Edição nº 2, 25 de Setembro de 2015
Foto de arquivo
Estoril no caminho O União da Madeira volta a jogar para a Liga este domingo medindo forças com o Estoril, em Lisboa, a partir das 17 horas. Os canarinhos têm nove pontos somados fruto de três vitórias e duas derrotas. Marcaram até agora quatro golos e sofreram seis. Já o União da Madeira somou seis pontos em virtude de ter vencido um jogo e empatado outros três nos cinco jogos realizados até agora. Os azuis e amarelos têm dois golos marcados mas só sofreram golos por duas vezes. Recorde-se que a equipa treinada por Luís Norton de Matos venceu o jogo inaugural com o Marítimo por 2-1, na Ribeira Brava, tendo depois perdido com o Nacional na Choupana e
União da Madeira vai, este domingo, a Lisboa procurar a sua primeira vitória fora de casa.
voltado a empatar no estádio da Madeira, mas a jogar em casa, no confronto com o Vitória de Guimarães. Na deslocação seguinte, fora de casa, o empate voltou a ser uma realidade, desta feita diante do Moreirense e no último jogo disputado para a Liga até agora - a receção ao Arouca ficou também marcado pela divisão de pontos. Note-se que o 0-0 foi o resultado com que terminaram os últimos três jogos do União da Madeira. E é à procura da primeira vitória fora de casa que a nossa equipa encara mais este desafio para o campeonato frente a um adversário que tem vindo a fazer um bom campeonato e é um dos candidatos a um lugar de acesso às competições europeias.
Patrocinado por:
NESTA EDIÇÂO Entrevista a Norton de Matos: “Acredito que vamos ter sucesso” Cantinho do sócio Fernando Gomes: Um unionista de corpo e alma Equipa B Vitória marca jogo amigável com o 1º de Maio União em revista Acompanhe a nossa semana em fotos
Edição nº 2, 25 de Setembro de 2015
Patrocinado por:
Edição nº 2, 25 de Setembro de 2015
NORTON DE MATOS
“Acredito que vamos ter sucesso” Treinador do União da Madeira, Norton de Matos, não tem dúvidas que a equipa está no bom caminho. Como classifica até agora o regresso do União à Primeira Liga que é também o seu regresso ao mais alto patamar do futebol português? Em termos pessoais é uma grande satisfação estar de regresso à Primeira Liga. Recordo que quando acabou a experiência no Vitória de Setúbal, na altura por problemas financeiros, a equipa estava em quarto lugar e tinha a melhor da defesa da Europa na altura. Em 14 jogos tínhamos feito 29 pontos. Depois fui treinar uma equipa histórica que é o Vitória de Guimarães e que, com um plantel todo formado por mim, acabou por subir de divisão. Depois fui para África por opção e mais tarde voltei para o Benfica B onde tive o privilégio de trabalhar com jogadores muito bons que hoje estão em campeonatos Norton de Matos “Acredito que o União vai conseguir a manutenção e depois disso se puder ser 11º não serei 12º, se puder ser 9º não vou ser 10º”, mas temos de ter os pés bem assentes na terra. muito bons - em Espanha e em França, por exemplo. Agora, a sensação de voltar a treinar uma equipa na Primeira Liga é ótima. O primeiro objetivo passa pela manutenção entre os grandes para sustentar um projeto futuro, de forma a dar estabilidade e equilíbrio, preparando depois outros voos. Mas esta primeira época é fundamental porque todas as equipas que sobem de divisão têm geralmente mais dificuldades, como aconteceu, por exemplo, com o Arouca. Patrocinado por:
Foto Asspress
Acredito que o União vai conseguir a manutenção e depois disso se puder ser 11º não serei 12º, se puder ser 9º não vou ser 10º, mas temos de ter os pés bem assentes na terra. O União só conseguiu marcar dois golos na Liga em cinco jogos mas por outro lado tem a melhor defesa da prova, a par do FC Porto. Que análise faz a estes dados? Tem havido uma preocupação com a organização coletiva que existe e é fruto do trabalho no treino. Começamos uma pré época ainda com muitos jogadores que ainda não estavam, o que nos fez ter o edifício bem montado nos seus
Edição nº 2, 25 de Setembro de 2015 Danilo, o Chaby e o Bueno são jogadores que só chegaram há menos de um mês, por isso não há milagres. Eles não tiveram no processo de treino desde o início e não puderam ter os automatismos, nem a filosofia da equipa enraizada neles. Perderam um pouco de tempo e estão ainda num processo de aprendizagem Sente a equipa a melhorar de jogo para jogo? Sinto que a equipa está a amadurecer, e tem de amadurecer, mas não há nenhum jogo fácil. Do ponto de vista de competitividade, de intensidade e de solidariedade a equipa é inatacável. Os adeptos do União que encontro na rua dizem que têm orgulho de ver uma equipa que trabalha tanto e luta tanto dentro do campo, todavia como treinador ofensivo que sou custa-me muito ter tão poucos golos marcados... Neste processo de aprendizagem e de entrosamento de jogadores conseguir estar a pontuar é positivo. Se quisermos ver o copo meio cheio vemos assim, se quisermos ver o copo meio vazio temos de ver de noutra perspetiva. Eu vejo o copo meio cheio e acredito que vamos ter sucesso e que estamos a criar condições para tal. Estou confiante no trabalho que os jogadores têm desenvolvido e na vontade que eles têm em dar a volta. Agora, vencer não pode tornar-se uma obsessão e para mim não é. Se assim fosse, poderíamos ficar afetados pela ansiedade. Queremos ter um espírito de naturalidade, pensando que os golos vão surgir com naturalidade. Nós fazemos muitos golos nos treinos e temos de passar isso para a competição. Nós precisamos de uma vitória para ter outro alento. Norton de Matos alicerces. Uma equipa que saiba defender é um ponto “Os adeptos do União que encontro fundamental para se prepararem e sustentarem na rua dizem que têm orgulho de vitórias. Atualmente somos a melhor defesa da Liga, ver uma equipa que trabalha tanto e a par do FC Porto, o que é bom mas reconheço que luta tanto dentro do campo, todavia queríamos ter mais golos marcados porque com como treinador ofensivo que sou isso tínhamos mais pontos. Nunca vou para um jogo custa-me muito ter tão poucos golos para empatar, nem peço aos meus jogadores para marcados.” empatar porque não tenho essa mentalidade, mas digo que se não conseguirmos ganhar, que o pior resultado seja o empate. Ora, uma equipa que não sofre golos nunca perde...As pessoas fazem um bicho-de-sete-cabeças em relação a esta questão mas um jogo de futebol atualmente tem muito poucas ocasiões de golo. Sejam equipas de elite, quer não sejam...Três/quatro oportunidades por jogo já é muito... Contudo, em todos os jogos que realizamos tivemos ocasiões para marcar e aqui coloca-se um problema de eficácia. A lesão do Élio foi muito dura para nós porque era um jogador que estava entrosado. Já o Farias, o Kisley, o Patrocinado por:
Edição nº 2, 25 de Setembro de 2015
Segue-se agora um ciclo difícil, com jogos com Estoril, Benfica, Belenenses, FC Porto e SC Braga. Que perspetivas tem para estes difíceis confrontos consecutivos? Os ciclos são todos difíceis. Os jogos com o Benfica e com o FC Porto são considerados dois jogos em que nós não pontuamos. As pessoas mais pessimistas dizem também que nos jogos com o Estoril, com o Belenenses e com o Braga também não vamos pontuar. Uma coisa posso garantir: nestes jogos vamos disputar cada minuto e cada momento do jogo como se fosse o último para conseguirmos pontuar. E quando digo pontuar é ganhar. E, se não pudermos, que o empate seja o resultado menos penalizador. Este ano já houve equipas que roubaram pontos ao Benfica e ao FC Porto por isso não é impossível. Cada vez é mais difícil porque depois as equipas estão mais precavidas, mas apesar
dificuldade - e isso é uma coisa que só tempo o poderá corrigir - é que os treinos são efetuados em dois relvados bastante bons, mas depois jogamos em dois relvados completamente diferentes. O da Ribeira Brava é muito duro e um pouco irregular e o outro, o campo do Nacional, é muito mole e onde nós estranhamos bastante a velocidade da bola e escorregamos bastante. Não me faz confusão nenhuma jogar nesses dois sítios, o problema é que esta questão do piso altera a nossa posse de bola. Mas esta é a nossa realidade e no geral sinto-me feliz por ter estas condições de trabalho. Como está a ser a vida na Madeira? Tenho uma grande capacidade de adaptação. Já viajei por muitos lados, já vivi em muitas cidades e vivi em muitas casas.
“Os jogos com o Benfica e com o FC Porto são considerados dois jogos em que nós não pontuamos (…) Uma coisa posso garantir: nestes jogos vamos disputar cada minuto e cada momento do jogo como se fosse o último para conseguirmos pontuar”.
de o Benfica e o FC terem uma grande fatia de favoritismo, vamos lutar por aquela pequenina percentagem que há para a equipa chamada pequena. O que está a achar do União em termos de condições de trabalho? O clube tem uma cidade desportiva muitíssimo boa. Como treinador, é muito bom ter dois campos relvado para treinar. As condições de trabalho são fantásticas: as instalações, os balneários, a sala de refeições, de reuniões. A única Patrocinado por:
Curiosamente, talvez também pelo meu feitio, consigo sentir-me em casa nos locais onde estou. Fui muito bem recebido e sou muito bem tratado na Madeira. Aproveito todos os locais onde estou para conhecer um pouco mais profundamente as realidades locais, tentando conhecer as belezas naturais e gastronómicas. A Madeira neste momento é um dos meus roteiros preferidos para informar os meus amigos. A adaptação não me tem custado nada, tenho conhecido pessoas extremamente acolhedoras e sinto-me em família.
Edição nº 2, 25 de Setembro de 2015
Patrocinado por:
Edição nº 2, 25 de Setembro de 2015
CANTINHO DO SÓCIO Foto 1: Fernado Gomes, o primeiro da direita para a esquerda, acompanhado por Miguel Freitas, diretor de campo do União da Madeira, e os administradores Aurélio Sousa e Rómulo Coelho. Foto 2: Jurista e a companheira no jantar do 101º aniversário do União da Madeira.
Fernando Gomes Dono do cartão de sócio número 665, Fernando Gomes é unionista desde um ano de idade, altura em que o avô e o tio Jaime lhe começaram a incutir o gosto pelo futebol e em particular pelo União da Madeira. Do avô Fernando Justino Ramos, herdou o nome e a paixão pela coletividade azul e amarela, mas a sua dedicação supera os bastidores do espetáculo, já que boa parte do seu tempo é dedicada a apoiar juridicamente o Clube fundado em 1913. “O União é o meu primeiro Clube. Uma das virtudes desta coletividade é, sem margem para dúvidas, o facto de todos sermos uma família e de todos trabalharmos com o mesmo objetivo: o sucesso do nosso União da Madeira”, afirma orgulhoso o homem que já soma quatro décadas de militância unionista.
“Uma das virtudes deste Clube é, sem margem para dúvidas, o facto de todos sermos uma família e de todos trabalharmos com o mesmo objetivo: o sucesso do nosso União da Madeira” afirma Fernado Gomes.
Foi aliás a proximidade com a estrutura azul e amarela e a sua dedicação ao União da Madeira que o levaram a colaborar com a coletividade logo após ter concluído a sua formação académica. “Depois disso, integrei a SAD do União, com Jaime Lucas, e torneime posteriormente vice-presidente do Clube”, vinca Fernando Gomes que é atualmente diretor do Departamento Jurídico do União da Madeira. Entre os amigos, Fernando Gomes é carinhosamente apelidado de ‘Necas’. Raríssimos são os jogos em casa que não apoia a sua equipa, Patrocinado por:
sempre acompanhado pela companheira Tânia Silva, também ela azul e amarela da cabeça aos pés. Só mesmo em caso de força maior, refere, é que perco um jogo. Entre todos os momentos que marcaram na sua vida como adepto, o retorno à Primeira Divisão merece especial destaque. “Sou sócio desde 1971 e tive a honra de viver muitos momentos felizes com o meu União, desde a subida à Terceira Divisão à passagem à Segunda e à Primeira Liga”, sublinha. O jurista fez questão de acompanhar a sua equipa a Marvila, em Maio do ano passado, tendo assistido em posição privilegiada ao triunfo azul e amarelo. É certo que foi uma conquista sofrida, alcançada no último minuto graças a um golo do Tondela que permitiu ao União da Madeira alcançar a segunda posição na tabela classificativa, mas vivida com intensa alegria. Memórias que, garante, ainda o emocionam. No que à presente época concerne, Fernando Gomes entende que o plantel está a ter um bom desempenho. “O balanço é muito positivo. Só tivemos uma derrota no campeonato até à data e estamos a conseguir angariar os pontos necessários para assegurarmos a permanência na Primeira Liga”. Como qualquer adepto unionista, o jurista gostaria de ver o seu Clube jogar em estádio próprio. A questão do Estádio dos Barreiros não lhe é indiferente e acredita mesmo que “a seu tempo, tudo se irá resolver”. Por enquanto, acrescenta, o “nosso estádio é o da Ribeira Brava e ainda havemos ter muitas alegrias naquele recinto desportivo”. Pela positiva, Fernando Gomes destaca também a evolução do União da Madeira nos últimos anos, quer em termos de infraestruturas, quer em termos organizacionais. “A equipa tem excelentes condições infraestruturais, o número de adeptos e de sócios tem vindo a crescer e é uma enorme satisfação ver cada vez mais jovens a usarem a camisola do União da Madeira e a assistirem aos nossos jogos”, conclui.
Edição nº 2, 25 de Setembro de 2015
UNIÃO EM REVISTA Foto 1 - 1634 foi o número total de adeptos e simpatizantes que assistiram ao jogo frente ao FC Arouca. Sem dúvida, uma assistência simpática. Foto 2 e 4 – O futebol jovem voltou a estar em destaque, este fim-de-semana. Os Iniciados do União da Madeira defrontaram o Marítimo, já os Juvenis jogaram frente ao CF Andorinha. Foto 3 e 5 – Foi com tristeza que os adeptos viram o União da Madeira ser eliminado da Taça CTT, esta quarta-feira, frente ao Paços de Ferreira.
1
2
3
4
5
Foto 6 e 7 - Começou bem a nossa equipa B que derrotou, no último fim-de-semana, o 1º de Maio por 3-0. Os azuis e amarelos levaram a melhor num jogo amigável contra aquela equipa da Divisão de Honra.
6
Patrocinado por:
7
Edição nº 2, 25 de Setembro de 2015
Patrocinado por:
Patrocinado Sede dopor: União da Madeira: Av. Arriaga, 75 - 2º andar - Sala 202, 9000-060 Funchal
Tele: 291 235 664
email: geral@uniaodamadeira.com