome Nota Responder às seguintes perguntas: 1. Como esta maneira de ensinar as crianças nas pré-escolas pode influenciar o ME/MF no PEPE? 2. O que pode ser útil nos PEPEs? 3. Quais partes podem ser usadas? 4. Quais partes você não concorda e por quê? 5. Planejar uma aula, usando estas maneiras de ensinar.

Bibliografia Freire, P. Pedagogia da Autonomia, Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996. Freire, P. Pedagogy of the Opressed. London UK: Penguin Books, 1996. Freire, P. Pedagogy of the city. New York. USA: Continuum Publishing Company, 1993. Grossi, G. P. Revista Escola - Edição Especial - Julho 2008. Grandes Pensadores. Paulo Freire. São Paulo: Abril Fundação Vitor Civita. p. 110-113. Hiyake, K. Review of the book Pedagogy of the City Toronto Canada. In: <http://www.oise.utoronto.ca/ legacy/research/edu20/home.html?cms_page=edu20/home.html>. Smith, M. K. Paulo Freire and Informal education. The encyclopedia of informal education, 1997-2000. In: <http://www.infed.org/thinkers/et-freir.htm>. Wikipedia, the free encyclopedia. Paulo Freire. In: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire>.

Manual de Formação Continuada – 151


Maria Montessori Maria nasceu em 1870 em Chiaravalle, norte da Itália. Ela estudou medicina em Roma e foi a primeira mulher da Itália a se formar em medicina. Ela direcionou sua carreira para a área da psiquiatria. Em 1907, Montessori se interessou por crianças com retardo mental, especialmente em um projeto de habitação nas favelas de Roma. Por essa causa, ela trabalhou com crianças normais e se formou em Pedagogia, Antropologia e Psicologia. Como resultado desse interesse, ela começou as ‘Casas dei Bambini’ (Casa das crianças). Em 1909 iniciou o treinamento de professores. Em 1912 escreveu um livro que foi traduzido para o inglês com o título “‘O método de Montessori”. Em 1919 fez o treinamento para 250 pessoas, no entanto, 2.000 fizeram inscrição para o curso. O método espalhou-se para a Europa e depois para a Índia e para o Paquistão. Em 1922 o governo Italiano nomeou-a como inspetora-geral das escolas. Maria Montessori morreu em 1952, na Holanda. O Método As crianças são divididas em 3 faixas etárias: 0-3 anos, 3-6 anos, 6-12 anos. A base de sua teoria era: liberdade, individualidade e atividade. Educar para a vida. A ideia era que as crianças fossem colocadas em 3 grupos. Os maiores ajudando os menores. Cada criança podia trabalhar em seu próprio ritmo, e as salas não deviam ter um ambiente de competição. O professor O professor deveria trabalhar mais como um observador que só intervém quando necessário. Ele devia criar um ambiente alegre, calmo, ordeiro; seu trabalho era o de encorajar e ajudar. Entretanto, só deveria ajudar a criança a adquirir autoconfiança e autodisciplina. Nas aulas das crianças menores, o trabalho do professor deveria ser mais ativo, porque ele precisava usar mais materiais e apresentar atividades baseadas na avaliação daquilo que a criança necessitava. O professor aprendia no treinamento a como observar construtivamente, quando devia intervir e a quantidade de intervenções. 3-6 anos Montessori cria que a criança desta idade tinha uma mente absorvente; ela acreditava na inteligência natural da criança. É nessa fase que a mente da criança tem habilidade de absorver muitas informações quer física, mental ou espiritual do ambiente onde mora. Para ajudar a criança a se construir, Montessori recomendou o trabalho individual com ela. Montessori desenvolveu atividades para cultivar na criança a habilidade de se expressar e pensar com clareza. 152 – Manual de Formação Continuada


Para ela, muitas das tarefas e dos materiais deveriam ser avaliados e corrigidos pela própria criança. O currículo de Montessori está dividido em: Vida Prática, Sensorial, Linguagem, Extensões da Cultura e Matemática. Vida Prática As crianças deveriam fazer algumas tarefas como parte do seu dia a dia. Ex.: lavar louças, arranjar flores, aprender boas maneiras, desenvolver coordenação, autodisciplina. As crianças deveriam aprender a trabalhar com uma mesma tarefa, do começo até o fim; deveriam aprender a se concentrar e a ter autodisciplina. Sensorial Para Montessori, a criança deveria usar os 5 sentidos para observar as propriedades físicas e para aprender a classificar materiais e colocá-los em ordem. Linguagem É permitido à criança descobrir, explorar linguagem e, como uma coisa natural, começar a ler e a escrever. A alfabetização não é ensinada a ela. Ela brinca com materiais que têm palavras, desenhos, etc. Ela usa muitas poesias, músicas, histórias pequenas, tudo com ilustrações. Muitos livros com palavras bem simples, com ilustrações para cada palavra. Ex.: livro de abc, animais na fazenda, etc. Extensões culturais As crianças estudam: geografia, história, biologia, arte e música, que são apresentadas como extensões da linguagem e atividade sensorial. Matemática A criança trabalha com materiais de matemática (como blocos, etc.) que a ajudam a aprender e a entender os conceitos de matemática de uma maneira concreta. Este método constrói um alicerce sólido para que, baseado nestas práticas, a criança possa construir conceitos de matemática mais complexos, no futuro. Tome Nota Responder às seguintes perguntas: 1. Como esta maneira de ensinar nas pré-escolas pode influenciar o ME/MF no PEPE? 2. O que pode ser útil nos PEPEs? 3. Quais partes podem ser usadas? 4. Quais partes você não concorda e por quê? 5. Planejar uma aula usando estas maneiras de ensinar.

Bibliografia Grossi, G. P. Revista Escola. Edição Especial, Julho 2008. Grandes Pensadores. Maria Montessori. p. 6567. São Paulo: Abril Fundação Vitor Civita. p. 110-113. Lillard, P. P. Montessori A Modern. Approach, New York USA Schocken Books Inc., 1972. Montessori Education Association Montessori Internationale, In: <http://www.montessori-ami.org/>.

Manual de Formação Continuada – 153


Reggio Emilia Depois da 2ª Guerra Mundial, numa vila/cidade do norte da Itália, começou uma pré-escola que iria ajudar a eliminar o fascismo (política e crença de direita e totalitária). Foi instituída pelos pais e a comunidade de Reggio Emilia, com um professor, Loris Malaguzzi (que dedicou sua vida para a filosofia conhecida como o “Modo de usar os métodos Reggio Emilia”). Para ajudar a reconstruir sua sociedade após a 2ª Guerra Mundial, esse grupo quis formar uma educação para seus filhos baseada nos princípios de: respeito, responsabilidade, exploração e descobrimento, dentro um ambiente que enriquecesse os seus alunos.. Tipo de ensino Ele quis que: • a criança tivesse algum controle sobre a direção do seu aprendizado; • que ela pudesse aprender usando experiências de tocar, movimentar, escutar, ver e ouvir; • que ela pudesse ter relacionamentos. Ex.: amizade com outras crianças. Esse grupo queria que a criança tivesse permissão para explorar materiais e o mundo ao seu redor; que tivesse oportunidade de atuar e contribuir para o mundo; que tivesse muitas oportunidades e maneiras de se expressar, de sentir-se valorizada, amada e de ser ouvida e respeitada. A filosofia de Reggio Emilio não acreditava na ideia de que a criança era uma vasilha vazia que a professora precisava encher. Ela cria que a aprendizagem deveria fazer sentido, do ponto de vista da criança, e deveria ser interessante para ela. O currículo dava grande abertura às artes expressivas como: teatro, artes visuais e musicais, dança, histórias, brincadeiras. Projetos eram parte integral do currículo. O professor deveria seguir o interesse da criança e não possuía instrução ou forma de ensinar a ler ou a escrever. A avaliação era feita pela observação. As ideias de Malaguzzi refletiam alguns pensamentos de Dewey, Piaget Vygotsky & Bruner, mas ele rejeitou as etapas/estágios de Piaget como sendo limitadas demais. Outras partes importantes Parentes/comunidade Para ele, os pais ou responsáveis faziam parte da educação e deveriam ser muito respeitados pelo professor. A comunidade fazia parte integral do programa; sua participação era uma grande característica das escolas que adotaram o método Reggio Emilia. Ela participava dos encontros de pais e professores para discutir o curriculum. Sempre fazia parte dos dias comemorativos. A sociedade era sempre convidada a participar das aulas sobre a cultura, a região, a comunidade, o bairro e a cidade e a participar da vida da escola ajudando, indo aos passeios, etc. O prédio A parte que mais diferencia estas escolas são seus prédios. Eles estão cheios de plantas e janelas grandes para que toda a sala fique iluminada. Cada sala fica perto do pátio central onde também tem a área de vestir roupas diferentes para despertar a imaginação. As salas têm muitos espelhos. Os trabalhos das crianças ficam expostos nas paredes. 154 – Manual de Formação Continuada


Cada sala tem um ateliê grande, para grupos de crianças, e um menor, para trabalho individual ou grupos pequenos, uma vez que arte é uma grande parte da filosofia. Dentro do ambiente há muita textura, cores e plantas que ajudam e fazem uma ligação com o ambiente de fora, junto com o pátio. Fora deste ambiente, existe um espaço equipado com brinquedos e materiais, onde as crianças podem brincar. Bruner visitou as escolas em 1995. Ele falou que a pré-escola Reggio E. é um lugar especial onde os pequeninos são convidados a crescer em mente, sensibilidade e a pertencer a uma comunidade mais ampla (Jerome S. Bruner, 1998). Tome Nota Presentear o material, mas responder às seguintes perguntas: 1. Como esta maneira de ensinar crianças nas pré-escolas pode influenciar o ME/MF no PEPE? 2. O que pode ser útil nos PEPEs? 3. Quais partes podem ser usadas? 4. Quais partes você não concorda e por quê? 5. Planeje uma aula usando estas maneiras de ensinar. Os ME/MFs devem apresentar Freire, Montessori e Reggio ao grupo.

Bibliografia Bruner J. S. Ceppi, G. and Zini, M. Children Spaces Relations. Metaproject for an Environment for Young Children, published Reggio Children, 1998. The Reggio Emilia Approach to Early Education, Early Education Support. (1999) revised ed. (2006), Glasgow Scotland, Learning, Teaching, Scotland. Edwards, C. P. Three Approaches from Europe, Waldolf, Montessori and Reggio Emilia. USA, ECRP Early Childhood Research & Pratice, 2002. In: < http://ecrp.uiuc.edu/v4n1/edwards.html>. Wikipedia. The free encyclopedia. Reggio Emilia. <http://pt.wikipedia.org/wiki/Reggio_Emilia_ (prov%C3%ADncia)>.

Manual de Formação Continuada – 155


Autoavaliação - Paulo Freire, Montessori, Reggio Emilia 1. Escrever anotações sobre o seguinte: Paulo Freire:

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ Montessori:

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ Reggio Emilia:

________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 2. Qual método você mais gostou e por quê? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 3. Por que é importante aprender sobre estas maneiras de ensinar? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

156 – Manual de Formação Continuada


Paulo Freire, Montessori, Reggio Emilia Formulário de Planejamento dos Coordenadores Data: Local:

Tempo

Tema

Como

Recursos necessários

Responsável

Café da manhã Devocional e orações Registro/nomes Quebra-gelos/música Resumo do dia Reflexão em grupo

Perguntas

Estudo

Estudo

Em grupos, elaborar trabalho sobre Freire, Montessori e Reggio Apresentação dos grupos Almoço Apresentação dos grupos Discussão sobre o estudo Projeto pedagógico Avaliação Notícias para passar ao ME/MF ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

Manual de Formação Continuada – 157


Avaliação – Paulo Freire, Montessori, Reggio Emilia Data: Local: 1. Assinale a sua opinião com um “X” na frente de cada tema: Tema

Foi útil

Não foi útil

Por quê?

Reflexão em grupo Trabalho em grupo Apresentações dos grupos Discussão e estudo Projeto pedagógico 2. Dê sua opinião sobre o treinamento. ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 3. Houve alguma parte no treinamento que achou difícil de entender? Se sim, qual parte foi e por quê? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 4. Quais partes do treinamento foram apresentadas de maneira interessante e relevante? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 5. Qual parte do treinamento você achou menos relevante? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 6. Como as partes menos interessantes podem ser melhoradas? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 7. Na sua opinião, qual aspecto do treinamento será mais útil? Por quê? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 8. Avalie o treinamento pontuando-o de 1 a 10 (sendo 10 a pontuação mais alta e 1 a mais baixa). ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 158 – Manual de Formação Continuada


17. Educação Cristã Lembrete: Quebra-gelos ou músicas:

Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MFs vão aprender e o porquê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MFs aprendam? Pensar, criar e experimentar atividades para usar com as histórias bíblicas. Pequenos grupos 1. O que você quer que as crianças aprendam em Educação Cristã? 2. Como você vai ensinar? 3. Qual é a melhor maneira de começar a ensinar Educação Cristã? Grande Grupo O que a Bíblia fala sobre crianças? a) Crianças no templo, depois que Jesus expulsa os trocadores do dinheiro. b) Vem a mim. c) Reino de Deus.

O currículo Educação Cristã Esta é uma área muito importante que deve permear todas as outras. É parte importante no processo da educação das crianças no PEPE. É muito importante que as crianças descubram que Deus é o amigo com quem elas podem conversar e em quem podem confiar, que ele está vivo e sempre junto delas para proteger e ajudar nos momentos difíceis. Deus é o criador do mundo e as crianças são muito especiais para ele. As crianças desta idade têm a habilidade de entender o evangelho desde que seja explicado na linguagem delas, com palavras simples e contextualizadas à sua realidade. Elas precisam de uma base bíblica; então, é melhor começar no início da Bíblia e contar as histórias. Ex.: Adão e Eva, Arca de Noé, etc. incluindo o plano da salvação. • Descobrir quem é Deus/Jesus; ele é o melhor amigo. • Conhecer o plano da salvação. • Ter confiança em Jesus/Deus. • Aprender que Deus criou o mundo. • Descobrir que elas são muito especiais para Deus. • Começar a aprender as histórias principais da Bíblia, para dar alicerce. • Princípios bíblicos. Manual de Formação Continuada – 159


• Ter firmeza nas histórias da Bíblia. • Entender e aprender a verdade das festas principais como Natal e Páscoa. • Aprender a expressar a Fé por meio de orações. Como ensinar Educação Cristã: com muito preparo e oração, com a Bíblia, com sua vida e exemplo, versículos, histórias bíblicas. Utilizando vários recursos e materiais (teatro, música, fantoche, cenários, objetos para ilustrar, etc.). Aplicando sempre à vida e ao contexto das crianças. Juntos, olhar e explicar o conteúdo. Conteúdo 1ª Ano ‑ Antigo Testamento Criação ¦ Adão e Eva Noé ¦ Abrão deixa seus pais José ¦ Moisés 10 mandamentos ¦ Gideão Rute ¦ Samuel 2ª Ano ‑ Novo Testamento Nascimento de Jesus Jesus quando criança João Batista e o batismo de Jesus Jesus e os discípulos Zaqueu e a árvore ¦ Mateus Milagres Homem paralítico O homem cego ¦ Filha de Jairo Alimentando 5.000 ¦ Sogra de Pedro Jesus curou o servente do soldado Jesus acalma o mar Homem paralítico e os 4 amigos A mulher Jesus anda sobre o mar

Davi ¦ Davi e Golias Elias e o corvo ¦ Raabe e Jezabel Eliseu e o óleo da viúva ¦ Daniel Jonas

Parábolas O semeador A moeda perdida A ovelha perdida O filho pródigo O bom samaritano As duas casas O homem rico A mulher Samaritana Ensinos de Jesus A oração do pai-nosso Páscoa Crucificação e a ressurreição Ascensão ¦ Pentecostes O milagre na porta do Templo Conversão de Paulo Viagens de Paulo

Grande Grupo Sugestões de atividades para os ME/MFs e coordenadores adicionarem mais ideias. Escolher algumas atividades e explicar; depois, distribuí-las aos pequenos grupos para fazerem e apresentarem aos outros. Lembrar as coisas mencionadas no currículo que devem ser sempre parte de educação cristã. É muito importante enfatizar às crianças o quanto Deus as ama e se importa com elas.

160 – Manual de Formação Continuada


Pequenos grupos Dividir os ME/MFs em grupos e distribuir ideias para cada grupo preparar. Exemplo: 1º grupo: Moisés e as 10 pragas (fazer sapos, um grande rio, córregos, poços com tinta vermelha, etc.) 2º grupo: Jonas (fazer um grande peixe, um barco, o mar, etc.).

Ideias para trabalhos manuais de Educação Cristã Antigo Testamento Criação: Livro: você é muito especial; fazer uma árvore; fazer uma cobra. Noé: Com um grande grupo de crianças, fazer uma grande arca; fazer uma pomba. Jacó: Fazer uma escada. José: Um casaco colorido; desenho da cadeia usando fósforos para fazer as grades. Nascimento de Moisés: Fazer uma cesta. Moisés e as 10 pragas: Fazer sapos; fazer um rio, córregos, poços com tinta vermelha. Moisés e os 10 mandamentos: Fazer uma placa com os 10 mandamentos. Moisés no deserto: Fazer um pássaro. Josué: Fazer muros. Sansão: Fazer um personagem com muito cabelo. Gideão: Experiência com algodão e vapor; tochas. Rute: Fazer mapa sobre a viagem de Rute e Noemi. Samuel: Fazer o casaco de Samuel. Davi: Fazer uma ovelha com algodão. Davi e Golias: Fazer 2 pessoas: uma grande e outra menor. Elias: Elias e o corvo. Eliseu e o óleo da viúva: Fazer um vaso de azeite. Daniel: Fazer uma máscara. Jonas: Fazer um grande peixe. Novo Testamento Nascimento de Jesus: Fazer uma manjedoura. Jesus quando criança: Fazer um templo de caixa de papelão ou cartão (sucata). João Batista: Desenho. O Batismo de Jesus: Fazer uma pomba. Jesus e os discípulos: Fazer 12 discípulos juntos. Zaqueu e a árvore: Fazer uma árvore usando folhas secas; Zaqueu desce da árvore (ver papel); Árvore de papel. Mateus: Impressos de moedas; utilizar lápis de cera para fazer impressão da moeda no papel. Milagres O homem cego: Jogos com olhos vendados - Uma criança de olhos vendados tenta achar outra criança. Saco de tato – Coloque objetos dentro de um saco. As crianças precisam adivinhar qual é o objeto, sem vê-lo. Filha de Jairo: Fazer uma cama e a menina em papel (ver moldes). Alimentando 5.000: Fazer os pães e peixes com massa. Sogra de Pedro: Fazer uma cama usando uma caixa de leite. Você pode cobrir com papel e pintar. Faça a sogra de Pedro utilizando papel ou um pegador de pano. Manual de Formação Continuada – 161


Jesus curou o servente do soldado: Fazer uma peça. Jesus acalma o mar: Fazer o mar, utilizando recortes de revista (azul); fazer o barco de dobraduras. Homem paralítico e os 4 amigos: Fazer a cama e a casa com sucata. Uma mulher com a mão paralítica: Desenho das mãos. Jesus anda sobre o mar: Fazer uma peça e sons. Parábolas O semeador: Numa bandeja, colocar areia, pedras e terra e plantar sementes. A moeda perdida: Papel redondo ou prato de papel, desenhar o rosto e colocar moedas na testa feitas de papel brilhante ou de papel-alumínio. A ovelha perdida: Fazer uma ovelha e cobrir com algodão. O filho pródigo: Fazer um porquinho comendo milho. Aplique o milho (in natura) com cola. O bom samaritano: Fazer rochas e uma trilha numa bandeja de areia (as crianças poderão fazer as rochas de papel amassado e pintado; usando caixas de cartolina poderão fazer um burro e uma vila). Encenar a história neste cenário. 2 casas: Cânticos com gestos; distribuir uma folha com uma casa desenhada para cada criança. Elas deverão colar pedaços de papel marrom na casa. O homem rico: Versículo sobre o tema e fazer uma peça. Mulher samaritana: Confeccionar o poço e o cenário. Ensinos de Jesus: Usar filme, versículos e teatro. A oração do pai-nosso: Ensinar sobre a oração. Limpando o templo e as crianças entram: Um desenho. Entrada em Jerusalém: Pintar o animal que Jesus montou; fazer uma folha de palma com papel. Última ceia: Fazer uma encenação da ceia da Páscoa, usando pão e suco; Crucificação e ressurreição: Fazer um jardim do Calvário e do Getsêmani. Jesus apareceu na praia: Fazer uma pintura com colagem de um foguete, colagem dos peixes numa rede. Tomé: Fazer um desenho sobre Tomé. Ascensão e Pentecostes: Fazer uma peça sobre Ascensão e Pentecostes. O milagre na porta do Templo: Fazer um homenzinho com papel. Conversão de Paulo: Fazer uma pintura de luz brilhante. Viagens de Paulo: Fazer um mapa das viagens. Grande Grupo Cada grupo apresenta o material confeccionado e: • explica como fazer; • explica qual história bíblica usou.

162 – Manual de Formação Continuada


Autoavaliação - Educação Cristã 1. Porque é importante ajudar as crianças a pensar em Deus como um amigo? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

2. O que aconteceu com as crianças no templo depois que Jesus expulsou os trocadores de moedas? - Veja no Evangelho de Mateus. ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

3. Preparar uma aula com uma história bíblica. ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

Manual de Formação Continuada – 163


Educação Cristã Formulário de Planejamento dos Coordenadores Data: Local:

Tempo

Tema

Como

Café da manhã Devocional e orações Registro/ Nomes Resumo do dia Quebra-gelos/música Reflexão em grupo

Perguntas

Estudo

Estudo

Brincadeira Em grupos pequenos, fazer atividade Almoço Apresentar a atividade Projeto pedagógico Teste e avaliação Conclusão

164 – Manual de Formação Continuada

Recursos necessários

Responsável


Avaliação – Educação Cristã Data: Local: 1. Assinale a sua opinião com um “X” na frente de cada tema: Tema

Foi útil

Não foi útil

Por quê?

Reflexão em grupo Trabalho em grupo Apresentações dos grupos Discussão e estudo Projeto pedagógico 2. Dê sua opinião sobre o treinamento. ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 3. Houve alguma parte no treinamento que achou difícil de entender? Se sim, qual parte foi e por quê? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 4. Quais partes do treinamento foram apresentadas de maneira interessante e relevante? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 5. Qual parte do treinamento você achou menos relevante? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 6. Como as partes menos interessantes podem ser melhoradas? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 7. Na sua opinião, qual aspecto do treinamento lhe será mais útil a longo prazo? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 8. Avalie o treinamento pontuando-o de 1 a 10 (sendo 10 a pontuação mais alta e 1 a mais baixa). ________________________________________________________________________________ _______________________________________________________________________________ Manual de Formação Continuada – 165


18. Cuidando dos cuidadores Lembrete: Quebra-gelos ou músicas:

Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MFs vão aprender e o porquê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MFs aprendam? Pensar e discutir como os ME/MFs se cuidam. Pequenos grupos 1. Quais são as áreas que você precisa cuidar para ter uma vida saudável e equilibrada. 2. Explicar como poderá conseguir isso.

Grande Grupo Discutir os resultados. Uma vida saudável 1. Uma vida saudável é essencial e importante para os ME/MFs. 2. Uma vida saudável ajuda os ME/MFs a gostarem de seu trabalho. 3. É importante que o ME/MF seja saudável para não passar doenças para as crianças. a) Física (saúde): dieta, higiene, cuidando das costas, protegendo as costas, protegendo sua voz por meio de exercícios. b) Mental. c) Emocional. d) Espiritual. e) O que o ME/MF precisa saber sobre Stress: • sintomas; • passos para achar soluções que podem ajudar com o stress; • ideias para administrar situações bem estressantes; • maneiras de relaxar. f) Relaxamento. g) Maneiras de resolver conflitos ou problemas.

166 – Manual de Formação Continuada


Pequenos grupos O que eles acham que os ME/MFs devem fazer para cuidar das partes: física, mental emocional, espiritual, bem como do stress e relaxamento: • dar a cada grupo uma grande folha de papel, de modo a permitir que nela sejam anotadas as ideias de todos os grupos; • cada grupo receberá um destes papéis e o assunto a ser discutido. Ex: físico, mental, emocional, espiritual, stress, relaxamento; • cada grupo precisa escrever as ideias sobre o assunto que discutiu; • os grupos trocarão de papéis entre si e neles adicionarão outras ideias. Este rodízio deverá acontecer até que todos os assuntos sejam discutidos por todos os grupos. Grande Grupo Discutir os papéis grandes, onde foram anotadas as ideias, e depois distribuir as partes A-G para os pequenos grupos a fim de prepararem e apresentarem.

A. Saúde Física Para ter uma vida saudável na parte física é bom seguir as regras abaixo: Cuidar de sua saúde: Dieta saudável Ajuda seu corpo a adquirir defesas naturais contra doenças. Aumenta seu sistema imunológico. Pode-se fazer isso tomando as seguintes providências: 1. comer muitas frutas e legumes porque as vitaminas e os sais minerais ajudam seu corpo a se proteger contra doenças; 2. consumir bastante peixe, pois os óleos que estão dentro de peixes oleosos como salmão, atum, sardinha, também ajudam na imunidade; 3. beber bastante água; 4. dormir o suficiente; 5. fazer exercícios porque isto também ajudará a aumentar a imunidade. Higiene Uma boa higiene lhe ajudará a evitar gripes, tosse, infecções no intestino, etc. Para uma boa higiene: 1. lavar as mãos várias vezes por dia, especialmente antes de comer, após usar o banheiro e ao sair do PEPE; 2. ensinar as crianças a lavar as mãos efetivamente, da forma correta; 3. você e as crianças devem ter tempo, dentro da rotina, para lavar as mãos várias vezes; 4. lavar e desinfetar os brinquedos regularmente; 5. sempre verificar que as toalhas de secar as mãos estejam limpas.

Manual de Formação Continuada – 167


Cuidar de suas costas O ME/MF poderá prejudicar as costas porque sua rotina diária demanda diversos movimentos como: abaixar-se muitas vezes para falar com as crianças, curvar-se sobre as mesas e cadeiras pequenas, mudar a direção do corpo de várias maneiras, participar dos jogos, etc. O exercício de alongamento poderá auxiliar na prevenção de problemas. Maneiras de cuidar das costas: 1. manter uma boa postura, mantendo a cabeça erguida e os ombros relaxados; 2. lembrar-se de fazer um alongamento quando estiver tenso; 3. abaixar-se ao lado da criança ao invés de se curvar. Proteger a voz Muitos ME/MFs têm problemas com a voz porque falam com as crianças o tempo todo. Procure cuidar de sua voz. Para isso, siga as seguintes recomendações: 1. procurar usar a voz em tom mais baixo, ao invés de gritar; 2. lembrar-se constantemente de abaixar a voz; 3. pedir às crianças para ficarem quietas quando você estiver falando com elas; 4. usar um sinal para acenar em que momento elas devem ficar quietas. Ex.: batendo palmas ou fazendo um ritmo com um instrumento de sucata; 5. procurar usar os sinais das mãos quando for possível. Exercícios Exercícios não precisam ser feitos dentro de uma academia; você pode melhorar seu equilíbrio, esforço, força, flexibilidade, ao fazer exercícios como: andar, limpar a casa, o quintal e o jardim. Andar é um exercício muito bom, ajuda a aliviar a tensão, dormir melhor, queimar calorias, ficar mais flexível, ser mais saudável, evitar a depressão, aumentar a energia e a agilidade, especialmente se você fizer o alongamento primeiro. Procure andar um pouco a cada dia, ou 3 ou 4 vezes por semana. Andar com um amigo, ou até mesmo andar no shopping Center, é melhor do que nada.

B. Emocional Para ajudar na parte emocional é aconselhável proceder da seguinte maneira: • procurar ter suporte de amigos e da igreja; • ter confiança em seus coordenadores, lembrar-se sempre de que você é importante para eles; • ter alguma pessoa com quem você possa se aconselhar; • tentar não olhar ou pensar de maneira negativa; • ter objetivos; • tentar se conhecer e reconhecer suas emoções para que elas não controlem você; • dar atenção às emoções escutando-as, pois estão lá por alguma razão: podem ser negativas ou doloridas, mas elas são ferramentas para ajudá-lo a entender melhor o que está acontecendo. Ex.: raiva, inveja e culpa, são emoções que não queremos sentir, mas elas contêm uma importante mensagem para nós, e torna-se necessário tomar as providências necessárias.

C. Mental Para ter uma vida mental mais saudável é preciso: 168 – Manual de Formação Continuada


• • • • •

fazer coisas que você gosta e que irão ajudá-lo; participar de treinamentos e cursos que venham acrescentar maiores conhecimentos; voltar aos estudos, se for necessário; aprender a dizer não; ler livros, revistas, artigos, jornais e a Bíblia, pois, certamente, aprenderá muita coisa lendo; • aprender a delegar responsabilidades, não tentando fazer tudo sozinho.

D. Espiritual A vida espiritual é uma das partes mais importantes para um ME/MF. Para deixar sua vida espiritual mais saudável é necessário: • ter um tempo diário com Deus; • participar de estudos bíblicos; • frequentar regularmente uma igreja; • ser membro de uma igreja; • aprender o segredo de um tempo em silêncio com Deus; • ter suficiente conhecimento da Bíblia para ensinar Educação Cristã no PEPE; • ter chamado de Deus; • sentir que Deus o está acompanhando em tudo o que você faz todos os dias; • ter um relacionamento íntimo com Deus de forma que possa falar com Ele a qualquer hora, como a um amigo; • ler livros cristãos para receber inspiração; • ler livros sobre meditação e oração; • se for possível, participar de retiros, convenções, etc. da igreja.

E. Stress O Stress atrapalha nossa vida e pode acontecer com qualquer pessoa, mas, especialmente, àquelas que residem em grandes metrópoles como São Paulo, por causa do trânsito, das enchentes, etc, que demandam mais tempo para se chegar ao destino. Podemos aliviar grande parte do stress, no entanto, precisamos também aprender a conviver com ele.

Alguns Sintomas de Stress Físicos: 1. dificuldade em dormir ou distúrbios de sono; 2. sensação de cansaço, mesmo depois de uma boa noite de sono; 3. aumento de dores de cabeça; 4. dores gerais pelo corpo; 5. irritabilidade; 6. esquecimento das coisas; 7. aumento do ritmo cardíaco. Emocionais: 1. reação agressiva frente a um incidente ou a pequenas coisas; 2. respostas aos problemas de uma maneira muito emocional; 3. choro por motivo não aparente; 4. irritação além do normal. Manual de Formação Continuada – 169


Sintomas no comportamento: 1. aumento da necessidade de beber café, etc. 2. hábitos alimentares alterados ou perda do apetite – que podem causar má nutrição. Passos para conviver com o stress: • • • • •

conhecer os próprios sinais; identificar de onde veio o stress; procurar descobrir o que pode ser mudado e o que não pode; procurar se poupar; tomar medidas. Lembre-se: Problemas atrapalham nosso trabalho, nossa saúde e também causam ansiedade que, no futuro, poderão desencadear depressão. A melhor maneira de enfrentar um problema é achar uma solução.

Passos para achar soluções que podem ajudar com o Stress: • identificar o problema; • listar as soluções possíveis para este problema; • selecionar uma solução; • verificar como funciona; • escolher uma segunda solução, caso a primeira não tenha dado resultado; • discutir com colegas e amigos. Ideias para administrar situações estressantes na sala: • muito barulho pode ser bem estressante, então, primeiramente, faça as atividades que são mais barulhentas e, em seguida, as atividades mais quietas, como olhar os livros, ouvir uma história; • Peça às crianças para avaliarem o nível de barulho da sala nas diferentes atividades. . Ex.: silêncio - duas pessoas juntas; barulho - grupo, recreio; Faça um registro, marcando as avaliações das crianças em um cartaz; • Na roda da conversa, converse com as crianças sobre os danos/dificuldades que o barulho demasiado pode causar; • se o barulho aumentar demais brinque de “estátuas” e veja quanto tempo elas conseguem ficar quietas como estátuas. Estressado com uma criança desobediente Aja da seguinte maneira: 1. para não ficar bravo, pare e responda racionalmente e não emocionalmente; 2. respire profundamente e dê à criança uma alternativa e as consequências da desobediência; 3. pode dizer para a criança: Você tem uma escolha, você pode parar agora ou...; 4. lembre-se de que gritar não funciona. Isso só trará stress para você e para a criança; 5. Não se esqueça de que você é o adulto, ela é a criança. Maneiras de relaxar: • pratique atividades físicas; • durma bem; • programe atividades recreativas (ver parte relaxamento); 170 – Manual de Formação Continuada


• faça uma massagem; • elabore uma lista das coisas que estão preocupando você (isso vai ajudar a não pensar no problema a toda hora); • tome uma xícara de chá, ex.: camomila; • converse e saia com os amigos para se divertir; • peça ajuda; • faça alguns exercícios respiratórios, especialmente durante o dia; • evite conflitos, pois fazem mal à saúde, ao trabalho e à vida espiritual; portanto, procure sempre resolvê-los. F. Relaxamento: • reserve um tempo para você; • busque encontrar tempo para ler, assistir vídeos, filmes, TV (programas saudáveis), ouvir música; • reserve tempo para ficar com sua família; • reserve tempo para ficar com seus amigos; • reserve tempo a fim de fazer coisas que você gosta: jogos, atividades manuais como costura, pintura, arte, música; • reserve um tempo para passear (em shoppings ou passeios a parques e a museus, etc.); • reserve um tempo para viajar. G. Maneiras de resolver conflitos ou problemas: • • • • • • • • • •

examinar seus motivos; peça a Deus que lhe ajude a controlar seus sentimentos; certifique-se dos fatos certos sobre o conflito ou problema; trate pessoalmente do assunto; faça perguntas, mas sem alegações; seja honesto e específico; tenha sempre boas maneiras e fique calmo; adquira o direito de ser ouvido; seja humilde; persevere até o problema ser resolvido.

Para ser um bom ME/MF é necessário estar bem esclarecido sobre os seguintes assuntos: 1. 2. 3. 4. 5. 6.

saber qual é seu papel/função e o que você deve fazer; resolver qualquer discórdia; aceitar e acreditar nas mesmas coisas que a sua organização crê; conhecer a organização e como ela funciona; conhecer as pessoas que trabalham na organização e sua escala hierárquica; aprender a delegar tarefas.

Pequenos grupos Apresentação dos materiais.

Manual de Formação Continuada – 171


Grande Grupo Discutir cada parte. Pequenos grupos Em grupos, discutir como você vai conseguir se cuidar: 1. estudando a Bíblia, orando e cuidando da parte espiritual; 2. praticando alguma atividade física; 3. buscando equilibrar-se emocionalmente; 4. fazendo relaxamento; 5. encontrando técnicas para não se estressar; 6. colocando no papel os conflitos que tem para resolver; 7. prestando atenção na saúde. Planeje sua semana, separando tempo para cuidar de si mesmo e anote no papel de Planejamento Pessoal, que está na próxima página. Especifique dia e hora para as atividades. Grande Grupo Ouvir e discutir as resultados da discussão e planejamento.

Bibliografia Nursery Education Magazine. Issue Number 114. Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. October 2008. YMCA manual via Viva network. <http://www.viva.org> Family Caregiving Alliance. The Canadian Women’s Health Network. CWHN Resources. Ressources RCSF.

172 – Manual de Formação Continuada


Planejamento Pessoal Coloque horas

Domingo

Segunda

Terça

Quarta

Quinta

Sexta

Sábado

Manhã

Tarde

Noite

Marcar na tabela o horário para as seguintes atividades: 1. 2. 3. 4. 5. 6.

estudar a bíblia e orar; praticar alguma atividade física; cuidar-se na parte emocional; fazer alguma atividade que você gosta; fazer coisas que lhe ajudam a ficar menos estressado; frequentar a igreja (cultos, estudos bíblicos, Escola Dominical), etc.

Autoavaliação - Cuidando dos cuidadores 1. Quais são as coisas importantes para ter uma vida saudável: ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

Manual de Formação Continuada – 173


2. Quais são os sintomas de stress: ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

3. Como encontrar soluções para ajudar alguém com stress: ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

*Distribuir as autoavaliações antes dos estudos

174 – Manual de Formação Continuada


Cuidando dos cuidadores Formulário de Planejamento dos Coordenadores Data: Local:

Tempo

Tema

Como

Recursos necessários

Responsável

Café da manhã Devocional e orações Registro/ Nomes Resumo do dia Quebra-gelos/música Reflexão em grupo

Perguntas

Estudo

Estudo

Brincadeira Em grupos pequenos, fazer as atividades sobre como se cuidar Almoço Apresentar a atividade Em grupos pequenos, discutir como cada um vai se cuidar Projeto pedagógico Teste e avaliação Conclusão

Manual de Formação Continuada – 175


Avaliação – Cuidando dos cuidadores Data: Local: 1. Assinale a sua opinião com um “X”. Tema

Foi útil

Não foi útil

Por quê?

Reflexão em grupo Trabalho em grupo Apresentações dos grupos Discussão e estudo Projeto pedagógico 2. Dê sua opinião sobre o treinamento. ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 3. Houve alguma parte no treinamento que achou difícil de entender? Qual parte foi e por quê? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 4. Quais partes do treinamento foram apresentadas de maneira interessante e relevante? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 5. Qual parte do treinamento você achou menos relevante? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 6. Como as partes menos interessantes podem ser melhoradas? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 7. Na sua opinião, qual aspecto do treinamento lhe será mais útil? Por quê? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 8. Avalie o treinamento pontuando-o de 1 a 10 (sendo 10 a pontuação mais alta e 1 a mais baixa). ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 176 – Manual de Formação Continuada


19. Matemática Lembrete: Quebra-gelos ou músicas:

Utilizar o benefício de quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MFs vão aprender e por quê.

Objetivos do treinamento:

Apresentar aos ME/MFs as melhores formas de introduzir a matemática no PEPE, e também a descobrir as melhores maneiras para facilitar a aprendizagem da criança.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MFs aprendam? Que matemática pode ser divertida e fácil de explicar para as crianças.

Introdução O PEPE deve prover que as crianças aprendam os conceitos básicos da matemática utilizando-se das atividades do dia a dia. O entendimento da matemática deve ser desenvolvido por meio de histórias, cânticos, jogos e brincadeiras que utilizem a imaginação, incentivando as crianças a usarem e a experimentarem os números. O que é um Currículo Um currículo é: • um programa de aprendizado; • a organização de um programa de estudos; • o conteúdo e o processo do aprendizado; • um plano para certo curso ou séries de cursos; • o conteúdo que dá o conhecimento que você quer que a criança aprenda; • conteúdo de um conjunto de conhecimentos; • um programa de atividades. Pequenos grupos Anotar em um papel as partes da matemática que os ME/MFs julgam que as crianças precisam aprender.

Grande Grupo Estudar o currículo.

Manual de Formação Continuada – 177


Currículo de matemática Objetivos: • • • • • • • • • • • • • • • • •

conhecer as cores; dizer e usar nomes dos números em ordem e em maneira familiar; contar com confiança 1-10 objetos do dia a dia; reconhecer números 1-9; familiarizar-se com outros números que fazem parte do dia a dia como: números do calendário, número de crianças na classe, número do ano; predizer (fazer estimativas) de forma bem simples; experimentar, brincar e desenvolver habilidades de classificar, colocar em ordem, combinar; começar a desenvolver ideias e métodos de matemática para resolver problemas simples, de acordo com a idade da criança; desenvolver linguagem de matemática simples e saber usá-la; usar a linguagem “mais” ou “menos” para comparar dois números; começar a entender o que é adicionar ou subtrair dois números; usar linguagem: maior, menor, pesado, leve para comparar quantidades; falar sobre reconhecer e recriar motivos decorativos e sequências; usar linguagem como “círculo grande” para descrever sólidos e formas; usar linguagem simples para descrever posições; entender o que são medidas e experimentá-las com peso, tamanho, volume e comprimento; começar com o conceito de tempo como: dias da semana, estações e horas. Pequenos grupos Dividir entre os grupos os itens de 1 a 16. Podem ser entregues 4 ou 5 itens para cada grupo: 1. cores; 2. classificar e separar; 3. comparar; 4. comparar um objeto com o outro; 5. modelos de motivos decorativos; 6. sequência: usar lego, etc.; 7. números: usar objetos, mostrar números com tampas de embalagens; 8. ordem;

9. medida; 10. tempo; 11. predição/estimativa; 12. posições; 13. volume; 14. linguagem da Matemática; 15. jogos; 16. adicionar e subtrair; 17. outras maneiras de ajudar a criança a entender matemática.

Deixe-os planejarem as atividades para cada parte. Dê as ideias para cada grupo.

178 – Manual de Formação Continuada


Ideias para usar a linha de desenvolvimento para números 1. Conhecer as cores: • atividades com cores (lego); • desenhos com cores; • jogos com cores. 2. Classificar e separar: • deixar que elas escolham o material à vontade. Ex.: lego, tampas de garrafas; • depois, determinar as categorias; • cores; • formas: redondo, quadrado; • textura: macio, duro, áspero; • tamanhos: grande, pequeno, alto, baixo; • magro, gordo; • brinquedos. 3. Comparação Comparar a altura de um objeto com outro: 1. montar uma torre de blocos e compará-la com outra; 2. identificar qual é a mais alta; 3. identificar qual é a mais baixa; 4. distinguir grande X pequeno, maior X menor; 5. distinguir comprido X curto; 6. identificar coisas que são iguais; 7. distinguir mais gordo X mais magro. 4. Correspondência A) Corresponder um objeto ao outro: • dar um objeto à criança e deixá-la achar um objeto correspondente a ele; • usar a memória para localizar onde está o cartão correspondente ao outro; • corresponder folhas; • corresponder utilizando sombras. B) Corresponder um a um: • um prato ou xícara para cada criança. 5. Modelos de motivos decorativos Copiar um motivo decorativo. Depois, fazer um motivo decorativo com: • pontinhos;

• bolinhas;

• linhas;

• ondas, etc. Manual de Formação Continuada – 179


6. Sequências 1. Colocar blocos em sequência começando com 2 cores e depois 3, 4, etc. 2. Fazer um colar de macarrão colorido ou rolos de revista. Colocá-los em sequência; 3. Fazer flores de papel em 3 cores e um colar em sequência; 4. Desenhar sequências; 5. Pintar sequências; 6. Colocar tampas de garrafas em sequência. 7. Números: • contar as crianças do PEPE; • quantos meninos e quantas meninas; • itens na sala; • dedos; • quantos anos tem; • quantas batidas de palmas. Começar a usar os números de 1-5, utilizando coisas concretas como: blocos, crianças, itens na sala. • Fazer conjuntos de 1, 2, 3, 4, 5 elementos. • Usar tampas de garrafas para ensinar com números e numerais. • Jogos com numerais escritos no chão. • Jogos onde as partes do corpo representam um número. • Desenhos com numerais. • Desenhos com numerais e cores. • Começar a conhecer os números por escrito. • Após aprender bem a sequência de 1-5, aprender de 5-10. • Fazer contas. • Familiarizar-se com outros números que fazem parte do seu dia e dia, como: • números do calendário; • número de crianças na classe; • número do ano. A) Começar a escrever os numerais. B) Ordem • Colocar os objetos em ordem. • Colocar as bonecas em ordem, de acordo com sua altura. • Colocar as crianças em ordem; as mais baixas em primeiro lugar. 180 – Manual de Formação Continuada


• Colocar por ordem de idade. • Colocar os carros em ordem, de acordo com o tamanho. C) Medir • Comprimento, altura das crianças, livros, mesas, etc. • Volume: quantos copos de água enchem uma garrafa? • Vazio, cheio. • Peso: pesado/leve. D) Tempo Familiarizá-las com dias, semanas, meses. Comece com as horas, usando as horas do café da manhã, do almoço, do jantar e depois coloque a noção do tempo: Hoje, amanhã, ontem... Atividades: aprendendo sobre minuto. Quantos minutos você leva para fazer uma torre com 15 blocos de lego? Quantos minutos você leva para escrever seu nome? Numa roda de conversa, fechar os olhos e levantar a mão quando sentir que já se passou 1 minuto. Coloque os dias da semana na ordem certa. Escreva os dias da semana em papéis separados (um para cada dia). Escolha 7 crianças e dê um papel a cada uma delas. Peça às outras crianças para colocarem estes amiguinhos em fila, na ordem da semana, começando pelo domingo. Mostrar o relógio. Verificar se elas reconhecem os números. Começar com 1 hora, 2 horas, 3 horas, etc. Ensinar os dois números novos: 11 e 12. Os minutos deverão ser ensinados somente depois que as crianças estiverem bem familiarizadas com as horas. 8. Predição/Estimativa Estimar a quantidade de pessoas na sala e quantas cadeiras estão no círculo. Mostrar uma quantidade de tampas de garrafa de refrigerante e perguntar quantas há. 9. Posições • em cima, embaixo;

• dentro, fora;

• atrás, na frente;

• à direita, à esquerda;

• ao lado, próximo. 10. Volume • cheio; • meio cheio; • vazio. Manual de Formação Continuada – 181


11. Linguagem da Matemática • nomes dos números; • posições: baixo, dentro, etc; • quantidade: menos, mais, etc; • comprimento, altura, volume, etc; • medidas: alto, baixo, pesado, leve, cheio, vazio. 12. Jogos • Memória • Jogos com números • Brincadeiras com números • Posições • Amarelinha • Jogos em círculos com bolas • Jogos com cordas • Jogos com dado • Dominó Exemplos: Partes do corpo Nesta brincadeira, cada parte do corpo representará o nº 1 (ou 1 unidade); por exemplo: testa = 1; mão direita = 1; mão esquerda = 1; pé direito = 1, etc.... Todas as crianças deverão estar em pé. O ME/MF dirá “- nº2” e as crianças deverão “mostrar” o nº2 encostando 2 partes do seu corpo no chão. Por exemplo: 1 mão e 1 pé; 2 pés; 1 joelho e 1 pé, etc. O ME/MF dirá: “- nº 3” e as crianças poderão mostrá-lo colocando: 2 pés e 1 mão; 1 pé e as 2 mãos; 1 cotovelo e os 2 pés; 2 joelhos e 1 mão, etc.... e assim sucessivamente, fazendo diversas combinações com o corpo, mostrando os números que o ME/MF disser. Tique-taque • Fazer uma roda com as crianças. • ME/MF e as crianças falam “tique-taque”. • Quando o ME/MF falar “- 2 horas” as crianças pulam 2 vezes. • Voltam a falar “tique-taque”. • Quando o ME/MF falar: “- agora são 8 horas” as crianças pulam 8 vezes. • Continuar o “tique-taque”, mas, desta vez, uma das crianças pode ditar as horas. Amarelinha Pode ser usada para aprender números. • Desenhe uma amarelinha no chão (pode ser com giz). 182 – Manual de Formação Continuada


• Pode ser usada para aprender números. • A criança joga a pedra na amarelinha e diz em qual número a pedra caiu, depois, pula até o número. • Pode-se usar com formas; as crianças falam o nome da forma em que caiu a pedra e depois pulam até ela.

2 jogos Primeiro - Material: Música. • Separe algumas crianças e divida as restantes em 3 grupos, nomeando-os: grupo 1, grupo 2 e grupo 3. • Toque a música. • Quando a música parar, diga o número do grupo para o qual as crianças que foram separadas devem ir. Segundo - Material: Música, números que são colocados no chão. • Toque a música. • Quando a música parar, diga o número para o qual as crianças devem ir.

13. Adicionar e subtrair • Começar a introduzir a adição e a subtração com ideias simples, usando as crianças como exemplo. • Se temos 2 crianças e vem mais uma, quantas ficam? • 2 crianças + 1, contar de novo = 3 crianças. • Se temos 3 crianças e uma vai embora, quantas crianças ficam? 3 - 1 = 2 crianças. a) Adicionar objetos ao conjunto para fazer um conjunto de 5. b) Combinar objetos: 1 e 1 fazem 2; 1 e 2 ou 1 e 1 e 1 fazem 3. c) Combinar objetos: 2 e 3 ou 4 e 1 fazem 5; 2 e 2 ou 3 e 1 ou 1 e 1 e 1 e 1 fazem 4. Outras maneiras de ajudar a criança a entender matemática Cânticos, poesias, poemas, histórias. Grande Grupo Os pequenos grupos devem apresentar o material. Depois de cada apresentação, o coordenador deve indicar as partes do treinamento que foram esquecidas.

Manual de Formação Continuada – 183


Bibliografia Fanner A. Early Years Matematics Pamphlet Maths on Display. Belair Publications Ltd., Twickenham UK. Hume B., Barrs K. Pound L., Cook L., Court J., Stevenson J., Wadsworth J. The Early Years A curriculum for young children, Mathematics. Harcourt Brace Jovanovich Publishers, London UK., 1992. Planning mathematics for infants. Cambridge University Press Cambridge UK. 1987. Sage S. The Learning Environment. The Value of Play, 1992. National Curriculum at Key Stage Fun. Primary Curriculum Support Team Hereford & Worcester. UK. Smole K. S., Diniz M. I, Candido P. Brincadeiras Infantis nas Aulas de Matemática. Art Médicas Editora. Porto Alegre, Brasil, 2000.

184 – Manual de Formação Continuada


Autoavaliação Como você deve ensinar matemática para crianças de 4 a 6 anos? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

Linha de Desenvolvimento O Assunto

Matemática Atividades

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17

Manual de Formação Continuada – 185


Matemática Formulário de Planejamento dos Coordenadores Data: Local: Tempo

Tema

Como

Café da manhã Devocional e orações Registro/ Nomes Resumo do dia Quebra-gelos/música Introdução sobre currículo Grupos pequenos

Refletindo sobre matemática

Estudar currículo Grupos pequenos planejando as apresentações Almoço Apresentações Teste e avaliação

186 – Manual de Formação Continuada

Recursos necessários

Responsável


Avaliação – Matemática Data: Local: 1. Assinale a sua opinião com um “X”: Tema

Foi útil

Não foi útil

Por quê?

Reflexão em grupo Trabalho em grupo Apresentações dos grupos Discussão e estudo Projeto pedagógico 2. Dê sua opinião sobre o treinamento. ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 3. Houve alguma parte no treinamento que achou difícil de entender? Qual parte foi e por quê? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 4. Quais partes do treinamento foram apresentadas de maneira interessante e relevante? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 5. Qual parte do treinamento você achou menos relevante? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 6. Como as partes menos interessantes podem ser melhoradas? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 7. Na sua opinião, qual aspecto do treinamento lhe será mais útil? Por quê? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 8. Avalie o treinamento pontuando-o de 1 a 10 (sendo 10 a pontuação mais alta e 1 a mais baixa). ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ Manual de Formação Continuada – 187


20. Brinquedos Lembrete: Quebra-gelos ou músicas:

Utilizar o quebra-gelo para facilitar a comunicação entre os participantes.

Nomes:

Cada participante deve usar um crachá com seu o nome.

Introdução:

Apresentação dos coordenadores e/ou pessoas que ministrarão as palestras.

Programa:

Explicar o que os ME/MFs vão aprender e por quê.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MFs aprendam?

A importância dos brinquedos.

Pequenos grupos Qual a importância dos brinquedos? Quais tipos de brinquedos devem ser usados no PEPE? 1. Levar em consideração a segurança da criança. 2. Levar em consideração a aprendizagem que o brinquedo pode propiciar à criança. 3. Levar em consideração a durabilidade dos brinquedos. Grande Grupo Discutir as respostas.

Estudo O coordenador pode apresentar o material para os ME/MFs ou dividi-lo entre os ME/MFs para o apresentarem. 1. Por que brinquedos são importantes para o aprendizado da criança? Brincar é muito importante para o desenvolvimento das crianças. É prazeroso e também ajuda no desenvolvimento criativo, cognitivo, emocional, social, na parte física (coordenação motora fina e grossa), na linguagem, na fala e no início do letramento. Durante o ato de brincar, a criança começa a desenvolver valores, sentimentos e a entender e interpretar o mundo ao seu redor. Cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento; Algumas se desenvolvem mais rapidamente, outras mais devagar. Brinquedos ajudam no desenvolvimento porque cada criança os usará como quiser. Brinquedos são uma parte importante no processo de aprendizagem e, se bem escolhidos, ajudam no desenvolvimento individual. Exemplos: Quando nenês estão crescendo, eles precisam de brinquedos para estimular a visão, a audição, o paladar e o tato. 188 – Manual de Formação Continuada


Quando eles se desenvolvem mais, precisam de brinquedos para manipular e ajudar na parte de coordenação da visão, com objetos, e na parte da coordenação motora fina. Ex.: blocos para construção. Com 2 e 3 anos, as crianças começam a gostar de brincadeiras criativas que também ajudam na parte social e na linguagem, usando brinquedos tais como bonecas, roupas para vestir, material de arte, lápis, tinta, etc. Com 4 e 5 anos, elas ainda precisam de materiais criativos. Ex.: tinta, pincel, cola, cartolina, etc., mas também precisam de brinquedos que as ajudem a resolver problemas e a tomar decisões. Ex.: quebra-cabeças, lego, etc. Com 5 e 6 anos, jogos com regras são importantes, especialmente jogos que auxiliam a interagir com outras crianças. Ex.: brinquedos, jogos de mesa, jogos com bolas, pulando corda, correndo. Estes ajudam as crianças a aprender cooperação, criatividade, controle emocional e pensamentos lógicos. 2. A importância dos brinquedos a) Recrear com brinquedos é uma atividade que se vê na história de todas as culturas. Brinquedos ajudam no bem-estar. b) Brinquedos têm um papel central no desenvolvimento social, porque eles ajudam as crianças a se relacionarem umas com as outras. c) Brinquedos encorajam a criança a brincar. d) Brinquedos ajudam as crianças no desenvolvimento social, emocional, físico e cognitivo. e) Brinquedos ajudam os ME/MFs a planejar e a montar áreas de interesse e atividades que envolvem o brincar, especialmente na área da fantasia, imaginação e criatividade. f) Brinquedos podem ser de uma grande ajuda, se forem escolhidos com cuidado, pensando na idade e cultura da criança e no que o adulto quer que a criança aprenda. Somente não se pode deixar de verificar a segurança do brinquedo (para não ocasionar acidentes) e do local onde a criança vai brincar. 3. Curiosidade e brinquedos Muitas vezes, esquecemos que as crianças são muito curiosas. Elas precisam fazer coisas para satisfazer a curiosidade ou aprender sobre as coisas ao seu redor. Por conseguinte, tanto podem aprender coisas que não são tão edificantes como aprender a fazer atividades que trarão benefícios para sua vida. Nesta parte, brinquedos podem ajudar e muito. Exemplos: É melhor um nenê ou uma criança pequena brincar com um brinquedo apropriado à sua idade do que escolher um objeto perigoso só porque ele enjoou do brinquedo ou tem curiosidade. Com um brinquedo seguro, ele pode aprender ou melhorar habilidades das quais irá precisar. Quando o adulto for escolher um brinquedo para a criança, é importante lembrar-se de que ela tem um curto tempo de concentração, por isso, precisa de atividades e de brinquedos que sejam atraentes e que despertem seu interesse. O ideal é que os brinquedos estimulem todos os cinco sentidos e encorajem as crianças a usar a criatividade e imaginação. Quando o brinquedo proporciona uma atividade que é prazerosa, a tendência é ela aprender mais ainda. O melhor brinquedo é o educativo, com os quais elas aprendem coisas que estimulam ou facilitam outra aprendizagem. Ex.: um brinquedo ou brincadeira com o qual elas possam aprender cores, números e sequências, como agrupar, colocar em ordem ou construir (lego).

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4. Segurança e brinquedos O lugar onde as crianças irão brincar deve ser seguro. Quando usamos brinquedos no PEPE, é muito importante pensar na segurança da criança ao utilizá-los. Sempre verifique as seguintes coisas: • que o brinquedo não seja muito pequeno, porque no PEPE há crianças que colocam coisas na boca. Muitas crianças que frequentam o PEPE já passaram por esta fase, mas ainda há muitas que não passaram, em virtude de atraso no seu desenvolvimento por causa dos problemas que elas enfrentam em casa; • não devem ter superfícies ou cantos afiados onde as crianças possam se machucar; • não devem ter fios de metal soltos; • não devem ter fitas ou cordas que possam ser colocados em volta do pescoço; • devem ser resistentes; • não deve haver tinta à base de chumbo; • deve ser resistente ao fogo; • os brinquedos não devem conter peças pequenas que possam ser engolidas; • os brinquedos devem ter passado pelo regulamento de segurança nacional (Ex. Inmetro). 5. O que você deve considerar quando escolher brinquedos para os PEPEs: Lembre-se das seguintes dicas, quando estiver escolhendo brinquedos: 1. a idade das crianças: o brinquedo deve ser apropriado à idade e deve estimular aprendizagem; 2. cultura: procurar brinquedos que combinem mais com a cultura da criança; 3. sexo: é necessário ter brinquedos para os dois sexos; 4. eles devem exercitar as habilidades das crianças e ainda estimular seu desenvolvimento; 5. eles devem possuir pelo menos uma ou duas das seguintes características: • ser interessante e divertido; • desenvolver as partes física, cognitiva, linguística ou emocional; • estimular a criatividade e a imaginação; • despertar interesse e curiosidade para coisas novas; • ajudar a expandir o mundo da criança. 6. eles devem ser versáteis e oferecer múltiplas oportunidades de aprendizado; 7. eles devem ser laváveis, colaborando, desta forma, para manter uma boa higiene; 8. eles devem ser duráveis; pesquisar a durabilidade, verificando se não se quebra ao ser batido, chacoalhado ou jogado; 9. eles devem ser seguros; ler as instruções para verificar se o brinquedo está de acordo para a faixa etária do PEPE. 6. Aprendendo brincando e brinquedos Brinquedos são boas ferramentas para a mente em desenvolvimento porque eles não obrigam a criança a aprender e promovem aprendizagem sem a criança perceber. A aprendizagem pode ser desenvolvida simplesmente acrescentando-se mais brinquedos ou trocando por outros. Crianças gostam de brincar e é mais prazeroso, ainda, quando há brinquedos. Brinquedos são muito úteis e podem ser usados para ajudar as crianças a aprender como contar, identificar cores e formas, combinar objetos, criar e aprender mais sobre o mundo. Quanto 190 – Manual de Formação Continuada


mais interessante o brinquedo, maior será o tempo que as crianças ficarão entretidas. Brinquedos podem ajudar a aprender coisas boas, úteis, positivas e estimulantes, evitando que as crianças brinquem com coisas perigosas. Com o apoio de adultos, brinquedos podem estimular a criança a questionar, pesquisar, pensar, perguntar sobre o funcionamento das coisas, resolver problemas e ser criativa. 7. Brinquedos apropriados para idades e etapas diferentes Vamos considerar as idades de 4, 5 e 6 anos. Esta é a faixa etária em que as crianças começam a ter mais interesse em brincar com outras crianças em vez de brincar sozinhas. Esta é uma das razões pelas quais a participação no Pepe é muito importante. Brinquedos sociais: podem ajudar muito, porque eles proporcionam brincadeiras cooperativas. Desenvolvimento físico: sacos de feijão, bambolês, bolas, cordas de pular, lego e brinquedos de construção. Curiosidade sobre o mundo: para aumentar a curiosidade, utilize brinquedos que representem animais, carros, etc. Coordenação manual: é estimulada com quebra-cabeças, jogos, material criativo como tesouras, selos, massa de modelar, cartões, etc. Imaginação: pode ser estimulada com roupas para vestir e fazer teatro, bonecas, fantoches, caixas de papelão, lojas de brincar. Linguagem: para ajudar na parte de linguagem, prepare uma área específica: centro de interesse. Será melhor se houver tapete e almofadas com muitos livros, jogos com letras e palavras, papel e lápis, quadro-negro ou branco com giz, canetas e letras. Cantinhos com lojinha e casinha também ajudam. Matemática: legos, jogos com números (dominó, por exemplo). Prepare áreas onde haja água e areia de medir. Pesquisando: preparar áreas/cantinhos com itens da ciência como coisas para boiar, crescer, experimentar, etc. 8. Brinquedos e gêneros Antes de ir para a escola, as crianças começam a ser sensíveis às diferenças entre meninas e meninos. Muitas vezes, meninas começam brincando somente com meninas e meninos só com meninos. Em seguida, meninas brincam e se identificam com brinquedos como bonecas, casinha, lojinha, lavando louças, fazendo comida, etc. Enquanto meninos ficam com carros, trens, legos, etc. É bom não oferecer somente brinquedos típicos para meninas ou para meninos, mas que se dê a todas as crianças a oportunidade de brincar com todos os brinquedos.

Lembre-se de não dar, automaticamente, brinquedos cor-de-rosa para meninas e azul para meninos, mas dar a todas as crianças brinquedos de cores variadas.

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Pequenos grupos Dar a cada grupo um dos brinquedos listados abaixo. Os ME/MFs precisam fazer o seguinte: 1. uma lista de atividades que as crianças podem fazer com este brinquedo; 2. demonstrar uma atividade para os outros grupos; 3. explicar quais benefícios tal atividade ou brinquedo proporcionará às crianças. Brinquedos: 1. barracas para casinha com panelas; 2. roupas de médico, de pedreiro; 3. bolinhas e kit bijuteria; 4. lojas; 5. objetos musicais.

Bibliografia Macintyre C. Enhancing Learning Through Play. David Fulton Publishers, London UK, 2001. Beaver M. Brewster J. Jones P. Neaum S. Tallack J. Babies and Young Children. 2002. Nelson Thornes Ltd. Cheltenham UK. <http://www.smartstart-toys.co.uk/article_01_Why_is_it_so_important_for_ children_play.php>. <icti.org/resources/importanceoftoys.htm> Article Source: http://EzineArticles.com/?expert=Rachel_Nunez For more tips and information about educational toys, check out http://www.thekidstoystore.com/ science-kits.html. Article Source: http://EzineArticles.com/?expert=Rachel_Nunez http://ezinearticles.com/?Educational-Toys---What-They-Are-and-Why-They-Matter&id=1814287 http://ezinearticles.com/?Toys-and-Their-Safety-Standards&id=1662675 eprinted with permission from the National Network for Child Care – NNCC. Lagoni, L. S., Martin, D.H., Maslin-Cole, C., Cook, A., MacIsaac, K., Parrill, G., Bigner, J., Coker, E. & Sheie, S. (1989). Good times with toys. In “Good times with child care* (pp. 193-205). Fort Collins, CO: Colorado State University Cooperative Extension. 2009 Kids Life Foundation, a community initiative of the Australian Scholarships Group Friendly Society Ltd (ABN 21 087 648 879) http://www.kidslife.com.au/article.asp?ContentID=why_are_toys_important

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Autoavaliação - Brinquedos 1. Porque os brinquedos são importantes para o aprendizado da criança? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

2. O que você deve considerar quando escolher brinquedos para os PePes? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

Jogo

De que maneira o jogo ajuda no desenvolvimento das crianças

Bolas Massa de modelar Lojinha Jogos com letras Dominó *Dar as autoavaliações antes dos estudos.

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Brinquedos Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local:

Tempo

Tema

Como

Café da manhã Devocional e orações Registro/ Nomes Resumo do dia Quebra-gelos/música Reflexão no grupo

Perguntas

Estudo

Estudo

Brincadeira Em grupos pequenos

fazer as atividades

Almoço Apresentar a atividade Teste e avaliação Conclusão

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Recursos necessários

Responsável


21. Jogos e Atividades para ajudar a aprender a ler e a escrever Lembrete: Quebra-gelos: Para ajudar o aluno a se sentir mais à vontade e ajudar a conhecer um ao outro. Nomes:

Faça crachás com os nomes dos participantes para que todos possam conhecer um ao outro.

Introdução:

Explicar aos ME/MFs a matéria que eles irão conhecer durante o treinamento.

Programa:

Apresentação do palestrante para que os alunos tenham confiança em quem está falando.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MFs aprendam? O objetivo é ajudar os ME/MFs a perceberem o potencial dos jogos e dos movimentos no aprendizado da leitura e escrita, fornecendo ideias de atividades e jogos que podem encorajar as crianças à prática da leitura, de forma eficaz e, ao mesmo tempo, divertida. Grande Grupo A prática de ler e escrever é complexa e envolve várias competências. O uso do lápis requer coordenação motora fina; o reconhecimento do código das letras requer que a criança entenda que ele representa sons, que são as letras, as quais, quando se juntam no sentido da esquerda para a direita, formam palavras que têm significados diversos. Esta complexidade é muito grande para uma criança captar e dominar e, por isso, quanto mais divertido o aprendizado, melhor. Crianças sempre aprendem melhor fazendo e se divertindo do que apenas observando e escutando. Esta tendência é mais acentuada ainda no dia de hoje quando os meios de comunicação, que dominam quase todos os lares e ambientes em que as crianças crescem, são dominados pela mídia visual (TV, vídeo, etc.). Pequenos grupos Atividade para ajudar os ME/MFs a pensar com criatividade sobre o uso de atividades e jogos no ensino de ler e escrever. • Distribuir os participantes em pequenos grupos para compartilharem sobre os jogos e as atividades que já estão sendo usados nos PEPEs. A maneira como o movimento ou os jogos forem realizados ajudará as crianças a aprenderem a ler e a escrever, porque: 1. o aprendizado flui melhor quando a criança participa da atividade ao invés de somente ouvir, passivamente; 2. aprendemos vendo e depois fazendo. As crianças também precisam sentir para fazer; 3. os jogos podem ser repetidos várias vezes, e a repetição ajuda a fixar o conceito. Manual de Formação Continuada – 195


Grande Grupo Captar ideias do grupo: Separe um período para os grupos fazerem um relatório com as suas ideias, anotando-as em um quadro. Pequenos grupos Dê vários jogos a cada grupo para que, depois de experimentarem, eles os apresentem aos demais participantes. Os movimentos Ensine vários movimentos a cada grupo; após um pequeno treino eles deverão apresentá-los aos demais participantes.

Alguns exemplos de atividades/jogos usados:

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Letras no chão 1) Escreva as letras que as crianças estão aprendendo, por ex: M, P, B, J, em papéis grandes. Cada letra em um papel separado. Faça um conjunto de letras para cada criança, menos uma (como na brincadeira “Impressão dos pés”). 2) Espalhe as letras pelo chão. 3) Coloque uma música para tocar. As crianças deverão correr, andar ou dançar, ao som da música. 4) Pare a música e diga uma letra em voz bem alta. As crianças deverão correr para a letra que foi falada. A criança que ficar sem a letra sairá da brincadeira. Retire um conjunto de letras e repita a brincadeira até que sobrem apenas 2 crianças. A vencedora será a criança que ficar com a última letra. Coloque as palavras no chão 1) Escreva as palavras que as crianças estão aprendendo, por ex: Mamãe, PEPE, Brasil, João, em papéis grandes. Cada palavra em um papel separado. Faça um conjunto de palavras para cada criança, menos uma (como na brincadeira “Impressão dos pés”). 2) Espalhe as palavras pelo chão. 3) Coloque uma música para tocar. As crianças deverão correr, andar ou dançar, ao som da música. 4) Pare a música e diga uma palavra em voz bem alta. As crianças deverão correr para a palavra que foi falada. A criança que ficar sem a palavra sairá da brincadeira. Retire um conjunto de palavras e repita a brincadeira até que sobrem apenas 2 crianças. A vencedora será a criança que ficar com a última palavra.

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Nomes Coloque o nome de cada uma das crianças em um papel grande e espalhe-os pelo chão. Coloque a música para tocar. As crianças deverão andar, correr ou dançar, enquanto a música estiver tocando. Quando a música parar, as crianças deverão correr para o seu nome. A que chegar por último ao seu nome sairá da brincadeira. Repita a brincadeira até ficarem 2 crianças. A vencedora será a criança que chegar ao seu nome primeiro. Objetos Coloque no chão objetos que começam com letras diferentes. De preferência, use as letras que estão estudando. Quando a música parar, o ME/MF diz uma letra em voz alta. As crianças vão para o objeto que começa com essa letra. Eu espio Escolha um dos itens em torno da sala e diga a rima: Eu espio com meu olhinho Algo que começa com ... (diga a letra que inicia o nome do item que escolheu) As crianças têm que adivinhar qual é o item. Adivinhe um animal O ME/MF faz mímica de um animal e diz a letra que inicia o nome dele; As crianças deverão dizer o nome dos animais. Faça um som animal O ME/MF imita o som de um animal, explicando com que letra o som começa. Por exemplo: com M - miau... As crianças deverão adivinhar qual é o animal que emite este som. Imagens dos Animais O ME/MF coloca fotos/ desenhos dos animais no chão. Em seguida, fala uma letra. As crianças vão para os animais cujo nome começa com a letra falada. Parada de ônibus Separe as crianças em 3 grupos. Desenhe, com giz, faixas no chão. Nas faixas, faça paradas de ônibus diferentes, usando mesas, cadeiras, etc. Nestas paradas coloque placas de açougue, café, banco... Cada criança recebe um bilhete com letras diferentes. As crianças têm que descer na parada cujo nome do estabelecimento começa com uma das letras que está no seu bilhete. A letra correta é assinalada. As crianças continuam dando voltas até que todas as letras do seu bilhete estejam assinaladas. Manual de Formação Continuada – 197


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Poesias com nomes Fazer pequenos cartazes com nomes que as crianças conheçam, por ex. João, Maria. Mostrar o cartaz com o nome “Maria” / As crianças recitam a poesia: Há uma criança que conheço melhor / E Maria é o nome dela / Maria, Maria, Maria / E Maria é o seu nome. Mostrar o cartaz com nome “João”. Há uma criança que conheço melhor / E João é o nome dela João, João, João / E João é o seu nome. Fazer cartazes com o nome de locais (podem ser países ou cidades) que as crianças conhecem. Repetir o exercício com o nome de um local EX: Brasil: Levantar o nome Brasil. Há um país que conheço melhor / E Brasil é o nome dele / Brasil, Brasil, Brasil / E Brasil é o seu nome. Álbum de letras Faça um álbum de fotos (de revistas ou livros antigos) para cada letra do alfabeto. Escreva as letras maiúsculas e minúsculas em formato grande, em letra bastão. Distribua os álbuns entre as crianças e deixe-as copiarem as letras. Ao terminarem o seu álbum, elas poderão trocar com outra criança para copiar.

Outras atividades Letras no recreio Esta é uma atividade divertida para fazer com a sua classe. Será um dia cheio de risos. Vá para fora, brincar no chão. Divida as crianças em grupos de duas ou três. Mande-as fazerem a forma das letras do alfabeto com o corpo. Tire uma foto de cada “letra”.

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Letras misturadas Numa folha de papel escreva letras, números e formas misturados. Use o que está sendo estudado e distribua pela folha inteira. Pendure o papel na parede. Cubra os olhos de uma criança e direcione-a até o papel. Deixe-a colocar o dedo sobre o papel, onde quiser. A criança deve abrir seus olhos e dizer o número, letra ou forma que escolheu. As crianças acham muito divertido e emocionante cobrir os olhos! Esta atividade é boa com crianças que estão aprendendo outro idioma. Letras maiúsculas e minúsculas Escreva a letra maiúscula em um pedaço de papelão e em outro a letra minúscula. Corte-as em quadrados. As crianças deverão fazer a correspondência entre as letras maiúsculas e as minúsculas. Ex.: A a Depois que as crianças aprenderam a combinar as letras maiúsculas com as minúsculas, dê-lhes as peças das letras minúsculas para combinarem com as letras maiúsculas.

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Letras e palavras no quadro Utilizando o giz,o ME/MF escreve as letras, números ou palavras na lousa, para as crianças praticarem. Depois, pede-lhes para mergulharem sua escova na água e “apagarem” (como se fosse “pintura com água”), o que foi escrito no quadro. Bingo com seu nome Escreva as letras do alfabeto, uma em cada pedacinho de papel e dobre-os, de forma a não ser possível ver a letra. Estes papéis serão usados para sortear as letras. Peça a cada criança para escrever seu nome em um pedaço de papel, com caneta hidrocor, em letras grandes. Sorteie uma letra e diga em voz alta. As crianças olharão para o seu nome. Se a letra sorteada estiver nele, elas deverão marcá-la. Ganhará o jogo a criança que marcar todas as letras do seu nome primeiro. A-Z Jogo Este jogo ajuda as crianças a aprenderem as letras e os números. Faça quadros com letras de A a Z espalhadas em toda a superfície. (várias vezes cada letra). Pode, também, desenhar quadros no pátio, com giz. Faça equipes com as crianças para brincarem nos quadros, de forma que o jogo fique dinâmico, com pouco tempo de espera. brincadeira; O primeiro jogador joga o dado. Ele cairá sobre uma letra. As crianças deverão gritar o nome da letra e o número que estiver no dado. Peça às crianças que digam, uma de cada vez, uma palavra que comece com a letra em que o dado caiu (não vale repetir palavras). Passar o dado para o próximo jogador jogar. Observação: Para as crianças menores, faça os quadros com as letras que elas já aprenderam e desenhos. Bambolês Esse jogo ajuda a criança a usar as habilidades motoras: fina e grossa. As crianças também desenvolvem habilidades para resolver problemas sociais, pois elas poderão criar seus próprios métodos de “brincar de bambolê”. Materiais: 6-8 bambolês (tamanho infantil) e um grande espaço ao ar livre. Descrição: Permitir que as crianças utilizem 08/06 bambolês da maneira que elas gostam, certificando-se que os aros são usados de forma segura. Depois que as crianças usarem os bambolês à sua própria maneira, o professor lhes mostrará diferentes maneiras de usar o bambolê. a) ao redor da cintura, definindo-o direito à sua volta, em seguida, girando-o ao redor de seu corpo. b) Faça o bambolê girar, e faça-o girar no chão. c) Faça-o girar no braço. d) Dispor bambolês no chão e saltar sobre eles. (Se você não tem bambolês, desenhe círculos com giz ou use cordas para fazer os círculos).

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Pular nos bambolês Materiais: Bambolês de cores diferentes (para fazer os círculos pode-se também usar giz de cores diferentes ou cordas coloridas ou barbante); uma área aberta. Deixe as crianças se aquecerem em uma área aberta. Dê às crianças ideias diferentes para se movimentarem - caminhar, saltar, pular, correr, andar para os lados, correr para trás e assim por diante. Distribua conjuntos de bambolês (diversifique as cores) ao redor do espaço aberto. Demonstre às crianças como andar ou correr sem tocar no bambolê. Intercale as instruções com: • ficar em grupos de dois em bambolês vermelhos; • três pessoas entram em cada bambolê verde; • colocar a mão em um bambolê vermelho, colocar o pé em um aro azul; • colocar um joelho em um bambolê vermelho, colocar quatro dedos em um bambolê amarelo. Para tornar a brincadeira mais complexa, acrescente cores, números e letras. Coloque uma letra ou um número dentro de cada arco Outras brincadeiras com os bambolês: • Três bambolês com o número 2, três com número 1... • Ficar em pé no bambolê marcado com a letra A... • Colocar a mão em um bambolê marcados com a letra B... • Colocar o pé no bambolê marcado com um 2... Siga as letras 1º exercício Dê a cada criança um papel com as letras do alfabeto escritas aleatoriamente. As crianças terão que desenhar uma linha ligando as letras, colocando-as em ordem alfabética. Este exercício ajudará a memorizar o alfabeto. 2º exercício Desenhe as letras do alfabeto, aleatoriamente, no chão do parque infantil. As crianças deverão acompanhar as letras, na ordem alfabética, andando ou pulando de uma para outra. 3º exercício Faça uma “caça ao tesouro” usando as letras como pistas. Para conseguir chegar ao tesouro as crianças terão que seguir a ordem alfabética. Para as crianças menores, use apenas as letras que as crianças já aprenderam. Elas precisarão de ajuda para esta atividade. Letras na parede Coloque as letras do alfabeto na parede, na altura das crianças, com um espaço entre cada letra. Toque a música e deixe as crianças se movimentarem e dançarem. Quando a música parar, as crianças terão que ficar na frente da letra inicial de seu nome. Terminar a palavra Escreva algumas palavras e peça para as crianças colocarem as letras que estão faltando. Exemplos: EPE; airro; rasil; ato; ato; amãe; apai.

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Alfabeto para colorir Desenhe uma imagem e coloque letras nas áreas que as crianças devem colorir. Coloque uma legenda na parte inferior do papel, exemplo: a = azul; v = vermelho; etc. Balões e raquetes Materiais: raquetes de tênis de mesa e balões Caso não tenha os raquetes, você poderá confeccioná-los utilizando um cabide de metal (com o gancho retorcido para dentro, em forma de círculo ou punho fechado, para não machucar). Ajeite o metal do cabide para que fique com o formato redondo, como de uma raquete, utilizando a parte do gancho (dobrada como explicado acima) para segurá-la. Cubra com nylon (você poderá usar uma meia-calça velha, por exemplo), e prenda com fita adesiva. Se for muito difícil conseguir as raquetes, as crianças poderão usar as mãos. Nos balões, coloque letras, números ou cores que as crianças estiverem aprendendo, de maneira que haja um de cada para cada criança, ou seja, 3 crianças - letras: 3 letras M, 3 letras P, 3 letras C 4 crianças - cores: 4 amarelas, 4 vermelhas, 4 azuis etc. Brincando: 1) Jogue os balões no ar 2) Diga uma letra (ou número ou cor, dependendo do que escolheu para a brincadeira). 3) as crianças deverão bater em um balão que contenha aquela letra. Apelidos No momento da roda de conversa, cada criança deve pensar em um apelido bem legal, pelo qual gostaria de ser chamada. Apenas imagens positivas são aceitáveis. Se as crianças já souberem ler e escrever: Cada criança escreverá seu apelido em um pedaço de papel, dobrará o papel e o colocará no centro da roda. Uma a uma, as crianças pegarão um papel e lerão o apelido escrito nele em voz alta. Pergunte às crianças de quem é o apelido. A criança que leu deve entregar o papel ao dono do apelido. Se as crianças ainda não souberem ler e escrever: Uma a uma, cada criança falará seu apelido no ouvido do ME/MF, que o escreverá em um papel, dobrará o papel e o colocará no centro da roda. Cada criança pegará um papel e entregará ao ME/MF que lerá o apelido em voz alta, perguntando, em seguida, de quem é o apelido e entregando o papel à criança certa.

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Se eu fosse um animal Nesta brincadeira, as crianças deverão apontar as qualidades positivas dos animais. No momento da roda de conversa, uma de cada vez, cada criança deverá pensar em um animal e dizer: Se eu fosse um animal, eu seria (dizer o nome do animal)...porque é bom (dizer a qualidade do animal)... Alguém assim como eu. Imitar o animal, tentando mostrar a sua qualidade positiva (por exemplo: cachorro – amigo: latir e dar um abraço em alguém). Um Livro Faça um livro com vários capítulos sobre: Coisas de que eu gosto: com recortes, desenhos, palavras, pinturas... Minha vida: Onde eu moro? Com quem eu moro? Que lugares tenho visitado? Que lugares frequento? (PEPE, escola, igreja, etc.) Vizinhos e parentes. Minha história: Como eu vou para o PEPE, para a escola? Primeira coisa de que eu lembro. As coisas importantes da minha vida. Os meus desejos. Minha família: uma palavra ou desenho sobre cada membro da família. Coisas que fazemos juntos e de onde minha família veio. Costumes e histórias passadas: Os alimentos que comemos. Como era a vida dos familiares idosos. Minha semana: Com desenhos e recortes, bilhetes, etc. Descreva o que aconteceu durante a semana. Uma carta para mim: Faça uma carta com desenhos, ditado, recorte, pintura, amigos, jogos, programas de TV, alimentos, PEPE...

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Autoavaliação - Jogos e Atividades para ajudar a aprender a ler e escrever 1. Porque o aprendizado da leitura e da escrita é muito complexo? __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2. Escolher uma atividade/jogo e explicar como esta atividade ajudará a criança no aprendizado da leitura e da escrita. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________

3. Explicar como você vai usar este jogo/atividade nas aulas. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ Manual de Formação Continuada – 203


Jogos e atividades para ajudar as crianças a aprenderem a ler e a escrever Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local: Tempo

Tema

Como

Café da Manhã Devocional e orações Registro Introdução do treinador Resumo do dia Nomes Quebra-gelos

Usando quebragelos

Reflexão em grupo sobre Perguntas a situação Estudo Reflexão nos grupos

Perguntas, discussão

Grande grupo

Reflexão sobre as respostas

Almoço Movimento ou atividade para acordar Reflexão

Usando sugestões do Manual de FC

Preparação em grupos Apresentações dos grupos Projeto/planejamento de aulas Teste e avaliação

204 – Manual de Formação Continuada

Recursos necessários

Responsável


22. Formatura das crianças do PEPE Lembrete: Quebra-gelos: Para ajudar o aluno a se sentir mais à vontade e ajudar a conhecer um ao outro. Nomes:

Faça crachás com os nomes dos participantes para que todos possam conhecer um ao outro.

Introdução:

Explicar aos ME/MFs a matéria que eles vão conhecer durante o treinamento.

Programa:

Apresentação do palestrante para que os alunos tenham confiança em quem está falando.

Objetivos do treinamento: O que se espera que os ME/MFs aprendam? Ajudar os ME/MFs com a preparação da formatura. Aqui há algumas ideias para ajudar os ME/MFs nos seus preparativos para a formatura. A discussão também criará a oportunidade para acrescentarem suas próprias ideias. Pequenos grupos 1. Pensar sobre os itens que devem ser planejados antes da realização da formatura. 2. Fazer um programa e anotar numa folha grande de papel. Cada participante deverá compartilhar suas ideias. Grande Grupo Discutir a importância desta ocasião para as crianças, para os pais e para a igreja. Apresentar os itens identificados nos grupos e adicionar outros itens importantes que os grupos não identificaram. Organizando o local com o pastor e a igreja É necessário organizar e planejar, com o pastor e a igreja, o local e data da formatura. Na hora de organizar, lembrar-se de planejar a disposição dos assentos, como será a decoração do local, como será o sistema de som, música, etc. Convites Fazer os convites (melhor fazê-los com as crianças). Planejar e realizar uma reunião com os pais para organizar 1. Como as crianças irão se vestir. 2. Como será a participação dos pais. 3. Quem será responsável por preparar lanches e uma festinha após a formatura. Certificados Estes devem ser preparados de acordo com o padrão do PEPE, com bastante antecedência, devidamente assinados, etc., para evitar constrangimentos no dia. Manual de Formação Continuada – 205


Palestrante Pensar bem sobre quem vai ser o palestrante. É bom ser alguém: • que fale pouco tempo; • que traga ideias relevantes para os pais; • que use a mesma linguagem dos pais; • que entenda o cultura das crianças e dos pais. Participação das crianças As crianças devem participar com uma canção ou uma peça de Natal, etc. Lembrar-se de ensaiar várias vezes com as crianças, inclusive e, pelo menos uma vez, no lugar onde será a formatura, para ajudá-las a se sentirem à vontade. Lugar das crianças Verificar se o local em que as crianças se apresentarão e receberão os certificados é visível a todos, inclusive aos que estão no fundo da sala. Muitas vezes, o programa da formatura é ótimo, porém a dificuldade de enxergar as crianças quando estão cantando ou recebendo seu certificado é muito grande. Isto é frustrante para qualquer um, quanto mais para os pais! Usar esta tabela para verificar se as preparações foram feitas N. Itens 1

Sala organizada com pastor e igreja

2

Convites enviados

3

Reunião dos pais

4

Certificados preparados

5

Palestrante convidado

6

Programa organizado

7

Crianças ensaiadas

8

Lugar e visibilidade das crianças

9

Outro item?

Verificar antes

10 Outro item?

206 – Manual de Formação Continuada

Verificar no dia


Faça o programa numa folha de papel grande para que todos vejam. Programa (exemplo)

Como será

Quem será o responsável

Introdução Oração Apresentação das crianças: cântico/peça, etc. Mensagem (curta!) Entrega dos certificados Agradecimentos Oração Festinha

Manual de Formação Continuada – 207


Autoavaliação - Formatura 1. Porque a formatura é importante para as crianças? __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 2. Fazer uma lista das atividades (poesias, peça, cânticos) que você pode usar na formatura. __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ 3. Porque você acha que as atividades propostas estão em harmonia com o restante do programa da formatura? __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________ *Dar as autoavaliações antes dos estudos.

208 – Manual de Formação Continuada


Formatura Formulário de planejamento dos Coordenadores Data: Local:

Tempo

Tema

Como

Recursos necessários

Responsável

Café da manhã Devocional e orações Registro/ Nomes Resumo do dia Quebra-gelos/música Reflexão em grupo

Perguntas

Estudo

Estudo

Brincadeira Em grupos pequenos, fazer as atividades Almoço Apresentar a atividade Planejamento da formatura Projeto pedagógico Teste e avaliação Conclusão

Manual de Formação Continuada – 209


Avaliação – Formatura Data: Local: 1. Assinale a sua opinião com um “X”. Tema

Foi útil

Não foi útil

Por quê?

Reflexão em grupo Trabalho em grupo Apresentações dos grupos Discussão e estudo Preparações para a formatura Projeto pedagógico

2. Dê sua opinião sobre o treinamento. ______________________________________________________________________________ 3. Houve alguma parte no treinamento que achou difícil de entender? Se sim, qual foi e por quê? ______________________________________________________________________________ 4. Quais partes do treinamento foram apresentadas de maneira interessante e relevante? ______________________________________________________________________________ 5. Qual parte do treinamento você achou menos relevante? ______________________________________________________________________________ 6. Como as partes menos interessantes podem ser melhoradas? ______________________________________________________________________________ 7. Na sua opinião, qual aspecto do treinamento lhe será mais útil? Por quê? ______________________________________________________________________________ 8. Avalie o treinamento pontuando-o de 1 a 10 (sendo 10 a pontuação mais alta e 1 a mais baixa). ______________________________________________________________________________

210 – Manual de Formação Continuada


Manual de Formação Continuada – 211


212 – Manual de Formação Continuada


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Manual de Formação Continuada – 213


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214 – Manual de Formação Continuada


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Outras fontes Galt. Child care and Educational Training Pack. Publisher NEED (Nursery Education for Employment Development) Cheshire, UK, 1995. Nursery Education Magazine. Issue Number 66. October 2003 Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. Nursery Education Magazine. Issue Number 76. August 2004 Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. Nursery Education Magazine. Issue Number 82. February 2005 Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. Nursery Education Magazine. Issue Number 86. June 2005 Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. Nursery Education Magazine. Issue Number 111. July 2007 Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. Nursery Education Magazine. Issue Number 114. October 2007 Publisher Scholastic Ltd. Leamington Spa. Mãos Dadas. Número 7, Novembro 2003. Viçosa/MG/ Brasil. Mãos Dadas. Número 16, Março 2007. Viçosa/MG/Brasil.

Manual de Formação Continuada – 215


216 – Manual de Formação Continuada


Anexos

Manual de Formação Continuada – 217


Formação continuada dos ME/MFs (Treinamento) Suporte Logístico para os coordenadores Coordenador: ___________________________________________________________________ Título: __________________________________________________________________________ Horários: _______________________________________________________________________ Início:______________________________ Fim: _______________________________________ Número de ME/MFs: mínimo ____________________

máximo: ________________________

Data: ____/____/____ Local: ______________________________________________________ 2º Coordenador: ________________________________________________________________ Assistência: ______________________________________________________________________ Facilidades Necessárias ___________________________________________________________ Número de salas: ________________________________________________________________ Salas especiais: ___________________________________Tipo:___________________________

Como arrumar as cadeiras

Número

Como arrumar as mesas

Em filas

Em fila

Em círculo

Em grupos

Número

Cadeiras nas pontas

Recursos Necessários

Número

Materiais Necessários

TV

Quadro branco, caneta e limpador

DVD player

Quadro negro, giz e apagador

CD player

DVD

Retroprojetor e canetas

CD Xerox Caixa de materiais para a FC dos ME/MFs Manuais e xerox Formulários de avaliação de provas

218 – Manual de Formação Continuada

Número


Avaliação e monitoramento Formação Continuada do ME/MFs Formulário de Avaliação para os Coordenadores Os coordenadores devem completar no primeiro FC dos ME/MFs (treinamento). Olhar a lista das partes diferentes do treinamento (FCME) e responder à pergunta: Você acha que esta parte do treinamento é útil? Sim ou Não? Por quê? N. 1

Item Café da manhã, Devocional e orações

2

Nomes

3

Introdução dos treinadores

4

Resumo do treinamento

5

Quebra-gelos

6

Discussão e reflexão em grupos

7

Café

8

Estudo em grupos

9

Almoço

10

Apresentação dos grupos

11

Estudo

12

Reflexão em grupos

13

Trabalho em grupos

14

Apresentação

15

Estudo

16

Avaliação do treinamento

17

Teste

18

Confirmação do teste

19

Conclusão

Sim

Não Razão da resposta

Manual de Formação Continuada – 219


Formação Continuada dos ME/MFs (FCME) Treinamento para os Coordenadores Olhar a lista e responder SIM ou NÃO e POR QUÊ N.

Pergunta

1

O treinamento realizou seus objetivos? O treinamento ajudou os ME/MFs a produzirem novas ideias? O material para o estudo estava apropriado? O material estava no nível certo?

2 3 4 5 6 7 8 9

Sim

Não

Por quê?

O material estava numa ordem lógica? Tinha tempo suficiente? Os ME/MFs trabalharam bem em grupos? Os ME/MFs conseguiram chegar aos resultados corretos? Os resultados foram apropriados?

10

O lugar e facilidades estavam adequados? 11 Você achou que o treinamento foi bom? 1. Como você pode melhorar a Formação Continuada (treinamento) dos ME/MFs? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 2. Na sua opinião, de que maneira a Formação Continuada dos ME/MFs (treinamento) ajudará no aprimoramento dos ME/MFs? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________

220 – Manual de Formação Continuada


Formulário de Avaliação (para os ME/MFs) Responder às perguntas, individualmente ou em duplas, colocando um (X) no número apropriado para suas respostas nas questões de 1 a 3 e sim/não nas respostas às questões de 4 a 7. 4 = excelente N.

3 = bom

2 = satisfatório 1 = insatisfatório

Pergunta 1

Qual é sua opinião sobre o treinamento?

4()

3()

2()

1()

2

O material apresentado foi útil?

4()

3()

2()

1()

3

As cópias foram úteis?

4()

3()

2()

1()

4

Você acha que pode usar em seu PEPE as informações Sim ( ) que recebeu hoje?

Não ( )

5

Você acha que o treinamento melhorou?

Sim ( )

Não ( )

6

Você está antecipando o próximo treinamento?

Sim ( )

Não ( )

7

Você recomendaria este treinamento para outro ME? Sim ( )

Não ( )

8. Para você, qual foi a parte mais útil do treinamento? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 9. Qual foi a parte menos útil? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 10. Qual parte do treinamento você não gostou? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 11. Qual parte você mais gostou? ________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________ 12. Qual parte você gostaria de trocar? ________________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Manual de Formação Continuada – 221


Formação Continuada dos ME/MFs Formulários de Avaliação para os ME/MFs Olhar a lista abaixo e responder: Você achou que estas partes do treinamento foram úteis? SIM ou NÃO POR QUÊ? Explique. N.

Item Café da manhã, Devocional e orações

Sim

Nomes Introdução dos treinadores Resumo do treinamento Quebra-gelos Discussão e reflexão em grupos Café e almoço Reflexão em grupos Apresentação dos grupos O estudo Teste Confirmação do teste

222 – Manual de Formação Continuada

Não

Por quê? Razão atrás da resposta


Manual de Formação Continuada – 223


224 – Manual de Formação Continuada

ABIAH – JMM – JMN


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