OPOP #1 Lado Arte

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OPOP

#1

SET. 2013

+ + + + + +

o palhaço vem pra rua saúde perfeita entendendo direito em forma dicas de filmes, livros música e games

cultura|entretenimento|opinião|moda|lifestyle|gourmet|fitness

Uma entrevista com

Perigo Neto








Índice 14.

20.

30.

17.

22.

34. 14. ESTE HOMEM É UM PALHAÇO 17. DICAS OPOP 19. SAÚDE PERFEITA: NUTRIÇÃO 20. FITNESS: ATIVIDADE FÍSICA 22. CAPA: PERIGO NETO 29. ENTENDENDO DIREITO

19.

29.

30. #VEMPRARUA 34. GUIA



EDITORIAL O que é POP? Todo mundo sabe, né?! Mesmo se cada um responder de forma diferente, a conclusão é uma só: POP é qualquer manifestação em que o povo interage de forma ativa. Essas manifestações se resumem nas artes, na literatura, na dança, na música, no folclore e em mais um bocado de coisa. E é bem por aí que OPOP está fundamentada. Fundada por Nayalle e João Neto, esta revista visa a retomada do projeto que inicialmente tinha outro nome: Epifania. Uma revista eletrônica criada em 2011 por João Neto na conclusão do curso de Jornalismo. Aqui em OPOP, o conceito de revelar as pluralidades continua com força. Tanto que para a primeira edição começamos logo com duas capas! Uma com a apresentação da colunista de moda Priscyla Morais; e a outra traz de volta um dos maiores artistas plásticos do Nordeste: Perigo Neto. Espetacular! Além disso, a revista está recheada de outras matérias superinteressantes, a exemplo da ‘Born to be Wild’, que toma depoimentos de quem respira motociclismo, e do Ensaio Fotográfico de Júlia Nunes no Castelo de Brennand. Já pra quem curte filmes, músicas, games e histórias em quadrinhos, tem uma página especial pra vocês. Sem esquecer das seções Gourmet, Fitness e VIPoraí. Bom... Agora que fomos apresentados, que tal virar a página (ou a revista) e começar a ver quem é mesmo OPOP!

fundadores

João Neto & Nayalle Mayra

OPOP MAGAZINE

EXPEDIENTE Edição e diagramação Direção, marketing e assistência editorial

CAPAS

OPOP#1

SET. 2013

+ o palhaço + vem pra rua + saúde perfeita + entendendo direito + em forma + dicas de filmes, livros música e games

cultura|entretenimento|opinião|moda|lifestyle|gourmet|fitness

João A. M. Neto

Fotos

Priscyla Morais

Nalvinha Nunes, Marlon Nóbrega, Yan Rafaell, Alarcon, Ramon Vasconcellos, João Neto e acervos pessoais (VIPor aí)

vem com tudo

Serviços gráficos Uma entrevista com

Perigo Neto

OPOP

Gráfica Real

#1

+ júlia nunes - 15 anos + born to be wild + VIPor aí + beleza + gourmet + drinks

Nayalle M. G. Moreira

Redatores

João Neto, Murilo Santos, Nayalle Mayra, Eduardo Brasileiro, Jonas Guedes, Jade Vilar, George Oliveira, Orlando Damascena

Publicidades

Agência SIGA! - Willams Nunes Lado Arte: 4,6,11,12,21 e 34. Lado Moda: 5,10,13,23 e 30

SET. 2013

cultura|entretenimento|opinião|moda|lifestyle|gourmet|fitness

Tiragem

3.000 exemplares

Agradecimentos

Katiuska Lira, Nadja Guedes, Sara Andrade, Odinéia, Murilo Santos, Misael Nóbrega, João Leuson, Mara Santos e Júnior.





fotos

ALARCON

Matéria originalmente publicada na Revista Epifania

Este homem é um...

PALHAÇO Foi em 2011, quando concluía o curso de Comunicação Social, que o editor¹ de OPOP e seu orientador² conceberam a ideia de realizar uma entrevista com o artista Ronaldo Martins para se entender melhor quais forças o incentivavam a interpretar o Palhaço Miriçoca. Em um bate-papo franco e emocionado, o brasiliense radicado em Patos falou do início da carreira, dos altos e baixos como animador de festas e da sua paixão pelo sorriso das crianças. ¹ João Neto ² Fábio Silva

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ARQUIVO ESPECIAL

“O nosso trabalho é fazer as outras pessoas felizes, mas há quem se sinta na liberdade de maltratar o artista” - Ronaldo Martins (Palhaço Miriçoca) Acolhida Logo que nos recebeu em casa, Ronaldo nos perguntou se queríamos vê-lo maquiado. Não se sabia se a sugestão tinha algum motivo específico, mas aceitamos prontamente. Tão impressionante e rápida foi a transformação que a camiseta listrada, o macacão azul, as pastas de maquiagem, a peruca colorida e o nariz vermelho pareciam mais ingredientes mágicos que simples acessórios. Em poucos minutos já havíamos esquecido que falávamos com alguém sem nariz vermelho. Na nossa frente só havia o Palhaço Miriçoca. Para ele, o envolvimento com o seu personagem é tamanho que já não a distinção entre artista e criação.

O nascimento de Miriçoca Daí fomos à entrevista. Ronaldo conta que há 20 anos, enquanto brincava entre amigos, era censurado repetidas vezes por fazer folia com tudo à sua volta. Com ele, parecia que nada era levado a sério. Deveria se o jeito mudar? Ser simplesmente um homem sério? Tomado pela crítica dos amigos, ele não viu a seriedade como alternativa. Preferiu legitimar o que já estava constatado por todos: precisava se tornar um palhaço. Se já era bem humorado e também adorava fazer as crianças sorrirem, nada mais natural que se fantasiar e ganhar a vida alegrando as pessoas. Segundo ele, nunca houve sequer um momento de arrependimento na decisão, mesmo com os problemas

que enfrenta até hoje. Quase sempre, no caminho do trabalho, não há como fugir das brincadeiras que soltam pelas ruas. Normal, para quem anda vestido de palhaço. Por se tratar de um personagem cômico, ele traduz isso como reconhecimento de um ofício bem feito. Porém, se entristece quando um ou outro gaiato extrapola no deboche. Basta uma resposta bem dada para colocar o abusado em seu lugar. São os ossos do ofício... Pela tarde, já com a maquiagem derretendo, Miriçoca confidencia que o calor é um dos seus piores inimigos. “Não tem maquiagem que se sustente no rosto com esse calor. E mesmo que o aniversário seja feito numa noite fria, eu corro e pulo todo o tempo, então dá na mesma! A pessoa precisa ter disposição de atleta”.

As Alegrias... Sobre a aceitação do público, Miriçoca ri e diz que sua maior satisfação é o sorriso de uma criança. É daí que vem a certeza de que está fazendo o certo e que o show precisa continuar. Ele sabe que aperfeiçoar o repertório é essencial pra manter crianças e adultos alegres durante toda uma festa e reconhece esta não é uma tarefa fácil. “Preciso estudar muito pra que as piadas e as brincadeiras animem o público, sem coisas imorais ou que ofendam alguém. As vezes algumas pessoas pedem piadas imorais, mas no meu show não existe esse tipo de humor por respeito às crianças.”

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... e as tristezas Passados mais de 20 anos atuando e lidando com o público, Ronaldo também guarda em suas memórias, experiências que lhe trouxeram angústias, quase sempre relacionadas à falta de reconhecimento artístico em momentos marcantes da sua vida. “A minha maior tristeza é o desdém que algumas pessoas têm pela figura do palhaço. O nosso trabalho é fazer as outras pessoas felizes, mas infelizmente há quem sinta a liberdade de maltratar o artista, como se não tivéssemos sentimentos. Houve uma vez, em um evento, que um jovem furou minhas costas com um espeto de madeira. Doeu muito e não houve como contornar a situação. Quando prestei atenção,

única atitude dos pais foi rirem da situação. Logo depois a festa acabou por causa do episódio.” disse o artista emocionado. Sem a maquiagem, Ronaldo aparenta ser uma pessoa completamente normal. Nos

momentos em que não se fantasia, trabalha como taxista, curte a família, se encontra com os amigos, enfim, tem uma rotina tão habitual como a da maioria das pessoas. Mas é só parar pra perceber que Miriçoca é a materialização de todas as experiências positivas que Ronaldo Martins pôde vivenciar. Depois de duas horas de conversa, tivemos que deixar Ronaldo voltar a preparar a mala, ele faria apresentações em mais de dez cidades da Paraíba e Pernambuco. As pessoas precisam de alegria, e ele tem consciência disso. Descanso? Apenas no mês de janeiro, quando ele e a família viajam para Tambaba, no litoral paraibano, onde tudo é azul e todo mundo fica nu. n


DICASOPOP Pacific Rim

FILMESmusicalivrosgameshq’s get up ! Em um futuro próximo, o mundo conhece os Kaiju: gigantescas criaturas capazes de causar devastação com sua simples presença. Para combatê-los são criados os Jaegers: robôs gigantes capazes de levar a luta até o inimigo, permitindo confrontá-lo de maneira efetiva. Mano a mano. Este é o ponto de partida de Círculo de Fogo (Pacific Rim, 2013), novo filme de Guillermo del Toro. O filme é uma clara homenagem aos antigos Tokusatsus japoneses e deve agradar apreciadores do gênero, assim como todos os que gostam de curtir uma ótima sessão de pancadaria no bom estilo Godzilla. A ação, evidentemente, é o melhor ponto de Círculo de Fogo. Os combates são retratados com uma magnitude nunca vista, em cenas muito bem coreografadas. Os personagens centrais também são interessantes e têm uma dinâmica empolgante, ainda que pouco se desenvolva no decorrer da história. Círculo de Fogo agrada e é uma excelente opção pra quem procura uma tarde de diversão e deseja encher os olhos com fantásticos efeitos especiais. Nostalgia inclusa.

Lançado no começo desse ano, o álbum Get Up! é fruto de uma parceria entre Harper e Charles Musselwhite, uma fera do blues americano e mestre da gaita elétrica, pouco conhecido por aqui. A dupla conseguiu criar um verdadeiro efeito máquina do tempo nas 10 faixas da obra, transportando o ouvinte para a década de 1960. Get Up enfatiza o blues, particularmente nas três (ótimas) faixas iniciais e na canção título, que tem uma pegada a la B.B. King. O destaque é da intimista “All That Matters Now”, de abertura. Visitando outros estilos, temos “I don’t Believe a Word you Say” e “Blood Side Out”. “We can’t End this Way”, com forte levada gospel; além de “She got Kick”, mais ao estilo rock and roll, e a belíssima balada “You found another Lover”, onde Harper deixa sua marca pessoal. Vale a pena conferir.

A série Homem Aranha 2099 foi publicada no Brasil pela Abril a primeira vez em outubro de 1993 e foi considerada uma das melhores releituras do herói de todos os tempos. Ambientada em um futuro onde os governos desapareceram e o mundo é dominado pelas grandes corporações, a história é cheia de viradas e tramas narradas em ritmo frenético. O mundo teria sofrido algum evento misterioso que dizimou os super seres. Até o momento. A chegada do novo Homem Aranha marca o retorno dos heróis, que vão aparecendo à medida que a opressão política precisa mudar. Tomando todos de surpresa, a Panini relançou em abril desse ano esse clássico em edição de colecionador em 250 páginas, em impressão de ótima qualidade, e com preço acessível (R$ 22,90). É uma oportunidade ímpar de conhecer (ou relembrar) o instigante universo 2099 e seu principal representante.

injustice

spiderman 2099 Um dos grandes lançamentos do ano, “Injustice: Gods Among Us” é um jogo de luta com personagens icônicos da DC: Super Homem, Batman, Mulher Maravilha, Flash, Aquaman e Lanterna Verde. A história se parece com certas sagas da DC, como O Reino do Amanhã e Terra 2, e se passa em nossa realidade e em outra alternativa, onde o Super Homem resolveu instituir um regime totalitário no planeta, o que dá um sabor diferente à trama.O jogo foi produzido pela Netherhealms, a mesma do último Mortal Kombat, com o qual Injustice tem similaridades marcantes, como a movimentação e a lógica dos golpes. As diferenças, porém, são visíveis. Tudo é mais grandioso, não há Fatalities (ei, esse é um jogo com super-heróis!), o controle é simplificado, e o cenário bastante interativo, com coisas a serem quebradas ou arremessadas dependendo do tipo de personagem que você controla. Injustice foi lançado em abril de 2013, e está disponível para Playstation 3, X-Box 360 e Wii U. Jogão! 17


SAÚDE PERFEITA

A Saúde da Mulher em Foco Você pergunta e o Ginecologista Dr. Orlando responde

CRM 1501 PB

Toda vez que se fala em saúde da mulher, várias dúvidas começam a aparecer. E é pensando nisso que o Dr. Orlando Damascena elencou algumas das perguntas mais frequentes para respondê-las aqui. Tenho microcistos nos ovários e atrasos menstruais. Já posso usar comprimidos anticoncepcionais para regular? Preciso ser Operada? Nem uma coisa, nem outra. Procure o médico. Inicialmente, será investigado no seu sangue, alterações hormonais provocadores de microcistos, para daí, tomar decisões acertadas quanto ao tratamento de uma possível síndrome dos ovários policísticos. Caso a doença não seja tratada corretamente, a mulher passará por atrasos menstruais, aumento de peso e seu corpo pode assumir aspectos masculinos (excesso de pelos e gordura mais localizada na barriga). É comum a dificuldade de ficar grávida e de se tornar diabética ou hipertensa no futuro. Dr. Orlando. Tenho 17 anos, sou casada há 6 meses e não tive filhos. No exame ginecológico mostrou que o colo uterino apresenta uma parte vermelha. Eu preciso de uma queimagem? Não! Certamente o que você tem é um fenômeno chamado ‘Ectrópio’. Isso não é doença! Algumas jovens sem filhos e várias mulheres que passaram por partos normais podem apresentar aspectos avermelhados nos seus colos uterinos, sem problema. O tal epitélio vermelho é importante na proteção dos espermatozóides. Caso seja queimado, as chances de gravidez na mulher podem diminuir. Indica-se a queimagem do colo uterino, principalmente, se numa biópsia o diagnóstico apresentar sinais de pré-câncer. 18

Dr.Orlando. O que é Histeroscopia? É um exame que permite filmar o interior do útero, possibilitando diagnosticar o interior do útero, possibilitando diagnosticar com mais clareza doenças como o Câncer Endometrial, Pólipos, Miomas Sub-Mucosas, etc. A Ultrassonografia já sugere existir alterações dentro do útero, mas é a histeroscopia diagnóstica realizada posteriormente que esclarecerá melhor a doença existente, permitindo inclusive, a realização de biópsia na investigação de câncer. Indica-se também a histeroscopia em mulheres com dificuldades de ficarem grávidas e nas que apresentam sangramentos uterinos sem respostas aos tratamentos clínicos Pode-se evitar o Câncer de Colo Uterino? E o da Mama? O Câncer de Colo Uterino, provocado pelo vírus HPV pode ser evitado. Sinais no colo que, que só haverão de transformar-se em câncer entre 7 e 10 anos, poderão ser visualizados e diagnosticados através do exame da colposcopia e da citologia. Os quais, tratados, pode chegar a 100% de cura. O Câncer da Mama não é visível no seu início. Há chances de cura quando diagnosticado cedo. Realizamos em Patos, cirurgias do Câncer de Mama e do Útero com a participação do Dr. Cadete. Ele é mastologista e oncologista, médico do Hospital do Câncer Napoleão Laureano.

Clínica GINECAM Av. Pedro Firmino, 256 - Centro de Patos n Telefone (83) 3421 3827


Perfil: Drª. Illyuska

atuação, saúde e dedicação

A

limentar-se bem é uma prioridade que já virou realidade nos nossos tempos. Previne doenças, regula o sono e melhora o ânimo. E pra acompanhar tudo isso, a presença do nutricionista é fundamental. Formada na Universidade Federal da Paraíba há pouco mais de 2 anos, a nutricionista Illyuska Leite se destaca pelo profissionalismo reconhecido na atuação da área médica de Patos. Para saber mais dos principais temas que envolvem a nutrição, OPOP conversou com a profissional que falou sobre rotinas, comida sertaneja e dietas milagrosas. OPOP: Muitos consideram o trabalho do nutricionista focado somente no emagrecimento. Isso procede? Drª Illyuska: Não... de forma alguma. Se há algo que fazemos, esta coisa é proporcionar a Educação Alimentar. Desde o nascimento à terceira idade a alimentação precisa ser acompanhada. Eu me baseio na entrevista com o paciente. Depois realizamos a medição do IMC¹ e do adipômetro². Assim, fazemos uma dieta que atenda às necessidades nutricionais, levando em conta a idade da pessoa. Daí, em cada reunião nós analisamos os aumentos e diminuições de gordura e músculos. OPOP: Como seguir horários de dieta em um mundo tão frenético? Tudo depende da adaptação da pessoa ao lugar. Caso haja um restaurante perto do trabalho, o nutricionista precisa saber como o cardápio pode se ajustar à dieta do paciente. Outra forma bem eficiente é levar a comida de casa para o trabalho.

Drª Illyuska Leite CRN 10890/p

OPOP: E o cardápio sertanejo? Qualquer dieta deve levar em conta as singularidades da região. Eu sempre ofereço opções que estejam ao alcance do paciente. Em outros casos, O exagero também deve ser cortado, como o cuscuz que é muito bom e faz parte da nossa cultura. A dieta orienta quantidades e dias específicos pra consumir. Afinal, nada em excesso é saudável. OPOP: E as dietas milagrosas? Nós, nutricionistas, não concordamos com isso. Em propostas do tipo “perca 15 quilos em 30 dias” não existe reeducação alimentar. A pessoa passa fome e depois que os 30 dias acabam, todo o peso retorna. Em uma dieta acompanhada, a pessoa não deixa de comer e seu peso estabiliza para o ideal. Na reeducação, a possibilidade do peso voltar a subir é muito difícil. OPOP: De que forma o seu trabalho reflete na vida das pessoas? Quando as pessoas vêm para fazer uma reeducação alimentar há uma conversa que revela o quanto a rotina vai interferir na alimentação. A nutrição e a saúde emocional têm ligações fortíssimas e uma interfere diretamente na outra. Se a pessoa come bem, se sente bem. Drª Illyuska atende todas as faixas etárias e casos peculiares que impedem o paciente sair de casa. Ela também é responsável pelo acompanhamento nutricional do Hospital São Francisco. O consultório da Drª Illyuska fica na Policlínica São Francisco Rua Floriano Peixoto, Centro de Patos. n Telefones: (83)3422-1618 e (83)9108-1948

1. cálculo que determina peso ideal da pessoa 2. instrumento que determina taxa de gordura corporal 19


EM FORMA

Atividade Física sua saúde agradece

N

George Oliveira CREF 3282

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os dias de hoje é difícil falar em qualidade de vida sem exercício físico. Na correria diária, costumamos nos esquecer de alguns cuidados que nos blindam contra doenças que são vistas como verdadeiras epidemias do mundo contemporâneo, tais quais: diabetes, hipertensão arterial, doenças metabólicas, problemas cardíacos, depressão, ansiedade, entre outras, todas elas agravadas normalmente pelo sedentarismo e pelo estresse das aceleradas rotinas de trabalho e de estudo que nos são impostas pela competitividade do mundo globalizado. Assim, a busca por soluções que diminuam os efeitos nocivos dessas rotinas estressantes passa, necessariamente, pela adoção do exercício físico e de uma alimentação equilibrada, como auxiliares no tratamento de doenças, e também bem como alternativa preventiva para quem deseja manter um estilo de vida saudável. Além dos benefícios à saúde física, se exercitar é uma poderosa ferramenta na melhoria da autoestima dos praticantes e, consequentemente, da saúde mental dos mesmos. Qualquer pessoa pode fazer atividade física. Não precisa ser um atleta para cuidar da sua saúde. Caminhar pelo bairro, correr, andar de bicicleta, nadar, dançar ou passear com o cachorro, também pode trazer vários benefícios, sobretudo quando se aproveita tudo isso para estar em contato com o meio ambiente. É importante escolher algo que dê prazer e praticar com regularidade. Usufruir e desfrutar dos espaços públicos para lazer é um bom começo para descobrir que fazer atividade

física é mais simples do que parece. Por fim, fica um convite aos leitores a adotarem já a prática regular de exercícios físicos, pois além de ajudar a fortalecer os músculos, melhora a qualidade óssea, melhora a frequência dos batimentos cardíacos e a circulação sanguínea bem como evita, diminui e controla doenças cardiovasculares, ansiedade, depressão, obesidade, diabetes, osteoporose e alguns tipos de câncer. Sua saúde agradece!

Seguem 10 dicas importantes para a prática de atividades físicas e conquista de uma melhor qualidade de vida: 1. Não faça atividades físicas em jejum e beba água antes, durante e depois; 2. Atividade em grupo ou com um amigo ajuda a manter o estímulo; 3. De preferência a lugares apropriados, como parques, praças e centros esportivos; 4. Consulte um profissional de atividade física antes de fazer atividade mais rigorosa ou aumentar o tempo das que você já faz; 5. Use roupas leves e prefira as horas mais frescas do dia, não use plásticos em volta do corpo. Eles aumentam a desidratação e a temperatura corporal 6. Coma mais frutas, verduras e legumes, prefira sucos ou água a refrigerantes; 7. Use sempre o filtro solar; 8. Evite elevadores e use mais as escadas; 9. Conheça sua cidade caminhando ou junte uma turma para jogar vôlei, pedalar, futebol ou fazer caminhada; 10. Estacione o carro mais longe ou desça em um ponto de ônibus mais distante, para você n andar um pouco mais.



entrevista

JOテグ NETO e MURILO SANTOS fotos

NALVINHA NUNES


ESPECIAL DE CAPA

UMA ENTREVISTA COM

PERIGO NETO Suas obras estão ali... nas paredes da ‘Antiga Rodoviária’. Ao alcance das mãos de qualquer um que queira ver seus traços mais de perto ou simplesmente que decida se escorar por ali. Também estão espalhados por escritórios, corredores e casas. A verdade é que com tanto tempo de convívio com a arte de Perigo Neto, o patoense naturalmente sente uma forte ligação com a influência causada pela sua presença. 38 anos depois de sua partida da Morada do Sol, Perigo ainda volta a Patos por outros motivos que não o pincel. Em busca de saber o porquê, OPOP ‘deu os seus pulos’ e conseguiu uma entrevista exclusiva com o artista e aproveitou pra falar sobre a arte na vida, as lembranças e as fortes ligações com a cidade natal.

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Pescadores do Mucuripe

Q

A quantas anda, Perigo Neto? uando saí de Patos em 1976, morei em Recife por 8 anos e depois me fixei em Fortaleza por 30 anos. O que me fez ter ficado longe de Patos há 38 anos. O incrível é que sinto como se tivesse deixado a Morada do Sol apenas no último São João, quando tive o prazer de rever a terrinha, a família e os amigos . Aqui em Fortaleza participei de várias exposições, com destaque para o 50° Salão de Abril, onde fui selecionado entre mais de 350 concorrentes. Também tive a felicidade de realizar uma exposição individual na antiga Telemar. O resultado foi a escolha de um dos trabalhos expostos para ser capa dos catálogos telefônicos do interior do Ceará no ano seguinte. Porém, reconheço que a vida de artista é dura. Cheguei a conclusão que aqueles que enaltecem o nosso trabalho, acham tudo muito bonito e dão o maior valor, preferem colocar na sala uma gravura já emoldurada do que um trabalho original. Alguma outra paixão além da pintura? Sou metido a poeta e adoro poesia de repente. Há um poema de minha autoria chamado “Eu morro e não me 24

acostumo ser pobre e não ter cartaz”, que por obra do destino foi escrito em 1976, um mês antes de ser chamado para trabalhar no Recife e que na base da caneta tirei o seguinte repente:

Eu vivo atormentado Jogando na loteria E nunca essa porcaria Dá zebra para o meu lado, Meu tempo é protocolado Pela miséria sagaz, Parece que o satanás Se atravessou no meu rumo, EU MORRO E NÃO ME ACOSTUMO SER POBRE E NÃO TER CARTAZ. Como nasceu a sua relação com a pintura sendo você natural de uma cidade carente de artistas plásticos? Houve uma época em que meu irmão e mais dez amigos fundaram o Fortelândia. Um clube de jovens com objetivos culturais e sociais. Foi onde conheci Marcos Meira Cezar (Marquinhos), Marconi Portela e Osvaldo Trigueiro, que tinham em comum o gosto pela arte. Era costume ornamentar clubes com pinturas e nisto o bom de bola era Marquinhos. Como eu não sabia usar o pincel, apenas observava. Mas

me atrevi a desenhar na parede de fora do prédio um Roberto Carlos inspirado em uma camiseta com a inscrição: “É uma brasa, mora!’ Pois bem. Na noite de inauguração todos que olhavam para o Roberto Carlos, perguntavam pelo autor. Uma das presentes, Berlânia, filha do prefeito José Cavalcante, olhou para mim e disse: “ Puxa, você é que é uma brasa”. Com o tempo fui aprendendo a pincelar e como na realidade eu não tinha gostado do tal Roberto Carlos, tempo depois eu mesmo passei cal por cima da figura e fiz outro Roberto, caprichando em cada fio de cabelo, em cada curva, desenhado e pintando, enfim... Serviço completo. Eu tinha 15 anos e em pouco tempo passei a ser chamado para as decorações das tradicionais festas da época, Festa da Primavera, Festa do Algodão, Festa Universitária e principalmente a ornamentação carnavalesca da AABB, do Campestre e do Patos Tênis Clube que, por vários anos, mesmo já morando fora, continuei fazendo. Meu primeiro quadro, pintado num tecido esticado num chassi de madeira, feito com tintas que nem sei de onde tirei, era justamente uma procissão inspirada na música de Gilberto Gil do mesmo nome que dizia: “(...) olha lá vai passando a procissão, se arrastando que


nem cobra pelo chão, as pessoas que nela vão passando acreditam nas coisas lá do céu...” Este quadro foi doado ao Dr. Diógenes pela minha mãe. O doutor era nosso vizinho na Rua Rui Barbosa e nos ajudava muito nas enfermidades. Sobre a realidade da nossa cidade – a falta de incentivo às artes - você acha que algo mudou? Há uma evolução positiva nesse sentido? A falta de incentivo às artes por parte do poder público, assim como do privado, tem sido praxe em todos os governos, pois a cultura e a educação foram menosprezadas por muitos anos. Tanto que, por mais que se diga que houve uma mudança para melhor, continuamos aquém do desenvolvimento cultural e educacional de outros países. Basta ver que uma das bandeiras das grandes manifestações, que agora ocorrem no país, é justamente a inoperância do Estado com relação a questão. Se evoluiu foi muito pouco, porém, só daqui a alguns anos é que saberemos a resposta. Como se deu a feitura das pinturas da antiga Rodoviária de Patos? 1972 foi o ano do sesquicentenário (150 anos) da Independência do Brasil. Eu tinha 21 anos e pelo que me lembro, a inauguração da rodoviária fazia parte das comemorações da data. O prefeito de Patos era o Dr. Olavo Nóbrega. Fui então procurado pelo Dr. Romero Nóbrega, grande amigo e incentivador que, conforme me confidenciou, tinha colocado meu nome e convencido à administração que eu era a pessoa mais indicada a realizar o trabalho de pintura dos painéis. Desde então, o nome preferido era o de Zezinho Pintor. No final ficou decidido que eu faria os painéis e Zezinho faria os letreiros. Por alguns dias ele esbravejou, ficou P da vida, mas foi quem me emprestou um banco de madeira para que eu pudesse pintar até a altura do teto. A maior dificuldade estava no formato estreito e na quantidade dos pai-

O Pedreiro, A Lavadeira, O Menino, O Carroceiro

Quando eu nasci, Patos ainda era menina. Crescemos juntos eu e a cidade. LEMBRO Dos camelôs Na feira no Mercado Público, da Feira de Passarinhos, do Pau-de-Sebo de Manoel dos Santos, dos sermões de Frei Damião, das exposições de gado, das vaquejadas, dos cantadores, dos vitimados pelas secas, das procissões... néis (12). O que limitava a elaboração de um trabalho mais abrangente. A solução foi sair distribuindo personagens do nosso cotidiano (pedreiro, lavadeira de roupa, leiteiro, menino soltando pipa etc). Além de tudo, a superfície era rebocada por uma mistura de areia e cimento irregular. Eu não tinha conhecimento da técnica e nem paciência para deixar a superfície adequada e só depois trabalhar na pintura. Então, foi tudo feito na “tora”. A parede era sofrível e a tinta utilizada não era apropriada (esmalte sintético). Quando no meio do caminho aparecesse um “buraco” eu tinha que me virar para fechar, pois não tinha um pedreiro que me socorresse. Mas no fim

das contas tudo foi terminado a tempo para a inauguração. Um detalhe curioso é que eu também fui encarregado de desenhar o modelo dos balcões das lanchonetes e dos guichês de venda de passagens, minha primeira e última experiência no ramo. O layout das calçadas de acesso em que foram utilizadas pedras portuguesas também foi da minha autoria. Então, como agradecimento ao prefeito Olavo, que em momento algum interferiu no meu trabalho, utilizei o logotipo daquela administração, formado pelas letras iniciais de Olavo Nóbrega, como ponto de partida do desenho aplicado. 25


A pintura Naïf foi uma escolha dentre outras ou esse estilo surgiu naturalmente? Porque? Claro que surgiu naturalmente. Quando eu era menino não tinha nem como escolher, o único critério que se ouvia sobre pintura tinha como personagem Zezinho Pintor. Não havia televisão nos moldes de hoje. Globalização? Muito menos! Nem se imaginava que iríamos chegar a comunicação em tempo real com todo o planeta. Patos era um mundo a parte. Ouvia-se falar dos grandes jogadores, dos grandes cantores, porém se curtia mais os destaques locais. Existiam os afrescos da Catedral, mas eles sugeriam apenas o inalcançável. A inspiração vinha dos contos do cangaço, da religiosidade, dos flagelos da seca, dos festejos juninos, dos santos sertanejos, pelo dom de nascença como costumamos dizer no interior. Qualquer tema é passível de ser tratado por sua pintura ou o seu estilo se dirige melhor e com exclusividade a temas regionais? Qualquer tema pode ser abordado, dependendo do que representa na rotina do indivíduo. Os temas religiosos são abordados por todo tipo de artista cada um com estilos diferentes. De Miche-

langelo a Picasso o tema religião deve ser o mais recorrente do mundo. Os chamados pintores primitivos abordam ainda mais o tema, tanto na pintura como na escultura. Eu, particularmente, já fiz uma dúzia de “Últimas Ceias”, adaptadas a cenários diferentes. Contudo, certamente, os temas regionais são os mais interessantes para o meu estilo. o cangaço, por exemplo, vem sendo utilizado por mim na pintura de mandalas, com cangaceiros históricos e fictícios. Mercado. Como você se encontra no comércio de pinturas em nosso estado e no mercado em geral? Atualmente, estou muito acomodado quanto a divulgação dos meus trabalhos. Posso até estar enganado, mas sinto que não existe uma integração no mercado da arte entre a Paraíba e o Ceará. Porém o fato de não existir uma clientela satisfatória desanima e faz cair o interesse do artista. Contudo, vendendo ou não, o pintor tem que batalhar para expor seus trabalhos, buscar galerias, praças etc. Quando busquei espaço para expor meus trabalhos aproveitei algumas portas abertas. Correios, Banco do Nordeste, espaços públicos e galerias particulares estão sempre buscando novidades. Ultimamente tenho me res-

tringido a fazer trabalhos mais domésticos e limitados, que são adquiridos por amigos, colegas e aqueles que tomam conhecimento do nosso trabalho através do boca a boca. Hoje você é funcionário público. Você já viveu exclusivamente da arte? Creio que só em Patos, no tempo em que fazia de tudo: pintava faixas, ornamentações e até letreiros! A verdade é que na época, sendo apenas estudante, solteiro e vivendo na casa dos pais, o que pintasse era lucro. Porém, o que se vê no Brasil é que poucos vivem da arte. E já é rotina o artista ser retratado sempre como uma pessoa que veste roupas surradas, que utiliza instrumentos precários para esculpir, talhar, pintar obras de artes admiráveis e que mal consegue bancar o pão de cada dia. Contudo, o artista que consegue viver exclusivamente da sua arte pelo valor que merece ou pela sorte que tem, vai poder evoluir, produzir mais, em quantidade e qualidade suficiente para ficar constantemente em evidência. Como você se relaciona com o público consumidor de pinturas de Patos? Eu fiz apenas uma exposição em Patos ao longo desses 38 anos de

Meu avô foi cangaceiro Nas quebradas do sertão, Matou muito cabra ruim Mas também muito cristão. Hoje, eu me chamo Perigo Que era o seu apelido No bando de Lampião. Fora o nome sou tranqüilo, Nunca passei por bandido, Tenho outra formação. Quando pretendo matar Não pego no mosquetão, Uso as armas do desejo E entre tapas e beijos Mato de amor e paixão! 26


ausência. Aconteceu na gestão de Dinaldo, velho amigo de infância. Tendo sido patrocinada pela Secretaria de Educação e Cultura. O local do acontecimento, pouco propício, foi no saguão do Fórum Miguel Sátyro. Apesar das dificuldades apresentadas pelo local e da pouca divulgação do evento, fui recompensado pela presença dos amigos e pela venda de cerca de 10 trabalhos. Por recomendação do prefeito, a Secretaria adquiriu a tela “PESCADORES DO MUCURIPE”, com a qual fui selecionado para o 50° Salão de Abril de Fortaleza, já mencionado. Hoje a obra pode ser encontrada no acervo da Secretaria de Educação. Sempre desejei voltar a fazer uma exposição em Patos, mas, o fato é que os gestores da cidade foram sendo substituídos pelas novas gerações e eu, como um barco a deriva, fui ficando esquecido. E o que ficou ainda de você em Patos? O que essa cidade representa pra você e sua pintura? Os painéis da antiga rodoviária, inegavelmente! Embora, já maltratados pelo tempo e pela condição dos locais

em que foram pintados, eles são o meu cordão umbilical com Patos. Infelizmente, por ficarem ao alcance das mãos e dos pés dos freqüentadores, o desgaste da pintura acaba se acelerando. Afinal, foram executados em 1972 e já se vão 41 anos de resistência. Lembro que, quando ainda morava em Recife, fui avisado que Dr. Rivaldo, prefeito na época, queria falar comigo. Chegando a Patos fui até o consultório dele e fiquei um bom tempo sentado esperando ser recebido. Em dado momento ele apareceu e eu falei: “Dr. Rivaldo, Perigo Neto!” Ele apenas respondeu que no outro dia eu comparecesse à prefeitura. Dia seguinte o prefeito foi logo dizendo: - Chamei o senhor para fazer o trabalho de recuperação dos painéis da rodoviária que está recebendo serviço de manutenção... Por quanto o senhor faz?” - Cz$1.000,00. - respondi inseguro. - Dou Cz$600,00 e se o senhor não quiser eu mando apagar! - Não, não, tudo bem, eu faço. Fiz a recuperação e quando comuniquei que havia terminado, pedi o valor em dinheiro e não em cheque. Secamente, ele respondeu que teria que ser em

cheque e ponto final. Porém, para minha surpresa, quando fui receber tava lá o dinheiro em espécie. Sobre as restaurações feitas em suas pinturas na rodoviária. O que você pensa sobre elas? Acho desnecessário, já que o autor da obra está a um e-mail de distância e sequer foi consultado. É uma ingenuidade do artista que realizou o trabalho de restauração acrescentar o nome dele. Também vi Zezinho sobrepor o nome dele num dos painéis da Via Sacra da Catedral de Nossa Senhora da Guia. Isso aconteceu quando disputamos quem seria o escolhido para o trabalho de restauração que Padre Levi pretendia fazer nos painéis pintados por “Lima”. Graças a Deus que não fui eu o escolhido. Apesar da diferença de idade e estilos, Zezinho e eu chegamos a nutrir uma amizade e em algumas oportunidades até tomamos umas cervejas juntos. Com aquele jeitão ríspido porém respeitoso, ele me dizia: Sou eu na “artística” e você na “moderna”! Pra finalizar: Perigo Neto é pop? Eu diria que sou um artista popular porque não tive escola e pinto por intuin ção, inspirado nas regionalidades. 27



ENTENDENDO DIREITO

CDC ou Leasing? saiba qual a melhor forma de financiar o seu carro Por Dr. Jonas Guedes OAB/PB 18.027 Pós-Graduando em Processo Civil e Membro da Escola Superior de Advocacia

Q

uem pensa em comprar um carro novo aproveitando as promoções tem que ficar atento às ofertas de financiamento. Os juros altos podem fazer o motorista pagar quase dois carros. O consumidor tem que procurar as melhores taxas. Existem grandes diferenças entre as taxas. Por isso o consumidor deve procurar com calma o que vai ser melhor para ele. O CDC (Crédito Direto ao Consumidor) é um empréstimo com uma prestação fixa, onde o comprador pode antecipar as parcelas finais para ter abatimento dos juros proporcionais. No leasing, que é um aluguel, ele vai ter um valor residual que se pode quitar o bem e ficar com o carro para sempre. No leasing o carro permanece no nome do banco e só no final dos pagamentos ele passa para o consumidor por causa da taxa que já foi paga antecipadamente.

Caso devolva o bem, o consumidor pode pedir de volta a parcela antecipada do valor residual. O famoso VRG. O leasing, também conhecido como arrendamento mercantil, é o contrato em que o arrendador (banco ou sociedade de arrendamento mercantil) adquire um bem escolhido pelo cliente (arrendatário ou locatário) para alugar a ele por um determinado prazo. Há ainda a possibilidade de compensação entre as prestações em atraso e o valor que o consumidor tem a receber a título de VRG. Em regra, a prestação na operação de leasing é composta da soma da contraprestação mensal (aluguel), que corresponde às remunerações e despesas pela utilização do bem e do Valor Residual Garantido - VRG, que é o valor contratado para o exercício do direito de compra. Em termos de taxas, o leasing costuma ser melhor porque o banco já tem o bem no seu nome, mas os dois n precisam ser pesquisados sempre. 29


BRASIL

O retrospecto

de um movimento que ainda * *

não acabou Muitos participaram. Todos viram. Quando em junho de 2013 começaram os protestos contra o aumento de 20 centavos no valor da passagem de ônibus, a discussão sobre as razões que impulsionaram o brasileiro a ir às ruas para protestar foram postas em evidência. A proposta da 'Cura Gay', a exclusão do Ministério Público em investigações e a manipulação informativa dos grandes meios de informação do Brasil geraram reações em cadeia de clamor por todo o Brasil. Em meio a toda esta polêmica gerada entre o povo e o poder público, uma pergunta emergiu violentamente para nossas realidades: DO QUE O BRASIL PRECISA?

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#vemprarua D

esde quando o grito “Vem pra rua!” se Em Patos, as manifestações tiveram as suas tornou o lema oficial dos protestos que representações civis com a iniciativa de estudantes irromperam em junho, uma legião universitários. Mas, diferente do resto do Brasil, as de brasileiros de diversas caminhadas também lidaram com forças sindicais e cidades tomaram as ruas partidárias. Pra Ovídio Angelino, co-fundador pra protestar por educação, saúde, do movimento na cidade, a saúde e o justiça e contra o rumo tomado transporte público foram os principais Deixamos de deitar por boa parte do política nacional. motivos que o impulsionaram a se engajar eternamente em berço nesta força, mas ele reconhece que cada O aumento das passagens, a Cura esplêndido e estamos Gay, as PECs e a manipulação participante buscou externar as suas midiática chegam a interferir o mostrando QUE UM FILHO reivindicações. Independente ou em meio social de tal forma que o povo grupos organizados. TEU NÃO FOGE À LUTA! buscou a insurreição sem bandeiras. Já que todo esse tumulto girou Manifestante Quem tem idade suficiente pra em torno da necessidade por atitude ter vivido outras revoluções, deve ter se política, os principais governantes do país surpreendido com a rapidez que o movimento geraram propostas para responder aos levantes se espalhou pelo Brasil através das redes sociais. Foi gerais. Passes de ônibus baixaram (inclusive em João praticamente em instantes que se viu o uso de serviços Pessoa), discursos foram feitos, mas as populações não se tão despretenciosos gerar mobilizações capazes de acalmaram. A presidente chegou a considerar a realização chamar a atenção de todo o mundo. Nem mesmo a de um plebiscito para se estabelecer uma reforma política Grande Mídia, tão focada na Copa das Confederações, no Brasil (vocês lembram disso?). Mas não foi isso que conseguiu ignorar o turbilhão de vozes que exigiam a acalmou o povo nas ruas. Eles continuam, em menor cobertura nas ruas. número mas ainda ativos. Acontece que estas manifestações não só O esforço pra que haja algo realmente significativo contestam os ditos “poderosos”. As mutações do povo, historicamente, nasce a partir da redefinição partidárias feriram tantos discursos nos últimos completa das estruturas que criam os problemas. A bem anos que o questionamento desta vez aponta pra da verdade, a retomada da coragem do brasileiro ir às todas as representações políticas. Por isso, diante da ruas já é, em si, um avanço na possibilidade de diálogo espontaneidade do movimento que nasceu sem estes entre sociedade e poder público. Basta agora que todos representantes, quem aparecesse com uma bandeira os gêneros, as classes, as raças e as bandeiras discutam n política era combatido ali mesmo. para dizer do que o Brasil precisa, afinal. 32


BRASIL


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