DOSSIER Hello, my name is
PATIENT ZERO
Full of ideas.
Full of shit.
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Introdução
Manto de invisibilidade
3 Artigo de opinião
A era dos superlativos Ambivalências
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Cliché espremido
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De.pres.sion
An.xie.ty
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Script Temático
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Pesquisa visual Conotações
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Spreads
Reader provisório {15-18}
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Sketchbook Apontamentos
Patient Zero
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43 Trocadilho
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Ground Zero Shame on you
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Reader Final Spreads
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Mente Mente
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An.other
Manto de invisibilidade. Capas de significados definidos pelo nosso próprio olhar. INTRO
A obsessão da análise de tudo, a percepção da palavra, a sensibilidade da imagem, as funções e os contentores de signos e significados. Cada ser humano compreende e cria uma relação de empatia com as layers consoante as suas próprias experiências. Consoante o caso da vizinha, do padrinho, do talhante lá da rua, da cabeleireira, etc. Cada um tem a sua própria maneira de ser e de ver. Este reader foi pensado em forma de zine, uma auto-publicação, com um carater autoral sobre um assunto deveras importante, mas deliberadamente tratado de uma forma a que tenha um caráter mais lúdico. O mote é informar de uma maneira informal e não linear que este tema (taboo), não tem necessáriamente de o ser. Existem diversas formas de educar o leitor mas analisando criteriosamente algumas opções de como seria esta publicação, a mais eficaz e a mais desafiante, criar uma união entre poesia visual e algum humor.
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Artigo de opinião. Descentralizar o futuro, a cultura do vazio. Descentralizar o ego ou colocar num lugar de destaque? Compreender quem somos ou discursar sem saber? A contradição dos termos, ou o paralelismo do saber. A ignorância do significado ou ir para além dos sentidos ? O culto do feio, o cânone da beleza, ou o equilibrio do Bom design com as boas maneiras. O curto entendimento e as rédeas soltas de ser bom designer, e ter sanidade mental. Entendimento de onde começa o processo e onde acaba a metodologia de trabalho. A importância do vazio, do branco, no panorama negro que se avizinha. O branco significa margem para esperança, luz ao fundo do túnel, significa uma sensação de vazio e parte para um tema ambíguo. Sociedade vazia, sem valores culturais, sem valores morais? Vazio do nada, vazio como tudo. Cheio de tudo. Cheios de peito, cheios do cunho de tudo, a globalização do esconde-esconde, um guia prático do faz-tudo (Handyman). Cultura do medo do apogeu da decoração, depois de William Morris. A cultura do vazio, depois da cultura da saturação. Onde acaba o cheio e começa o vazio?
A era dos superlativos. Compara, confronta, relaciona. Brainstorm. Os -inhos e -ismos surrealismo desconstrução quebra de protocolo contra-código Psicologia Sociologia Filosofia.
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Key-words
A era dos superlativos, aqueles que nos fazem comparar. Hoje em dia, gera-se votações online em sites de números aleatórios para se consagrar um vencedor, o dito cujo “o melhor”, por sua vez também “o pior” vem á baila. Estamos numa era em que apenas somos conhecidos pelo que há de melhor e o que há de pior, parece que o equilíbrio è algo platónico e a mediocridade instalou-se nos programas de tv, na procura de programas sensasionalistas, de notícias vertiginosamente más e instala-se o pânico na sociedade. Uma época onde a sobre-informação e os clickbaits são a ordem do dia, a geração das redundâncias, os grupos de chat “best ever”, um culto de promessas “para sempre” que passa para um “nunca mais”. Sociedade Swipe left, swipe up, like and share.
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Ambivalências. Entretenimento unifica conteúdos. Todos os conteúdos foram feitos com um propósito para um público abrangente com ideais e pensamentos diversos em que o único objectivo é o entretenimento, ou o acto de entreter, sem descurar informar sobre um problema. A ideia principal é ter um caráter lúdico, mas também informar de uma maneira informal e não linear que este tema é, um tema taboo, e não existem motivos para isso, visto que é algo recorrente na nossa sociedade e cada vez mais existem motivos para desmistificar os preconceitos contra as pessoas que sofrem com esta doença/condição. Digo condição porque existe uma ambivalência e um paradoxo em que a condição é uma condição por si só, por si mesmo. A pessoa detêm um estado que deve ser tratado e analisado de forma a conseguir ultrapassar de forma criteriosa linhas de pensamento diferentes e um manuseio diferente por parte de outros métodos que não apenas com medicação ou algo que seja via oral. Recorrer ao humor e a sátira para abordar este assunto pareceu-me a mais adequada crítica a sociedade e também a forma mais desafiante para descrever o que uma pessoa com depressão e ansiedade sofrem e quais os cliches que devem ser ultrapassados em sociedade.
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Cliché espremido. Off the record. A ideia que nos fazem acreditar, que nos querem impor de que uma pessoa que sofre de depressão, não tem na realidade uma doença. Dizem que é uma farsa, que existe um remédio caseiro com ervas e aloe vera segundo a tia ‘Júlia’. Segundo o Padrinho apenas temos de dar umas corridas á volta do pavilhão Gimnodesportivo que ficamos como “o aço”. Roger that. Somos actores de uma melancolia inexplicável, mas temos de mostrar sempre presente a nossa faceta feliz perante a sociedade, pois é isso que esperam de nós. Que sejamos umas marionetas da tristeza, em que só quando estamos no canto do quarto com a persiana fechada e a luz apagada é que temos o direito de nos expressar e baixar a guarda. Roubamos ali umas laranjas ao Pomar do ‘Sr. Gerevásio’ e fica tudo bem. Se for clementinas, já não faz efeito? Damn. Há quem diga que o chocolate também faz milagres, liberta-te desse stress todo que tens acumulado.” Come dois quadradinhos por dia e um copo de água morna e pronto. O.K. Somos alvo de críticas constantes mas a nossa maior inimiga é a insegurança e a dúvida constante, se somos capazes ou se no dia seguinte vamos ter uma crise de pânico que nos faz repensar os objetivos de vida.
De.pres.sion Autoestima da definição É um estado mental e deve ser entendido com algum zelo e compreensão de modo a que não haja más interpretações por parte do leitor e achar que isto é uma satírização de um preconceito e de uma condição. A ideia é desmistificar os clichés que uma pessoa têm de ouvir todos os dias por parte de um público que não é educado e por isso não consegue rejuvenescer um entendimento melhor sobre a situação. É uma espécie de Fénix a renascer das cinzas. Todo o ambiente é pessimista, todos os cenários negros, toda a envolvência nos parece de uma forma minimalista e redutora alvo de uma perseguição. A melhor definição de Depressão é considerar uma prevalência cientifica, que define como sendo um transtorno mental, causado por uma forte e complexa interação entre fatores orgânicos, psicológicos, ambientais e espirituais, caracterizados por uma angústia constante, uma tristeza assoberbante pela perda de interesse, prazer e energia diante a vida. Uma redução drástica de humor que afeta não só o individuo, mas a sociedade também. É uma doença que não liga a faixas etárias, nem condições económicas, mobiliza todas as suas tropas a conduzir um estado deplorável. As definições são muito vagas e abrangentes, mas dão uma margem de segurança para que o outro entenda.
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An.xie.ty Fobia do excesso. As definições não fazem jus ao que significa ter ansiedade. Numa frase, ansiedade é ter no pensamento excesso de passado, excesso de presente e excesso de pensamentos sobre o futuro. Os planos para daqui a 5 anos estão na ordem do dia, o que causa um desconforto porque o trabalho que temos de entregar daqui a 5 dias começa a criar ansiedade nas veias. As dores de cabeça agudizantes, o estado trémulo da voz e dos membros paralizam o nosso pensamento. A ideia de estar atordoado e com vomitos cria um estado de apreensão e de angústia constante, mas o nosso pensamento tem de contrariar o organismo de forma a dizer que está tudo bem. Existem vários triggers, como o stress, os deadlines, as noites passadas em branco, a falta de apetite, as manifestações psicológicas são semelhantes a um estado depressivo.
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Spot on!
Script Temático Auto-publicação
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O tema abordado fala sobre a Ansiedade e a Depressão, mais especificamente os Clichés sobre essas duas temáticas. A interpretação do tema denuncia as barbaridades que alguém fragilizado com estes transtornos tem de lidar. Situações do quotidiano, metáforas e analogias foram a melhor solução para comunicar aquilo que pretendia. O tipo de conteúdos que a metodologia apropria foram variados e de diversas fontes, mais precisamente colagens derivadas de artistas, re-enquadramentos de spreads e publicações como revistas vintage, print-screen de filmes, séries televisivas, cartazes, fotografia. O tipo de técnica uma abordagem mais experimental com carisma de poesia visual, uma apropriação e uma criação de um storyboard em que fizesse o contraponto entre uma publicação satírica e poética. A relação entre conteúdo e formato da publicação foi quase imediata de construir uma zine, visto que são publicações de caráter mais experimental e de baixo custo, o que equilibra com o pensamento do cliché. Mediocre. Cheio de preconceito, humoriza a própria publicação em si quase, um caminho semiótico em que quase são duas publicações ,uma dentro de outra. Acredito que resulta num pensamento critico e um processo experimental em que anexo um arquivo (imagético do pensamento). Um brainstorm sem fim.
Mã
o de Ferr o.
Spread LT S1718 Studio Feixen. 2018.
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Peso. Balão. Directriz. Ar - Incolor. Redundância. Pensamento. Simbolismo. Multiplas direções.
Poster Think Twice. Barbara Kruger. 1992.
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Transparência. Clarividência. Profundidade. Dúvida. Duvidar. Quotidiano. Sabedoria num copo de água.
LADYBEARD Magazine Cover Mind Issue. 2016.
Peso(leve/pesado). Carga. Confusão. Dislexia. Sem rumo. Pedra no caminho. Profundidade. Multiplas direções.
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Molde. Moldável. Inquebrável. Paradoxo. Multicolor. Assimetrias. Assunto Centralizador.
Goya Series - MoMA. JohnBaldessari. 1997.
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Japanese Poster: Morisawa. Tsuguya Inoue. 1993.
C o n o t a ç õ e s .
Escadas. Simbolismo. Ansiedade. Perguntas sem resposta. Chegar á questão. Patamar. Plataforma. (in)Segurança.
Book jacket design Gary Hudson. 2010.
6. Fundo. Profundo. Profundidade. Possibilidades. Confusão. Sensibilidade. Imaginação. Poesia visual.
3. DAMN Magazine Cover Contemporary culture. 2017.
Paradoxo. Triangulação. Análise. Espaço-Tempo. Narração. Confiança. Plot-twist. Visibilidade.
ESQUIRE Magazine Cover Magazine for men. 1953.
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Olhar. Julgar. Prejurativo. Estereótipos. Ficção. Alter-ego. Ver com outros olhos, ver com os olhos dos outros.
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A ideia gerada nesta publicação foi criar um espírito de contradição entre a imagem e a frase associada, de forma a criar um espírito crítico e uma linha de pensamento em que nos fizesse dissociar daquilo que sabemos. Olhar para a página duas vezes, como se fosse uma legenda subtil, mas com forte carater de decalque do problema. No primeiro caso (.1) a ideia foi gerar um fosso entre meios de comunicação, uma rede social (whatsapp a cor diferente- “indiferente”) e as ligações interpessoais, a obrigatoriedade simulada pela mão de Magritte, saida do chapeú, induz uma ideia furada do chapéu, ideia de se tirar o chapéu, a manipulação e a prepotência das ideias surrealistas dos comuns mortais em que nos obrigam a estar em eventos e a falar socialmente quando é algo que nos quebra psicológicamente. O ruído, as pessoas, o contacto, a falta de tato. Uma conferência para o progresso. Uma espiral para o insucesso. Um vortex de consequências. (Ref. Chapeú-Sammy Slabbinck(*) + Iconograma Whatsapp + Cartaz “The California Conference for the Advancement of Ceramic Art (CCACA) de Sungpyo Hong”(**)
(.1(*) http://www.123inspiration.com/vintage-surreal-collages-by-sammy-slabbinck/) (**) https://www.behance.net/gallery/36006535/Poster-Series-for-CCACA-2016
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No segundo caso, na página direita do spread (.2), a ideia foi materializar uma satírização segundo referências de nomes de pintores, tais como Monet e Van Gogh, tornando num emblema com a frase “Grab the Monet and let’s gogh*” em que um dos significados poderá ser “Agarra-o e vamos embora”, elucidando para que possa estar a enlouquecer e em contraponto “You are not insane”, é uma espécie de retrospectiva em que a pessoa camufla a loucura, pensamentos suicidas e surtos psicóticos. Uma das primeiras regras para combater a Depressão é precisamente dizer que está tudo bem, quando claramente não está. Essa capacidade de escamotear a realidade é uma linha ténue. Uma marginalização da vontade prórpria. (.3) Dentro da normalidade, a mimetização de um guia de positividade* é requerida, uma espécie de jornal de vontades em que nem sempre as preocupações e os anseios são tidos em conta. Algumas das frases cliché (Pergunta/Resposta) que delimitam a veracidade do termo “Ansiedade” começam exatamente com um “Porque”.“Why do you worry? Everything is okay. Exclamações sem tento na língua. A fonte de preocupação é uma constante no dia-a-dia de uma pessoa com este problema (ansiedade). Por vezes, são preocupações banais, outras não. Uma casa a arder. (.2*) http://littlealienproducts.com/page/16 | https://www.pinterest.pt/pin/222857881545290763/ (Pint. - Anxiety) (.3*) http://girlyme.tumblr.com/post/23140670595 | (Albúm Pint.- Anxiety)
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(.4*) https://www.pinterest.pt/pin/222857881545290195/ | https://loldamn.com/funny-pictures-today-cat-memes.
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Na página direita do spread (.4) o cliché número 4, ”Shop some vitamin”, de uma lista invisível extensa, o de tomar vitaminas e omega-3 é insuficiente para declarar insanidade. Mas a ideia de validade e de expiração da mesma, tanto como a ideia de que uma doença psicológica se cura com vitaminas “not the best but still good(*)” tal como o rótulo da embalagem sugere, é exatamente isso, “não é a melhor ideia, mas continua a ser boa”. Não fere susceptibilidades, mas não deixa de ser uma ideia espremida de um sumo de laranja fora de validade. Não é uma ideia fresca. Mas a ideia de fragilidade e o tom por vezes carinhoso, outras vezes maldoso das pessoas que o dizem faz toda a diferença. A preocupação alheia e a nossa por vezes entra em conflito (motivações, jogo de interesses). Rotular a vitamina como uma pílula da felicidade. Dourar a pílula, em que o mote é mostrar preocupação, mas ao mesmo tempo fingir que se importa.
alha. Telh as
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S k e t c h b o o k . Caderno de apontamentos onde surgiram algumas ideias-chave.
B r a i n w r i t i n g .
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Patient zero
Recontextualizar e interagir com o caráter lúdico Fotografia / digitalização das missangas Etiqueta de apresentação Emblema de paciente Indicação do paciente (nome) O termo ‘Patient Zero’ significa que é o paciente inicial numa população que está sobre investigação epidemiológica. O paciente zero pode indicar a fonte de uma nova doença, uma eventual propagação e o que detém o reservatório da doença entre os surtos. É o primeiro paciente que indica a existência de um surto. Neste caso, é um conjunto de circunstâncias que leva a um caso de existência de um problema, falar sobre os clichés como se na primeira pessoa é o resultado deste reader. Dado que é um problema a nível pessoal e que interpela numa grande percentagem da população mundial, achei pertinente falar sobre este assunto. Mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem de depressão* doença que, segundo a OMS, mais contribui para a incapacidade para a atividade produtiva e a que mais conduz ao suicídio.
(...) Em Portugal, especialistas têm estimado que a depressão possa afetar anualmente cerca de 400 mil pessoas. “A depressão afeta pessoas de todas as idades, de todas as esferas da vida, em todos os países. Provoca angústia e tem impacto na capacidade de as pessoas realizarem até mesmo tarefas diárias mais simples, com consequências às vezes devastadoras para o relacionamento com a família e amigos e a capacidade de ganhar a vida”(...) * (...) “Uma melhor compreensão do que a depressão é e como pode ser prevenida e tratada ajudará a reduzir o estigma (ou carga negativa, comum a toda a doença mental) associado e levar a que mais pessoas procurem ajuda”(...)* *https://observador.pt/2017/04/07/mais-de-300-milhoes-de-pessoas-sofrem-de-depressao-em-todo-o-mundo/
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Bibliografia. Lupton, Ellen- Mixing Messages (Graphic design in contemporary culture)
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Trocadilho Mente MENTE A língua portuguesa é algo traiçoeira em algumas situações, mas podemos também tirar partido disso quando assim for conveniente. Este caso foi um deles, a partir das construções de poesia visual e poesia concreta, um legado dos Dada e do Dadaísmo, um movimento de vanguarda formado por um grupo de artistas plásticos, poetas, escritores. Fundaram um movimento literário para expressar suas decepções em relação a incapacidade das ciências, da religião e da filosofia, que se revelaram pouco eficazes em evitar a destruição da Europa. O Dadaísmo é caracterizado pela oposição a qualquer tipo de equilíbrio, pela combinação do pessimismo irónico e ingenuidade radical, pelo cepticismo absoluto e improvisação. Enfatizou o ilógico e o absurdo. Apesar da aparente falta de sentido, o movimento protestava contra a loucura da guerra. Com influências neste movimento de vanguarda, este spread foi inicialmente pensado com influências na poesia concreta e na poesia visual, por vias disso, o trocadilho que sugere ‘mente Mente’, significa na realidade (Que o nosso pensamento nos cria manobras de diversão para sugerir imagens diferentes daquilo que na realidade são. Sugere signos de diferentes dimensões por assim dizer. Uma larga lista de afazeres que nos mantem ocupados. O nosso cérebro mente. Tudo o que lemos, tudo o que fazemos sugere um entendimento de um contexto social, ou político (etc). Sugere artifícios, sugere construções ambiguas de certos assuntos que nos são mais sensíveis, de facto a nossa mente ‘MENTE’.
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Another - An.other Addictional things No seguimento da página anterior, a poesia concreta e a poesia visual tiveram grandes influências neste trabalho, quanto a isso é inevitável falar sobre isso. Isto são algumas experiências de desconstrução da palavra e dos seus entendimentos, enquanto singular ou enquanto coletivo. A descontrução da palavra “ANOTHER“, tem como sentido conotativo “o outro, do outro, de outra pessoa” é uma palavra algo peculiar porque se desdobra em vários significados. Tais quais como “And” e “Other” que é um sinónimo de “outro”, o que sugere “também o outro”. O facto de nos sentirmos outra pessoa. Mas a multiplicação da palavra também leva a outros significados como por exemplo: “And other, the other, one and the other, an other, her, on her, her, he.” A sonoridade pode parecer identica, mas todas estas palavras tem em comum uma ligação particular, que significa sempre “outro alguém, outro sujeito, o facto de nos sentirmos outra pessoa, as outras pessoas nos verem como outros, os outros, nós como outros, nós e outros, mais um, mais uns, outros.” É um termo pessoal e impessoal ao mesmo tempo. Uma palavra interessante do ponto de vista da descontrução de significados, visto o desmenbramento ser interessante a cada palavra que sugere. Adiciona uma carga de simbolismo sempre que pensamos em nós e a nossa relação com os outros. É uma ligação de adição, de multiplicação, uma personalidade coletiva, uma responsabilidade outrora desconhecida, desconsideração do ser.
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Ground Zero Trickery or Fraud Em paralelismo com uma desconsideração do ser, existe o outro lado da moeda também, o reverso, que é a falsa confiança, uma dúvida constante do que somos capazes e do que não somos capazes de concretizar. Tarefas quotidianas que por vezes se tornam em pesadelos, visto que estão aliadas a vários fatores, e alguns deles, por falta de controlo sobre eles temos reações que não conseguimos controlar, daí que a dúvida aparece. As entre-abertas do céu, que igualam a uma dúvida constante se temos de levar guarda-chuva ou uma t-shirt porque o tempo é inconstante, esse exemplo é uma boa analogia ao que significa ter ansiedade. É ter uma preocupação exagerada nas pequenas coisas, isso desencadeia um ligar/desligar de funções a nível corporal que são notórias para quem está a assitir. O facto de termos de estar sempre a tentar ludibriar o nosso próprio cérebro de que estamos bem, e que não precisamos de nenhuma veia extra para cuidados intensivos, derivado a termos de comparação de doenças, escamoteia o facto de não estarmos bem e a nossa percepção disso mesmo. Isso confina a uma visão em túnel, algo preto no branco. Ou sim ou sopas. “This is awesome; This is Tricky; Shit; I am shit; this might be o.k.a.y; this is o.k.a.y.; this is awesome” é uma triangulação sem fim em que não existe um rés do chão, onde conseguimos palpar a sensação de zero (zero à esquerda). Uma sensação de falhanço monumental, daí que começam as inseguranças.
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Shame on you Livre vs. ocupado A desconsideração do ser, a falta de auto-estima, a mente sempre num reboliço de emoções que tiram o fôlego, as mãos trémulas, o corpo cansado, cansado não só da falta de sono, ou de horas mal dormidas, mas cansado tal qual após um bloco operatório. Sentimo-nos descalibrados e necessitamos de um empurrão. A nossa impressão digital derretida após tanto escrever pois o pico da creatividade aparece por volta das 3.00 da manhã, um controlo apertado de pensamentos agitados.
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script.i.on
Pre. Intro
A ideia principal é desmistificar os clichés da ansiedade e da depressão. Para isso, creio que ter um caráter lúdico, mas também informar de uma maneira informal e não linear que este tema é um tema taboo, e não existem motivos para isso, visto que é algo recorrente na nossa sociedade e cada vez mais existem motivos para desmistificar os preconceitos contra as pessoas que sofrem com esta doença/condição. Digo condição porque existe uma ambivalência e um paradoxo em que a condição é uma condição por si só, não é a pessoa. A pessoa detêm um estado que deve ser tratado e analisado de forma a conseguir ultrapassar de forma criteriosa linhas de pensamento diferentes, e um manuseio diferente por parte de outros métodos que não apenas com medicação ou algo que seja via oral. É um estado mental e deve ser entendido com algum zelo e compreensão de modo a que não haja más interpretações por parte do leitor e achar que isto é uma satírização de um preconceito e de uma condição. A ideia é desmistificar os clichés que uma pessoa têm de ouvir todos os dias por parte de um público que não é educado e por isso não consegue rejuvenescer um entendimento melhor sobre a situação.
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58 W o r r i e B R A I N S T O R B R A I w a W r i o o w o r r A I N W O R I
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