Apresentação Iniciação Científica 2016 - XXI Encontro de Iniciação Científica PUC Campinas.

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XXI Encontro de Iniciação Científica e XV Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico 20 e 21 de Setembro de 2016

O ARCO SUDOESTE E EXPANSÃO DO AEROPORTO DE VIRACOPOS: O SISTEMA DE ESPAÇOS LIVRES, A INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA DE CIRCULAÇÃO E TRANSPORTE. A ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE

RODOVIÁRIA INTRA METROPOLITANA.

João Gilberto Rodrigues Almeida Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Bolsa FAPIC/Reitoria Agosto 2015 – Julho 2016

Prof. Dr Wilson Ribeiro dos Santos Junior Grupo de Pesquisa: Requalificação Urbana Linha de Pesquisa: Requalificação Urbana


INTRODUÇÃO • Esta pesquisa de Iniciação Cientifica foi realizada entre Agosto de 2015 E Julho de 2016 e trabalha com a ampliação do Anel Viário Roberto Magalhães Teixeira e a Expansão de Aeroporto de Viracopos. Tem como objetivo analisar os impactos da ampliação do Anel Viário na forma urbana, nos sistemas de espaços livres, nas infraestruturas viárias e nas dinâmicas metropolitanas de transportes e circulações. • Para isso, foi necessário entender Campinas e a Região Metropolitana em um contexto maior de um processo histórico, cultural, econômico e industrial dentro das escalas regionais, estaduais e nacionais, construindo assim, uma base teórica feita pelas bibliografias selecionadas, análises de fotos aéreas, leituras tipológicas e pelas reuniões com o grupo de pesquisa.


CONTEXTUALIZAÇÃO • Megalópole do Sudeste (QUEIROGA, 2002) - Faixa de território mais importante economicamente de toda a América do Sul, formado por todas as R M do estado de São Paulo até a cidade do Rio de Janeiro.

• Macro Metrópole Paulista (SOUZA, 1978) - Formada pelas R M de São Paulo, Campinas, Sorocaba, Baixada

Santista, Vale do Paraíba e ainda pelos aglomerados de Jundiaí e Piracicaba


REGIÃO METROPOLITANA DE CAMPINAS • Instituida no ano de 2000. • Formada por 20 municípios; Americana, Artur Nogueira, Campinas, Cosmópolis, Engenheiro Coelho, Holambra, Hortolândia, Indaiatuba, Itatiba, Jaguariúna, Monte Mor, Morungaba, Nova Odessa, Paulínia, Pedreira, Santa Bárbara d’Oeste, Santo Antônio de Posse, Sumaré, Valinhos e Vinhedo. • População de 2.976.433 habitantes.


CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

• População de 1.080.113 habitantes (censo 2010)

• Plano diretor 2006 dividiu em 9 macrozonas, sendo as 5, 6 e 7 as trabalhadas na pesquisa. • Macrozona 5 – Área Prioritária de Requalificação, distritos do Campo Grande e Ouro Verde • Macrozona 6 – Área de Vocação Agricola • Macrozona 7 Aeroportuária

Área

de

Influência


MACROZONA 5 – ÁREA PRIORITÁRIA DE REQUALIFICAÇÃO -APR • Localiza-se os distritos do Campo Grande e Ouro Verde, onde possui cerca de 40% da população da cidade. • Distânte do centro e possui a Rodovia dos Bandeirantes como barreira. • Território fragmentado e dividido com diversos loteamentos populares e conjuntos habitacionais.


MACROZONA 6 – ÁREA DE VOCAÇÃO AGRÍCOLA – AGRI . Macrozona agrícola localizada nas divisas com Valinhos e Itupeva, e que assim como a região tem produção de frutas. . É cortada e segmentada pela Rodovia dos Bandeirantes, Lix da Cunha e pelo Anel Viário Roberto Magalhães Teixeira. . É importante área ambiental pela presença do Rio Capivari, que fica ameçada por uma possível urbanização ao redor das rodovias.


MACROZONA 7 – ÁREA DE INFLUÊNCIA AEROPORTUÁRIA - AIA . Macrozona marcada pela presença do Aeroporto de Viracopos que constrói praticamente todas as relações espaciais do território. . De frente e se relacionando diretamente fica o bairro do Jd Campo Belo com muitos problemas de infraestruturas


MACROZONA 7 – ÁREA DE INFLUÊNCIA AEROPORTUÁRIA - AIA


SISTEMAS DE TRANSPORTES E CIRCULAÇÃO • No fim do século XIX, pela força da economia cafeeira, Campinas era o segundo maior entroncamento ferroviário do estado. • Com a troca das ferrovias para as rodovias a cidade continuou tendo o segundo maior entroncamento do estado.


RODOVIA ANHANGUERA • Fundada na década de 50, junto as Rodovias Anchieta e Dutra, tornaram se os principais vetores de industrialização do estado e posteriormente de urbanização. • Na RMC ela constitui forma conurbada desde Vinhedo até Americana com sistemas de vias marginais e expressas • Mostra em seu território lindeiro diversos tipos de usos: distritos industriais, institucionais, assentamentos precários e condominios fechados.


RODOVIA ANHANGUERA Ocupação fragmentada, construida de maneira independente ao poder público, seja na forma de ocupação ou de condominios de alto padrão. Exemplo: Parque Oziel e Monte Cristo, antigas ocupações (azul) de frente ao gigante Swiss Park (amarelo).


RODOVIA DOS BANDEIRANTES • Fundada na década de 1970, com praticamente o mesmo trajeto da Anhanguera mas diferente dela para ser uma via de trânsito rápido em função de novas demandas industriais. • Interiorização da produção industrial e de orgãos institucionais


RODOVIA DOS BANDEIRANTES -Via confinada, não faz conexão com o tecido urbano, apenas com outras rodovias. -Uma barreira dentro do perimetro urbano da cidade. -A cidade lindeira a ela apresenta caracteristicas de ocupações informal ou de conjuntos habitacionais distantes de centralidades.


RODOVIA SANTOS DUMONT • Principal conexão metropolitana com o Aeroporto de Viracopos e com o Distrito Industrial.

• Rodovia que liga Campinas a Sorocaba, formando um corredor urbano com Indaiatuba, Itu e Salto. • A Rodovia constitui ocupada em praticamente toda dentro de Campinas com bairros de baixa renda e sem infraestrutura.


ARCO SUDOESTE – ANEL VIÁRIO ROBERTO MAGALHÃES TEIXEIRA • Com a construção da Dom Pedro na década de 1970 já desejavam a construção do chamado Anel Viário, Contorno de Campinas, que ligaria dois pontos da Rodovia Anhanguera. • O contorno formado junto com a Dom Pedro conecta com as rodovias Adhemar de Barros, Zeferino Vaz, Sousas, Valinhos e a continuidade da Dom Pedro até o Vale de Paraíba.


RODOVIA LIX DA CUNHA • Antiga ligação com Indaiatuba, possui caracteristicas de uma unica simples via de mão dupla e circula por um território por vezes rural, ou ocupado com assentamentos precários, condominos fechados e áereas industriais.


AMPLIAÇÃO DO AEROPORTO DE VIRACOPOS • Ampliação até 2042, previsão para ser o maior Aeroporto do país em número de passageiros com 60 milhões de passageiros ao ano. • Aerotrópolis, centro comercial, de negócios em uma área de 26 milhões de metros quadrados.


CONTINUIDADE • Com a expansão do Aeroporto de Viracopos, o Arco Sudoeste tende a avançar pela porção sul do território pela área rural próxima aos distritos do Campo Grande e Ouro Verde e da cidades de Indaiatuba, Monte Mor, Hortolândia e Sumaré. • Seu futuro trajeto irá colidir com a forma urbana das cidades de Sumaré de Hortolândia.


CONSIDERAÇÕES FINAIS • A forma urbana na Região Metropolitana de Campinas se construiu e consolidou em função da economia industrial toyotista e da logistica rodoviária, se tornando ao mesmo tempo que conurbadas, separadas dos serviços públicos de qualidade, principalmente pelo meio de transporte. • A acessibilidade metropolitana se torna fácil para o transporte individual mas para o coletivo é falha e lenta, fazendo com que se percam horas do dia no trânsito já esgotado. • As novas rodovias se não forem bem planejadas com a população que realmente será afetada e com os setores industriais e de logistica que necessitam dela, vão continuar representando barreiras para os moradores e uma cidade desconectada e fragmentada .


BIBLIOGRAFIA • - ASCHER, Françoise. “Metropolização e transformação dos centros das cidades”. • - CARMO, F. D.; SANTOS JUNIOR, W. R. A constituição da forma urbana no Eixo Estratégico Anhanguera: os sistemas de espaços livres, a infraestrutura de circulação e transporte. A acessibilidade e mobilidade urbanas. In: XVIII Encontro de Iniciação Científica PUC-Campinas, 2013, Campinas SP. Anais do XVIII Encontro de Iniciação Científica. Campinas SP: PUC-Campinas, 2013. v. CD. p. IC121370 • - QUEIROGA, E. F. A Metrópole de Campinas diante da Megalópole do Sudeste do Brasil. In: Maria Adélia Aparecida de Souza. (Org.). A metrópole e o futuro. Campinas - SP: Edições Territorial, p. 119-135, 2008. • - QUEIROGA, E. F.; BENFATTI, Denio Munia. Entre o Nó e a Rede, dialéticas espaciais contemporâneas: o caso da Metrópole de Campinas diante da Megalópole do Sudeste do Brasil. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais (ANPUR), v. 9, p. 41-52, 2007. • - SANTOS JUNIOR, W. R.; PROENÇA, A. D. A.; Formação do corredor urbano Campinas–Sorocaba: Reconcentração Produtiva e Estruturação do Território. • - EIGENHEER, Daniela. Tecnologia, Mobilidade e Dispersão metropolitana: Sistema Anhanguera/Bandeirantes. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo). Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2011. • - QUEIROGA, E. F.; MERLIN, J.R.; SANTOS JUNIOR, W. R.; SILVA, Jonathas M. P. Espaços Livres e Esfera Pública na Metrópole Contemporânea: A Região Metropolitana de Campinas. I • - PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS. Plano Diretor Participativo de Campinas.SEPLAMA.2006 • - MACEDO, Silvio S. (org.) Projeto Temático FAPESP “ Os Sistemas de Espaços Livres na Constituição da Forma Urbana Contemporânea no Brasil: Produção e Apropriação QUAPÁ-SEL II. • - SASSEN, Saskia. As diferentes especializações das cidades globais;


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