“…até os confins da terra”
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Somos o que viemos fazer! A dimensão da nossa identidade Servos, santos, crentes, irmãos, eleitos, etc. Encontramos no Novo Testamento várias palavras para fazer referência aos cristãos; cada uma tem o seu valor e seu sentido. Porém, a palavra que, com maior precisão, define nossa identidade, sem dúvida, é ‘testemunha’. O sentido aqui é o ético, implicando que devemos viver, se preciso for até morrer, para praticar, sustentar, defender e difundir nossa fé em Cristo Jesus. Somos as testemunhas do poder, do amor e da graça de Deus. Se não testemunharmos, o propósito de nosssa vida não será cumprido. O propósito de nossa vida se confunde com nossa identidade.
Vamos aonde houver vida! A dimensão da nossa meta Cada pessoa sobre a face da terra precisa conhecer o nosso testemunho. O cerne da nossa meta não está na geografia, tampouco na estatística, mas sim na vida humana. Uma grande nação na Ásia, como a China ou uma pequena comunidade como
o povo kimyal, na Indonésia. Se há uma vida, o testemunho que temos a dar precisa impactá-la. Haitianos que estão aqui, a menos de 5 mil quilômetros de nós, ou os habitantes do leste das Filipinas ou do norte de Papua-Nova Guiné, ambas a mais de 20 mil quilômetros do Brasil. Precisamos levar a mensagem do Evangelho a qualquer lugar onde haja uma vida. A natureza da nossa meta estabelece os contornos da nossa missão.
Somos capacitados para a missão! A dimensão da nossa vocação Nossa tarefa requer capacitação. Desde nossas aptidões naturais às habilidades que adquirimos; de nossos talentos inatos aos dons espirituais que recebemos de Deus; desde a nossa educação familiar até os treinamentos e cursos que fazemos. Tudo isso se mistura na constituição do nosso preparo para a missão. É o poder do Espírito Santo de Deus que age em nós misturando e moldando todas essas coisas, e ainda trazendo o nosso temperamento, a nossa personalidade e os nossos valores para interagirem nesta mistura extraordinária que
faz nascer o vocacionado, a testemunha de Deus. Somos vocacionados para testemunharmos de Cristo. Missões é a totalidade desta maravilhosa tarefa que nos permite ser. Cada crente em Jesus é um missionário. Missões é o nosso jeito de ir. Cada testemunha de Cristo vai, ao mesmo tempo, a todos os cantos do mundo, pois a alguns lugares nós podemos ir, e oramos por outros e sustentamos os que vão. Missões é a nossa resposta vocacional. Quando nos envolvemos em oração, contribuição e ação missionárias, estamos vivendo a nossa vocação. O impacto do nosso testemunho precisa ecoar no coração de todos, em todos os cantos do mundo. Temos uma missão a cumprir. E Missões Mundiais convida você a se envolver ainda mais com a evangelização do mundo. Informe-se através de todo o material disponível e testemunhe às nações pelo poder do Espírito! Pr. João Marcos B. Soares Diretor Executivo de Missões Mundiais
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tarefa evangelizadora foi constituída na última ordem do Senhor Jesus para sua igreja (Atos 1.8). Incrível como Lucas registrou essa ordem preservando as quatro palavras que Jesus usou para formulá-la: poder, Espírito, testemunhas e terra. Na formulação do tema da Campanha de Missões Mundiais deste ano, estas são as palavras que, reordenadas, aparecem: “Testemunhe às nações pelo poder do Espírito”. Desenvolvemos três dimensões da tarefa de evangelizar o mundo, a partir destas quatro palavras que aparecem em Atos 1.8, para a nossa reflexão.
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Expediente Revista da Campanha 2013
Campanha 2013 1 4 5 19 21 Este caderno é parte integrante do material promocional para a mobilização de Missões Mundiais em 2013. Diretor Executivo: Pr. João Marcos Barreto Soares Gerente de Comunic aç ão e Marketing: Jaci Madsen Redaç ão e Revisão: EQUIPE DE REDAÇÃO E REVISÃO JMM REDATOR RESPONSÁVEL: Marcia Pinheiro (22582/DRT/RJ) Projeto Gr áfico e Editor aç ão: Equipe de criação JMM Fotos: Arquivo JMM Tiragem: 14.700 Contato: redacao@jmm.org.br Rua Senador Furtado, 71, Praça da Bandeira, Rio de Janeiro, RJ CEP: 20.270-021 Tel: 21 2122-1900 / Fa x: 21 2122-1944 www.jmm.org.br /campanha2013 campanha2013@jmm.org.br @missoesmundiais facebook.com /MissoesMundiais
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Reflexão sobre o tema Pilares da campanha de Missões Mundiais Povos não alcançados Material da Campanha Entrevista com Pr. João Marcos: Chamado para anunciar a salvação ao mundo Sete países, sete realidades e um só desejo Testemunhe pelo poder do Espírito
Promotor 33 34 36 38 40 42 43 44
Sua participação é que faz a diferença! Promova Missões Mundiais A missão de ser um promotor voluntário Mobilize sua igreja Um promotor de Missões em Éfeso Agenda Conexão Missonária 2013 genda de acampamentos de pastores A e promotores 2013 Missionários mobilizadores da JMM
MÚSICO 45 46 50 52 54
O som da missão De frente com a missão O desafio dos “sotaques musicais” em missões transculturais Poder para Testemunhar - Música da Campanha Partitura
C rianças 61 63 64 66
Crianças e Missões Crianças envolvidas com Missões FMs: pequenas sementes lançadas no mundo A missão de alcancar crianças
JOVENS 69 70 72 74 76 78 80
Com.Vocação: Sim, eu sou vocacionado Com.Vocação: Servir na “obra de Deus” ou “servir a Deus”como estilo de vida? Entrevista com Daniel Dias: Vocacionado para ser campeão Dons, vocação e missão A vocação e o sentido da vida. É tudo a mesma coisa? Vocação: todo mundo tem O Deus que age na história
PASTOR 83 84 85 88 92
Pensando em você, pastor Testemunhe da missão à sua igreja Missões: prioridade na agenda de todos Manifestando o amor de Deus pelos povos A igreja é de Cristo. A Missão é de Deus
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Fique por dentro da JMM Três ofertas, uma única obra Entrevista com Lauro Mandira: Um pastor de missionários Entrevista com Jaci Madsen: O espelho de Missões Mundiais Igrejas conectadas com a missão Não deixe para mais tarde! Deus quer usar você em Sua missão Viva Missões Mundiais PAM - Programa de Adoção Missionária PIM - Programa de Intercessão Missionária PEM - Programa Esportivo Missionário PEPE - Programa Socioeducativo POPE - Programa de Odontologia Preventiva e Educativa Intercessão abençoadora Voluntários: um tempo para servir Voluntários Sem Fronteiras
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A Campanha 2013 de Missões Mundiais tem quatro pilares básicos:
Interceder
Conheça os pilares da campanha de Missões Mundiais
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definição do tema da campanha de Missões Mundiais em 2013 foi baseada na constatação que precisávamos falar às pessoas que tudo o que fazemos, só é possível pelo poder do Espírito Santo. Isso é o que nos disse Jesus em Atos 1.8, “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-meeis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra.”. Precisamos ter em mente que o poder não é pra nós, mas para testemunharmos do Evangelho. O poder não é para ganharmos uma série de coisas, é ganharmos o mundo para Cristo. Por isso, cumprindo a Grande Comissão de Jesus Cristo, nós vamos testemunhar a todas as nações e glorificar a Deus com o nosso trabalho.
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Envolva-se integralmente com a missão e com Missões Mundiais: ore, fale, vá e doe-se por amor ao Pai e ao próximo.
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Você pode até pensar que os alvos de Missões Mundiais são arrojados demais, mas lembre-se: o mundo tem mais de 7 bilhões de pessoas, e pelo menos 4 bilhões delas jamais ouviram falar de Jesus Cristo. Pense em quantas pessoas estão morrendo sem Jesus Cristo; sem experimentar a alegria de poder louvar a Deus. Essas pessoas precisam que nós as alcancemos com a mensagem do Evangelho. Por isso, você precisa cumprir a Grande Comissão. Não porque a JMM está pedindo, mas porque Jesus mandou. A nossa parte é alcançar todas as nações, para que todas as nações confessem o nome de Jesus Cristo como seu Senhor.
Você pode e deve ORAR. Esse é o primeiro pilar. Não fazemos nada sem oração. Primeiramente, precisamos entender que o que fazemos é algo espiritual. Nós precisamos da aprovação de Deus para tudo o que fazemos. Quando você ora por nossos missionários, nossos projetos e por aqueles que ainda não foram alcançados por Cristo, apoia o avanço da obra missionária mundial e demonstra fé e submissão.
Anunciar Anuncie o Salvador! O segundo pilar é FALAR. Fale onde você está, na sua Jerusalém, porque quando você anuncia, torna o Evangelho conhecido. Leia, prepare-se e fale. Quando você estuda a Bíblia, aumenta a base do conhecimento da Palavra de Deus e fica mais preparado para testemunhar, o que, em última análise, envolve mais pessoas com a missão. Cada cristão precisa proclamar o amor de Deus. Todos nós somos testemunhas e temos o poder do Espírito Santo de Deus que nos capacita a falar.
Ir Este é o terceiro pilar. Deixe o lugar onde você está e faça algo. Aceite o desafio de alcançar o mundo para Cristo com sua vida, seu testemunho, sua vocação, sua voz, suas orações, sua disposição em ofertar. IR não significa largar tudo que tem e se mudar para um lugar distante. Ao contrário, vá com tudo: leve sua vocação, seus talentos e doe ao próximo. Você pode ir por pouco tempo, por exemplo, nas suas férias, ou por um longo período. O importante é que você se disponha a ir aonde e como Deus mandar.
Ser Seja a diferença que o mundo precisa. Este é o quarto pilar.Viva e testemunhe o Evangelho de Cristo, que tem como base a doação, o amor. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho”... SER implica atitude de amar, doar e ofertar. Ame ao próximo e doe seu tempo, sua vocação, seus talentos. Participe da obra missionária também com suas ofertas. Envolva-se com Missões Mundiais! Seja o que for, oferte com amor e sinceridade. Doe-se integralmente porque você pertence ao Pai. Ele doou o que tinha de mais precioso para nos resgatar. Sejamos liberais com o que o Senhor nos dá. Envolva-se integralmente com a missão e com Missões Mundiais: ore, fale, vá e oferte por amor ao Pai e ao próximo. E mais que tudo, para que o Evangelho chegue até os confins da Terra.
Envolva-se integralmente com a missão e com Missões Mundiais: ore, fale, vá e doe-se por amor ao Pai e ao próximo. E mais que tudo, para que o Evangelho chegue até os confins da Terra.
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VIVA MISSOES MUNDIAIS
POVOS NÃO ALCANÇADOS Por Marcia Pinheiro A Janela 10/40 ainda é um dos maiores desafios missionários. Todos os crentes devem orar, contribuir, apoiar e inteirar-se das necessidades dos trabalhos missionários direcionados para essa região. Até o fechamento desta edição – novembro de 2012 – Missões Mundiais tinha 764 missionários em 72 países, uma média de um missionário para cada cinco povos não alcançados. O desafio é testemunhar as Boas Novas aos 193 países do mundo. O tempo em que esta meta será alcançada só cabe a Deus conhecer. A única certeza é que o sucesso desta missão divina depende de cada nova criatura, que tem sua vida orientada pelo poder do Espírito Santo. Nossa meta para este ano de 2013 é ter 50% de nossa força missionária atuando entre os povos não alcançados. Seguindo nesta direção, já estabelecemos parcerias com convenções batistas de vários países em todos os continentes onde atuamos. Grandes são as expectativas para o avanço do ministério missionário, principalmente em regiões como o Norte da África, Ásia, Oriente Médio e Leste Europeu, onde há a maior concentração de pessoas que desconhecem o verdadeiro e único Deus. Como igreja do Senhor, você precisa se atualizar constantemente sobre as necessidades de cada região do planeta e, assim, identificar a melhor forma de levar a mensagem da salvação aos não alcançados. Uns serão chamados a orar, outros a contribuir, muitos a seguir... De alguma forma Deus o usará dentro do Seu projeto de amor pelos povos.
VENCENDO DESAFIOS
A D O R T N E D R O P E FIQU
JMM
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e todas as regiões do mundo, Missões Mundiais tem recebido fortes apelos por missionários. São líderes batistas que clamam pela salvação de sua gente. Impossível não querer falar da alegria em ter a promessa de vida eterna para pessoas que focam toda sua devoção em falsos deuses como animais, natureza, objetos e pessoas. São povos que jamais ouviram falar de Jesus, e andam no caminho inverso ao que leva à Verdade. Denominados não alcançados, eles são um desafio à missão de todo aquele que já foi chamado das trevas para a luz: testemunhar do Evangelho. O termo “não alcançado” ou “não evangelizado” surgiu para definir um grupo de indivíduos no qual não há uma comunidade nativa de crentes capazes de evangelizá-los. Segundo a International Mission Board (EUA), há cerca de 3.800 povos em todo o mundo que não conhecem a Jesus, o Filho de Deus, e desconhecem a necessidade de salvação. Grande parte desses povos está na chamada Janela 10/40, região onde habita 66% da população mundial, e ocupa 33% da área total do planeta, compreendendo 62 países. Os dois maiores países do mundo, em número de habitantes, encontram-se nessa área: China e Índia. Os dois juntos representam cerca de 33% da população da Terra. Esta região estende-se desde o oeste da África até o leste da Ásia, e é comparada a uma janela retangular, estando entre 10 e 40 graus ao norte da Linha do Equador. Todas as terras bíblicas encontram-se nessa janela. O apóstolo Paulo ultrapassou esses limites nas suas viagens missionárias (Rm 15.19).
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Joel Shawn / Shutterstock.com
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s Américas (do Sul, do Norte e Central) são grandes continentes, com quase um bilhão de habitantes e 35 nações, além de diversos territórios e dependências europeias. Destas, 21 formam a chamada América Latina. Colonizado por países cristãos (Espanha, França, Holanda, Inglaterra e Portugal), o continente foi, por muito tempo, considerado cristão, ou pelo menos cristianizado. A evangelização foi centrada no trabalho em massa, sem conversão pessoal, e marcada pelo colonialismo que, na ânsia de enriquecer os empreendimentos europeus, quase contribuiu para a extinção de várias nações indígenas. Passados mais de 500 anos, constatamos que a afirmação está longe de ser verdade. Um relatório das Nações Unidas revela que as cidades da América Latina continuam mantendo o nível mais alto de desigualdade do mundo. A constatação é parte do documento “Estado das Cidades da América Latina e Caribe”, lançado em agosto de 2012, no Rio de Janeiro. A distância entre ricos e pobres continua aumentando. O país com a maior disparidade socioeconômica é a Guatemala, seguida por Honduras e Colômbia.
É na América Latina, formada por descendentes das antigas civilizações dos astecas, maias e incas, onde estão as maiores desigualdades. Esses povos, no entanto, começam a abrir seus olhos para a maior riqueza: o amor de Deus. Esta parte do continente americano, majoritariamente católica durante 500 anos, experimentou uma explosão evangelística de proporções fantásticas. Em 1900 havia somente 250 mil crentes, porém no final do século passado já havia mais de 60 milhões de evangélicos. Hoje em dia, somente o Brasil tem mais crentes do que em toda a Europa Ocidental e Leste Europeu juntos. Mesmo assim, há uma infinidade de povos sem Cristo na América Latina. No Peru, por exemplo, existem 17 grupos tribais não alcançados na selva. São pessoas que vivem sem Deus e sem esperança. O sincretismo religioso, que aliou o catolicismo romano com elementos da religiosidade africana e pré-colombiana é patente. Em países como Brasil, Peru, Bolívia e Haiti as pessoas se dizem cristãs, mas praticam, ao mesmo tempo, rituais animistas. Os índios aimarás e quéchuas, na América do Sul, por exemplo, seguem adorando nas montanhas o sol e outros elementos da na-
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AMÉRICAS
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tureza. No Haiti, a prática do vodu tem mergulhado aquele país na mais profunda pobreza material e espiritual. Até mesmo países ditos protestantes, como Canadá e Estados Unidos, vêm experimentando uma busca incessante por práticas religiosas supersticiosas. Outro grande desafio é o secularismo. No Canadá, em Cuba e no Uruguai as pessoas estão longe de Deus, que para elas não passa de um personagem fruto da superstição humana, no mesmo nível das fadas, dos gnomos ou entes do folclore local. Coincidentemente, aumentaram os casos de depressão e suicídios nesses países. Os percentuais daqueles que se dizem não religiosos ou ateus têm crescido. Soma-se a isso o aumento expressivo de seguidores de religiões orientais como islamismo, hinduísmo e budismo, que têm encontrado nos corações vazios de habitantes de todas as Américas um campo fértil para plantar sementes de seus valores e crenças. Não podemos conviver com o percentual de apenas 14% do total da população das Américas que afirmam ter Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador. Se levarmos em conta a América Latina, esse número é ainda menor. Apenas a Guatemala tem um percentual grande de evangélicos (em torno de 40%), seguida de Honduras (30%) e do Brasil (com questionáveis 20%). Países como Argentina, Bolívia, Cuba, Equador e Venezuela têm menos de 5% de evangélicos em sua população. No Canadá e nos Estados Unidos o número de evangélicos também não para de cair.
Conquistando as
Américas
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issões Mundiais está presente nas Américas através de seus 296 missionários que testemunham o Evangelho às nações do continente. Nas Américas do Norte e Central, estamos presentes no Canadá, na República Dominicana, no Haiti e em Cuba, país que concentra a maior quantidade de missionários da terra. Na América do Sul, há missionários na Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Paraguai e Chile. São desenvolvidos vários projetos na região, como o SOS (Socorro Oportuno ao Suicida), que oferece ajuda a pessoas sem esperança e que pensam em dar fim à própria vida, e o projeto Gol para Cristo, que utiliza o esporte para transmitir valores bíblicos a crianças e jovens de igrejas no norte do Chile, entre outras iniciativas. O PEPE (programa socioeducativo promovido por Missões Mundiais) tem presença forte na região, contribuindo para a formação pessoal, educacional e espiritual de crianças de vários países, inclusive no Haiti, país devastado por um terremoto em janeiro de 2010. O programa Voluntários Sem Fronteiras – Radical Latino-Americano também é destaque na região. Muitos jovens brasileiros e de países vizinhos já participaram e tiveram a oportunidade de atuar em espaços como escolas, universidades, centros urbanos e comunidades carentes na América Latina impactando a população local com o testemunho do Evangelho de Cristo.
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spirit of america / Shutterstock.com
ÁFRICA
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libertação das colônias africanas trouxe como consequências ao continente guerras, fome, corrupção e desastres diversos. A África é um vasto continente, diversificado espiritualmente e dividido em 54 nações independentes. O continente tem predomínio muçulmano na faixa norte; e uma imensa mistura de crenças, tradições e religiões no sul. É uma multidão de religiões: 182 milhões de evangélicos; 428 milhões de muçulmanos; e ainda um enorme número dos que misturam práticas animistas e religiões folclóricas. A religião é extremamente importante na África. Em muitos lugares, é mais importante para a identidade de uma pessoa do que sua nacionalidade ou etnia. Não há liberdade religiosa em grande parte da África e existem muitas restrições. A perseguição é intensa em países de maioria islâmica. Cristãos são perseguidos em vários países. A igreja evangélica cresce em ritmo acelerado, apesar da perseguição. No entanto, os costumes não cristãos continuam a permear a igreja na África. Muitos cristãos não estão totalmente livres da influência de bruxaria e espíritos malignos. A maioria concilia, de forma errada, a fé em Cristo com o animismo – uma religião praticada por grupos tribais em todo o mundo. Os animistas acreditam que espíritos vivem em objetos comuns. Eles respeitam cada ser, desde outros seres humanos até animais, plantas, rios, o sol e a chuva. Animistas acreditam que têm que agradar os bons e maus espíritos que vivem na natureza ao seu redor. Há cerca de duas mil tribos não alcançadas de animistas. A realidade da África nos mostra um continente sofrido, com números impressionantes. A taxa de alfabetização é baixa, há altos índices de pobreza e doenças potencialmente fatais. Cerca de 40% da população africana tem menos de 15 anos de idade.
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Veja alguns números preocupantes:
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3,3 milhões de africanos estão em risco de fome.
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A cada 15 segundos, uma criança torna-se órfã DA AIDS.
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Há 881 línguas na África sem a Bíblia.
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Na África Subsaariana, mais de 70% da população vivem em favelas.
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45% das crianças da África Central e Ocidental não têm acesso à escola.
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A taxa de alfabetização na África é menor que 60%.
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1.800 dos 2.640 povos da África Subsaariana (433 milhões de pessoas) não são alcançados pelo Evangelho.
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Uma criança africana morre de malária a cada 30 segundos.
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Na África, duas de cada cinco pessoas não têm água potável.
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Não há trabalho evangélico entre 600 povos da África Subsaariana.
Motivos não faltam para pedirmos a Deus que encoraje sua igreja a assumir o compromisso de testemunhar do Evangelho aos africanos. Dadaab, no Quênia, é o maior e mais antigo campo de refugiados em todo o mundo. Mais de 230.000 pessoas lutam pela vida lá. O acampamento está localizado a 80 quilômetros da fronteira com a Somália. Foi criado em 1991 e recebe cerca de 500 refugiados por dia. São pessoas que fogem dos conflitos na Somália. Com escassez de emprego e sem ter o que fazer, os refugiados
vivem sem esperança. Eles precisam saber que há um Deus que se importa com suas vidas. Levar a Palavra de Deus aos africanos torna-se um problema também devido à diversidade de etnias com seus mais variados dialetos. A Bíblia ainda está sendo traduzida para diversos dialetos e idiomas falados no continente africano. Só na Nigéria, mais de 500 línguas são faladas. É preciso investimento financeiro e de mão-de-obra para que a Palavra de Deus seja lida em todas as línguas.
Levando vida aos
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issões Mundiais está presente na África desde 1971, quando foi enviada a primeira missionária a Moçambique. Atualmente, são 163 missionários que testemunham o Evangelho de Cristo às nações africanas pelo poder do Espírito.
socioeducativo, aproximadamente 30 adultos são impactados pela mensagem do Evangelho.
Nossos missionários estão presentes em países onde predominam religiões animistas e o islamismo, e com a permissão do Senhor têm feito a diferença nos lugares em que atuam.
Missões Mundiais também está presente em todos os países africanos de língua portuguesa. Nossos missionários trabalham arduamente para anunciar aos povos dessas nações o Evangelho de Cristo.
Na Guiné e no Níger, os Voluntários Sem Fronteiras apoiam o trabalho de missionários efetivos em pequenas comunidades de países islâmicos. Projetos como Fábrica de Esperança e Surdos do Senegal oferecem a crianças e adolescentes uma oportunidade de vida e o caminho da salvação em Jesus.
Em Angola, a Escola Pamosi trabalha com a população surda de Huambo; em Cabo Verde e em São Tomé e Príncipe, igrejas já foram organizadas; em Guiné-Bissau, missionários atuam na capital e no interior com projetos nas áreas educacional e de saúde, como a Escola e Clínica de Bafatá; em Moçambique, projetos como o Pequenas Sementes e Consolo levam esperança à população do Dondo através de uma escola e uma clínica móvel.
O PEPE na África é a prova de que o trabalho missionário pode render muitos frutos, pois para cada criança atendida pelo programa
Louve a Deus pelo trabalho de Missões Mundiais, pois ainda precisamos avançar muito mais para chegar aos povos não alcançados da África.
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africanos
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Ásia A
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Ásia abriga mais da metade da população total do planeta. Lá vivem mais de 4 bilhões de pessoas. O continente também concentra o maior número de povos não alcançados do mundo. Os maiores pedidos por missionários que chegam à JMM vêm de convenções batistas da Ásia. Os países da região sul (Paquistão, Índia, Sri Lanka, Nepal, Butão, Maldivas e Bangladesh) concentram mais pessoas não alcançadas pelo Evangelho do que qualquer outra região do mundo. A maioria dos 1,4 bilhão de habitantes do Sul da Ásia segue religiões politeístas, que creem em tudo, menos no verdadeiro Deus. Na Ásia habitam três grandes grupos étnicos - o caucasiano (raça branca), o mongol (raça amarela) e o negroide ou melanoide - os quais se dividem em numerosos subgrupos, resultantes de miscigenações e contatos ao longo da história.
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POVOS NÃO ALCANÇADOS
China
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ma em cada cinco pessoas no mundo vive na China. O país tem mais de 1,3 bilhão de habitantes – a maior população do planeta. A maioria (92%) é de etnia han. Há ainda os manchús, chuans, tibetanos e vu, dividindo 7,5% da população. O idioma oficial do país é o mandarim, mas se fala também o cantonês, o vu e o mim. Cerca de 40% da população chinesa é formada por ateus e sem religião, uma das consequências do modelo imposto pelo governo comunista; a seguir, com 29% de adeptos, estão as crenças populares chinesas, o cristianismo com 8,5% e o budismo com 8%.
Índia
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om uma área equivalente ao estado do Amazonas, a Índia possui 1,1 bilhão de habitantes e imensa variedade de religiões, sendo o hinduísmo, o jainismo, o budismo o sikhismo as quatro principais. Além dessas, o zoroastrismo, o judaísmo, o islamismo e o cristianismo, que chegaram ao país no primeiro milênio depois de Cristo, favorecendo o crescimento do sincretismo religioso típico daquela região.
As igrejas oficiais são supervisionadas pelos censores do governo e não podem evangelizar. Nas comunidades chamadas de “igrejas subterrâneas” está a grande maioria dos crentes.
A sociedade tradicional da Índia é delineada pelo sistema de castas, que descreve a estratificação, as restrições sociais e define as classes sociais por grupos endogâmicos hereditários (casamento entre parentes muito próximos). A maioria dos indianos têm seus casamentos arranjados por seus pais e por outros membros da família respeitados, com o consentimento da noiva e do noivo. O casamento na infância é ainda uma prática comum, já que metade das mulheres indianas se casam antes dos dezoito anos. Este modelo cultural contribui diretamente para o crescimento do abismo social entre ricos e pobres.
No início de 2012, o relatório anual da China Aid Association revelou um aumento de 131% no número de cristãos presos por praticarem sua fé na China. Segundo o documento, o governo chinês provoca uma atmosfera de terror ao criar leis e punições ainda mais rígidas para as pessoas que seguem uma fé que difere das crenças e permissões do Estado. Nos últimos 50 anos a igreja subterrânea chinesa passou de 1 milhão para mais de 80 milhões de pessoas.
O cristianismo chegou à Índia no ano 52 d.C. Segundo a tradição, Tomé, um dos apóstolos de Jesus, estabeleceu sete igrejas na região conhecida agora como Kerala e outras em Madras. Hoje, os evangélicos na Índia representam cerca de 1,6% da população (16 milhões de pessoas). Um dos métodos mais eficientes de evangelização são as rádios, que alcançam milhares de pessoas com a Palavra de Deus.
Até o fim da década de 1940, a China era um dos maiores campos missionários do mundo. Com o comunismo, os missionários foram banidos, os crentes e líderes perseguidos e muitos morreram. Em 1949, os comunistas tomaram o controle do país e passaram a perseguir os cristãos. Em 1958, o governo fechou todas as igrejas.
VENCENDO DESAFIOS
TFIQUE POR DENTRO DA estemunhar de Cristo às nações da Ásia tem sido um grande desafio. A presença de missionários cristãos é bastante restrita, e desenvolver um trabalho nessa parte do mundo requer cautela e o uso de ações especiais de evangelização.
JMM
Apesar das dificuldades, várias pessoas têm sido tocadas pelo amor de Deus, e louvamos ao Senhor pelo avanço que Missões Mundiais tem registrado nos campos asiáticos, tão distantes culturalmente da realidade brasileira. A Ásia, o maior e mais populoso continente, abriga uma grande diversidade religiosa, predominando o islamismo no Oriente Médio, hinduísmo na Índia e budismo no sul e sudeste da região. Missões Mundiais se faz presente no continente asiático através de 143 missionários em 19 países. A principal ferramenta de evangelização utilizada por nossos missionários na Ásia é o esporte, através do Programa Esportivo Missionário (PEM). Há vários projetos na região, principalmente na Malásia, que ajudam a testemunhar o Evangelho por meio de atividades esportivas. Na Ásia também são desenvolvidos projetos como o Água para os Sedentos, Bíblias para a China, Norte do Iraque, Viver Mais, entre outros que atendem a milhares de pessoas nas mais variadas situações, mas sempre com algo em comum: precisando da salvação em Cristo Jesus.
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Dois gigantes clamam por Cristo
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Os 10 maiores
desafios da Ásia se espalham desde a Bulgária até o oeste chinês, onde se encontram os povos muçulmanos uigers e huis, além dos povos árabes e iranianos.
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Mais de 81% dos quase 5 bilhões de pessoas não cristãs do mundo vivem nesse continente.
A China tem cerca de 320 milhões de pessoas que nunca ouviram nada sobre Jesus; e das 600 mil cidades e vilas da Índia, 500 mil não têm um missionário sequer.
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É neste continente que estão os três maiores blocos religiosos não cristãos: islamismo, hinduísmo e budismo. São em aproximadamente 1 bilhão de muçulmanos, 950 milhões de hindus e 900 milhões de budistas.
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A Ásia tem 16.350 povos etnolinguísticos. Dos 6.648 menos alcançados da lista, 5.150 são asiáticos. O desafio da tradução da Bíblia é muito grande, pois das mais de 2 mil línguas que precisam de tradução, no mundo, mais de 40% delas estão na Ásia.
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Na Janela 35/45 ou Janela Túrquica, estão povos que
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Desastres ecológicos: a região tem sido afetada por grandes terremotos, vulcões, secas, ciclones, tsunâmis e enchentes. Há uma grande necessidade por missionários para prestação de ajuda humanitária também.
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O tráfico tem sido uma forma ilícita de obtenção de recursos financeiros. O tráfico de drogas tem sido a forma mais violenta e conhecida, como a heroína no Afeganistão e no Triângulo de Ouro (Mianmar, Tailândia e Laos). Ainda mais aviltante é o tráfico humano para trabalho escravo e prostituição.
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Vírus HIV: pandemia está intensificando neste continente, principalmente na Índia, Tailândia e China, isto devido principalmente ao crescimento da indústria do sexo.
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O crescimento econômico dos tigres asiáticos tem sido fenomenal devido ao acesso à alta tecnologia, mãode-obra barata e investimentos estrangeiros que proporcionam produtos com preços altamente competitivos devido à alta
produção para o mercado interno e exportação. Isso provoca uma grande desigualdade entre pobres e ricos.
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O fundamentalismo religioso muçulmano e hinduísta tem sido o grande desafio para os cristãos nacionais. Isso tem dificultado a entrada de missionários estrangeiros, bem como a mudança de status religioso e o acesso às classes mais altas da sociedade. Reflita sobre a seriedade desta realidade que está diante do mundo e do povo de Deus. Juntese a nós e incline seus olhos para as imensas carências espirituais destes povos. Necessitamos de audácia, criatividade e fé que o poder do Espírito Santo, que em nós habita, nos impulsione a prosseguir. Faça parte do grupo dos que permanecem na brecha e oram para que a Palavra alcance toda criatura. Mobilizemos nossas igrejas! Nossa sincero desejo é ver a igreja brasileira engajada no imenso desafio de evangelização dos povos não alcançados espalhados por todo planeta, ainda nesta geração. Pr. David Botelho
Missão Horizontes
Oriente Médio
Os muçulmanos O termo “islamismo” vem da palavra árabe “islão”, que significa “submissão”; uma referência a
sua obediência a Alá. É uma religião fundada por Maomé (570-634 d.C.) na Arábia Saudita. Hoje há mais de 1 bilhão de seguidores, a maioria na Janela 10/40. A evangelização dos muçulmanos é um dos maiores desafios da igreja. O islamismo não é apenas uma religião, mas também um sistema político, social, econômico, educativo e judicial. A sociedade muçulmana exige estrita fidelidade por parte dos seus cidadãos. A opinião do indivíduo conta pouco; o que a comunidade pensa é muito mais importante. É por isso que o muçulmano não está habituado a tomar decisões pessoais, como aceitar o Evangelho de Cristo.
O que os eventos atuais nos mostram? Algo inimaginável ocorre nos países muçulmanos do Norte da África e Oriente Médio, desde o início da chamada Primavera Árabe. A revolta que começou na Tunísia, atingiu o Egito, Irã, Marrocos, Iêmen, Barein, Mauritânia, Líbia e outros. Ela estava engasgada na garganta da maioria de cada cidadão que vivia sob um governo ditatorial, corrupto e explorador. A mais longa de todas acontece na Síria, país considerado um dos berços do cristianismo, mas hoje majoritariamente muçulmano: 90% da população. Devemos estar preparados para levar as Boas Novas a esses que estão esquecidos e negligenciados pela igreja cristã no mundo.
jmm.org.br/campanha2013
O
Oriente Médio é um grande reduto do islamismo, a segunda maior religião do mundo com mais de um bilhão de seguidores. Ele ocupa uma área aproximada de 7 200 000 km², que se estende desde o leste do Mediterrâneo até ao Golfo Pérsico, com uma população de mais de 270 milhões de pessoas. A combinação de fatores como baixa taxa de natalidade, emigração e, em alguns países, perseguição contribui para a redução de grupos cristãos no Oriente Médio. Países como Jordânia, Iraque e Irã possuem menos de 4% de suas populações compostas por cristãos. Na Síria, apenas 9% da população é cristã. No Egito, essa porcentagem é de 16%. O Líbano é o maior reduto de cristãos no Oriente Médio, em torno de 40%. Antes da criação do Estado de Israel, em 1948, havia uma população cristã de até 20%, mas hoje a porcentagem é de apenas 2% nos territórios palestinos e Israel. A própria cidade de Belém, antes majoritariamente cristã, hoje é de maioria muçulmana. Os árabes são um povo cuja história se confunde com o início e expansão do islamismo. Hoje há mais de 400 milhões de árabes no mundo, a maioria vive em países localizados no Oriente Médio e Norte da África.
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europa
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uma população combinada de 659 milhões de pessoas. Mais de 20 anos após a queda da Cortina de Ferro, muitos países ex-comunistas ainda têm milhares de pessoas que desconfiam do Evangelho. Em uma pesquisa recente, mais de 75% dos entrevistados em países como Estônia, Suécia, Dinamarca, Noruega, República Tcheca e Reino Unido, disseram que a religião não é importante para suas vidas. Na França, 47% das pessoas se dizem agnósticas.
Testemunhar de Cristo à Europa pode ter um grande impacto sobre a missão da igreja para alcançar o mundo todo.
A população cristã europeia está envelhecendo e grande parte das famílias não têm filhos, o que de certa forma, inviabiliza o avanço e a manutenção da igreja evangélica no médio e longo prazo. O Velho Mundo tornou-se um grande ímã para milhões de pessoas vindas da África e da Ásia. Esse alto fluxo de imigrantes, a maioria muçulmanos, que diferentemente do europeu típico, tem família numerosa, representa uma mudança drástica no perfil da família e do cidadão europeu. Há relatos de que no sul da França existem mais mesquitas do que igrejas. Estudiosos acreditam
que o continente se tornará em breve mais religioso, tornando-se predominantemente muçulmano ou passará por um grande avivamento do cristianismo.
As muitas religiões confundem Inglaterra, Espanha, Holanda... Toda a Europa Ocidental está sendo varrida pelos enganos do século 21. Seitas, filosofias orientais, feitiçaria atraem milhões. Ali são realizadas anualmente movimentos esotéricos. O ocultismo e o satanismo, com suas promessas, também não param de atrair adeptos. Um exemplo é o que está acontecendo na Espanha, onde as seitas proliferam. São mais de 200 grupos destrutivos e 35 seitas satânicas. A Nova Era, com sua fachada moderna, está nas ruas, no comércio, nas pessoas. Dos grupos que hoje estão ocupando a Europa, os muçulmanos são o de maior crescimento, atingindo 3,3% da população. Depois vêm os hindus, os budistas, os seguidores das religiões tribais e os ateus (European Baptist Press Service - EBPS). Muito investimento está sendo feito. Em Madri, na Espanha, os muçulmanos construíram um centro islâmico, um dos mais importantes e prestigiados da Europa. Ali já há 50 mil muçulmanos. Também em Madri os mórmons abriram um centro religioso, o mais importante da Europa. A Albânia é um país onde a maioria da população é muçulma-
* International Mission Board, agência missionária da Convenção Batista do Sul dos Estados Unidos.
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F
ormada por 49 países e marcada pela diversidade cultural, durante séculos a Europa foi o berço do cristianismo, de conceituadas universidades cristãs, dos avivamentos e dos grandes reformadores. É também uma região reconhecida pela influência cultural e artística na história da humanidade, famosa também por seus castelos, museus, monumentos e belezas naturais. Algumas igrejas e denominações europeias tornaram-se dependentes economicamente do Estado, com dificuldade em manter suas grandes catedrais e propriedades. Em razão disso, templos foram transformados em museus, salas de concertos musicais, ginásios de esportes e até casa noturna (como acontece na Irlanda). Com a ausência de pregadores da Palavra de Deus e de plantadores de igrejas com visão bíblica e contextualizada, a Igreja, em alguns países da Europa, começou a envelhecer, perdendo o vigor e a capacidade de produzir resultados para a eternidade. Em todos os países há bolsões de pessoas que não têm acesso ao Evangelho. O desespero dessas pessoas é visto nos principais noticiários mundiais. Violência nas ruas de Londres, a pobreza e a discriminação em comunidades ciganas, alcoolismo desenfreado no leste europeu e reportagens da extinção do cristianismo em oito países europeus são apenas alguns sinais do estado de afastamento de Deus que permeia o continente. Segundo a IMB*, há ainda 772 povos não alcançados na Europa com
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na, mas há outros com mais de um milhão de muçulmanos, como Bulgária, França, Alemanha, Itália, Reino Unido, Sérvia. Na Espanha, eles já formam o maior grupo religioso. Em sete países europeus, já representam mais de 10% da população. É a religião majoritária em seis países. Um dos grandes desafios evangelísticos para a Igreja de Cristo hoje é a evangelização dos milhões de imigrantes que chegam e dos próprios europeus. Muitas são as experiências de transformação hoje vividas por grupos que regularmente se reúnem nos lares para oração. A solução passa pela dependência do Senhor e intercessão em favor dos povos. Passa pelo
coração dos crentes que se compadecem pela miséria do mundo. Testemunhar de Cristo à Europa pode ter um grande impacto sobre a missão da igreja para alcançar o mundo todo. Missões Mundiais trabalha para que, a partir da Europa, influência global, missionários compartilhem do Evangelho a imigrantes vindos de todos os lugares do mundo; a fim de que estes retornem ao seu povo para contar-lhe as Boas Novas. A Europa clama por salvação. Esse clamor dos que não foram alcançados pelo amor de Cristo é que nos move a realizar a obra missionária em cumprimento à Grande Comissão.
Por um reavivamento do
cristianismo europeu
N
ossos missionários têm testemunhado o Evangelho às nações da Europa graças às orações e ao sustento enviado pelos
crentes brasileiros, o que permite Missões Mundiais manter uma grande equipe no Velho Continente, região do mundo que tanto carece de Cristo. Hoje
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temos 162 missionários na Europa.
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a região contemplam a expandir o trabalho já realizado nesses e em outros países próximos. É no Leste Europeu que está concentrada a maior quantidade de missionários da terra, que tem desenvolvido um brilhante trabalho. Aqueles que organizam igrejas e passam a ser sustentados
Os campos com o maior número de missionários
por elas dão lugar a outros, que iniciam
são Portugal, Espanha e Itália, países onde Missões
novos trabalhos.
Mundiais está presente em várias cidades.
Missões Mundiais para
Também estamos presentes nos países bálticos,
O Leste Europeu tem se mostrado nos últimos
no extremo norte da Europa. Na Letônia, nossos
anos como um uma região extremamente carente
missionários têm atuado na revitalização de
do Evangelho de Cristo. Albânia, Romênia
igrejas, investido no treinamento e formação de
e Ucrânia precisam urgentemente de mais
obreiros e supervisionado o trabalho desenvolvido
missionários brasileiros e da terra. Os planos de
por missionários da terra em países vizinhos.
Confira sugestões de como aproveitar da melhor maneira os materiais que Missões Mundiais preparou para mobilizar sua igreja. Cartaz oficial e cartaz de apoio
Quadro de missionários
Prepare sua igreja para entrar no clima da Campanha de Missões Mundiais. Afixe os cartazes em locais de grande circulação e boa visualização. Caso você necessite de artes em formatos especiais para banners e fundo de palco, consulte os formatos disponíveis para download no site www.jmm.org.br/ campanha2013.
Esta é uma das principais peças do material da Campanha de Missões Mundiais. Por isso, posicione o quadro de missionários em local estratégico, para que os membros e frequentadores da igreja se sintam pessoalmente motivados a conhecer os rostos de nossos missionários, bem como os locais onde a JMM está presente.
Cartaz alvo Faça várias cópias desta peça e coloque-a em locais diferentes na igreja, de forma que todos saibam os alvos a serem alcançados. Não defina apenas um alvo financeiro para sua igreja, mas também de adotantes de projetos, intercessores, participantes de caravanas missionárias, envolvidos com o JMM Jovem, participantes de acampamentos de promotores... enfim: ENVOLVA TODA A IGREJA com a obra missionária mundial!
Mapa povos não alcançados Este mapa apresenta graficamente a localização dos cerca de 3.800 povos não alcançados pelo Evangelho de Cristo. Aplique-o em local de boa visibilidade. Incentive sua igreja a saber mais sobre os desafios de Missões Mundiais e a orar por aqueles que ainda não ouviram falar de Jesus.
ADESIVOS No kit enviado para sua igreja, há três tipos de adesivos para serem usados com criatividade durante a Campanha. Distribua-os entre: - promotores ou líderes de Missões - jovens e adolescentes - crianças - recepcionistas da igreja Use os adesivos “Faltam ‘x’ dias” de acordo com o lançamento ou encerramento da Campanha na igreja, dia da oferta especial para Missões Mundiais ou outra ação que envolva a igreja.
REVISTA “TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES” É esta revista que você está lendo. Ela contém o conjunto das principais informações e orientações para mobilizar sua igreja e envolve-la com Missões Mundiais. Dividida em capítulos, a revista apresenta conteúdo focado para diferentes públicos: promotor de missões, líderes de minitérios (música, crianças e jovens) e também para o pastor. Leia, use, divulgue, compartilhe! Estimule outros a baixarem a revista no site da campanha: www.jmm.org.br/campanha2013.
Revista Gratidão As igrejas que solicitaram a edição impressa da revista Gratidão irão recebê-la por correio. Para todas as igrejas está disponível a versão digital da revista no DVD da campanha e também no site www.jmm.org.br/campanha2013.
caderno especial do pastor Suplemento especial de incentivo ao pastor para despertar a igreja à obra missionária. Ela contém emocionantes histórias vividas por nossos missionários nos campos.
Cartões de oração Incentive os membros de sua igreja a orarem pelos missionários durante todo o ano. Destaque e distribua os cartões de oração, que podem se transformar em marcadores de Bíblia. Conheça os desafios, motivos de oração e um pouco da vida de cada missionário da JMM.
Crianças Cartaz infantil Fale da importancia e do significado de SER UM MISSIONÁRIO às crianças. Os pequeninos precisam ser estimulados a compreender a necessidade de evangelizar o mundo. caderno especial do líder de crianças Suplemento com peças para montar, como cofrinho e móbiles com as quatro ênfases da Campanha: orar, falar, ir e doar.
Fichas de adoção Incentive os membros de sua igreja a se engajarem também individualmente no sustento da obra missionária, adotando projetos e missionários, com contribuições especiais ou mensais. Disponibilize estas fichas e explique como preenchê-las corretamente. Podem ser enviadas por correio diretamente pelo membro (o selo já está pago). Cada pessoa que se torna adotante ou intercessor de um projeto ou missionário da JMM, recebe bimestralmente a revista A Colheita em sua residência.
DVD “TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES” O conteúdo do DVD é muito variado. Há o clipe da campanha com a música especial (versão cantada e somente playback), vídeos interessantíssimos, bases para apresentações (tipo powerpoint) e muito mais. Assista os vídeos e saiba muito mais sobre o que Deus tem feito no mundo através da JMM. Incentive também grupos pequenos, classes de EBD e membros a conhecerem o conteúdo do DVD. Além de poder reproduzi-lo, praticamente todo seu conteúdo também está disponível para download no site jmm.org.br/campanha 2013.
APRESENTAÇÃO COM A LETRA DA MÚSICA “PODER PARA TESTEMUNHAR” Arquivo pronto e diagramado, contendo a letra da música da Campanha 2013.
Revista Sorriso Juntamente com o caderno especial do líder de crianças, há a edição especial da revista SORRISO (orientador), produzida em parceria com a União Feminina ((UFMBB). O conteúdo é totalmente relacionado com experiências ocorridas nos campos de Missões Mundiais, e tem o principal objetivo de despertar nas crianças o desejo de orar e testemunhar o Evangelho de Cristo a toda criatura.
MÚSICA ESPECIAL 2013 A música oficial da Campanha 2013, “Poder para Testemunhar”, tem música de Leo Gomes e letra de Vanessa Gomes, sua esposa. Ambos lideram o ministério de música e adoração da Igreja Batista da Glória (Vila Velha ES). Estimule sua igreja a conhecer e cantar dominicalmente a música nos momentos missionários. A música está linda, é fácil de cantar e memorizar. A igreja vai vibrar por cantar e refletir sobre a letra inspirativa.
Toque para celular Faça o download do toque para celular da música da Campanha em www.jmm.org.br/campanha2013.
WEBSITE DA CAMPANHA 2013 Acesse www.jmm.org.br/campanha2013 e confira informações exclusivas sobre missionários e projetos de Missões Mundiais separados por público: - promotor ou líder de Missões - líder de crianças - vocacionado - músico - pastor
FUNDO TEMÁTICO PARA SLIDES Use a criatividade e aproveite ao máximo a base para apresentações (arquivo powerpoint) que preparamos. Você pode colocar os tópicos das mensagens e palestras, cânticos, apresentar pequenos textos com desafios e metas de Missões Mundiais. Envolva sua igreja com Missões Mundiais!
Chamado para anunciar a salvação ao mundo
Barreto Soares, diretor executivo da JMM, fala sobre desafios, passos de fé e ousadia para alcançar os povos sem Cristo, testemunhando do Evangelho pelo poder do Espírito.
João Marcos Barreto Soares: A Campanha de Missões Mundiais 2013 é um marco. Primeiramente vamos trabalhar a questão da ação pelo poder do Espírito Santo de Deus. Nós precisamos entender que Atos 1.8, quando fala do poder do Espírito, fala de poder para testemunhar: “E recebereis poder e ser-me-eis testemunhas”. O poder do Espírito Santo serve para testemunhar. Onde? Em Jerusalém, toda Judeia e até os confins da Terra. Essa relevância do Espírito Santo na evangelização dos povos pode ser explicada de que forma? O poder do Espírito é um poder missionário. Poder de testemunhar às nações. Seu verdadeiro sentido precisa ser recuperado. Se você não trabalha Missões em nível local, regional e mundial, você não está usando corretamente o poder do Espírito que desceu sobre a igreja e que habita hoje em todo aquele que reconhece Jesus Cristo como seu Senhor. Os cristãos precisam descobrir mais os seus dons, os seus ministérios, e usar esse poder. A apresentação de pessoas dispostas a seguirem às nações como missionários pode ser considerada um dos principais objetivos desta campanha? Acreditamos que durante a Campanha 2013 teremos uma mobilização muito grande e mais missionários se apresentarão à JMM. Nós temos a expectativa de chegarmos à marca de 900 missionários até o final deste ano. Mas já penso em 2 mil missionários daqui a 10 anos. Temos que ter mais 100 novos missionários por ano, mas só saberemos das expectativas reais quando virmos a resposta da igreja brasileira a este chamado. A JMM espera cumprir sua missão de viabilizar o trabalho missionário das igrejas batistas do Brasil.
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O Pr. João Marcos
Qual o principal ponto da campanha de mobilização “Testemunhe às nações pelo poder do Espírito”?
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Em suas últimas edições, o foco da Campanha de Missões Mundiais tem sido os cerca de 3.800 povos não alcançados. Quais são os resultados até o momento deste trabalho? Estamos chegando a lugares estratégicos. Temos em treinamento um missionário que irá para um dos países mais fechados ao Evangelho. Temos planos de, nos próximos anos, enviarmos missionários às cinco nações mais fechadas do mundo. Queremos ser força mobilizadora, capacitadora e enviadora das pessoas apresentadas pelas igrejas batistas brasileiras. Nossa missão é sensibilizá-las para que estejam conscientes da importância de Missões e de se fazer Missões, não só na igreja local, mas no cumprimento da Grande Comissão, daquilo que foi a última ordem de Jesus para nós. É o que vemos em Atos 1.8. É comum líderes batistas de outros países solicitarem à JMM a presença de missionários? O Brasil tem se consagrado como uma força missionária?
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Em uma reunião na Tailândia, em 2012, após dizer quem eu era e o que fazia, várias pessoas me procuraram e pediram para que eu enviasse missionários aos seus países. Aconteceu com o Paquistão. Fui procurado por um irmão que disse haver 96% de muçulmanos no seu país. Eles amam o futebol brasileiro e gostariam que os missionários brasileiros pudessem abrir escolas de futebol por lá. Em um dia de reunião com 72 representantes de 30 países, recebi diversos pedidos. Não há uma semana em que não haja contato de uma organização batista ou de outra denominação nos solicitando o envio de missionários brasileiros. O eixo missionário se deslocou para o sul do planeta. O Brasil tem um papel fundamental no envio dos missionários. Não é uma janela que irá durar pra sempre. Precisamos agir nos próximos 20 anos, enquanto temos esse espaço. Como Missões Mundiais tem quebrado paradigmas e chegado a países considerados fechados ao Evangelho? Várias coisas que eram condenadas quando eu era crian-
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ça, hoje são ferramentas estratégicas para o avanço missionário: o futebol, por exemplo. Esportes de luta também eram condenados; hoje, temos missionários que lutam jiu-jítsu. Televisão também era algo associado ao supérfluo, mas agora missionários nossos usam a TV, em programas que não são diretamente evangelísticos, para testemunhar do Evangelho de Cristo. Maquiagem era vaidade, no entanto, hoje o projeto ELA manifesta o amor de Jesus através de cuidados estéticos que ajudam a recuperar a autoestima de mulheres de várias partes do mundo. Há uma mudança de paradigma acontecendo. É interessante ver como Deus usa tudo o que Ele deseja para alcançar pessoas. Como o senhor e toda a equipe de Missões Mundiais têm se preparado para mobilizar nossas igrejas? Os meses de março, abril e maio normalmente são meses em que eu viajo até quatro vezes por semana para mobilizar nossas igrejas a atenderem o clamor do mundo por Cristo. O maior preparo que preciso é o espiritual. Toda a equipe de pastores, missionários e colaboradores de Missões Mundiais está se preparando através de orações, clamando a Deus para que nos use. Estudo constantemente a Palavra de Deus para saber que textos Ele tem para que eu possa desafiar as pessoas à obra de evangelização mundial. Estou preparando sermões e vendo o que Deus quer comunicar ao povo batista. De que depende a eficácia de uma campanha missionária? No momento em que vários países se fecham, perseguem cristãos... Precisamos de ousadia e coragem para cumprir a nossa missão. Isso não vem apenas de treinamento, conhecimento, estratégia. Ousadia e coragem só são concedidas pela ação do Espírito Santo. A ideia é de um poder para suportar a perseguição, uma capacitação para seguir até o fim e cumprir a missão. Quem faz a obra é o Espírito Santo através de pessoas a quem Ele capacita. É Ele quem envia, convence do pecado e do juízo. É o Espírito Santo quem dá dons. Tudo isso é usado para fazer a obra missionária.
Sete países, sete realidades e um só desejo O dia-a-dia de uma equipe de filmagem ilcilene Figueira, coordenadora do Setor de Produção Audiovisual da JMM, lidera as viagens a campos missionários, realizadas anualmente com objetivo de entrevistar, registrar depoimentos, desafios, testemunhos... e trazer matéria-prima para a preparação dos vídeos que integram o material de cada Campanha de Missões Mundiais. Nil, como é conhecida pelos amigos, a pedido de nossa gerente de Comunicação e Marketing, Jaci Madsen, cedeu seu diário pessoal de viagem para que pudéssemos dividir com você os registros e impressões de alguém que tem o coração, a vida, a mente, os olhos e os pés – literalmente – na obra missionária mundial. A equipe visitou sete países – dois na Europa e cinco na África – e registrou a luta diária nos campos de missões transculturais. Burkina Fasso e Níger foram os campos inéditos nesta viagem. E passar alguns dias nas aldeias era a maior expectativa do grupo. Durante 58 dias, a equipe fez uma dezena de voos e percorreu mais de 13 mil quilômetros por terra em busca de imagens. A Europa, de onde saíram pregadores como Martinho Lutero e Charles Haddon Spurgeon, hoje é o continente com o menor número de evangélicos. Na África, apesar da perseguição contra os que deixam a religião tradicional, o trabalho está crescendo. Acompanhe um pouco da alegria, da dor, da emoção de quem vive por Missões.
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O primeiro campo missionário dos batistas brasileiros pede socorro epois de uma noite inteira de voo, chegamos a Portugal para 14 dias de visita. Na imigração, apresentamos a carta-convite da Convenção Batista Portuguesa, mas três vezes fomos revistados. Somente quando falamos que íamos gravar os jogadores de futebol brasileiros, nos deixaram passar. Uma semana depois, entendemos a reação daqueles agentes federais. Ser evangélico em Portugal é como ser de uma seita de enganadores, de retrógrados sem inteligência, como ouvimos dos portugueses. Mais espantoso ainda foi quando uma nova convertida nos disse que pensava que todos os protestantes haviam morrido na Inquisição. Do aeroporto, fomos para a primeira entrevista. Na cidade de Vila Nova de Gaia, encontramos o pastor de uma igreja de mais de 40 anos, 120 membros e uma frequência aos cultos de 40 pessoas. O belo país dos casarios antigos e o famoso bacalhau começava a se mostrar. Atravessamos o país de norte a sul, de carro, visitando os missionários da JMM e algumas igrejas locais. Portugal, o primeiro campo para onde os batistas brasileiros, em 1911, enviaram o primeiro missionário, parecia um país de não alcançados. O secularismo domina a sociedade. A crise econômica tem trazido desespero às pessoas, mas não a busca por Deus. A depressão se tornou um problema de saúde. A política do bem-estar ruiu.
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Portugal tem menos de 1% de evangélicos, e as igrejas têm, em média, 50 membros. Em muitas delas só há idosos, e a falta de pastor tem trazido tristeza aos poucos crentes que permanecem.
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Num domingo, visitamos uma igreja na fronteira com a Espanha. Num pequeno templo, oito irmãos nos aguardavam. O cheiro de mofo, as teias de aranha nas janelas e as informações antigas no mural mostravam uma realidade distante e sombria. Eles cantavam tristemente e pediam um pastor. Uma tarde, fomos almoçar num restaurante em Lisboa. Ao lado de nossa mesa havia uma senhora de uns 80 anos, sozinha, tomando cerveja e comendo caracóis. Puxando conversa, ela nos perguntou se éramos
Portugal tem menos de 1% de evangélicos, e as igrejas têm, em média, 50 membros. Em muitas delas só há idosos, e a falta de pastor tem trazido tristeza aos poucos crentes que permanecem. brasileiros e pediu para tirar uma foto com a gente. Disse que gostava de brasileiros, enfim, queria conversar. Tiramos a foto e então ela escreveu seu endereço num papel e disse que mataria o cinegrafista Josias Siqueira, se não enviasse uma cópia para ela. Um pouco surda, mas muito alegre talvez por causa da bebida, ela foi até nossa mesa e nos ofereceu caracóis. A aparência era horrível, e somente o missionário Ricardo Magalhães, pra não fazer feio, aceitou. Depois ela sentou-se, calada, ficou comendo sua iguaria até nos despedirmos dela, com a promessa de que o missionário iria visitá-la depois para entregar-lhe a foto. Imaginei aquela senhora chegando em casa sozinha, alcoolizada, dormindo do jeito que estava, e acordando no outro dia com uma baita dor de cabeça e pouco se lembrando do dia anterior. Aquela mulher representa a situação de Portugal. Um país com um dos maiores índices de idosos da Europa, onde pessoas morrem sozinhas, sem esperança, trancadas em seus apartamentos. Encontramos igrejas vazias e poucos vocacionados para o ministério. E foi para revitalizar essas pequenas igrejas e implantar outras que vários missionários estão hoje lá. E os resultados já começam a aparecer.
18 anos depois uiné-Bissau, na África, foi nosso segundo destino. Nosso voo para Bissau atrasou. Depois de quatro horas no avião, com muito sono e cansaço, chegamos. Era de madrugada. Após o alvoroço, que é sair de um aeroporto africano, e embaixo de uma chuva fina, arrumamos as bagagens na pickup da Missão Batista Bafatá e viajamos mais duas horas até Bafatá.
Ali, encontramos a missionária Adriana Justino sentada embaixo de uma árvore junto com o povo. As crianças do PEPE (programa socioeducativo) local se reuniram numa sala e cantaram pra nós. Muitas delas tinham um amuleto amarrado à cintura ou ao pescoço para se protegerem dos espíritos maus. Elas se encantavam com as coloridas fotos que Jaci Madsen, gerente de Comunicação da JMM, fazia com o seu tablet.
Um dos trabalhos mais impressionante que vimos foi o da clínica médica, em Bafatá, onde há apenas um hospital.
Depois, seguimos para Campano, outra aldeia muçulmana, 17 quilômetros mata adentro, onde a dentista e missionária Elaine e o Pr. Freddy Ovando atendem 50 crianças com o POPE (Programa de Odontologia Preventiva e Educativa). Com escova de dentes e muita espuma, elas iam aprendendo a cuidar dos dentes. O POPE é o único trabalho evangelístico naquela aldeia.
Outro projeto que funciona ali é a clínica odontológica, um antigo sonho transformado em realidade, em uma região onde a única opção de “tratamento dentário” era se submeter à extração feita por um homem, debaixo de uma árvore e sem qualquer anestésico.
Na capital, Bissau, encontramos a missionária Rosenilda Almeida com um grupo de crianças muçulmanas. Na sala de sua casa, cerca de 85 crianças se reúnem a cada semana para ouvir histórias bíblicas. Depois os adultos se reúnem para a EBD.
Muitas chegam com dor, com fome, cansadas depois de caminharem até três dias. Então recebem um pedaço de pão com leite, e enquanto aguardam atendimento, ouvem a Palavra de Deus. Assim ficam confortadas.
Pelo asfalto, terra, trilha, mata fechada, sol, chuva... íamos filmando aquelas aldeias de casebres, num chão de barro vermelho, cercadas de um verde exuberante. Um dos trabalhos mais impressionantes que vimos foi o da clínica médica, em Bafatá, onde há apenas um hospital. As pessoas chegam com malária, verminose, feridas pelo corpo, Aids... Muitas delas sem dinheiro para comprar os medicamentos. Então elas recebem o remédio e ouvem a Palavra de Deus por fitas cassetes enquanto aguardam atendimento. Na clínica, a nutricionista Sônia Santos, com seu esposo, Pr. José Roberto, realiza um projeto de nutrição com gestantes e bebês e aplica teste de diagnóstico de HIV.
Hoje, há fila na porta da clínica. Pessoas até de outros países como Senegal e Guiné vão à Bafatá para atendimento.
Foram seis dias intensos. Sempre à tardinha chegávamos à casa cansados, empoeirados, famintos e então podíamos nos refrescar com um banho, comer e acessar a internet. À noite, cercados por mosquiteiros, dormíamos com um abençoado ventilador. Triste era quando na madrugada, o gerador de energia parava, e então, com as janelas abertas, tentávamos nos refrescar até pegar no sono de novo. Foi restaurador encontrar um trabalho plantado há 18 anos, dando frutos num país onde até as ONGs desistiram de investir. A escola, a clínica médica, a rádio e o templo são o resultado de uma equipe de missionários visionários, desbravadores e de igrejas brasileiras fiéis sustentadoras.
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Dormimos de 6h às 10h e nos aprontamos para visitar a primeira aldeia muçulmana, a Tabanca de Águila, a 20 minutos dali. O calor e as casinhas simples perdidas entre o verde nos traziam a um outro mundo.
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O país onde fabricamos esperança iferente das outras vezes em que visitamos o país, passamos pela imigração sem revistarem nossas bagagens. Às 16h, o clima era de total tranquilidade. Era o tempo do jejum do Ramadã e talvez, por isso, aquele sossego. Nossa primeira saída foi para a cidade de Mbour, onde está sendo construído um templo com várias salas. Um sonho para os convertidos que se reuniam na casa dos missionários, Pr. Ronaldo e Ana Paula Lourenço. Um diferencial num país onde 98% da população é muçulmana. A visita ao projeto Surdos do Senegal, desenvolvido pelo casal missionário Pr. Walter e Alzira Freire, estava em nosso roteiro. A implantação do ministério nas igrejas e o treinamento de pessoas para trabalharem com esse grupo têm feito o projeto avançar. Num país onde a criança surda é desprezada, por atribuírem esta deficiência física à ação de maus espíritos, ver o adolescente Ibrahim, o primeiro aluno adotado pelo projeto, ajudando no POPE, foi gratificante. Numa manhã, saímos com a missionária Elizângela Chagas para uma gravação externa. A hostilidade comum em Dacar nos deixou em dúvida se conseguiríamos êxito. Era sexta-feira, e muitas pessoas estavam se dirigindo às ruas principais da cidade para a hora da oração. Fomos então até o Centro Cultural, e o cinegrafista Josias subiu na varanda e conseguiu ter uma visão geral do povo. Era impressionante o mar de pessoas vestidas com roupões longos, todas sentadas em seus tapetinhos ao longo da rua, se inclinando naquele ritual que bem conhecíamos. Do alto falante, um homem dirigia a oração. Uns 10, 15 minutos depois, a multidão se dispersou e as ruas voltaram ao normal.
Nossa primeira saída foi para a cidade de Mbour onde está sendo construído um templo com várias salas. Um sonho para os convertidos que se reuniam na casa dos missionários. Outra alegria foi visitar o projeto Fábrica de Esperança, onde o médico Humberto Chagas e a dentista Elizângela atuam. É como ver o deserto florescer. Os pacientes bem tratados sentem o amor de Deus nos gestos, nas atitudes e assim vão experimentando o amor de Deus. Além das clínicas médica e odontológica, ali funciona, há três anos, a escolinha de futebol. Num campo de terra batida e embaixo de um forte sol, gravamos a alegria da garotada com a bola no pé. Cerca de 250 meninos já passaram pelo projeto e hoje estão inseridos na sociedade. Outro braço do projeto é a escola dirigida pela missionária Andréa Chrysóstomo. Uma escola cristã num contexto muçulmano e animista, onde crianças de 5 anos de idade podem aprender histórias bíblicas. São crianças com dificuldades de aprendizagem porque não dormem à noite, dominadas pelo medo, oprimidas espiritualmente. O PEPE, dirigido pelo missionário José Ricardo Nascimento, é outra ferramenta de trabalho para alcançar crianças. Hoje já são seis unidades funcionando no país. Uma esperança em uma nação onde 50% da população tem menos de 18 anos de idade. Foram seis dias de intenso trabalho no Senegal. E chocante por fazer entrevistas, almoçar, acordar e dormir ouvindo o cântico da mesquita. Cinco vezes por dia todo o país para por causa da oração. Crianças de 7 anos de idade jejuam. Um zelo religioso, uma determinação que mexe com qualquer coração cristão.
Um pequeno e desconhecido país ossa aventura pela África continuou. Depois de quase descermos no Mali por engano, chegamos a Burkina Fasso. Fazia calor e o lugar era simpático, bonitinho e organizado, como havia dito a missionária Cristiane Oliveira. Minutos depois, entramos na periferia. À beira da rua havia muita mercadoria exposta e gente circulando. No trânsito, o número de motos impressionou.
Milagres de cura, vida de oração, perseguição, ir aos povos não alcançados... Pr. Koné e os líderes das igrejas nas aldeias ao redor tinham muita coisa a contar. e chegamos. Uma casa com dois cômodos, coberta de zinco, foi nosso refúgio naquela imensidão. Pr. Koné montou nossos mosquiteiros e colocou os colchões em cima de tapetes de palha trançada. Uma pequena lanterna iluminava o espaço.
Gravar em igrejas, em mercados, nas ruas e mesquitas estava em nosso roteiro, mas nossa grande expectativa era visitar a aldeia Naná.
Na entrada do quarto, um pequeno espaço acumulava cascalhos, plásticos, madeiras, tecidos velhos. Um bom lugar para insetos e escorpiões. Mas depois que os colchões e mosquiteiros foram montados, ficamos protegidos.
Pela primeira vez iríamos dormir numa aldeia, e isso nos preocupava. A missionária Cristiane havia dito que sempre que ia lá, dormia numa barraca de camping dentro de uma casa. Como ela não tinha conseguido barracas pra equipe, dormiríamos em colchões no chão. Então ficávamos imaginando os insetos, as cobras.
O clima era agradável, quase frio. Lá fora, milhares de sapos cantavam. Um basculante de ferro, pequeno e sem vidro, renovava o ar. Pela madrugada, acordava e agradecia a Deus pelo teto de zinco e o cortinado, pelo conforto e proteção. Quanta energia desperdiçada com preocupações.
Um dia antes, compramos pão, biscoitos, refrigerantes, água, mosquiteiro, lanterna, arrumamos alguns colchões e partimos. Pelo caminho compramos arroz e banana. A aldeia Naná ficava a 250 quilômetros da capital. Cinco horas depois de muitos solavancos e poeira, chegamos.
Cedo começamos as gravações. Atravessamos o imenso terreno de plantações e chegamos ao pequeno templo. Os bancos eram feitos com toras de árvore, sem encosto e bem perto do chão. Imaginei o desconforto daqueles irmãos nos cultos.
A família do missionário da terra Oumar Koné e alguns membros da igreja ali, nos aguardavam. Sentamos, conversamos, tomamos chá verde com açúcar enquanto observávamos o local.
A imagem dos missionários sendo entrevistados em frente ao templo era singular, com meninas e meninos pastoreando cabras ao fundo. Parecia uma montagem.
Uma pequena casa de tijolo de barro, com quarto, sala e uma cozinha ao lado se destacava na plantação de quiabo, gergelim, crisântemo, feijão e milho. Ao redor, cabritos, galinhas e um burrinho completavam a paisagem. Ao lado, outra casinha abrigava uma família. O banheiro, nos fundos da casa, era formado por dois cômodos minúsculos, sem teto, com paredes na altura dos ombros. O sanitário era um buraco, que ao meio-dia era povoado de moscas azuis. Já noite, e com o estômago roncando, nos sentamos ao redor de uma pequena mesa, comemos arroz com frango caipira, conversamos e demos muita risada. Uma lua cheia, esplendorosa iluminava, fazendo silhuetas no chão como se fosse dia. Lá pelas 22h, nos despedimos e fomos para o local onde dormiríamos. Atravessamos um terreno com plantação
Milagres de cura, vida de oração, perseguição, ir aos povos não alcançados... Pr. Koné e os líderes das igrejas nas aldeias ao redor tinham muita coisa a contar. Amamos esse pequeno e tão pouco conhecido país e sua gente amável. O trabalho da Cristiane era claro, incontestável. Havia a horta comunitária, a fabricação de sabão, a abertura de poços, o testemunho do Evangelho, o discipulado e muito treinamento de obreiros. É dessa forma que a Palavra de Deus é anunciada naquela região do planeta.
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O Evangelho chega às aldeias epois de duas horas e meia de voo, chegamos ao Níger. O clima calorento e abafado da capital, Niamey, era desconfortável, mas não se comparava aos 50 graus que costuma fazer no país. Do avião, dava pra ver a pouca vegetação e uma grande área desértica. Fomos para a casa dos missionários Josué e Kely Pacheco, que abriga os Radicais do programa Voluntários Sem Fronteiras que chegam ao país. Nossa primeira viagem foi para a aldeia de Seberi Zarma onde a turma Radical 7 morava. A turma 8 foi conosco para conhecer o local. Depois de uns 40 minutos, chegamos. Na entrada, um poço comunitário estava rodeado de mulheres com suas bacias e baldes coloridos. Ao entrarmos na aldeia, demos de cara com bois, vacas, carneiros, ovelhas e muitas galinhas e pintinhos. As casas ficavam ao redor. A residência dos Voluntários Sem Fronteiras é a única com energia elétrica. Nos instalamos, tomamos o café da manhã com os jovens e começamos as visitas pela comunidade. Uma aula transcultural ao vivo e em cores. À tarde, fomos conhecer o único hospital da região, onde a Radical Paula Cristine ajuda com curativos e nos serviços da farmácia. No portão de entrada, um grupo aguardava a senha de atendimento. As crianças choravam de fome e cansaço. Estavam ali desde às 5h da manhã esperando. De volta à aldeia, visitamos casas, gravamos com a comunidade, conhecemos o trabalho de costura, de cabeleireiro e de informática realizado pelos jovens missionários, nos ocupamos com tantas novidades que nem vimos o dia passar.
A arrumação dos mosquiteiros, a comida, a escovação dos dentes, o banho, tudo naquele jeito simples e improvisado estava se tornando comum para nós. A noite foi tranquila, e os ventiladores, um presente dos céus. No outro dia, saímos cedo para visitar outra aldeia a duas horas e meia dali. Na aldeia de Dargol, encontramos uma família cristã. Sentamos todos embaixo de uma árvore, e Josué fez um estudo bíblico com eles. Aquela era a única família cristã naquele local, fruto do trabalho dos Voluntários Sem Fronteiras que moraram com eles um período. Depois de uma ameaça feita pela Al Qaeda na Nigéria, os jovens tiveram de se mudar e passaram a ir à aldeia somente durante o dia. A família sofreu pressão para deixar o cristianismo, mas como se manteve firme, a comunidade começou a respeitá-la. O cristão, líder da aldeia, trabalha fazendo objetos de metal como faca e outros instrumentos. E por lidar com fogo, é temido pelo povo porque eles associam o fogo ao poder espiritual. As mulheres da aldeia, sem saberem ler, ouviam a Bíblia por um rádio e decoraram capítulos inteiros da Palavra de Deus. Josué e Kely estavam felizes e sonhando com a ampliação do projeto de reforço escolar, com o apoio ao trabalho, com o discipulado feito nas aldeias, certos de que os frutos continuarão vindo. Saímos do Níger com a certeza de que Missões é o plano de Deus para a humanidade.
Onde se vive o amor 1h da madrugada, fomos para o aeroporto de volta à Europa. Passamos por Casablanca, no Marrocos, e por Lisboa, e por causa dos atrasos, 24 horas depois, chegamos à Espanha. Da Espanha, fomos de carro até o porto, ao sul, tomamos um barco e chegamos a um território espanhol de 17 mil quilômetros quadrados.
As ruas estão sempre cheias de gente, há muito comércio e controle do governo. Deprimente foi ver as “mulherescavalo” que atravessam do Marrocos para a região levando mercadorias para burlar a fiscalização. Mulheres, algumas idosas, envergadas com enormes sacolas na cabeça para ganharem 1 euro por carregamento. Nosso objetivo era ir até as montanhas do Marrocos, mas estávamos apreensivos com a repercussão que um vídeo sobre Maomé lançado na internet havia causado. Em sete países houve atentados, e Marrocos era um deles. Orientados por um obreiro, teríamos de viajar por fora das grandes cidades. Nos preparamos em oração e partimos cedinho para uma viagem de 10 horas. A paisagem aos poucos ia se transformando, ora numa vegetação seca, ora sem vegetação, alguns trechos com muito verde. As montanhas de pedras, as ovelhas pastando lembravam a terra dos hebreus. Era quase noite quando chegamos e encontramos a família muçulmana que nos hospedaria. O principal contato de nossos obreiros naquele local. Pai, mãe, filhos e netos, simples e agradáveis. Nos alojamos na parte superior da casa. Em seguida, nos serviram chá de hortelã com chá verde, pão caseiro, mel, manteiga e bolinhos em lascas fritos. Estávamos no norte da África, numa comunidade muçulmana bem diferente dos lugares por onde havíamos passado. Não podíamos falar que éramos cristãos, não podíamos fazer barulho, dar gargalhadas, enfim, teríamos de ser discretos e recatados, e as mulheres usarem saias longas e cobrir os braços. Depois de uma agradável noite fria, mas com bons cobertores, acordamos e saímos para uma comunidade
no alto da montanha onde vivem os beduínos beneficiados pelo projeto. Subimos e, em meia hora, estávamos no meio do nada, com um vento forte batendo e umas poucas casinhas ao longe, um deserto. De repente, as pessoas começaram a chegar sem que víssemos de onde. Uma mulher, duas, três, sempre com crianças e um burrinho. Chegavam tímidas, sorriam, nos beijavam, pegavam suas sacolas com alimentos básicos e saíam alegres. Ali no ermo, a mala do carro aberta, os pacotes iam sendo distribuídos. Um beduíno morador local e o senhor que nos hospedava ajudavam o missionário no controle.
Ficamos orgulhosos de estar ali numa missão, naquele deserto, num lugar aonde ninguém havia chegado antes. Depois, fomos convidados para entrar na pequena tenda do beduíno que estava ajudando a equipe. Tiramos os calçados, entramos e sentamos nos tapetes onde dormiam. Numa pequena mesa quase rente ao chão, tomamos chá de hortelã e comemos pão com mel, tudo produzido ali mesmo. Ficamos orgulhosos de estar ali numa missão, naquele deserto, num lugar aonde ninguém havia chegado antes. Outra visita que fizemos foi à escola primária onde funciona a escolinha de futebol. Na entrada já se podia ver o entusiasmo das crianças ao verem os missionários chegando com bolas e redes. Ficamos ali uma hora vendo a garotada pular, correr, chutar, e sob os olhares cautelosos do diretor e de um professor. As meninas ficavam ao nosso redor, tentando nos fazer entender o árabe delas. A missionária todo o tempo respondia perguntas. Elas olhavam nossos cabelos, nossas unhas e faziam perguntas de todo o tipo. Rostos e olhos ávidos por aprender que ficaram em minha memória.
jmm.org.br/campanha2013
Ali, ficamos pouco tempo porque estávamos de passagem para o Marrocos, mas queríamos conhecer um pouco a realidade local, com 45 mesquitas e uma população de pessoas vindas da Europa e da África.
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Um país em crise ns cinco dias depois, estávamos de volta à Espanha para nossa última parada. Nossa ênfase ali era registrar o ministério dos obreiros brasileiros na evangelização. Nos instalamos na igreja do Pr. Elton e Miriam Rangel, em Sevilha. Parecia que estávamos retornando ao século 21. À hora da sesta, de 14 às 18 horas, tudo parava. O calor forte era um convite ao descanso. Todos os dias era assim. Não havia lojas abertas e poucas pessoas permaneciam nas ruas. À noitinha, elas saíam para passear, fazer compras, tomar sorvete. Nesse horário, almoçávamos, organizávamos os equipamentos, fazíamos relatórios, respondíamos e-mails e assim descansávamos. A Europa que encanta turistas e historiadores estava lá, intacta para quem quisesse ver. A beleza da milenar Espanha com seus castelos, suas lojas de grife, seus teatros e templos católicos escondia a crise. A realidade era outra. Os encontros com as dezenas de obreiros brasileiros e líderes espanhóis nos mostraram algo bem além da aparência. A sociedade tem sido bombardeada pela quebra de valores. A família com pai, mãe e filhos está acabando. O índice de mulheres maltratadas é grande. Há cidades com altos índices de prostituição. A maioria do povo se esqueceu de Deus. A Espanha católica está se tornando um país muçulmano. Há uma mistura de paganismo, secularismo, um vazio existencial. O povo está decepcionado com o cristianismo. TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
Os 10 anos de entrada de imigrantes latinos ajudaram no crescimento das igrejas. Hoje, com a volta deles aos seus países, as igrejas diminuíram. A população de evangélicos não chega a 2%. Os missionários têm uma luta árdua diária na implantação de novas igrejas e no fortalecimento das que estão sem pastor. Há trabalho de música e esporte alcançando adultos e crianças. Há cultos nos lares, discipulado, distribuição de roupas e alimentos, treinamento, discipulado, convívio, amizade, vida de integridade.
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A Espanha católica está se tornando um país muçulmano. Há uma mistura de paganismo, secularismo, um vazio existencial. O povo está decepcionado com o cristianismo. Foram 13 dias visitando os campos missionários em Sevilha, Huelva, La Línea, Estepona e Málaga, revezando o trabalho com a jornalista Raquel de Lima. E com ela presenciamos belos templos vazios, rostos abatidos, idosos solitários, europeus remexendo lixo, mas sem perder a esperança de ver a Espanha renascendo para Cristo. Da Espanha, retornamos ao Brasil. Estávamos cansados, com saudades de nossa gente, nosso guaraná, o arroz com feijão, mas realizados pela missão cumprida. Sem malária e com muitas histórias e imagens registradas. Vimos risos e lágrimas, ouvimos desabafos, corações palpitando, vidas transformadas, vidas doadas, e muito desejo de fazer o nome de Jesus conhecido em toda a Terra. Olhar com a lente da câmera e ver com os olhos de Deus foi nosso maior objetivo nessa viagem.
Nilcilene Figueira Enviada especial da JMM aos campos missionários para registro de imagens e entrevistas. Coordenadora do Setor Audiovisual da JMM
C ampan h a 2 013
Testemunhe pelo poder do Espírito. Ore em nome de Jesus. Sem cessar. Por Willy Rangel
O
Espírito Santo dá poder àqueles que o buscam; que querem ouvir as direções do Senhor para agir dentro de casa, na vizinhança, até os confins da Terra. A oração move o nosso coração e nos possibilita estar abertos para ver o agir e as respostas de Deus. É a conversa com Deus que inspira, aproxima, transforma a vida de um servo que entende que, quando seus joelhos se prostram, é o seu coração que está se dobrando diante do Deus de sua vida.
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
Tenha certeza que Deus escuta as suas orações, e por isso, missionários recebem conforto, alívio, respostas, sustento, amor, amparo, alegria, renovo. Ore por aquilo que move seu coração, e a nossa oração é para que Missões Mundiais mova o seu coração. Portanto, envolvase integralmente com as campanhas de oração de Missões Mundiais em 2013.
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DIA DE ORAÇÃO POR MISSÕES MUNDIAIS Missões Mundiais convida todas as igrejas a, no dia 6 de março, se envolverem em uma jornada de intercessão pela obra missionária mundial. É um dia especial reservado para falar com Deus e pedir ao Senhor proteção para os missionários que sofrem perseguição por testemunharem o Evangelho, oportunidades para anunciar a salvação em Jesus e visão e sabedoria aos missionários.
40 DIAS DE ORAÇÃO PELOS POVOS NÃO ALCANÇADOS No Dia de Oração por Missões Mundiais, começa também um grande movimento de intercessão: 40 Dias de Oração pelos Povos Não Alcançados. Será uma mobilização em torno da necessidade de testemunhar o Evangelho de Cristo àqueles que nunca ouviram falar em Jesus. Para apresentar os desafios e pedidos, será publicado um guia de oração com dados sobre vários povos não alcançados e informações atualizadas sobre tudo o que a JMM tem realizado para chegar até eles. Envolva sua igreja e organize uma grande programação para a abertura e o encerramento, em 14 de abril.
Série de livretos 10 dias de compromisso Encartados na revista A Colheita, os livretos 10 Dias de Compromisso são pequenos guias devocionais e de oração com um motivo específico para você, sua igreja e seus amigos orarem por Missões em qualquer época do ano. A primeira edição foi sobre a África e suas necessidades materiais e espirituais, e a segunda sobre os 10 anos dos Voluntários Sem Fronteiras. Ao longo do ano ainda serão publicados e disponibilizados para download edições sobre outros continentes além da Oração Camisa 10, um guia de oração pelas nações que estarão envolvidas nos grandes eventos esportivos que acontecerão no Brasil nos próximos anos, e pelo trabalho de evangelização que será realizado durante a Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. Os livretos estão disponíveis para download no portal da JMM e no site www.jmm.org.br/campanha2013.
Sua participação é que faz a diferença!
O
motivo que impulsiona a igreja a um envolvimento na obra de evangelização do mundo, levando os crentes a
sua igreja invista tempo em relacionamento
testemunhar de Cristo até os confins da Terra,
os desafios e projetos missionários, buscando
deve ser o amor pelos que ainda não ouviram
ativar o canal de comunicação com a JMM
falar da salvação em Jesus. Para isso, é preciso
através do site, e-mail ou central de atendi-
estar cheio do poder do Espírito Santo.
mento telefônico.
Para mobilizar as igrejas e apresentar a desafiadora verdade de encher-se do Espírito, a sua participação, apoiada pelo pastor de sua igreja, é fundamental.
com Deus, orando e lendo a Palavra. E, além disso, que esteja disposto a se informar sobre
Seja criativo, comprometido com resultados, mantenha-se informado e conte com a JMM! Sua atuação na igreja apoia o avanço da obra missionária mundial dos batistas brasileiros.
O ideal é que você, promotor voluntário
Para apoiar a realização de seu tra-
de Missões, não atue sozinho. Queremos
balho, consulte e use o rico material que
estimulá-lo a ter, pelo menos, mais uma pes-
preparamos, parte disponível no kit envia-
soa lhe apoiando na nobre tarefa de envol-
do à sua igreja, parte no DVD “Testemu-
ver sua igreja com a Campanha Missionária.
nhe às Nações” e grande variedade de
É muito importante que cada um que tem a
material de apoio para download no site
responsabilidade de promover Missões em
www.jmm.org.br/campanha2013.
P R O M OTO R
Promova Missões Mundiais
T
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
odos os anos, Missões Mundiais recebe aproximadamente 100 dos seus mais de 700 missionários espalhados pelos cerca de 70 campos transculturais. Eles vêm ao Brasil para participar de um retiro de atualização, férias com suas famílias e, antes de retornarem ao campo, visitam igrejas para falar como Deus tem usado suas vidas para testemunhar às nações. São histórias que encantam, emocionam e mobilizam igrejas à realidade de povos que ainda vivem sem Cristo. Desta mobilização também participam os missionários que estão em treinamento no Seminário Teológico Batista do
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Equipe de Mobilização Missionária da JMM.
Sul do Brasil, no Rio de Janeiro. Eles relatam seu chamado ministerial, vocação e falam dos projetos que desenvolverão junto a outros povos. Esse grupo de missionários visita igrejas em todo o território nacional ao longo do ano. Mesmo cumprindo agendas repletas, participando em cultos, seminários e eventos, nossa equipe não consegue atender todos os pedidos de visita missionária, especialmente os que são feitos com pouca ou nenhuma antecedência. Por isso, se sua igreja deseja a visita de um missionário e ainda não entrou em contato com a
JMM, sugerimos que você envie seu pedido por e-mail para o mobilizador de sua região (veja o quadro da página 44) ou para promocao@jmm.org.br, informando nome da igreja, data, hora, local, nome para contato e telefone. Dentro do possível e da disponibilidade de nossos missionários, sua solicitação será atendida. Segundo o Pr. Adilson Santos, coordenador de Mobilização da JMM, a época em que as igrejas mais solicitam missionários é a do lançamento da Campanha de Missões Mundiais, com ápice entre março e maio.
promotor cadastrado, indicado por seu pastor para esta função voluntária. No entanto, é bom que ele forme uma equipe para desenvolvimento do trabalho.
Deus está em missão o ano inteiro! “Em 2012, tivemos 103 missionários disponíveis no Brasil entre os meses de fevereiro e junho. Mesmo assim, não foi possível atender a demanda, pois a maior parte das igrejas pede por missionários em março”, diz Diego Santana, colaborador do setor de Promoção da JMM. A mobilização missionária não ocorre apenas nos cultos e nas igrejas. Participando dos eventos das convenções estaduais, eventos missionários em seminários e promovidos por outras organizações da CBB em parceria com Missões Mundiais, além de encontros com pastores e promotores, é possível estar envolvido com missionários, projetos e desafios da JMM. Aconselhamos que as igrejas entrem em contato com o missionário mobilizador de sua região (veja quadro da página 44). Cada missionário mobilizador de Missões Mundiais, a cada período promocional, conta com um determinado número de missionários que o apoia em sua região geográfica. O ideal é que o representante da igreja nesse contato com o missionário mobilizador seja o promotor voluntário de Missões. Toda igreja pode ter apenas um
O promotor representa a igreja diante da JMM. Ele deve agir como uma extensão de Missões Mundiais na igreja local. É alguém que ama Missões, ora pelos missionários, está sempre buscando informações sobre os campos missionários.
“O promotor representa a igreja diante da JMM. Ele deve agir como uma extensão de Missões Mundiais na igreja local. É alguém que ama Missões, ora pelos missionários, está sempre buscando informações sobre os campos missionários”, diz Diego. É muito importante que todos os promotores participem dos acampamentos, que são encontros de incentivo e atualização, que acontecem em quase todo o Brasil, preparados especialmente pensando em você, promotor voluntário de Missões. Cada
encontro que temos realizado têm sido abençoadas oportunidades de compartilhar experiências, fazer novos amigos e ver mais e mais gente se envolvendo com Missões. Fique atento à agenda e inscrevase para o acampamento ou encontro mais próximo de sua área de atuação. Não deixe a oportunidade passar! Muitos são os eventos realizados por Missões Mundiais ao longo de sua Campanha Missionária. Entre os principais estão: congresso Conexão Missionária e Acampamentos de Pastores e de Promotores. Promotor, a presença de um missionário certamente despertará mais irmãos de sua igreja a testemunharem de Cristo às nações. Antecipe-se ao calendário de eventos da JMM. Entre em contato hoje mesmo com nosso missionário mobilizador na sua região. E não deixe de contar para Missões Mundiais como a sua igreja está participando da Campanha 2013. Você pode obter mais informações acessando www.jmm.or.br/campanha2013 ou entrando em contato diretamente com nosso Setor de Promoção: promocao@jmm.org.br ou com o missionário mobilizador de sua região (vide tabela da página 44). Envie seu relato, com fotos, para redacao@jmm.org.br.
jmm.org.br/campanha2013
Temos uma equipe de missionários mobilizadores que poderá ir até sua igreja e compartilhar um pouco do que Deus tem feito no mundo através da JMM durante todo o ano.
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O Ã S S I AM
r o t o m o r p m u de ser
o i r á t n u l o v Por Regina Santos
C
onhecimento é o início para um trabalho eficaz. Ele vem através de pesquisa, atualização, leitura e também da troca de experiências. A atividade do promotor de Missões DEPENDE MUITO de sua disponi-
bilidade para se inteirar sobre as necessidades dos povos sem Cristo e o que tem sido feito para ALCANÇÁ-LOS. Conhecer o trabalho de outros promotores e como
eles têm feito parte deste grande plano de Deus pela salvação da humanidade é fundamental ao desenvolvimento do trabalho. Os Acampamentos de Promotores são excelentes oportunidades para que esses irmãos que promovem Missões em TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
suas igrejas compartilhem o que têm vivido por amor à obra missionária. A Campanha 2013 conta, mais uma vez, com a ajuda, experiência e amor que os promotores voluntários de Missões têm pela evangelização de povos no Brasil e em outras nações. Louvamos ao Senhor porque a obra missionária tem sido realizada por servos revestidos pelo Espírito Santo. Missões só acontece pelo poder do Espírito e autoridade do nosso Deus.
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sobre as bênçãos da Campanha realizada em suas igrejas. Exemplos de fé e ousadia, de planejamento e superação de metas. Veja algumas ações que foram desenvolvidas na Campanha passada e que podem servir de inspiração para este ano.
“Fizemos ações em todos os finais de semana durante a Campanha 2012. Envolvemos toda a igreja. Fomos ao Conexão Missionária realizado na cidade de Panambi/RS em uma caravana de 30 irmãos da igreja. A PIB Três Passos fez a programação do Dia Especial de Missões Mundiais e a igreja ultrapassou o seu alvo. Além disso, vários irmãos assumiram o compromisso de contribuir com projetos do Programa de Adoção Missionária (PAM).” Vânia Alice Knob promotora de Missões da PIB de Três Passos/RS
“Como promotor, percebi que minha função na igreja vai além de levantar ofertas para a Campanha de Missões. Sou usado pelo Senhor para fazer com que todos amem Missões, amem os povos não alcançados e amem nossos missionários.” Paiva Júnior promotor de Missões da IB Hebrom, em Timon/MA
“Como foi inspirador para mim e minha equipe participar de um Acampamento para Promotores de Missões Mundiais! Tudo o que ouvimos nos ajuda a levar às nossas igrejas a visão missionária. Esses acampamentos são um dos melhores eventos sobre missões realizados em nosso Estado.” Lindolfo Stuhr promotor de Missões da IB em Santa Maria de Jetibá/ES
Ainda há muito o que fazer. Cada promotor de missões é participante desta grande missão de fazer com que o Brasil atenda o clamor dos povos que não têm acesso à graça salvadora de Jesus. “A igreja não é somente financiadora da missão, mas participa de todos os estágios no processo missionário”, diz o Pr. Adilson. Nesta missão de levar informação que desperte as igrejas a fazer Missões, o promotor deve estar diretamente conectado com Missões Mundiais e seus mais de 700 missionários pelo mundo. Como isso é possível? Conhecendo e usando o kit da Campanha enviado às igrejas. Atualizando-se a partir de informações disponibilizadas no website www.jmm.org.br/ campanha2013, da revista A COLHEITA e de outras publicações. Participando dos Acampamentos de Promotores e congressos Conexão Missionária. Enfim, aproveite todas as oportunidades para conhecer mais sobre Missões e testemunhar às igrejas tudo aquilo o que Deus tem feito no mundo e o quanto Ele espera de cada crente no cumprimento da Grande Comissão.
jmm.org.br/campanha2013
São muitos os testemunhos de promotores
Coordenador de Mobilização da JMM, o Pr. Adilson Santos afirma que temos experimentado avanços em todas as frentes, porém os desafios são grandes. “Ainda há muito o que fazer. Cada promotor de Missões é participante desta grande missão de fazer com que o Brasil atenda o clamor dos povos que não têm acesso à graça salvadora de Jesus. Contamos com a participação e o envolvimento de todos”, declara o pastor. Para ele, a consciência de que a obra missionária é responsabilidade da igreja – e não de uma agência missionária – leva a igreja a ser protagonista no cenário missionário. É papel do promotor de Missões ajudar os crentes entenderem que é a igreja quem seleciona, recomenda, envia, sustenta, ora e apoia os missionários
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MOBILIZE sua IGREJA Por Ailton de Faria
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o período da Campanha Missionária para o levantamento da oferta no Dia Especial por Missões Mundiais, as igrejas batistas em todo o Brasil entram em clima de festa. Cartazes, quadros de missionários, bandeiras... a identidade de Missões Mundiais toma conta de nossas igrejas. Tudo para mostrar os desafios da obra missionária mundial. Criatividade é o que não falta aos líderes de Missões envolvidos com a obra de evangelização dos povos. A seguir, compartilhamos algumas sugestões que vão dinamizar a promoção missionária e despertar ainda mais sua igreja para a obra de Missões Mundiais.
Momentos missionários Esse é um momento já tradicional e que não pode faltar em sua igreja. Eles acontecem durante os cultos e apresentam desafios da obra missionária mundial. Use a criatividade e prepare algo dinâmico para os momentos de culto. Busque informações no portal de Missões Mundiais, website da Campanha 2013, na revista A COLHEITA e em nossas redes sociais. Assim, semanalmente, a igreja terá um momento especial no culto para ficar por dentro de Missões.
Vídeos missionários • Como usar tudo que Deus nos deu para abençoar pessoas e fazer da profissão um serviço a Ele? • No meio de uma aldeia africana, a missionária faz sabão para mostrar o amor de Deus a muçulmanos e animistas. • Depois de 18 anos, num dos países mais pobres do mundo, uma escola, uma clínica e uma rádio continuam dando frutos. • Decepcionados com o cristianismo, europeus buscam nos bens materiais a solução para suas dores. Como evangelizá-los? Estas e muitas outras histórias você confere no DVD “Testemunhe às Nações”.
Dia de Oração por Missões Mundiais A cada Campanha, a JMM sugere um dia específico para que as igrejas participem de uma jornada de oração por Missões Mundiais. Neste ano, o Dia de Oração por Missões Mundiais será em 6 de março. Planeje e envolva toda a igreja nessa programação. Faça pequenos grupos de oração por Missões Mundiais, use os Cartões de Oração do material da Campanha 2013 e também a série de livretos 10 dias de compromisso que serão publicados ao longo de 2013, encartados na revista A Colheita e também disponíveis para download em www.jmm.org.br/ campanha2013.
Sala de Oração Planeje reservar um local que funcionará durante a Campanha especificamente para a intercessão missionária. Disponibilize em local visível os cartões de oração, exemplares dos livretos 10 Dias de Compromisso e outros materiais de Missões Mundiais. A sala deve ser reservada, tranquila e inspirativa à comunhão com Deus em favor da obra missionária.
Semana de Oração Missões Mundiais preparou um programa para a Semana de Oração pró-Missões Mundiais da revista Visão Missionária (UFMBB). Planeje com as senhoras de sua igreja a leitura e reflexão dessa programação. Elas poderão ter uma semana edificante de comunhão e intercessão.
Bíblias para a China O responsável por Missões pode falar sobre a necessidade de Bíblias para a China, onde mais de 50 milhões de crentes anseiam por um exemplar da Palavra de Deus. Ele pode pegar várias bíblias esquecidas na igreja, ou mesmo em casa, e mostrar para as pessoas que, às vezes não temos zelado por este bem tão precioso, que milhares de pessoas não têm acesso. Isso despertará no coração dos irmãos o desejo de enviar bíblias para a China.
Congresso missionário
Chaveirinhos
Realizar um evento sobre Missões durante um final de semana é uma excelente oportunidade para despertar a igreja e formar a sua consciência missionária. Informar sua igreja sobre a realidade dos povos sem Cristo é essencial para despertá-la para Missões. Para o evento, a igreja poderá contar com a presença de um ou mais missionários de Missões Mundiais. O convite pode ser feito por meio de um missionário mobilizador da sua região (pág. 44).
Para as crianças
Cofrinho missionário Confeccione cofrinhos missionários com latinhas de refrigerante, caixas de leite ou similares. Decore a embalagem com o tema da Campanha 2013 ou a bandeira de um país. Nas classes de EBD, incentive os pequenos a juntarem suas moedinhas para também participarem do Dia Especial por Missões. No dia da entrega da oferta, reúna todas as crianças e dê a cada uma a oportunidade de orar em agradecimento pela chance de serem usadas por Deus na evangelização dos povos. iuqa açebac a raloc
Lembrancinhas simples, como um chaveiro com a bandeira de um país, agradam muito às crianças. Essa é uma forma de lembrá-las a orar por aquela nação. Incentive-as também a pesquisarem sobre o Evangelho no país de seu chaveiro.
Cantina Missionária O promotor voluntário de Missões pode incentivar aquelas pessoas com dons para a culinária a fazerem pratos típicos de regiões onde ainda há povos não alcançados. Acesse www.jmm.org.br/ campanha 2013 e faça o download de 12 deliciosas receitas de locais onde a JMM tem missionários e projetos. Aproveite para prepará-las e fazer uma cantina superespecial!
Carona Missionária Incentive os irmãos proprietários de veículos a oferecerem carona a outros irmãos de sua igreja, em troca de uma oferta para Missões. Ao longo da viagem, eles poderão trocar informações sobre os campos missionários e fortalecerem a comunhão. Talvez destas caronas possam surgir grupos de voluntários em servir por um tempo determinado em um de nossos campos missionários.
P R O M OTO R
Um promotor de Missões em Éfeso
O
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
trabalho voluntário do promotor de Missões é vital para o crescimento e avanço da obra missionária. Nossos misionários no campo precisam do apoio da igreja local... diariamente. Cada igreja é fundamental no sustento, envio e apoio espiritual dos missionários e suas famílias através das orações. Paulo também precisava do envolvimento das igrejas em seu ministério. A gratidão dele para com a igreja de Filipos é algo maravilhoso pensando em Missões (Filipenses 4.10-20). Ele tinha seus “promotores de Missões”. Tíquico é um deles. Ele desempenhava um papel de cooperador e ajudador do missionário Paulo. Estava presente em lugares onde Paulo não podia estar e o representava. Era alguém de confiança e extremamente envolvido na missão. O versículo que usei como referência para escrever este texto é o relato de uma ação completa do trabalho de um promotor de Missões. A base do trabalho de um promotor é a informação. Paulo estava na prisão em Roma. A informação precisava chegar à igreja em Éfeso. Tíquico tinha a missão de levar a informação para a igreja. A informação é essencial na mobilização. Informação produz envolvimento, retira a ansiedade e incentiva a continuidade das ações. Assim como Tíquico forneceu apoio a Paulo, precisamos dos promotores locais nos apoiando. Precisamos de você para nos apoiar em sua igreja, divulgando o tema da Campanha, usando e aplicando os materiais, planejando ações, envolvendo seu grupo de trabalho (conselho missionário, departamento de Missões, comissão de Missões, entre outros) e contagiando toda a igreja. Assim, você contribuirá para a continuidade do avanço do Evangelho em todo o planeta.
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Participe de um Acampamento de Promotores de Missões e fique por dentro do que a Missões Mundiais está realizando nos campos missionários, ouvindo a palavra de pessoas da JMM que planejaram os materiais para a Campanha, e também o testemunho de missionários e pastores, além de muitas outras atividades e oficinas enriquecedoras. A cada acampamento, saímos transformados, renovados e motivados para nos engajar na missão. Estabeleça alvos para sua igreja (alvos para intercessores, vocacionados, Dia Especial e adotantes pelo PAM). Envolva o seu pastor. Não faça nada sozinho sem o conhecimento dele. O pastor é o líder espiritual da igreja. Ele ama os perdidos e se importa com a salvação de pessoas em Jerusalém, Judeia, Samaria e até os confins da Terra. Que a Campanha de Missões Mundiais 2013 em sua igreja seja abençoada por Deus! Pr. Adilson Ferreira Coordenador de Mobilização
Agenda Conexão Missionária 2013 DATA 15 e 16/02 20 a 24/02 22 e 23/02 23/02 23 e 24/02 01 a 03/03 01 a 03/03 02/03 02/03 02 e 03/03 02 e 03/03 02 e 03/03 02 e 03/03 08 e 09/03 08 e 09/03 08 e 09/03 08 a 10/03 08 a 10/03 08 a 10/03 08 a 10/03 08 a 10/03 08 a 10/03 09/03 09/03 09/03 09 e 10/03 09 e 10/03 10 e 11/03 10 a 13/03 13 e 14/03 15 e 16/03 15 e 16/03 15 a 17/03 15 a 17/03 15 a 17/03 16/03 16 e 17/03 16 e 17/03 16 e 17/03 16 e 17/03 16 e 17/03 16 e 17/03 16 e 17/03 20 a 24/03 22 e 23/03 22 e 23/03 22 e 23/03 22 a 24/03 22 a 24/03 22 a 24/03 22 a 24/03 23/03 23/03 23 e 24/03 23 e 24/03 23 e 24/03 23 e 24/03 23 e 24/03 28 a 31/03 29 e 30/03 29 e 31/03 30/03 30 e 31/03 30 e 31/03 05 e 06/04 05 e 06/04 05 e 06/04 05 a 07/04 05 a 07/04 05 a 07/04 05 a 07/04 06/04 06/04 06 e 07/04 06 e 07/04 06 e 07/04 06 e 07/04
UF MT AM MS AL MG MS PE ES DF RJ MG CE RJ PA ES MT RN SP SP SP DF RJ RJ BA CE RJ MG RJ RJ RN ES PA RN SP SP SE CE GO AM RJ RJ MG RJ AM ES SP PA SP MS DF SP RS BA PI RJ MG RJ RJ GO PA RJ BA MA RJ PE ES MS SP TO SP TO AL RJ CE RJ MG SP
LOCAL PIB Tangará da Serra IB Jardim das Oliveiras – Manaus TIB Corumbá IB Quitunde IB Memorial – Belo Horizonte IB Coronel Antonino – Campo Grande PIB Caruaru IB Monte Sinai – Vitória IB Memorial – Brasília PIB Cabo Frio PIB Janaúba PIB Maracanaú PIB Centenário Vista Alegre – São Gonçalo PIB Santarém PIB Laranjeiras – Serra IB Jardim Industriário – Cuiabá IB Natal IB Jardim Independência – Ribeirão Preto IB Brooklin – São Paulo IB Buri IB Nova Jerusalém – Gama SIB Barra do Piraí PIB Nilópolis PIB Catu Colégio Batista Santos Dumont – Fortaleza PIB Bacaxá – Saquarema IB Esplanada – Governador Valadares PIB Campo Grande – Rio de Janeiro PIB Niterói PIB Assu PIB Linhares PIB Tucumã SIB Mossoró IB Jardim Independência – Ribeirão Preto Assoc. Batista de Bebedouro e Adjacências PIB Aracaju IB Nova Vida – Fortaleza PIB Goiânia PIB Itacoatiara IB Central Olaria PIB Barra do Imbuí – Teresópolis IB Parque Safira – Muriaé PIB Itatiaia IB Cidade Nova – Manaus PIB Guarapari PIB Campinas PIB Novo Horizonte – Marabá PIB Guaianases – São Paulo PIB Aparecida do Taboado PIB Sobradinho Assoc. Batista Vale do Ribeira IB Central – Porto Alegre IB Central Paulo Afonso PIB Teresina PIB Conceição de Macabu PIB Coronel Fabriciano PIB Nova Iguaçu IB Monte Horebe – Rio de Janeiro PIB Anápolis IB Equatorial – Belém IB Central Bonsucesso – Rio de Janeiro IB Filadélfia – Salvador PIB São Luís PIB São Fidélis STBNB – Recife IB Novo Parque – Cachoeiro do Itapemirim PIB São Gabriel do Oeste PIB São Caetano SIB Palmas IB Bom Retiro – Sumaré PIB Porto Nacional PIB Tabuleiro – Maceió Assoc. IB Sudeste Fluminense – Seropédica PIB Tianguá TIB Campos PIB Barreiro – Belo Horizonte SIB Jacupiranga
DATA 12 e 13/04 12 e 13/04 12 e 13/04 12 a 14/04 12 a 14/04 12 a 14/04 12 a 14/04 13/04 13 e 14/04 13 e 14/04 13 e 14/04 19 e 20/04 19 e 20/04 19 e 20/04 19 a 21/04 19 a 21/04 19 a 21/04 20 e 21/04 20 e 21/04 20 e 21/04 26 e 27/04 26 e 27/04 26 a 28/04 27/04 27/04 27 e 28/04 27 e 28/04 27 e 28/04 27 e 28/04 27 e 28/04 27 e 28/04 03 a 05/05 04/05 04/05 04 e 05/05 04 e 05/05 09 a 11/05 10 e 11/05 10 a 12/05 10 a 12/05 11/05 17 e 18/05 17 e 18/05 17 a 19/05 17 a 19/05 17 a 19/05 17 a 19/05 18/05 18/05 18/05 18 e 19/05 24 e 25/05 24 a 26/05 24 a 26/05 25/05 25 e 26/05 30/05 a 02/06 31/05 e 01/06 01/06 01 e 02/06 07 e 08/06 08/06 14 a 16/06 14 a 16/06 14 a 16/06 15 e 16/06 21 e 22/06 21 e 22/06 21 a 23/06 28 e 29/06 29/06 05 a 07/07 06 e 07/07 12 e 13/07 26 e 27/07 10 e 11/08
UF
LOCAL
ES AP SP GO SP SP SP BA MG PI RJ ES AP RJ SP SP SP MA RJ RJ MT PA SP RS SP DF MG CE RJ RJ RJ PR CE BA RJ MG SC MT GO GO BA PE SP SP PR TO RJ BA RJ SP MS MS TO RJ PR MG
PIB São Gabriel da Palha PIB Betel – Santana PIB Tupã PIB Caldas Novas PIB Piracicaba IB Jardim das Indústrias – São José dos Campos IB Memorial Alphaville PIB Jequié PIB Divinópolis PIB Bom Jesus SIB Nova Friburgo PIB Barra de Itapemirim IB Central – Macapá IB Parque Lafaiete - Duque de Caxias IB Vila das Belezas IB Jardim Odete – Itaquaquecetuba PIB Bauru PIB Codó PIB Bom Jesus de Itabapoana IB Jardim América – Itaguaí PIB Alto Taquari PIB Monte Dourado PIB São Vicente IB Emanuel – Panambi IB Cidade Nova – Santa Bárbara do Oeste TIB Plano Piloto IB Central Três Pontas PIB Juazeiro do Norte Associação Ebenézer – Japeri TIB Itaperuna 4ª IB Macaé IB Vila Operária – Paranavaí Teatro Municipal – Maranguape PIB Cruz das Almas PIB Jardim Boa Esperança – Nova Iguaçu PIB Juiz de Fora PIB Blumenau PIB Mirassol do Oeste PIB Rio Verde IB Jardim Rio Claro – Jataí IB Mares – Salvador PIB Triunfo PIB Limeira 5ª IB Taubaté Apucarana PIB Araguaína SIB Três Rios PIB Campo Formoso PIB Piabetá – Magé PIB Itapira IB Ágape – Campo Grande PIB Jardim TIB Gurupi PIB Angra dos Reis IB Esperança – Cianorte IB Nova Jerusalém – Montes Claros
SP
IB Brás Cubas – Mogi das Cruzes
PE
IB Emanuel – Petrolina
SC RJ MT BA RJ RJ SC RJ PB MS SP PB RJ SP RJ MT MT RJ
IB Central – Chapecó PIB Queimados PIB Sorriso PIB Barreiras IB Memorial – Italva SIB Aquárius – Cabo Frio IB Estreito – Florianópolis IB Correas – Petrópolis IB Liberdade – Campina Grande IB Nova Andradina PIB Araras PIB Patos PIB Palhada – Nova Iguaçu IB Campos Elíseos – Ribeirão Preto PIB Belmonte – Volta Redonda IB Nova Xavantina PIB Várzea Grande PIB Peró – Cabo Frio
Agenda Acampamentos de Promotores 2013 DATA
LOCAL
01 a 03/02
Rua Alzira Parente, 301, Messejana – Fortaleza/CE
15 a 17/02
Sítio Batista Vida Vitoriosa, Socopo – Teresina/PI
16/02
IB Japiim – Manaus/AM
22 a 24/02
Acampamento Batista em Rio Bonito/RJ
22 a 24/02
Acampamento Batista – Rua Represa, s/nº Vila Miranda – Sumaré/SP
22 a 24/02
Acampamento Batista Capixaba – ES
23 e 24/02
Acampamento Batista Goiano (ACAMBAGO) – Av. Macaúba, Jardim das Oliveiras II, Senador Canedo/GO
22 a 24/02
Acampamento Batista Valdomiro Lucena – Lagoa Seca/PB
01 a 03/03
Acampamento Paraíso Batista – Estrada do Apeú, s/nº – Castanhal/PA
01 a 03/03
Acampamento Boa Terra – Rua Pr. Adolfo Weidmann, 2.514, Guarituba – Piraquara/PR
15 a 17/03
Cuiabá/MT
03 a 05/05
Chácara Aprisco – Rua Mascote, 362, Chácara das Mansões, Campo Grande/MS
Agenda Acampamentos de Pastores 2013 DATA
LOCAL
19 a 21/02
PIB Lucas do Rio Verde/MT
21 e 22/02
Acampamento Batista Goiano (ACAMBAGO) – Av. Macaúba, Jardim das Oliveiras II, Senador Canedo/GO
26 a 28/02
Chácara Aprisco – Rua Mascote, 362, Chácara das Mansões, Campo Grande/MS
26 a 28/02
Acampamento Batista Capixaba – ES
11 a 14/03
Praia Tur Hotel – Av. Dom João Becker, 222 – Florianópolis/SC
11 a 13/03
Centro de Treinamento Metodista Villa Zaccaria – Teresópolis/RJ
09 a 11/04
Acampamento Batista – Rua Represa, s/nº Vila Miranda – Sumaré/SP
Agenda Acampamentos de Pastores e Promotores 2013 DATA
01 a 03/03
LOCAL
Loteamento Santa Ângela, s/nº, Centro – Paripueira/AL
LÍDER DE
Adoração &
O som da missão
A
música em si é instrumento e, na história, a gente percebe que, tantas vezes mais do que possamos contar, ela foi voz de reflexão, de protesto, de motivação, de engajamento. Expressou o que vidas sentiam diante de uma causa. Quantas vezes você, músico, viu-se em uma situação na qual não precisou de teclas, cordas, microfones ou tambores para expressar o amor que tem movimentado a sua vocação? A música é música a partir do momento em que ela, talvez até numa voz rouca e reverente diante da grandeza de um chamado, diz qual é a missão de uma vida. Qualquer ministério começa nas pessoas: são elas que, por meio do seu serviço, expressam o agir de Deus. Primeiramente, em suas vidas, de maneira pessoal, particular – um músico que não
adora vivendo uma experiência individual e única entre Ele e o Pai não pode conduzir a adoração em comunidade. Em segundo lugar, vem a expressão de um Deus que está agindo no mundo, em diversos ritmos, em diversos tons, em escalas das mais variadas, tocando o coração de adoradores para que estes venham a tocá-lo por meio de um louvor que é fruto do envolvimento de seus servos com a missão. As pausas, sejam de semibreves ou de semifusas, são verdadeiras fontes de inspiração para o músico cristão: é no silêncio que Deus ensina o valor e a responsabilidade de conduzir a igreja ao entendimento do papel da música na missão de Deus no mundo. Costuma-se dizer, entre os músicos – você sabe – que, na ausência da técnica, vale a emoção. Talvez você não tenha
a banda com o som mais “casado” da sua região. Mas música bem feita não é apenas a música que a gente conhece como boa. É a música que nasce do bate-papo entre Deus, vocação e missão. Envolva-se com o que Deus tem feito no mundo e descubra, com aquilo que você tem em mãos, como tocar o coração de Deus e mover o coração da igreja a refletir, orar e a se envolver com Missões Mundiais que, mais uma vez, disponibiliza para você, líder de ministério, recursos para ajudá-lo nesta tarefa. Acesse www.jmm.org.br/ campanha2013 e fique por dentro de como a Campanha 2013 pode ser um marco missionário no coração dos seus músicos e da sua igreja. Há muito o que viver e fazer neste movimento. Saiba mais. Toque. Emocione. Seja a música viva da igreja. Viva a sua missão.
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De frente com a
missão Por Eliana Moura
H
armonia, melodia, ritmo. Acordes com sétimas, nonas, contratempos, clusters, grooves, madrigais, grandes corais. Para entender destas coisas, precisa-se, muitas vezes, de um professor de música, muito estudo e dedicação, vontade, curiosidade, tempo e aperfeiçoamento diário. Qualquer um pode desenvolver a habilidade musical se corretamente guiado. Contudo, nem sempre ser um músico que frequenta as reuniões da igreja significa estar preparado para guiar pessoas no caminho do
respeito, da reverência e da intimidade com um Ser que é maior do que nós – Deus. Ser um músico salvo por Jesus é tornar em melodia o amor de Deus pelo mundo, traduzindo sua graça, sua paz, sua autoridade e sua salvação em sons que não tocam apenas pessoas, mas que tocam o coração do Pai. Os convidados da revista “Testemunhe às Nações” trouxeram ideias, sugestões, testemunhos e realidades confrontantes que podem confirmar ou mudar os rumos de seu ministério. Acompanhe.
Fernandinho é cantor, compositor, arranjador, produtor musical e pastor. É membro da SIB de Campos/RJ e líder do Ministério Faz Chover. A ordem bíblica é para que os músicos formem discípulos. Pessoas que queiram gerar filhos pra Deus. Eu me importo com Missões. É a prioridade da minha vida, da vida da minha esposa, do meu filho e do nosso ministério.
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
A equipe de música deve ter cuidado com o orgulho, com a vaidade, com a intenção de que o seu talento, dado por Deus para louvá-lo, acabe sendo o motivo de toda a exposição musical, e não a missão. Para estar no altar ministrando, a gente não precisa ter talento. A gente precisa ter caráter. Acordes nem sempre expressam uma vida com o Senhor. Os músicos precisam aprender a viver pra Deus. Antes de fazer música, precisamos entender que temos de ter uma experiência com Deus, temos de ter algo a falar pras pessoas. Se você quer ministrar à igreja, você precisa ser igreja.
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Marcelo Amorim é contrabaixista da Banda Resgate e um dos pastores da Igreja Cristã A Casa da Rocha, em São Paulo/SP Quando a igreja busca e entende a sua missão, ela se realiza e leva as pessoas a se realizarem. Tudo o que você faz com aquilo que Deus colocou na sua vida é cumprimento de missão. No Brasil, a gente tem um fenômeno interessante, que é o evangelismo através da música. Isso é forte desde os anos 90. No próprio RESGATE a gente já fez isso por um tempo, e até hoje leva a mensagem de Jesus de uma forma descontraída, que não usa o palavreado típico de “dentro da igreja”. A música, como instrumento da missão, tem primeiro sua dimensão particular, pessoal: ela é minha. A minha missão, como vocacionado para isso. Ela está naquilo em que eu me realizo, gosto e até me divirto, porque, ainda que seja algo sério, feito para Deus, com zelo, como ministério, tem que ser divertido. Tem de trazer realização, satisfação de cumprir aquilo que é a sua missão, senão acaba sendo um peso. A igreja deve ser viva no mundo. Se a igreja tem uma aspiração, entende a sua missão, ela vai se mover dentro disso. O grupo de louvor não vai apenas cantar o hino da campanha de Missões Mundiais, mas vai, na sua própria criatividade, na sua musicalidade, exercer seu ministério de maneira inteligente. Não tem limites nesse sentido. O ambiente, o meio cria as possibilidades. Se você está envolvido, a sua criatividade tem liberdade. Os líderes, o ministro de louvor, têm que trazer o grupo pra dentro dessa ideia, desse ambiente, pra que eles entendam, façam parte.
Tal como Paulo e os poetas gregos, os músicos poderiam sair a diferentes lugares, conhecer as culturas e suas particularidades (ritmos, cordéis, estilos etc.) e então fazer louvores “à moda da casa”. Em Vitória louvariam em cordéis, em Olinda fariam frevo e por aí vai.. Seria um grupo missionário que quer aprender ao invés de ensinar. Dessa maneira, estariam fazendo como Jesus, ouvindo mais do que falando. Amando mais do que pregando. Fazendo pontes ao invés de degraus. Se relacionando horizontalmente ao invés de verticalmente. Não apenas certo, mas conveniente, cabível e lindo. Como deve ser o comportamento de quem segue a Cristo.
jmm.org.br/campanha2013
Minoru Raphael é membro da Igreja Betesda/SP, professor de música, canta, compõe e é contrabaixista do grupo Vencedores por Cristo.
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Wanderson Oliveira é cantor e compositor, músico da IB Novo Horizonte em Goiânia/GO, colaborador do blog Letra Viva (letravivablog.wordpress.com) e estudante de Teologia. Testemunhar de Cristo é um dever de todo cristão. Ser testemunha de Cristo fazendo música é um privilégio. A grande questão é que muitos dos nossos músicos fazem apenas música; não entendem a grande missão deste ministério, não se sentem parte de um chamado maior. Não enxergam o sentido do som que executam. Música por si só não expressa o intento do coração de ninguém. Qualquer um pode cantar de olhos fechados ou mãos levantadas, mas poucas pessoas conseguem fazer isso para honra e glória de Deus. E se não conseguem fazer isso, não testemunham, porque a música que fazem é apenas reflexo da vida que vivem. Para despertar a igreja a se envolver na obra missionária, a equipe deve ser missionária. Ela deve ser aquilo que fala que é e que faz a igreja pensar que ela seja. Envolver totalmente com missões, participar e contribuir de todas as formas. A Missão é o coração da música. E a música desperta corações na sua comunidade de fé. Se a igreja enxergar vida naquilo que os músicos cantam, tocam, falam, ministram, com certeza ela desejará fazer parte desse mesmo coro.
Leonardo Gomes é ministro de Música da IB da Glória, em Vila Velha/ES, já atuou como tecladista para cantores como Marquinhos Gomes, Robson Nascimento e Atilano Muradas. Ele é o compositor da música-tema da Campanha 2013 da JMM e fez o arranjo do tema de 2012.
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
A música atrai pessoas, emociona, e, em muitas situações, fala mais ao coração do que uma pregação. Você consegue decorar uma letra quando coloca uma melodia nela; isto é algo fantástico. Pregar a Palavra de Deus através da música é um recurso que nunca devemos deixar de lado. Que tal sair com seus músicos em viagens missionárias, pelo menos, uma vez por ano, não apenas para cantar do amor de Deus, mas para ouvir como Ele tem agido naquela comunidade? Para isso, é preciso estar aberto e preparado para se adequar ao local aonde se vai. O estilo musical deve ser atraente ao público alvo, as letras devem ter fácil entendimento – sem palavras e expressões que só quem é crente entende (e muitas vezes nem os evangélicos sabem o que estão cantando). Também precisamos envolver outros ministérios, não só na música, mas em tudo o que a igreja se propõe a fazer: precisamos fazer juntos. Envolver mais pessoas é algo fundamental para exercer nosso papel de servo.
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Rodrigo Malveira é músico e membro da Hillsong Church, em Londres. Ele usa seu talento para ministrar nos Connect Groups (Pequenos Grupos) ao lado de sua esposa, Nina Alfante Matos. Tudo que a gente precisa é amar a Deus e ao próximo. Somos cristãos e Deus espera que a gente cumpra a Grande Comissão, não somente com o outro, mas também dentro de nossos corações. Precisamos entender que a música é um presente maravilhoso que Deus nos deu, e devemos saber usá-la. A música é uma ferramenta fantástica, capaz de nos levar da tristeza à alegria em alguns minutos. Eu penso que a música em si não é nada sem o poder do Espírito Santo que age através dela e vive em nós: “o mesmo espírito que levantou Cristo da morte, vive dentro de nós” (Rm 8.11).
Pr. Paulo Davi é ministro de Música da PIB Curitiba/PR. Trabalhou Só nos tornarmos sensíveis às necessidades do mundo, quando somos sensíveis às necessidades que estão à nossa volta. Assim somos impactados a agir, e nos comprometemos com a missão e com o Reino. Quando entendemos que a arte é para servir a missão, nossa visão se amplia para além de programas de cultos, ensaios ou apresentações. A missão deve estar impregnada no valor de cada participante de um Ministério de Artes e Adoração. Preocupo-me sempre com investir tempo nos valores. Quais são os valores que norteiam nosso ministério, nossa vida, nossa missão, nossos alvos, nosso campo de atuação? Isso para muitos não traz resultados, pois, quando investimos na estrutura – ensaios, por exemplo, o que colhemos é a performance, e isso traz visibilidade imediata. Mas quando investimos em vidas colhemos espiritualidade. Manter este equilíbrio sempre será um desafio. Invista tempo em oração e o mover do Espírito Santo constrangerá a sua vida, ampliando ainda mais a sua visão. A nossa liderança em áreas de artes da igreja vai além de cultos; isto é apenas uma das partes do todo. Seja o primeiro a se apaixonar por vidas, e seu grupo se apaixonará também. Seja o primeiro a querer a mudança, e seu grupo desejará as mudanças. Seja o primeiro a entrar no trono da graça e seu grupo desejará entrar no trono da graça.
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como profissional em estúdio durante 20 anos, como produtor musical, arranjador e músico. Ele compôs o tema da Campanha 2010 da JMM.
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O DESAFIO DOS “SOTAQUES MUSICAIS” EM MISSÕES TRANSCULTURAIS Aproveitar, ou não, os estilos musicais dos povos evangelizados?
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TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
música é uma linguagem universal. Uma linguagem possui idiomas, e estas, sotaques. O amor de Deus poderá ser testemunhado tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra através dos diversos “sotaques” musicais? Esses sotaques musicais encontram-se excluídos de serem veículos da mensagem de salvação? Música “é o som humanamente organizado” (John Blacking). Em outras palavras, “seria mais exato dizer que a música é um meio universal de expressão e que há muitas linguagens musicais simbólicas, cada uma delas melhor entendida por sua própria cultura ou subcultura” (Donald P. Hustad). As músicas são produtos do dom de Deus ao ser humano, o dom de poder organizar o som conforme padrões específicos de sua cultura. Cultura é tudo o que caracteriza uma sociedade qualquer, compreendendo sua linguagem, técnicas, e costumes. Aqueles que levam as boas novas aos povos não devem, e não têm o direito de exigir que a “bagagem cultural” de um povo seja abandonada quando da aceitação do cristianismo. A cultura musical de um povo deve fazer parte da sua hinódia, sem descarte da hinologia existente no contexto evangélico mais amplo. Não se está indicando um estilo musical qualquer para fazer parte do estudo de hinos, mas afirmando que os estilos nativos devem estar presentes nela. Isso é natural! Já pensou se os africanos, ao se converterem, terem que dei-
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xar de cantar as músicas nos estilos da sua cultura? E os cubanos? E os índios brasileiros terem que cantar somente os hinos do Cantor Cristão ou do HCC? Isso é anormal! Uma imposição dessas é imperialismo religioso. Os estilos musicais de um povo não são estilos marcados pelo pecado.
Os estilos musicais de um povo não são estilos marcados pelo pecado. No início da nossa evangelização, a cultura musical existente à época foi deixada de lado, para não dizer desvalorizada. Fomos aculturados às músicas que os missionários nos trouxeram. A visão de Missões transculturais à época era assim: levar as músicas. A estratégia mais utilizada pelos missionários do século XIX era rejeitar a cultura nativa e introduzir uma cultura tipicamente europeia, tida como cristã. Um exemplo é o estilo denominado hino evangelístico (gospel hymn). Fazia parte da estratégia de evangelização a tradução das letras dos hinos e sua inclusão compulsória nos cultos. A atual estratégia de Missões transculturais é a contextualização, “o processo de colocar a mensagem no quadro de referência do receptor” (Corbitt). No caso da música, é necessário verificar quais estilos musicais são comuns ao grupo a ser evangelizado e, com esses estilos, testemunhar às nações o amor de Deus.
Por outro lado, existe a certeza que nem todos os estilos musicais são apropriados para o culto coletivo. Há que adequá-los às situações. Algumas questões necessitam de reflexão. Quais tipos de música podem ser utilizados para expressar conceitos cristãos? Se o estilo de música era utilizado anteriormente em um ritual pagão, essa associação é poderosa demais para ser ignorada? A música ou o texto está tão intrinsecamente preso a práticas religiosas tradicionais que não é adequado ao serviço cristão? Rejeitar os estilos musicais de uma cultura é voltar a um passado etnocêntrico. Cada cultura tem a sua característica musical e deve ser aproveitada. A rejeição da cultura musical de um povo é não acreditar que Deus capacitou o homem para que se expresse musicalmente, organizando o som em formatos (estilos) característicos de sua sociedade. O desafio a você, que trabalha com a música na igreja e tem o dom da evangelização transcultural, está posto: ser testemunha aos povos, colocando a mensagem do amor de Deus aos homens nos “sotaques musicais” de cada povo. Você aceita? Theógenes E. Figueiredo Ministro de Música e professor. Possui doutorado em Ciências da Religião e mestrado em Etnomusicologia. É docente do Seminário do Sul/FABAT e exerce, cumulativamente, a função de assistente da coordenação geral acadêmica para o Curso de Música
m ú s i co
a r a p r e d o P r a h n u m e t Tes MÚSICA DA CAMPANHA 2013 A toda nação, povo, tribo e lugar De Cristo Jesus é preciso falar. O Espírito Santo agindo em nós Nos dá o poder para testemunhar. Tudo o que sou é pra Teu louvor. Usa-me com Teu poder. No meu viver testemunha serei Da cruz de Jesus, o Senhor Não importa aonde for Falarei do Teu grande amor. Eis-me aqui!
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
Por onde eu for falarei do amor, Da graça, da cruz, do poder de Jesus. E todos os povos O exaltarão Cumprindo o chamado da grande missão.
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Quebranta-me, Senhor. Enche-me, Senhor. Envia-me, Senhor. Usa-me, Senhor.
“Eu e minha esposa nos aprofundamos mais a respeito do tema da Campanha, buscando mais informações sobre ‘testemunhar às nações pelo poder do Espírito’. Lemos o livro O Poder do Espírito Santo, do Pr. Billy Graham, o que nos ajudou a entender mais sobre o assunto e, assim fomos trabalhando a letra, melodia e arranjos instrumental e vocal”, diz Leo Gomes. O músico lembra que os arranjos podem ser trabalhados de várias formas: líder de louvor e congregação, homens e mulheres, solista e coro etc. Na Campanha de 2012, Leo e Vanessa fizeram um arranjo para a música O Mundo Precisa da Paz do Salvador, composta por Hiram Rollo Júnior. “Esse tipo de trabalho “Fazemos o tempo todo na igreja, mas compor uma música e ainda fazer o arranjo pra ela já é bem mais complicado, a responsabilidade é maior. Foi muito gratificante. É como o nascimento de um filho”, comenta Leo. Leo está ligado à música desde a infância. Começou a aprender piano
aos 7 anos, e aos 10 anos já tocava na igreja prelúdios e músicas infantis. Aos 18 anos ele via a música como um trabalho secundário. Foi quando iria prestar vestibular para Engenharia que Deus lhe falou claramente que deveria optar pela música. Assim, Leo fez bacharelado em música popular brasileira, voltado pra área de arranjo musical, na Unirio. Ele ainda fez licenciatura na Universidade Cândido Mendes, também no Rio de Janeiro, e tem se atualizado constantemente. Dentro do ministério de música, ele foi ministro auxiliar na Igreja Batista Memorial da Tijuca/RJ, onde foi batizado, e ministro de Música na Comunidade Batista do Rio/RJ. Atualmente, Leo Gomes é ministro de Música da Igreja Batista da Glória, em Vila Velha/ES. “Uma pessoa fundamental no meu ministério e na minha vida é a minha esposa, Vanessa, que também é musicista. Realizamos oficinas em congressos, igrejas e estamos sempre buscando compreender e cumprir a vontade de Deus em nossas vidas”, diz Leo. Leo e Vanessa Gomes esperam que as igrejas cantem com bastante entusiasmo a música Poder para Testemunhar. “Que as igrejas brasileiras sejam impactadas a sair da zona de conforto e a ficar por dentro do que Deus está fazendo no mundo, de forma alegre e testemunhando do amor de Jesus”, diz Vanessa.
jmm.org.br/campanha2013
A
o receber o convite para compor a música da Campanha 2013 da JMM, o casal de músicos Leo e Vanessa Gomes recebeu também o desafio de fazer algo que lembrasse uma música africana. Estudaram, observaram e a opção foi uma melodia simples, estrofes cantadas com perguntas e respostas remeteriam ao típico canto africano.
53
Crianças e Missões
O
mundo das crianças é mara-
diversas delas. Seus ouvidos têm estado
vilhoso. Conquistar um espa-
atentos para aprender e amar a verdade
ço nele é ainda mais! Se você
sobre o Pai que se preocupa com o mun-
trabalha com o ministério infantil da sua
do. Elas só poderão falar se conhecerem.
igreja, sabe do que estamos falando. Que
É hora de aprender mais sobre Missões.
coisa bela é fazer parte do dia-a-dia dos
Seja instrumento do Senhor para comuni-
pequenos, vê-los perguntarem coisas que
car aos seus pequenos as novidades do
jamais imaginamos e perceber que ter um
campo missionário. Utilize o material des-
relacionamento com crianças é mais do
ta revista e da edição especial sobre Mis-
que entretê-las, é cultivar amizade e amor.
sões da Revista Sorriso. E mais! Digitando
Crianças têm uma grande facilida-
www.jmm.org.br/campanha2013 no seu
de para dizer a verdade. Se acreditam
navegador da internet, você terá acesso
em algo, defendem com força e fé. Se
a conteúdos exclusivos para o ministério
aprendem
lição,
infantil, e poderá se preparar da maneira
carregam isso para o resto da vida.
como Deus espera que você faça: infor-
Líder, crianças têm sido colocadas por
mando-se, descobrindo, aperfeiçoando-
Deus em seu caminho para aprender a
-se e conhecendo. Indo além. Acesse, ore,
verdade. Podem ser duas ou dez crianças;
seja parte.
corretamente
alguma
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
L íde r de C RI A N Ç A S
62
Criancas envolvidas com Missões
M
issões Mundiais também se preocupa em levar o Evangelho às crianças e envolvê-las no cumprimento do ide. Ministérios como o PEPE (programa socioeducativo), Pequenos do Reino e o Programa Esportivo Missionário (PEM) visam o crescimento físico, moral e espiritual dos pequeninos. Além das programações especiais durante a Campanha 2013, uma maneira de estimular as crianças da sua igreja a participar mais ativamente de Missões é apresentar a elas o PAM Kids, o Programa de Adoção Missionária para quem tem até 11 anos. Através do PAM Kids, a criança adotante contribui com missionários e projetos que ajudam outros meninos e meninas de países onde Missões Mundiais está presente. Em seu trabalho com crianças, faça uma apresentação e desenvolva atividades lúdicas com informações sobre a realidade do país, costumes das crianças locais e conte testemunhos de nossos missionários que trabalham com pequeninos (confira o caderno especial do líder de crianças). Estratégias como essas criam identificação. O compromisso de ofertar, mesmo que com um pequeno valor, cria um vínculo que dificilmente se romperá com o passar dos anos, ajudando na formação pessoal e espiritual da criança.
Como participar do PAM Kids Crianças até 11 anos podem se inscrever no PAM Kids e colaborar com uma oferta mensal a partir de R$ 5,00. Estimule as crianças da sua igreja a conversarem com seus responsáveis para assumirem o maior compromisso de suas vidas: falar de Jesus para crianças de todo o mundo! Para fazer de sua criança um adotante de Missões Mundiais, ligue para: 2122-1901 (cidades com DDD 21) ou 0800 709 1900 (demais localidades).
ConheCa alguns projetos que falam de Jesus para as criancas: Programa socioeducativo que ajuda a levar esperança a crianças em situação de risco social, preparando-as para integração em uma escola regular. Com grande potencial evangelístico, o projeto tem mais de 360 unidades em 20 países e atende 8 mil crianças (saiba mais na pág. 108). Em um país islâmico no Oriente Médio, as crianças não podem repetir de ano para não serem expulsas da escola. Nesse contexto, foi criado o projeto Pequenos do Reino, que oferece reforço escolar a crianças e apresenta Jesus a elas. Projetos como o Gol para Cristo (Chile) e Escola de Futebol (Ásia), entre outros, atendem a um público majoritariamente infanto-juvenil e são uma poderosa ferramenta de transmissão de valores bíblicos (saiba mais na pág. 107). Projeto com o objetivo de oferecer educação de qualidade a crianças de Moçambique, levando-as a conhecerem mais de Deus. Atende mais de 600 crianças e faz parte de um complexo com creche, pré-escola, alfabetização e ensino fundamental.
jmm.org.br/campanha2013
Por Willy Rangel
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L íde r de C RI A N Ç A S
FMs: pequenas sementes lançadas no mundo
C
arinhosamente chamados de FMs, os filhos de missionários têm um papel importante no ministério de seus pais. Como família, eles entendem que o chamado missionário também é para eles. Isso é fundamental para que vençam os desafios de um campo transcultural, vivendo uma realidade diferente da habitual: escola, igreja, novos amigos, outro idioma... Um novo mundo. Antes de seguirem para outro país, os filhos de missionários passam por uma preparação. Nos últimos 10 anos, Missões Mundiais já treinou mais de 60 FMs. Recentemente, com o advento da comunicação digital, os FMs têm trocado experiência entre eles. Um dos principais promotores dessa integração é o menino Davi da Costa Faria (14 anos), filho do casal Aléksei e Ana Paula Faria, missionários em Antofagasta/Chile. Uma das estratégias usadas por Davi para divulgar o trabalho dos filhos de missionários é o blog fmradicais.bligoo.com, bem como a página no Facebook: facebook.com/fmradicais.
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
Os FMs reconhecem que nas experiências missionárias há pontos positivos e negativos. Alguns têm até criado estratégias para ajudar a evangelizar os povos. Assim, os missionários não estão sozinhos nos campos. Seus filhos estão juntos com eles na missão de testemunhar o Evangelho de Cristo às nações. Nesta missão de apoiar o trabalho de seus pais, os FMs trocam ideias na busca pela melhor forma de testemunhar de Cristo às nações. Eles testemunham se doando integralmente com orações, atividades, presença... falando de Jesus através de suas vidas. Veja alguns exemplos de FMs citados pelo, também filho de missionário, Davi:
64
Q
uando pensamos em testemunhar sobre Cristo, geralmente imaginamos grandes ações e multidões nos ouvindo. Mas como FMs percebemos que grandes coisas acontecem por pequenas obras. As pequenas coisas no dia-a-dia como um sorriso, junto com um bom testemunho, são as principais ferramentas que nós, filhos de missionários, usamos para alcançar os povos. Podemos ver isso na vida de vários FMs: Ana Raquel Faria, minha irmã, de apenas oito anos, foi lembrada por uma mãe durante uma reunião de pais em sua escola aqui em Antofagasta, no Chile. Agradecida, a senhora disse: “Meu filho, Matías, não gostava de vir à escola, tirava péssimas notas e não se interessava pelos estudos. Eu não sabia mais o que fazer, quando, este ano, a professora o colocou ao lado de uma boa aluna, a Ana Raquel. Ela o incentivou e aconselhou. Hoje, meu filho não quer perder nem um dia de aula. Vai animado para a escola e melhorou todas as suas notas. Ele sempre diz que a Aninha é sua sorte boa. Foi preciso vir uma menina do Brasil para ajudar o meu filho.”. Minha irmãzinha nunca fez nada mais do que ser uma boa aluna, uma boa amiga e isso mudou a vida de uma criança. Outro exemplo de que os FMs cumprem a ordem de Jesus é a vida de Karina Dias. Ela foi a primeira em sua casa a se decidir por Jesus, se converteu aos nove anos de idade. Após 10 anos de bom testemunho e orações, sua mãe, Maria Lucinalva Dias, se converteu e hoje é missionária na Guiné Equatorial, na África. Sua família está quase toda entregue a Jesus. Karina cresceu, estudo e casou com o Pr. Marcos Queiroz, também filho de missionário. Em 2012 o casal seguiu para o Peru, onde testemunham do Evangelho. Luiz Godinho, de 10 anos, filho do casal missionário Levi e Lúcia Godinho, está com seus pais há quatro anos em São Tomé e Príncipe, um país africano cercado de muita pobreza e de pessoas distantes de Cristo. Ele apoia seu pai na igreja, tocando violão e tambor e também cantando. Tudo isso é um pouco do que os FMs fazem para serem testemunhas de Deus pelo poder do Espírito em toda a Terra. Nós temos um testemunho de vida diferente. Cada um tem o seu próprio chamado, mas todos temos uma missão: anunciar o Evangelho. Queremos deixar nossa marca no mundo.
Davi da Costa Faria Filho do casal Pr. Aléksei e Ana Paula Faria, missionários em Antofagasta/Chile
L íde r de C RI A N Ç A S
A missao de alcancar criancas Por Rafaela Campos
V
ocê já percebeu como acompanhar o crescimento de uma flor inspira? Tudo começa no invisível ou de uma forma que, a princípio, parece ser imperceptível. Você planta, rega, observa, aduba e, quando menos espera, a flor sorri e lhe agradece. Ela ganha vida.
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
Crianças são como flores. Precisam que sua singeleza seja notada desde quando são pequenas sementes a germinar. Jesus acolheu, em seus próprios braços, pequeninos que perto dele andavam. É com este sonho, o de acolher crianças pelo mundo, que os missionários entregam cada vez mais seu coração a projetos que valorizam, capacitam, transformam e conduzem as crianças no caminho em que devem andar, para que, quando envelhecerem, não se desviem dele (Provérbios 22.6).
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São vários os projetos desenvolvidos em campo para atendimento às crianças. Se você ainda não conhece, vale a pena informar-se, envolver-se e participar de maneira ativa da transformação da história
de crianças que precisam ver, viver, ouvir e sentir o testemunho de pessoas cheias do poder do Espírito Santo.
“Crianças são como flores. Precisam que sua singeleza seja notada desde quando são pequenas sementes a germinar.”
Em campo, os missionários deparam-se com crianças que, em sua maioria, têm dificuldades logo no início da vida, por estarem em situação de risco. Isto gera nelas uma vida com potencial e esperança perdidos. O PEPE Network, Programa de Educação Pré-Escolar, é uma das respostas de Deus, por meio de Missões Mundiais, a estes pequenos. Tendo atendido mais de 25 mil crianças em 18 países da África e da América Latina por quase duas décadas, hoje o PEPE tem mais de 350 unidades e 10 mil crianças que frequentam diariamente o programa, que é uma ferramenta socioeducativa promotora de impacto nas comunidades empobrecidas, testemunhando, pelo poder do Espírito, o amor em ação e o poder do Evangelho. Yulisa é um exemplo de vida transformada. A menina que se sentia sozinha e isolada sempre que se lembrava da separação dos pais, pôde,
O POPE (Programa de Odontologia Preventiva e Educativa), também tem sido um instrumento abençoador na vida das crianças. Em parceria com o PEPE, o programa de prevenção de cáries em crianças de 5 a 12 anos de idade atende, hoje, 1.420 crianças no Paraguai, seu principal campo de atuação. A meta é alcançar todas as unidades do PEPE no mundo. Gerar vida e esperança no coração da criança. A esperança mostra a meninos e meninas que suas histórias podem ser transformadas e vividas com alegria; verdadeiras Fábricas de Esperança: este é mais um projeto de Missões Mundiais, que organiza atividades e recursos para que crianças carentes se desenvolvam física, moral e espiritualmente. Miguel (nome fictício) participava dos treinos de futebol da Fábrica de Esperança, no Senegal. Um dia, durante o treino, ele desmaiou. Seus colegas disseram que isso era comum;
contudo, o Dr. Humberto Chagas, nosso missionário que é médico e treinador esportivo dos meninos no Centro Médico Esportivo Fábrica de Esperança, percebeu que o garoto tinha anemia falciforme. Hoje, após receber o tratamento correto, Miguel desenvolve suas atividades normalmente. Deus sempre surpreende. Não são apenas as histórias de nossas crianças que são transformadas. Nossos missionários também veem, a todo tempo, milagres acontecerem em suas vidas. Edna e Roberto Carmona são exemplos disto. Missionários de Missões Mundiais desde 2004, o casal teve um encontro com Ana Khallipa, em julho de 2009, na África do Sul. Ela era apenas um bebê e participou deste encontro construído pelo Senhor, que a fez filha do nosso casal de missionários. Hoje, Ana Khallipa ajuda seus pais, mesmo pequena como é, a mostrar o Evangelho por meio de sua própria vida, em qualquer parte do mundo. Sua história foi transformada a tal ponto que, hoje, ela, ainda criança, é nossa pequena missionária. Uma das coisas mais marcantes da rotina missionária, que deve ser a de todos nós, é saber que as crianças não somente ouvem
histórias, mas passam a repetilas, a dizer a outras pessoas sobre as verdades que conheceram. Foi assim com Davi, na Guiné-Bissau. Ele tem apenas 5 anos e frequenta o PEPE. Davi já sabe falar sobre João 3.16, e a primeira pessoa com quem ele compartilhou sobre Jesus foi com sua mãe. Emocionada, ela entendeu que Jesus veio ao mundo para morrer em seu lugar. A mãe de Davi não quis tomar esta história apenas para ela; assim como seu filho, também compartilhou o amor do Pai, pedindo para que o Davi contasse para toda a vizinhança sobre a história que mudou suas vidas. É sempre tempo e hora de falar do amor de Deus. Este amor que gera vida, humanidade, dignidade, respeito, amor, união. Um amor que transforma a vida de filhos e filhas; de pais e mães. Um amor que tem nome: Deus. Dê valor à infância de suas crianças. Entenda cada vez mais que o cuidado com os pequenos é a transformação da nossa sociedade. É um caminho que tem em sua estrada valores e princípios. Apoie projetos como o PEPE, o POPE, o PEM e a Fábrica de Esperança. Entenda que o coração da criança é terreno fértil e que delas é o Reino dos céus (Lucas 18.16).
jmm.org.br/campanha2013
no PEPE, aprender a ler, contar, ser disciplinada, além de ouvir histórias que falam sobre o quanto Deus a ama. Yulisa entendeu que ela é muito amada por Deus e que, não importa onde esteja, Ele irá buscá-la, porque a ama e quer ver a esperança renascida em seu coração.
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COM.vocação:
Sim, eu sou vocacionado
E
xiste alguma coisa que
esta verdade que, hoje, é pulsan-
Jovem, um serviço da JMM que
faz você acordar pela
te: Todos somos vocacionados!
tem por objetivo ajudar aqueles
manhã. É o movimen-
Viver isto é a lição de casa de
que estão nesta caminhada, no
to da vida: ele te desperta. Mas
todos que se comprometem com
descobrir do seu sentido de exis-
existe algo com mais sabor, com
o mestre e seu plano de salvação
tir. Temos andado pelo Brasil a
mais cor, que permite que seu cor-
para a humanidade.
fora para conversar de perto com
po se levante e saiba que aque-
Esteja conectado com esta
le dia tem sentido. O sentido da
tarefa. Procure conhecer mais
vida está completamente ligado à
sobre este assunto. Participe do
Vá além. Um vocacionado
consciência de missão, ou seja, o
que acontece também durante o
é alguém que gosta do que faz
modo como você é e o que faz ser-
restante do ano, não se restrinja
e que vai sempre além. Con-
vem a Deus neste mundo. Quando
a um período apenas. Seja um
sulte o material disponível em
você encontra a sua maneira de
orientador para as pessoas que
www.jmm.org.br/campanha2013
servir, encontra a sua vocação.
ainda estão procurando o senti-
e saiba como fomentar o tema
algo
do da vida por aí. Em suas mãos
vocação na sua igreja, no seu
para todos. É para os pastores e
está um material rico, escrito por
bairro, no seu estado. Se você
missionários, mas também para
pessoas que têm contribuído para
enxerga a necessidade de falar
os fotógrafos, pilotos de avião,
que menos gente esteja perdida
mais sobre isto entre a sua turma,
palhaços, bailarinas... Durante
nesta vida que é tão passageira.
então, esta tarefa é sua a partir
todo o ano de 2012, repetimos
Conheça o Com.Vocação JMM
de agora. Vá!
Ser
vocacionado
é
você sobre isso. Queremos pensar juntos.
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
J OVENS
70
mado para viver um estilo de vida que glo-
somente o membro de igreja que sente a in-
é, e também com o que faz. Temos ouvido
clinação para ser missionário ou aquele que
muitos depoimentos de que “esta desco-
deseja exercer um ministério eclesiástico,
berta” é libertadora para a vida de quem
especialmente o pastorado.
deseja se envolver com a obra. Pessoas têm
Ao constatar esta realidade, uma in-
afirmado que isto é um “divisor de águas”
quietação toma conta do meu coração, fa-
em sua existência: a descoberta de que po-
zendo-me admitir que, em nossas igrejas, a
dem participar da missão de Deus para
grande maioria de cristãos sinceros também
este mundo, mesmo não estando envolvi-
vive esta dicotomia entre “servir a Deus”
dos diretamente numa atividade religiosa.
e ser um vocacionado para o trabalho “na
A frase - “Deus, não me deixe de fora
obra de Deus”.
– se tornou um mote para muitos e, espe-
missão de Deus – missio Dei – para este
cialmente, para quem está em fase de defi-
mundo, duas questões devem ser conside-
nição de vocação. Ela traz uma releitura do
radas em relação à “vocação para a missão”:
sentido da nossa vida, da nossa missão neste
Em primeiro lugar, a expressão “vocacio-
planeta. Muito mais que uma frase, um mo-
nado para a missão”, necessariamente, não
vimento em direção ao outro. Um estilo de
formação teológica, que atua mediante a proclamação do Evangelho. “Vocacionado para a missão” também pode acolher a ideia de um profissional que decidiu dedicar seu trabalho todo em algum campo missionário ou, ainda, de um profissional
Deus é chamado
liberal que consagrou sua vida a Deus, transformando seu gabinete de trabalho em um campo missionário.
para viver um
Em segundo lugar, quando se fala de
estilo de vida
Missões em nosso universo evangélico, per-
que glorifique
cebe-se que a nossa abordagem e as nossas metodologias em geral enfatizam o fazer e
ao Senhor onde
não o ser. Contudo, voltando à Palavra de
está, e com o
Deus para analisar o verdadeiro sentido de
que é, e também com o que faz”
do que o Senhor está fazendo no mundo!”
Entretanto, quando falamos sobre a
faz referência apenas a um missionário com
“Todo filho de
rifique ao Senhor onde está, e com o que
vocação, constatamos que um dos primeiros
vida missional. Quando cada cristão entender que nós não “fazemos Missões”, nós “estamos em missão”, e quando cada cristão descobrir sua parte no Reino de Deus, teremos vocacionados em todos os segmentos da sociedade, não apenas nos campos missionários propriamente ditos. Teremos pessoas servindo pessoas seja num projeto missionário, seja como pastor de uma comunidade de fé, seja no chá da tarde com o vizinho; ouvindo, mais do que falando; vivendo o Evangelho. Quando todos entendermos que todos somos vocacionados, todos seremos melhores missionários e realizaremos trabalhos de excelente qualidade onde Deus nos colocar.
chamados do cristão é para ser santo – todos
Analzira Nascimento
somos “separados”.
Coordenadora do Com.Vocação JMM Jovem
jmm.org.br/campanha2013
O
Cremos que todo filho de Deus é cha-
paradigma dominante da nossa prática missionária considera como “vocacionado”
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J OVENS
Daniel Dias: vocacionado para ser
campeão Por Marcia Pinheiro Maior ganhador de medalhas paralímpicas do Brasil, com seis ouros nos Jogos de Londres, o atleta
de Cristo Daniel Dias, de 24 anos de idade, revela que sempre teve em mente que Deus tem um propósito para a sua vida. Em junho de 2012, Daniel compartilhou seu testemunho com mais de 1.500 jovens presentes ao Congresso “SIM, Todos TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
Somos Vocacionados”, em Sumaré/SP. Nesta entrevista, ele conta como escolheu ser feliz, buscando tudo com fé e determinação.
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Daniel Dias: Eu acredito e sempre acreditei que cada um tem um dom. É preciso aperfeiçoar esse dom vindo de Deus. Eu faço parte desse propósito de Cristo, e tento levar o Evangelho aonde quer que eu vá. Meu papel é ser discípulo de Cristo. Cada um pode fazer a sua parte, independente de viajar mundo afora ou não. A gente tem que levar a Palavra ao nosso próximo.
Como começou a aproximação entre Missões Mundiais e você? Eu conheci o Pr. Marcos Grava, coordenador do Programa Esportivo Missionário e do Setor de Voluntários da JMM, através dos Atletas de Cristo. Tivemos a oportunidade de conversar e ele me falou um pouco mais sobre Missões. Espero poder estreitar cada vez mais esta relação. Fiquei feliz ao saber que ele esteve com um grupo de voluntários nas Olimpíadas 2012. De minha parte quero poder colaborar com este belo trabalho em outros eventos esportivos.
Quando você percebeu que poderia ser um atleta? No final de 2004, depois das Olimpíadas de Atenas, eu descobri a natação. Eu já tinha 16 anos; um pouco tarde. No entanto, naquele momento eu vi que tudo posso Naquele que me fortalece. Nunca é tarde pra engrandecer o nome de Cristo. Eu sempre busquei agradar a Cristo com o dom que Ele me deu e eu espero que as pessoas percebam isso também: nunca é tarde. Devemos agradar a Jesus em todo o tempo.
Há quanto tempo você Testemunha de Cristo como seu salvador? Eu acredito que a conversão é um processo. Apesar de ter nascido em família evangélica e ter crescido na igreja,
a decisão que eu tive foi no meu coração. Em 2006 eu aceitei a Cristo como Salvador da minha vida e pude entender isso: a nossa felicidade tem que ser com Cristo, quando eu tenho Jesus no meu coração eu sou feliz. Foi muito bacana ver como Deus cuida de mim. Espero que muitos jovens conheçam Cristo através da minha vida, que Deus me capacite e me use para que eles possam entender que a felicidade está nesse caminho.
Com uma agenda cheia, em razÃo dos treinos, competições e compromissos pessoais, como você ainda encontra tempo para testemunhar de Cristo? Eu acredito muito no testemunho pessoal. Sem dúvida, a minha vida pode dizer muito mais do que palavras em algumas ocasiões. Mas aproveito todas as oportunidades para falar do amor de Cristo. Eu procuro viver uma vida correta, de intimidade com Jesus. Então as demais coisas passam a caminhar bem, abrindo espaço para eu falar de Cristo.
Você é um exemplo de superação. Qual a mensagem que você deixa para que as pessoas entendam que Deus pode usÁ-las como e quando Ele quiser? É preciso saber esperar a vontade de Cristo. A nossa vida é feita de escolhas. Eu escolhi ser feliz, escolhi ter a Cristo na minha vida e eu espero que os jovens descubram seu verdadeiro dom e, assim, possam curtir realmente a vida. Curtir mesmo é curtir a vida com Cristo. Se os nossos sonhos forem os sonhos de Deus, então tudo é possível. O nosso Deus é o Deus que faz o impossível acontecer. Depositar a confiança em Cristo é o melhor que a gente pode fazer. Devemos toda nossa vida pra sermos discípulos Dele.
jmm.org.br/campanha2013
Como você descobriu a sua vocação, os propósitos de Deus para a sua vida?
73
J OVENS
D
convém deixar claro que, num sentido latu, todo crente tem uma missão, a qual é a sua vocação, que por sua vez é construída em cima dos dons que recebeu graciosa e soberanamente de Deus, os quais definem a vocação e a missão de cada crente.
Os dons fornecem identidade e sentido à vida. São, portanto, potenciais conferidos e postos na personalidade humana visando fins proveitosos, que constroem a vida em todas as suas dimensões.
Porque os dons denotam o que cada um é, como marcas do Espírito no cristão. Eles encharcam sua personalidade de autoestima sadia, energia e paixão em viver para servir a Deus. Como todo crente recebe dons do Pai é, portanto, num sentido geral, um missionário; pois existe para cumprir uma função singular na obra de Deus, a partir da igreja local, a qual funciona de forma sadia quando o corpo de Cristo, com todos os seus membros e seus dons, está operando harmoniosamente (1Co 12.12-26).
A vocação está intrinsecamente ligada aos dons, pois os mesmos, interiorizados, impulsionam a pessoa a ser e a fazer o que é nessa sua essência. O dom se torna a paixão em viver e realizar algo para si, para o próximo e, acima de tudo, para Deus. Os dons acabam por tornarem-se a razão de viver e a missão particular de cada um num tempo, lugar e ministério específicos. À missão caberá o uso desses dons, no propósito particular de Deus para cada filho seu.
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
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eus escolhe homens e mulheres para servi-Lo de todas as formas possíveis. Quando isso ocorre, os capacita em todos os níveis, concedendo dons e habilidades para cumprirem sua função existencial e sua vocação como filhos Dele.
Refletindo sobre a missão e os dons,
O exercício dos dons, sem o amor, ainda que produza resultados, não glorificará a Cristo e menos ainda acrescentará galardão e honra nos céus a quem o fizer. Os dons não são um fim em si mesmos, mas
instrumentos para fins santos e divinos. São dados para servirmos uns aos outros, dentro e fora da igreja. A vivência vocacional não pode prescindir da orientação e o poder do Espírito Santo. Saber o que fazer não significa automaticamente fazer o que se sabe, sempre, em todo lugar, da mesma forma, com as mesmas pessoas, num caminhar programado. Temos de estar abertos à direção do Espírito na vida e na missão, em termos de estratégias, tempo, recursos e lugar. Os dons não são senhores da nossa missão. Deus é quem decide onde, quando, como e a quem devemos servir para a construção do seu reino. Pr. Jarbas Ferreira da Silva Bacharel em Teologia pela Faculdade Teológica Batista de São Paulo, Mestre em Ensino e Comunicação Transcultural pelo Wheaton College -EUA, Doutor em Ministério / Liderança Eclesiástica pela Faculdade de Teologia SulAmericana FTSA. Membro da IB da Água Branca, em São Paulo.
J OVENS
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A VOCAÇÃO E O SENTIDO DA VIDA
É tudo a mesma coisa?
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
Hoje o jovem tem mais preocupação com o coletivo, não quer guardar o que sabe pra si, não quer gastar tudo o que tem no carro do ano, nem com o apartamento dos sonhos. Ele quer incluir os outros que estão próximos dele em seus sonhos. Vocação é um pouco isso: você perceber necessidades no mundo, ver o que faz bem – o que ama fazer – e dar uma resposta a estas necessidades com amor verdadeiro. Estamos aqui para sinalizar o Reino de Deus e mostrar um jeito de ser gente como Deus quer que sejamos. Acima de qualquer pensamento que possamos ter a respeito de nós mesmos, está a experiência de viver como quem somos. Alcançar a essência e o sentido da vida é reconhecer em si aquilo que se ama e pelo qual se escolheu viver. Fato é: há uma paixão que move o nosso existir, algo entregue por Deus a cada filho Seu para a glória dEle. Decidir viver desta maneira é viver toda uma história diante de Deus. Entender a missão é ter consciência de que onde nossos pés chegarem, ali também chegará o Reino de Deus.
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Coordenador Do Com.Vocação JMM Jovem
Oro e trabalho para que o jovem pense o mundo biblicamente e entenda que não existem respostas prontas no “Google”, num teste de um livro ou numa sessão com um guru por aí. A nossa caminhada é complicada, mas também divertida, recompensadora e desafiante. O nosso chamado é viver Coram Deo: “Toda a nossa vida na presença de Deus, para a honra e glória Dele”, como diz Darrow Miller no seu livro Vocação: escreva sua assinatura no universo. A gente vai caminhando e aprendendo a viver um estilo de vida que não sente culpa por estar na presença de Deus. Precisamos ter o coração aberto e sensível ao Espírito Santo para obedecer e ir pra onde Deus nos manda. Seja para viver num lixão na periferia, seja para ser CEO de uma multinacional, seja para ser missionário na China!
PR. EBENÉZER SOARES Pastor emérito da Convenção Batista Brasileira
Se um jovem reconhece que o Senhor o vocaciona, ele seguirá, haja o que houver, o estilo missional bíblico, esforçando-se para que sejam usados os talentos com que o Senhor o agraciou. É mister procurar conscientizar os vocacionados quanto a um desafio singular que tem a ver com esta vida e com a eternidade.
PR. ED RENÉ KIVITZ Pastor Igreja Batista de Água Branca/SP e escritor
Tanto a igreja quanto os cristãos individualmente foram chamados por Deus para servir à humanidade ou, mais precisamente, administrar a criação para o bem comum, o que a teologia chama de “mandato cultural”, baseado em Gênesis 1.26 e 27. Isso amplia os horizontes de engajamento missional. Os jovens podem e devem desenvolver a carreira profissional como ministério. Qualquer que seja a carreira, respeitados os limites éticos. O engajamento na missão não é exclusivo para pastores e missionários. Resgatar a dimensão sagrada do trabalho e das diferentes vocações profissionais é um grande passo na escolha de uma carreira.
Pr. JOÃO FALCÃO SOBRINHO Pastor emérito da Convenção Batista Brasileira e da PIB de Irajá/RJ
O problema da falta de vocações jovens para missões começa com a autenticidade da experiência de conversão a Cristo. Precisamos levar nossas igrejas a buscarem o avivamento espiritual que resulta em santificação, e é preciso que elas se deixem dominar pelo poder do Espírito para que a juventude seja despertada à vocação missionária. Esse despertamento tem que alcançar a totalidade dos membros das igrejas, não apenas os jovens. E se há falta de vocações de jovens para missões, o problema não está na juventude, mas nas igrejas. Os jovens estão aí. Deus os está chamando para serem servos em missão.
jmm.org.br/campanha2013
CLÁUDIO ELIVAN
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Vocação:
todo mundo tem Por muito tempo, mesmo que involuntariamente, a gente pensou que vocação fosse algo restrito a pastores, missionários, ministros de música ou educadores cristãos, enfim, qualquer um que decidisse ir ao seminário. Graças a Deus, não funciona assim. Deus, por amor, vocaciona gente para ser pastor e missionário, mas, também, por amor, vocaciona todos nós.
Por Eliana Moura
A
gente começa a escrever sabendo como o texto vai terminar. Era essa a frase que eu sempre usava nas aulas que lecionava, de Redação. Se você parar pra pensar, é algo bem interessante.
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
Escrever uma história não é uma tarefa fácil. Fico pensando em como a vida da gente é bem assim como escrever uma história, como elaborar um texto. Temos uma ideia de como viver. Até sabemos O QUE viver. Damos um título bonito aos anos que passamos nesta Terra, mas... Como colocar tudo isso no papel? COMO VIVER? Qual a função real do que fazemos e do que sabemos fazer? O que é ser um “cidadão dos céus”? E é nessa hora que você se pergunta: mas a gente não sabe como a nossa vida vai terminar, por isso, não dá
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pra comparar uma coisa com a outra (texto e vida). Bom, eu digo pra você que dá. A gente se descobre diariamente e, salvos por Jesus, percebemos mais Dele em nós à medida que Dele nos aproximamos. Quanto mais perto de Jesus, mais humanos somos, no bom sentido. Descobrimos mais de Jesus em nós quando, atentos àquilo que não seja somente o nosso eu, damos de nós a outro. Quando entendemos que, sem o outro, não podemos ser uma comunidade. Quando, de forma simples, podemos ser Jesus, andando com os mesmos que ele andava. Jesus andava nas ruas, conversava com o povo. Jesus não ficava confortavelmente adaptado à sua comunidade de fé enquanto, do lado de fora, pessoas precisavam de seu amor, de seu serviço. Quanto mais íntimos do Senhor
Ser o próximo, servir, não significa tão somente elaborar megaprojetos contra a fome, fundar uma ONG ou conduzir uma passeata para demonstrar que as coisas no mundo não estão andando conforme o projeto de Deus para nós. Nós, igreja, temos a mania de preferir grandes ideias, grandes projetos, grandes impactos, e pouco temos nos preocupado com os pequenos começos. Estamos deixando sujo o quintal da nossa casa. Pobres de nós que, pequenos, não enxergamos que a obra começa de mim pra você; nós, irmãos de fé, juntos pelo problema que bate à nossa porta. Aprendi com um amigo que não sou responsável pelos problemas do mundo inteiro. Mas sou responsável pelos problemas e necessidades que chegam até mim. Esta deve ser a nossa causa. A mesma causa de Jesus de Nazaré: “visitar os órfãos e as viúvas nas suas dificuldades” (Tiago 2.27). Nossa causa é servir a Cristo; servi-lo é amar pessoas; amar pessoas é doar-se. Por isso, foi dada a nós uma habilidade, um talento, um dom (uma maneira de servir) como forma escolhida pelo próprio Deus para se manifestar ao mundo por meio da minha vida, da sua vida. O nome disto é VOCAÇÃO. Entender que o nome de Jesus é glorificado a cada vez em que a sua vida abre mão de um sentimento egoísta para fazer parte do projeto de Deus para o mundo é bênção! De que adianta pregar a salvação, evangelizar pessoas, mas não respeitar sua história, sua fome, seu caminho, seu abandono, sua cultura; não lhes demonstrar que o amor de Deus é mais do que fronteiras entre um salvo e um não salvo? Deus não está somente salvando almas; Deus está restaurando vidas, devolvendo a dignidade a gente que a sociedade
foi dada a nós uma habilidade, um talento, um dom, uma maneira de servir como forma escolhida pelo próprio Deus para se manifestar ao mundo por meio da minha vida, da sua vida. O nome disto é VOCAÇÃO
exclui. Encontrar seu lugar neste projeto é encontrar sua vocação. É você no meio desta história. Só se ama quando se serve; é impossível ser de outro jeito. A vocação é involuntária, ela é doada. Dizer “Deus, eu não quero ficar de fora do que o Senhor está fazendo no mundo” é ter forças, em Cristo, para “não perder o pique”! É ser o melhor profissional que nós pudermos. É nos envolvermos em projetos, irmos ao campo missionário, mas, também, é não reclamar toda segunda-feira por ter de trabalhar novamente. É aprender a servir; aprender o motivo de nossa existência; aprender que há, sim, como saber o final da nossa história, o final do nosso texto. Se vivermos uma vida que paga o preço de nossa vocação, o final já está escrito: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destesme de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes- me; estive na prisão, e fostes ver-me. Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber? E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos? E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te? E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes. (Mateus 25.34-40)
jmm.org.br/campanha2013
Deus nos tornamos, mais entendemos que a eternidade pode começar a ser vivida aqui. A alegria, a comunhão, o partir do pão, as orações, o viver diário, o dar-se, a melhoria da qualidade de vida podem ser vividos aqui; agora. Eu sou o próximo de alguém. Você é o próximo de alguém. É assim que nos parecemos com um texto: escrevendo a nossa história de maneira que, ao final dela, tenhamos o que contar, pela graça de Deus.
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O Deus que age na história
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TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
eus tem feito história com a nossa pequena comunidade aqui no Senegal, um país onde a maior parte das pessoas é jovem. Mais de 50% da população têm idade inferior a 18 anos. Para nós, saber qual será o futuro das crianças e dos adolescentes senegaleses é sempre uma preocupação. Uma das ferramentas que tem nos ajudado a colaborar com o futuro desta turma é o futebol, no projeto Fábrica de Esperança. As pessoas nos perguntam: “Como vocês fabricam esperança?”. É claro que nós temos a consciência de que a fonte de toda a esperança é Deus. No caminhar com as crianças, a gente vai mostrando como é que se chega à esperança e como é que se nutre essa esperança. É triste ver muitos pequenos que realmente não têm pelo que esperar. A escola de futebol existe para isso: para gerar sonhos nas crianças. Não nos focamos só na bola; existe também o incentivo na formação integral: trabalhamos com reforço escolar, sensibilizamos os pais a respeito da importância de não só colocar as crianças na escola, mas de mantê-las ali.
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seus colegas disseram que isso era comum. Como médico, entendi que algo estava errado. Constatei que esse menino tinha uma anemia falciforme e que os desmaios eram decorrentes disso. Hoje, após receber tratamento no Centro Médico Esportivo Fábrica de Esperança, nosso projeto em Missões Mundiais, ele desenvolve suas atividades normalmente. Também conhecemos outro menino. “Menino” apenas aqui na África, onde se considera a infância até os 25 e, às vezes, até os 30 anos de idade. Este nosso “menino” tem 18 anos. O seu maior desejo era de um dia ser marabu – o chefe religioso local (que, normalmente, é envolvido com feitiçaria). Esse menino está com a gente há muito tempo – cinco anos, no mínimo. Nosso relacionamento com ele tem sido muito interessante, porque ele não aprende apenas sobre as coisas que a gente fala sobre vida; aprende também sobre o amor de Deus. Existe outra pessoa muito especial trabalhando aqui com a gente. É o Romeu, alguém que ama muito a Deus. Ele também não é especialista em futebol. Sua área é a informática; contudo, ele tem estudado para continuar ajudando na escolinha. O Romeu tem feito um trabalho lindo com a moçada, ensinando não só a bola, mas acompanhando os garotos a nível escolar, introduzindo-os ainda na turma de informática. Imagine: essas crianças ao menos têm água potável em casa e já estão aprendendo as “coisas do computador”. Pra mim, isso é falar de Jesus. A gente não fala com a boca, a gente fala com gestos, e estes gestos têm marcado a vida dessas crianças.
Não usamos o futebol apenas como uma “isca” para falar de Jesus, porque nós cremos no Evangelho pleno, integral, que cuida da pessoa de uma maneira completa. O que fazemos com essas crianças é exatamente isso. Mas algo é óbvio: se nós tivéssemos alguém com formação em Educação Física, alguém experiente, com certeza aquilo que estamos fazendo com esses meninos teria uma qualidade muito maior. Sermos excelentes no nosso trabalho, darmos o nosso melhor, cuidar adequadamente das nossas crianças – tudo isso testifica muito mais daquilo que nós pregamos: o amor de Jesus. Estamos semeando a boa semente. Cremos no poder do Evangelho. Em algum dia isso vai germinar. Assim nós cremos, oramos e louvamos a Deus. Agradecemos a Ele também pela vida daqueles que têm intercedido por esse trabalho e investido nele. E se você é educador físico e está nos lendo neste momento, eu quero lhe dizer algo: se sua profissão e seus talentos estão a serviço do Senhor; se você é um profissional da área de esportes e sente agora no seu coração que o seu tempo deve ser dedicado ao nosso Deus aqui na África; se você quer servir as crianças do Senegal com o que você sabe fazer, junte-se a nós. Eu, um médico, minha esposa, uma cirurgiã dentista, e tantos outros que têm dedicado a sua profissão para mostrar Jesus e seu amor e fazer da nossa profissão uma mensagem às pessoas que não têm esperança dizemos: É maravilhoso. Vale a pena. Dr. Humberto Chagas Missionário no Senegal
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Muitos desistem no caminho. Para aquele que é pobre, aqui no Senegal, não há muitas opções. Normalmente, as crianças migram para o banditismo ou tentam encontrar alguma solução por meio das drogas. Na periferia de Dacar, isto é muito comum. A maior parte dos meninos não vive bem com os pais. Não frequenta a escola. É na escolinha de futebol, no conviver, que a gente consegue inserir conceitos e abrir novas possibilidades. É maravilhoso perceber que algumas crianças que passaram por nós estão, hoje, reinseridas na sociedade como resposta a uma semente que foi plantada. A verdadeira semente que dá esperança para essa vida e para outra. Eu tenho algo interessante a contar pra você: não sou treinador de futebol. Nunca estudei Educação Física. Eu sou médico ortopedista e nunca antes pensei em organizar uma escola de futebol. Toda criança brasileira – pelo menos na minha época – sonhava em ser jogador. Eu também sonhei. Mas foi aqui no Senegal, há seis anos, que eu peguei a bola, comecei a jogar com a garotada e, depois de algumas semanas, percebi que aquilo era uma oportunidade. Comecei a fazer treinos regulares, comprei bolas e a gente foi tocando a escola de uma maneira muito simples. Percebemos que, realmente, era um meio interessante de ajudar essas crianças numa localidade tão pobre aqui na periferia de Dacar. As portas se abriram naturalmente e Deus me mostrou o que Ele queria de mim. Logo no início, conheci um menino que se juntou ao projeto. Um dia, durante o treino, ele desmaiou;
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Pensando em você, pastor
N
este capítulo, apresentamos a
dos textos deste capítulo é de muita impor-
você, pastor, os recursos que
tância se você deseja liderar de forma im-
Missões Mundiais disponibili-
pactante e espiritual sua igreja e envolvê-la
za para que sua igreja realize uma Cam-
na mais extraordinária obra que jamais exis-
panha Missionária que edifique os crentes
tiu: trabalhar para ganhar para Cristo vidas
e mobilize-os em favor da evangelização
de todas as raças, tribos, línguas e nações,
do mundo.
a tarefa de alcançar e trazer, rendidos aos
Para este ano, Missões Mundiais optou por um tema que toca o indivíduo, que
pés do Pai, adoradores verdadeiros, como os que Ele procura (João 4.19-24).
afeta a pessoa, a nova criatura. Um tema
O material deste capítulo, portanto, foi
que mexe com cada um em nossas igrejas,
planejado e elaborado com o coração vol-
pois a tarefa evangelizadora é de todos,
tado para você, pastor, com o propósito de
de cada um de nós: Testemunhe às nações
servir a você, a quem Deus confiou o Seu re-
pelo poder do Espírito.
banho, ajudando-o a ser um pastor mobili-
Naturalmente que além dos recursos
zador, liderando sua igreja no cumprimento
que seguem, muito mais poderá ser encon-
de sua missão de ser testemunha de Jesus,
trado no website da Campanha. A leitura
até os confins da terra (Atos 1.8).
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Testemunhe
da missão à sua igreja Ser testemunha é confirmar diante das pessoas aquilo que vimos ou ouvimos.
S
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
ou grato a Deus pelos 16 anos que minha esposa e eu temos servido a Deus através da Junta de Missões Mundiais. Foram seis anos diretamente no campo missionário (África) e os outros 10 anos na sede da JMM. Foram anos de muito crescimento e amadurecimento da visão missionária, bem com de muitas experiências com Deus. Como gerente de Missões, conheci um pouco das carências do mundo em termos de vida cristã e da capacidade que temos de servir através de nossa estrutura missionária. Como coordenador de área, visitei diversos lugares e tive uma visão do mundo na perspectiva do que as pessoas esperam de nós, do que realmente precisam. Percebi então que, em muitos países, o
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nome de Jesus é completamente desconhecido. Em outros, onde o cristianismo se faz presente, não há visão missionária. Muitas igrejas são pequenas e não sabem o que fazer para crescer. São frutos de outras missões, que não souberam passar a visão missionária. A pergunta que sempre faço é: “que tipo de cristianismo eles conheceram?”. Para alguns foi anunciado apenas o Cristo na Cruz, não o Cristo ressurreto. Formaram-se cristãos conhecedores da história do cristianismo, mas sem compromisso de fé no Cristo da história. Se a igreja não passar adiante a visão bíblica de Missões; se no coração de cada novo convertido não for plantada a boa semente do testemunho do amor de Cristo; se não houver o compromisso de dizer aos outros aquilo que viu e ouviu de Jesus, chegará o tempo em que Missões não será mais o seu papel principal. A ordem que Jesus deixou de fazer discípulos, batizar e ensinar todas as coisas não terá mais valor algum. Como pastor, eu devo passar esta visão, este ensino ao meu rebanho. O membro que aprende a fazer isso
em sua igreja, não somente cresce individualmente, mas também leva a sua igreja a crescer. Não há ensino sem mobilização, nem mobilização sem ensino. Ser testemunha de Cristo é contar aos outros o que Cristo fez em sua vida pessoal e o que pode fazer na vida dos outros também. Quando o apóstolo Paulo escreve: “E Ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do ministério para que o corpo de Cristo seja edificado” (Gl 4.11 e 12), ele estava mostrando aos líderes que a sua função é preparar os crentes e passar-lhes a visão, os ensinos, para que frutifiquem. Está em nossas mãos a missão de mobilizar a Igreja de Cristo, a fim de que ela veja o mundo como um grande desafio. Amar o mundo como Deus amou é desejar vêlo alcançado pelo Evangelho da Graça do Pai. Pr. Lauro Mandira Coordenador de missionários na Europa e gerente de Missões de 2003 a 2012
Missões: prioridade na agenda de todos
A tarefa missionária não admite elitização, tampouco abstenção. Ninguém pode achar-se seu cumpridor único ou especial e ninguém pode dar-se o direito de não envolver-se com a execução. Desta forma, Missões precisa estar na agenda de todas as pessoas, famílias, igrejas e instituições cristãs. Mais que isso, precisa ser a prioridade na agenda de todos os cristãos. Um homem simples, como Pedro, ou de educação polida, como Paulo; uma família simples, como a do carcereiro de Filipos, ou de posses, como a de Zaqueu; uma igreja humilde, como a de Esmirna, ou mais favorecida, como a de Éfeso. Todos precisaram envolver-se com a Grande Comissão para que o testemunho do Evangelho de Jesus chegasse até nós. Da mesma forma, hoje todos somos importantes e nossa participação preponderante para que a mensagem de salvação seja pregada também, e com urgência, nos lugares mais distantes e remotos do planeta (Romanos 10.14 e 15). Assim, o importante, em primazia, é a consciência da necessidade de envolvimento na evangelização do mundo; é entender que o mundo só será alcançado e resgatado para Cristo pela ação de todos nós. Também é muito importante compreender a abrangência desse envolvimento, que começa, antes de tudo, com a oração. Devemos clamar ao Senhor para
que a cada dia mais pessoas compreendam e usem sua vocação, e também por aqueles que estão nos campos missionários cumprindo o que Deus lhes mandou realizar. Todos devemos orar, cada igreja precisa mobilizar-se para a oração; seja pequena ou grande, esteja no interior ou nos grandes centros. A oração pode e precisa ser praticada por todos. Um outro aspecto desse envolvimento é a criação, na igreja, de um ambiente favorável à Missões. É maravilhoso o fato de que em todas as realidades, contextos sociais e econômicos, a igreja de Jesus, onde quer que se encontre, pode informar seus membros sobre as necessidades dos campos missionários, bem como ajudá-los a fazerem a sua parte no cumprimento do ide de Jesus. Vale a pena destacar aqui o farto material que Missões Mundiais prepara e envia para todas as igrejas desse imenso Brasil, com excelentes publicações de natureza informativa, com mapas, cartazes, panfletos, reflexões e mensagens; além de cadernos dirigidos a pastores e líderes da igreja. Todo este material segue para apoiar as igrejas na criação deste ambiente missionário, na informação consistente de cada irmão e no auxílio para que todos possam respirar a Missões, orar por sua Missão e envolver-se de coração com a grande comissão deixada por Jesus Cristo. Seguindo nesta direção, orando por Missões Mundiais, informando-se sobre a realidade dos campos e os desafios de expansão da obra, criando um ambiente onde a Missão seja viva na igreja, o envolvimento intenso e autêntico, produto de uma consciência missionária genuína e saudável de cada irmão e irmã,
jmm.org.br/campanha2013
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uando Jesus anunciou a Grande Comissão (Mateus 28.18-20), entregou a suprema tarefa de anunciar o Evangelho a todos os seus discípulos. Foi uma ordem que incluiu todos os que o seguiam e que viessem a segui-lo.
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há de desdobrar-se em ações concretas de participação e contribuição com Missões Mundiais através das viagens e projetos missionários, do engajamento na oferta especial e da adesão ao PAM – Programa de Adoção Missionária. Agradecemos a Deus o grande número de igrejas batistas no Brasil que se mobilizará e envolverá através da Campanha de Missões Mundiais, para a promoção de uma expansão missionária sem precedentes, levando cada crente, cada família e cada igreja, inspirados pelo tema “Testemunhe às nações pelo poder do Espírito”, a priorizar Missões em sua agenda, envolvendo-se com o anúncio do Evangelho de Cristo, até os confins da Terra (Atos 1.8).
Além da oferta do Dia especial, muitas igrejas adotam projetos e missionários através do PAM (Programa de adoção Missionária)
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TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
ossa igreja, a Segunda Igreja Batista de Campos, nasceu há 75 anos com esta ardorosa vocação missionária. O nosso pioneiro, Pr. João Barreto da Silva, era um homem que sonhava e respirava Missões. Hoje, nos relacionamos com a JMM, através do PAM, de uma forma intensa e muito alegre. É grande a nossa motivação, quando o missionário nos visita para dar o seu testemunho. Isso incentiva mais crentes a participarem também do Programa de Adoção Missionária. O PAM é uma estratégia maravilhosa que a igreja tem para participar da obra missionária nos tempos modernos. Ele é uma grande oportunidade de estarmos lá no campo através da figura do missionário. Assim também são as viagens missionárias voluntárias que a JMM nos dá a chance de participar. Pastores, líderes e todos os membros da igreja precisam dar um pouco do tempo que têm, em período de férias, por exemplo, pra estar no campo missionário. É uma experiência incrível! A paixão missionária é a marca da nossa denominação. Louvo a Deus pela a ação da JMM de proporcionar essa participação. Espero continuar
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sendo instrumento de Deus, assim como todos os meus colegas pastores, para que a obra missionária avance pelo mundo afora.” (Pr. Éber Silva – Presidente da OPBB e pastor da SIB de Campos/RJ)
Daisy Santos Correia de Oliveira é a ministra de Missões e Evangelismo da Igreja Batista Emanuel em Boa Viagem/PE há 19 anos. Seu papel, agindo em conjunto com o Pr. Alberto Cristiano de Freitas, é mobilizar a “Emanuel” durante o ano todo para conhecer, envolver-se, amar e viver Missões. O seu entendimento é que, antes de tudo, a igreja deve estar em oração. “Este é o primeiro passo”, disse. Por isso uma sala foi preparada especificamente para que os membros se revezem em momentos de oração. Durante a campanha 2012, por exemplo, a sala foi usada todos os dias pela manhã e quartas também à noite, quando os cultos de oração tiveram enfoque missionário. Almoços missionários, uso de trajes típicos e exposição de bandeiras da China, Indonésia e Paquistão foram estratégias de motivação e educação missionária usadas pela a igreja, que tem 1.320 membros. Assim a igreja pensa, ora e investe em missões o ano todo.
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a Igreja Batista do Bacacheri, em Curitiba, nós cremos que a igreja de Deus não tem uma missão. Nós cremos que a missão de Deus é ter uma igreja que cumpre o seu plano e propósito. Por isso, fazer Missões não é opcional, não é uma atividade da igreja. Fazer Missões é existencial pra qualquer igreja que segue os mandamentos de Deus. Fazer missões é parte da nossa igreja. Nós adotamos missionários através do PAM, mensalmente enviamos ofertas, trazemos missionários para dar seu testemunho, porque nós queremos sentir o pulsar de missões, queremos ouvir histórias de missões, queremos ir até os campos em viagens missionárias. É muito gostoso quando eu, como pastor, e os membros da minha igreja podemos participar de projetos missionários e sentir as necessidades do campo, suas oportunidades e possibilidades.
(Pr. Luiz Roberto Silvado – PIB do Bacacheri, Curitiba/PR)
Quando paramos para ouvir as histórias vividas pela Igreja Batista Boas Novas, em Castanhal/PA entendemos que o seu coração está entregue a Missões. Maria Regina Alves Pereira, a esposa do Pr. Manoel José Moreira Pereira, é a promotora de Missões Mundiais na igreja. Segundo ela, os 50 membros da igreja respiram o trabalho missionário durante o ano todo, adotando, sustentando e servindo. Na campanha 2012 de Missões Mundiais não foi diferente. “A igreja toda quis envolver-se e a ideia para isso foi trabalhar por faixa etária, por meio da EBD onde, cada classe com seu alvo, esforçou-se não apenas para alcançá-lo”, contou.
Os irmãos entenderam que são participantes do que Deus tem feito no mundo. Eles se organizaram e colocaram a mão na massa. O pessoal foi para a cozinha e preparou os lanches que seriam vendidos na cantina após os cultos, estratégia adotada pela igreja durante todos os domingos da campanha. Todas as classes se envolveram. Todos estavam juntos, tendo em comum, o amor por Missões. Como um dos resultados deste coração entregue ao mover de Deus, a Igreja Batista Boas Novas constituiu-se num exemplo de incentivo para outras igrejas dizerem”sim” a Missões.
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esafio você, colega pastor, a observar os projetos da JMM, a mobilização mundial que ela realiza para alcançar vidas. Eu sou um dos pastores que contribuem com essa realização. Desafio você também a participar das caravanas missionárias de voluntários. Como pastor da Igreja Batista Central, em Iguaba Grande, na Região dos Lagos, no Rio de
Janeiro, incentivo seus membros a contribuirem com Missões. Nós participamos do PAM. Sua igreja também pode participar. O programa é uma mobilização que pode chegar a todas as camadas sociais. A partir de 20 reais, você pode contribuir e levar sua igreja a fazer o mesmo. No entanto, eu desafio você a ofertar um pouco mais. Se você já adota, pode aumentar o seu plano. Se você ainda não fez isso, participe do PAM. Vamos juntos, a OPBB, a JMM e a sua igreja juntos para alcançar o mundo para Jesus Cristo.” (Pr. Augusto Carvalho Rodrigues – Diretor executivo da OPBB)
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eus me deu o privilégio de passar cerca de um mês em Moçambique, na África, em uma viagem missionária. Foi então que eu entendi porque o Senhor não me permitiu ser missionário na Angola, como era o meu desejo inicial. O estilo de culto – dançar, bater palmas, um culto bem animado – não é do meu estilo. Então pedi a ele que, já que eu não fui missionário de Missões Mundiais, que Ele me fizesse um missionário na igreja onde sou pastor, e levasse essa visão aos crentes. Meu sentimento ao me envolver com o trabalho missionário é um sentimento de muita alegria, porque você se vê como instrumento de Deus, sendo usado por Deus, pra ver muitas pessoas se convertendo a Cristo. E quando você se deixa ser dominado por esse sentimento, não tem nada mais gostoso. Você é feliz, você se completa. Por mais que você trabalhe, você não se sente tão cansado porque a sua alegria, a sua vida está naquilo: trabalhar pra Deus.” (Pr. Antônio Nogueira de Carvalho – PIB Rio Verde/GO)
Inspire-se nestes exemplos de operosidade missionária e trabalhe para que a sua igreja também assuma o compromisso de testemunhar às nações pelo poder do Espírito. Pr. Lécio Dornas coordenador do Ministério Brasileiro da American Bible Society (EUA) e 2º secretário da CBB
jmm.org.br/campanha2013
E Deus tem despertado e abençoado a nossa igreja através destas experiências. O meu desejo é que você possa despertar também para o que Deus quer fazer através de você, através da sua igreja, para abençoar as nações. Nós podemos, sim, servir o propósito de Deus: levar o Seu amor a todas as nações. Quando pensamos que o povo de Deus pode ir a todos os povos, o que nós estamos dizendo é que a missão de Deus é ter uma igreja como instrumento Seu para cumprir a Grande Comissão.”
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Manifestando o amor de Deus pelos povos
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obra missionária é um movimento que parte de Deus em direção ao homem. A Bíblia nos revela um Deus que procura e demonstra seu amor pela humanidade. Esse amor incondicional é que chamamos de Missões. Assim, Missões começa, é feita e presume da ação de Deus.
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Essa pessoa criada à semelhança do Senhor sempre contou com o cuidado do seu Criador. Desde os primórdios, Deus estabeleceu as estações, a fonte de alimentação, a água, o meio ambiente, os minerais e a atmosfera. Dotou o homem de sentimentos e inteligência, arbítrio e criatividade, devoção e liberdade. Podemos dizer que Deus criou o homem numa dimensão holística.
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A história da humanidade é marcada por bons e maus momentos, às vezes estes superando aqueles devido às más escolhas feitas pelo homem. Em Deuteronômio 30.15-20, Deus põe diante do homem a escolha entre a morte e a vida, o bem e o mal, mas já lhe dá a dica de que a vida é melhor! As profecias do Velho Testamento confirmam o desejo de Deus em ver seu povo voltandose para Ele, a fim de que gozassem do resultado da obediência: a vida (v. 19)
Uma análise mais profunda dos textos do Pentateuco, sobretudo o livro de Levítico, vão nos revelar que muitas daquelas regras acerca de alimentação, agricultura, relações humanas, higiene pessoal e coletiva, medicina, arquitetura e outras eram a expressão do amor de um Deus que tem cuidado do seu povo (Levítico 11.46) e que o quer sadio, santo e, acima de tudo, feliz. A vinda de Jesus, o Filho de Deus, é prova deste grande amor (Romanos 5.8). O seu sacrifício revela o quanto Deus quer nosso bem e que se torna carne para salvar esse homem em sua integralidade. E ninguém tem maior amor do que este (João 15.13). A ordem de Jesus de “fazer discípulos de todas as nações” (Mateus 28.19) alinhada com semelhante ordenança em Marcos 16.15-18 demonstram que a salvação trazida pelo Mestre é integral e se torna realidade na obra missionária. O Senhor é um Deus que ama o homem inteiro, de todos os lugares e em todas as épocas. Esse desafio nos move a trabalharmos e desenvolvermos nossa estratégia visando ao fiel cumprimento da missão iniciada pelo Pai e delegada pelo Mestre.
Fome Não são poucos os projetos que buscam trazer
Os objetivos do milênio são um conjunto de ações que foram idealizadas para erradicar determinados flagelos que desde há muito assolam a humanidade. Vão desde o cuidado e prevenção de doenças, o direito à maternidade sadia, o emprego, meio ambiente, alimentação e outros. A Declaração do Milênio foi firmada em setembro de 2000, quando 189 nações firmaram um compromisso para combater a extrema pobreza e outros males da sociedade. Esta promessa acabou se concretizando nos 8 Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) que deveriam ser alcançados até 2015. (Para mais informações sobre os Objetivos do Milênio consultar o site www.nospodemos.org.br.)
dignidade ao ser humano, criado à imagem e
Se analisarmos os oito objetivos presentes na Declaração acima, e os confrontarmos com os textos bíblicos expressos no Velho e Novo Testamentos no que se refere ao cuidado de Deus pelo homem, perceberemos que muito antes de a ONU os estabelecer, Deus já os havia planejado e instituído na Sua Palavra e a obra missionária é o único meio completo e eficaz de os tornar uma realidade.
Quem não gosta de ver uma criança na es-
A JMM e sua missão Missões Mundiais tem buscado, em seus diversos projetos, focar programas que atendam aos objetivos do milênio mas, sobretudo, ao que Deus expressa claramente nas Escrituras. Quando um missionário é enviado ao campo, ele é instruído a não apenas pregar o Evangelho com suas palavras, mas igualmente com suas ações. Especialmente no contexto de países fechados ou hostis ao Evangelho, muitas vezes a pregação é limitada por vários fatores e buscam-se outros meios de se passar valores cristãos e testemunhar de Cristo com a própria vida e ações.
semelhança de Deus e que são empreendidos pelos missionários dos batistas brasileiros. Sobretudo no contexto africano, a fome é uma realidade sempre presente. Através de programas sociais, crianças e famílias têm sido alimentadas, sejam nas unidades do PEPE, sejam nos projetos nutricionais desenvolvidos ou através do ministério social do próprio obreiros.
Educação cola, e ainda mais lendo e escrevendo corretamente? Pois é isso que a JMM tem feito em mais de 20 países ao redor do mundo como o PEPE (programa socioeducativo). Através da educação pré-escolar, meninos e meninas de 3 a 6 anos têm aprendido que dois mais dois são quatro, que o alfabeto tem 26 letras, mas também que Jesus Cristo é o Senhor de suas vidas. Dificilmente tais crianças teriam oportunidade de pagar por uma escola de qualidade nos seus contextos e muitas delas não conseguiriam passar da primeira série por não conhecer as primeiras letrinhas. Através de nossos missionários educadores elas não apenas são bem sucedidas no ensino fundamental, mas também tornam-se verdadeiros alvos do amor de Deus, sendo evangelizadas, amadas e influenciando seus pais, muitos deles praticantes de outras religiões.
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Os Objetivos do Milênio e a obra missionária
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Saúde Em países como o Senegal, Moçambique, Guiné-Bissau, Mali, Paraguai e Guiné Equatorial, projetos na área da saúde têm aberto portas e feito a diferença na vida de milhares de pessoas todos os anos. Doenças como malária, cólera, Aids, febre tifoide e outras matam anualmente milhões de pessoas, muitas dos quais partem sem Cristo e sem salvação. O Centro Médico na cidade de Guediawaye, no Senegal, atende dezenas de pessoas semanalmente e essas pessoas são igualmente evangelizadas e impactadas pelo testemunho do Dr. Humberto Chagas (médico ortopedista) e Dra. Elisângela Chagas (dentista) e sua equipe. Em Mafarinha, em Moçambique, nenhum paciente sai do consultório da Dra. Gisele Soler sem ouvir o plano de salvação. O POPE (Programa de Odontologia Preventiva e Educativa) é outra ferramenta com bons resultados. Normalmente aliado ao PEPE, muitas crianças têm noções de higiene bucal e a oportunidade de conhecer Jesus. As comunidades que recebem o POPE são beneficiadas pelo programa e as crianças do PEPE, seus parentes e amiguinhos recebem o amor de Deus através das mãos de nossos missionários.
Mulher TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
Deus ama as mulheres e o Novo Testamento está cheio de textos que mostram o quanto Jesus se preocupava com elas (João 4.1-18; 8.1-11; Lucas 7.11-17). A mortalidade infantil e materna ainda atinge muitas famílias no mundo. Preocupada com isso, a missionária Veralúcia Rocha empreendeu a construção de uma maternidade no interior do Mali, onde mulheres que antes tinham seus filhos (muitos deles morriam no parto ou logo depois) sem as condições mínimas para
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tal, agora encontram um lugar limpo e com um profissional de saúde nacional disponível para isso. Ainda no Mali, mas desta vez na cidade de Mounzou, a missionária Gabriele Souza lidera um centro de saúde para a comunidade, única referência na região.
Esporte O Brasil é conhecido como o país do futebol. E o esporte tem aberto portas para a evangelização mundial. O PEM (Programa Esportivo Missionário) tem sido, atualmente, uma das mais ferramentas para testemunho e evangelização utilizadas em países onde a presença missionária é limitada. Nossos missionários, com sabedoria e graça de Deus, tem introduzido valores cristãos em cada ação, cada treino, cada instrução. Crianças e adultos têm visto ou ouvido de Cristo por meio do esporte, que é uma das poucas atividades humanas que criam elos mesmo entre povos rivais. Em países como Timor-Leste, Chile, Equador, Senegal, República Centro-Africana, Espanha e outros países fechados, a prática esportiva tem mudado vidas, famílias e trazido muitas pessoas a Cristo.
São muitas outras as áreas em que os missionários dos batistas brasileiros têm atuado para cumprir o mandamento de salvar o homem, por quem Cristo morreu (João 20.21) e lhe proporcionar uma vida plena (João 10.10). Tudo para que o nome de Cristo seja glorificado e seu retorno glorioso se dê o quanto antes (Mateus 24.14). A urgência da obra implica num envolvimento pessoal de cada cristão em prol do seu próximo, a fim de que todo homem, toda mulher, toda criança saiba que Jesus Cristo os ama e quer que sua vida (terrena e eterna) seja plena. Pr. Marcos Peres Coordenador de missionários na África e Oriente Médio
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A igreja é de Cristo.
A Missão é de Deus. A nós, cabe obedecer.
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TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
á um tempo estive conversando com o Pr. Lauro Mandira* sobre a realidade europeia em relação ao Evangelho de Cristo. Aquela conversa me marcou. Desde aquele dia tenho refletido muito sobre a atitude da igreja brasileira em relação à proclamação da salvação em Cristo, afinal a globalização permitiu que semelhanças comportamentais e sociais fossem compartilhadas por gente em diferentes partes do mundo, isso inclui brasileiros e europeus. Naquele dia, o Pr. Lauro comentou comigo algo como: “Jaci, é comum vermos na Europa, hoje, igrejas vazias com cinco membros... geralmente idosos. Lá, ser cristão, significa ser antigo, incoerente e carregar valores decadentes que um jovem não quer para si. A Europa carece de crentes, pastores e de quem anuncie a palavra de salvação... e isso é um fenômeno que não pode ser associado apenas ao avanço do islamismo naquela região. O Velho Continente vive a consequência de uma igreja que por muitos anos valorizou mais as tradições, as questões administrativas do dia-a-dia, do que seu papel de cumpridora da Grande Comissão, de um organismo vivo que deve lembrar diariamente sua razão de existir: Jesus Cristo”. Com essa conversa gravada na minha mente e coração, embarquei
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para acompanhar a equipe de filmagem da JMM para registrar imagens de alguns campos missionários da África e Europa. Com essa conversa gravada na mente participei de reuniões de planejamento e decisões relacionadas à campanha de Missões Mundiais para 2013. Com essa conversa na mente tenho ido à igreja todos os domingos. Com essa conversa gravada no coração oro para que Deus não deixe jamais minha fé nem minha vocação esfriarem. Talvez o Pr. Lauro não saiba o quanto suas palavras impactaram e influenciaram diretamente minha forma de observar os campos que visitei, as decisões de comunicação sobre a campanha de Missões Mundiais, a forma que passei a encarar a relação de Missões com as igrejas. É sobre esse tema que quero compartilhar com você. Assim como na Europa, vivemos a realidade de uma sociedade pós-moderna que tudo relativiza, repleta de gente egocêntrica e focada em sucesso, poder, carreira e estabilidade financeira, uma sociedade tremendamente influenciada por valores apresentados pela mídia de massa. Vivemos em uma cultura na qual engarrafamento no trânsito, uso de drogas, uso de energéticos, atividade física, excessivo valor à formação intelectual e à aparência física são tratados como se estivessem no mesmo
patamar de relevância. Uma sociedade crítica, mais culta e informada que as gerações passadas, repleta de gente que afirma que um homem vale pelo que tem, sabe e conquista. Essa sociedade é a nossa sociedade. Essas pessoas não são “os outros”. Muitos de nós estamos impregnados de valores da pós-modernidade. Nós, como igreja de Cristo, não podemos estar alheios a esta realidade, ou seremos engolidos por ela, assim como no exemplo europeu. Precisamos dialogar com esta sociedade sem perder de vista o projeto original de Deus.
O que fazer então? Não podemos JAMAIS esquecer a razão de ser da igreja. A igreja representa o corpo de Cristo, a igreja somos nós, que devemos diariamente adorar o Senhor da Criação, falar do amor de Cristo a toda criatura e viver a alegria de ter o poder do Espírito Santo para testemunhar. Em um país com as dimensões do nosso, a cultura não pode ser vista como algo único. Cada região, cada cidade, cada bairro tem características que se refletem também no jeito de ser da igreja local: a forma de se vestir, a escolha das músicas, a forma de decorar o templo, a divisão ministerial, a sua relação com Missões e por aí vai... Problemas com isso? Nenhum!
1. Focadas no modus operandi Organizações impecáveis aplicam qualidade em todas as atividades, instrumentos afinadíssimos, músicos talentosos, pregadores eloquentes, recursos audiovisuais de última geração. É ótimo participar de uma igreja desse tipo: tudo parece perfeito.
2. Focadas nas pessoas Tudo que é feito é para agradar aos membros: o estilo de culto, de música e de pregação, o ensino bíblico... Tudo tem que ser de um jeito “xis” porque as pessoas “vão embora” se não se sentirem satisfeitas com o que veem, cantam, escutam. É bom fazer parte desse tipo de igreja porque ela se assemelha a um espaço de encontro de amigos que têm várias coisas em comum, inclusive o gosto. Isso é forte, mas precisa ser dito:
esses dois modelos de organização são feitos por homens e mulheres que desejam dizer a Deus e ao mundo como a igreja deve ser. Eu não consigo achar isso normal! Quantos artigos e livros já foram escritos a esse respeito? Todos sempre com objetivo de advertir que esses modelos, mais cedo ou mais cedo ainda, favorecem e criam condições para divisões, esfriamento e afastamento da essência do Evangelho: testemunhar pelo poder do Espírito!
3. Focadas nA MISSÃO Há ainda um terceiro tipo de igreja que identifico: a igreja focada na missão, que da primeira à última análise, deve ter Cristo como sua razão de existir. Nenhum de nós está no mundo a passeio: todos temos uma missão. Nossa missão é anunciar o Evangelho de Cristo, testemunhar do amor e da graça do Pai. Essa missão é pessoal e intransferível. A igreja focada na missão incentiva seus membros e frequentadores a estudarem a Palavra de Deus, a orarem, a amar a Deus e ao próximo, a entender sua vocação e a fazer parte do projeto de Deus para o mundo. A igreja focada na missão entende que as agências missionárias chegam aonde (algumas vezes) ela não pode chegar de forma prática, mas nem por isso se exime de participar da missão. A igreja focada na missão não entende que “Missões” existe para missionários que largam tudo e vão morar em lugares inóspitos, mas di-
ferente disso, que missionários são os crentes que vão com tudo e com sua vocação aonde Deus mandar, para fazer o que o Pai a todos pediu: amá-lo acima de tudo e amar o próximo como a si mesmo. Isso é ser missionário. Isso é ter foco na missão. Isso é testemunhar pelo poder do Espírito. Uma igreja focada na missão tem prazer em saber mais do que Deus está fazendo no mundo e quer ser parte disso. Faz assim porque também se percebe responsável pelo anúncio do Evangelho a toda criatura. Meu sonho é ver o Brasil repleto de igrejas focadas na missão, comprometidas com a essência da missão, com o amadurecimento dos crentes e com a evangelização dos povos. Encerro esta reflexão com dois pedidos: não se conforme com modelos que não o edifiquem em sua caminhada cristã, e apoie a construção e manutenção de modelos de igrejas saudáveis, sejam elas contemporâneas, modernas, tradicionais, nos grandes centros ou no interior, focadas na missão. O que mantém a igreja viva e saudável é o seu coeficiente de amor ao próximo e o compromisso com a Grande Comissão. “E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, pra que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12.2) Deus o abençoe! Jaci Madsen Gerente de Comunicação e Marketing da JMM
*Pr. Lauro Mandira é coordenador de missionários na Europa e atuou como gerente de Missões de 2003 a 2012.
jmm.org.br/campanha2013
Isso é fato. E diante desta realidade penso que precisamos estar atentos para sermos crentes em igrejas comprometidas com a essência do Evangelho: a pregação da palavra que confronta, que chama à transformação, que não fica alheia nem se conforma com um mundo sem Cristo e de pernas para o ar. Preocupam-me as consequências naturais que batem à nossa porta diariamente, nos convidando a sermos organizações (apenas) e não agências do Evangelho de Cristo. Em uma classificação geral, eu diria que identifico dois tipos de igrejas. Ambos muito comuns, repletos de adeptos que entendem que esses modelos dão razão de ser à igreja de Cristo:
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A D O R T N E D FIQUE POR
JMM
A Junta de Missões Mundiais permanece avançando na proclamação do Evangelho, desenvolvendo projetos e enviando missionários que atuam para falar da graça de Deus e testemunhar de Seu amor, mostrando o valor de viver uma vida segundo os propósitos do Pai. Louvamos a Deus pela vida de milhares de pessoas que, através do apoio ao trabalho da JMM, demonstram amor ao próximo e o desejo de viver, ser e fazer diferença na vida daqueles que ainda não foram alcançados pelo Evangelho de Cristo. Atualmente a JMM conta com mais de 750 missionários (brasileiros e autóctones) atuando em cerca de 70 países. É maravilhoso constatar que, apesar de nossas limitações, o Senhor da seara tem realizado maravilhas e milagres e que nós temos nos disposto a ser ponte e veículo para abençoar gente em toda a parte do mundo, levando a Boa Nova, discipulando-os, preparando líderes locais, plantando igrejas, e também apoiando no cuidado do ser integral, com atividades humanitárias relacionadas à inclusão social, saúde, educação, esportes e outras. Conheça a seguir um pouco do nosso trabalho.
Três ofertas, uma única obra
Oferta do Dia Especial para Missões Mundiais Enviada anualmente pelas igrejas da Convenção Batista Brasileira, é responsável por 38,37% do orçamento da JMM.
Plano Cooperativo e Receitas Financeiras da JMM O Plano Cooperativo, repassado pela CBB, e as receitas financeiras totalizam 8,08% do orçamento anual da JMM.
Programa de Adoção Missionária (PAM) São as ofertas periódicas que representam 53,55 % do orçamento anual da JMM.
Até 1979, o trabalho missionário realizado pelos batistas brasileiros era sustentado exclusivamente pelas ofertas da Campanha do Dia Especial para Missões Mundiais e pelos recursos recebidos via Plano Cooperativo. Naquele ano, Missões Mundiais mantinha 57 missionários em 11 países. Os apelos vindos de várias partes do mundo, as oportunidades de envio de missionários para a chamada Cortina de Ferro
e demais mudanças no cenário mundial, exigiam dos crentes brasileiros uma nova postura em relação à obra missionária. A ação de Deus através de seus servos Pr. Waldemiro e Acidália Tymchack, criadores do PAM no início da década de 1980, durante a gestão do pastor como diretor executivo da JMM, agiu no coração dos crentes brasileiros para o que seria um grande avanço da obra missionária. Enquanto as igrejas seguiam firmes renovando seu compromisso com a oferta anual do Dia Especial para Missões Mundiais, a implantação do PAM abriu um novo caminho para o relacionamento entre o missionário e seus adotantes, sem comprometer sua segurança e a privacidade do adotante. Embora o PAM não seja responsável por todo sustento da obra missionária através da JMM, 33 anos após sua implantação, Missões Mundiais está presente em cerca de 70 países através de mais de 750 missionários. O PAM é um programa de Deus! Nosso sincero desejo é que cada crente, junto com sua igreja, identifique a maneira adequada para o envio de sua oferta missionária. Embora recebamos as ofertas através de três modalidades, para Missões Mundiais não existe uma a ser destacada. Todas colaboram para a manutenção e avanço da evangelização mundial.
Três ofertas,André Ávila Amaral
Gerente Administrativo-Financeiro
uma única obra
jmm.org.br/campanha2013
O
sustento pessoal dos missionários e os projetos por eles desenvolvidos dependem de três fontes de recursos:
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Um pastor de missionários TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
Na sede de Missões Mundiais, existe um papel fundamental exercido por
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um homem de Deus: o Pr. Lauro Mandira, que de 2003 a 2012 assumiu a Gerência de Missões e a coordenação dos trabalhos missionários desenvolvidos na Europa e África. Atualmente, coordena o trabalho missionário no continente europeu. Antes de trabalhar na sede da JMM, foi missionário na África do Sul durante seis anos.
Lauro Mandira: Em dez anos na função de gerente de Missões, me vejo ao mesmo tempo como um articulador da obra missionária no mundo e como um servo com uma forte tendência para pastoreio dos missionários. Minha meta pessoal sempre foi ser usado por Deus para alcançar os países, os povos, planejar junto com os coordenadores e, ao mesmo tempo, dar uma atenção especial aos missionários que estão no campo, orientando-os no que eles precisarem. Como o senhor direcionou seu trabalho para contribuir para o alcance das metas de Missões Mundiais? O ano de 2013 marca o encerramento de uma fase do planejamento estratégico e o início do trabalho com uma nova fase. O nosso objetivo principal, como organização, está na evangelização dos povos não alcançados. Sonhamos que 50% de nossa força missionária possa ser aplicada no meio desses povos. Essa é a meta principal. Realizamos um fórum recentemente, para o qual trouxemos missionários que representaram as regiões atendidas por Missões Mundiais. Nesse fórum, os missionários nos trouxeram conteúdos a respeito de onde devemos ir, o que e como devemos fazer, onde avançar, qual estratégia usar, qual o perfil de missionário enviar. Mediante estas informações, até o final de 2013 a JMM elaborará um novo projeto, um novo planejamento, pensando em como devemos avançar entre 2014 e, possivelmente, 2020.
Na sua visão, como as igrejas podem se envolver com a campanha “Testemunhe às nações pelo poder do Espírito”? Nosso objetivo é o despertamento de vidas quanto à vocação para o campo e, simultaneamente, uma visualização deste campo: queremos que a igreja conheça e saiba o que os missionários estão fazendo pelo mundo. Esse é o nosso objetivo maior. Para a campanha 2013, a JMM planeja apresentar o maior número possível de informacões de qualidade e, claro, trazer nossos missionários para envolvê-los com a igreja, a fim de que esta seja estimulada a realizar a obra missionária de maneira completa. Como a JMM recebe os vocacionados, aqueles que se apresentam para ir ao campo transcultural? Nós temos um processo que começa a partir do momento em que os vocacionados ao campo se apresentam à JMM. Tudo começa com o o Setor de Recursos Humanos. Preenchimento de formulários, apresentação da igreja a qual o vocacionado serve e o contato com os relacionamentos do candidato são os primeiros passos deste processo. Logo após, há uma entrevista prévia e, então, o missionário vem para o treinamento. Durante todo esse tempo até o preparo pré-campo, nós o acompanhamos para inseri-lo na estrutura de Missões Mundiais, conhecendo-a, sabendo o que ela é e, também, sendo orientado quanto ao campo para onde ele seguirá. Existe um acompanhamento bem próximo da Gerência de Missões em relação a todos os candidatos desde o início até o fim desta caminhada.
Como o senhor testemunha às nações com a sua vida? Antes de ser gerente, eu fui missionário de campo. Em 1987, minha esposa e eu fomos para a África, onde servimos até retornarmos para o Brasil, mais especificamente para o Rio de Janeiro, em 2003, a convite do Pr. Waldemiro Tymchak , para assumir a coordenação da África. Depois disto, fui convidado para trabalhar na Gerência de Missões, e também coordeno os missionários na Europa. A prioridade da igreja é evangelização e missões. Tanto no Brasil quanto lá fora – até os confins da Terra como diz a Bíblia. Eu não vejo sentido na igreja que não pensa em missões, que não vive missões, que não sonha com missões, que não se realiza em missões. O meu coração e o da minha esposa (irmã Tereza), o coração da nossa casa, vive missões. Nós já estamos chegando quase à época da aposentadoria e, contudo, nunca pensamos em descansar. Enquanto vivermos, queremos falar de Cristo, falar do Evangelho, amar as pessoas. Esta é a prioridade do crente. O propósito de Deus para a sua vida é que ele anuncie Cristo até que Ele volte.
jmm.org.br/campanha2013
Como o senhor avalia seu período à frente de toda a estrutura missionária da JMM?
O meu coração e o da minha esposa, o coração da nossa casa, vive missões. Nós já estamos chegando quase à época da aposentadoria e, contudo, nunca pensamos em descansar.
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O espelho de
Missões Mundiais
A Gerência de Comunicação e Marketing apoia na conceituação e TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
planejamento da comunicação da JMM. Isso envolve a campanha anual e as campanhas pontuais, além de outras ações para estreitamento da comunicação com adotantes e intercessores. Nesta entrevista com a gerente Jaci Madsen, você conhecerá um pouco da ação desta Gerência, que tem como um dos seus principais objetivos mostrar aos batistas brasileiros as necessidades dos povos sem Cristo e como temos trabalhado para alcançá-los.
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Jaci Madsen: Queremos fortalecer nossa presença na internet, assim como a qualidade de nossa comunicação com igrejas, pastores, líderes de Missões, adotantes e intercessores. Além disso, nosso plano de comunicação para 2013 prevê a difusão de desafios de oração e das histórias e experiências do que ocorre nos campos missionários. Para você, o que significou planejar as ações de comunicação relacionadas ao tema da campanha de Missões Mundiais para 2013? Significou encontrar diferentes e relevantes formas de estimular cada crente a refletir sobre sua própria responsabilidade no cumprimento daquilo que Deus espera que façamos: testemunhar do Evangelho de Cristo pelo poder do Espírito Santo. Significou compartilhar algo lindo, rico e relevante. Como você espera que as igrejas respondam à Campanha 2013? Meu sonho é ver crescer o número de igrejas, líderes, membros e interessados nos gigantescos desafios missionários que existem no mundo. E não apenas isso; sonho em ver mais gente comprometida com a evangelização dos povos, participando de viagens missionárias, entregando-se integralmente. Sonho ver todas as nossas frentes de comunicação operando em nível máximo, esclarecendo dúvidas, recebendo solicitação de material, cadastrando intercessores, adotantes, voluntários, interessados em ser missionários ou em saber mais sobre vocação. O que as igrejas precisam fazer para participar mais diretamente da missão de evangelização dos povos? É necessário que as igrejas se permitam “crescer para fora”. Muitas igrejas gastam a maior parte do seu tempo cuidando da comunhão entre os membros, e acabam gastando pouco tempo no pensamento de estratégias de envolvimento com o que Deus está fazendo no mun-
do. Testemunhar de Cristo é missão de todos nós, não apenas dos missionários. É muito importante que as lideranças de nossas igrejas estimulem seus membros a saberem mais sobre Missões Mundiais e seus desafios. O conhecimento leva ao envolvimento, e o envolvimento ao comprometimento. Como foi, resumidamente, preparar toda a Campanha de 2013? Preparar uma campanha que tem como objetivo estimular os crentes a se incluírem no que Deus está fazendo no mundo é uma bênção. Temos uma equipe muito boa e comprometida, e cada um teve parte importante na construção deste trabalho. Sabemos que pessoas de diferentes partes do Brasil oram por nós e por nosso trabalho diariamente. Isso, com certeza, fez toda a diferença para o processo de criação e preparação dos materiais da campanha. Não tenho dúvidas. É muito bom fazer parte de um grupo que tem prazer em servir a Deus com sua vocação. Sim, todos nós somos vocacionados! Alguém disse que “o marketing é o espelho da JMM”. Como você tem trabalhado para mostrar a realidade dos povos não alcançados às igrejas? A equipe da Gerência de Comunicação e Marketing se empenha diariamente em criar formas relevantes de apresentação da realidade dos não alcançados a crentes, igrejas, líderes e pastores. Nosso trabalho tem como objetivo mostrar de forma clara, criativa e objetiva os desafios e necessidades dos campos. Entendemos que somos apoiadores na construção de pontes entre o campo missionário e as igrejas. Nossa função é nutrir as igrejas com informação verdadeira e relevante. O que espera melhorar em 2013 para que mais igrejas façam parte desta missão de testemunhar do Evangelho às nações? Estaremos atentos durante o ano inteiro, monitorando e ajustando o que for necessário em nosso trabalho, para que os objetivos da JMM e o tema da Campanha 2013 sejam compreendidos, vividos e compartilhados.
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Considerando as perspectivas para este ano de 2013, quais são as estratégias de comunicação da JMM para o desenvolvimento e crescimento da obra de evangelização dos povos não alcançados?
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s a d a t c e n o c s a j Igre Com a missão Por que conectar? Deus é o Senhor da missão. Ele quer que nos integremos a esta missão, anunciando e apresentando a mensagem de salvação. “Deus deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (1Tm 2.4). Nós, individualmente e como igreja, não podemos ficar inertes, pensando que é possível transferir a quem quer que seja a responsabilidade de testemunhar às nações.
Como conectar? A ação missionária é a razão da igreja existir. Jesus disse: “Ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”. (Mt 28.19-20) Deus vocacionou a todos nós, sem exceção. Cada crente, comprometido com o crescimento saudável da igreja da Cristo, deve colocar sua vida e sua vocação a serviço do cumprimento da Grande Comissão.
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
As formas de engajamento com a evangelização do mundo são muitas, mas esse envolvimento precisa ser genuíno, de dentro para fora, deve partir do desejo de fazer parte do projeto de Deus para o mundo. Seja intercedendo, contribuindo, atuando profissionalmente, voluntariamente, falando, mobilizando… que seja sincero. Testemunhe com fé, amor e esperança.
Conectar com quem? O campo é o mundo. Deus ama a todos. Deus quer que sua mensagem chegue a pessoas de todas as raças, povos, nações, etnias, tribos e línguas. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). A igreja de Cristo deve viver o amor. Viver o amor significa falar do amor do Pai por nós, da dedicação do Filho à sua missão e do Espírito Santo, que nos dá poder para testemunhar.
De quem é o DESAFIO? A responsabilidade de testemunhar é da igreja. Todos somos desafiados por Cristo a sermos suas testemunhas pelo poder do Espírito. Isso não é tarefa de evangelistas, missionários e pastores. É nosso dever como crentes e seguidores de Cristo. Precisamos de ousadia, compromisso e o desejo sincero de ver o mundo transformado pelo poder do Espírito Santo.
Conecte sua igreja com projetos e missionários
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Qualquer igreja evangélica no território brasileiro pode solicitar um congresso Conexão Missionária à JMM, através do qual nossos missionários mobilizadores apresentam projetos e programas de Missões Mundiais, e também fornecem orientações e treinamento que apoiam o fortalecimento da visão missionária entre membros e líderes.
Conecte sua igreja com Missões Mundiais Conhecer a realidade vivida por um missionário, saber de seu cotidiano e contribuir durante algumas semanas com o desenvolvimento de seu ministério aproxima os membros de sua igreja dos reais desafios do campo missionário.
Conecte as crianças com Missões Mundiais Mesmo os mais novinhos podem se envolver com missões através de histórias e materiais criados especialmente para eles. A curiosidade e espontaneidade dos pequeninos fazem desse grupo uma ferramenta especial nas mãos de Deus para a motivação e envolvimento de suas famílias com os desafios missionários. Crianças gostam de criar materiais para promover missões, gostam de orar, doar e conhecer a realidade de povos distantes. Incentive o líder de crianças de sua igreja a participar da Campanha de Missões Mundiais.
Quem prepara? Foi Jesus que, antes de subir aos céus, afirmou que recebemos o poder do Espírito para testemunharmos. É o Espírito que nos dá força para prosseguir. Por maior que o desafio seja, não podemos nos intimidar, tendo em mente que maior é o que está em nós do que o que está no mundo. Se nos conectarmos ao Pai, ele nos capacitará, através do Espírito Santo, a cumprir a missão. “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1.8).
Conecte jovens e adolescentes com Missões Mundiais Ao participar das atividades do Com.Vocação JMM Jovem, uma das interfaces JMM com as novas gerações, jovens e adolescentes têm a oportunidade de refletir sobre sua vocação e missão. Seja participando de um EXPRESSO, um EXPERIENCE ou de uma VIAGEM MISSIONÁRIA, os jovens de nossas igrejas têm aprendido a usar sua vocação para honra e glória de Deus, o que tem contribuído para a formação de uma geração madura e sensível às necessidades espirituais e materiais do próximo, mesmo que o próximo viva a milhares de quilômetros de distância.
Qual é a mensagem que conecta? A razão da igreja existir é conectar o homem com o Pai, é apresentar Cristo como o caminho, a verdade e a vida. Igrejas saudáveis e que crescem são conectadas com a missão e com a mensagem da salvação. A mensagem que conecta é sobre o sentido da vida, sobre dependência do Pai, sobre confissão de pecados. A mensagem que conecta a igreja com a missão é a que vem do coração de Deus diretamente para nossos corações, gerando transformação, dedicação e entrega.
INFORME-SE E CONECTE-SE • Saiba ONDE ESTÃO nossos missionários • ORE com fé, esperança e amor • CONTRIBUA por amor aos povos não alcançados
CONECTE-SE, ORE E CONTRIBUA
Suas ofertas permitem que mais de 700 missionários de Missões Mundiais testemunhem às nações pelo poder do Espírito.
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ADOTE um missionário ou projeto ORE por esses homens, mulheres e suas famílias CORRESPONDA-SE com os missionários por carta ou e-mail CONVIDE os missionários para falar em sua igreja quando estiverem no Brasil1 • PARTICIPE de uma caravana missionária2 1
Entre em contato com promocao@jmm.org.br
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Entre em contato com voluntarios@jmmv.org.br
jmm.org.br/campanha2013
• Ore diariamente pelos povos não alcançados • Ore pelos missionários • Ore pelo despertar de vocacionados • Ore para que os crentes compreendam e se comprometam com a Grande Comissão • Contribua com amor • Contribua doando alguns dias de suas férias para Missões Mundiais.
• VÁ ao seu encontro
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M ISSÕ ES MU N D IAIS - J M M
Deus quer usar você em Sua missão.
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im, todos somos vocacionados. Deus vocacionou cada um de nós de forma especial e única. Mas como reconhecer minha vocação? Costumo dizer que a vocação estará onde o amor, a dor e a paixão tocarem seu coração. Quando as lágrimas escorrerem pelo seu rosto, ali estará o seu chamado, porque reconhecer como Deus pode usar você é emocionante. Talvez o que mova o seu coração seja o amor por um determinado povo, o incômodo frente à situação de pobreza, a alegria no compartilhar do conhecimento com alunos em uma sala de aula, a compaixão diante de crianças carentes, o encantamento ao ver o seu projeto de construção de um prédio “sair” do papel, o sorriso bonito de alguém que recebeu o primeiro tratamento dentário, entre tantas outras situações.
TESTEMUNHE ÀS NAÇÕES - JMM 2013
Todos somos vocacionados porque temos capacidade para realizar algo. O cristão sabe para que recebeu dons e talentos. Sabe para que serve aquilo que o faz servir melhor. A maior vocação de um cristão está em mostrar Deus através do que ele faz. Sim, porque Deus escolheu dar a você uma forma especial de servi-Lo para que Ele Se mostre ao mundo.
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Você deve ser parte do projeto, da missão de Deus. Não hesite, não deixe para mais tarde, não coloque em segundo plano a maneira como Deus quer usar você em Sua missão. Há mais a fazer do que você imagina. Os desafios são enormes; afinal, a seara é grande. E o tempo? Está cada vez mais próximo do fim. Você tem pensado em servir a Deus em Missões transculturais? Pois Missões Mundiais está com você nesta caminhada para que juntos digamos “sim” à obra missionária mundial. As oportunidades são muitas. Hoje em dia, o vocacionado para Missões pode ir ao campo servindo como missionário de carreira (ministerial, empresário e profissional), temporário (ministerial, profissional, empresário, estudante e fazedor de tendas), como um Voluntário Sem Fronteiras (África, Ásia, Luso-Africano, Latino-Americano, Haiti, Sênior e Europa), voluntário (Conexão, caravana, Tour of Hope) e como estagiário (teologia, missiologia, música e educação cristã). Acesse www.jmm.org.br e saiba mais detalhes. Faça sua inscrição! Queremos conhecê-lo e ter um relacionamento mais estreito com
você que, como nós, entendeu o que é estar em missão no mundo, ombro a ombro com Deus. O processo seletivo inclui: inscrição no site, levantamento de dados pessoais, experiência ministerial, referências e informações cedidas por seu pastor, além de testes psicológicos e entrevistas agendadas com as áreas de Missões e Recursos Humanos. Se as etapas anteriores forem cumpridas com sucesso, o próximo passo é capacitação e treinamento específicos no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil (STBSB), no Rio de Janeiro. Aproxime-se mais da obra que o Senhor está fazendo no mundo. Não fique de fora. Entre em nosso site, curta nossa fan page em facebook.com/MissoesMundiais, participe dos congressos Conexão Missionária, viagens missionárias e busque informações com o missionário mobilizador da sua região. Você irá se surpreender com a obra já realizada e com quantos desafios ainda perduram. Não deixe que nada impeça você de servir ao Senhor. “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos.” (Lucas 10.2) Doris Nieto Gestão Recursos Humanos
S E O Ç A N S À E TESTEMUNH O T I R Í P S E O D R E D PELO PO
” a r r e t a d s n i f n “…até os co
VIVA MISSOES MUNDIAIS
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alar do Evangelho, em muitos casos, pode representar risco de
S O D A Ç N A C L A O Ã N S POVO
vida para quem sai de seu país para manifestar o amor de Deus junto a outros povos. No Brasil podemos falar livremente sobre Jesus Cristo. No entanto, há mais de 50 países onde é perigoso ser cristão. Em 2012, as cinco nações que mais riscos apresen-
tavam à pregação do Evangelho, segundo a organização Portas Abertas, eram: Coreia do Norte, Afeganistão, Arábia Saudita, Somália e Irã. carências nas áreas de saúde, educação, esportes, economia e tantas outras. É desenvolvendo programas nestes segmentos que Missões Mundiais tem chegado aos povos mais reservados. São ações que visam melhorar a
VENCENDO DESAFIOS
qualidade de vida de populações das mais diversas culturas, possibilitando o anúncio do Evangelho. Conheça a seguir um pouco mais de alguns destes programas.
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Em países como estes, falta liberdade para adorar a Deus e sobram
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RIA Á N O SI IS M O Ã SS CE R TE N I E D A PROGRAM
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Á N IO S S I M O Ã Ç O D A E D A M A R G O PR
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Programa de Adoção Missionária (PAM) da JMM participa do processo de captação de recursos financeiros para o avanço da obra missionária mundial. O quadro de adotantes do PAM é formado por pessoas e grupos (amigos, classes de EBD, Grupos Pequenos etc). São milhares de que têm investido seus recursos (tempo, vida, contribuições espontâneas) apoiando a JMM a chegar a lugares onde o nome de Jesus nunca foi pronunciado.
RIA
Queremos convidá-lo a refletir sobre o seu envolvimento com a obra missionária mundial. Engaje-se cada vez mais, adotando missionários e projetos, comprometendo-se em orar e acompanhar o que acontece nos campos missionários.
POVOS NÃO ALCANÇADOS
Como adotar um projeto JMM
Fique por dentro do PA M Programa de Adoção Missionária (PAM) Apoia na integração entre missionários
Escolha um Projeto e informe-se sobre ele pelo site www.jmm.org.br ou ligue para a Central do Adotante: 2122-1901 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades).
e mantenedores.
Ore pelos desafios desse projeto.
PAM Igreja
Preencha a ficha de adoção com seus dados e faça a opção de contribuição mais apropriada para você.
Oportunidade para uma igreja adotar parcial
Ore pelos missionários relacionados ao projeto.
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Cole e envie pelo correio (o selo já está pago). Se achar mais seguro, coloque em um envelope e escreva os dados do remetente e do destinatário. Ore por toda equipe da JMM. Quando sua ficha chegar à JMM ela será processada e você passará a receber regularmente notícias do projeto ou missionário adotado.
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PAM Sustentador Oportunidade para, individualmente, se tornar um mantenedor da obra missionária mundial.
ou integralmente um missionário.
PAM Organizações Oportunidade para um grupo (amigos, grupos pequenos, classes de EBD etc) participar parcial ou integralmente do sustento de um missionário.
PAM Empreendedor Criado para empresas e profissionais liberais que desejam investir parte de seus recursos na obra missionária mundial.
PAM Kids e PAM Teen Criado para crianças e adolescentes que desejam apoiar o sustento missionário.
IONÁRIA
SS PROGRAMA DE INTERCESSÃO MI
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m grande privilégio nós temos de poder conversar diretamente com Deus, sem intermeÁRIA ISSION diários, gratidão, desejos, ÃO Mnossos ADOÇ MA DEnossa RAexpondo PROG nosso amor... Missões Mundiais incentiva a prática deste ato tão sagrado e eficaz, que é a oração, através do PIM – Programa de Intercessão Missionária. Hoje são mais de 50.624 que integram esta rede de ÇADOdosS povos. OS NÃO AL pessoas comCAN a salvação POVcomprometidas Elas colaboram com a viabilização do envio e manutenção de missionários até os confins da Terra. São também missionárias. Nem todos vão para os campos missionários, mas todos podem – e devem – orar pelos povos e por aqueles que se dispõem a mudar sua rotina, a viver em outra cultura por obediência e amor ao Senhor. Os intercessores de Missões estão juntos com os missionários de carreira, tomando parte em suas lutas e vitórias, ajudando-os a conquistar os povos para Cristo. Cada participante escolhe um, ou mais, missionários ou projetos para orar. São várias as oportunidades para orar: individualmente, em família, nas classes de EBD, nos pequenos grupos. Quem faz parte do PIM coloca o mundo aos pés do Senhor.
NÁRIO PROGRAMA ESPORTIVO MISSIO
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esporte e a atividade física ensinam valores fundamentais do trabalho em equipe, ajuSIONÁRIA dando a Aconstruir umaERcultura CESSdeÃOpazMeIStolerância, DE INT AM PROGR além de ser uma poderosa ferramenta para a transmissão de princípios bíblicos. O Programa Esportivo Missionário (PEM) é desenvolvido por Missões Mundiais com o objetivo de moISSIO O Mpara selecionar preparar o usoNÁ doRIA OÇÃpessoas A DEe AD GRAM PRObilizar, esporte como ferramenta para evangelização, especialmente em países fechados ao Evangelho. Todos os missionários enviados por Missões Mundiais recebem treinamento do PEM antes de seguirem para seus NÃ respectivos DOS há CANÇAAtualmente O ALcampos. S O V O P missionários desenvolvendo ministérios esportivos em países da Ásia, África, Oriente Médio, Europa e América Latina. O programa também integra o grupo de organizações cristãs que participam do Joga Limpo, movimento de mobilização para um grande projeto de evangelização durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.
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ÁRIO PROGRAMA ESPORTIVO MISSION
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NAL O CI A N R E T IN VO TI A C U ED O CI SO A PROGRAM Há mais de uma década transformando vidas e realidades
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PEPE (programa socioeducati- integral, consivo) leva esperança a crianças IA derando aN crianIVA E EDUCATIVA T VE E PR OG L TO ON OD E D RAMAde risco social, preparando- ça no seu todo, OGsituação PRem -as para a integração em uma escola re- no seu contexto, gular. Assim, facilita para que meninos e dentro da família e meninas ao redor do mundo tenham a da comunidade em que ela está inserida”, oportunidade de desfrutar de um progra- explicou a missionária. ma que estimula seu melhor desenvol- Para Terezinha, a Grande Comissão não vimento pessoal, educacional, social e, está limitada aos adultos, inclui as crianprincipalmente, espiritual. ças também. Ela alerta que os pequeninos
S A IR E T N O R F M E S S IO R Á T VOLUN
Implantado por Missões Mundiais há mais de 10 anos em Moçambique, hoje o PEPE beneficia quase 8 mil crianças diariamente, em 21 países.
compõem um grande grupo da população mundial que não está sendo alcançado e lembra que uma criança é capaz de ter uma experiência espiritual com Jesus.
Calcula-se que para cada criança inscriÇADOS 30 adulA aproximadamente POVOS NÃO tatosLnoCsejamAPEPE,Nimpactados. O potencial evan-
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“No PEPE, crianças são transformadas pelo Evangelho, ajudadas social e educacionalmente e, por isso, também abençoam suas famílias e comunidades”, afirma a coordenadora internacional do programa, missionária Terezinha Candieiro. “A criança é a pessoa principal do PEPE. Cremos que ela é um ser humano integral, criado por Deus à Sua imagem, com valor e dignidade”, acrescenta.
Segundo Terezinha, a criança é um ser espiritual e também tem necessidades físicas, emocionais e sociais assim como um adulto. “Por isso, nossa filosofia de ministério é baseada nos princípios da missão
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gelístico do programa é enorme, pois cria oportunidades de contato e comunicação com a comunidade. “Tenho visitado os vários campos em que estamos desenvolvendo o PEPE. Que alegria ver o fruto do trabalho na vida das crianças! Precisamos levar esperança ao coração dessa garotada espalhada por todo o mundo”, enfatizou nossa missionária. Ore pelas milhares de crianças atendidas pelo PEPE.
Países da rede AMÉRICA LATINA Com 187 unidades, 4.198 crianças, 452 missionários educadores e 18 coordenadores. Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Haiti, Paraguai, Peru, República Dominicana
ÁFRICA AUSTRAL Com 51 unidades, 3.003 crianças, 122 missionários educadores e 12 coordenadores. África do Sul, Angola, Moçambique, São Tomé e Príncipe.
ÁFRICA OCIDENTAL Com 17 unidades, 643 crianças, 40 missionários educadores e 6 coordenadores. Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné, Mali, Senegal e Serra Leoa
NORTE DA ÁFRICA Com 3 unidades, 69 crianças, 12 misssionários educadores e 1 coordenador.
AL N IO C A N R E T IN O V TI A C U D E IO C O S PROGRAMA
TIVA A C U ED E A IV T N VE E PR A I G O L PROGRAMA DE ODONTO
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anifestar o amor de Cristo através da prevenção de cáries em crianças de 5 a 12 anos de idade: esta é a missão do Programa de Odontologia Preventiva e Educativa (POPE), promovido por Missões Mundiais através dos missionários Dr. Paulo e Tereza Pagaciov. O programa tem sua base no Paraguai, onde atende 1.420 crianças matriculadas em 75 unidades do PEPE, programa socioeducativo também promovido pela JMM.
pra de kits compostos por uma escova, um creme dental e uma toalhinha, que são distribuídos às crianças atendidas.
S A IR E T N O R F M E S S IO R VOLUNTÁ
AO POPE, assim como o PEPE, atua em parceria com o Programa Esportivo Missionário (PEM). Desta forma, ele consegue chegar países como Argentina, Bolívia, Colômbia, El Salvador, Botsuana, Guiné-Bissau, Senegal, entre outros.
O atendimento serve de ponte para os dentistas missionários chegarem às famílias destas crianças com a mensagem que leva alegria e propõe transformação de vida através do Evangelho. Para o Dr. Paulo Pagaciov, a criança que conhece a Cristo tem um verdadeiro motivo para sorrir. O missionário espera que todas as unidades do PEPE no exterior sejam atendidas pelo POPE. Para isso, o Dr. Pagaciov investe em treinamento de voluntários.
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“Iniciamos o treinamento dos promotores do sorriso. Diariamente, eles ensinarão as crianças a desenvolverem uma correta escovação e estarão atentos à saúde geral dos pequeninos”, diz o missionário dentista. Ele lembra que os crentes brasileiros também podem participar do POPE. Para ajudar a plantar sorrisos pelo pelo mundo, basta entrar em contato com o Programa de Adoção Missionária (PAM). “No decorrer do ano, conforme as escovas vão ficando gastas, trocamos por uma nova. Cada criança utiliza em média quatro escovas por ano. Somente no Paraguai utilizaremos cerca de 5.500 escovas até o final deste ano. Para fazer sua doação, entre em contato através do e-mail pam@jmm.org.br”, pede o missionário.
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O programa é mantido através das doações de crentes e igrejas, que, com suas ofertas, apoiam a com-
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Intercessão
abençoadora
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m nossa caminhada cristã, à medida que vamos conhecendo mais de perto Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor, vamos descobrindo que a Bíblia toda se resume nestes dois grandes mandamentos: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento; e amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22.37-39).
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Os Dez Mandamentos dados por Deus a Moisés e os ensinos de Jesus concorrem para uma demonstração de que devemos amar a Deus e ao próximo. Ao meditar sobre intercessão e estudar sobre este assunto na Palavra de Deus, pude constatar que a intercessão tem dois grandes momentos:
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Quando intercedemos, entramos em contato com Deus. Este é um momento de comunhão com Ele, que faz com que sintamos Sua preciosa presença, o que nos permite usufruir de uma verdadeira intimidade com o Pai. Quando intercedemos em favor do próximo, estamos fazendo o bem. Haverá algo melhor que se possa fazer pelos outros que interceder por eles diante do Pai? Quando intercedemos em favor de outras pessoas, demonstramos a Deus que nos importamos com elas, que amamos os que nos rodeiam e os que, mesmo longe, precisam de nossa intercessão.
Missões é a nossa ação para levarmos as Boas Novas de salvação a todos os perdidos do mundo. Ao intercedermos pelos que estão nas trevas do pecado, pelos que estão sofrendo porque não conhecem a Deus, pelos que vivem em culturas que exigem até torturas para aplacar a ira dos deuses pagãos, aprendemos de fato a amar e interceder por essas pessoas. Louvamos a Deus porque Missões Mundiais tem levantado os olhos e tem visto as necessidades espirituais dos povos sem Cristo. Por meio de revistas, jornais, folhetos, diário de oração e vários artigos na literatura evangélica, ela nos indica muitos e muitos motivos de intercessão. Como exulta o nosso coração quando lemos ou ouvimos os relatos dos atos de Deus e tomamos conhecimento de que nossas orações foram atendidas e almas estão sendo salvas. Louvado seja Deus! A intercessão por Missões alcança também todos os missionários que dedicam sua vida para levar a mensagem de salvação. Eles precisam de nossas petições.
A intercessão pelos outros, pelo mundo perdido, é uma prática que só os que a buscam podem avaliar o bem que faz às nossas próprias almas. É um ministério abençoado que nos dá prazer. Sempre que falamos sobre intercessão, levanta-se um questionamento: Como encontrar tempo para interceder por esses motivos tão importantes?
A intercessão por Missões alcança também todos os missionários que dedicam sua vida para levar a mensagem de salvação. Eles precisam de nossas petições.
Como crentes, temos o nosso momento a sós com Deus. Não falo do culto doméstico, que deve ser feito em família, mas falo daquele momento de intimidade da criatura com o Criador, do filho com o Pai, do momento em que adoramos a Deus, pedimos perdão por nossos pecados e ficamos em atitude de comunhão para ouvir a Sua voz. Nesse momento devemos também fazer nossas intercessões. É recomendável que se tenha uma lista de pedidos. Mas há muitas outras oportunidades para a prática da intercessão. Por
exemplo, quando estamos viajando ou indo ao trabalho, é comum ficarmos irritados, impacientes com o trânsito. Em vez disso, podemos interceder pelos povos sem salvação, pelos missionários, pelas necessidades que chegam ao nosso conhecimento, por algum assunto que tenha tocado em nosso coração. Mesmo em pé, no trem ou no ônibus, podemos interceder pelas necessidades dos outros. Também podemos interceder em salas de espera, antes do culto, enquanto o pastor prega o Evangelho, a fim de que haja conversões... Enfim, são muitas as oportunidades. Que tal participar do Programa de Intercessão Missionária, o PIM, que é promovido por Missões Mundiais? Entre em contato com a agência missionária, dizendo que você quer ser um intercessor. Você receberá todo o apoio para esse ministério. Exercendo o ministério da intercessão, você será abençoado na comunhão com o Senhor e, ao mesmo tempo, será instrumento de Deus para abençoar aqueles que necessitam das bênçãos celestiais. Deus nos abençoe. Lucia Margarida Pereira de Brito Diretora executiva da UFMBB – União Feminina Missionária Batista do Brasil
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Contudo, o clímax da manifestação do nosso amor a Deus e ao próximo se dá quando intercedemos por missões, quando clamamos ao Pai em favor dos perdidos que estão caminhando para a morte eterna, conforme a súplica de Provérbios 24.11: “Livra os que estão sendo levados para a morte, e salva os que cambaleiam indo para serem mortos.”
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Voluntários:
um tempo para servir
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m 2012, Missões Mundiais enviou 505 voluntários, um número recorde, mais que o dobro do previsto no planejamento estratégico da JMM. Para 2013, espera-se que este número seja ainda maior. Para você que deseja ter uma experiência no campo missionário por um período de até seis meses, Missões Mundiais apresenta três opções. A primeira é para aqueles que desejam abençoar nossos missionários doando algumas semanas de suas próprias férias no campo. Basta escolher um entre as dezenas de lugares onde estamos presentes. Escreva para o Setor de Voluntários, que entrará em contato com o missionário para ver a disponibilidade de recebê-lo no período proposto.
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A segunda maneira é participando de uma das diversas caravanas enviadas pelo Setor de Voluntários, que em 2013 está com a agenda bem cheia. Estão programadas seis viagens a quatro continentes, começando em janeiro e se estendendo até outubro. A agenda completa está disponível em www.jmm.org.br.
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Além dessas duas formas, as igrejas interessadas em realizar uma viagem missionária podem fazer isso sem maiores dificuldades. Basta escolher um campo, que entraremos em contato com o missionário para preparar a chegada da equipe. Todo o planejamento da viagem é feito pela própria igreja em acordo com o missionário no campo, sem interferência do Setor de Voluntários. É importante lembrar que nenhum missionário está autorizado a receber voluntários sem conhecimento de Missões Mundiais.
Apesar do pouco tempo disponível de férias, da crise financeira recente, e da resistência crescente a americanos em alguns lugares do mundo, eles insistem em servir como voluntários em Missões transculturais. Com o aumento do número de cristãos no Brasil (já somos a terceira maior igreja evangélica do mundo), a melhora da situação econômica e a tradicional solidariedade de nosso povo diante dos apelos de ajuda humanitária, principalmente em situações de catástrofes, é esperado um crescimento acentuado no número de voluntários brasileiros a serem enviados aos campos missionários nos próximos anos. Missões Mundiais está preparada para este crescimento. Além de aumentar o número de campos a serem visitados pelas caravanas em 2013, nossos missionários estão sendo encorajados a receber o máximo de voluntários que puderem, sem que isso prejudique seu programa de ministério no campo. Missões Mundiais criou também o projeto Tour of Hope, para atender
especificamente países e campos afetados por catástrofes. Para participar do Tour of Hope, o processo de inscrição é semelhante aos das demais caravanas. Interessados devem entrar em contato com o Setor de Voluntários escrevendo para voluntarios@jmm.org.br, preencher uma ficha e anexar alguns documentos importantes,
Muitos são os testemunhos de voluntários sobre a maneira maravilhosa como foram usados por Deus apesar de suas limitações culturais, linguísticas e até mesmo emocionais.
como cópia do passaporte, uma carta de recomendação do pastor da sua igreja, e aguardar as orientações para saber como proceder na compra da passagem. O custo total da viagem compreende o valor do bilhete aéreo mais o custo de estadia e alimentação. Esse valor varia de acordo com o local e o tempo de permanência no campo, e pode ser parcelado. Ao contrário do que se pode pensar, muitos dos voluntários que participam das caravanas e viagens missionárias são jovens estudantes e adultos com poucas condições financeiras. Também não é exigido
formação universitária ou outro tipo de qualificação, basta sentir no coração um grande amor pelos perdidos e um enorme desejo de servir ao próximo. São três os benefícios principais de uma viagem voluntária. O primeiro são os frutos que Deus concede em todas as viagens: as pessoas que se convertem ou são reconciliadas, e até mesmo outras que são discipuladas mesmo em um curto período. O segundo são as igrejas e missionários locais, que são impactados com a presença dos voluntários e todo o encorajamento e motivação que trazem com sua experiência. O último, e talvez o mais importante, é o resultado que esta experiência produz na vida dos próprios voluntários e das igrejas que os enviam. Muitos são os testemunhos de voluntários sobre a maneira maravilhosa como foram usados por Deus apesar de suas limitações culturais, linguísticas e até mesmo emocionais, que não impediram o poderoso agir do Senhor através de suas vidas. Desta experiência, muitos voluntários descobrem sua vocação e terminam sendo chamados para o campo missionário em definitivo. Pr. Marcos Grava Coordenador do Setor de Voluntários
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Apesar de o número de voluntários enviados ao campo pelas igrejas brasileiras ter crescido nos últimos anos, ainda estamos bem distantes do esperado. Para se ter uma ideia, a maior agência missionária do mundo, a International Mission Board (IMB), dos Estados Unidos, enviou recentemente 120 mil voluntários aos campos. Talvez esse contingente expressivo explique o número de cerca de 5.000 missionários da IMB espalhados pelo mundo.
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NTIVA E EDUCATIVA VE E PR IA OG L TO ON OD DE A M PROGRA
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C
om a criação do Voluntários sem Fronteiras em 2003, a JMM lançou um novo paradigma missionário, que tem como objetivo enviar jovens para atuar em diferentes regiões do mundo, especialmente entre os povos não alcançados, sinalizando o Reino de Deus através da proclamação e do serviço em favor da vida e da promoção da dignidade do homem, conforme os padrões estabelecidos pelo Senhor.
tino-Americano. A coordenação do projeto espera enviar mais 50 jovens aos campos nos próximos 12 meses. Em 2012 também foi lançado o Radical Sênior, voltado para pessoas com mais de 50 anos de idade, que amam anunciar o Evangelho de Cristo e estão dispostas a viver uma aventura missionária na América Latina.
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O projeto já enviou aos campos missionários mais de 450 jovens, distribuídos entre nove equipes do Radical África, três equipes do Radical Luso-Africano e sete do Radical La-
O principal objetivo do VSF é formar e enviar o “missionário mochileiro”, com uma equipe, para causar impacto nas vidas que ainda não conhecem o Senhor. Os jovens batistas brasileiros interagem com os nacionais através de suas vidas transformadas e moldadas conforme o caráter de Cristo.
Conheça um pouco mais sobre as categorias do Radical – VSF Radical África
Radical Haiti
Radical Sênior
Os participantes do Radical África atuam em aldeias de países muçulmanos no norte e noroeste da África, apoiando o trabalho de missionários efetivos. A duração total do projeto é de quatro anos.
Prepara e envia jovens batistas do Brasil (de 18 a 33 anos) para desenvolver projetos sociais, humanitários e educacionais pelo período de 1 ano e 8 meses, incluindo o treinamento no Brasil.
Também uma parceria de Missões Mundiais com a UBLA (União Batista Latino Americana). Ele mobiliza pessoas com mais de 50 anos de idade e que amam anunciar o Evangelho de Cristo. Durante quatro meses, estes senhores e senhoras são treinados e realizam trabalhos missionários em campos da América Latina.
Radical Luso-Africano
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Durante dois anos, os jovens Radicais desta categoria atuam na revitalização de igrejas e discipulado em países de língua portuguesa na África.
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Radical Ásia Tem como objetivo o preparo e envio de jovens batistas do Brasil para sinalizar o Reino de Deus entre as etnias não alcançadas da Ásia pelo período de quatro anos, incluindo o treinamento no Brasil.
Radical Latino-Americano O projeto é resultado de uma parceria entre a União Batista Latino-Americana (UBLA) com a Junta de Missões Mundiais e a Sociedade Britânica de Missões (BMS). Seu programa oferece a oportunidade para o jovem viver 11 meses (dois meses em treinamento) em campos missionários da América Latina.
Em breve, Radical Europa Para inscrições, o interessado deve entrar em contato com o departamento de Recursos Humanos de Missões Mundiais através do e-mail: crh@jmm.org.br.
Em 2013 o programa Voluntários Sem Fronteiras completa 10 anos de história, desafios, bênçãos e vidas dedicadas à Missão. Após enviar mais de 450 jovens a países da África e América Latina, a partir de 2013 o VSF chega também ao Haiti e à Ásia e, em breve, à Europa. Este programa representa o firme compromisso de pessoas que decidiram testemunhar o Evangelho de Cristo.
(21) 2122-1901
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