R e v i sta d e Co n e x ão M i s s i o n á r i a da J M M
|
A n o XI - N ° 5 7 - M AIO / J U N H O 2 0 1 4
ENTRE NÓS MISSÃO TAMBÉM É COISA PRA EMPRESÁRIO
MISSIONÁRIOS APOSENTADOS Vocação para a vida toda
AColheita57_capA.indd 1
17/04/2014 17:20:28
AColheita57_capA.indd 2
17/04/2014 17:20:29
A Colheita REVISTA DE CONEX ÃO MISSIONÁRIA DA JMM Ano XI - N°57 - MAIO / JUNHO 2014
18
2 Palavra do Editor 3 Entre Aspas 4 Amor por Missões
GIRO JMM 6 Pelo Mundo 7 Povos não alcançados: China
Destaques 16 Família – o primeiro campo missionário 18 Entrevista
Pr. Jessé e o desafio de liderar missionários no Oriente Médio
Pr. Fábio Daniel
25 Voluntários Próximas paradas: Cabo Verde, Portugal e Espanha 26 Com.Vocação Vocação pra vida inteira
8 Direto do Campo
27 Radical Jovens para a América Latina
12 Diário de bordo: Colômbia
28 PEPE Educação em campo
13 Convívio: Fabricando esperança
29 PIM Os dois lados da oração
ENTRE NÓS Um capitão para o time de missionários no Oriente Médio.
24 Perfil missionário mobilizador
14 Última Hora Saiba mais sobre Missão Empresarial e novos missionários em treinamento 20 SIM, Todos Somos Vocacionados bastidores 21 Turma do Idemundo
ATUALIDADES 22 Dia do Pastor: missionários são homenageados 23 Mobilização: testemunho de árabe leva judia a Cristo
30 PEM Precisa-se de profissionais do esporte 31 PAM Empresa que investe em Missões 32 Enfim A obra missionária precisa de seus dons e talentos Pr. João Marcos B. Soares
Revista de Conexão Missionária da Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira. Reprodução permitida mediante citação da fonte.
ISSN 2317-5788 Diretor Executivo Pr. João Marcos B. Soares Gerente de Comunicação e Marketing Pr. Davidson Freitas
Palavra do Editor
Editora Assistente Eliana Moura Jornalista Responsável Marcia Pinheiro (22582/DRT/RJ) Redação e Revisão Eliana Moura Marcia Pinheiro Willy Rangel Projeto Gráfico Ranieri Figueiredo Equipe de Criação Anna Letícia Torres Anderson Oliveira Ranieri Figueiredo Rosimar Santos Fotos Arquivo JMM SHUTTERSTOCK.COM
Tiragem: 108.000 exemplares Proibida a venda Contato: Rua José Higino, 416 - Casa 21 - Tijuca Rio de Janeiro - RJ - CEP: 20510-412 Tel: 21 2122-1900 Fax: 21 2122-1944
jmm@jmm.org.br
pam@jmm.org.br
redacao@jmm.org.br
www.youtube.com/canaljmm
www.missoesmundiais.com.br @missoesmundiais facebook.com/missoesmundiais
É
compensador para nossa equipe receber notícias das igrejas que estão vivendo experiências especiais durante a campanha de 2014. Gente que se compromete com o avanço missionário no mundo compreendendo que não deve permanecer na arquibancada assistindo ao jogo e entra em campo agindo para que a transformação de nossa sociedade seja uma realidade neste tempo. Nesta edição você encontra notícias sobre o que Deus está fazendo através de seus missionários que atuam nos 80 países nos quais estamos presentes levando a mensagem de esperança em Cristo Jesus. Aqui também você pode ler sobre os desafios que os povos não alcançados representam para nós. Desta forma, prestamos contas a você que acompanha nossa jornada missionária, mas também desejamos mostrar o quanto ainda há para ser feito a fim de que a mensagem salvadora de Jesus Cristo chegue a cerca de 3.800 povos não alcançados. Em maio, grande parte das igrejas batistas no Brasil celebra o mês da família. Por isso, destacamos a importância da família e a preocupação que temos com as famílias missionárias. Este é um tema que recebe da liderança de Missões Mundiais especial atenção devido à sua grande relevância. Em junho, celebramos o dia do Pastor. Por isso, lembramos dos pastores que estão no campo e sua importância para a vida daqueles que uma vez alcançados pela mensagem salvadora em Cristo Jesus, passaram a compor a grande família de Deus. É impressionante perceber o carinho com o qual estes irmãos se referem aos seus pastores. Nossas crianças têm um espaço especial na Turminha do Idemundo. Uma forma de entrar em campo de maneira prática é participar do programa Voluntários Sem Fronteiras, que proporciona a você a experiência de conhecer a realidade de nossos missionários e servir com os dons que o Senhor lhe concedeu, fazendo diferença na vida das pessoas que ali você encontrar. Esperamos proporcionar a você uma leitura edificante, informativa e desafiadora para que sinta cada vez mais o ardente desejo de entrar em campo com Cristo pelas nações.
Central de Atendimento
2122-1901 2730-6800
(cidades com DDD 21)
0800 709 1900 (demais localidades)
Pr. davidson freitas
Gerente de Comunicação e Marketing
ENTRE ASPAS Frases ditas em momentos específicos que resumem um pouco do que Deus está fazendo no mundo e o muito do que ainda precisamos fazer para que o evangelho chegue a todos os lugares da Terra.
“Glória a Deus por esta iniciativa de alguns irmãos italianos, pois é mais uma ferramenta para a evangelização na Itália de povos de diversas etnias.” Fernando Pasi, missionário em Milão, sobre o projeto Missão Móvel, que conta com um ônibus que percorrerá toda a Itália para evangelizar o país
“Enviamos 500 mil bíblias e, no processo, treinamos milhares de líderes. Mobilizamos igrejas para enviarem seus trabalhadores da terra às minorias aqui do Sudeste da Ásia e, somente no ano passado, plantamos três igrejas entre os povos não alcançados.” Lian Godoi, missionário no Sudeste da Ásia
“Talvez o ponto mais positivo em toda essa crise seja que a nação ucraniana se tornou muito unida e mais confiante em Deus. Todos nós, inclusive as igrejas, aprendemos uma lição importante: exatamente nos momentos mais difíceis é que se aprende a confiar no Senhor.” Lyubomyr Matveyev,
ucraniano e missionário especial em Kiev, sobre a crise na Ucrânia
“Enfatizamos o discipulado um a um, com o objetivo de ganhar, amar e cuidar bem de cada um. Pedimos sua oração neste propósito, e conto também com suas orações para que a obra de Deus no Japão continue avançando.” Hélio Miúra, missionário em Higashiura, Japão
“Ore pelo PARE, pois temos muitos desafios a serem alcançados, e precisamos de um espaço para tirar pessoas das ruas. Ore por todas as pessoas que estão se congregando no PARE, para que sejam transformadas.” Marcos Ramos, missionário em Medellín, Colômbia, e coordenador do Programa de Ajuda, Reabilitação e Esperança
AMOR POR MISSÕES
“A Campanha de Missões Mundiais em nossa igreja começou com os irmãos totalmente motivados e envolvidos: a equipe de teatro vestiu a camisa da Campanha, crianças e adolescentes da coreografia fizeram uma bela apresentação, e a igreja foi decorada de acordo com o tema da Campanha, “Entre em Campo com Cristo, pelas Nações”, com campo de futebol, banners e bolas. Incentivamos todos a entregarem a oferta e assistimos a um vídeo do Kit da Campanha. Vamos assim até o dia 18 de maio e esperamos ter a presença de um missionário da JMM.” Eliane D. de O. Barcelos, PIB em Jardim das Acácias, São Pedro da Aldeia/RJ
Olá, Eliane! É fruto da perfeição de Deus esta interação entre pessoas por um motivo único: Cristo para todas as nações, através do que somos, temos e sabemos fazer! Continue assim! Envie mais notícias pra gente! “Em fevereiro, realizamos uma semana de oração por Missões Mundiais. A igreja tem assistido aos vídeos da Campanha 2014 e levado a Deus os pedidos dos missionários descritos nos cartões de oração. Nossa promotora de Missões, Michelli, tem usado muito o material da Campanha. Nosso pastor, Benjamin Ramos Lopes, desafiou a igreja a escrever cartas para os missionários, e muitos irmãos têm atendido a este apelo. Temos orado pelos povos não alcançados. Os alvos individuais já foram lançados, além do desafio para o Dia da Oferta Especial. Em nossa igreja contribuímos o ano todo para Missões.” Denise de L. C. do Nascimento, IB Central em Jacarezinho, Rio de Janeiro/RJ
Este espaço é seu! Escreva também para Missões Mundiais através do facebook.com/MissoesMundiais ou do e-mail redacao@jmm.org.br. A Colheita é também um momento de conversa. 4
Denise, é muito importante para Missões Mundiais perceber que nossas igrejas, como a IB Central em Jacarezinho, têm entendido sua parte na Missão. Vamos em frente!
AMOR POR MISSÕES
“A nossa Campanha de Missões Mundiais começou mais cedo, porque trabalhamos Missões de uma só vez no período de três meses. Começamos com Missões Mundiais e está sendo uma bênção. Temos trabalhado a consciência missionária nos cultos e também durante o que IB em Jardinópolis/SP chamamos de MM (Minutos Missionários). A ideia é envolver todos a buscarem informações sobre Missões. Esperamos que nossa igreja entre em campo com Cristo pelas nações, orando, mobilizando, indo e contribuindo.” Alba Melquiades, promotora voluntária de Missões da IB Jardinópolis/SP
Alba, que ideia boa! A criatividade é uma característica muito forte das nossas igrejas. Juntos, promovemos ótimos movimentos. Parabéns pelas ideias! “Deus tem nos abençoado grandemente. Mais uma vez trabalhamos na Campanha de Missões Mundiais. Algumas classes já alcançaram seu alvo e agora nos empenhamos em dobrar nossas ofertas!” Adriana G. de O. Dias, promotora voluntária de Missões na TIB em Itambi, Rio de Janeiro/RJ
Olá, Adriana! A vontade de crescer também é algo sempre presente na equipe de Missões Mundiais. Quando você se empenha pra dobrar as ofertas, nós nos empenhamos para servir em dobro. Não é uma ótima parceria? Um grande abraço.
“Estamos experimentando um jeito novo de fazer as campanhas missionárias. Nossa meta é estar em campanha durante todo o ano, separando quatro meses para cada uma. Já iniciamos a de Missões Mundiais. Nosso objetivo é alcançar, pelo menos, 100 ofertantes. O valor arrecadado será somado ao que conseguirmos alcançar de ofertas em nossas cantinas. Oramos para que o nosso bom Deus trabalhe em nossos corações e desperte ainda mais em nossa igreja o amor por Missões!” Renata Ferraz Oliveira, IB Veneza, Ipatinga/MG
Renata, encontrar “novos jeitos” é algo que revigora a ação da igreja na Missão. Estamos orando para que vocês tenham mais corações despertos. “Além de promotora, também sou missionária voluntária da JMM em campo africano. No final de 2011, estive pela segunda vez em Huambo (Angola). Na ocasião, conheci a missionária Jonilza Gomes da Costa. Soube que ela estaria de passagem pelo Rio de Janeiro e a convidei pra estar conosco em fevereiro, durante uma noite missionária. Entramos em campo fazendo o prélançamento da Campanha de Missões Mundiais 2014, na certeza que Jesus Cristo é o gol da vitória!” Mírian Rhamnusia, PIB Maricá Novo, Maricá/RJ
Mirian, que boa notícia! O encontro entre você e Jonilza nos inspira a promover mais destes momentos entre nossas igrejas e missionários. Nosso setor de Promoção está trabalhando a todo vapor pra isso. Fique com Deus. “Iniciamos a Campanha de Missões Mundiais no primeiro domingo de março, estabelecendo o alvo de ofertas e mobilizando a igreja, ministérios e Escola Bíblica Dominical. Deus abençoe nossa igreja e nos faça avançar na obra missionária.”
“Trabalhar por Missões é maravilhoso. Procuro sempre fazer algo diferente para envolver nossa igreja na Campanha de Missões Mundiais. Também aproveito as dicas das igrejas e da própria JMM que estão na Revista da Campanha.” Maria Zuleide B. de Oliveira, promotora voluntária de Missões da PIB Caaporã/PB
Maria Zuleide, é muito bom saber que as dicas do Kit da Campanha são úteis para nossas igrejas! Envie também as suas ideias de mobilização pra gente! Um abraço!
Pr. Antônio Carlos Carneiro, PIB em Paraisópolis, São Paulo/SP
Pr. Antônio, quando recebemos mensagens como a sua, nos sentimos cada vez mais motivados a servir aos nossos pastores, parceiros no trabalho missionário. Não desanime. Estamos com o senhor e queremos servi-lo. Um forte abraço.
5
GIRO JMM pelo mundo
PELO MUNDO
Noé, o filme O filme “Noé”, lançado em abril no nosso país, é uma obra inspirada na narrativa do Gênesis. Contudo, toma algumas liberdades para contar a história, segundo alguns líderes religiosos. Jerry A. Johnson, presidente da National Religious Broadcasters – entidade que congrega comunicadores de religião –, fez um apelo à Paramount Pictures para que as propagandas do longa levassem um aviso sobre a diferença entre a história da Bíblia e a do filme. O estúdio atendeu ao pedido de Johnson. A informação é de que o filme é uma abordagem criativa, e não literal, da história da arca e do dilúvio.
Ore pela Nigéria A igreja do Senhor ainda chora os mais de 100 mortos no ataque terrorista dos extremistas islâmicos do Boko Haram a uma escola cristã, no mês de fevereiro, em Yobe, na Nigéria. “Vi fogo sobre o telhado da escola. Eu já estava me contando entre os mortos, porque alguns rebeldes vieram muito perto de onde eu estava, eu podia ouvi-los bem ao meu lado. Mas Deus salvou a minha vida”, relatou um sobrevivente.
Top 10 Um estudo aponta as dez maiores igrejas evangélicas do mundo. O levantamento foi feito por Warren Bird, um missiólogo norte-americano da Leadership Network. Ele usou dados de frequência média dos fiéis somente de templos evangélicos fundados até o ano de 2011. A lista é encabeçada por uma igreja da Coreia do Sul, país asiático com apenas 22% de protestantes entre os seus 50 milhões de habitantes. 1º Yoido Full Gospel (Coreia do Sul) – média de 230 mil por culto 2º Deeper Christian Life Ministry (Nigéria) – 75 mil por culto 3º Faith Church (Hungria) – 60 mil por culto 4º Mision Carismática Internacional (Colômbia) – 60 mil por culto 5º Pyungkang Cheil (Coreia do Sul) – 60 mil por culto 6º Living Faith (Nigéria) – 50 mil por culto 7º Yeshu Darbar (Índia) – 50 mil por culto 8º New Life (Índia) – 50 mil por culto 9º Nambu Full Gospel (Coreia do Sul) – 50 mil por culto 10º Catedral Evangélica do Chile – 45 mil por culto 6
ONU compara crimes da Coreia do Norte ao Nazismo “Os crimes cometidos pelo regime comunista norte-coreano são comparáveis aos dos nazistas, ao apartheid sul-africano e ao Khmer Vermelho, e devem ser interrompidos”. A afirmação é do presidente de uma comissão de investigação das Nações Unidas. Michael Kirby declarou no Conselho dos Direitos Humanos da ONU que é dever solene da organização enfrentar o flagelo das violações dos direitos humanos e dos crimes contra a humanidade cometidos na República Popular da Coreia. O país figura entre os primeiros da lista dos mais fechados ao evangelho, onde aqueles que tentam anunciar a palavra de Deus correm sérios riscos de morte.
GIRO JMM povos não alcançados
CHINA: UM GIGANTE A SER ALCANÇADO
“O governo da China reconhece oficialmente 56 etnias que formam o povo chinês. No entanto, estima-se haver 450 minorias em todo o país, e muitas delas sem nenhuma presença cristã”
A
grandeza do país mais populoso do mundo mostra o tamanho do desafio de entrar em campo na China. Com uma cultura milenar, fatores como idioma e regime político – apenas para citar alguns – atuam como empecilhos ao trabalho missionário naquele país.
Não alcançados O governo da China reconhece oficialmente 56 etnias que formam o povo chinês. A maciça maioria, mais de 90%, é da etnia han. No entanto, estima-se haver 450 minorias em todo o país, e muitas delas sem nenhuma presença cristã.
Panorama Por causa do regime comunista, vigente no país desde 1949, a China adotou o ateísmo de Estado. Além disso, existe a igreja oficial, conhecida como Igreja dos Três Poderes, que é controlada pelo governo. Há também a igreja não oficial chinesa (conhecida no Brasil como igreja subterrânea) com a qual grande parte dos missionários estrangeiros atua para driblar a perseguição religiosa que existe no país.
Na China, qualquer cidadão pode se declarar seguidor de qualquer religião, mas nunca se declarar missionário, segundo relato de cristãos que já estiveram no país. Eles dizem que você pode ser cristão, mas não pode fazer proselitismo. E em hipótese alguma é aceitável que um estrangeiro se reúna com um chinês. Nem mesmo um chinês que viva no exterior se encontre com um chinês no território da China. Além disso, a vigilância vem quando menos se espera. Relatos como esse são apenas uma gota no oceano de histórias de perseguição vividas por cristãos na China. Segundo o livro Intercessão Mundial, a China ocupa a terceira posição dos países que mais perseguem crentes. por Willy Rangel
ORE PARA QUE, DE ALGUMA FORMA, O EVANGELHO CHEGUE ÀS MINORIAS CHINESAS. 7
GIRO JMM
DIRETO DO CAMPO por Marcia Pinheiro E WILLY RANGEL
C
ompartilhamos com você notícias sobre o que está acontecendo nos campos de Missões Mundiais. Você ficará por dentro do que o Senhor tem feito no mundo através da vida de nossos missionários. Tudo isso acontece porque você, entendendo a missão de Deus, contribui, intercede e participa deste plano de amor, para que cada vez mais pessoas sejam alcançadas pela salvação em Jesus. 8
GIRO JMM DIRETO DO CAMPO
Batismos, mudanças, novas estratégias... Deus está à frente de nossas ações nos campos missionários ITÁLIA
Missão sobre rodas
Levar a palavra de Deus aos cidadãos de Milão, norte da Itália, ficou um pouco mais fácil para o casal missionário Fernando e Ione Pasi. Eles agora contam com um ônibus adaptado para percorrer a região. É o projeto Missão Móvel que permite a evangelização de povos de várias etnias dentro do território italiano. Segundo o Pr. Fernando Pasi, o ônibus é equipado com pequenos compartimentos que funcionam como biblioteca com literatura evangélica e salas de aconselhamento. Ele também tem televisão e vídeo.
ROMÊNIA
Uma mudança de campo Após anunciar Cristo na Romênia por 18 anos, o casal Gerson e Sônia Tomaz segue para um novo campo: França. Segundo o missionário, um país considerado por muitos como um deserto espiritual. As portas para seus ministérios lá já começaram a se abrir. O casal tem recebido diversos convites para eventos da convenção local. No dia a dia, eles já tiveram a oportunidade de testemunhar Cristo a uma muçulmana e estudam com uma brasileira que ainda não entregou sua vida a Jesus. Os missionários realizam um trabalho de aconselhamento com elas. Apesar deste novo desafio, o casal continua coordenando o trabalho dos missionários da terra na Romênia e na Moldávia.
ÁSIA
Reforço Radical
O continente asiático já conta com reforço no time missionário. Após oito meses de treinamento e três meses de imersão cultural, finalmente os nove jovens do Radical Ásia chegaram ao país que tanto sonhavam. Samuel Pimentel, que integra a turma, conta que o grupo tinha um grande anseio por saber como seria a entrada no país e a passagem na imigração, ainda mais por estarem em equipe: “Pela graça do Pai, conseguimos entrar com todas as nossas malas e sem grandes dificuldades. Hoje, somos dois grupos, cada um em uma província diferente”. As turmas já têm residência e estão matriculadas em uma faculdade, estudando o idioma oficial do país, mas a língua tem sido um grande desafio, pois cada província tem seu próprio dialeto. Buscando melhorar a comunicação, nossos Radicais tentam socializar-se o máximo possível, vivendo o cotidiano do povo. Vamos orar para que essa primeira turma do Radical Ásia cumpra a missão para a qual foi chamada. 9
GIRO JMM DIRETO DO CAMPO
GUINÉ-BISSAU
Igreja celebra batismos NORTE DA ÁFRICA
Volta ao campo
“Realizamos mais oito batismos na igreja. Pedimos que você ore pelas vidas dessas pessoas, para que perseverem na fé em Cristo, bem como pela igreja também, para que continue crescendo”, diz José Roberto Santos, missionário de Missões Mundiais e pastor na Igreja Batista de Bissau. O missionário ainda conta que mais pessoas estão sendo discipuladas e preparadas para o batismo: “Para a honra e glória de Deus, elas serão batizadas nos próximos meses. Ore para que todas permaneçam firmes em Jesus, e continuem nos ajudando em oração para que muitas vidas sejam comprometidas com o evangelho em Guiné-Bissau”.
SENEGAL
Batismos e oportunidades Missionários da JMM desde 2003, Davi e Ester sempre estiveram envolvidos com a evangelização de muçulmanos no Norte da África, uma região fechada ao evangelho e a qualquer outra religião que não seja o islamismo. O casal apostou nas atividades esportivas (escola de futebol, escola de atletismo e educação física nas escolas primárias da região) junto a comunidades do interior do país, ótima oportunidade de serviço, vivendo sua vocação através do que tem, sabe e é. Eles voltaram ao Brasil em 2009 por conta da perseguição religiosa ocorrida naquela época, quando houve várias prisões de cristãos nacionais e deportações de missionários estrangeiros. Neste período, também trabalharam com a mobilização missionária da JMM. Atualmente, estão em fase final de preparo para o retorno definitivo ao Norte da África. Com dois filhos, o casal missionário busca o apoio financeiro e a intercessão dos cristãos brasileiros para que possam voltar o mais breve possível ao campo que tanto amam, o que acontecerá, provavelmente, em 2015.
10
Uma triste realidade no Senegal é o analfabetismo. Duas das quatro pessoas batizadas no Senegal pelo missionário Humberto Chagas recentemente não sabiam ler. Um lia com dificuldade, e apenas a mais nova, de 15 anos, conseguia acompanhar de fato as leituras. “Esses irmãos são ainda muito jovens, mas é como se já tivessem perdido a esperança de conseguir ler um dia”, diz Humberto, que teve de adaptar os estudos para o batismo trabalhando oralmente os conteúdos, na Igreja Batista Evangélica Keru Ngem. “Desde o início, sempre perguntei se eles queriam mesmo se batizar, pois essa decisão aqui no Senegal tem repercussões em todas as áreas (90% dos senegaleses são muçulmanos), e foi muito bonito ver suas convicções. No dia do batismo, quando estreamos nosso novo batistério, foi aquela festa, com muita música, danças e comida!”, conta o missionário.
GIRO JMM DIRETO DO CAMPO
COLÔMBIA
A missão de pastorear e plantar novas igrejas
Recém-chegados à Colômbia, o casal William e Carla Freitas já soma forças com as missionárias Carmen Lígia e Sara Jane. O casal chegou com a missão de pastorear a Igreja Batista de Castilla, em Medellín, e as missionárias auxiliam na plantação de novas igrejas na cidade, que é imensa e conta com apenas cinco igrejas. William já realizou seis batismos. “A igreja tem em torno de 60 membros, pessoas muito queridas e dispostas a trabalhar. Está localizada em um bairro bem pobre da cidade”, conta William. Carla ficará à frente do ministério com adolescentes. “Deus me mostrou que eu deveria trabalhar especificamente com essa faixa etária, por ver a quantidade de adolescentes envolvidos com drogas, criminalidade, prostituição e tantos outros males. A igreja possui um bom grupo de adolescentes, e desejo trabalhar com eles para que iniciem a vida cristã e tragam outros amigos para também conhecerem a Cristo”, conta Carla.
PARAGUAI
Liderança sem timidez
Marina Jarolin é casada, tem dois filhos e faz parte da Igreja Batista Nova Vida, no Paraguai. Foi em 2010 que ela começou a frequentar o curso de capacitação de líderes ministrado pela missionária Ana Maria da Costa, da JMM. “Eu tinha muitas dificuldades por causa da minha timidez. No início, apenas frequentava, mas depois que me matriculei levei a sério os estudos e recebi toda a orientação da missionária”, conta Marina. “Por exemplo: não conseguia orar em público ou ensinar as crianças na Escola Bíblia Dominical”, acrescenta. Foi graças à atuação da missionária que Marina concluiu o curso de liderança, perdendo o medo e a timidez, segundo o que ela mesma compartilha. “Hoje, discipulo um grupo de novos convertidos, trabalhando com evangelismo e visitação nos lares, além de estar na liderança do ministério infantil da igreja”, diz Marina.
Confira notícias:
www.jmm.org.br 11
GIRO JMM DIÁRIO DE BORDO
Colômbia: onde o pecado abundou, SUPERABUNDOU A GRAÇA! por RAQUEL LIMA
C
hegamos na manhã do dia seis de março. Ao contrário do que imaginávamos, encontramos uma cidade bonita, moderna, fresca e bem arborizada. As manchetes de jornais sempre picharam a Colômbia como um país de guerra sitiado pelo narcotráfico, à beira de um colapso geral. O aeroporto fica bem afastado do centro de Medellín. E percorrendo o caminho que levava às acomodações e ao local das filmagens, fomos conhecendo pouco a pouco os cenários da cidade, que revelaram a tal fama e nos deixaram impressionados. Nesse passeio, fomos surpreendidos pelo número de pessoas que consumiam drogas pelas ruas sem qualquer restrição ou constrangimento, em plena luz do dia. Pelo estado de algumas, não era possível precisar se eram homens ou mulheres. Eram espectros: crianças, jovens, adultos e idosos ligados por um triste elo: o consumo inescrupuloso de bazuco, uma pasta de cocaína mais potente e destrutiva que o crack, que ceifa centenas de vidas todos os dias. Mas além desse retrato, a Colômbia padece de males comuns a países que possuem severo desequilíbrio social. As esquinas foram transformadas em pontos de prostituição. Meninas são compradas por apenas cinco dólares, cerca de 15 reais. Rapazes se travestem e fazem programas para sobreviver. Entre idas e vindas, conhecemos a “Rua do Pecado”, nossa maior expectativa. O local mais perigoso e temido de toda a cidade de Medellín. Tivemos que andar pela área escoltados pela polícia para garantir nossa segurança e integridade. Enquanto trabalhávamos na captação de imagens, éramos insultados e hostilizados pela maior parte de pessoas que se escondia das câmeras e nos considerava uma ameaça. Entretanto, nesse mesmo lugar nos deparamos com um dos projetos de Missões Mundiais que tem recuperado e resgatado pessoas. Embora o PARE (Programa de Ajuda, Reabilitação e Esperança) seja relativamente novo, já alcançou resultados bem expressivos. No início deste ano, 17 pessoas foram batizadas e mais de 50 estão sendo discipuladas. Por lá, duas histórias nos sensibilizaram bastante: a de Tatiana e a de Dario. A primeira, de uma menina que abusada pela própria mãe e explorada sexualmente desde os oito anos de idade e que hoje é seminarista; e a de Dario, que há mais de 15 anos luta para vencer o vício das drogas, mas que ainda sofre com os altos e baixos dessa difícil caminhada. Hoje, a “Rua do Pecado” se chama “Rua da Graça”, e toda Medellín tem sido impactada pela decisão de pessoas simples por viver sua vocação. Em breve, Missões Mundiais vai revelar histórias, testemunhos e experiências que emocionam. Você vai conhecer gente comprometida e será desafiado a escrever uma nova e surpreendente história com Deus. – Raquel Lima
setor de audiovisual da JMM
12
GIRO JMM con v ív io
Fabricando Esperança por Humberto Chagas
“E Jesus respondendo disse-lhes: ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo.” (Mt 11.4)
D
eus tem dado a mim e à minha esposa, Elisangela Chagas, o privilégio de servi-lo no Senegal com nossas profissões já por alguns anos. O projeto Fábrica de Esperança, Fabrique d’Espoir, está na periferia de Dacar, e engloba um centro médico-esportivo, uma pré-escola e uma escolinha de futebol. Todos voltados para a população carente dessa região. É uma verdadeira manifestação prática do amor de Deus. Um evangelho de dimensões sociais. Eu, como ortopedista, e ela, como dentista, temos o privilégio de colaborar na restauração da dignidade de alguns, na recuperação do sorriso de outros, na capacitação de mais alguns para atividades corriqueiras do dia a dia. Ações simples, mas que contribuem para o bem-estar de pessoas amadas por Deus, parte do plano dele de resgate da humanidade. Outro dia, atendi um pai que trazia sua filha para a revisão de uma cirurgia realizada há dois anos. Esta criança, hoje com cinco anos, quando chegou, mal conseguia andar, tamanha a deformidade em suas pernas (genovalgo, uma alteração no formato dos joelhos). Fiz uma cirurgia corretiva em suas duas pernas e, depois de meses do pós-operatório e reabilitação, ela teve um resultado bem satisfatório. Hoje, aquela criança, antes triste e inexpressiva, tem a fisionomia completamente diferente, andando e correndo de um lado para o outro. As palavras daquele pai me tocaram profundamente. Ele disse: “Você deu esperança à minha filha. O que vocês
fizeram realmente mostra a razão do nome deste centro: de fato vocês fabricaram esperança para a minha filha. Que Deus abençoe este lugar”. Tivemos muitos contatos com esta família. Foi até possível verbalizar nossa fé em Jesus Cristo, mas nem sempre é possível usar a boca para proclamar o evangelho por aqui. Em muitas vezes, é o “bisturi” que vai demonstrar o amor de Deus por esta gente tão sofrida. Não queremos que nossas ações sociais sejam apenas “iscas” para podermos falar do evangelho. Queremos fazer como o nosso Mestre, que cuidava das pessoas e as amava incondicionalmente. Jesus curava as pessoas, independente de resultados ou “adesões”. É assim que tentamos agir. Ele é o nosso modelo! Hoje, no centro médico-esportivo Fabrique d’Espoir, oferecemos atendimento ortopédico, odontológico e fisioterápico a uma população carente de tudo, mas extremamente religiosa (islâmica). Mais de 100 pessoas passam por nossas mãos todas as semanas. Elas são alvo do nosso amor e cuidado. Estamos tentando oferecer o nosso melhor, tratando com respeito e competência nossos pacientes, resplandecendo nossa luz para que eles, vendo nossas boas obras, glorifiquem nosso Pai que está nos céus, como Jesus disse em Mateus 5.16. – Humberto Chagas MÉDICO ORTOPEDISTA E MISSIONÁRIO NO SENEGAL
13
entre nós última hora
Missões também é coisa pra empresário Pr. Hans Udo fala sobre Missão Empresarial
A
s igrejas brasileiras começam a se envolver com o Business as Mission (BAM), ou Missão Empresarial, movimento internacional com cerca de duas décadas que trabalha para resgatar o sentido de missão por meio do chamado “mundo de negócios”. Em abril, dois grandes eventos sobre o tema foram realizados no Brasil: o II Congresso LatinoAmericano de Missão Empresarial, Meu negócio, minha missão, em Belo Horizonte/MG, e o II Congresso Brasileiro de Missão Empresarial, no Rio de Janeiro/RJ. Líder do movimento BAM no Brasil, o Pr. Hans Udo Fuchs, que também é coordenador dos missionários da JMM na África, afirma que a Missão Empresarial resgata a visão de que missionário é aquele que se insere no tecido social em outra cultura, que tem o seu sustento por meio do exercício de uma profissão como todo mundo, e dá seu testemunho de vida com Cristo dentro desse contexto. Segundo o Pr. Hans, os eventos pelo BAM servem como fórum em que profissionais e empresários se encontram para compartilhar como eles têm exercido sua vocação no cotidiano, com digna noção de que sua habilidade vem de Deus, e como esse exercício tem contribuído para despertar a fé nas pessoas do seu círculo de contato.
14
Profissionais e empresários se encontram para compartilhar como eles têm exercido sua vocação no cotidiano, com digna noção de que sua habilidade vem de Deus.
Como missionário, Hans foi para Angola para montar uma rede de distribuição de literatura, ancorada em uma empresa de importação e distribuição. Diante da luta contra a corrupção, ele conseguia passar à sua equipe, formada por trabalhadores locais, conceitos bíblicos. Ao sofrer tentativa de suborno, uma de suas funcionárias, por exemplo, recusou a “oferta” dizendo que o missionário não concordava com aquela prática. “Quando nossa gerente me contou o diálogo que teve, fiquei orgulhoso: consegui passar para ela o conceito de correção e honestidade no uso do dinheiro. Eu estava insistindo desde o começo que dinheiro não é alvo, é instrumento. Alguém tinha entendido”, disse o pastor. por marcia pinheiro
Acesse o portal jmm.org.br e fique por dentro dos próximos eventos de Missão Empresarial.
entre nós última hora
JMM prepara missionários para entrar em campo Pr. Girlan Silva fala aos novos missionários durante o treinamento
Missões Mundiais está preparando 15 novos missionários no primeiro semestre deste ano. Eles vêm para somar forças ao time que já está em campo nas Américas, África, Europa e Ásia.
N
este primeiro semestre de 2014, Missões Mundiais está preparando 15 missionários para entrar em campo com Cristo, pelas nações. A expectativa é que a maioria deles seja enviada ainda este ano. Um casal integrante desta turma já atuou em um país na Ásia, e agora se prepara para voltar a este campo pela JMM. “Antes de ir pela primeira vez, não tínhamos um campo específico, mas sabíamos que seria um da Janela 10/40. Começamos a orar. Após ouvir o relato de um professor sobre a Ásia, sentimos que esse era o caminho que Deus queria, e ele foi confirmando, as portas foram se abrindo e nós partimos”, conta o missionário em treinamento.
Ao fim deste período inicial de estudos, o casal deverá retornar a esse país asiático, agora como missionários de longo termo da JMM. Para o coordenador do curso de Capacitação Missionária, Pr. Girlan Silva, os novos missionários da JMM vêm para somar forças ao time que já está em campo nas Américas, África, Europa e Ásia. “É Deus que vocaciona. O que nós fazemos aqui é passar para eles o máximo de informações possível no sentido de prepará-los para viver um momento transcultural no campo”, explica.
por Willy Rangel
ADOTE E INTERCEDA PELOS NOVOS MISSIONÁRIOS 15
DESTAQUE NOTÍCIAS MISSIONÁRIAS
16
DESTAQUE NOTÍCIAS MISSIONÁRIAS
capa
família: o primeiro ministério
“A
família é o primeiro lugar em que devemos viver a nossa vocação, porque nela há espaço para servir, aprender, amar... Se a nossa vocação não serve em nossa família, todo o resto não passará de uma grande farsa”. Família é uma das quatro dimensões do SIM, Todos Somos Vocacionados 2014. Tema da CBB neste ano, a família também é o assunto em destaque nesta edição de A Colheita. Famílias bem-estruturadas e comprometidas com Deus significam obra missionária bem-sucedida. Por isso, Missões Mundiais investe na família missionária, desde a seleção e treinamento até o retorno do campo. O gerente de Missões da JMM, Pr. Alexandre Peixoto, lembra que não é possível pensar e mobilizar Missões sem a família missionária. Já no início do processo de seleção de missionários, a preocupação começa por identificar famílias sadias, bem-estruturadas. Durante o treinamento, os casais e seus filhos recebem orientações específicas para o momento que estão vivendo. “O primeiro conselho que damos ao casal é que sua família é o primeiro campo missionário com o qual eles devem se preocupar. Desde o início do processo nós acompanhamos a caminhada dos missionários e seus filhos”, diz o Pr. Alexandre. A JMM investe na atenção às famílias missionárias, levando-as a cada dois anos para um encontro chamado de Retiro. Também investe num programa específico para os FMs (filhos de missionários). O Pr. Guy Key, missionário da International Mission Board no Brasil, reforça a ideia de que, para nos envolvermos de maneira mais efetiva com a Missão,
precisamos ter famílias ajustadas, resolvidas. Ele e sua esposa, a missionária Helena, têm um grande carinho pelas famílias missionárias da JMM, contribuindo com o que podem para que avancem pelos campos de forma sadia. Como pastor, missionário, marido, pai, ele considera a família como primeiro ministério. “Muitas pessoas querem barganhar com Deus, prometendo participar da Missão se ele cuidar de suas famílias. Não se barganha com Deus. Temos que entender que nossos primeiros compromissos devem ser com a nossa família”, diz Guy. A importância de todo este cuidado é mencionada pelo Pr. Guy com um exemplo do missionário inglês William Carey, o chamado “Pai das Missões Modernas”. Em 2013, Guy esteve no Sul da Ásia, numa viagem missionária em companhia do diretor executivo de Missões Mundiais, Pr. João Marcos B. Soares. Foi na igreja onde Carey exerceu sua vocação pastoral que eles souberam de um fato curioso. O atual pastor daquela igreja lhes contou que, em 2012, uma senhora de cerca de 50 anos, vinda da Austrália, parente do saudoso missionário, foi até a igreja para saber mais sobre suas raízes e se declarou budista. Para os pastores, foi uma grande tristeza saber que o legado do famoso missionário se perdeu após algumas gerações. Eles consideram que, em algum momento da história dos Carey, faltou o cuidado com a família. “Eu quero que a minha família multiplique e dê frutos para o Reino de Deus”, encerra Guy. por marcia pinheiro 17
ENTREV ISTA
Jessé – um capitão para o time do Oriente Médio O futebol sempre fez parte da vida do missionário Jessé, mesmo depois que deixou de jogar profissionalmente para pastorear uma igreja no Rio de Janeiro. Foi dando aulas de futsal para mais de 100 crianças na quadra esportiva dessa igreja que ele entendeu que sua missão era se capacitar para entrar em um novo campo: o de Missões transculturais. Jessé, sua esposa Quésia e seus dois filhos serviram por cinco anos e meio no Oriente Médio, uma região de risco para quem anuncia o evangelho de Cristo; por isso, a família adota pseudônimos. Jessé atuou como professor em escolas e desenvolveu projetos em outras instituições como orfanatos. Já Quésia desenvolveu trabalhos artesanais e de educação. Apesar das barreiras, eles tiveram várias oportunidades para falar abertamente sobre o amor de Jesus e ele teve o privilégio de batizar uma pessoa antes de retornar com sua família ao Brasil para assumir um novo desafio, o de ser coordenador missionário. A nova função requer experiência no campo e também pastoral. 18
ENTREV ISTA
Se fosse comparar com sua experiência no futebol, Jessé diria que o coordenador é o capitão do time, pois faz parte da equipe e também a incentiva e direciona de acordo com as instruções do treinador, neste caso, a liderança da JMM. Nesta entrevista, Jessé fala um pouco de suas experiências no campo com sua família.
A Colheita: Como toda a sua família entendeu que era preciso entrar em campo? Pr. Jessé: Numa das idas e vindas buscando uma melhor forma de usar o esporte como uma ferramenta na evangelização e não apenas como projeto social, eu tive meu primeiro contato com a JMM. Nossa agência missionária tinha uma série de projetos com futebol, mas não tinha pessoas para trabalhar com eles. Comecei a orar e perguntar a Deus se ele estava satisfeito com o que eu estava realizando ou se esperava algo mais de mim. Em pouco tempo tive a certeza de que o que eu estava fazendo em minha igreja era bom e outra pessoa poderia realizá-lo sem nenhuma dificuldade, mas a experiência que Deus me concedeu como atleta de futebol, pastor, e agora treinador de futebol, poderia fazer uma grande diferença em lugares fechados à obra missionária convencional. O grande desafio foi esperar o tempo da família a deixar tudo no Brasil, entendendo que esse era um chamado de Deus para nós. Oramos juntos por quatro anos até que todos sentissem o que senti em meu coração.
A Colheita: Como o senhor avalia o uso do esporte para demonstrar o amor de Deus a famílias de lugares considerados fechados ao cristianismo? Pr. Jessé: A maioria das pessoas nos países fechados, em especial no Oriente Médio, também é apaixonada pelo esporte, em especial pelo futebol brasileiro. Isso facilita a entrada e a permanência do profissional no país. No caso da minha família, o trabalho voluntário também abriu portas extraordinárias para atuarmos entre refugiados, órfãos e crianças carentes nos povoados mais afastados da cidade onde morávamos.
“Para mim foi importante sair do Brasil sabendo que o que eu estaria desenvolvendo no campo estava de acordo com a minha paixão” A Colheita: Sabemos que a realidade de uma família que está fora do seu país é bem diferente da que estamos acostumados. Para que a unidade da família se mantenha também no campo missionário e o retorno precoce ao Brasil seja evitado, é preciso algum cuidado especial? Pr. Jessé: Em nossa experiência, a busca em oração por uma convicção de chamado que estivesse no coração de todos da família foi o fator principal. Nós não saímos do Brasil com uma empolgação, saímos com uma convicção. Assim, nos momentos de crise no campo
tivemos condições de buscar apoio uns nos outros. Nossa família ficou muito mais unida depois que fomos para o campo. Isso também serviu de testemunho às pessoas com as quais nos relacionamos.
A Colheita: Para entrar em campo com Cristo pelas nações uma família deve ter que tipo de atitude? Pr. Jessé: Primeiramente, deve buscar a unidade sobre a convicção de seu chamado. Em segundo lugar, devem ter pelo menos uma ideia do que pretendem desenvolver no campo. Para mim foi importante sair do Brasil sabendo que o que eu estaria desenvolvendo no campo estava de acordo com a minha paixão. Estar envolvido com algo atraente me ajudou muito nos momentos de crise.
A Colheita: Qual o segredo para um time missionário vencedor, aquele que percebe frutos da Missão, vendo vidas transformadas por Deus? Pr. Jessé: O que tenho compartilhado está baseado na experiência da igreja no capítulo 4 do livro de Atos. Ali, encontro características daquele que está entrando em campo com Cristo para vencer. São três as características: convicção (a mensagem que possuímos é a verdade que as nações precisam – v.12); comprometimento (a despeito das dificuldades, precisamos estar totalmente comprometidos em fazer com que esta mensagem seja anunciada – v.20); revestimento (precisamos estar revestidos do poder do Espírito Santo e, assim, seremos intrépidos e inflamados na proclamação – v.29). Acredito que a realidade dos nossos irmãos na igreja primitiva é aplicável a nós hoje e podemos seguir seus exemplos. por Marcia Pinheiro 19
ENTRE NÓS SIM, TODOS SOMOS VOCACIONADOS
BASTIDORES do sim “Trabalhar em ações soltas de Missões – neste ponto, é provável cair no ativismo – é muito diferente de decidir querer fazer parte do plano de Deus para a humanidade. Só descobrindo minha vocação, eu realmente entro na ‘engrenagem’ e participo do propósito de Deus para o mundo. Não estamos aqui a passeio, temos uma missão dada por ele para cada um de nós. Todo cristão tem uma missão”. É apegada a esse jeito de viver que Missões Mundiais participa da Missão de Deus no mundo com o que é, sabe e tem. É aí que acontece o SIM.
DESDE 2013
Recebemos, nos estúdios de Missões Mundiais, Neil Barreto, pastor da IB Betânia, no Rio de Janeiro e responsável por uma das palestras do SIM 2014. Pr. João Marcos B. Soares, diretor executivo da JMM, também trabalhou como apresentador do programa gravado com o Pr. Neil. Conversamos com muita gente através dos LABS, numa rotina que começou muito antes do SIM, no dia a dia dos grupos pela internet. Os LABS se propuseram a conversar sobre uma Teologia da Vocação. Uma forma de registrar e fomentar a pesquisa nesta área.
A BUSCA – série
Tudo o que foi programado para acontecer no SIM, realizado em maio, no Rio de Janeiro, entrou em andamento muito cedo. Desde encontros para entender de forma comunitária como Deus queria falar através deste congresso, até contatos com preletores, bandas, oficineiros, voluntários, organizações, dentre tantas providências, tudo foi completamente submetido a muito trabalho e obediência a Deus.
Depois de alguns dias trabalhando no roteiro, produção, direção e edição de várias imagens captadas em São Paulo, a equipe de Missões Mundiais lançou “A Busca”, uma série de quatro episódios baseados no real da vida. Os vídeos foram lançados na TV Boas Novas, com a participação de Analzira Nascimento e, logo após, através do Canal JMM, no Youtube, e Facebook do SIM.
SIM CAFÉ
VOLUNTÁRIOS
Andamos por algumas cidades para falar deste que é o maior congresso de vocação dos nossos tempos. Fomos a Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro e Itapuaçu, em Niterói/RJ, com o SIM Café, encontro para líderes e pastores de jovens. Os resultados foram excelentes. Líderes engajados, comprometidos, não só com o evento, mas com a importância de dedicarem-se a projetos como esse.
Apoio e cooperação são palavras de ordem para realizar o SIM. Além da interação entre JMM, JMN e as demais organizações da CBB, voluntários de diferentes lugares fizeram com que a caminhada tivesse mais cor, ao dedicarem seus dons, talentos e habilidades à elaboração do congresso. Cada dia e cada momento são um making de momentos nada offs para o SIM! E é por isso que, totalmente envolvidos com o que Deus faz em cada lugar do mundo, cada congressista vê em cada ação do SIM, um espaço de amor e de compartilhamento. De viver a vocação. De sentir a certeza. De entender um pouco mais da vida e de sua rotina. De buscar o sentido, em si, na família, na igreja e na sociedade.
O SIM NA TV Participando de programas de entrevista, a equipe SIM falou de vocação em alguns encontros especiais na TV Boas Novas. Foram ótimos momentos de conversa a respeito deste que é o tema do SIM: Eu, Família, Igreja e Sociedade. 20
CONEXÕES e LABS
por ELIANA MOURA
TURMINHA DO IDEMUNDO
Missões Mundiais acredita que felicidade, para uma família, é viverem juntos a sua vocação. Toda família cristã é missionária. O seu testemunho pode ajudar outras pessoas a conhecerem a Jesus.
LABIRINTO
A família missionária precisa chegar a uma aldeia onde ninguém sabe que Jesus existe. Ajude nossos missionários a encontrarem o caminho até lá.
Agora que você ajudou nossos missionários a chegar à tribo, ore por todos os povos que ainda não conhecem a Jesus.
Recadinho FM
Veja o que os filhos de missionários no Chile têm para nos contar. “Ore por nós, os filhos de missionários. Ore para que o trabalho do meu pai dê certo e muitos jovens possam conhecer a Jesus de verdade.” Ana Júlia, 12 anos, irmã de Pedro Henrique e Luís Felipe, FM de Luiz César e Deise Queiroz – Iquique, Chile
“Eu gosto muito do clima do lugar onde moro hoje e das novas amizades. Se você quiser orar por nós, ore para que Deus nos ajude a superar a saudade, que às vezes é muito forte!” Pedro Henrique, 14 anos, irmão de Luís Felipe e Ana Júlia, FM de Luiz César e Deise Queiroz – Iquique, Chile
ATUALIDADES DIA DO PASTOR
Pastores missionários queridos até os confins da Terra Cuidar e servir. Esta é a missão daqueles que foram vocacionados ao ministério de pastor. E muitos são os que partiram com suas famílias para outras nações para levar este cuidado de Deus a pessoas que ainda não têm uma intimidade com o Pai. Esses são os pastores missionários. Uma vez alcançadas e agradecidas, essas pessoas passam a ser uma extensão da família do pastor. Veja o carinho de algumas que lembraram de seus pastores por conta do Dia do Pastor, comemorado no segundo domingo de junho.
“Nunca na história do mundo tantos deveram tanto a tão poucos.” Foram estas as palavras usadas por Winston Churchill, ex-primeiro ministro britânico, em face da grande necessidade de homens treinados para defender o país. Essas palavras justamente se aplicam ao Pr. Cleber, que tem servido entre nós com todo o seu ser. É um bom planejador, organizador exímio e tem em si o talento de confiar com paciência nas pessoas. Juntamente com a missionária Gleici, tem sido em tudo exemplo para mim e para a igreja em geral. Deus nos abençoou grandemente com a sua presença.”
FERNANDO DA CONCEIÇÃO, ovelha do Pr. Cleber Balaniuc (África do Sul) “A presença do Pr. Roberto é muito importante, pois aqui a maioria das pessoas é recém-convertida. Precisamos muito dele para continuarmos seguindo a Jesus. Ele me discipulou e hoje sigo firme na Palavra. Sou muito grato ao Pr. José Roberto.”
RANJANI IMBANA SAPOOK, ovelha do Pr. José Roberto Santos (Guiné-Bissau) “Nossa igreja ficou por vários anos sem um pastor. Nós oramos e o Senhor nos enviou o Pr. Hans Behrsin. Ele desenvolve bem todas as suas atividades pastorais. Logo no início de seu ministério, ele visitou cada um dos membros para conhecer-nos melhor. Preparou e batizou novos membros. Organizou um novo ministério: os pequenos grupos, nos quais também auxilia 22
na direção. Ele apoia cada ministério da igreja e também participa no ministério de música e nos programas evangelísticos. Sou grata a Deus pelo nosso pastor e sua família.”
METRA CELMINA, , ovelha do Pr. Hans Behrsin (Letônia) “Referir-se a um amigo é sempre uma satisfação. O Pr. Claudinei tem sido muito importante para a edificação da igreja em uma das regiões mais extremas do Chile, e também de tantas outras igrejas no Chile. É bom saber que posso contar com ele em todos os momentos, sabendo que ele sempre terá um bom conselho para dar. O Pr. Claudinei está sempre pronto para servir a todos os que o buscam para o crescimento e maturidade espiritual. Admiro sua disposição em servir e ser sensível ao Espírito Santo.”
ACSA SANTIBÁÑEZ SAAVEDRA, ovelha do Pr. Claudinei Godoy (Chile) “O Pr. Manoel Florêncio exerceu uma revitalização da minha vida cristã, que veio de uma má aventura. O Senhor tem usado o pastor de uma forma especial para abençoar toda a minha família, que finalmente encontrou a força e a alegria de viver o evangelho da graça. Somos e sempre seremos muito gratos por isso.”
RAFFAELE SCAFURO, ovelha do Pr. Manoel Florêncio (Itália) por marcia pinheiro
atualidades MOBILIZAÇÃO
Concentração: igreja preparada para entrar em campo
i
grejas de todo o Brasil têm entrado em campo para levar ao mundo o evangelho de Cristo por meio de suas orações, ofertas, mobilizando e também seguindo e enviando missionários ao trabalho transcultural. Um destes grandes momentos de envolvimento aconteceu em março na Igreja Batista Boas Novas, em Parque da Vila Prudente, São Paulo/ SP. Num gesto de amor, o Pr. Vagner Vaelatti entregou a igreja simbolicamente ao Pr. Adilson Santos, coordenador estratégico do setor de Mobilização de Missões Mundiais. Juntamente com um time de missionários, durante um fim de semana inteiro, Adílson levou aos irmãos daquela igreja e seus visitantes informações e atualidades de campos das Américas, África, Europa e Ásia. Com muito amor e organização, a igreja participou do evento com a apresentação do seu coral, que cantou a música da Campanha 2014 da JMM, “Rei das Nações”, e também do teatro, que mostrou o drama da Igreja Perseguida. Sempre de olhos e ouvidos bem atentos, os irmãos acompanharam as mensagens e testemunhos missionários. Um judeu contou como se converteu ao cristianismo aos 17 anos e hoje tem anunciado Cristo através do esporte no Oriente Médio. O esporte é para ele um cartão de visitas para criar relacionamentos de confiança e alcançar vidas que ainda não creem que o Messias esteve entre nós, morreu e ressuscitou por amor a todos os povos. Ele pastoreia uma congregação onde seis anos antes de ele chegar ninguém se convertia a Cristo. Mas nos quatro anos em que ele está por lá, seis pessoas já tomaram sua decisão por viver o amor de Deus.
Um número que para os padrões brasileiros pode parecer insignificante, mas que para a realidade local é uma grande conquista. Outro missionário que mobilizou a igreja foi Cheng Zhong, um tricampeão brasileiro de taekwendo. Ele impressionou a todos ao falar sobre o país na Ásia para onde seguirá em breve. Naquela nação, considerada a mais fechada ao evangelho no mundo, cristãos são condenados a duras sessões de torturas ou ao fuzilamento. Por isso, Cheng Zhong usa pseudônimo. Ele pretende continuar usando em seu ministério o projeto com balões de plástico impressos com o evangelho de Marcos e que, dentro, além de gás hélio, trazem uma miniatura do Novo Testamento. Por lá, a prática de comunicação por meio de mensagens enviadas através de balões é comum. É assim que a maioria dos refugiados se comunica com seus familiares que não conseguiram deixar o país, continuando numa realidade de extrema pobreza e constantes ameaças de morte. O missionário lembrou que muitos podem se perguntar por que ajudar pessoas na Ásia, se aqui no Brasil também há fome. Segundo ele, a diferença é que aqui nós temos fácil acesso aos famintos e necessitados. Ninguém é proibido de ajudar alguém no Brasil. Por lá, quem for pego levando ajuda pode ser morto. Por conta da fome, há vários casos de canibalismo e açougues chegam a vender carne humana. Normalmente essas carnes são de corpos de defuntos que tentaram deixar o país por um rio. por marcia pinheiRO
Testemunho de árabe leva judia a Cristo Parceiro de Missões Mundiais, Abdala, um exmuçulmano que tem impactado o Brasil com seu testemunho, também falou à Igreja Boas Novas. Ele contou como escapou várias vezes da morte e acabou tendo um encontro verdadeiro com Cristo. Recentemente, durante mensagem na Igreja Batista Central de Paulínia /SP, a palavra deste árabe tocou o coração de uma judia. Patrícia, dona de 16 faculdades e que estava na igreja apenas para
fins empresariais, acabou ouvindo a mensagem, não resistiu ao chamado de Deus através do testemunho de Abdala e entregou sua vida ao Senhor. Em meio a lágrimas, aquela judia disse que agora o seu coração é de Jesus. Foi então que a igreja assistiu a um verdadeiro milagre: um árabe e uma judia, povos historicamente inimigos, se abraçaram. Tudo por amor a Cristo.
23
ATUALIDADES PERFIL MISSIONÁRIO MOBILIZADOR
Fábio Daniel: em campo no Espírito Santo Pr. Fábio Daniel missionário mobilizador entre as igrejas capixabas
Na JMM ele chegou em 2005 a convite do saudoso Pr. Waldemiro Tymchak
24
“A
s igrejas do Espírito Santo amam missões e se envolvem por completo com a obra missionária, enviando recursos, fazendo parte da intercessão e principalmente enviando vocacionados aos campos missionários”. Assim o Pr. Fábio Daniel define a região onde ele atua como missionário mobilizador. Para ele, é um privilégio mobilizar igrejas dos 78 municípios do Espírito Santo, que é o terceiro Estado com o maior número de envio de ofertas para a obra missionária transcultural promovida por Missões Mundiais. O pastor já pregou em mais de 300 igrejas, numa verdadeira empreitada de mobilização. Fábio Daniel tem prazer em fazer o nome de Cristo chegar aos quatro cantos da Terra através da mobilização do Estado do Espírito Santo. Entre as grandes experiências pelas quais passou, ele destaca a oportunidade de conhecer o pastor da PIB de Bagdá, que, segundo ele, muito abençoou as igrejas do Espírito Santo com sua visita. Como pastor, Fábio Daniel sempre lembra com coração grato a Deus a oportunidade que teve de iniciar a Congregação Batista em Iriri com apenas sete membros, num lugar de muita idolatria e perseguição, e em menos de três
anos vê-la se transformar em uma igreja missionária com mais de 50 pessoas. Ele sabe que uma igreja comprometida com Missões é uma igreja com potencial para crescer e avançar até os povos não alcançados. Antes de ser mobilizador, Fábio Daniel era presidente de Associação no sul do Espírito Santo. Sua casa era a base de passagem de missionários das agências da Convenção Batista Brasileira. Ela já pastoreou a IB em Iriri e a IB em Ubu. Hoje ele é pastor interino da IB em Tabuazeiro, em Vitória. Na JMM ele chegou em 2005 a convite do saudoso Pr. Waldemiro Tymchak. Sua esposa Pricila tem sido sua grande ajudadora desde que ele assumiu este ministério. Formada em Música Sacra, Pricila ajuda Fábio Daniel com os programas de Missões e a programação do congresso Conexão Missionária. Ganhar o mundo para a glória de Deus. É para isso que Fábio Daniel dedica sua vida e ministério mostrando às igrejas do Espírito Santo a importância de ser um missionário através da oferta, da oração, da mobilização e da presença física no campo.
por marcia pinheiro
ATUALIDADES MUDANDO O MUNDO
Caravanas para Portugal, Espanha e Cabo Verde
O
Voluntário Sem Fronteiras está organizando caravanas para Portugal, Espanha e Cabo Verde no segundo semestre deste ano. Se você quer embarcar nessa ideia e entrar em campo com Cristo pelas nações, esta é a sua chance. Além de conhecer a realidade vivida por nossos missionários, você poderá servir com sua vocação e fazer a diferença na vida de alguém.
“Sirva com seus dons e talentos além das fronteiras do Brasil. Quando você coloca sua vida nas mãos de Deus, você pode fazer a diferença. Temos diversas caravanas para este ano. Você e sua igreja podem organizar seu próprio grupo também”, diz o coordenador dos Voluntários Sem Fronteiras, Cláudio Elivan. por Willy Rangel
Seja um voluntário de Missões Mundiais DATA
CAMPO
PERFIL NECESSÁRIO
Agosto
Ásia
Área de beleza (cabeleireiros, maquiadores, esteticistas, manicures, massagistas), fisioterapeutas, dentistas, fotógrafos, consultores de imagem, intercessores, cozinheiras, psicólogas e/ou terapeutas
Setembro
Cuba
Pastores
22/09 a 11/10
Portugal e Espanha
Evangelismo, ministério infantil, esportes, artes (música, teatro, dança, etc.), área de beleza (manicures, cabeleireiras, etc.), psicologia (atendimentos), intercessores, logística
Outubro
Haiti
Evangelismo, atividades sociomissionárias
15 a 30/10
Cabo Verde
Evangelismo, ministério infantil, esportes, artes, visitas, capacitação de líderes, intercessores e artesanato com produtos recicláveis. Caravana ideal para seminaristas
20/10 a 01/11
Peru
Pedreiros, eletricistas, construtores em geral
Novembro
Oriente Médio
Pastores
Voluntária volta agradecida do Haiti “Sem palavras para agradecer o cuidado de Deus na missão ao Haiti. Para muitos pode ter parecido sacrifício, mas para mim foi um grande privilégio. Agradeço o amor de cada um que esteve comigo no Haiti através de suas orações e colaborações. Foram muitos amigos, familiares e amigos de amigos que contribuíram de alguma forma para que eu cumprisse minha missão no Haiti. Foram momentos inesquecíveis proporcionados pela Junta de Missões Mundiais. Sou grata também aos haitianos que nos receberam tão bem e com tanta alegria.
Mas principalmente sou grata a Jesus, que nos amou primeiro e fez imensamente muito mais por todos nós. Foi incrível sentir o Espírito Santo me ajudando em todos os momentos.” Lílea Marianne Albuquerque Silva, dentista, membro da Igreja Evangélica Batista de Casa Amarela, Recife/PE, e participante da caravana Tour of Hope Haiti, em janeiro de 2014.
Confira a agenda, escreva para voluntarios@jmm.org.br e participe. Seja um voluntário de Missões Mundiais. 25
ATUALIDADES MUDANDO O MUNDO
Vocação pra vida inteira “Quem uma vez se envolve com Missões jamais consegue se desligar”
Q
uando um vocacionado para Missões poderia dizer que “completou a carreira”? Muitos não têm uma resposta para esta questão. Para eles, vocação é para a vida inteira. São pessoas que, com o passar dos anos, servem ao Reino se adaptando ao lugar, condições físicas, cultura... Mas nunca deixam de testemunhar com suas vidas o plano que Deus tem para a humanidade. Elas estão sempre em campo. Jamais “penduram as chuteiras”. Com um culto realizado no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil no dia 18 de março, Missões Mundiais prestou homenagem a uma dessas pessoas que, independente de quaisquer condições, permanece em campo com Cristo pelas nações: o Pr. Lauro Mandira. Ao lado da esposa, a irmã Thereza Mandira, o Pr. Lauro foi missionário na África do Sul nos períodos de 1987 a 1989 e 1999 a 2004. Em 2004, ele começou a trabalhar na sede da JMM, no Rio de Janeiro, assumindo a Gerência de Missões no dia 1º de setembro, logo depois também coordenando nossos missionários na África e na Europa, em momentos distintos. Este ano o Pr. Lauro assumiu um novo desafio. Ele está à frente da Segunda Igreja Batista na cidade de Jacupiranga, em São Paulo, e seu primeiro ato como pastor foi despertar a igreja para uma nova visão missionária. “No mês de março começamos a campanha missionária com todo vigor, trazendo muitas informações do campo. Desafiamos a igreja a triplicar o seu alvo e estamos trabalhando para que no final da Campanha 2014 tenhamos mais um missionário da JMM adotado. Thereza e eu estamos felizes porque nos sentimos missionários à frente de uma igreja que também começou a amar missões. Esse despertar missionário
26
está se refletindo em outras áreas da igreja e já começamos a perceber seu crescimento”, disse o pastor. Para ele, quem uma vez se envolve com Missões jamais consegue se desligar. Assim também pensa o casal Horácio e Ana Maria Wanderley, que esteve no campo missionário por 41 anos, sempre pela JMM, e hoje coopera para o Reino como membros na Igreja Batista de La Luz, em Málaga, na Espanha e na capelania evangélica em um hospital naquela região. Outro exemplo de que Deus renova as forças daqueles que dedicam seus dons e talentos para sinalizar o Reino é o Pr. Geraldo Rangel. Após 30 anos anunciado Cristo no Uruguai ao lado da esposa, a irmã Elvira, e mais oito anos como missionário mobilizador da JMM em Minas Gerais, ele continua servindo ao Senhor de Missões. O Pr. Geraldo Rangel atualmente é professor de EBD, dirige um grupo de oração e também é relator da Comissão de Patrimônio da Igreja Batista Memorial de Belo Horizonte/MG. A irmã Elvira realiza uma grande obra como executiva da UFMMG – União Feminina Missionária de Minas Gerais. Em abril, o casal viajou para uma conferência missionária em Ernesto Machado, uma vila ao norte do Estado do Rio de Janeiro, onde o Pr. Geraldo nasceu. Foram 1.046 km dirigindo seu Escort 1998. “Continuamos em campo com Cristo pelas nações. Nessa seleção, todos são convocados e não existe banco de reservas. Somos gratos ao Senhor, que renova nossas forças, para servi-lo com alegria”, comenta o Pr. Geraldo Rangel. Assim Deus tem feito na vida destes e de muitos homens e mulheres comprometidos com o chamado do Pai. por Marcia Pinheiro
ATUALIDADES MUDANDO O MUNDO
Jovens para a América Latina “O que para alguns parecia que seria um sacrifício, acabou virando um prazer”
D
esde abril, a nona turma do Radical LatinoAmericano está em campo. Até o mês de outubro, os 26 jovens que integram a equipe, incluindo cinco brasileiras, servirão a Deus com seus dons e talentos em países como Nicarágua, Honduras, Panamá, Colômbia, Paraguai e Uruguai. Em fevereiro, no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, quatro desses jovens separaram um tempo do seu intervalo de treinamento para receber a reportagem de A Colheita. Maria Jose Valdiviezo Contreras (Equador), Andrés Ezequiel Torres (Honduras), Uêine de Carvalho Farias (Brasil) e Hector Martin Navarro (Argentina) falaram de chamado e expectativas para impactar vidas com tudo o que têm e são. Culturas e países diferentes, mas duas coisas em comum unem esses jovens: o chamado através do contato com Radicais e a disposição a serviço do Reino de Deus. Maria Jose, 25 anos, conheceu o projeto quando cinco jovens da oitava turma do Radical Latino estiveram em sua igreja, a Iglesia Bautista de Guaiacanes. Na época, ela os ajudou com aulas de culinária oferecidas à comunidade. “Aquilo me inspirou, me chamou a atenção. Então, decidi me inscrever no projeto”, conta Maria Jose. De Imperatriz/MA, Uêine confessa que chegou a pensar em participar do Radical África, mas acabou optando pelo Latino-Americano por ser um projeto de curta duração, com apenas 10 meses. Ela se inscreveu logo após terminar a faculdade de enfermagem. “Quando eu estava fazendo o pré-vestibular, percebi que esta profissão poderia ser muito útil no
campo missionário”, diz Uêine, membro da Segunda Igreja Batista de Imperatriz. Uêine pretende usar sua profissão no campo, assim como Andrés Ezequiel, que é engenheiro civil. “Quero que Deus me mostre como usar minha profissão no campo. Estou disponível”, diz ele. Já o “hermano” Hector é músico e quer servir as pessoas no campo missionário com a música, dedicada a Deus. O que para alguns parecia que seria um sacrifício, acabou virando um prazer. Maria comenta a intimidade que puderam ter com Deus desde o treinamento. Para eles é algo muito prazeroso. “Gosto muito de todos os dias ter a oportunidade de orar, estudar, ler a Bíblia... Quero me aprofundar mais e mais a cada dia neste projeto”, revela a equatoriana. Para Uêine foi um privilégio ter sido escolhida por Deus para participar do Radical Latino-Americano. “Uma semana antes de vir para o Radical eu encarava isso como um sacrifício. No entanto, quando cheguei ao seminário, em apenas dois dias, percebi que não se trata de um sacrifício, mas de um privilégio. É um trabalho encantador, principalmente pelo fato de conhecermos pessoas que têm o mesmo chamado”, conta a maranhense. por marcia pinheiro
Você também pode fazer parte de um dos projetos do Programa Radical. Para mais informações e inscrições, escreva para: radical@jmm.org.br. 27
ATUALIDADES MUDANDO O MUNDO
O PEPE em campo por terezinha candieiro
A
grande maioria das crianças beneficiadas pelo PEPE nas igrejas locais são crianças em situação de vulnerabilidade social. Muitas delas já vivenciaram algum tipo de violência em suas famílias. Em uma das unidades do PEPE Paraguai conhecemos a história de César. César é um menino esperto e muito inteligente. Ele chegava sempre mal cheiroso e com roupas sujas no PEPE. No frio, ele não aparecia, pois não tinha com que se agasalhar. Sua grande preocupação era: - Quando vamos merendar? Num domingo, ele chegou atrasado ao culto e disse à missionária: - Tia quase que eu não vinha hoje... É que meu pai chegou bêbado ontem à noite. Ele tinha uma faca grande e dizia que ia nos matar. Mas eu pedi a Jesus para fazer meu pai ficar bonzinho e ele dormiu, e não fez nenhum mal pra gente.
Ali mesmo a missionária orou com César, pedindo a Deus que o protegesse e que transformasse a vida do seu pai. Deus atuou nesta família e dia a dia tem transformado suas vidas. A violência é um fenômeno mundial. Segundo o Unicef, as agressões no ambiente doméstico são a principal causa de mortes de crianças e adolescentes no mundo, os quais são traficados e explorados sexualmente aos milhões, especialmente em épocas de grandes eventos. O Brasil está prestes a entrar em campo pela Copa do Mundo. As igrejas, como parte da sociedade civil, as famílias e os responsáveis pelas crianças e adolescentes precisam estar alertas.
– terezinha candieiro COORDENADORA DO PEPE INTERNACIONAL
Em casos de situações de violência, disque 100, procure as delegacias, Conselho Tutelar e/ou Ministério Público Estadual. Além disso, tenha uma ação educativa para a prevenção de violência às crianças. Compartilhe com elas o seguinte: 1. Abraços
4. Perigo!
Abraços e beijos podem ser legais. Mesmo quando eles fizerem você se sentir bem, nunca devem ser guardados em segredo. Conte aos seus pais!
Nunca aceite doces ou dinheiro de estranhos, nem vá a qualquer lugar com eles.
2. Corpo Seu corpo pertence a você e a ninguém mais. Ninguém tem o direito de lhe machucar nem de lhe tocar de forma que não pareça certo. 3. Fuja! Se alguém mais velho que você tentar lhe tocar, levá-lo(a) a algum lugar ou lhe maltratar, FUJA para perto de outras pessoas ou entre em um lugar público, como uma loja, por exemplo.
5. Grite! Se alguém tentar lhe machucar ou lhe fizer ficar com medo, grite “NÃO” ou “SOCORRO”, o mais alto que você puder. 6. Conte Conte a um adulto em quem você confia se alguém o amedrontar ou o fizer sentir-se inseguro. Nunca será culpa sua se uma pessoa mais velha fizer isto com você.
Se deseja mais informações sobre a proteção de crianças nas igrejas, visite o site da CBB, www.batistas.com, - Ação Social - Política de Proteção Infantil e conheça o manual do PEPE: “Orientações e Práticas para a proteção das crianças nas igrejas”. 28
ATUALIDADES MUDANDO O MUNDO
Os dois lados da oração Deus escuta nossas orações, e por isso ele nos atende dando conforto, alívio e amparo a nossos missionários espalhados pelas Américas, África, Europa e Ásia. Conversar com o Pai nos possibilita ver os resultados de oração na nossa vida e na do próximo. Assim é com as nossas orações pelos missionários. E são eles que compartilham o que você, parceiro da obra missionária transcultural, pediu e foi concedido pelo Senhor.
MISSIONÁRIA: Adriana Noeme CAMPO: Bósnia-Herzegovina Conheço uma família muito querida, e eles têm um filho, Júlio César, que é especial, e os pais dizem que diariamente ele ora por mim. Quando estava na Albânia, ele orava pelas minhas viagens semanais, pelo casal de missionários da terra e pelo nosso ministério.
INTERCESSOR: Antonio Carlos Merkler DE ONDE: São Paulo/SP Ser colaborador e intercessor, além de ser um privilégio, é um chamado. E a recompensa é sempre maior ou melhor do que o que damos. Tudo começou com meu filho especial, Julio Cesar. Querida missionária Adriana Noeme, nós amamos você em Cristo.
Com certeza Deus ouviu e ouve suas orações.
MISSIONÁRIO: José Roberto Santos CAMPO: Guiné-Bissau O PIM tem sido uma bênção para nossa família missionária, pois recebemos muito retorno em orações. Em fevereiro, quando celebramos batismos, foi uma grande alegria saber que os irmãos no Brasil e outras partes do mundo nos acompanharam em oração. Isso nos encoraja a trabalhar com mais ousadia, pois não estamos sós. Muitos irmãos “entraram em campo com a gente”.
MISSIONÁRIA: Marlene Tiede CAMPO: Chile Louvo a Deus pela igreja que estamos fundando em Santiago. Antes de dar início a essa obra, eu disse ao Senhor: “Não posso fundar esta igreja se não estiveres comigo, Deus”. E tenho sentido e visto sua presença e manifestação. Caminhamos para um dia sermos organizados como igreja. Certamente isso não seria possível sem as orações de nossos amados irmãos no Brasil. Obrigada por contar com você, igreja do Deus vivo no Brasil!
INTERCESSOR: Jorci Nogueira DE ONDE: Rio de Janeiro/RJ Agora faço parte do rol de mantenedores do ministério em Guiné-Bissau com uma oferta mensal. Tenho o coração alegre e grato por poder participar, além das orações, da expansão do Reino através do ministério da família missionária.
INTERCESSOR: Juan Alberto Viveros Rodríguez DE ONDE: Chile Contar com a missionária Marlene Tiede como líder de nossa missão é uma bênção. Podemos ver através de sua vida e preocupação que foi Deus que a trouxe para nos liderar. É uma grande líder, uma mulher de Deus, uma grande amiga, e, sobretudo, uma grande conselheira e modelo na hora de buscar um bom conselho e pedir orientação de Deus para nossas vidas. por Willy Rangel 29
ATUALIDADES MUDANDO O MUNDO
Precisa-se de profissionais do esporte “A JMM tem enviado profissionais a vários locais do mundo para viver Cristo através do esporte”
M
issões Mundiais precisa de reforços para o time de profissionais do esporte dispostos a entrar em campo com Cristo, pelas nações. O esporte abre portas para que missionários entrem principalmente em países considerados avessos ao evangelho. Para que o trabalho missionário transcultural continue avançando, Missões Mundiais está à procura de profissionais da área esportiva para levar a povos não alcançados uma nova realidade de vida, a do evangelho. A necessidade desses profissionais se dá em todas as regiões, mas é na Ásia onde a falta deles é mais sentida. “Precisamos de pelo menos dez treinadores de futebol para entrarmos nos campos da Ásia onde ainda há um número significativo de pessoas que não tiveram contato com as boas novas de Cristo”, diz Anand Jones, orientador estratégico-pastoral da JMM e missionário no Sul da Ásia. O futebol é um fenômeno mundial capaz de agrupar pessoas das mais variadas classes sociais, não importa se dentro de um estádio ou em frente a uma televisão.
“O esporte é uma poderosa ferramenta que Deus colocou nos pés e nas mãos do Brasil”, ressalta Jones. “Ele é eficaz porque produz visibilidade nos meios de comunicação, estimula a socialização, transmite valores e fala uma linguagem que adolescentes e jovens entendem”, acrescenta.
O PEM Desde a criação do Programa Esportivo Missionário (PEM), em 1997, a JMM tem enviado profissionais a vários locais do mundo para viver Cristo através do esporte. Hoje, já são dezenas de treinadores e professores em países restritos do Norte da África, Oriente Médio, Sul e Sudeste da Ásia, além de África do Sul e Chile. “Nesses lugares, alcançamos crianças, jovens e adultos através de escolas de futebol e artes marciais, eventos recreativos, escolas esportivas de férias, acampamentos e clínicas esportivas”, explica o Pr. Marcos Grava, coordenador do PEM.
OPORTUNIDADES PARA PROFISSIONAIS SE VOCÊ É VOCACIONADO PARA MISSÕES MUNDIAIS E TAMBÉM PARA O ESPORTE, COMO PROFISSIONAL DESTA ÁREA (PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA, TREINADOR, ATLETA…), CONSIDERE-SE CONVOCADO PARA A SELEÇÃO DA JMM. ESCREVA PARA CRH@JMM.ORG.BR E VENHA PARA O NOSSO TIME! 30
por Willy Rangel
ATUALIDADES MUDANDO O MUNDO
Empresa que investe em Missões
N
ão são apenas pessoas e igrejas que investem recursos para que o amor de Deus seja compartilhado por todo o mundo. Muitas empresas têm destinado parte de seus lucros para Missões Mundiais. Embora as ofertas das pessoas físicas e igrejas sejam a maioria das receitas do Programa de Adoção Missionária (PAM), empresas de várias áreas de atuação têm participado do cumprimento da Missão. Este é o caso da Sun Produtos Químicos, em Uberlândia/MG. A empresa, fabricante de produtos químicos para manutenção industrial, contribui com Missões Mundiais há mais de dez anos. Para o diretor proprietário da empresa, Raimundo Domingos Filho, ofertar através do próprio negócio é uma oportunidade de participar da Missão. “Devemos sempre aproveitar a oportunidade que Deus nos dá de contribuir para a obra”, diz Domingos. “Contribuir ajuda a manter e confirmar nossa fé e testemunho”, acrescenta.
A empresa contribui ainda, com o sustento de missionários da Junta de Missões Mundiais da Convenção Batista Brasileira.
Segundo Domingos, que é membro da Igreja Batista Filadélfia, também em Uberlândia, há funcionários que ofertam com Missões Mundiais. por Willy Rangel
Invista em Missões Se você é empresário ou um profissional liberal, também tem a oportunidade de contribuir com Missões Mundiais através do seu negócio ou firma. Quando sua empresa se torna uma parceira da JMM, ela pode ter a certeza de que os recursos doados são aplicados no sustento e apoio aos projetos desenvolvidos por nossos missionários em cerca de 80 países nas Américas, África, Europa e Ásia. Seja um parceiro de Missões Mundiais também com seu negócio. Entre em contato e entre em campo com sua empresa pelas nações!
Entre em contato com a CENTRAL DE ATENDIMENTO pelos telefones 2122-1901 / 2730-6800 (cidades com DDD 21) ou 0800-709-1900 (demais localidades).
pam@jmm.org.br 31
enfim
A obra missionária precisa de seus dons e talentos “A maior parte dos países onde atuamos não recebe missionários pastores, mas está pronta a receber profissionais que possam contribuir com o desenvolvimento social de sua população”
32
N
esta edição você pôde ler matérias que mostram como pessoas de diferentes ocupações fazem missões. São pessoas que atuam com sua vocação profissional e contribuem para a expansão da mensagem do evangelho. São médicos, dentistas, enfermeiros, engenheiros, músicos, esportistas, professores e outros profissionais que têm sido usados por Deus para testemunhar às nações. Pessoas com uma contribuição social que lhes dá a oportunidade de falar do amor de Cristo e de demonstrá-lo através do exercício de sua profissão. A maior parte dos países onde atuamos não recebe missionários pastores, mas está pronta a receber profissionais que possam contribuir com o desenvolvimento social de sua população. Isto nos faz pensar que ainda falta muito para termos o número adequado de profissionais atuando no campo missionário. Você leu que temos uma necessidade específica de profissionais ligados à área comercial. Pessoas que trabalham com negócios têm as melhores oportunidades para servir no campo missionário transcultural, notadamente nas áreas mais difíceis para o envio de missionários. Precisamos de empresários que queiram expandir seus negócios e assim levar o evangelho. Sim, quando uma empresa dirigida por pessoas cristãs é administrada com os valores cristãos, a mensagem é claramente compreendida por aqueles que nela trabalham e com ela negociam. A maioria dos países está aberta para a chegada de empresas que ofereçam oportunidades de emprego para sua população.
Mas não são só os que podem emigrar que podem usar sua profissão para fazer missões. Você pode servir com sua profissão de diversas formas. Uma delas é participando de caravanas missionárias (veja página 25). Uma ida ao campo pode resultar em frutos eternos, além de viabilizar o trabalho de uma equipe missionária local. Quem vai ao campo volta com outro ardor missionário e com maior compromisso. A gama de oportunidades de entrar em campo em uma caravana missionária é enorme. Outra possibilidade é a de servir como voluntário individual em seu período de férias. Outra forma de entrar em campo com sua profissão é usá-la aqui no Brasil para promover o crescimento da obra missionária no mundo. Você pode mobilizar para missões. Fiquei impressionado com uma amiga minha cuja família adotou quatro missionários nossos e, por isso, recebeu quatro exemplares de “A Colheita”. Ela decidiu levá-las para a empresa em que trabalha. Resultado: pessoas não crentes estão adotando nossos projetos! Uma outra pessoa colocou um exemplar da revista na sala de espera de seu consultório. Sua profissão é uma dádiva de Deus para que o mundo o conheça. Entre em campo com Cristo pelas nações.
Pr. João Marcos Barreto Soares Diretor Executivo de Missões Mundiais
AColheita57_capA.indd 3
17/04/2014 17:20:29
AColheita57_capA.indd 4
17/04/2014 17:20:30