notíciasibilce Informativo do câmpus Unesp de São José do Rio Preto — Ano XVII — 162 — Outubro — 2014
Aplicação de questionários Análise dos dados
Propostas de mudança Ações de gestão participativa ganham espaço no Ibilce Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” - Ensino público, gratuito e de qualidade
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EDITORIAL A edição de outubro do Notícias Ibilce revela as iniciativas dos gestores de área em ouvir a comunidade, por meio de pesquisas de opinião. As iniciativas da Biblioteca e do Restaurante Universitário revelam o quanto a gestão participativa é benéfica à comunidade universitária, com os resultados das pesquisas apontando caminhos para as modificações em busca de melhorias no oferecimento dos serviços. A realização da catalogação terceirizada que no Ibilce incorporará aos catálogos mais de 37 mil obras é também abordada em texto da diretora da Biblioteca, Cláudia Araújo Martins. Saiba mais nas páginas 4 e 5. São também destaques desta edição: na página 2, o saldo positivo do Outubro Rosa, organizado pela comunidade acadêmica e coordenado pela professora Melissa Alves Baffi Bonvino; na página 3, as celebrações dos dez anos do projeto “Universidade no Bosque”; para a página 6, o “Notícias Ibilce” preparou uma matéria sobre os estrangeiros que visitam nosso câmpus com o objetivo de aprimorar aprimorar seus conhecimentos e ensinar língua e cultura aos nossos alunos. Na página 7, nossa entrevistada, Vivian de Assis Lemos, aluna de doutorado em Letras que teve sua dissertação de mestrado selecionada para publicação pelo Edital anual da Pró-Reitoria de Pós-Graduação. O trabalho “Mito, memória e história em ‘Órfãos do Eldorado’, de Milton Hatoum”, foi desenvolvido sob orientação da professora Diana Junkes Bueno Martha. Confira na página 8 as adequações ergonômicas que estão sendo desenvolvidas no Instituto, organizadas pela Seção Técnica de Saúde e pela Diretoria Técnica Administrativa. Uma ótima leitura! UNESP UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO” Câmpus de São José do Rio Preto IBILCE — Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas Rua Cristovão Colombo, 2265 Jd. Nazareth | CEP 15054-000 PABX: (17) 3221.2200 | FAX 3221.2500 Home page: www.ibilce.unesp.br Comentários, dúvidas ou sugestões, entre em contato pelo e-mail: aci@ibilce.unesp.br
EVENTO
Outubro Rosa tem saldo positivo no Ibilce Instituto participa pela primeira vez ligada de ação integrada ao movimento internacional LUIZA CARETTI
Nayara Dalossi Pela primeira vez o Ibilce/ Unesp – Câmpus de São José do Rio Preto, participou de uma ação ligada ao movimento internacional do Outubro Rosa, toda voltada à prevenção do câncer de mama. Durante todo o mês, foram realizadas palestras, exposição de fotos, caminhada, coleta de lenços para doação a mulheres em tratamento quimioterápico e cortes para doação de cabelos e maquiagem gratuitos. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo, e o mais comum entre as mulheres. No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama são altas e, de acordo com o INCA,
há um aumento das ocorrências em todo o mundo, havendo uma estimativa de aproximadamente 57 mil novos casos em 2014. Para a professora Melissa Alves Baffi Bonvino, uma das coordenadoras do Outubro Rosa no Ibilce, a realização desse evento foi importante por chamar a atenção para a realidade atual sobre o câncer de mama, principalmente por ressaltar a importância do diagnóstico precoce, para que seja possível acontecer o tratamento com chances de cura. De todas as ações realizadas, a que mais teve adesão foi a doação de cabelos. “Os alunos se mobilizaram para a doação e conseguimos um número bastante satisfatório, o que, na minha opinião, foi bom, já que para cada peruca a ser confeccionada, precisaríamos de oito doações. A doação de lenços também foi boa, mas a de cabelos foi só emoção”, explica Melissa. Outro ponto alto foi a iluminação da fachada do Ibilce com holofotes rosa, além das apresentações da Bateria Psicoteria e do Coral do Instituto, que tiveram o objetivo de chamar a atenção para as ações do evento, que aconteciam na sequência. Para Melissa, as palestras se mostraram muito esclarecedoras e isso ficou bem claro com o retorno oferecido pelo público participante.
Diretor: José Roberto Ruggiero
Edição: João Paulo Vani
Vice-Diretora: Maria Tercília Vilela de Azeredo Oliveira
Reportagens e Revisão: Bárbara Marques Erika Molina Silva Jéssica Roberti Nayara Dalossi Pâmela Coca Vitória Mathias Yurika Akiyoshi França
Coordenação: ACI — Assessoria de Comunicação e Imprensa Jornalista Responsável: João Paulo Vani — MTB: 60.596/SP Tiragem: 1.500 exemplares
Diagramação: Felipe Cipolato
Distribuição gratuita
FOTO DE CAPA: www. http://br.dollarphotoclub.com
NOTÍCIAS IbILCE
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EXTENSãO UNIVERSITáRIA
Projeto Universidade no bosque completa 10 anos de atuação DIVULgAçãO/PROJETO UNIVERSIDADE NO bOSQUE
Pâmela Coca O projeto Universidade no Bosque objetiva que, por meio de estudantes do curso de graduação em Ciências Biológicas, possa-se passar ao público do zoológico municipal de São José do Rio Preto parte do conhecimento adquirido na universidade. O projeto conta hoje com cerca de trinta alunos, que frequentam com regularidade as reuniões, e é coordenado pela professora Eliana Morielle Versute desde 2011. A proposta surgiu, em 2004, por iniciativa dos alunos do curso de Biologia: “Os integrantes do projeto são alunos dos diferentes anos do curso de Ciências Biológicas e, a partir do momento em que se vinculam a ele, assumem com responsabilidade a sua execução, o que tem propiciado a sua continuidade ao longo de 10 anos, desde que foi idealizado pelos alunos e implementado como um projeto de extensão”, afirma a coordenadora.
As atividades dos alunos no bosque acontecem cinco vezes ao ano, aos domingos, das 9h às 17h. Nesses domingos, os alunos buscam desmistificar crenças populares sobre a vida animal, e ensinar Botânica e Educação Ambiental: “Sua natureza, com foco principal na temática de Educação Ambiental, é na verdade, muito mais ampla do que se imagina. Sob esse ponto de vista, eu posso admitir que os benefícios aos alunos são inúmeros, indo desde a complementação na sua formação profissional por meio de práticas profissionais, como o ensino, por exemplo, até o exercício mais simples do cidadão, que é a prática da cidadania”, argumenta Eliana. Além disso, os alunos explicam fatos científicos, buscando difundir os conhecimentos adquiridos em sua vivência universitária. “Levamos coleções didáticas da universidade para exposição e explicações sobre as espécies, como anfíbios, artrópodes, morcegos, insetos, en-
tre outros”, relata Natan Guilherme dos Santos, estudante do curso de Ciências Biológicas, membro do projeto há quatro anos. Recentemente, os alunos criaram no escopo do projeto, a área da Biologia Celular, que busca explicar para a população que os organismos são feitos de células, e a área da Parasitologia, cujo objetivo é conscientizar a população sobre como funcionam algumas doenças conhecidas. Além dos benefícios ao bosque e à população que o frequenta, o Projeto Universidade no Bosque afeta positivamente os alunos participantes que, após dez anos de sucesso, planejam uma expansão, levando-o, em breve, a entidades como o APAE e o Lar de Fátima, que atendem crianças carentes. “É uma forma de se sentir mais biólogo e poder transpor o conhecimento que adquirimos na faculdade e transmiti-los à população”, revela Natan.
4 GESTÃO PARTICIPATIVA
Pesquisas de opinião auxiliam nas tomadas de decisões no Ibilce Docentes, servidores e alunos são ouvidos sobre qualidade dos serviços oferecidos na unidade João Paulo Vani
FOTOS: NAYARA DALOSSI
De modo a estar cada vez mais próximos da comunidade universitária, alguns gestores de área do Ibilce/Unesp, câmpus de São José do Rio Preto vêm desenvolvendo pesquisas de opinião com alunos, servidores e docentes. Somente em 2014, duas pesquisas foram realizadas, buscando mapear os pontos positivos e negativos dos serviços disponíveis. A Pesquisa de Satisfação do Usuário, primeira pesquisa do gênero voltada a coletar informações relativas às questões administrativas do Instituto, tratou da atuação da Biblioteca e foi desenvolvida por sua Diretora, Cláudia Araújo Martins. Com apenas quatro questões, sendo três abertas e dissertativas para que o usuário do serviço pudesse discorrer sobre os pontos fortes e fracos e sobre as ferramentas que poderiam ser implantadas para melhor satisfazer às necessidades do grupo e, ainda, uma questão fechada, pela qual o participante da pesquisa poderia avaliar o atendimento da equipe da biblioteca, com nota de 1 a 5, obteve-se um diagnóstico do serviço. De acordo com Cláudia, a pesquisa de satisfação contou com 190 participantes, sendo: 72% alunos de graduação, 15% docentes, 6% alunos de pós-graduação, 6% servidores.
Apenas 1% não se identificou. Entre as categorias criadas, a que teve avaliação mais satisfatória foi “Equipe”, com 82% de menções como ponto forte. Após a tabulação dos dados, a equipe da biblioteca produziu um extrato com os principais problemas e o andamento das soluções possíveis, e tem mantido esse documento atualizado e disponível a todos em seu site. “Como medidas imediatas, criamos regras de utilização do armário guarda-volumes de forma a inibir o uso indiscriminado do recurso por aqueles que não estejam dentro da Biblioteca, e regras para uso das salas de estudos que devem ser
ocupadas, preferencialmente, por quem esteja em grupo.”, explica a diretora. Além disso, após a pesquisa, houve um aumento no diálogo entre a comunidade universitária e a direção da biblioteca, resolvendo mais rapidamente as demandas observadas. RESTAURANTE UNIVERSITÁRIO Tendo como meta o mesmo objetivo de aproximação com o público, o Restaurante Universitário, coordenado pela nutricionista Ana Rita Melo Oliveira Nobre, também empreendeu a realização de uma pesquisa de satisfação. Idealizada pela professora Adriana Barbosa Santos, do Departamento de Ciências de Computação e Estatística do Ibilce, a pesquisa encontrase em fase de análise dos dados, visando, em breve, à publicação dos resultados. Outras ações, porém, foram desenvolvidas pela equipe do Restaurante Universitário a partir da realização da pesquisa. “Pudemos constatar o quanto a comunidade pode colaborar com o nosso trabalho e, com isso, ao ampliarmos o diálogo, pudemos implementar melhorias em nossa gestão”, ressalta Ana Rita. Atualmente, o Restaurante Universitário serve 400 refeições diárias, das quais, 340 podem ser reservadas, em bloco para toda a semana, pela internet.
5 Biblioteca do Ibilce recebe reforço de especialistas em catalogação 37.072 obras serão incorporadas ao acervo do Instituto nos próximos meses NAYARA DALOSSI
A supervisora Vívian com a equipe de catalogação terceirizada: Cristiane, Sara, Mychelly e Thatiana.
Cláudia Araújo Martins Em bibliotecas, um livro não catalogado é um livro inexistente, um conhecimento que deixa de ser acessado e desenvolvido. Catalogar é uma ação que envolve habilidades específicas e instrumentos universais de padronização. Para que o livro chegue à estante e esteja disponível nos catálogos eletrônicos, as etapas de processamento técnico mobilizam uma equipe de seis pessoas e levam, no mínimo, três dias. Só no último ano a Biblioteca do Ibilce incorporou ao acervo 4.125 obras. Apesar de ser realizada de forma incansável, existe uma demanda reprimida de catalogação de milhares de exemplares, acumulados nos últimos anos, em decorrência do recebimento das coleções dos professores Ermínio Rodrigues e Alfredo Buzaid e da ampliação dos programas de aquisição de obras: o “FAPLIVROS”, da FAPESP, e o “Aquisição de Didáticos”, da Unesp. Houve ainda, nesse período, o incremento da pesquisa no Instituto, que levou à ampliação da quantidade de obras compradas através
da reserva técnica de projetos, e que adquirem caráter de urgência para catalogação, em razão da prestação de contas à FAPESP. Além disso, existem os livros que já estão nas estantes, mas que não figuram nos catálogos eletrônicos Athena e Parthenon, obras adquiridas antes da informatização da Biblioteca. As obras mais procuradas foram catalogadas e os livros restantes passaram a ser catalogados conjuntamente com novas aquisições. Para solucionar esse problema, realidade em diversas bibliotecas da rede, a Coordenadoria Geral de Bibliotecas (CGB) da Unesp contratou uma empresa especializada para realizar catalogação terceirizada em 11 câmpus. Em nossa unidade, o serviço iniciado recentemente, será coordenado pela supervisora da Seção de Aquisição e Tratamento da Informação (STATI), a bibliotecária Vívian Letícia Duarte Parisi e estima catalogar 37.072 obras. Quando pensamos no volume de obras que serão manipuladas e no empenho de nossa equipe para auxiliar a empresa nos próximos meses,
sentimos grande expectativa. Mas o que nos move é saber que ao final do contrato, esse problema histórico terá sido resolvido, e que, de alguma forma, fizemos parte disso. O brilho nos olhos fica por conta da possibilidade de tornar visível parte do nosso acervo registrado apenas em fichas impressas, e da chance de incorporar obras de altíssima relevância para as pesquisas do Instituto. Registramos ainda nosso agradecimento à Flávia Maria Bastos, coordenadora da CGB, que viabilizou a concretização de um projeto tão audacioso e que tanto beneficiará a comunidade unespiana. Ganham as bibliotecas, ganham seus usuários, ganha a Ciência. A servidora Cláudia Araújo Martins é Diretora do Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação do câmpus da Unesp de São José do Rio Preto. É membro do Grupo de Competência Informacional da Rede de Bibliotecas da Unesp. Possui graduação em Biblioteconomia e Documentação pela Universidade Estadual Paulista - Júlio de Mesquita Filho e Mestrado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp).
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INTERCÂMBIO
Um pouco do mundo todo no Ibilce Estrangeiros tem participado da vida acadêmica dos alunos e contribuído para a troca de experiências linguísticas e culturais Vitória Mathias e Jéssica Roberti sim, a memorização pelos alunos. A professora também comentou que, De americanos a chineses, diver- em frases, a sequência de palavras sas etnias e nacionalidades com- no mandarim é diferente em relapõem a paisagem do Ibilce, e nesse ção ao português, como no caso dos câmpus heterogêneo, o que não se adjetivos: no mandarim ele é colopode é ficar calado. Song Ruifan, cado na frente do substantivo, e no chinesa de 22 anos, pós-graduanda português, depois. Devido à difícil compreensão de da Universidade de Wuhan, veio ao Brasil com o objetivo de ensinar sua Song sobre a língua portuguesa, suas língua materna aos brasileiros e, aulas contam com um diferencial: claro, aprender com as experiên- são ministradas em inglês, o que, cias advindas dessa prática. Além embora possa ser considerado um de ensinar o mandarim, ela também empecilho, faz com que os alunos apresenta um pouco da cultura tra- se ajudem no entendimento do conteúdo, promovendo o aprendizado e dicional do seu país aos alunos. Song afirma que, apesar de sua boas risadas na mistura do mandaestadia estar sendo prazerosa, no- rim com o inglês e o português. Além do contato com a língua tou dificuldades, não apenas dela, também dos alunos, em manter e cultura chinesas, o Ibilce/Unesp a comunicação. “Primeiramente, recebeu, em 2014, a bagagem da meu português não é bom”. Song língua e cultura americanas, mecomenta que certas palavras não didadas pela aluna Abril Colonna, possuem tradução, dificultando, as- bolsista da Comissão Fulbright,
programa de intercâmbio que possibilita que alunos americanos de graduação, mestrado e doutorado continuem suas atividades acadêmicas no Brasil, promovendo o contato direto com alunos daqui e enriquecendo o aprendizado pela troca de experiências. Abril vem atuando como professora de inglês e também como auxiliar de docentes e projetos acadêmicos do Ibilce, compartilhando suas experiências com os alunos, realização que, para ela, tem sido positiva, ensinando não apenas sobre a língua inglesa, como também sobre sua cultura. “A cultura do nosso país, as piadas, as celebrações, é muito diferente do Brasil. Os estudantes acham interessante o fato de eu não ser loira, por exemplo, então eu explico sobre a minha migração do México para os Estados Unidos e sobre a grande diversidade que temos no meu país, que é parecido com a realidade do Brasil também”. NAYARA DALOSSI
A americana Abril Colonna, bolsista pelo programa Fulbright.
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PUBLICAÇÃO
Trabalho de Mestrado de aluna do Ibilce é selecionado em edital da PROPG Dissertação “Mito, memória e história em Órfãos do Eldorado de Milton Hatoum” foi contemplada NAYARA DALOSSI
mestranda um destaque maior em ralação à sua conquista precoce. A análise da obra “Órfãos do El- “Com trabalho sério, é possível se dorado”, publicada em 2008 pelo destacar e ter o trabalho valorizaescritor brasileiro Milton Hatoum, do”, reconhece a aluna. O trabalho, motivado pelo amor feita pela aluna Vivian de Assis Lemos, teve por objetivo investigar a da aluna à Literatura, foi fruto de utilização da memória para articu- uma intensa pesquisa iniciada na lar a novela. A obra relata os dramas graduação e continuada, mais dee a história de vida da personagem talhadamente, na dissertação deque perdeu a mãe no parto e carre- mestrado. O processo demorou ga a culpa desse fato, tratado pelo cerca de dois anos, tempo normal pai como filho bastardo. Orientada de um mestrado com bolsa, porém, pela professora Diana Junkes Bueno com alguns contratempos: “além do Martha, que, mais do que ninguém, curto período para a realização do acreditou no potencial de sua orien- mestrado, tivemos alguns entraves tanda, a dissertação da mestranda no acesso a informações para o prifoi selecionada para se tornar um meiro capítulo, em especial, que se livro, através do edital PROPG (Pró propunha a pensar a tradição literá-Reitoria de Pós Graduação). ria na qual Milton Hatoum se inseApesar de aberto a todos, ge- re”, revela Vivian. ralmente os trabalhos escolhidos Na dissertação, a aluna examina pelo edital são publicações feitas a ligação de três planos narrativos: por alunos de doutorado ou, até o mítico, o histórico e o pessoal, mesmo, docentes, o que rendeu à concebendo um texto delimitado Yurika Akiyoshi França
pelo rigor criativo e pelo lirismo, responsáveis pelos traços regionalistas da região Amazônica, onde a história acontece. A obra ainda estabelece uma ligação entre o mito do Eldorado e dados históricos da região, e propõe uma ponderação sobre a conexão existente entre esses planos, com base na avaliação da memória como alicerce fundamental do romance e como “operador de leitura”. Em entrevista ao “Notícias Ibilce”, Vivian revela que “há uma importância pessoal em poder dedicar esse trabalho, agora de forma concreta, aos meus pais. Há, ainda, uma importância enorme em relação à motivação que, com certeza, refletirá no estudo da obra de Milton Hatoum, que continua agora em nível de doutorado. Por fim, há uma importância referente à divulgação e à socialização do trabalho, realizado com bolsa da Capes”.
8 UNIVERSIDADE EM PAUTA
Adaptações ergonômicas são feitas no Ibilce
DPC
Conjunto de medidas visa organizar e adaptar as condições de trabalho da comunidade ibilceana
Bárbara Marques anualmente o controle de exposição a estes riscos. A Seção Técnica de Saúde e a No segundo semestre de 2014 foram iniciados ajustes na Ergonomia Diretoria Técnica Administrativa do Ibilce, resultantes de um proje- solicitaram verba à Coordenadoria to elaborado pela Seção Técnica de de Saúde do Trabalho e Segurança Saúde e a Diretoria Técnica Adminis- Ambiental (COSTSA), vinculada à trativa do câmpus. Segundo Priscila Pró-Reitoria de Administração, e Lopes Orati, Supervisora Técnica da contrataram uma equipe de fisioteSeção e enfermeira, a proposta de rapeutas habilitados para desenvolErgonomia tem como objetivo ava- ver o trabalho de adequação ergoliar e indicar necessidades de adap- nômica. A equipe de fisioterapeutas initação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos ciou os trabalhos no segundo semestrabalhadores do Instituto, a fim de tre de 2013 e entregou o Laudo de proporcionar segurança, conforto e Análise Ergonômica do Trabalho do desempenho eficiente. “Essas con- Ibilce no primeiro semestre de 2014. dições de trabalho a serem avalia- De acordo com Priscila, “Esse laudo das incluem o posto de trabalho em faz a indicação das necessidades de si, suas condições ambientais e a adequação do trabalho no Ibilce às própria organização do trabalho”, normas da Ergonomia e apresenta indicações de ações gerais, como destaca. Tais medidas visam atender às a constituição de um Comitê de Erpropostas dos documentos de ava- gonomia na Instituição, para que liação e controle de riscos do am- o mesmo acompanhe o andamento biente de trabalho da área de Saúde das adequações.” Priscila conta também que o Ocupacional em 2013. Um dos documentos é o Programa de Preven- Comitê de Ergonomia convidou os ção de Riscos Ambientais (PPRA), responsáveis por cada área (superque aponta os riscos aos quais os visores de seções, supervisores de trabalhadores possam estar subme- setores, diretores de área e chefes tidos e quais são as medidas prote- de departamento), para que putivas que visam eliminar ou reduzir dessem expor esse histórico do tratais riscos. Já o outro documento, balho, explicar seu objetivo e sua o Programa de Controle Médico de importância. Com estes esclareciSaúde Ocupacional (PCMSO), avalia mentos, o laudo foi disponibilizado
para os responsáveis em uma versão completa e uma versão específica para cada área para que os resultados fossem discutidos e cada equipe elaborasse um plano de ações. “Na última reunião, contamos com a presença desses responsáveis, e considerando que estávamos no final da vigência do ano financeiro (término do período para solicitação de compras e serviços), decidiu-se pelo início imediato, com as mudanças locais sob as quais tivéssemos maior governabilidade e que necessitassem de menores recursos, deixando aquelas que demandassem mais em questão de recursos e alterações, para apontamento no planejamento das áreas, com as estratégias necessárias.” Entre as mudanças sugeridas, há medidas que não necessitam de recursos, e sim de reorganização interna do trabalho, como pausas preconizadas para trabalhos contínuos, adequações nos postos de trabalho com posicionamento adequado dos computadores, postura adequada e reposicionamento de postos de trabalho. Essas mudanças já foram iniciadas a partir do trabalho dos responsáveis com suas equipes. “As mudanças que necessitam de investimentos de baixo custo, como aquisição de porta documentos, mousepads para apoio adequado das mãos ao digitar e outras necessidades específicas dos diversos setores, foram autorizadas para serem solicitadas nesse último ciclo do sistema de solicitação de materiais e serviços, antes de encerrar o exercício financeiro, e já estão em fase de aquisição”, destaca Priscila. Já os apoios para os pés e cadeiras para os postos de trabalho são itens cuja aquisição é necessária para todos, portanto foi realizado um orçamento e enviado para análise da Direção do câmpus, que também está envolvida e comprometida com a questão da adequação ergonômica. “Assim, com o fechamento do exercício financeiro, a Direção está analisando o volume dessa demanda e a possibilidade de atendimento neste primeiro momento”, conta a supervisora.