19 à 25 de outubro de 2006
Brasil (geral)
Blumenau realiza mais
Índios criam pedágio na Tansamazônica
uma edição da Oktoberfest
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Neste ano, a organização da festa comemora a 23ª edição junto com a inauguração do Parque Vila Germânica danças, o folclore – foram imediaPor: João Paulo de Oliveira Bueno
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o mês de outubro, a comunidade alemã no Brasil se sente mais perto da Europa. É que até o próximo dia 22, em Blumenau, Santa Catarina, acontece a Oktoberfest. Muita cerveja, salsicha e tudo o que faça lembrar a Alemanha, de onde muitos imigrantes saíram e agora dividem a saudade com os seus descendentes e também com aqueles tupiniquins que gostam da cultura alemã. A Oktoberfest deste ano comemora a sua 23ª edição e, na ocasião, a organização da festa inaugurou o Parque Vila Germânica - resultado da necessidade de um local maior e com infra-estrutura adequada para receber seus visitantes. Para se ter uma idéia do tamanho da festa, em 22 anos de Oktoberfest, mais de 15 milhões de pessoas estiveram em Blumenau, ou seja, mais que a população da cidade de São Paulo. A festa resgata muito daquilo que se pode ver na Alemanha. As tradições cultuadas pelos primeiros imigrantes – os usos e costumes, a gastronomia, a música, as
tamente impactadas pelo surgimento da festa, resultando num processo de revitalização, preservação e enriquecimento. É fácil encontrar pessoas vestidas tipicamente com trajes da Baviera, cantando músicas alemãs regadas a muita cerveja artesanal, produzida pelas cervejarias do Vale. O chope regional foi introduzido na festa pela primeira vez em 2005 e conquistou o paladar dos visitantes, especialmente pela variedade da bebida. Desfiles da cultura alemã também estão na programação da festa. Outro evento que tem chamado bastante a atenção são os concursos de bebida de chopp, onde ganha quem tomar um metro da bebida em menos tempo. Os primeiros imigrantes alemães chegaram em Santa Catarina no ano de 1850 e com eles toda a cultura que motivou o surgimento da Oktoberfest brasileira, em 1984. Nesses 23 anos, a Oktoberfest se reafirmou como um produto de reafirmação cultural alemã e só perde, em termos de importância e tamanho, para a Oktoberfest de Munique, na Alemanha.
Uma das atrações da festa é o concurso de bebida de chope, onde ganha quem tomar um metro da bebida em menos tempo
Novo acidente aéreo é registrado no Brasil
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ais uma das vítimas da queda do bimotor Seneca no Espírito Santo foi identificada no domingo (15). Segundo o DML (Departamento Médico Legal) de Vitória, trata-se de Alduíno Oliveira de Souza, 26, filho do piloto da aeronave, o major-dentista da reserva da Aeronáutica Alduíno Coutinho de Souza, 48. O avião Seneca desapareceu no litoral do Estado na sexta-feira (13), minutos após deixar o aeroporto de Vitória, com seis pessoas a bordo. Os primeiros corpos a chegar ao DML foram identificados visualmente pelo irmão do piloto, Adílson. Os corpos foram encontrados na praia de Manguinhos, em Serra, região metropolitana de Vitória. Após o encontro das vítimas, a FAB (Força Aérea Brasileira) mudou o local das buscas. Rota - O avião havia saído de
Conselheiro Lafaiete (MG), onde ficava guardado, na noite de quintafeira (12), pousando no aeroporto de Jacarepaguá, no Rio, onde morava a família. No dia seguinte, o avião decolou rumo a Vitória, permanecendo no aeroporto capixaba das 16h30 às 19h30 (das 20h30 às 23h30, horário de Londres). A previsão era que o bimotor chegasse ao destino final, Porto Seguro, por volta das 21h30 (01h30, em Londres). Por meio de sua assessoria de imprensa, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que tanto a aeronave quanto o piloto estavam com a documentação em dia, embora o site da agência mostre informações defasadas de que o avião estaria em situação irregular. Segundo o irmão do piloto, a aeronave havia sido comprada por neste ano.
m protesto pela liberação de verbas para a Funai (Fundação Nacional do Índio), indígenas estão cobrando pedágio na rodovia Transamazônica (BR-230), na região de Humaitá (781 km ao sul de Manaus). Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o preço cobrado é de R$ 60 para caminhões, R$ 20 para camionetes, R$ 15 para carros e R$ 10 para motos. Os índios improvisaram duas cancelas e entregam aos motoristas uma espécie de recibo, que os isenta de pagamento no segundo ponto de controle. Iniciada na última segundafeira (09), a cobrança continuava até o último final de semana (14 e 15). O pedágio sucedeu um bloqueio na estrada organizado por povos indígenas de sete etnias de Rondônia e do sul do Amazonas. Segundo Orlando Karitiana, um dos coordenadores da primeira manifestação, o pedágio não foi reconhecido pelo conjunto dos povos. As etnias enviaram representantes a Brasília e, segundo ele, conseguiram a liberação de recursos para a produção e fiscalização de áreas indígenas com o Ministério do Planejamento, nesta semana.