O que pode um conto Jorge Ponce
Era uma vez um homem que vivia numa aldeia distante e tinha trĂŞs filhos..
O filho mais velho era forte e ajudava o pai nas colheitas.
O filho do meio era o mais inteligente e ajudava o pai nos negĂłcios.
O filho mais novo nĂŁo era forte nem inteligente, era lingrinhas e, por isso, nĂŁo ajudava o pai. Era um pouco tonto e apatetado. Chamava-se Udreva.
Certo dia, a filha mais nova da viúva rica da aldeia vizinha foi raptada por um dragão. A viúva pediu ajuda ao pai dos três filhos.
O pai decidiu enviar o filho mais velho. Montado no seu cavalo, ele partiu para resgatar a filha da viúva rica da aldeia vizinha. Passou uma semana…passaram duas, três semanas e não havia notícias. Então o pai mandou o filho do meio. Ele montou no seu cavalo, despediu-se do pai e lá foi. Mas mais uma vez, passou muito tempo e não houve notícias.
O pai nรฃo teve outra hipรณtese e enviou o filho mais novo.
O filho mais novo saiu de casa a pĂŠ e caminhou muito atĂŠ chegar junto de um rio. A ponte estava destruĂda.
Sem força nem inteligência, ele não foi capaz de a reconstruir, por isso, sentou-se à
espera que alguém o viesse ajudar.
Apareceu um bando de malfeitores para o assaltar. Udreva nĂŁo tinha nada de valor, por isso, deram-lhe uma grande tareia.
Passava por ali uma raposa que, ao vĂŞ-lo, sentiu pena dele e ajudou-o.
Ela lambeu-lhe as feridas, uma a uma, e Udreva adormeceu.
Quando acordou, sentiu-se diferente: cheio de força e de inteligência. As suas feridas estavam curadas.
Udreva seguiu o seu caminho e encontrou um senhor simpático. Contou-lhe a sua história e o senhor ajudou-o porque sabia muito sobre dragões.
O senhor simpĂĄtico disse-lhe para apanhar cento e oito pedrinhas verdes e triturĂĄ-las.
Udreva assim fez e dirigiu-se Ă gruta do dragĂŁo.
Na boca da gruta, Udreva espalhou o pรณ verde e escondeu-se.
O dragĂŁo saiu da caverna e cheirou o pĂł verde. Logo de seguida, espirrou cento e oito vezes e, das suas narinas, saiu muito ranho.
Udreva pôs o ranho num alguidar e esfregou-o nos corpos dos dois irmãos e da filha da viúva rica da aldeia vizinha. Eles estavam transformados em estátuas e, lentamente, foram
recuperando o seu estado normal.
E assim Udreva salvou os seus irmĂŁos e voltaram todos para casa.
Assim que olharam um para o outro, Udreva e a filha da viĂşva rica da aldeia vizinha apaixonaram-se.
A mĂŁe da rapariga decidiu fazer um belo casamento com um grande banquete. Foi um dia muito feliz!
Udreva e a filha da viĂşva rica da aldeia vizinha viveram felizes, durante toda a sua vida.
O que pode um conto
Trabalho colaborativo Biblioteca Escolar EB Ventosa/V3A