“What better way to read the landscape than by walking through it? ”
- Linda Lappin
NACIONALIDADE PORTUGUESA
NASCIMENTO 02/10/1998
CONTACTOS +351963651739 A61019@UALG.PT
RUA CESÁRIO VERDE Nº2 R/CH. ESQ. 7800-053, BEJA
QUEM SOU
Eu sou o João, nasci no Alentejo, em Beja. Sempre tive um gosto próprio pela paisagem, sem saber muito bem o que era, se não o que a vista alcançava. As camas douradas da planície pontualmente marcada pelos sobreiros enchiam-me os olhos, hoje sei que isso significa que estou em casa, mas não deixo de ser um curioso que procura outros caminhos. Tenho um interesse especial pelo mundo natural, pelos seus processos e dinâmicas, cativa-me perceber a forma como o Homem se moldou a estes e como os transformou em seu proveito. A própria noção de espaço fascina-me, a dimensão, as formas, os volumes, o vazio, o cheio, motivo que talvez justifique a minha sensibilidade para projetar nesses eixos. É então que surge a arquitetura paisagista, a descoberta da possibilidade de projetar conjugando uma 4ª dimensão que inclui os tais processos naturais na concepção do espaço, essa ideia convenceu-me à partida, e a paixão evoluiu com o tempo. Hoje entendo a obra do arquiteto paisagista como um processo tão complexo que, por vezes, a mais simples intervenção manifesta-se a mais adequada.
EXPRIÊNCIA PROFISSIONAL
2016-2017 CASA NO MONTINHO, OURIQUE - PORTUGAL Ajudante em restauro Colaborador durante a realização de obras de restauro e recuperação de habitações em ruínas, para reabilitação em turismo rural.
2014-2017 HEITOR FIGUEIREDO ESCULTOR CERÂMICO Assessor de escultor Ajudante na montagem e levantamento de exposições do artista plástico.
FORMAÇÃO
2017-2021 UNIVERSIDADE DO ALGARVE Licenciatura em Arquitetura Paisagista
2020-Prest. UNIVERSIDADE DO ALGARVE Mestrado em Arquitetura Paisagista
2021 EUROPEAN UNION AVIATION SAFETY AGENCY Habilitação Básica Operador de DRONEs | A1-A3 INTERESSES
LINGUAS
NOME JOÃO PIRES FIGUEIREDO
COMPETENCIAS
COMPETENCIAS
PROFISSIONAIS
PESSOAIS
AutoCAD Qgis Photoshop Illustrator Indesign Aftereffects Sketchup Lumion Vray Google Earth Pro Cooperação Comunicação Creatividade Liderança Autonomia Organização Empenho Adaptabilidade Ética Flexiblidade
Materna B1 B1
Português Inglês Espanhol
Projeto de
INDÍCE
III IV
Paisagem Cultural Projeto de Paisagem Urbana Projeto de Arquitetura Paisagista V Projeto de Arquitetura Paisagista I I II
PROJETO
DE ARQUITETURA
PAISAGISTA I |FARO, GAMBELAS
I
Legenda
1 - Entrada/ Jardim mediterrânico
2 - Habitação
3 - Piscina biológica e Deck de madeira
4 - Casa da piscina
5 - Casa da horta e Vasos de aromáticas 6 - Horta
7 - Lago artificial 8 - Casa da mata 9 - Mirante
10 - Zona de merendas
O presente projeto destina-se a uma moradia, com um programa previamente definido pelos clientes. Pretende-se vegetação pouco exigente em água, de caráter mediterrânico, e na entrada uma amostra desta tipologia de jardim. Existe o desejo de árvores de fruto e uma preocupação com a privacidade, pelo que, se propôs um pomar de sequeiro entre a entrada e a casa. Na proximidade da habitação existe a horta e a piscina biológica, que recebe água filtrada do lago. O muro que divide esta zona da mata é atravessado por uma pequena ponte que segue, sobre caminhos elevados, até ao mirante, reforçando a sensação de jardim selvagem, como se pretendia.
AA’
PROJETO
DE ARQUITETURA
PAISAGISTA V |FARO, LARGO DE SÃO SEBASTIÃO
II
Legenda
1 - Adro da Igreja de São Sebastião
2 - Jardim do Aboim Ascenção
3 - Quiosque
4 - Largo do Chafar iz
5 - Quintalão
O projeto incide sobre uma área fortemente afetada pela priorização automóvel, ficando, enquanto sobra, algum espaço para as pessoas. Esta prioridade cedida aos carros confinou o jardim e património existentes em ilhas banhadas por alcatrão, desconectas e sem coesão. O objetivo do projeto passa por unir física e visualmente este conjunto, reconquistando espaço pedonal, neste que é um ponto de partida para o centro da cidade e, como tal, se pretende pedonalmente atrativo. A este acresce o problema de falta de estacionamento, que tentou ser resolvido no corpo da proposta. O declive considerável na praça do chafariz foi combatido através de socalcos em muro de pedra seca, inspirados nos existentes na paisagem do barrocal algarvio.
Jardim do Aboim Ascenção
Largo do Chafariz
DE PAISAGEM URBANA
|FARO, PENHA
III
PROJETO
O primeiro registo fotográfico, data da primeira cobertura aerofotográfica do Algarve, mostra uma paisagem rural, fortemente compartimentada, em parcelas de culturas diferentes, sendo grande parte de regadio (principalmente as de cor mais escura). O Algarve começou a ser irrigado por volta de 1875, tendo ganho uma grande expressão entre 1889 e 1933 (Simões, 1934). As parcelas onde não chegava a água eram onde se faziam as culturas de sequeiro (Bivar, 1917). Como marca deste tipo de explorações ficam estruturas associadas ao património hidráulico, utilizadas para irrigar. Desde os engenhos de elevar a água (noras), às estruturas para a encaminhar (levadas) e reservar (tanques) - círculos assinalados na imagem. Passados 30 anos a paisagem começa a perder a compartimentação agrária, resultado de um menor número de proprietários. A Ribeira das Lavadeiras, que divide a área, foi confinada a uma vala trapezoidal, devido à tentativa de máximo aproveitamento da área para produção. No séc. XXI surge uma nova tendência na “Campina de Faro”, as estufas. A instalação dessas estruturas arrasou a paisagem e a grande parte dos registos das práticas tradicionais. Para além disso as grandes quantidades de agrotóxicos utilizados nas explorações começaram a causar danos significativos no aquífero existente. Atualmente a área está praticamente abandonada, principalmente a margem direita da ribeira, mantendo a margem esquerda alguma atividade agrícola. O canavial que era utilizado como sebe tomou conta da ribeira, sendo agora considerada invasora a espécie que se utilizava, o Arundo donax. Do passado ficaram alguns edifícios, o património hidráulico (geralmente próximo destes), os caminhos e a memória.
A estratégia de intervenção assenta na tentativa de reaproximação do homem e da natureza, funcionando esta relação como um elo de ligação/uma porta, entre o mundo rural e urbano, onde ocorra uma transição fluida e progressiva, contribuindo, dada a sua localização, para o “continuum naturale”. Considerando também o potencial agrícola, o registo histórico do sítio, e a atual necessidade de aproximação do produto e do consumidor, bem como, da própria prática da agricultura, o aproveitamento enquanto infraestrutura de produção parece bastante lógico. A ideia da Quinta de Recreio surge na tentativa de encontrar um equilíbrio entre os valores históricos, naturais, recreativos e produtivos, uma vez que este é um modelo que consegue colocar todos no mesmo nível de importância, estabelecendo relações de cumplicidade e dependência. Este modelo está na génese do jardim português, surge durante o séc. XVI e é bastante característico. “ A Quinta de Recreio é um todo organizado: mata, edifícios, horto de recreio, pomar/horta. É um lugar versátil, onde recreio e produção compartilham o mesmo espaço, invadindo-se mutuamente, estabelecendo relações funcionais e formais” - Aurora Carapinha (1995). A estratégia foi adaptar este conceito numa versão contemporânea que respeite as principais premissas de uma Quinta de Recreio, mas respondendo e correspondendo às necessidade e conceitos atuais, principalmente, de recreio e ecologia. A organização espacial foi montada através das marcas históricas do local, tendo como elemento estrutural, no topo da hierarquia de percursos, os caminhos que prevaleceram. A partir dos agregados compostos pelo edificado e património hidráulico desenvolvem-se as principais praças.
História
x x x =
Conceito
Legenda
1 - Entrada pr incipal viária|Mercado de produtos alimentícios
2 - Restaurante
3 - Laranjal
4 - Praça associada ao patr imónio hidráulico 5 - Clareira central e Parque de merendas 6 - Hortas sociais 7 - Hortas comunitárias 8 - Amêndoal 9 - Quinta e pomar pedagógicos 10 - Centro de decomposição de matéria orgânica 11 - Pinhal e Circuito de BTT 12 - Percurso de túneis em cana 13 - Clareira com camas de rede 14 - Jardim aromático 15 - Parque canino 16 - Parque infantil (0-6 anos e 6-12 anos) 17 - Bar central 18 - Fonte seca interativa 19 - Anfiteatro 20 - Bacia de retenção com água permanente 21 - Polidesportivo e Street Workout (bancada infor mal) 22 - Galeria ripícola 23 - Bacia de retenção seca 24 - Entrada principal pedestre
P - Parque de estacionamento - Paragem de autocarro
AA’
Produção
Mata Recreio
Plano Parcial Aproximado
DE PAISAGEM CULTURAL
|FARO - LOULÉ
IV
PROJETO
O trabalho desenvolveu-se no sentido de consolidar uma proposta para uma rede de percurso, extensível pelo Barrocal e Litoral algarvios, que articulasse os variados valores naturais e culturais presentes nesta paisagem. Tem como objetivo oferecer diversas alternativas de passeio, potenciando o turismo cultural no interior do Algarve e contrariando a descaracterização consequente do turismo balnear, que se baseia na reprodução de um paraíso tropical.
A área de estudo situa-se no sotavento algarvio, mais concretamente nos concelhos de Loulé, Faro e Olhão. Tem cerca de 17 517 ha e integra uma área denominada por “Campina de Faro”, conhecida pela quantidade de Quintas que antigamente se estendiam por estes solos altamente férteis. A área foi dividida em 4 partes, sendo atribuída uma a cada um dos grupos de trabalho. O setor atribuído a este grupo de trabalho (G1) estende-se no sentido Norte com a intenção de incluir também a designada “Campina de Loulé”, compreendendo no total 5 058 ha.
Como ponto de partida, começou por se fazer um levantamento, e posterior inventário, das excepcionalidades naturais e culturais presentes, base que tornaria possível delinear um percurso coerente que atravessasse o maior número de destaques, segundo um conceito. Ao longo do percurso foram pontualmente realizadas propostas à escala de projeto, com diferentes conteúdos programáticos, que serviram enquanto infraestruturas de apoio ao percurso ou recuperações de elementos a destacar. Dada a quantidade de elementos a recuperar não foi possível realizar propostas para todos, assim sendo, os realizados servem como representantes dos restantes e do projeto no geral.
O Algarve caracteriza-se por ser uma região escassa em água, o que condicionada fortemente o seu desenvolvimento. Esta característica obrigou à adaptação do homem para sua própria prosperidade, necessidade que acabaria por ser uma marca do território algarvio, como se verificou no inventário realizado. A relação do homem com a água, ou a falta dela, levou à criação de um padrão que pontilhou esta paisagem, com engenhos de elevar a água de rega, associados às técnicas de rega convencional. Motivo que justifica a quantidade de elementos identificados e que acabaram por ser o ponto de partida e consolidador da proposta.
Poços | Noras | Tanques | Levadas
Quantidade: 24 64 174 41
O percurso principal, tem a duração prevista de 2 a 3 dias, pelo que, foram adicionadas algumas alternativas temáticas deste percurso, com dimensões variáveis, tornando-o mais flexível e com a possibilidade de optar por percursos de horas, 1, 2 ou 3 dias. Foram propostos em pontos estratégicos sítios de estadia que acompanham os percursos de maior duração, onde o visitante tem a oportunidade de descansar.
O início dos percursos tem sempre um parque de estacionamento associado, onde os visitantes podem deixar os veículos, bem como um posto informativo com os detalhes dos percursos. O retorno é possível pelos percursos de retorno, ou, em alguns pontos, é possível o retorno através de transportes públicos no trajeto Faro-Loulé.
Dieta á beira mar Pela mata
Dose rural
Quintas de Loulé
Algumas das propostas...
Para todos os percursos temáticos foram elaboradas fichas, com uma breve descrição e as informações essenciais, como esta :
Os projetos desenvolvidos estão sempre identificados nas imagens que representam os percursos.
1 - Pretende-se recuperar a identidade e restabelecer a ligação com a prática agrícola. A tentativa de reaproximação da população com a agricultura e a natureza é suportada por um parque agrícola, que estabelece a ligação entre Faro e Montenegro, na continuação do Parque Ribeirinho de Faro. A zona de Marchil (Montenegro, Faro) contém grande riqueza em património hidráulico, este que seria recuperado e integrado na proposta, recuperando a memória desta zona outrora marcada pela paisagem de talhões agrícolas. Os talhões seriam diferentes parcelas, com diferentes culturas e muitas vezes de diferentes proprietários. A possibilidade de ter uma parcela de produção faz parte da proposta, de modo a incentivar a produção dos próprios alimentos, e recriando a paisagem retalhada. Também devido à proximidade com a ria são erguidos caminhos elevados que permitem fortalecer essa relação visual.
Entrada principal/ Posto de informação/ Centro cultural
Parque de estacionamento
- Hortas sociais
- Espaço de convívio associado às hortas
- Mata
- Pomar tradicional de sequeiro
- Hortas comunitárias
- Espaço de convívio associado às hortas
- Miradouro
- Hortas pedagógicas
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1
Legenda
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-
Legenda
1
- Ramalhete
2 - Área destinada às estruturas de investigação científica 3 - Bar/Restaurante 4 - Anfiteatro 5 - Cais de apoio aos desportos náuticos 6 - Decks de madeira 7 - Cais de embarque: Faro-Ramalhete-Ilha de Faro 8 - Parque de estacionamento 9 - Área de descanso com informação sobre as salinas e o Ramalhete
2 - As operações de armação para a pesca de atum, as almadravas, dominaram, em tempos, toda a costa do Algarve. Eram uma importante fonte de rendimento na região até 1970. Em Faro existiam 3 almadravas: Armação do Cabo de Santa Maria, Forte e Ramalhete. Das armações de atum que existiam em Faro restam poucos vestígios, sendo o edifício do Ramalhete um dos poucos vestígios arquitetónicos que testemunha este património no Algarve, e o único em Faro. Atualmente, esta infraestrutura pertence à Universidade do Algarve e é gerida pelo Centro de Ciências do Mar. Foi convertido numa estação experimental, permitindo a manutenção de organismos vivos em ambiente controlado e dispondo de aquários e laboratórios para tratamento de amostras recolhidas. A proposta pretende dar destaque a esta estrutura diversificando o seu uso, mantendo a componente da investigação científica, porém associando-lhe um uso museológico, onde se teria a oportunidade de contar a história deste tipo de estruturas, e a possibilidade de prática de desportos náuticos, como infraestrutura de apoio. Uma vez que esta se encontra na atual rota náutica que liga Faro à Ilha de Faro, integrar esta como uma paragem, seria uma boa oportunidade de potenciar o seu uso, havendo a possibilidade de criar uma relação entre este e o Centro de Ciência Viva de Faro, que se encontra nas proximidades do cais de embarque dessa rota, em Faro.
2
3
4
Legenda
1
- Entrada principal/ Posto de informação
2
- Piscina biológica
3 - Pomar tradicional de sequeiro
4 - Parque de estacionamento 5 - Zona de glamping 6 - Horta 7
- Moinhos 8
- Miradouro c/ latada 9 - Casas reabilitadas para alojamento 10 - Eiras 11 - Bar
5 - Uma das opções de estadia localiza-se numa área central do percurso, sítio estratégico para a introdução deste equipamento de apoio aos viajantes. Neste ponto consegue-se ter uma perspetiva diferente do restante percurso, trata-se de uma área marcada por estruturas associadas à agricultura de sequeiro, as eiras, moinhos, etc. Estando esta área num sítio privilegiado, no cume do cerro, a vista estende-se pelo litoral e barrocal. O objetivo da proposta é transformar este complexo de 2 moinhos de vento e alguns edifícios abandonados (nas proximidades), num turismo rural, aproveitando essas estruturas para alojamento. Apesar desta ser uma área com declive bastante acentuado a existência de socalcos permite áreas planas onde é possível projetar zonas de estadia com bastante interesse. A proposta compreende uma zona de glamping, piscina biológica, bar, miradouro e hortas, enquanto áreas de convívio, que contribuem para a comodidade e interesse dos hóspedes.
BB’
5
ANEXOS
OBRIGADO